100: A formação em saúde em estudo.
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 04 - Curimatã    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
876 SIMULAÇÃO NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Nayara Cristina da Silva Bento, Soraya Maria de Medeiros, Fillipi André dos Santos Silva, Verônica Rodrigues Fonsêca Costa, Raphael Raniere de Oliveira Costa, Marília Souto de Araújo, Bianca Calheiros Cardoso, Márcia Laélia de Oliveira Silva

SIMULAÇÃO NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Nayara Cristina da Silva Bento, Soraya Maria de Medeiros, Fillipi André dos Santos Silva, Verônica Rodrigues Fonsêca Costa, Raphael Raniere de Oliveira Costa, Marília Souto de Araújo, Bianca Calheiros Cardoso, Márcia Laélia de Oliveira Silva

Apresentação: À tecnologia produzida tão rapidamente pela ciência tem gerado mudanças nos paradigmas da formação nas diversas áreas do conhecimento, sobretudo nas áreas de ciências da saúde. A simulação pode ser considerada uma dessas mudanças, uma vez que como estratégia de ensino-aprendizagem rompe com o modelo da pedagogia da transmissão colocando o discente no centro de ensino aprendizagem. No decorrer dos cursos de graduação os graus de complexidade aumento conforme as exigências das disciplinas. Para atender aos objetivos dessas disciplinas a simulação usa de técnicas metodológicas para ampliar experiências reais por experiências guiadas e planejadas de forma a transmitir sensações em uma situação real. A simulação de alta fidelidade permite interações e se aproxima de praticamente todos os aspectos humanos seja com simuladores robóticos ou com o uso de paciente-padrão, desenvolvendo o pensamento crítico-reflexivo, competências psicomotoras e cognitivas. Nesse sentido, objetiva-se analisar o uso da simulação realística no contexto do ensino de tópicos em Atenção Primária à Saúde enquanto estratégia de ensino e aprendizagem no contexto da formação em Enfermagem. Desenvolvimento do trabalho: Estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa, do tipo pesquisa-ação, que teve como foco o ensino a partir da simulação realística de alta fidelidade no âmbito da formação em saúde e, especificamente, em Enfermagem. A pesquisa foi realizada no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte no componente curricular de Atenção Integral à Saúde II do curso de graduação em Enfermagem, objetivando preparar o discente para os diversos cenários de atuação na Atenção Primária à Saúde. Resultados: Ao serem submetidos à simulação realística, os discentes relataram maior autoconfiança em prestar assistência de enfermagem, aumento da destreza e da motivação, mais competência em avaliar e colher dados do paciente, melhor desempenho do pensamento crítico e tomada de decisões na imunização de adultos e no atendimento e manejo de paciente hipertenso na atenção básica, que foram conteúdos trabalhados no componente curricular. Os discentes consideram que a simulação integra conhecimentos em ambientes de baixo risco em várias áreas (competências laboratoriais e prestação de cuidados ao usuário). Através da reflexão sobre a ação puderam ter uma compreensão maior na tomada de decisões e a constatação de como essa análise consciente é importante no processo de aprendizagem, de pensamentos críticos sobre o que é ser enfermeiro e como desenvolver as capacidades cognitivas a partir das experiências práticas guiadas. Considerações finais: É possível concluir que a metodologia da simulação mostra ser um método de ensino-aprendizagem de grande eficácia e relevância, tendo em vista que prepara os discentes para situações futuras estimulando o seu raciocínio clínico, aliando os conteúdos teóricos aos práticos. Ressalta-se a importância da metodologia ativa de simulação realística, tendo em vista que se mostrou eficaz segundo os relatos dos discentes participantes, que também relataram a necessidade de frequências maiores de aulas com uso da simulação. Portanto, faz-se necessário que os docentes ampliem a visão sobre as metodologias utilizadas e busquem constantemente fomentando o conhecimento como forma de incentivar o desenvolvimento e envolvimento dos discentes no campo da Enfermagem.

989 Biomedicina e a formação profissional para o Sistema Único de Saúde: uma análise dos planos curriculares dos Cursos de Graduação em Biomedicina
Renata Magro

Biomedicina e a formação profissional para o Sistema Único de Saúde: uma análise dos planos curriculares dos Cursos de Graduação em Biomedicina

Autores: Renata Magro

A formação dos profissionais da área da saúde com perfil adequado às necessidades e às políticas públicas de saúde do país se configura como uma importante estratégia para a consolidação do Sistema Sanitário Brasileiro e o fortalecimento do processo crescente de mudança do modelo de atenção biologicista, medicalizante e hospitalocêntrico - centrado nas técnicas biomédicas e nos procedimentos, com enfoque maior na doença que na saúde - para o de uma prática integrada e humanizada. No entanto, tal formação continua sendo um desafio nas Universidades brasileiras. Este estudo teve como objetivo identificar no processo formativo do profissional biomédico nas Universidades públicas brasileiras a existência de disciplinas específicas sobre Educação e Saúde, tendo em vista que contribuem para que o egresso/profissional possa “atuar com qualidade, eficiência e resolução, no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando o processo da Reforma Sanitária Brasileira”, de acordo com o objeto das diretrizes curriculares nacionais (DCN) dos cursos da área da saúde.  Para isso foram lidos e analisados os planos curriculares dos cursos de Biomedicina ofertados por 12 Universidades Federais brasileiras. As ementas que abordam o conceito de saúde, organização sanitária, saúde coletiva e saúde pública foram contempladas de maneira exclusiva em 11 disciplinas de seis diferentes Universidades e, associados a outras temáticas, em outras sete.  Ainda que a temática da Educação e Saúde com enfoque no SUS possa ser tratada de forma transversal no conteúdo programático dos cursos, a reduzida presença ou quase inexistência de disciplinas específicas voltadas ao aprofundamento do tema alerta para uma possível deficiência na formação dos futuros profissionais biomédicos.

