123: A criança na agenda da saúde: a produção da vida na integralidade
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 16 - Cauxi    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
823 PRODUÇÃO DE NARRATIVAS NO TRABALHO EM UTI NEONATAL E PEDIÁTRICA
Maria Paula Cerqueira Gomes, Camila Butinholli Rangel, Leiliana Maria Rodrigues dos Santos

PRODUÇÃO DE NARRATIVAS NO TRABALHO EM UTI NEONATAL E PEDIÁTRICA

Autores: Maria Paula Cerqueira Gomes, Camila Butinholli Rangel, Leiliana Maria Rodrigues dos Santos

APRESENTAÇÃO: Como Psicóloga das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica de um Hospital Público Municipal, cujo modelo de cuidado é fortemente centrado no discurso médico, observo que não é comum o compartilhamento de afetos e sentimentos no trabalho. Os profissionais não articulam narrativamente seu sofrimento e lançam mão de defesas para lidar com eles, o que torna este trabalho penoso, capaz de desencadear processos patológicos e de provocar afastamentos do trabalho. Acreditamos que a narrativa pode organizar a estrutura da experiência, e trazer para si os eventos da vida dos quais tentamos nos afastar. Objetivo da pesquisa:  a pesquisa teve a finalidade de   identificar sinais de sofrimento nas narrativas dos profissionais, que não são expressos claramente em outros contextos; na possibilidade de resgatar a capacidade narrativa destes profissionais, apostamos na transformação do sofrimento solitário em ações compartilhadas e mais solidárias. DESENVOLVIMENTO: Método do estudo:  A revisão de literatura sobre o tema evidenciou que no Brasil há escassez de estudos sobre o conjunto dos profissionais de saúde de uma mesma instituição, para se obter uma caracterização do sofrimento psíquico que abarquem as diferentes categorias profissionais .Na tentativa de construir argumentos que demonstrem a importância de inserirmos novas tecnologias de cuidado(“tecnologias leves”) no trabalho em UTI`s n&p, utilizei-me da Pesquisa Qualitativa por meio de Narrativas, trabalhando com 12 narrativas de profissionais de 07 especialidades distintas, produzidas através de entrevistas semiestruturadas, como técnica de coleta de dados. A análise de conteúdo das narrativas será demonstrada no trabalho final. RESULTADOS – a produção de narrativas como efeito e resultado da pesquisa: As narrativas demonstraram como cada profissional identifica sinais de sofrimento deste trabalho, em si mesmos , nos outros profissionais, nos familiares e nos pacientes, perante a instituição e a organização do trabalho, além de suas angústias, inibições, sintomas e histórias  pessoais. EXEMPLOS: “O estresse é maior quando o paciente fica internado a mais tempo” (S.C). “Esses crônicos que falecerem eu sofri muito, chorei muito” (L.A.). “Eu não sei administrar muito bem essas perdas, eu me acovardo, fujo da notícia e do luto” (S.C) .“A gente não foi preparado para a morte, a morte é um até logo que dói” (T.A).“Tem horas que a gente precisa respirar para não travar, eu já travei muitas vezes, a coluna travou , ainda somatizo um pouco”(D M.).“Eu choro todos os dias quando chego em casa”(A.B.) CONSIDERAÇÕES FINAIS: Acreditamos que a aproximação efetiva do trabalhador com sua narrativa   transponha o lugar de dor/desprazer em ações produtoras de vida e saúde, mesmo diante da doença, da morte e do luto. Não podemos afirmar que alguns dos entrevistados estão em sofrimento psíquico mais severo apenas pelas entrevistas, mas podemos fazer um alerta e propor novos trabalhos.  

