10: Promoção e educação em saúde como estratégia de aprendizagem
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 02 Sala 05 - Guariba    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
719 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES E A VACINA CONTRA O HPV:UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
graziela da silva moura

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES E A VACINA CONTRA O HPV:UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: graziela da silva moura

INTRODUÇÃO: O principal fator de risco para o câncer de colo de útero, o segundo mais incidente em mulheres a nível mundial e o mais incidente em países em desenvolvimento, como o Brasil é o HPV.  Como a incidência do HPV é alta, as vacinas surgiram como uma forma profilática eficaz para a prevenção da infecção viral, necessitando ser realizadas de preferência antes do início da vida sexual do adolescente, para evitar entrar em contato com o vírus antes do procedimento de aplicação da vacina(1). A vacina HPV favorece para redução da incidência do câncer de colo de útero e vulvar nas mulheres, nos homens previneo câncer de pênis, comotambém câncerde anus,verrugas genitais, boca e orofaringe(2). OBJETIVO:Relatar a experiência da realização da Educação em saúde sobre a vacina contra o vírus HPV, com adolescentes e pais, com o intuito de conscientiza-los e sensibiliza-los sobre a importância dessa imunização em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Zona Leste de Manaus. METODOLOGIA:Trata-se de um relato de experiência,  realizado no mês de setembro 2017, baseado nas estratégias de educação em saúde realizadas através de rodas de conversas e dinâmicas educativas na UBS e nas escolas, com a  utilização de materiais didáticos como apresentação em data show, vídeos, folders, utilizando uma linguagem clara e objetiva de acordo com os grupos abordados, no intuito de esclarecer todas as dúvidas enfrentadas pela equipe de saúde da UBS dos pais e adolescentes  na conscientização da imunização  contra o HPV. Na ocasião também foram ofertados administração da vacina, lanches, brincadeiras, música ao vivo e sorteio de brindes.RESULTADOS: Nesta ação compareceram 534 adolescentes de ambos os sexos, sendo que 217 (109 meninas e 108 meninos) foram imunizados para o HPV, os demais estavam coma caderneta de vacinação atualizada. Ações desta natureza demonstram que a educação em saúde é um grande leque que precisa ser cada vez mais aperfeiçoado no trabalho da atenção básica, principalmente para as ações da imunização, pois o resultado é de grande aceitação quando se há explicações a respeito de um tema central. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Potencializar educação em saúde com adolescentes deve ser uma atividade diferenciada, pois esta é uma fase de transformações, o que torna possível uma mudança de comportamento, construindo saberes que passam ser mais estruturados resultando em comportamentos saudáveis, visto que a vacinação contra o HPV é uma ação de prevenção em saúde.

757 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PRAIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE AÇÃO DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Erika Rêgo da Cruz, Geyse Aline Rodrigues Dias, Barbara Lima Santos, Elielson Paiva Sousa, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Melissa Barbosa Martins

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PRAIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE AÇÃO DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Autores: Erika Rêgo da Cruz, Geyse Aline Rodrigues Dias, Barbara Lima Santos, Elielson Paiva Sousa, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Melissa Barbosa Martins

Apresentação: É no verão, época mais quente do ano, que muitas pessoas, sobretudo jovens, costumam assumir um comportamento de risco ao aumentar o consumo de álcool e outras drogas, dormir menos, alimentar-se de forma inadequada, o que contribui para a queda da resistência imunológica. Estes fatores podem contribuir para que esses indivíduos se entreguem com mais frequência ao sexo casual desprotegido, tornando-os cada vez mais vulneráveis ao contagio de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Dentro desse contexto a educação em saúde busca promover a mudança de hábitos, comportamentos individuais ou coletivos, essas mudanças vinculam-se a aquisição de novos conhecimentos e adoção de atitudes que favoreçam o aumento da qualidade de vida e consequentemente de saúde do indivíduo. Tal educação deve estar pautada em uma conjuntura que propicie a manutenção e promoção da saúde de toda população, não devendo que as práticas educativas se restrinjam a transmissão de conteúdo, mas que elas conquistem o empoderamento do sujeito no gerenciamento de sua vida. Observa-se que os serviços de saúde são constituídos diante de uma perspectiva coletiva entre a comunidade e os profissionais, onde se fazem necessários um deslocamento e um enfoque preventivo e mais abrangente nos múltiplos desafios da promoção da saúde, considerando-se que os fatores que os colocam em situação de risco se originam em diferentes níveis de seu contexto de vida, incluindo-se questões familiares, sociais, culturais, políticas e econômicas. Destaca-se que algumas das IST’s podem ser assintomáticas durante anos o que pode tardar o diagnóstico e tratamento, levando um indivíduo ao óbito. Ressalta-se ainda a grande relevância em prevenção, através do uso principalmente de preservativos. Nesta conjuntura ressalta-se o papel primordial dos profissionais de saúde, que devem ser disseminadores de conhecimento, por meio de ações educativas que visem à promoção e prevenção da saúde e o empoderamento do indivíduo no processo saúde-doença, gerando um processo dialógico, incentivador, dinâmico e reflexivo. Nesse sentido, o objetivo deste é compartilhar a experiência de ação educativa, para incentivar o desenvolvimento de tecnologias educativas em saúde voltadas à prevenção de IST´s para a população em ambiente de praia. Desenvolvimento do trabalho: A ação educativa foi vivenciada pelos acadêmicos do 3º semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), com orientação e supervisão de docente responsável pelas atividades de educação em saúde desenvolvidas na atividade curricular Processos Educativos em Enfermagem I. A ação foi realizada no dia 13/07/2017, em uma praia da região metropolitana do município de Belém, Pará, Brasil, tendo como público alvo a população presente na praia. A ação foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que disponibilizou materiais educativos, a saber: folders e cartazes sobre IST’s, além de preservativos masculinos e femininos; realizou-se também parceria com o corpo de bombeiros que disponibilizou barraca, mesas e cadeiras. Os discentes foram divididos em grupos, para maior e melhor abrangência e busca ativa das pessoas na praia, foram abordados públicos variados, dentre eles:  adolescentes, adultos e idosos para distribuição dos folders, preservativos, orientações, demonstrações de uso dos preservativos, esclarecimentos e explicações referentes às IST’s, além de prestar esclarecimentos as dúvidas e/ou curiosidades da população sobre algumas outras temáticas. No momento da abordagem ao público, este podia escolher sobre qual(is) tema(s), dentre os ofertados, gostaria(m) de receber as explicações e orientações por parte dos discentes, tais diálogos foram direcionados, principalmente as formas de transmissão e prevenção das doenças; na barraca dos bombeiros ficaram alguns discentes para aferição de pressão arterial, distribuição e orientação de uso de preservativos masculinos e femininos, além de distribuição de folders educativos. Resultados e/ou impactos: A ação educativa obteve excelentes resultados, que satisfizeram os objetivos propostos pela ação, pois o público-alvo foi receptivo e participativo, em sua maioria, esclareceram dúvidas e receberam de bom grado os preservativos e folders distribuídos. Em relação às IST’s, percebeu-se que a temática foi mais atrativa para os públicos jovem, adultos e idosos, que embora tenham apresentado comportamentos bem diferentes se mostraram interessados e com dúvidas, sobretudo, na colocação, uso e vantagens do preservativo feminino. O público idoso recebeu os preservativos alegando entregar aos netos ou amigos, outros diziam não ser necessário para eles, mostrando uma postura mais defensiva e tímida para dúvidas e perguntas. Entre os jovens e adultos os que mais se envolveram foram as mulheres, foram participativas e demonstraram grande interesse em aprender a usar o preservativo feminino, nunca visto antes por muitas delas, além de fazerem diversas perguntas; os homens mostraram-se mais retraídos, principalmente quando acompanhados por mulheres, muitos apenas receberam e agradeceram os materiais oferecidos, alguns perguntaram sobre o uso correto do preservativo masculino e tiraram  dúvidas e curiosidades sobre o preservativo feminino. Foi perceptível também a importância de se realizar ações dessa natureza, que possibilitam valiosas experiências e aprendizados aos discentes, além da troca de informações, diálogo entre o público em geral e profissionais de saúde, efetivando a proposta de educação em saúde, proporcionando momentos de esclarecimentos importantes que certamente podem impactar na qualidade de vida das pessoas. Considerações Finais: Os profissionais de saúde têm o dever de criar condições que possibilitem a educação em saúde, para promover a interação, investigação e intervenção na realidade da população, com o intuito de transformá-la ou mesmo adequá-la a condições que propiciem a sua saúde. Ressalta-se que as ações educativas podem tornar-se uma ferramenta para os profissionais de saúde, sobretudo na construção do conhecimento desta população, incentivando-a para o autocuidado. Desta forma o profissional enfermeiro, tem significativa importância na prevenção e promoção da saúde, pois ações como estas proporcionam elos mais fortes entre ambos, um cuidado mais amplo, holístico, que vão além dos ambientes das instituições de saúde, e que também proporcionam experiências enriquecedoras para estes profissionais. Evidencia-se que as ações educativas em saúde precisam ser desenvolvidas de forma continuada, considerando a inovação de metodologias de intervenção, uma vez que a sociedade vigente está em constante processo de transformação, portanto, é necessário utilizar recursos cada vez mais dinâmicos. Constatou-se por fim, que as informações e conhecimento construído, estimularam a reflexão e o comprometimento da mudança de comportamento frente à problemática, o que reafirma que tais práticas educativas funcionam como ferramentas de empoderamento para a população.