1272 FORMAÇÃO ACADÊMICA E FORMAÇÃO CONTINUADA: UMA PESQUISA DESCRITIVA COM PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Tatiane Motta da Costa e Silva, Helter Luiz da Rosa Oliveira, Alex dos Santos Carvalho, Fausto Pereira de Pereira, Susane Graup

FORMAÇÃO ACADÊMICA E FORMAÇÃO CONTINUADA: UMA PESQUISA DESCRITIVA COM PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores: Tatiane Motta da Costa e Silva, Helter Luiz da Rosa Oliveira, Alex dos Santos Carvalho, Fausto Pereira de Pereira, Susane Graup

Introdução: As possibilidades de inserção do Profissional de Educação Física (PEF) no contexto da saúde pública aumentaram muito nos últimos anos. Conforme consta na Política Nacional de Promoção da Saúde, o PEF no campo da saúde, em especial no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como, os demais profissionais que atuam na área do movimento humano possuem atribuições nas ações na rede básica de saúde e na comunidade. As ações propostas pelos PEF, além de servirem como desenvolvimento e estratégia para a prática de atividades corporais, são um importante estímulo para que novos hábitos sejam adotados pelos usuários dos serviços de saúde. Além disso, os saberes e práticas não somente técnicos destes profissionais proporcionam aos sujeitos uma prática mais acolhedora, fato que potencializa o cuidado e facilita uma abordagem integral, aumentando a qualidade do atendimento aos sujeitos. Neste sentido, a Educação Física relacionada à saúde mental é uma das alternativas de cuidado que deve ser trabalhada na atual proposta de atendimento, buscando uma visão e atuação multiprofissional para que os usuários dos serviços de saúde mental sejam vistos e tratados em sua integralidade. Diante deste cenário, faz-se necessário analisar a atual situação da Educação Física nos serviços de saúde mental, a fim de investigar a correlação entre qualidade do serviço prestado e a formação dos PEF envolvidos no cuidado ampliando a discussão de novas práticas de cuidado que venham a contribuir para a qualidade da assistência em saúde mental. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é analisar a formação acadêmica e formação continuada relacionada a saúde mental dos profissionais de Educação Física que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que compõe a 10ª Coordenadoria Regional de Saúde do estado do Rio Grande do Sul. Materiais e Métodos: O presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa descritiva, qualitativa e quantitativa realizada com profissionais de Educação Física trabalhadores em Centros de Atenção Psicossocial dos municípios que compõe a 10ª Coordenadoria Regional de Saúde do estado do Rio Grande do Sul. A amostra do estudo foi composta por 6 profissionais do sexo masculino, com idade entre 32 e 41 anos, (Média= 36,5 DP= 5,61). A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário construído especificamente para o presente estudo, sendo este documento composto de perguntas abertas e fechadas. As questões buscaram identificar informações relativas aos indicadores de formação acadêmica e formação continuada relacionadas à saúde mental. Para garantir o anonimato dos sujeitos da pesquisa, os mesmos serão identificados no estudo por letras de A à F. Resultados e discussão: Os resultados encontrados quanto aos indicadores relacionados a formação acadêmica, indicam que os seis profissionais concluíram sua graduação em universidades privadas, sendo os participantes A, B e E egressos do curso de Educação Física Licenciatura Plena, D e E do curso de Educação Física Licenciatura e C do curso de Educação Física Licenciatura e posteriormente do curso de Educação Física Bacharelado, metade dos profissionais realizou pós-graduação, todas em universidade pública. Todos os profissionais concluíram a graduação a mais de cinco anos. Quando questionados quanto à formação sobre saúde mental na graduação, os PEF relataram não ter recebido nenhuma formação durante a graduação e que a temática só passou a ser conhecida após a inserção nos serviços de saúde mental. Este resultado precisa ser considerado, uma vez que as evidências científicas apontam que os PEF encontram dificuldades de inserção nos serviços de saúde mental, por não possuírem nenhum conhecimento sobre a temática e nem sobre a atuação profissional nestes locais. A carência na formação do PEF perpassa a saúde mental, pois a Educação Física é uma das áreas da saúde onde pouco se discute o SUS.  Desta forma, enquanto que as diretrizes de outros cursos da área destacam a importância de uma formação comprometida com o SUS, nas diretrizes da Educação Física ele fica marginalizado. Quanto a importância de se qualificar e capacitar para trabalhar na área da saúde mental, todos os sujeitos concordam e percebem a importância, como podemos observar no extrato da resposta do sujeito E “[...] importância de conhecer políticas públicas, áreas técnicas, manejo e questões que vem a surgir, como não recebemos nenhuma formação na graduação, é preciso buscar esse conhecimento em outros espaços” e na resposta do sujeito D “extremamente importante, pelas inúmeras situações que podem surgir e que devemos estar preparados para intervir”. A capacitação dos profissionais que estão inseridos no campo da saúde mental são um forte aliado para a melhoria do cuidado em saúde mental. A capacitação e o treinamento contínuo dos técnicos e equipe de apoio, responsáveis pelo cuidado de pessoas com transtornos da saúde mental, visando uma mudança de atitude, dos valores, dos objetivos e das habilidades que devem destacar-se em todos os princípios de reorientação das políticas de saúde mental, supõem envolver os usuários na execução dessas políticas. A supervisão e a capacitação são compreendidas como uma forma de empoderar o profissional para poder intervir nos problemas de saúde da população, importante na construção de um saber mais articulado para atender à complexidade da demanda de quem sofre e procura ajuda. No entanto, apesar da reconhecida importância, ainda há poucos investimentos em capacitações, cursos e pós-graduação e, mesmo que existam muitos avanços nesta área, e que as iniciativas possam ser elogiadas, caminhar até a mudança e a aceitação do novo paradigma ainda exigirão capacitação técnica, muita vontade política, além de esforços de todos os envolvidos nesse processo. Considerações finais: Diante dos resultados apresentados no estudo, é possível inferir que os Profissionais de Educação Física que atuam na 10ª Coordenadoria Regional de Saúde do estado do Rio Grande do Sul não possuem uma formação inicial acadêmica sobre saúde mental, mas possuem experiências na atuação nos Centros de Atenção Psicossocial. Compreende-se que mudanças são necessárias, iniciando pelos cursos de graduação em Educação Física, que devem acrescentar a discussão sobre as práticas do cuidado em saúde mental em seus componentes curriculares de graduação, é necessário que se invista em formação durante o processo acadêmico dos profissionais de Educação Física, buscando minimizar as dificuldades de inserção destes profissionais nos serviços de saúde mental. Acredita-se também na necessidade de investimentos em capacitações, de modo, a ampliar o conhecimento dos profissionais e contribuir para a melhora do atendimento aos usuários dos serviços de saúde mental, tornando este, um atendimento mais humanizado, integral e pautado nos princípios da reforma psiquiátrica.