870 A importância do vínculo afetivo mãe/filho no tratamento de crianças com câncer sob a ótica da equipe de enfermagem
Antonia Regiane Pereira Duarte, Dayane de Cássia Dias Sousa

A importância do vínculo afetivo mãe/filho no tratamento de crianças com câncer sob a ótica da equipe de enfermagem

Autores: Antonia Regiane Pereira Duarte, Dayane de Cássia Dias Sousa

O câncer infantil traz para a vida dos familiares um universo desconhecido, causando sofrimento, instabilidade e medo, pois o câncer é uma doença com o prognóstico incerto, principalmente em relação à criança. Assim, o presente estudo vem abordar sobre a importância do vínculo afetivo mãe/filho no tratamento de crianças com câncer sob a ótica da equipe de enfermagem, buscando analisar a percepção da equipe de enfermagem, sobre os benefícios do convívio familiar no tratamento da criança com câncer. Sendo assim, o trabalho mostra-se de grande relevância para a comunidade cientifica, uma vez que auxiliará na compreensão da relação terapêutica e afetividade, proporcionando ao profissional de enfermagem elementos que podem direcionar mais precisamente as ações de apoio e suporte que envolvem a assistência prestada em oncologia pediátrica. O estudo delineia-se como pesquisa de campo, de natureza exploratória com uma abordagem qualitativa, desenvolvida na Clínica Pediátrica de um hospital público no interior da Amazônia. Tendo como público alvo os profissionais de enfermagem atuantes no setor de oncologia pediátrica. O universo do estudo foi de 24 profissionais, que após implementado os critérios de inclusão e exclusão obteve-se como amostra um quantitativo de 17 participantes. Os dados foram coletados no período de agosto a setembro de 2017 por meio de entrevista semiestruturada, através de questionário contendo 6 perguntas de cunho objetivo e subjetivo, relacionada aos objetivos propostos. Os profissionais foram abordados no próprio setor em estudo nos períodos matutino, vespertino e noturno, em momentos que não comprometessem suas atividades profissionais. Os resultados mostram que dentre os profissionais da equipe de enfermagem atuantes na Clínica Pediátrica, aqueles com nível técnico se destacam frente aos que possuem nível superior. Quando questionados sobre sua percepção quanto a companhia familiar que a criança sentia-se mais segura, 100% dos entrevistados afirmaram ser na companhia de sua genitora que o menor demonstra maior segurança. A criança tem memória da figura materna como um ser protetor, passando a tê-la como referência para situações em que se sinta desprotegida. Ao serem questionados a respeito de qual familiar se mostra mais comprometido e atuante na evolução do tratamento do câncer na criança, 80% dos entrevistados apontam que a mãe mostra maior comprometimento com o tratamento proposto. Os entrevistados acreditam que o vínculo mãe/filho contribui na recuperação da criança com câncer. Os profissionais de enfermagem asseguram que orientam e incentivam a participação das mães na assistência que é prestada a criança. Diante dos fatos conclui-se que a equipe de enfermagem valoriza e apoia a presença de um familiar durante o tratamento da criança, e ainda apontam a mãe como peça principal deste processo. Ressalta-se que pesquisas neste sentido contribuem para o aprimoramento da percepção do profissional em relação a atuação do vínculo mãe/filho no tratamento do câncer, propiciando reflexões e discussões entre os profissionais que atuam na área oncológica. Assim, sugere-se que os profissionais de enfermagem estejam engajados em contribuir com mais pesquisas voltadas a essa temática, seja como pesquisador ou como pesquisado.

1083 A INTEGRALIDADE DO CUIDADO JUNTO ÀS CRIANÇAS FREQUENTADORAS DO CRAS ALDEOTA DE TAUÁ – CE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jamilia Soares Soares de Farias, Brena Dielle Anastacio de Sousa, Nara Bezerra Custódio Mota, Cássio Marques Ribeiro, Antonio Charles de Oliveira Nogueira, Gina Késsia Alves do Carmo, Luis Rocildo Caracas Vieira e Souza, Rose Barbosa de Sousa Nogueira

A INTEGRALIDADE DO CUIDADO JUNTO ÀS CRIANÇAS FREQUENTADORAS DO CRAS ALDEOTA DE TAUÁ – CE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Jamilia Soares Soares de Farias, Brena Dielle Anastacio de Sousa, Nara Bezerra Custódio Mota, Cássio Marques Ribeiro, Antonio Charles de Oliveira Nogueira, Gina Késsia Alves do Carmo, Luis Rocildo Caracas Vieira e Souza, Rose Barbosa de Sousa Nogueira