804 PROMOTORES DE SAÚDE INTEGRAL DE LGBT: QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA.
Jeferson Souto Pinheiro, Daniel Canavese de Oliveira, Iuday Gonçalves Motta, Drean Falcão da Costa, Anna Caroline Solka, Carin Klein

PROMOTORES DE SAÚDE INTEGRAL DE LGBT: QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA.

Autores: Jeferson Souto Pinheiro, Daniel Canavese de Oliveira, Iuday Gonçalves Motta, Drean Falcão da Costa, Anna Caroline Solka, Carin Klein

A Política Nacional de Saúde Integral da população LGBT apresenta-se como um grande avanço nas políticas públicas em saúde no Brasil, isso por conta do reconhecimento de demandas específicas dessa população vulnerabilizada e de dificuldades em relação ao acesso e ao atendimento no âmbito da atenção básica. Partindo do princípio de que promover saúde perpassa duas dimensões: uma conceitual (premissas, princípios e conceitos) e outra metodológica (planos de ação, estratégias, forma de intervenção e instrumental metodológico) a Coordenação Estadual da Política de Saúde de LGBT, da Secretaria de Estado da Saúde do RS (SES/RS), em parceria como curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e com o município de Canoas, articulou a construção e realização de um curso de extensão para a formação de Promotores/as de Saúde Integral da população LGBT com a finalidade de fortalecer a implementação das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Saúde Integral da População LGBT, no estado do RS e no município de Canoas. Nesse sentido, o curso foi destinado a trabalhadores/as de saúde que atuam na gestão municipal e nos serviços da rede da atenção básica à saúde. O curso foi desenvolvido em um período de três meses (outubro a dezembro de 2017) contabilizando uma carga horária total de 90 horas com certificação. Foi estruturado em três módulos: Módulo I – conceitos básicos, direito a saúde e Política Nacional de Saúde LGBT; Módulo II – Eixos de especificidades; Módulo III – Boas práticas em saúde e cuidado da população LGBT. A carga horária de 30 horas por módulo foi distribuída em atividades de Educação a Distância e em encontros presenciais, totalizando três encontros, realizados no final de cada módulo. Participaram deste curso de extensão aproximadamente 30 profissionais da rede de atenção à saúde do município de Canoas, principalmente das unidades básicas de saúde. Formou-se um grupo heterogêneo composto por trabalhadores e trabalhadoras de áreas diferentes. Os conteúdos elaborados, as tutorias e a organização das atividades presenciais ficaram sob a responsabilidade da equipe idealizadora do projeto e de outros/as parceiros/as.  Entende-se esta iniciativa como inovadora, à medida que se propõe ao desafio de materializar no cotidiano de práticas dos/as profissionais de saúde, atuantes no SUS, a promoção da equidade no cuidado em saúde da população LGBT. Nesse sentido, espera-se como resultados o fortalecimento da implementação das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Saúde Integral da População LGBT, bem como, o aprimoramento da qualidade de vida dessa população

808 COMPARTILHANDO SABERES SOBRE A CAXUMBA: EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Bárbara Lima Santos, Elielson Paiva Sousa, Erika Rêgo da Cruz, Geyse Aline Rodrigues Dias

COMPARTILHANDO SABERES SOBRE A CAXUMBA: EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Bárbara Lima Santos, Elielson Paiva Sousa, Erika Rêgo da Cruz, Geyse Aline Rodrigues Dias

Apresentação: A educação em saúde possui uma grande importância diante das necessidades de saúde da população, visto o impacto transformador que pode causar nas diversas realidades, assim exerce uma relevante influência no âmbito dos serviços de saúde. Nesse sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de processos educativos em saúde problematizadores, voltados para as necessidades de saúde apresentadas pela população, nessa conjuntura, utilizou-se o Arco de Maguerez para problematizar a realidade vivenciada. Sendo este organizado em 5 etapas, nas quais devem ser feitas de forma crescente para a obtenção da resolução dos problemas que deram origem a inquietação do sujeito. E essas 5 fases define-se como a observação da realidade e identificação dos problemas, pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e por fim a aplicação à realidade. Tendo como base os benefícios das ações educativas em saúde, juntamente com o auxílio do Arco de Maguerez, os acadêmicos passaram a elaborar atividades que levassem em consideração a realidade na qual o público alvo estivesse inserido. E, partindo desse pressuposto, disponibilizavam alguns temas referentes à saúde, deixando que próprio público identificasse os assuntos que mais lhe causavam dúvidas, elegendo-o como a pauta principal da ação a ser desenvolvida. Desse modo tornou-se mais prático o processo de teorização a respeito dos possíveis fatores de causas e consequências da temática proposta, a construção das hipóteses para uma possível solução das problemáticas encontrados e por fim aplicar à realidade do público. A respeito do tema, o público optou por “Caxumba: causas e Consequências”, essa que é uma inflamação das glândulas parótidas, submaxilares e sublinguais, assim como pode atingir partes do sistema nervoso e outros órgãos. E tal inflamação é causada por um vírus pertencente à família Paramyxovirus, esse que provoca uma infecção de caráter agudo, podendo ser transmitido por vias aéreas, por meio da disseminação de gotículas salivares. Sendo que o principal sintoma da Caxumba é o inchaço das glândulas, na qual causa uma considerável elevação de um ou dos dois lados da face, aumento da temperatura corpórea culminando em febre, cefaleia, fadiga, inapetência, dor ao mastigar e deglutir. E um dos fatores mais preocupantes gerados pela infecção é a contaminação em mulheres no primeiro trimestre gestacional, pelo fato de propiciar o abortamento espontâneo. Tais mazelas, causadas por esse vírus, demonstram o quanto a educação em saúde, se faz de suma importância para o empoderamento da população, na medida em que quanto mais o usuário ter informações de como se prevenir e evitar contrai-la, mais rápida poderá ser a diminuição dos surtos de Caxumba. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante o desenvolvimento de uma ação educativa sobre a Caxumba no âmbito da Atenção Primária da Saúde. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva que visa afirmar a importância das ações educativas em saúde como um ferramenta de apoio para a prevenção e promoção de agravos em nível de Atenção Primária de Saúde. E o estudo foi vivenciado pelos acadêmicos do 3º semestre do curso de enfermagem, da Universidade Federal do Pará, durante o mês de julho de 2017, em uma Unidade Básica de Saúde da periferia de Belém, durante as aulas práticas da atividade curricular de Processos Educativos em Enfermagem I, possuindo como público-alvo os usuários de uma sala de espera. Inicialmente, os usuários foram questionados se já haviam tido algum contato com o vírus da Caxumba, ou por contato com outras pessoas infectadas ou se já haviam sido contaminados anteriormente, onde a maioria afirmou positivamente a primeira indagação. Partindo desse resultado, foram utilizados recursos que facilitassem a compreensão da temática, como o “Caxumbaldo” onde este foi construído pelos acadêmicos utilizando folha isopor, tinta e balões para a exemplificação de um humano com a Caxumba. O boneco foi moldado a partir da folha de isopor, o rosto foi desenhado e pintado, dessa forma obtendo uma aparência mais realista de uma face humana. E no fim da ação, os balões de cor vermelha foram acoplados no lado esquerdo do rosto do boneco para ilustrar as glândulas inflamadas derivadas de uma infecção por vírus Paramyxovirus. E essa tecnologia auxiliou na ilustração de como seriam os sintomas de pessoa caso esta fosse infectada pelo vírus, além de prender a atenção do público durante a dinâmica e assim possibilitando uma maior interação e troca de informações com os usuários. Resultados e/ou impactos: A ação educativa obteve-se excelentes repercussões nas quais satisfizeram os objetivos propostos pela dinâmica, pois os usuários aceitaram o tema abordado pelos discentes com muita atenção, mostrando-se bastantes ativos e participativos, sanando muitas dúvidas sobre a enfermidade. E foi percebido que o público possuíam muitas dúvidas a respeito da forma de transmissão da Caxumba, onde logo foi informado que a infecção ocorre por meio de gotículas expelidas por pessoas contaminadas, principalmente pela saliva, e que dessa forma os talheres utilizados pelos doentes deveriam ser separados durante o período de contaminação, devendo serem sempre lavados com água e sabão após o seu uso. Foi também frisado que por ser um vírus o tratamento da doença é mais voltada mais ao combate dos sintomas, como a febre, na medida em que o próprio sistema imunológico do indivíduo se encarregará de eliminar o invasor. Considerações finais: Observamos que o esclarecimento das dúvidas da população quanto as formas de contaminação e tratamento da Caxumba faz-se extrema necessidade, pelo fato dessa ainda possuir pouco conhecimento a respeito de como se prevenir de forma prática e eficiente. Também foi possível perceber que a educação em saúde é uma estratégia fundamental para a prevenção e promoção da saúde no contexto da atenção primária, visto o envolvimento positivo dos usuários frente à temática abordada. E foi perceptível que o desenvolvimento e uso de tecnologias que visem facilitar e exemplificar as informações compartilhadas com o público-alvo, faz-se de suma importância no desenvolvimento de uma ação educativa em saúde eficaz, visto que por meio dessa o público poderá visualizar e fixar de forma mais pratica as informações repassadas. Observou-se ainda, que ao fazer uso de um planejamento a partir do Arco de Maguerez, a construção de uma ação educativa em saúde torna-se mais direcionada, pelo fato de levar em consideração as necessidades expostas pelo público-alvo, este que por eleger o tema a ser abordado passa a ser mais ativo durante a ação expondo dúvidas e compartilhando seus saberes experiências.