1762 REALIDADE E PERSPECTIVAS DO PROCESSO AVALIATIVO NO ENSINO SUPERIOR: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Fernanda de Araújo Oliveira, Djúlia Soraya Pimentel Sena, Amanda Emanuele dos Santos Correa, Keliane dos Santos Serra, Andréa Reni Mendes Mardock, Nayara Tallita Moreno Rodrigues

REALIDADE E PERSPECTIVAS DO PROCESSO AVALIATIVO NO ENSINO SUPERIOR: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: Fernanda de Araújo Oliveira, Djúlia Soraya Pimentel Sena, Amanda Emanuele dos Santos Correa, Keliane dos Santos Serra, Andréa Reni Mendes Mardock, Nayara Tallita Moreno Rodrigues

Apresentação: Quando refletimos e analisamos de forma correta a avaliação no ensino superior nos deparamos com um processo sistemático, continuo e planejado, que vai muito além da mera mensuração. Esse processo trata-se de uma visão holística do aluno e do processo de aprendizagem envolvendo troca mútua de conhecimentos. Essa visão, no entanto, esbarra em uma realidade que visa quantificar e estereotipar com base em notas, números e conceitos. O presente trabalho tem o objetivo de expor as modalidades avaliativas (diagnóstica, formativa e somativa) e suas respectivas funções e instrumentos com base em uma revisão de literatura, refletindo sobre o paradoxo que envolve as teorias e a prática. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão de literatura nos principais bancos de dados online; foram utilizados quatro artigos publicados entre 2000 e 2014, utilizando as palavras chave: ensino superior, avaliação e aprendizagem. Resultados e discussão: Observou em nossas pesquisas que a avaliação, independentemente do nível, sendo Ensino Fundamental, Médio e Superior é classificada em três modalidades: diagnóstica, formativa e somativa e deve ser aplicada durante todo o processo ensino aprendizagem, para que o docente possa intervir com base nas informações obtidas via avaliação, em favor da superação das dificuldades detectadas no discente. Além disso, é necessário definir previamente as ‘regras do jogo’ avaliativo considerando as diferenças e complexidades manifestadas em sala de aula. Uma gama de instrumentos e técnicas que podem ser usadas, além de provas subjetivas e objetivas, são os seminários, tutorias, relatórios, mapas conceituais, cuja função possibilita incentivar no aluno habilidades e atitudes criativas. Considerações finais: Tais resultados, longe de serem conclusivos, verificam a necessidade de se trabalhar em sala de aula com mais de um instrumento avaliativo, isto é, não só por meio de provas, mas através de avaliação contínua, que possibilite ao educando a aquisição de novas competências. É necessário considerar fatores individuais e habilidades específicas de cada discente. Notas e conceitos são parte de um todo muito maior que envolve o ensinar e aprender. Incentivam-se por meio desta, mais pesquisas acerca do assunto, para que a troca mútua de conhecimentos e experiência entre discentes e docentes seja mais que teoria, tornando-se a prática empregada no ensino superior.

2530 VAGAS E INGRESSOS NOS CURSOS DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA NO ESTADO DO PARANÁ E BRASIL, 1991 a 2014
Marselle Nobre de Carvalho, Célia Regina Rodrigues Gil, Damares da Silva Dias

VAGAS E INGRESSOS NOS CURSOS DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA NO ESTADO DO PARANÁ E BRASIL, 1991 a 2014

Autores: Marselle Nobre de Carvalho, Célia Regina Rodrigues Gil, Damares da Silva Dias

Apresentação: A formação em graduação cresceu nas últimas décadas ampliando o acesso nas profissões da área da saúde em todas as regiões do Brasil. Apesar do crescimento do número de cursos, a ociosidade das vagas persiste em todos as graduações da área da saúde, à exceção da medicina. Método: Estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Foram analisados os cursos odontologia e fisioterapia a partir de dados secundários de 1991 a 2014, obtidos por meio do SIGRAS, acessado via IMS/UERJ. Resultados: O número de vagas acompanhou o crescimento dos cursos, tanto nacionalmente quanto localmente. No Paraná, entre 1991 e 2014, o número de vagas ofertadas no curso de odontologia passou de 418 para 2.117 e de fisioterapia de 280 para 3.997. O número de ingressos também cresceu no período. Em 1991, 425 estudantes ingressaram no curso de odontologia e 279 no de fisioterapia no Paraná; em 2014, o número de ingressos em odontologia foi 1.630 estudantes e em fisioterapia foi 2.232 estudantes. Apesar do evidente crescimento do número de ingressos entre 1991 e 2014, o que expressa diretamente a ampliação do acesso ao ensino superior, a taxa de ocupação de vaga (relação ingresso/vaga) tem decrescido nos cursos de odontologia e fisioterapia, com comportamento relativamente diferente nos setores público e privado. Entre 1991 e 1998, as taxas de ocupação de vagas das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas situavam-se em torno de 100%, com pequenas variações. O ano de 1999 aparece como um grande divisor do comportamento entre IES públicas e privadas. De 2000 em diante, as IES públicas se mantiveram a taxas relativamente constantes, enquanto que as privadas apresentaram queda, tanto nacionalmente quanto localmente. No Paraná, as IES públicas se mantiveram a taxas superiores de 2000 a 2013. Já as taxas de vagas ocupadas nas IES privadas caíram no período, atingindo em 2009 o pior percentual, com 67%, retomando o crescimento nos anos seguintes, atingindo auge em 2012 (113%). O comportamento observado na odontologia também ocorre na fisioterapia, embora com uma diferença de aproximadamente dois anos. As IES públicas e privadas mantem taxas de ocupação relativamente constantes e em patamares semelhantes até 2001/2002, quando no Brasil a taxa nas IES públicas cai abruptamente. No momento de queda na taxa nacional, as taxas de ocupação das IES públicas do Paraná iniciam um processo de crescimento e depois manutenção até 2013, quando cai severamente. Já as IES privadas do estado entram num processo de declínio da taxa de ocupação de vagas dos cursos de fisioterapia, chegando 35% e 33% em 2009 e 2010, respectivamente. A partir de 2012, as IES privadas retomam o crescimento, atingindo 53% em 2013. Conclusão: Apesar do crescimento do número de cursos e de vagas ofertados no Paraná nos cursos de odontologia e fisioterapia, o que a priori parece ampliação de acesso aos estudantes. De fato, o número de ingressos cresceu juntamente com o número de vagas, porém a manutenção da vaga ocupada parece um problema para o ensino superior, sobretudo para as IES privadas.