Apresentação: o trabalho objetiva relatar experiência de cuidado às crianças frequentadoras do Centro de Referência a Assistência Social - CRAS Aldeota do município de Tauá – CE, que ocorreu por meio da articulação intersetorial, da equipe multiprofissional de residentes, entre assistência social e de saúde. Desenvolvimento: A pesquisa é caracterizada como pesquisação e tem base em análise de diário de campo e observação dos pesquisadores envolvidos. Houve a participação de residentes das equipes de saúde da família, saúde mental e saúde coletiva no processo de cuidado. A ação ocorreu em dois turnos com dois grupos de dez a quinze crianças com idade de sete a doze anos. Foram realizadas ações de aplicação de flúor, roda de conversa lúdica sobre alimentação saudável, o brincar, através de twister (jogo), desenho referente às atividades realizadas e feedback com as crianças durante a exposição dos desenhos.  Resultados: Inicialmente foi realizado cuidado com a saúde bucal das crianças por meio da aplicação de flúor e orientações de higiene bucal. Após isso, realizou-se uma roda de conversa com nutricionista residente, o qual obteve participação relevante das crianças, que respondiam as perguntas, demonstravam preocupação com a alimentação e realizavam relatos das suas experiências e rotina alimentares. Foi possível identificar pelas falas das crianças que há em alguns casos dificuldades referentes à informação, às condições sociais e de renda das famílias, porém as crianças se sensibilizaram com o diálogo. No momento seguinte foi realizado jogo de twister. A maioria das crianças não conhecia o jogo e todos se motivaram a participar. Durante a atividade foi demonstrado pelas crianças determinação, concentração, cooperação e reconhecimento do espaço e das habilidades corporais. Também foi perceptível situações de bullying e exclusão de uma criança com alteração no desenvolvimento pelas as outras crianças. Posteriormente foi feito momento reflexivo por meio do desenho, solicitou-se às crianças que retratassem as vivências ocorridas. Surgiram desenhos de árvores frutíferas, frutas, paisagens naturais e o jogo do twister. Em um dos desenhos foi identificado siglas de facção criminosa, evidenciado contexto de possível vulnerabilidade social. Por fim, as crianças relataram gostar das atividades e o interesse em mais momentos com esse perfil. Considerações finais: A ação realizada proporcionou reflexões acerca do contexto de vida das crianças e os estímulos presentes nos seus cotidianos. Haviam crianças de contextos diferenciados (classe social e nível de informação).  Identificou-se a necessidade de estímulo frequente a práticas saudáveis como a alimentação saudável, a cultura de paz e o respeito às diferenças. Além disso, a ampliação do repertório do brincar apresenta relevância, pois é uma ocupação fundamental para o desenvolvimento pleno da criança, a qual aprende brincando.  

1673 A Puericultura na Atenção Odontológica: Promoção de Saúde na Estratégia de saúde da Família
Natalia Mindêllo Ramalho Leite, Cristiane Fonsêca Ximenes de Castro, Juliana Vieira Vieira de Andrade, Paulo Henrique de Araújo Lima Filho, Glaziane daSilva Paiva Bandeira, Francisca Cláudia Monteiro Almeida, Veruska Queiroz de Castro, Thausi Frota Sá Nogueira Neves Souza

A Puericultura na Atenção Odontológica: Promoção de Saúde na Estratégia de saúde da Família

Autores: Natalia Mindêllo Ramalho Leite, Cristiane Fonsêca Ximenes de Castro, Juliana Vieira Vieira de Andrade, Paulo Henrique de Araújo Lima Filho, Glaziane daSilva Paiva Bandeira, Francisca Cláudia Monteiro Almeida, Veruska Queiroz de Castro, Thausi Frota Sá Nogueira Neves Souza