810 A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES EDUCATIVAS COMO UMA FERRAMENTA DE APOIO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE COGNITIVA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Bárbara Lima Santos, Elielson Paiva Sousa, Erika Rêgo da Cruz, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Bruna Damasceno Marques, Daiane de Souza Fernandes

A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES EDUCATIVAS COMO UMA FERRAMENTA DE APOIO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE COGNITIVA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Bárbara Lima Santos, Elielson Paiva Sousa, Erika Rêgo da Cruz, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Bruna Damasceno Marques, Daiane de Souza Fernandes

Apresentação: Os avanços científicos da área médica possibilitaram o aumento da expectativa de vida populacional, em paralelo a história da humanidade. E hoje a população mundial encontra-se em um processo acelerado de envelhecimento, embora esta situação seja familiar para os países desenvolvidos, atualmente encontram-se também em nações ainda desenvolvimento, a exemplo do Brasil, e isto acarreta consequências tanto sociais quanto econômicas às quais serão necessárias novas adaptações à essa realidade populacional. E o processo de envelhecimento provoca principalmente o comprometimento do Sistema Nervoso Central (SNC) no qual é afetado por fatores intrínsecos e extrínsecos do indivíduo e estas alterações reduzem progressivamente a sua capacidade intelectual como o Alzheimer, Parkinson e outras doenças. O Declínio da Capacidade Cognitiva (DCC) manifesta-se decorrente dos processos fisiológicos esperados pelo envelhecimento do próprio organismo, resultante das alterações de células e tecidos, aumentando então o risco do estágio de transição para as demências. E este transtorno de memória é uma síndrome clínica na qual se relaciona com às perdas neuronais e danos à estrutura cerebral, tendo natureza crônica e gradativa que aumenta exponencialmente com o avançar da idade, levando o indivíduo afetado a apresentar alterações tanto cognitivas quanto funcionais as quais interferem nas suas atividades cotidianas, como a atenção, pensamento, orientação, compreensão, linguagem, julgamento entre outros. Pela perda da autonomia e independência, por vezes associada à falta de amparo social e de saúde pública, ocasiona como um medida solutiva a internação em Instituições de Longa permanência para Idosos (ILPI), ou seja a motivação dos familiares ou cuidadores tem precedentes multifatoriais. E com essa mudança de ambiente juntamente com o isolamento familiar, provocado pela institucionalização e isolamento social, correlaciona-se com a alta prevalência de transtornos de múltiplas funções cognitivas nesse âmbito. Por isso, evitar os fatores de risco ou mudar os comportamentos prejudiciais ainda nas fases iniciais pode fazer com que o avanço das doenças neurodegenerativas possa ser reduzido e assim oferecer uma maior qualidade para essa faixa etária. Nesse sentido é importante desenvolver ações educativas para instigar a cognição da pessoa idosa institucionalizada e assim evitar ou retardar os distúrbios, como um método de combate e prevenção de agravos, por isso é imprescindível proporcionar estimulo neuronal por meio de ferramentas que auxiliem a saúde da população em vulnerabilidade, como os jogos. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante o desenvolvimento de uma ação educativa m saúde para idosos em uma Instituição de Longa Permanência. Descrição da experiência: trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva que visa afirmar a importância das ações educativas como um ferramenta de apoio para a prevenção de agravos e para a promoção da saúde mental em idosos institucionalizados. O estudo foi vivenciado pelos acadêmicos do 3º semestre do curso de enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), durante o mês de Agosto de 2017 no ILPI Cidadela João de Deus em Marituba, região metropolitana de Belém, durante as aulas teóricas e práticas da disciplina de Atenção Integral a Saúde do Adulto e Idoso, supervisionada pela docente que permaneceu no apoio durante a dinâmica. E para darmos início a ação educativa, foi solicitado que o público alvo se dividissem em 4 grupos, sendo que cada time recebeu um estudante responsável por guiar e estimular a participação ativa dos idosos durante a dinâmica do jogo. Posteriormente, foi distribuído o modelo do quadro todo preenchido com as ordens das cores das peças para que as equipes pudessem se guiar durante a confecção de um novo quadro pertencente a cada time. Sendo assim, estas equipes deverão copiar rigorosamente a exata posição referentes as cores dessas peças de acordo com o quadro modelo disponibilizados a cada grupo. Em seguida, houve a entrega dezesseis peças mescladas quadradas compostas por tons contrastantes (rosa, amarelo, verde e azul) a esses grupo, juntamente com um quadro branco apenas demarcado com os espaços para colocarem as peças referentes aquela cor no seu devido local de acordo com o molde apresentado e a equipe vencedora será aquela que completar a montagem em menos tempo. Resultados e/ou impactos: A ação educativa obteve-se excelentes repercussões nas quais satisfizeram os objetivos propostos pela dinâmica, pois foi um momento singular de incentivo da cognição para a pessoa idosa com o intuito de evitar ou retardar os distúrbios mentais, como um modelo que se mostrou eficaz no combate e na prevenção de agravos. Além disto, os idosos se mostraram bastantes ativos e participativos durante todo o jogo, conseguindo aproximar e ou/ desenvolver uma integralização entre os membros do time. Tal como, isto demonstrou que é fundamental fomentar instrumentos diferenciadas os quais proporcionam muito além de estímulos neurais, mas também incentivam a socialização entre esse público em vulnerabilidade. E foi percebido que por essa mudança de ambiente provocada pela institucionalização, uma das situações mais corriqueiras que podem vim a desencadear agravos é pela depressão e tendência a ansiedade provocadas por isolamento social na qual podem ser apontadas como um fator de alto risco para o déficit cognitivo e demências. E notamos que o declínio intelectual desses idosos em ILPI é elevado, se comparado a outros idosos da comunidade, sugerindo que a institucionalização é um fator relevante ao déficit mental. Considerações finais: Por isso, observamos que é necessário o desenvolvimento permanente de ações educativas direcionadas aos idosos, com enfoque nos institucionalizados, como um instrumento eficiente de auxílio na prevenção de agravos e a promoção da saúde cognitiva. Assim como, é fundamental desenvolver estratégias de acolhimento que visem elaborar abordagens mais adequadas ao público, levando em consideração suas singularidades com o intuito de criar um forte elo de confiança e segurança entre o profissional da saúde juntamente com o idoso, afim de melhor a assistência prestada. Além disso, é imprescindível disponibilizar uma escuta mais sensível oferecida pela equipe de enfermagem, com o objetivo de permitir que o idoso expresse as suas angustias e preocupações, para ajudá-los a superar a condição de institucionalização da melhor maneira possível para preservar a sua saúde mental durante o seu processo de aceitação e adaptação. Logo é papel da enfermagem, planejar, organizar, construir e fomentar ações educativas em saúde tanto individualizadas quanto no âmbito coletivo, levando em consideração as limitações físicas, ambientais e mentais dos indivíduos em questão. Assim sendo, o enfermeiro precisa atualizar e reciclar os seus conhecimentos referente a pessoa idosa, principalmente os institucionalizados e sujeitos ao déficit cognitivo, sendo que este cuidado exige interdisciplinaridade dos saberes com o intuito de diminuir o impacto que a problemática pode acarretar tanto ao idoso quanto para a sociedade como um todo. 

846 WORKSHOP EM SAÚDE MENTAL E HUMANIZAÇÃO: QUAL É A SUA LOUCURA?
Luciane Leite Grossklags, Antônio Carlos Bonanoni Filho, Rosecler Cazzonato Siqueira, Adelita Krambeck Bahr, Luiz Carlos da Silva

WORKSHOP EM SAÚDE MENTAL E HUMANIZAÇÃO: QUAL É A SUA LOUCURA?