2537 A Importância da Iniciação Científica na Formação de Graduandos em Enfermagem: Um relato de experiência
Maria Luiza Sady Prates, Elton Junio Sady Prates, Maisa Tavares de Souza Leite

A Importância da Iniciação Científica na Formação de Graduandos em Enfermagem: Um relato de experiência

Autores: Maria Luiza Sady Prates, Elton Junio Sady Prates, Maisa Tavares de Souza Leite

Apresentação: Os cursos de enfermagem estão buscando metodologias emancipadoras e ativas de aprendizagem, onde o estudante possa por si próprio buscar o conhecimento, além do que é oferecido pela grade curricular. Diante disso, a Iniciação Científica (IC) urge como um instrumento que permite o ingresso do estudante de graduação na vivência da pesquisa científica, proporcionando ao mesmo um suporte teórico-metodológico em uma área específica de interesse, contribuindo de forma exímia na sua formação, incentivando-o e despertando-o para a vocação científica, sendo imprescindível um pesquisador qualificado para orientação (MENEZES et al., 2013). Os estudantes de enfermagem que possuem interesse na pesquisa, de forma geral iniciam a IC logo na fase inicial da graduação, sendo uma iniciativa muito positiva, pois quanto mais cedo iniciarem a vivência científica mais experiências irá adquirir devido ao seu tempo na iniciação e, consequentemente, terá um maior amadurecimento científico. Bastos et al. (2010) acrescem que a IC possibilita que o estudante de graduação venha desenvolver um espírito ético e profissional, em decorrência do trabalho em grupo, onde diversos desafios urgem. Diante disso, objetiva-se relatar as contribuições da IC e sua importância na formação de dois graduandos em enfermagem. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo descritivo na modalidade relato de experiência, elaborado a partir da vivência de dois graduandos em enfermagem e estudantes de IC da Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Acadêmica de Passos. De acordo com Figueiredo (2004), o relato de experiência é uma ferramenta de estudo descritiva, que apresenta uma reflexão sobre uma ação ou um conjunto delas, abordando um acontecimento vivenciado no âmbito profissional, de interesse da comunidade científica. Resultados: A IC demonstrou-se ser um instrumento importante na vida dos estudantes de enfermagem, pois permite que os mesmos se tornem autônomos do conhecimento e busquem por conta própria, na pesquisa, desvendar assuntos que ainda não possuem respostas, tornando-o futuros profissionais que buscam solucionar os mais variáveis problemas. Além disso, a IC corrobora com o avanço do conhecimento e com o processo ensino-aprendizagem dos acadêmicos de enfermagem, por meio da prática investigativa da iniciação a pesquisa. Ressalta-se que a execução da pesquisa corrobora de forma significativa para o exercício de habilidades e competências importantes para os acadêmicos futuros enfermeiros, como desenvolver ações extramuros, trabalhar em comunidade, trabalhar em grupo, articular com instituições/grupos/lideranças da comunidade, realizar pesquisa bibliográfica, levantar dados, elaborar relatórios e tabelas, aplicar e integrar o conhecimento desenvolvidos dentro da universidade, participar de grupos de pesquisa, bem como divulgar os seus resultados em eventos científicos, contribuindo para a difusão do conhecimento produzido.  A IC é importante tanto para quem pretende seguir uma carreira acadêmica, quanto para quem pretende se inserir no mercado de trabalho, pois o conhecimento, habilidades e experiência adquiridos são imprescindíveis para formar um profissional qualificado e com um potencial diferenciado dos demais. Dentre as habilidades desenvolvidas na IC, destacam-se a escrita científica, desenvolvimento de habilidade de comunicação e o amadurecimento do raciocínio-crítico, sendo estes os principais pontos que são aprimorados durante esse processo, devido as experiências de redação de artigos científicos, participação e organização de eventos e comunicar-se em público nas divulgações dos trabalhos realizados. Destaca-se, que a IC pode estar vinculado ao estágio, proporcionando ao aluno uma maior proximidade da sua futura realidade de trabalho e pesquisa (BASTO et al., 2010), sendo na prática que o estudante poderá testar técnicas e teorias aprendidas em sala de aula, ampliar e experimentar seus diversos conhecimentos, aprofundando em uma temática desejada, que poderá direcioná-lo futuramente para qual área e linha de pesquisa seguir. A IC permite ainda que o estudante encare o problema, fora de um ambiente restritamente controlado e teórico de uma sala de aula, ao mesmo tempo deixando-o seguro de que os erros cometidos também compõem o processo de aprendizado e evolução. Assim, o estudante de enfermagem estará então melhor qualificado e melhor adequado para as situações a serem encaradas fora da universidade. Impactos: É fundamental a IC para o estudante se tornar um profissional mais qualificado para o mercado de trabalho, pois a experiência contribui para o desenvolvimento de muitas competências e habilidades imprescindíveis para um bom profissional de enfermagem. Salienta-se que estas habilidades são paulatinamente requeridas pelo mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e restrito. É importante ressaltar que as grades curriculares dos cursos de enfermagem possuem uma carga horária mínima em relação a extensão dos conteúdos relevantes abordados, sendo necessário que o estudante busque complementar o conhecimento. Com isso, a IC possui um impacto muito grande para a formação de um enfermeiro, pois possibilita uma melhor formação do estudante, uma vez que um dos desafios da universidade atual é formar indivíduos capazes de buscar conhecimentos e de saber utilizá-los. Considerações finais: Considera-se, portanto, que a qualidade da formação do profissional de enfermagem proporcionada pela vivência na IC é enorme, visto que possibilita oportunidades únicas para a sua vida acadêmica e profissional. Vale ressaltar que a experiência acadêmica é carregada com o aluno perdurando e sendo repassada e reutilizada durante toda sua vida, sendo assim é fundamental que esta formação seja feita da forma mais primorosa possível. Muito além de absorver, o estudante contribui para a produção do conhecimento. Com a iniciação científica há o preparo para a inserção do estudante na pós-graduação, pois este estará mais preparado para se submeter aos passos seguintes à graduação, como especializações, mestrados, doutorados, e, principalmente, a vida profissional. Por fim, é importante salientar que os estudantes de enfermagem que fazem IC desenvolvem um senso crítico profissional sobre sua vida e permitem que consigam atuar nos diversos espaços laborais com capacidades inovadora e arrojada para superar o modo tradicional de ensino, a depender do projeto desenvolvem uma conscientização humanitária, em suma tornam-se agentes de melhorias da comunidade. Referências BASTOS, F.; MARTINS, F.; ALVES, M.; TERRA, M.; LEMOS, C. S. A importância da iniciação científica para os alunos de graduação em biomedicina. Revista Eletrônica Novo Enfoque, Rio de Janeiro, v. 11, n. 11, p. 61-66, 2010. Disponível em: <http://www.castelobranco.br/sistema/novoenfoque/files/11/artigos/08.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2017. FIGUEIREDO, N. M. A. Método e Metodologia na Pesquisa Científica. Editora: Difusão, 2004, 247p. MENEZES, J. R.; CARPES, P. B. M.; GONÇALVES, R.; VIEIRA, A. S.; BARROS, W. M.; VARGAS, L. A Importância da Iniciação Científica para o aluno de Graduação. In: Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão. v. 5 n. 1, 2013 Pampa, (Anais) Pampa, 2013. Disponível em: <http://seer.unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/5813>. Acesso em: 04 dez. 2017.