A puericultura, área da pediatria voltada principalmente para os aspectos de prevenção e de promoção da saúde, atua no sentido de manter a criança saudável para garantir seu pleno desenvolvimento, de modo que atinja a vida adulta sem influências desfavoráveis e problemas trazidos da infância Segundo o Ministério da Saúde, até a criança completar dois anos de idade, o objetivo é um acompanhamento cuidadoso do crescimento e do desenvolvimento da criança pela equipe de saúde com um olhar biopsicossocial para a criança e para as condições do contexto de saúde e de vida de sua família. Nessa perspectiva, insere-se a importância das consultas de puericultura realizadas pelo cirurgião-dentista, pois, permitem a promoção em saúde bucal às crianças, desde seu nascimento, e envolvimento dos pais/responsáveis/cuidadores no cuidado e desenvolvimento de seus filhos. O trabalho consiste em ações de promoção de saúde geral e bucal desenvolvidas em consultas de Puericultura e “Rodas” problematizadoras entre pais/responsáveis/cuidadores e as Equipes da ESF, com foco nas Metodologias Ativas no Processo Ensino-Aprendizagem (MAPEA) – Aprendizagem Significativa - como poderosas ferramentas de sensibilização e cooperação. Considerada prática, simples, eficaz e econômica, essa estratégia educativa tem impacto positivo na medida em que se aposta fortemente na Educação em Saúde como o grande instrumento de transformação quando da realização de Programas de Promoção de Saúde Pública. O objetivo principal é analisar as ações de saúde desenvolvidas em consultas de Puericultura na Estratégia Saúde da Família, na Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) Janival de Almeida Vieira, no município de Fortaleza-CE, fortalecendo o vínculo entre as Equipes de saúde bucal e os pais/responsáveis/ cuidadores das crianças de 0 a 2 anos; orientando acerca da importância dos aspectos nutricionais, dietéticos, higiênicos e outros relativos aos cuidados básicos de saúde geral e bucal; e criando, através de Grupos/“Rodas”, um espaço de aprendizado, troca de experiências e convivências entre famílias para promover o empoderamento e protagonismo no bem-estar e desenvolvimento saudável dos seus bebês. As consultas clínicas são realizadas na “Sala da Puericultura” a qual oferece um espaço tranquilo e de privacidade à família. É proporcionado à criança um “espaço de brincar”, enquanto os pais/responsáveis/cuidadores dialogam com a cirurgiã-dentista. Crianças que são levadas ao cirurgião-dentista até o primeiro ano de vida apresentam menores chances de receber tratamento odontológico emergencial e de fazer consultas odontológicas de urgência ao longo da infância. Desenvolver pesquisas com a temática da Puericultura se justifica, pois estão de acordo com a Política Nacional de Promoção de Saúde. Esta política, aprovada pela Portaria nº 687, de 30 de março de 2006, apresenta como uma de suas diretrizes incentivar a pesquisa em promoção de saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança das ações prestadas. O trabalho possui grande relevância por ampliar o campo de atuação das Equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), proporcionando uma atenção integral à saúde da criança e um trabalho interdisciplinar, que envolve não somente os profissionais que as compõem, como também a gestão nos níveis local, Regional e Municipal.

1877 PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS E DOS PAIS SOBRE O BRINCAR DA CRIANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lidiane Da Silva Evaristo, Adriele Pantoja Cunha, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Tainã Da Silva Lobato, Tayana De Sousa Neves, Edna Ferreira Coelho Galvão

PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS E DOS PAIS SOBRE O BRINCAR DA CRIANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lidiane Da Silva Evaristo, Adriele Pantoja Cunha, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Tainã Da Silva Lobato, Tayana De Sousa Neves, Edna Ferreira Coelho Galvão