Autores: Luciane Leite Grossklags, Antônio Carlos Bonanoni Filho, Rosecler Cazzonato Siqueira, Adelita Krambeck Bahr, Luiz Carlos da Silva

  O Workshop em Saúde Mental e Humanização é um evento regional do SUS realizado pelo do Centro de Atenção psicossocial (CAPS I) de Indaial em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura Municipal de Indaial, no Estado de Santa Catarina, que conta com a participação dos usuários, familiares, comunidade, gestores, profissionais de saúde, da educação e da assistência social de vários municípios deste Estado.   Este evento tem como finalidade a integração de todos os atores envolvidos com a saúde mental e com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), desmistificando o olhar tradicional da loucura e dos transtornos mentais através de uma linha de cuidado humanizada.   O evento objetiva propor o empoderamento dos usuários através de suas experiências exitosas promovendo espaços para apresentações artístico-culturais, de socialização, promoção da cidadania e do movimento da economia solidária.   A Região do Médio Vale do Itajaí, no Estado de Santa Catarina foi colonizada por imigrantes europeus, constituindo-se num ambiente cultural singular, representado em suas construções, na gastronomia típica, na religiosidade, nas manifestações artístico-culturais, nos hábitos e costumes.   O Workshop de Saúde Mental e Humanização consagra a integração das potencialidades tradicionais e culturais da região às diversas ações do cuidado em saúde mental. O evento, desta forma, divide-se entre dois eixos temáticos, o primeiro eixo sempre convida o participante a refletir: Qual é a sua loucura? Qual o sentimento, laço social, vivência ou fenômeno que nos sensibiliza? O segundo eixo temático ou subtema é proposto a cada ano pela equipe multiprofissional e usuários do CAPS I de Indaial.   No ano de 2017 o IV Workshop de Saúde Mental convidou os participantes a uma metáfora, qual seja: a retirarem suas máscaras e refletirem sobre os diversos papéis que consubstanciam a personalidade humana ao longo da nossa existência. O evento assume a feição de um workshop por ser dinâmico, democrático e eclético, contando com a intensa participação do público em todos os momentos através de exposição de artesanatos e produtos confeccionados em grupos e oficinas terapêuticas dos serviços, apresentações artístico-culturais, especialmente danças, teatros e bailes típicos, além dos depoimentos dos usuários, familiares e profissionais acerca de suas vivências na saúde mental. Para a realização desse evento articulamos a participação dos diversos atores envolvidos por meio da sensibilização dos usuários, gestores e profissionais do SUS, SUAS e da Educação com o intuito de fortalecer a Política de Saúde Mental na Região conforme preconiza as normas do Ministério da Saúde.   Considerando os múltiplos fatores contributivos para a dificuldade de adesão dos usuários nos serviços, tais como: isolamento social; preconceito; resistência ao tratamento; distâncias geográficas; uso de medicamentos psicotrópicos; baixa cobertura das estratégias de saúde da família e vínculos familiares fragilizados.   Considerando a necessidade de adaptação da metodologia ambulatorial clássica, baseada no binômio “queixa-conduta” na esfera de uma relação hierarquizada entre profissionais e usuários como pressuposto para uma atenção psicossocial efetiva por meio de redes de cuidado, inclusiva e estimulante da autonomia dos sujeitos.   A escolha do formato do evento é fruto de construção coletiva envolvendo as instituições inscritas, integrantes não só da RAPS, mas das diversas redes de cuidados, incluindo, conforme já exposto, dispositivos assistenciais, educacionais e artísticos.   O Workshop em Saúde Mental e Humanização realizado pelo CAPS I de Indaial já faz parte do calendário nacional da Rede HumanizaSUS do Ministério da Saúde, ocorrendo tradicionalmente no mês de maio em alusão ao dia da Luta Antimanicomial, comemorada nacionalmente no dia 18 de maio.   Por se um evento de grande importância e envergadura para a nossa região, os serviços que trabalham com saúde mental dos municípios já se organizam para participarem anualmente deste espaço de reflexões e vivências.   A cada ano observa-se o aumento de usuários e instituições presentes neste evento, sendo que a IV edição, realizada no dia 10 de maio de 2017 contou com a presença de 279 participantes.   A avaliação do evento faz-se por meio de pesquisa quantitativa dos participantes, serviços e instituições através das fichas de inscrição e pelo retorno espontâneo dos participantes através das redes sociais, depoimentos e divulgação na mídia.   Desde a primeira edição, ocorrida em 2014, conseguimos inserir diversos usuários num ambiente acolhedor, livre de preconceitos e propício a reflexão sobre as múltiplas potencialidades dos usuários tidos como sujeitos de direitos e deveres.   A participação dos usuários facilita a construção de vínculos terapêuticos duradouros e potentes, permitindo que o usuário se beneficie, individualmente ou em grupo, das estratégias terapêuticas destinadas a redução de danos ou de eventos críticos/agudos.   A interação não hierarquizada dos participantes também contribuiu para que inúmeros profissionais da saúde e agentes da comunidade se dispam da visão tradicional do usuário da saúde mental pautada num olhar sobre a doença/queixa e desabilitante das potencialidades implícitas dos sujeitos.   Por ser um evento já reconhecido na região, o Workshop em Saúde Mental e Humanização fortalece os vínculos entre as instituições, aproxima os familiares dos serviços facilitando a formação do cuidado em rede.   O Workshop em Saúde Mental e Humanização é uma ação exitosa que expõe um SUS de qualidade e diferenciado porque prestigia o trabalho em rede, o cuidado humanizado e compartilhado, o fortalecimento dos vínculos familiares e sociais.   Contribui também para a reabilitação do sujeito, a reinserção dele na sociedade, o estímulo ao desenvolvimento autônomo e a ressignificação do usuário em relação à vida cotidiana. Além de ser um espaço de trocas de experiências entre os vários serviços e instituições das diversas redes de cuidado da região.   E por fim permite ao profissional ter um olhar diferenciado dos transtornos psicossociais, desprendendo da formalidade do cuidado acadêmico e tecnicista para um cuidado diferenciado, pautado na singularidade do sujeito e no vínculo terapêutico.   O Workshop em Saúde Mental e Humanização: Qual é a sua loucura? Demonstra que a atenção psicossocial no SUS pode prestigiar múltiplos saberes e múltiplas formas de cuidados que se amoldam às necessidades do sujeito em sofrimento psíquico, revelando-se um instrumento potente para a melhoria da qualidade de vida dos usuários e para o fortalecimento da saúde mental na região da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI).    

922 Culto a beleza: competências e desafios ao qualificar o trabalho em saúde
Sergio Ferreira de Menezes

Culto a beleza: competências e desafios ao qualificar o trabalho em saúde

Autores: Sergio Ferreira de Menezes

A atividade laboral dos estabelecimentos de embelezamento considerada pela legislação sanitária como de interesse da saúde, pois, representam risco, tanto para usuários, assim como para próprio profissional se as boas práticas não forem adotadas. Evidências científicas apontam para a possibilidade de contrair alguma infecção, ao manipular artigos instrumentais, neste sentido, coloca em risco o profissional e/ou cliente. Esta experiência surgiu das vivências como trabalhador de vigilância sanitária municipal, em estabelecimentos de interesse a saúde, em Angra dos Reis-RJ. É notável o crescimento deste segmento de serviço, frente à exposição de riscos: químicos, biológicos e ergonômicos. Atualmente o culto a beleza compõe o rol de necessidades das pessoas, ou seja, o belo é visto como parte do bem estar, independente das exposições que possam advir. Partindo destas premissas observamos, prioritariamente, nos estabelecimentos - salões de beleza, barbearias e cabelereiros; suas condições ambientais, os principais produtos utilizados e, sobretudo o processo de trabalho. Iniciamos um cadastramento ao tempo em que comparávamos com as denúncias recebidas. Em paralelo reescrevemos o Código Sanitário Municipal, aprovado em 2013, em que previmos aspectos que circunscreve ações sobre as funcionalidades em condições de saúde pública para estes serviços.  Orientações e correções de rumos foram inúmeras, vários conseguiram melhorar, outros, nem tanto. Entretanto, algo chamou atenção quanto à competência, em relação à desinformação e o baixo nível de conhecimento em assuntos temáticos de saúde e ambiente.  Importante frisar que o exercício profissional exige um curso de qualificação, no entanto, não abordam para além da atividade fim. Analisamos o processo de trabalho e chegamos a conclusão, que a norma processual utilizada, mesmo atualizada pouco interfere nas condições sócio ambientais, onde para isto, seria imprescindível formular algo um pouco mais apropriado as necessidades das trabalhadoras. Assim, nasce um guia elaborado com a participação direta dos profissionais que  tem por objetivo oferecer subsídios para o desenvolvimento destas  atividades com segurança, minimização de riscos e possíveis danos à saúde dos profissionais e dos clientes usuários. Em fase desenvolvimento a elaboração de um aplicativo para celulares contribuindo com fontes de informações e funcionalidades para trabalhadores da área a respeito dos riscos de transmissão de doenças, higienização de processos, desinfecção instrumental e o devido cuidado no uso de determinados produtos. Planeja-se, ainda, um curso de qualificação profissional, com temáticas inerentes aos riscos em estabelecimentos de interesse a saúde; medidas preventivas no ambiente profissional; procedimentos de limpeza e esterilização de artigos; e gerenciamento de resíduos sólidos. Importante mencionar que o planejamento em construção, tem como objetivo maior o fortalecimento das ações da vigilância sanitária sobre estabelecimentos de interesse a saúde, preconizado e determinado pelo Sistema Único de Saúde - SUS.