2768 ÁREAS DO CONHECIMENTO DE PROFESSORES DE ENFERMAGEM DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL
Elaine Ângelo Zagalo, Jouhanna do Carmo Menegaz, Suzayne Naiara Leal

ÁREAS DO CONHECIMENTO DE PROFESSORES DE ENFERMAGEM DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL

Autores: Elaine Ângelo Zagalo, Jouhanna do Carmo Menegaz, Suzayne Naiara Leal

Apresentação: O avanço da ciência e da tecnologia vem se intensificando progressivamente no mundo, e com isso as informações, dados e conhecimentos são cada vez mais amplos no que tange o estudo e a pesquisa. A complexidade de delimitar o estudo em uma área de conhecimento torna-se um desafio quando pensamos na interdisciplinaridade e no universo do conhecimento, muitas vezes restando a aproximação da área de conhecimento, a melhor proposta para classificar um trabalho¹. Em maio de 2013, em Brasília, aconteceu um seminário que abordou a discussão das divisões das subáreas da enfermagem, organizado pelos membros do Comitê de Assessoramento da Área de Enfermagem do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – (CA-EF)¹. A delimitação que as áreas de conhecimento nos trazem é uma grande possibilidade para o entendimento de uma área ainda maior, permitindo uma uniformidade na abordagem e muitas vezes um auxílio didático para compreender a amplitude da mesma. Recorrendo a isso, Oliveira propõe uma tabela de classificação por área de conhecimento como alternativa a proposta de divisão por área do CNPq, tendo por base a enfermagem como grande protagonista, vendo nesta, a ampla abrangência e grande necessidade de ser subdividida para buscar objetivar a pesquisa dentro da mesma, resultando na divisão das sete áreas de conhecimento da enfermagem, a saber: enfermagem em saúde do adulto e do idoso; enfermagem em saúde da mulher; enfermagem em saúde da criança e adolescente; enfermagem em saúde mental; enfermagem em saúde coletiva; enfermagem fundamental; e enfermagem na gestão e gerenciamento¹. Encontrou-se nestas subdivisões aquilo que a enfermagem trás de mais expressivo quando se trata da pesquisa e da produção do conhecimento. É importante ressaltar que o reconhecimento dessas áreas foi proposto a partir de quatro princípios, são eles: princípio da autonomização de campos de conhecimento; princípio da realidade; princípio epistemológico e o princípio de campos emergentes¹, sendo importante dizer que este último precisa estar relacionado com os três primeiro para um melhor resultado e compreensão. Partindo do entendimento que cada área tem sua especificidade, subtende-se a necessidade de subdivisão para um resultado mais classificatório e delimitado na pesquisa, permitindo a abrangência na totalidade da área que é a enfermagem e a especificidade das subáreas que a abrangem. Diante disso, esse resumo tem por objetivo caracterizar na região centro – oeste do Brasil, os professores de enfermagem de instituições públicas, por área de conhecimento. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um recorte da etapa de identificação de professores por área de conhecimento do projeto multicêntrico intitulado “Ação e Raciocínio Pedagógico de Professores de Universidades Públicas em Áreas do Conhecimento de Enfermagem”, aprovada pelo comitê de ética em pesquisa CAAE nº 66725117.4.0000.5172. A identificação foi realizada no período de maio a outubro de 2017, através de 3 etapas: levantamento na plataforma e- Mec, das instituições públicas de ensino superior do Brasil que ofertam o curso de enfermagem; pesquisa nos sites das instituições de ensino superior (IES) para a identificação do corpo docente; e análise do currículo Lattes para a definição dos professores por área de conhecimento. É válido ressaltar, que as listas do corpo docente que não estavam disponíveis no site da instituição, foram solicitadas no mês de julho, por e-mail à coordenação ou secretaria da faculdade, com prazo de 30 dias para devolução. As IES que não disponibilizaram o corpo docente no site ou não enviaram resposta, foram excluídas. A etapa 3 contou com um processo de exclusão desses professores, visando uma delimitação e um perfil para os participantes, com cinco critérios específicos para esta exclusão, são eles: Professor não enfermeiro; lattes desatualizado; professores não efetivos; lattes não encontrado e, professores enfermeiros, mas que ministram aulas nas disciplinas básicas, os professores que se encaixam em algum desses critérios foram excluídos do estudo. A partir da definição dos professores nas suas respectivas áreas de conhecimento, buscou-se sintetizar os resultados e caracterizar o enfermeiro docente dentro da sua área de formação. Resultados: Quanto ao número de Instituições de Ensino Superior da região Centro-oeste foram encontradas 20 instituições, sendo (11) estaduais e (10) federais. No entanto, das (21) IES somente (17) disponibilizaram seu corpo docente, sendo incluídas neste estudo. Quinhentos e dois foi o quantitativo total dos professores de enfermagem da região, divididos da seguinte forma: Estado de Goiás (102), e Estado do Mato Grosso do Sul (123), Distrito Federal (137), e Estado do Mato Grosso (140). Dentre o total de professores da região Centro-oeste cerca de 7% são da área de Saúde Mental, 9% da área de Gestão e Gerenciamento, 11% de Saúde da Criança e do Adolescente, 12% de Saúde da Mulher, 14% de Enfermagem Fundamental, 23% de Saúde do Adulto e do Idoso e 24% de Saúde Coletiva. Quanto aos professores excluídos o total foi de (141), sendo 1,5% de professores enfermeiros, mas que ministram aula em disciplinas básicas, 9, 5% com Lattes desatualizado a mais de 5 anos, 23, 2% de professores não efetivos e, 55, 3% de professores não enfermeiros. Considerações finais: Com base nos dados, percebemos o número reduzido de professores na área de Saúde Mental e Gestão e Gerenciamento, observamos que mais de 50% dos professores excluídos enquadram-se no critério “Não é enfermeiro”, onde contamos com cinco critérios de exclusão, concluindo uma possível vulnerabilidade na formação acadêmica/profissional do enfermeiro, ponderando o fato de que as competências e habilidades são específicas e diferenciadas dentro desta área de formação. Contudo, após esse movimento de caracterização que essa etapa nos permite, daremos prosseguimento as próximas etapas do projeto com o intuito de descrever os construtores de Shulman que são: as fontes de conhecimento base, categorias de conhecimento e o modelo de ação e raciocínio pedagógico² a partir de cada área de conhecimento caracterizada nesta etapa. Considerando que cada área dentro da enfermagem tem sua especificidade, buscaremos descrever através dos construtores de Shulman, as especificidades de cada área subdividida nesta etapa. Sendo assim, destacamos que cada etapa não é considerada mais ou menos importante, mas sim fundamental, para que o objetivo final pensado neste projeto possa ser alcançado, e em destaque trouxemos esse recorte priorizando a etapa vigente.