Apresentação: O brincar é algo essencial e importante na vida da criança, pois contribui no aprendizado, educação, construção da personalidade, além de estimular a socialização e a interação com outras crianças o que contribui para o trabalho em equipe e o entendimento do mundo que a cerca. No entanto, quando as crianças se encontram enfermas e dentro do hospital é limitado à inserção na rotina delas a prática do brincar, visto que o ambiente novo e desconhecido está direcionado aos cuidados para reestabelecer sua saúde, onde são submetidas a inúmeros procedimentos e tratamentos em busca da cura de sua patologia, o que por vezes acarreta desgaste físico, estresse e outros prejuízos. Contudo, mesmo com os obstáculos enfrentados durante a internação, é possível e necessário proporcionar o brincar a estas crianças, com ações lúdicas que contribuam com o lazer, com atividades pedagógicas e torne o dia a dia na pediatria hospitalar mais agradável, uma vez que estes passam muito tempo distantes do meio escolar, do convívio com seus familiares e com amigos. Nesse sentido, projetos que contemplem as necessidades das crianças nesses ambientes são de suma importância, pois permitem atividades diferenciadas que se aproximam das praticadas na rotina anterior a internação. Pensando no beneficio para as crianças, instituiu-se um projeto vinculado à Universidade do Estado do Pará-UEPA, intitulado Brinquedoteca hospitalar. Com base na relevância do tema o presente estudo tem como objetivo descrever a percepção dos acadêmicos e dos pais sobre o brincar da criança no ambiente hospitalar a partir da execução de um projeto realizado com crianças internadas em um hospital de média e alta complexidade do baixo amazonas. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, desenvolvido por discentes e docente da (UEPA)-Campus XII, realizado no setor da clínica pediátrica de um hospital público de referência, localizado no Oeste do Pará. A experiência se deu por meio de um projeto que conta com cerca de 30 brinquedistas voluntários, sendo acadêmicos dos cursos de enfermagem, educação física e medicina. Os mesmos para participarem passam por um processo de capacitação, onde aprendem atividades que podem ser desenvolvidas sem prejuízo a saúde das crianças, tais como: brincadeiras, cantigas, pinturas, leitura e confecção de origamis. Além disso, estes devem participar de pelo menos uma integração do hospital tendo como ênfase as normas e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI´s) em casos de crianças que possuem algum tipo de restrição onde é repassado quais tipos de pacientes podem ter, como: paciente sem precaução por contato, paciente com precaução por contato e paciente em isolamento, assim como, quais medidas de proteção devem ser tomadas diante de cada situação, que brinquedos podem ser utilizados, higienização dos brinquedos conforme a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH, imunização em dia tendo como comprovação a carteira vacinal, sorologia positiva para  imunidade referente a varicela e hepatite B. Estando os voluntários aptos, são divididos em duplas de acordo com sua disponibilidade para diariamente desenvolverem as atividades com inicio as oito horas e término as doze, totalizando quatro horas diárias. O período da experiência correspondente é de março a novembro de 2017, no qual ocorre o diálogo com os pais e o contato enquanto brinquedistas com as crianças internadas na pediatria, por meio do projeto Brinquedoteca Hospitalar, vinculado a UEPA.  Diariamente, inicia-se com as visitas na clínica, visto que sempre há novos pacientes, o que faz necessário a apresentação do projeto e identificação de crianças que não estariam restritas ao leito e poderiam brincar no cantinho da alegria bem como as que estariam restringidas para que tivessem atenção individualizada. Durante as brincadeiras, seja no leito ou não, os brinquedistas desenvolveram diálogos com os pais a respeito da importância do brincar de seus filhos no período de internação. Resultados e /ou impactos: Percebeu-se que os pais conhecem os principais benefícios que o brincar no hospital oferece as crianças. Nos diálogos, eles relataram avanços na educação, no lazer, na convivência, relacionamento afetivo e na forma de como se expressam durante as conversas, além de se tornarem mais alegres, espontâneos e criativos. No ponto de vista dos acadêmicos o brincar proporciona melhoras no quadro clínico psicológico, além de evitar agravos como isolamento social, ansiedade e até mesmo a depressão. No entanto, considerando que as mesmas encontram-se debilitadas, o brincar torna-se dificultoso, pela falta de tempo ou interesse, complicações no quadro clínico, procedimentos invasivos, falta de comunicação, restrição ao leito, deambulação e mobilidade prejudicada, cansaço, dentre outros. Em vista disso, o hospital disponibiliza um espaço para o lazer destas crianças, onde possibilita a aplicação do projeto já citado, bem como EPI´s para o uso dos voluntários permitindo qualidade e diminuição de riscos não só para as crianças, mas também dos voluntários durante a atuação no projeto. Aliado a isso, as dificuldades subjetivas das crianças são aliviadas segundo os pais, quando estas participam das atividades promovidas pelos brinquedistas, isso por que, estas, as aproximam de fato de brincadeiras relacionadas à fase infantil e os remete a igualdade perante as crianças que não estão doentes. Vale ressaltar, que as brincadeiras não são impostas aos infantis. Há momentos em que eles não querem brincar ou sair de seus leitos (os que podem), desejam apenas permanecerem quietos, e todos esses períodos individuais são respeitados. O brincar é acima de tudo uma decisão majoritariamente da criança internada. Considerações Finais: A experiência foi de suma importância, em relação às principais dificuldades e benefícios sobre o brincar no âmbito hospitalar. Para os pais, o momento do brincar de seus filhos no hospital colabora não somente no tratamento, mas também em sua relação com os outros infantis ali internados. Isso os deixa felizes e esperançosos na evolução terapêutica. Já para os acadêmicos o brincar no ambiente hospitalar possui grande influência na vida destes pacientes levando em conta a necessidade do lazer na infância assim como o desenvolvimento intelectual dos mesmos. Desse modo, é importante à criação e implantação de estratégias que proporcionem promoção da saúde, diversão, educação e aprendizado de forma lúdica e que despertem o interesse dos mesmos principalmente em relação às brincadeiras educativas, haja vista a grande necessidade de aprendizado constante para as crianças que ficam em um longo tempo de internação. Por isso, é necessário que haja conscientização dos pais e futuros profissionais da área da saúde a respeito da importância do brincar na vida da criança promovendo uma melhor qualidade de vida.