938 Percepção dos agentes comunitário de saúde ACS: do cuidado com o outro aos expostos agentes estressores
Sergio Ferreira de Menezes, Cristian Lemes Santos

Percepção dos agentes comunitário de saúde ACS: do cuidado com o outro aos expostos agentes estressores

Autores: Sergio Ferreira de Menezes, Cristian Lemes Santos

O mundo do trabalho contribui para  o sujeito se observar como parte da sociedade e da realidade a ser construída, assim como, para necessários  enfrentamentos de superação . Pois bem, é no processo laboral que se identifica a sua importância, nas quais, os indivíduos, por meio das experiências adquiridas constroem suas identidades. Nesta perspectiva esta pesquisa se dedicou aprofundar o quão é importante o trabalho do profissional agente comunitário de saúde ACS, ao se reconstruir no dia a dia, diante das tamanhas adversidades vivenciadas. Estudiosos da área apontam para o ACS como uma atividade profissional vulnerável ao estresse, ao comparar com outros colegas de equipe, locados na Estratégia Saúde da Família (ESF). A ESF é formada multiprofissionalmente na qual age em equipe, e tem em seus propósitos a promoção da saúde e qualificação da vida com autonomia dos usuários.  Os serviços voltados para comunidades de baixa renda são complexos e carregam condições propícias ao estresse, nas quais estes profissionais estão envolvidos direta e indiretamente. O estresse tem sido na contemporaneidade assunto de interesse para pesquisa, pois profissionais cada vez mais, sob o peso das pressões do dia a dia no trabalho, ficam vulneráveis as  doenças, culminando em  significativos custos sociais. O estresse como patologia específica está presente no cotidiano dos ACS, principalmente, pela alta carga de agentes estressores nas quais estão expostos. Importante mencionar que o ACS  tem por questão contratual  residir  próximo da área de atuação profissional, considerada por diferentes agentes como contribuinte do estresse. Neste sentido esta pesquisa visa principalmente responder: Quais os principais agentes estressores que arrastam o profissional Agentes Comunitários de Saúde ACS a trabalharem com níveis considerados fora do normal? Buscando responder o problema apresentado no cotidiano destes profissionais, esta pesquisa teve como objetivo geral; analisar os principais agentes estressores presentes nas atividades inerente do profissional de saúde-, agente comunitário de saúde ACS. Para atingir o objetivo desta pesquisa com caráter descritivo, utilizou-se de um estudo de caso, na qual ACS estão envolvidos com o estresse. Para os agentes estressores na qual os ACS estão expostos, tais como; falta de material básico para trabalho, desenvolvimento de tarefas não inerentes a função, longas distâncias a percorrer embaixo do sol quente e sem protetor específico para o corpo, inexistência de espaço físico apropriado a categoria, e, sobretudo violência na comunidade onde o trabalho é desenvolvido, é algo que o incomoda, preocupa e desmotiva para efetiva realização da função. A violência na comunidade, ultimamente, vem se tornando patológica e naturalmente, maiores problemas contributivos para o estresse. Outro aspecto, não menos importante, mas desencadeante para o estresse dos profissionais ACS, refere-se à ineficiência de planejamento e gestão com logística, por parte do poder público municipal.  Portanto, as atividades laborais dos ACS estão imunes aos estímulos estressores. Segundo estudiosos, a constante adaptação que a demanda do trabalho proporciona, diante dos estímulos recebidos pelos indivíduos, trás para o corpo respostas com desajustes; comportamentais, fisiológicas e emocionais.

969 INTERAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA VINCULADO AO PROJETO INFÂNCIA SAUDÁVEL
Gracielle Pampolim, Matheus Felipe Paz Alves, Frederico Octávio Perozini Demoner, Ivanna Moreira Selga da Silva, Júlia de Lyra Martinelli Scardua, Vanezia Gonçalves da Silva

INTERAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA VINCULADO AO PROJETO INFÂNCIA SAUDÁVEL

Autores: Gracielle Pampolim, Matheus Felipe Paz Alves, Frederico Octávio Perozini Demoner, Ivanna Moreira Selga da Silva, Júlia de Lyra Martinelli Scardua, Vanezia Gonçalves da Silva

Apresentação: Compreender o perfil da sociedade em que irá trabalhar expande o potencial benefício que o médico pode trazer à população ao iniciar a prática da profissão, pois conscientiza-o acerca do contexto em que o paciente está inserido, aproximando a prática em saúde da integralidade – entendida como um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos – um dos princípios do Sistema Único de Saúde. Considerando o Ensino Infantil, o Fundamental e o Médio, verifica-se que cerca de 50 milhões de crianças e adolescentes estão acessíveis às ações de educação, promoção e assistência à saúde no sistema educacional brasileiro. As condições de vida e saúde e também as iniquidades sociais em nosso país permitem dizer que essa parcela da população está exposta a graves riscos de adoecimento e a situações de vulnerabilidade, que precisam ser objeto prioritário de ação eficaz pelo sistema de saúde, em conjunto com outros setores, particularmente os de Educação e Ação Social. Sobre a participação fundamental da família no contexto da saúde da criança, Pereira-Silva e Dessen (2003), afirmam que as interações estabelecidas no microssistema família são as que “trazem implicações mais significativas para o desenvolvimento da criança, embora outros sistemas sociais também contribuam para o seu desenvolvimento”. Sigolo (2004) descreve a família como “espaço de socialização infantil”, pois se constitui em “mediadora na relação entre a criança e a sociedade”. No que diz respeito à formação acadêmica, as Matrizes Curriculares preconizadas pelo Ministério da Educação para o curso de graduação em Medicina têm possibilitado a inserção precoce de discentes nas comunidades de suas cidades, mas, muitas vezes, esse contato fica restrito ao ambiente das Unidades Básicas de Saúde, limitando a representatividade do contexto sociocultural em que os indivíduos que buscam serviços de saúde estão inseridos Desenvolvimento: Diante desse contexto, o Projeto Infância Saudável buscou analisar, a partir da interação ensino-serviço-comunidade – uma forma de promoção em saúde – o processo saúde-adoecimento numa comunidade do município de Vitória, Espírito Santo. Pretendeu-se detectar intempéries à saúde – como situações de violência, falta de saneamento básico e condições habitacionais e alimentares deficientes –, de crianças escolares da faixa etária entre 4 e 6 anos e suas famílias, com o objetivo de potencializar intervenções em saúde, bem como despertar o interesse no autocuidado familiar, consolidando o aumento da qualidade de vida dessa comunidade a partir de ações no nível primário de saúde pública. O projeto desenvolveu-se sob a coordenação de duas professoras e com a realização de visitas quinzenais, no período matutino, às casas de crianças previamente selecionadas a partir de dados fornecidos por dois centros educacionais locais em que estudavam. As mesmas instituições também informaram, de antemão, a presença de grupos familiares sabidamente de risco, com o intuito de direcionar, de maneira efetiva, os benefícios da ação aos contemplados. A partir dos dados coletados, a região foi mapeada e os 16 alunos participantes, estudantes do curso de Medicina de uma instituição de ensino privada, alocaram-se em duplas para a realização das visitas, durante as quais foram executados anamnese – com detalhamento de história perinatal, história alimentar, desenvolvimento neuropsicomotor, antecedentes patológicos da criança e de sua família, além de avaliação do cartão de vacinas; exames físicos geral – com ênfase para antropometria –, de abdome e dos aparelhos respiratório e cardiovascular; e teste de acuidade visual de Snellen, a fim de traçar o perfil das crianças, identificando, de maneira precoce, agravos de saúde e/ou fatores de risco para tais, direcionando casos selecionados para posterior acompanhamento médico na Unidade Básica de Saúde local. Por limitações de recursos, como balanças e esfigmomanômetros infantis, foi necessário retornar em algumas casas visitadas mais de uma vez, a partir de então foi possível consolidar os dados. A situação de saúde encontrada foi semelhante em diversos locais, havendo alta incidência de problemas respiratórios e alergias, possivelmente devido às condições de moradia; dieta inadequada; falta de estrutura familiar; e presença de problemas crônicos, com dificuldades de acesso ao atendimento especializado, sendo essa uma queixa relativamente frequente das famílias durantes as visitas. O convívio familiar mostrou-se, rotineiramente, conturbado, sem suporte adequado para a criança, por uso de drogas, desemprego ou problema de convívio entre os responsáveis. Houve dificuldade em encontrar as crianças em suas residências, pois os endereços costumavam não estar atualizados nos centros educacionais; além do horário das visitas ser durante a manhã, período em que a maioria dormia. Resultados: Foram identificadas diversas situações que influenciavam a saúde e o desenvolvimento das crianças, tais como de higiene inadequada das moradias, falta de coleta de lixo regular, má alimentação, esgoto a céu aberto e ausência de controle de tempo de acesso à eletroeletrônicos. As famílias foram orientadas e alertadas sobre todos os fatores de risco constatados, expondo de quais formas eles poderiam ser negativos para o desenvolvimento adequado das crianças. Conclusões: ​O acompanhamento das crianças mostrou-se uma experiência enriquecedora aos acadêmicos, aproximando-os da realidade da qual farão parte ao iniciarem a prática médica. Julga-se, também, que a ação foi positiva para a comunidade, por engajá-la no contexto de promoção e prevenção em saúde, no âmbito da saúde da criança. Considerações finais: A formação de médicos deve considerar a população que será atendida, de forma que os futuros profissionais estejam cientes, quando formados, do contexto social em questão, ao atenderem seus pacientes. Esse conhecimento melhora a relação médico-paciente e, portanto, o serviço médico, bem como o sistema de saúde e a qualidade de vida da população. Assim, atividades durante a graduação que vão além da sala de aula, somando ao conhecimento adquirido nesta, práticas em comunidades cujos moradores fazem uso extensivo do serviço público de saúde, fundamentam o aprendizado e aproximam o acadêmico da população. O Projeto Infância Saudável permitiu aos alunos identificar na própria comunidade os fatores de risco para a saúde e para o desenvolvimento das crianças analisadas e orientar as famílias sobre medidas a serem adotadas para diminuir os riscos de adoecimento. Assim, o Projeto pode ser considerado de grande benefício tanto para a educação médica dos alunos participantes quanto para a comunidade.

