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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8378 Título do Trabalho: REFLEXÕES SOBRE ÉTICA, VALORES E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL COM O USO DO FILME DE ANIMAÇÃO ERNEST E CELESTINE Autores: Letícia do Nascimento Rodrigues, Samantha Moreira Felonta, Elaine da Rocha Souza, Roseane Vargas Rohr |
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Apresentação: Relato de experiência sobre o uso do filme de animação como tecnologia educativa para sensibilizar estudantes do primeiro período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo sobre a construção da identidade profissional a partir de valores e da ética profissional. Os filmes representam uma tecnologia educativa potente evidenciado por diversos resultados de pesquisas e experiências, esse trabalho tem como objetivo descrever a experiência sobre o uso do cinema de animação como tecnologia educativa para promover reflexão sobre ética e valores na construção da identidade profissional. Desenvolvimento: A animação utilizada foi Ernest e Celestine, escrita por Daniel Pennac e dirigida por Stéphane Aubier e Vincent Patar. A tecnologia educativa foi implementada na disciplina Exercício de Enfermagem do 1° período do curso de graduação em Enfermagem da Ufes, essa atividade foi desenvolvida durante o período de 2013 a 2019 atingindo um total de 310 alunos. Previamente ao momento de aula, ocorria a preparação do material impresso, que consistia em uma folha com características similares a um documento de identidade, na qual continha espaço para que os alunos pudessem preencher seus dados e também pudessem descrever sucintamente a identidade profissional que ele gostaria e pretendia construir ao longo de sua formação. Durante o primeiro momento ainda em sala, a animação foi exibida integralmente aos alunos e ao término a professora dirigiu um debate sobre os pontos principais abordados no longa-metragem dando espaço para manifestações de opiniões ao mesmo tempo em que o raciocínio crítico e a autoavaliação eram estimulados. Ao fim do momento de discussão de ideias, a proposta de construção de uma identidade profissional foi apresentada aos alunos juntamente com a entrega do material elaborado onde os discentes ficaram com a tarefa de construírem, de forma pessoal, a sua identidade profissional em conjunto com uma resenha crítica sobre o filme exibido em sala. Resultado: O longa-metragem conta a história de uma amizade acima de todas as adversidades entre um urso e uma ratinha, que apesar de viverem em mundos completamente diferentes, aprendem a viver em comunhão, estabelecendo uma relação de cuidado que respeita as diferenças individuais e culturais de ambos. Após o debate em sala e a entrega dos trabalhos sobre identidade e a resenha crítica, por parte dos alunos, foi possível constatar a eficácia da tecnologia educativa descrita como mecanismo disparador do pensamento crítico e da autoanálise em alunos ingressantes no curso de Enfermagem da Ufes. Ao assistir à animação, os alunos conseguiram enxergar nos personagens comportamentos presentes na sociedade e no seu próprio convívio, e conseguiram identificar e estabelecer valores necessários para uma boa formação profissional baseada na ética e em boas práticas pessoais. Considerações finais: Foram observados pelos alunos no longa-metragem assuntos como, construção de valores, imposição da sociedade e da família sobre o agir de um indivíduo, valores sociais, preconceito, alienação, desmerecimento de profissões, ética entre outros. Além disso, a abordagem da temática do respeito às diferenças culturais destaca aos alunos um comportamento necessário para uma boa prática do cuidado em Enfermagem. |
Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7779 Título do Trabalho: MOSTRA CULTURAL SOBRE PROPAGANDAS DO CIGARRO: REFLEXÕES HISTÓRICAS E ATUAIS Autores: Roseane Vargas Rohr, Samantha Moreira Felonta, Letícia do Nascimento Rodrigues, Amanda Anavlis Costa, Welington Serra Lazarini, Fátima Maria Silva |