2919 Metodologias de ensino utilizadas na formação acadêmica do enfermeiro: revisão integrativa da literatura
Layana de Souza Rebolças, Maria do Livramento Prata, Ilse Sodré da Motta, Arinete Véras Fontes Esteves, Nair Chase da Silva

Metodologias de ensino utilizadas na formação acadêmica do enfermeiro: revisão integrativa da literatura

Autores: Layana de Souza Rebolças, Maria do Livramento Prata, Ilse Sodré da Motta, Arinete Véras Fontes Esteves, Nair Chase da Silva

Apresentação: O complexo cenário na formação do enfermeiro assim como em outras profissões, é um grande desafio para o docente, discente e instituição de ensino. Tanto a lei de diretrizes brasileiras quanto as diretrizes curriculares nacionais, sugerem mudanças paradigmáticas no processo de formação do enfermeiro, de modo que as universidades possam adotar estratégias pedagógicas que aproximem a teoria da prática, problematizando situações do cotidiano, proporcionando ao egresso estímulo para reflexão, raciocínio crítico e tomada de decisão diante da situação problema. A formação do enfermeiro deve evoluir à medida em que a sociedade evolui, acompanhando as mudanças nas políticas públicas de saúde, deve ser capacitado para atuar em consonância com os modelos assistenciais preconizadas pelos serviços de saúde visando o atendimento integral à população, desenvolvendo suas potencialidades, exercitando sua habilidade e recriando competências na intenção de alcançar autonomia e condutas adequadas. Desenvolvimento: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, com objetivo de investigar nas evidências científicas publicadas no período de 2012 a 2017 quais as metodologia de ensino utilizadas na formação acadêmica do enfermeiro. Esse método tem o propósito de reunir e sintetizar o conhecimento produzido por meio da análise dos resultados evidenciados, a partir de dados primários. O estudo foi norteado a partir do seguinte questionamento: quais metodologias de ensino estão sendo utilizadas na formação acadêmica do enfermeiro? A busca dos dados foram realizadas em outubro de 2017, nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE utilizando artigos de fontes primárias, disponíveis online na integra, nos idiomas português e inglês. A busca se deu a partir do uso dos seguintes descritores: educação em enfermagem, ensino superior, enfermeiro, aprendizagem; além de education, nursing, nurses e learming. Foram necessárias à aplicação das palavras chaves: métodos de ensino e teaching methodos, para combinação destes descritores nas bases de dados, utilizou-se os operadores booleanos AND e OR. Resultados: A partir dos filtros realizados obtivemos uma amostra de 12 artigos, destes, cinco (41,7%) foram publicados em inglês e sete (58,3%) em português; quanto ao ano de publicação, a distribuição dos artigos foram: dois (16,7%) em 2012, cinco (41,7%) publicados em 2014, um (8,3%) em 2015, três (25%) em 2016 e um (8,3%) em 2017; no delineamento metodológico, houve variações entre os estudos descritivos, descritivos-exploratórios, exploratórios, experimentais e fenomenológico, com abordagens qualitativas e quantitativas. A partir da análise dos artigos, obteve-se duas categorias: metodologias de ensino tradicional e metodologias de ensino ativo. Os artigos de um a quatro foram agrupados na categoria metodologias de ensino tradicional, enquanto que os artigos de cinco a doze compuseram a categoria das metodologias de ensino ativo. As metodologias tradicionais disponíveis nos artigos, são os pautados na soberania do professor. Naquele que detém o saber e o transmite a seus alunos. O aluno é passivo no processo, se tornando expectador, o receptor das mensagens transmitidas por meio de aulas expositivas por meio de projeção com uso do de Datashow ou com o uso do quadro branco. Identificou-se as dificuldades encontradas em romper os paradigmas, algumas por questões de cunho pessoal como, daqueles professores que atuam nas áreas especificas dos cursos de graduação em enfermagem e acreditam que estão formando enfermeiros para atuar na assistência com o desenvolvimento do domínio motor, detendo apenas habilidades técnicas. Outras dificuldades elencadas estão relacionadas com a falta de participação das Instituições de Ensino Superior, seja por falta de insumos matérias ou por falta de investimento em capacitação pedagógica dos docentes para o uso das metodologias ativas. Quanto aos artigos que utilizaram as metodologias de ensino ativo, foi possível evidenciar a importância do uso uma vez que permite ao aluno uma formação crítica, reflexiva, com grande potencial para o desenvolvimento de competências e habilidades para a pratica profissional. Por meio da metodologia ativa o aluno tem participação efetiva na sua formação se comprometendo com seu aprendizado. Essa concepção de educação pedagógica propõe a elaboração de situação que promovam a aproximação crítica do aluno a uma realidade, de modo que o produto dos problemas quais forem, tenham condutas rápidas, eficazes sem danos a vida do paciente. A simulação realística a exemplo de metodologia ativa evidenciada de dois estudos, mostraram-se eficazes para a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades do estudante, entretanto, isoladamente não é suficiente uma vez que os participantes do estudo ao passar dos três meses