970 Vivências do Estágio em Fisioterapia na Saúde da Comunidade: Relato de Experiência
Gracielle Pampolim, Juliana da Silva Oliveira, Beatriz Côco, Ana Carolina de Oliveira Barbosa

Vivências do Estágio em Fisioterapia na Saúde da Comunidade: Relato de Experiência

Autores: Gracielle Pampolim, Juliana da Silva Oliveira, Beatriz Côco, Ana Carolina de Oliveira Barbosa

Apresentação: Como estratégia de consolidação de diversas políticas públicas presentes no Brasil, o Ministério da Saúde assumiu, a partir de 1994, o Programa de Saúde da Família, hoje denominada Estratégia de Saúde da Família, que é um modelo de atenção voltado à proteção e à promoção da saúde, além oferecer aos usuários o atendimento domiciliar, com um enfoque preventivo e de promoção à saúde. A estratégia se integra numa rede de serviços, de forma que se garanta atenção integral aos indivíduos e famílias, assegurando-se a referência e contra referência para os diversos níveis do sistema, de problemas identificados na atenção básica. A partir de 2005, o Ministério da Saúde favoreceu a ampliação da Atenção à Saúde da Família por meio da Portaria nº 1065/GM, criando os Núcleos de Atenção Integral na Saúde da Família com a finalidade de ampliar a integralidade e a resolubilidade da atenção à saúde, passando a ser obrigatória a presença do fisioterapeuta nas UBS. Antes da regulamentação da Fisioterapia como profissão de nível superior, que ocorreu no ano de 1969 no estado de São Paulo, sua atuação era voltada para o caráter curativo e reabilitador, porém a partir das mudanças no perfil epidemiológico, e das modificações que ocorreram no Sistema Único de Saúde, a atuação da fisioterapia começa a ter um outro foco, se estendendo para os três níveis de atenção, promovendo ações preventivas no setor primário, diagnóstico precoce no setor secundário, além de reabilitação no terciário. Portanto, uma das atribuições legais do fisioterapeuta é a promoção em saúde, de forma a oferecer uma assistência integral ao indivíduo além de ofertar diversas funções no âmbito da saúde coletiva. A atuação do fisioterapeuta e dos demais profissionais, devem ser voltadas para a integralidade atuando junto com a Estratégia de Saúde da Família na Atenção Básica de Saúde realizando ações individuais ou coletivas que promovam saúde e previnam doenças. A inserção do fisioterapeuta no programa de Estratégia Saúde da Família vem ocorrendo de forma gradativa, seu principal objetivo é o “movimento humano”, visando à funcionalidade e promovendo a qualidade de vida em todos os ciclos da vida, respeitando os aspectos sociais, culturais, ambientais e preservando a integridade. São realizadas visitas domiciliares com a abordagem familiar e não somente centrada ao indivíduo. A abordagem familiar é de extrema importância para identificar riscos e problemas de saúde que estão sendo enfrentados, elaborar um plano de tratamento, executar, firmar vinculo de confiança, fazer visitas domiciliares de acordo com o planejado, garantir o tratamento dentro do sistema de referência e contra referência, além de promover grupos de assistência, são formas de atuação fisioterapêutica. Dessa forma observamos que a função do fisioterapeuta não se restringe somente a um campo de atuação, de modo geral ela proporciona uma melhora na qualidade de vida do paciente. Objetivo: Descrever as experiências de alunas do curso de fisioterapia na vivência de um estágio curricular em saúde da comunidade. Descrição da Experiência: O estágio na saúde comunitária nos possibilitou vivenciar uma experiência diferente da conhecida em clínicas, ambulatórios e hospitais onde as informações são apenas repassadas verbalmente pelo paciente e/ou familiares e não conseguimos visualizar a realidade vivida por estes. Já no estágio, durante as visitas domiciliares às casas dos usuários com indicação para avaliação e tratamento fisioterapêutico, foi possível observar diretamente a realidade vivida pelo paciente, conhecendo sua moradia, o arranjo familiar, a relação entre os familiares e o paciente, as barreiras arquitetônicas que o paciente enfrenta em seu bairro para chegar em seu lar ou na Unidade Básica de Saúde, as condições de saneamento básico, o apoio social, e especialmente, como esses fatores podem influenciar na qualidade de vida e saúde do paciente. Estar no domicilio dos pacientes proporcionou a nós alunos uma visão ampla e global do paciente, não somente atentando para a patologia de base, mas também para os fatores que podem influenciar o curso dessa doença, respeitando os princípios éticos, bioéticos e culturais do indivíduo e da coletividade em que este se insere. Destacamos a importância do trabalho em equipe entre os graduandos de fisioterapia e os profissionais da Equipe de Saúde da Família que estavam sempre dispostos a nos auxiliar, com o intuito de melhor atender os usuários, e proporcionar a estes uma atenção mais integral. Também no foi oportunizado um maior contato com a equipe através das reuniões de equipe, sendo esta composta por diversos profissionais que trabalham em conjunto para o cuidado do indivíduo com planejamento das atividades individuais e em grupo; durante as reuniões são discutidos os casos dos pacientes que estão cadastrados na Unidade, sendo analisado os fatores que podem influenciar no curso da doença ou agravo, buscando a resolução de problemas identificados e como cada profissional da equipe pode colaborar com o caso. Durante o estágio também tivemos a oportunidade de realizar atividades de promoção de saúde e prevenção de agravos, como com o grupo de idosos da comunidade (Grupo Amigos Jesus de Nazareth), onde, com o objetivo de contribuir para a qualidade de vida e saúde dos idosos e para a participação social dos mesmos, eram realizadas diversas atividades físicas e cognitivas, com músicas, jogos e outros artifícios pertinentes. Eram realizadas discussões com artigos científicos todos os dias ao final do expediente, estudando a realidade local e emprego das ferramentas da atenção básica para acesso e cuidado às famílias e a importância da fisioterapia nas unidades de saúde. Resultados e/ou impactos: Este estágio nos proporcionou uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, nos capacitando a atuar no cenário da atenção básica e nas comunidades, cenários estes que tem muito a acrescentar humanamente ao fisioterapeuta, mas que ainda é tão pouco explorado por este campo profissional. Esta vivência nos possibilitou uma atuação mais sensível e comprometida não apenas com o ser humano, mas também com o ambiente que o cerca. Considerações Finais: Viver a experiência do estágio na saúde comunitária nos possibilitou uma visão mais ampla sobre a importância da atuação do fisioterapeuta nas Unidades Básicas de Saúde, destacando que temos como objetivo profissional não somente a atenção terciaria, mas em todos os níveis de atenção á saúde.