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Apresentação: O tabagismo é uma epidemia global e esforços são envidados para cessação do hábito de fumar, incluindo medidas que neutralizem a publicidade do tabaco. O uso de imagens nas campanhas publicitárias do cigarro tende a influenciar o consumo mesmo em detrimento a saúde. Por meio da arte é possível desenvolver um olhar crítico e sensível sobre temas que influenciam a saúde, incluindo o tabagismo. Relatar a experiência de duas mostras sobre as estratégias publicitárias para o aumento do consumo do cigarro, evidenciando as medidas de controle e seus resultados no Brasil. Desenvolvimento: A mostra cultural temática estrutura-se a partir de um tema gerador definido pelo estudante. Em dezembro de 2014 foi realizada a mostra cultural “Estratégias publicitárias para o aumento do consumo de cigarros ao longo da história” no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo, utilizando 15 imagens publicitárias da base de dados da Standford Research into the impact of Tobacco Advertising (SRITA), ampliadas e exibidas ao público. Inspirados nessa mostra, organizou-se uma segunda mostra exibida em 9 de agosto de 2019, em uma unidade de saúde da família de Vitória, Espírito Santo, durante ação educativa voltada para a saúde do homem, utilizando 10 imagens publicitárias selecionadas intencionalmente para o público masculino, também exposta no Departamento de Enfermagem. A apropriação do tema, por meio de leituras subsidiaram o trabalho. Resultado: As imagens selecionadas denunciam estratégias para influenciar comportamentos e atitudes para o aumento do consumo do cigarro. Personalidades ligadas ao esporte, arte, saúde, ciência, além de crianças, família e figura do Papai Noel foram utilizadas nas publicidades, com destaque para o slogan “leve vantagem em tudo” atrelado à imagem de um esportista e, os cowboys da Marlboro. Impressiona a estratégia da mídia influenciando o consumo de cigarros no público infantil, utilizando a imagem dos Flinstones, de Hanna e Barbera, bem como produtos que indiretamente, incentivaram o fumo, como as canetinhas Sylvapen, com estojo e formato similar ao maço com cigarros e os cigarros de chocolate. A mostra evidenciou as seis medidas MPOWER de controle do tabaco, destacando o 2º lugar atualmente ocupado pelo Brasil, tornando-se referência internacional. A análise das publicidades antigas e o contexto atual, com as medidas de proibição da propaganda são parte integrante de uma política maior de redução do fumo no país. Considerações finais: As mostras despertaram o senso crítico e reflexivo dos visitantes, e a exibição em unidade de saúde ampliou as ações do projeto para a comunidade, cumprindo o papel da extensão universitária. As imagens são um recurso potente para o processo educativo em saúde, sendo fundamental estabelecer uma reflexão histórica e perceber os impactos de ações do passado no tempo presente. Por meio da arte é possível desenvolver um olhar crítico e sensível sobre o tema. |
Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8339 Título do Trabalho: MOBILIDADE ACADÊMICA INTERNACIONAL: DESAFIOS E EXPECTATIVAS NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO Autores: Letícia do Nascimento Rodrigues, Samantha Moreira Felonta, Roseane Vargas Rohr, Elizabete Regina Araújo de Oliveira |
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Apresentação: A mobilidade acadêmica internacional é uma estratégia que permite ao estudante universitário vivências de ensino em instituição de países distintos, de forma a proporcionar ao estudante experiências acadêmicas, científicas e culturais que favoreçam o seu desenvolvimento profissional e fortaleçam o vínculo entre as instituições envolvidas. A Universidade Federal do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Relações Internacionais, possui um programa chamado Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional – PMAI, que possibilita a realização da mobilidade acadêmica internacional aos alunos por meio de um processo seletivo. O Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional não dispõe de bolsas, garantindo apenas isenção das taxas acadêmicas, ficando a cargo do aluno selecionado o preparo para arcar com os gastos financeiros envolvidos durante todo o período da mobilidade. Esse trabalho tem como objetivo relatar os desafios e expectativas do estudante que se propõe a fazer mobilidade acadêmica nos moldes que a Ufes apresenta durante o processo de seleção e preparação. Desenvolvimento: Relato de experiência vivenciada por uma acadêmica do 6° Período de Enfermagem para realização da mobilidade acadêmica por meio do Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional da Ufes. Como passo inicial para a realização da mobilidade, foi necessária a verificação do atendimento aos requisitos para inscrição dispostos no edital, requisitos esses como estar regulamente matriculada em disciplinas do curso de graduação, ter integralizado no mínimo 40% da carga horária total do curso, ter coeficiente de rendimento normatizado (CRN) maior que 5, atender aos requisitos da universidade de destino, entre outros. Posterior a essa verificação, procedeu-se com a escolha da instituição de ensino superior estrangeira para realizar o período de mobilidade. O critério de classificação no processo seletivo consistia no valor do CRN do aluno, sendo selecionados aqueles que possuíam maior rendimento acadêmico. Após aprovação no processo seletivo, a universidade de origem realizou a nomeação para a universidade de destino, na qual a aluna passou novamente por um processo avaliativo que consistia na análise do currículo para posterior aceitação por parte da instituição estrangeira. Após a aprovação no processo seletivo e aceitação pela universidade de destino, deu-se início a uma nova etapa, que consistiu na elaboração do plano de estudos juntamente com o coordenador do colegiado e preparação para a mobilidade com a solicitação e entrega das documentações. Resultado: Os desafios encontrados para realização da mobilidade iniciaram-se na necessidade de prolongar a graduação por mais um período para possibilitar a mobilidade e também na escolha da instituição de ensino, visto que necessitaria de comprovação de proficiência no idioma exigido pela instituição estrangeira, caso o idioma fosse diferente do idioma do país da universidade de origem. Desta forma, as universidades de Portugal, que não exigiam comprovante de proficiência, possuíam elevada concorrência, considerando que a maioria dos estudantes não falavam outro idioma. Tendo em vista que o processo seletivo considera como critério de seleção o coeficiente de rendimento normalizado (CRN), a aprovação não perpassa apenas pelo processo seletivo em si, mas pelo envolvimento e dedicação do acadêmico desde o início da graduação, visto que o coeficiente de rendimento normalizado avalia o desempenho do discente durante o seu percurso acadêmico. Desse modo, a dedicação e o envolvimento em atividades curriculares não obrigatórias, participação e organização de seminários, congressos e simpósios, publicações de resumos em anais de congresso, envolvimento com projetos de extensão, ensino e pesquisa, bem como a experiência vivenciada em estágios curriculares não obrigatórios e monitorias, desde o ingresso na graduação se mostraram de extrema importância para atendimento dos pré-requisitos disposto no edital, seleção no processo seletivo e aceitação da acadêmica pela instituição de destino. O plano de estudos para o período de mobilidade foi elaborado juntamente com a coordenadora do colegiado da universidade de origem e submetido à aprovação pela coordenadora responsável na universidade de destino, onde foram selecionadas disciplinas como Enfermagem de saúde materna e obstétrica, infantil e pediátrica, mental e psiquiátrica, oncologia e cuidados paliativos e crianças e adolescentes com necessidades especiais, na expectativa de ser colocada em contato direto com a Enfermagem do outro país. No entanto, o plano de estudos formado poderia sofrer alterações segundo critérios da Universidade do Minho, o qual seria reformulado juntamente com a coordenadora responsável. Os desafios encontrados na elaboração do plano de estudos foram a dificuldade na seleção de matérias devido ao horário e quantitativo de vagas e o difícil aproveitamento, ao fim da mobilidade, das matérias que seriam cursadas na universidade estrangeira pela universidade de destino, seja pela diferença na carga horária ou pelo conteúdo lecionado, contando apenas como matérias complementares ao final da mobilidade. Para realizar um período de mobilidade acadêmica internacional é indispensável a utilização de um seguro de vida, passaporte válido e visto de estudante. A acadêmica selecionada para fazer a mobilidade