tiveram perdas significativos dos conhecimentos obtidos. A simulação realística é uma estratégia importante na formação do enfermeiro, as simulações acontecem em ambientes reais, com materiais artificiais, representando um acontecimento real, despertando no aluno momento de reflexão para tomada de decisão. Na metodologia de ensino ativa, o professor dispõe de várias ferramentas passíveis de mudança no processo de formação, como as evidenciadas neste estudo: jogos, o uso de filme projetando imagens e associado ao conteúdo explanado, plataforma virtuais, pinturas, além dos espaços informais que permitem ao aluno e ao professor a troca de saberes para a profissão, como também para vida. Portanto a formação do enfermeiro deve ser progressiva, objetivado preparar um profissional capacitado para conduzir de forma autônoma o longo processo de aprendizado, possibilitando adaptação a toda e qualquer mudança imposta pela vida, desenvolvendo raciocínio crítico para tomadas de decisões corretas sem gerar danos a vida de outrem, bem como comprometer sua atuação profissional. Considerações finais: A realização deste estudo possibilitou identificar que nos dias atuais, ainda há necessidades de ajustes nos métodos de ensino utilizados nas práticas docentes. Uma vez que após 16 anos da implementação das DCNs ainda é possível identificar a utilização de metodologias de ensino tradicional o que contrapondo as recomendações das DCNs para a formação do enfermeiro. Dos 12 artigos analisados, nota-se a predominância e eficácia dos métodos ativos quando comparados aos métodos de ensino tradicionais e, independente da ferramenta utilizada na prática docente, para os discentes, os métodos ativos são transformadores. Contudo há lacunas expressivas, seja por falta de insumos materiais, capacitação pedagógica, falta de interesse ou disponibilidade para as capacitações propostas e envolvimento do discente no processo de formação. Espera-se com esta RIL, despertar o interesse em desenvolver novos estudos que venham demostrar a representatividade do uso das metodologias ativas com uso de novas ferramentas que favoreçam o processo de formação do enfermeiro, permitindo a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades, com raciocínio crítico e reflexivo para tomada de decisões exatas e precisas na sua pratica profissional.

4199 O ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Bruna da Silva Simões, Helen Cristine Albuquerque Bezerra, Karla Christina Bernardes, Stéfany Albuquerque Braga, Maicon de Araujo Nogueira, Hernou Oliveira Bezerra

O ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: Bruna da Silva Simões, Helen Cristine Albuquerque Bezerra, Karla Christina Bernardes, Stéfany Albuquerque Braga, Maicon de Araujo Nogueira, Hernou Oliveira Bezerra

O Suporte Básico de Vida (SBV) consiste em um conjunto de etapas e manobras executadas sequencialmente, que incluem avaliação e intervenção imediata em cada fase da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Um desfecho qualitativo da RCP depende de uma sequência lógica de procedimentos que pode ser sintetizada no conceito de corrente de sobrevivência; mnemônico composto por elos que refletem ações fundamentais a serem desenvolvidas, cujos impactos na sobrevida são significativos. O objetivo deste estudo foi analisar na literatura as evidências disponíveis sobre o ensino de Suporte Básico de Vida na graduação em Enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RIL). A busca foi realizada nas bases de dados PUBMED, LILACS e BDENF. Para a busca foram utilizados os seguintes descritores e operadores booleanos: PubMed - (education OR teaching OR knowledge AND retention AND Technological Development) Education, Nursing, Baccalaureate AND heart arrest OR cardiopulmonar resuscitation; LILACS e BDENF - educação AND suporte básico de vida AND bacharelato em enfermagem, possibilitando a localização de 69 artigos (38-PubMed, 13-LILACS e 18-BDENF). Foram elencados nove artigos completos para compor o corpus da RIL, publicados entre 2010 a 2016. Dos 9 artigos que constituíram o corpus da RIL, quatro tiveram como objetivo, analisar, avaliar, verificar e investigar o conhecimento teórico e desempenho da habilidade prática nas manobras de ressuscitação cardiopulmonar com uso do desfibrilador externo automático (DEA) no SBV; dois artigos buscaram desenvolver e avaliar um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) voltado para educação em enfermagem; um artigo analisou o conhecimento de estudantes de graduação em ciências da saúde em testes objetivos; e dois artigos compararam o impacto de programas de treinamento em RCP, em estudos quase experimentais com utilização de estratégia de ensino-aprendizagem do tipo antes e depois. CONCLUSÃO. A pesquisa possibilitou a construção de uma síntese do conhecimento científico produzido nos últimos seis anos acerca do ensino de SBV nos cursos de graduação em saúde com foco no curso de enfermagem. Os resultados apontaram grandes lacunas no conhecimento dos profissionais de saúde, fazendo-se necessário o desenvolvimento de pesquisas nesse campo, em especial estudos que enfoquem estratégias de ensino teórico práticas com uso de simulação, tendo em vista que estas são capazes de trazer impactos reais nos conhecimento e habilidades dos profissionais.