2592 Ensino de Saúde do Homem para Profissionais da Área da Saúde
Nathalia Gabay Pereira, Anna Luiza Melo Machado, Caio César Chaves Costa, Daniele Caséca Ruffo

Ensino de Saúde do Homem para Profissionais da Área da Saúde

Autores: Nathalia Gabay Pereira, Anna Luiza Melo Machado, Caio César Chaves Costa, Daniele Caséca Ruffo

Apresentação: A saúde do homem é um assunto que, apesar de ter sido mais explorado nos últimos anos como um tipo importante de temática para a saúde pública, ainda precisa ser mais presente na capacitação de profissionais da saúde. O grande desafio da Estratégia da Saúde da Família é a longitudinalidade, visto que muitos pacientes param de frequentá-la ou não aderem a tratamentos propostos, sendo que a maioria destes são homens, fato já comprovado por diversos estudos. Assim, a saúde do homem, bem como entender a psicologia deste, são primordiais para melhorar a Atenção Básica. Desenvolvimento do Trabalho: Foram feitas uma palestra e uma roda de conversa em uma Estratégia de Saúde da Família para um total de 22 Agentes Comunitários da Saúde e enfermeiros por 5 estudantes de medicina em maio de 2016. O assunto foi escolhido por meio de conversa com os Agentes Comunitários de Saúde, médicos e enfermeiros que atuavam na estratégia, sendo que todos indicaram a dificuldade de tratar da saúde do homem. Assim, foi apresentado pelos estudantes os seguintes temas: Saúde no Homem no Brasil e na Estratégia de Saúde da Família, Câncer de Próstata, Câncer de Pênis, Lesão de Glande, Lesão de Pênis e Cuidados Básicos com Higiene e Hábitos de Vida. Ao final, foi feita uma roda de conversa onde os profissionais fizeram perguntas referentes ao assunto e comentaram sobre a realidade do local, ou seja, sobre a dificuldade em se abordar esse tema e a dificuldade de adesão dos homens aos serviços prestados pelos profissionais. Impactos: Ao final das perguntas, na roda de conversa, os profissionais julgaram adequado os ensinamentos e dividiram ideias e sugestões para porem em prática o que tinham aprendido. Além disso, foi relatado pelos mesmos se sentirem mais capacitadas para atender aos homens na estratégia. Posteriormente, o material utilizado foi repassado para os participantes e os mesmos colocaram os conhecimentos adquiridos em prática, levando o assunto em questão para a comunidade, a partir de um seminário sobre Saúde do Homem e sobre a importância deste ser acompanhado pela Estratégia de Saúde da Família, demonstrando o interesse de todos por esse assunto e um aprendizado satisfatório sobre este assunto pelos profissionais da saúde. A saúde do homem é um assunto extremamente importante na Atenção Básica, sendo necessária maiores capacitações sobre o tema, bem como políticas públicas voltadas para esta parcela da população, a qual apresenta baixa adesão a programas de assistência médica, contribuindo para aumento dos índices de mortalidade do Brasil por doenças que podem ser facilmente curadas ou controladas.

725 OS SABERES DO DIABETES MELLITUS ENTRE OS ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA -BRASIL
Nathaly Silva Freitas, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Juliana Farias Vieira, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Zaline de Nazare Oliveira de Oliveira, Adalgisa Azevedo Lima, Andrei Silva Freitas

OS SABERES DO DIABETES MELLITUS ENTRE OS ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA -BRASIL

Autores: Nathaly Silva Freitas, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Juliana Farias Vieira, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Zaline de Nazare Oliveira de Oliveira, Adalgisa Azevedo Lima, Andrei Silva Freitas

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica caracterizada por um quadro de hiperglicemia crônica, sendo classificada em: Diabetes tipo 1, Diabetes tipo 2, Diabetes gestacional e outros tipos (Defeitos genéticos e drogas). Estima-se que essa patologia atinja 9 milhões de brasileiros, sendo que no Brasil os estudos voltados para grupos de adolescentes são raros e parte desta estatística corresponde a 197 mil paraenses. Objetivo: Investigar os saberes de adolescentes sobre o DM em uma escola pública no município de Santarém-Pará. Metodologia: A pesquisa foi realizada em uma escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio. Trata-se de um estudo quantitativo com abordagem descritiva, partindo da observação da realidade, seguida da definição do problema, teorização, construção de hipóteses de solução e posterior aplicação de um questionário e intervenção por meio de palestra com base na metodologia da Problematização desenvolvido aos passos do Arco de Manguerez. O questionário abordou perguntas relacionadas ao DM, possibilitando identificar os saberes dos alunos sobre a mesma. O Projeto foi aprovado pelo CEP (Comitê de Ética em Pesquisa), conforme parecer no. 1.318.965. Resultados: No total, foram entrevistados 56 alunos do ensino médio, com faixa etária entre 15 e 28 anos. Foi aplicado um questionário, utilizado para a coleta de dados, onde foram abordadas as seguintes perguntas: a má alimentação e falta de atividade física associam-se ao DM, 80,3% (45/56) responderam que sim, os pacientes com DM podem realizar atividade física, 83,9% (47/56) disseram que não, os fatores genéticos influenciam no acometimento de DM, 69,6% (39/56) responderam que sim, O DM persiste a vida toda, 71,4% (40/56) afirmaram que sim, O DM pode matar, 69,6% (39/56) acreditavam que sim, O DM está relacionado à hiperglicemia, 96% (54/56) responderam que sim, apenas o médico poderia tirar as dúvidas sobre a DM, 52% (29/56) responderam que sim, o apoio da família não faz diferença no tratamento de diabetes, 75% (42/) responderam que não e o DM pode ser assintomático, 77% (43/56) responderam que sim. Considerações finais: Na pesquisa constatou-se, que a maioria dos indivíduos pesquisados responderam corretamente as perguntas do questionário, apesar de uma considerável parcela apresentar resultado insatisfatório. Verificou-se que grande parte dos participantes tem conhecimento sobre o DM, como adquirir e quais as consequências da doença. Contudo, é de suma importância à continuidade na propagação de informações para adultos e adolescentes sobre o tema, por tratar-se de um uma patologia que vem aumentando significativamente sua incidência em todo o mundo.

1096 FORÇA EMPRESARIAL: PRINCÍPIOS DA QUALIDADE NO TRABALHO
Laís Plácido Santos, Sergio Ferreira de Menezes

FORÇA EMPRESARIAL: PRINCÍPIOS DA QUALIDADE NO TRABALHO

Autores: Laís Plácido Santos, Sergio Ferreira de Menezes

O movimento de qualidade de vida no trabalho surge em meados do século XX  tendo como objetivo inicial buscar melhorias nas condições do processo de trabalho para o indivíduo e  desempenho da empresa. Na visão empresarial, a qualidade de vida no trabalho  representa o grau de contentamento que o trabalhador tem com seu ambiente de trabalho e com o serviço produzido. Nesta perspectiva o comportamento das organizações empresariais, vem  transformando trabalhadores em objetos instrumentalizados. Ademais, as consequências desse tipo de mudança camufla uma ideologia utópica de trabalho. Deste modo, a qualidade de vida no trabalho apresenta-se para o trabalhador como uma realidade  falsa, tornando-o incapaz de compreender toda complexidade inerente do mundo do trabalho. Objetivou-se com esta pesquisa, analisar  criticamente o modelo de qualidade de vida no trabalho e a relação existente entre trabalhador  e empregador, trazendo a luz da realidade de como o trabalhador é controlado veladamente nas organizações.Para tanto, procede-se à pesquisa de caráter bibliográfico realizada a partir de reflexões em artigos disponibilizados na literatura  em meio digital, entre os anos de 2002 e 2011. Ao identificar  o processo ideológico no ambiente de trabalho, aponta-se que dentro das organizações sempre existiu um conflito entre os indivíduos e o capital. Ou seja, a busca de melhoria de desempenho, tem criado modelos de  gerenciamento, objetivando resolução de problemas, no entanto, grande parte desses embasados sobre o controle do homem pelo capital.O capital investe em incumbir a eficácia do pensamento individualista na vivência social em depreciação dos procedimentos coletivos. Com o avento do salário flexível uma singularidade própria as necessidades ordenadas do capital, o assalariado sofre com o desgaste da pessoalidade, vivenciando, cada vez mais, os valores do individualismo. Estudiosos afirmam que trabalhos diferenciados acabam tornando-se iguais com o tempo, perdendo sua pessoalidade, dessa forma, os trabalhadores são igualados aos produtos, como meio de lucro. Ao comparar o comportamento do trabalhador colaborador a partir do sistema de recompensas, vislumbra-se que o programa qualidade de vida no trabalho em si traz um discurso de autonomia e flexibilização, com intenção de criar um ambiente harmonioso, para que qualquer atividade seja bem executada. É preciso entender que, ao optar pela flexibilização e ao ter a quebra da rotina burocrática, cria-se  uma nova estrutura de controle, ao invés de melhorias nas condições de trabalho destes trabalhadores. Em contraposição o capital mascara e introduz um novo método para remodelar seus meios de controle social, dentro das organizações. Pesquisadores apontam para falta de visão crítica dos trabalhadores em uma análise organizacional e insistem para novos questionamentos e superações das teorias tradicionais no processo de trabalho ao desvelar que, nem tudo na esfera da gestão  empresarial é o que aparenta ser.Portanto,esta pesquisa sobre o programa qualidade de vida no trabalho, dentro das organizações, além de propiciar um estudo de teor crítico reflexivo, trouxe  contribuições de consideráveis  pesquisadores do mundo do trabalho. Em suma, o programa qualidade de vida no trabalho tem em seus propósitos favorecer o empregador e ao capital  empresarial, quanto ao empregado apenas o resquício.