possuía dupla cidadania, brasileira e italiana, e seu passaporte era italiano, por isso, não foi necessário a solicitação do visto estudantil, sendo um ponto positivo, tendo em vista que muitos alunos enfrentam dificuldades na emissão do visto, chegando na maioria das vezes, depois do prazo estipulado para início das atividades letivas. Em relação ao seguro de vida, Brasil e Portugal possuem um acordo desde 1969, o seguro pb4, que garante acesso aos serviços de saúde, não sendo necessária a aquisição de um seguro de vida. A Solicitação de trancamento da matricula por motivos de mobilidade acadêmica, firmamento de termo de compromisso junto com a secretaria de relações internacionais, carta de aceite emitida pela universidade de origem, necessária para apresentação na imigração, são exemplos de outras documentações também necessárias. As expectativas geradas pela acadêmica com a mobilidade são de enriquecimento nas relações interpessoais, conhecimento de práticas e teorias até então não estudadas ou pouco praticadas, realização de atividades curriculares não obrigatórias não ofertadas na universidade de origem, além de investir em possibilidades futuras como mestrado e doutorado. No entanto, torna-se necessário um preparo minucioso para realização da mobilidade acadêmica internacional, como por exemplo, separação e solicitação da documentação necessária, preparação financeira, realizar um estudo sobre o país, sobre a cultura local, a universidade, além de criar mecanismos para saber lidar com situações advindas do choque cultural e distância familiar. Considerações finais: O relato dos desafios e expectativas para uma mobilidade acadêmica internacional, permitirá que outros estudantes se interessem a buscar essa estratégia para interação com outras metodologias de aprendizagem em culturas diferentes, viso que a mobilidade acadêmica internacional oferece uma formação mais ampla, contribuindo para o crescimento profissional e também pessoal. Ressalta-se ainda que o desejo em realizar um período de mobilidade acadêmica deve surgir desde o início da graduação, para que ocorra um preparo tanto acadêmico como financeiro para sua realização. |
Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7867 Título do Trabalho: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E CONTRIBUIÇÕES DA ARTE NA FORMAÇÃO CRÍTICA E REFLEXIVA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE Autores: Roseane Vargas Rohr, Samantha Moreira Felonta, Letícia do Nascimento Rodrigues, Amanda Anavlis Costa, Gustavo de Oliveira Andrade, Welington Serra Lazarini, Fátima Maria Silva |
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Apresentação: A arte é um recurso potente para sensibilização e crítica sobre temas relacionados à vida humana. Iniciado em março de 2007, o projeto de extensão Imagens da vida, utiliza o desenho, a pintura, a fotografia, os filmes e outras manifestações artísticas para desenvolver competências e habilidades para o cuidado integral e humanizado a partir de uma compreensão crítica da realidade. Adota a estratégia de mostras culturais temáticas, aproximando diferentes área como arte, cultura, história, saúde e enfermagem. A metodologia adotada se apoia no referencial de Paulo Freire, onde o educando é protagonista no seu processo de aprendizagem crítico, reflexivo e participativo. Relatar as ações desenvolvidas no projeto de extensão imagens da vida que utiliza a arte na formação crítica, reflexiva e sensível em saúde. Desenvolvimento: A definição do tema gerador parte da escolha do estudante, que se apropria da temática por meio da pesquisa e leituras de artigos, livros e seleção de imagens disponíveis na web. Dessa forma, ocorre a seleção das imagens, que quando selecionadas são ampliadas e dispostas em painéis/murais para visitação e um livro de registros para os visitantes é disponibilizado. Resultado: O projeto realizou as seguintes mostras culturais temáticas: “Imagens revelando a história da enfermagem”, “Arte como recurso pedagógico para o ensino de enfermagem em saúde mental”, “Imagens revelando a evolução histórica da verificação dos sinais vitais”, “Panorama histórico de nossos medos – Epidemias”, “Infográficos: tecnologia educativa para o ensino em história da enfermagem”, “Estratégias publicitárias para o