5019 INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM EM UM INTERIOR DO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Vanderson Pereira, Deyvylan Araujo Reis

INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM EM UM INTERIOR DO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Autores: Vanderson Pereira, Deyvylan Araujo Reis

Apresentação: A iniciação científica é uma modalidade de pesquisa acadêmica desenvolvida por estudantes de graduação em todas as áreas do conhecimento, que tem como objetivos despertar vocação científica e incentivar talentos potenciais, introduzindo o jovem universitário no domínio do método científico; proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos científicos. Neste enfoque, o cenário de pesquisa evidenciou desafios e inquietudes em busca do conhecimento para ser pesquisador iniciante, principalmente em um cenário com as peculiaridades únicas como interior do Amazonas. Este estudo tem como objetivo relatar experiência de um bolsista de PIBIC/CNPq da pesquisa intitulada “Fatores de risco para Desenvolvimento de Diabetes Mellitus do Tipo II em Estudantes Universitários do Curso de Enfermagem”. Desenvolvimento do trabalho: O projeto de PIBIC/CNPq teve início no mês de agosto de 2017 e com o termino para o mês de julho de 2018. Os participantes do estudo são os discentes matriculados do curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no município de Coari do Estado do Amazonas. Resultados: Esta pesquisa foi organizada em quatro tópicos com finalidade de relata a experiência vivência, a saber: 1. A trajetória para ser bolsista de PIBIC/CNPq: consiste na descrição do período de convite do professor orientador, a construção do projeto até a sua submissão; 2. Pesquisa bibliográfica: refere ao relato quanto ao conhecimento das bases de dados, que são importantes para o pesquisador; 3. As dificuldades e limitações no estudo: consiste em descrever à experiência em relação a redação cientifica, aos recursos financeiro e a falta de internet; 4. A experiência pessoal e profissional: descreve os sentimentos, medos, angustias e a contribuição da investigação no crescimento acadêmico para formação do futuro profissional de Enfermagem e sua inserção na investigação cientifica. Considerações finais: A trajetória percorrida neste período como bolsista de um projeto de iniciação científica (PIBIC/CNPq) oportunizou uma experiência rica, única de crescimento pessoal e profissional, além do aprendizado cientifico como um futuro pesquisador, especificamente na área da Enfermagem.

5317 NOVOS CONHECIMENTOS ATRAVÉS DA PESQUISA NA INICIAÇÃO CIENTÍFICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Ester Alves de Oliveira, Lowisa Consentini Garcia, Marcela Catunda de Souza Michiles, Thalia Mendonça Cardoso, Sibila Lilian Osis, Selma Barboza Perdomo, Beatriz Graça de Araújo, Victor Nei Vasconcelos Monteiro

NOVOS CONHECIMENTOS ATRAVÉS DA PESQUISA NA INICIAÇÃO CIENTÍFICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Ester Alves de Oliveira, Lowisa Consentini Garcia, Marcela Catunda de Souza Michiles, Thalia Mendonça Cardoso, Sibila Lilian Osis, Selma Barboza Perdomo, Beatriz Graça de Araújo, Victor Nei Vasconcelos Monteiro

 Apresentação: Pesquisa pode ser definida como uma investigação sistemática para acrescentar ao saber corrente um conhecimento que seja comunicável e verificável, que inicia a partir de uma pergunta, dúvida ou problema. A pesquisa é sempre um mergulho no desconhecido, motivado ou impulsionado pelo desejo de obter maior conhecimento sobre algo. A iniciação científica dentro da graduação desperta a vocação científica dos acadêmicos e incentiva talentos potenciais nos mesmos, através de sua participação em projetos de pesquisa, além de possibilitar o acesso e a integração do aluno à cultura científica e de desenvolvimento tecnológico e inovação. A iniciação científica é considerada uma atividade de vital importância para a formação de jovens pesquisadores, uma vez que dá ao aluno de graduação a oportunidade de ter o primeiro contato com a prática da pesquisa e ver a aplicação dos conceitos ensinados na sala de aula. A investigação na iniciação científica começa quando o aluno descobre um assunto pelo qual tem muita afinidade atribuída a avidez de ir mais a fundo no assunto e mais tarde poder compartilhá-lo. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicas da área da saúde mediante a pesquisa durante a construção de um projeto de pesquisa. Desenvolvimento: Trata-se de um relato referente à experiência em pesquisa durante o primeiro projeto de iniciação científica. O período de pesquisa para construção do projeto foi de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, sob supervisão e apoio de uma orientadora e uma coorientadora. As pesquisas eram realizadas em casa ou na Universidade do Estado do Amazonas – ESA, quando possível, havendo também reuniões para acompanhamento com as orientadoras e encontros entre as acadêmicas para melhor andamento da pesquisa. Ficando resoluto a utilização de apenas artigos científicos, com datas mais recentes possíveis, para assegurar a veracidade das informações adquiridas. Resultados: A partir dessa experiência as acadêmicas obtiveram não somente novos conhecimentos científicos, como também um olhar mais crítico em relação ao que é publicado, veracidade dos artigos, melhores autores e etc. Houve o descobrimento de novas ferramentas de pesquisa como a Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo, Decs, dentre outros. Também a oportunidade de conhecer o manual Vancouver alternativo às normas da ABNT. Além disso, a massante leitura que a pesquisa traz, estimulou a escrita, facilitando o desenvolvimento de ideias, textos e produção de artigos, apresentando também um leque de palavras e termos novos. Conclusão: Trata-se de uma das mais ricas experiências que um estudante de graduação pode ter, pois mesmo que não siga a carreira de pesquisador ele terá a oportunidade de complementar sua formação acadêmica, aprimorar seu conhecimento e se preparar melhor para a vida profissional. "Dominar o desconhecimento" é ainda mais necessário, ou seja, estando diante de um problema para o qual não se tem a resposta pronta, saber buscar o conhecimento pertinente e, quando não disponível, saber encontrar, por conta própria, as respostas por meio de pesquisa.