4245 AÇÕES EDUCATIVAS NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
graziela da silva moura, nilza duarte faria

AÇÕES EDUCATIVAS NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: graziela da silva moura, nilza duarte faria

Introdução: Na gravidez a mulher pode apresentar dúvidas, medos, fantasias e outros sentimentos que alimentam o senso comum, interferindo negativamente no cuidado prestado pelos profissionais de saúde, especialmente quando o saber científico é contraposto ao saber popular. A equipe de saúde é responsável pelo desenvolvimento de ações de cuidados voltadas para a sua população e uma das maneiras para se chegar a este objetivo acontece por meio de grupos educativos. Evidencia-se que a educação em saúde é um instrumento para que os profissionais da saúde, possam dotar as mulheres e seus familiares de conhecimentos, além de esclarecerem as dúvidas, contribuindo com a autonomia do cuidado. Objetivos: Relatar a experiência da equipe de saúde em um grupo de gestantes, o qual aborda os aspectos relacionados com a saúde da mãe e do bebê atendidas em uma Unidade Básica de Saúde de Zona Leste de Manaus.  Método: Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa na modalidade de relato de experiência, a partir da vivência com o grupo de gestantes ocorridas entre os meses de agosto e dezembro de 2017. Os encontros acontecem através de rodas de conversas uma vez por mês no Espaço saúde da UBS todas as quartas-feiras, no horário da manhã e contam com a participação de uma equipe multidisciplinar da UBS. A divulgação é realizada durante as realizações das consultas de pré-natal e pelos agentes comunitários de saúde.  Contamos também com os materiais didático tais como: aparelho de Datashow, computador portátil e outros materiais para a realização das dinâmicas. As temáticas abordadas nos encontros são baseadas no Ministério da Saúde, que são: importância do pré-natal; cuidados com higiene; atividade física específica para gestantes; alimentação saudável; desenvolvimento da gestação; modificações corporais e emocionais; medos e fantasias referentes à gestação e ao parto; atividade sexual; prevenção de IST/AIDS e aconselhamento para teste anti-HIV; sinais comuns na gestação e orientações nas queixas mais frequentes; sinais de alerta; preparo para o parto; incentivo e orientações para o parto normal; orientações e incentivo para o aleitamento materno e orientações especificas para mulheres que não poderão amamentar; importância do planejamento familiar; sinais e sintomas e parto; direitos das mulheres e lei do acompanhante; impacto e agravos das condições de trabalho sobre a gestação, parto e puerpério; importância da participação paterna durante a gestação, parto e desenvolvimento do vínculo entre pai e filho; gestação na adolescência; dificuldades sociais e familiares; cuidados após o parto e com o recém-nascido; estímulo o retorno aos serviços de saúde; importância do crescimento e desenvolvimento infantil; importância da triagem neonatal na primeira semana de vida. Resultados: Notou-se que as ações de saúde desenvolvidas com o grupo de gestantes atingiu resultados significativos, à medida que serviu como recurso de suporte social, pois, com a existência deste grupo houve uma complementação às consultas de pré-natal, criando um maior vínculo entre gestantes e familiares com a equipe da Unidade Básica de Saúde. O grupo de gestantes foi e é um espaço para partilha de conhecimentos, experiências, sentimentos e criação de vínculos. Além de se constituir como um espaço de direitos à saúde, ao acompanhamento, à informações e esclarecimentos. Considerações finais: O pré-natal de qualidade realizado pelos profissionais de saúde contempla ações de promoção da saúde física e mental, prevenindo agravos na gestação promovendo espaços para a escuta das possíveis duvidas apresentadas pela gestante. O grupo de gestantes proporcionou momentos de ampla aprendizagem para as participantes e para os organizadores, reafirmando a ideia de que as ações de promoção da saúde devem ser eminentemente participativas e transformadoras. Assim, atuar em promoção de saúde significa abrir um leque de possibilidades de intervenção, enfocando a saúde como qualidade de vida.

720 Saude Bucal E Imunizacao; Um elo de ligacao
graziela da silva moura

Saude Bucal E Imunizacao; Um elo de ligacao

Autores: graziela da silva moura

  INTRODUÇÃO: A interdisciplinaridade é o grau mais elevado de interação entre as formações profissionais que considera o intenso compartilhamento de saberes profissionais especializados em diversos campos, exercendo, dentro de um mesmo cenário, uma ação de reciprocidade e mutualidade, que pressupõe uma atitude diferenciada a ser assumida diante de um determinado problema, ou seja, é a substituição de uma concepção fragmentada e distante por uma visão unitária e abrangente sobre o ser humano. A responsabilidade quanto à necessidade de um  cuidado  adequado  em saúde bucal e a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescente de 6 meses a 14 anos  segue compartilhada e integrada entre a enfermagem e a odontologia  na Unidade Básica de Saúde DR. Jose Avelino Pereira, no Bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus. OBJETIVO: Relatar a experiência   sobre as práticas interdisciplinares que advém dos processos de integração entre a equipe de enfermagem e a  equipe de odontologia no cuidado e manutenção da  saúde  bucal  e atualização do cartão de vacina  de crianças e adolescentes de 6 meses a 14 anos em uma unidade básica de saúde de da zona leste de Manaus METODOLOGIA: Trata-se de um tipo de estudo descritivo, de natureza qualitativa, realizada em setembro e outubro de  2017. Foram realizados ações de saúde sobre vacinação e saúde bucal, com a divulgação feita na UBS, nas escolas e na comunidade. As ações foram voltadas para crianças de 6 meses a 14 anos  que compareceram na UBS no Dia D da Multivacinação. Houve participação de uma equipe multiprofissional na qual foram realizadas rodas de conversas com os pais /cuidadores   sobre a importância da vacinação e aplicações de vacinas, bem como orientações sobre o  cuidado da saúde bucal  através da utilização de macromodelos, folders, espelhos, dentifrícios fluoretados e escovas de dente.  Na ocasião foram ofertado brincadeiras, brindes e lanches RESULTADOS: Nestas ações compareceram   crianças  e adolescentes   totalizando 270 indivíduos ,  onde  70 % dessas  crianças encontravam-se imunizadas 71 % dos  adolescentes  precisaram ser vacinados. Em relação a  ação em saúde bucal     participaram 100  indivíduos entre crianças e adolescentes  , que realizaram   exames clínicos bucais e escovações supervisionadas, foram  observados  a prevalência de cárie na dentição em 40% desta população. Por ser uma ação diferenciada constatou-se  uma grande integração entre as  equipe, melhor envolvimento com  o usuário e principalmente o sentimento de gratidão e satisfação do dever cumprido destes profissionais..CONSIDERAÇÕES FINAIS: A cavidade bucal sadia está intimamente ligada à saúde geral e à qualidade de vida. Ações em Educação em Saúde Bucal são de extrema importância no incentivo à prática de higiene oral da população. É essencial que haja um desenvolvimento de ações inerentes às questões da saúde bucal em crianças de 0 a 14 anos , através de métodos educativos e preventivos. Tanto quanto  a  vacinação , que é  hoje, um recurso preventivo de extrema importância a toda população do mundo e, mais especificamente, às crianças, mulheres e idosos, já que esses se encontram, do ponto de vista imunológico, mais susceptíveis às doenças. Esta tem contribuído para a redução da morbimortalidade infantil na medida em que são implementadas ações preventivas que incentivam os pais a levarem seus filhos para tomarem as vacinas, seja nas campanhas ou nas rotinas das unidades de saúde.É importante que a pratica de educação em saúde bucal  e imunização, enquanto intervenções  e prevenções sejam cada vez mais repensadas como encontros entre sujeitos , que as tomadas de decisões para esses cuidados  entre famílias, trabalhadores da saúde e usuários  sejam construções   que impliquem compartilhar e reconstruir o tempo todo ações e compromisso por uma saúde melhor.