aumento do consumo de cigarros ao longo da história”, “Além das palavras: arte e vida de Vincent Van Gogh”, “Reflexões sobre violência e gênero na vida e obra de Artemísia Gentileschi”, “Boas práticas na enfermagem: diálogo visual sobre a arte e a ciência do cuidar”, “Vulnerabilidades humanas retratadas na série Os retirantes de Cândido Portinari”, “Imagens revelando o sofrimento de Frida Kahlo”, “Outubro para além do rosa: histórias de vitórias”, “Propagandas do cigarro: reflexões históricas e atuais”, entre outras. Em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Barra de São Francisco-ES foram realizadas as mostras “O nosso medo de cada dia: o nosso medo ontem e hoje” e “pensando o sofrimento a partir da vida de Frida Kahlo”. No decorrer dos doze anos de execução do projeto, foram realizadas 15 amostras culturais. A proposta também despertou o interesse de estudante para a realização do trabalho de conclusão de curso intitulado “Diálogo visual sobre as implicações do trabalho com a morte e o corpo sem vida”, além de diversos trabalhos que foram apresentados em eventos científicos. Considerações finais: A metodologia de mostras culturais possibilita uma troca de experiência dos acadêmicos com a comunidade e profissionais de saúde, possibilitando a construção do pensamento crítico, sensível e reflexivo em conjunto. Por meio do registro de visitas, observamos avaliações positivas. |
Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10887 Título do Trabalho: GRUPOS DE MUSICOTERAPIA AMPLIANDO POSSIBILIDADES DE CUIDADO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Autores: Roseane Vargas Rohr, Leila Brito Bergold, Neide Aparecida Titonelli Alvim |
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Apresentação: A inclusão da musicoterapia na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde do Sistema Único de Saúde-SUS amplia possibilidades de acesso da população a esse atendimento nas unidades básicas de saúde, considerando que atualmente a oferta desse serviço no âmbito do SUS está mais presente na rede de atenção psicossocial. O cuidado às condições crônicas representa um desafio para as equipes de saúde, pois implica em mudança de foco da doença para a pessoa e família. A musicoterapia abre possibilidades para o fortalecimento desse olhar, considerando que utiliza a música e seus elementos, e permite deslocar o foco da doença para a pessoa. O objetivo deste trabalho é descrever resultados de pesquisa com grupos de musicoterapia formados por pessoas com hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus (DM) e Desenvolvimento: estudo multicêntrico utilizando o método convergente assistencial, realizado em instituições da rede básica das secretarias de saúde de Macaé (RJ) e Vitória (ES). Os grupos de musicoterapia foram estruturados em 5 encontros, voltados para 15 adultos com DM e HA, de ambos os sexos, idade de 41 a 72 anos, em instituições municipais da rede básica das secretarias de saúde de Macaé (RJ) e Vitória (ES). São apresentados resultados do quinto encontro, quando foram realizadas as avaliações do processo. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ, parecer nº 905.372. Resultado: Os participantes avaliaram os grupos de musicoterapia de forma positiva para a saúde e qualidade de vida, promovendo redução da ansiedade pelo esquecimento das preocupações e redução do medo; reflexões sobre a saúde e a vida; percepção de comportamentos e vivências semelhantes no grupo, que promoveu maior conhecimento sobre o outro e sobre a saúde; perseverança para continuar o tratamento; melhor aceitação da doença; troca e união entre os participantes, criando vínculos; expressão de sentimentos como medo, ansiedade, incapacidade, preocupação e aceitação; vivência de momento alegre por meio das músicas, o que melhora a saúde; o brincar, conversar e distrair também melhora a pressão; refletir sobre a necessidade de ser mais ‘suave’ e descontrair. A síntese dos encontros foi desvelada por meio da composição de duas paródias, evidenciando os sentimentos evocados pelos participantes durante os encontros musicoterápicos. Considerações finais: grupos de musicoterapia podem contribuir com o cuidado às condições crônicas, somando-se ao trabalho da equipe interdisciplinar que atua na atenção primária. |