2415 EXPERIÊNCIA EM LUDOTERAPIA NA CONSTRUÇÃO DE VÍNCULO DE CONFIANÇA ENTRE CRIANÇAS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO AMBIENTE HOSPITALAR
Rodrigo Gondim Miranda, David Silva Almeida, Vinícius Antônio Magalhães de Freitas Dutra, Marina Nogueira Barbosa Rêgo, Felipe Lima de Carvalho, Josilene Maria de Sousa, Alice Mayra Carvalho e Silva, Mayara de Moura Borges

EXPERIÊNCIA EM LUDOTERAPIA NA CONSTRUÇÃO DE VÍNCULO DE CONFIANÇA ENTRE CRIANÇAS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autores: Rodrigo Gondim Miranda, David Silva Almeida, Vinícius Antônio Magalhães de Freitas Dutra, Marina Nogueira Barbosa Rêgo, Felipe Lima de Carvalho, Josilene Maria de Sousa, Alice Mayra Carvalho e Silva, Mayara de Moura Borges

Introdução: Um grande desafio da saúde é lidar com crianças, já que elas, muitas vezes, associam os profissionais da saúde e hospital a sentimentos como angústia e medo. O projeto em ludoterapia Teddy Bear Hospital (TBH) busca interagir com o público infantil de forma lúdica a fim de criar um vínculo de confiança das crianças para com o hospital e demais profissionais da saúde. Nas atividades do Teddy Bear Hospital, as crianças são expostas a um hospital simulado e são solicitados a atuar como acompanhantes de um paciente fictício, um brinquedo. Estudos demonstraram redução no medo de hospitalização por tais métodos em crianças. Há muitas variáveis envolvidas, como a mudança de ambiente, o contato com pessoas estranhas e a presença de intervenções invasivas. É necessário, entretanto avaliar as condições sociais da criança na eficácia da campanha. Objetivos: Avaliar a efetividade da dinâmica de ludoterapia do TBH na redução da ansiedade de crianças à intervenção de saúde. Avaliar a diferença de ansiedade à intervenção de saúde entre crianças de escola pública e de escola particular após TBH. Metodologia: Foram abordadas 60 crianças de escola particular e 80 de escolas públicas. A avaliação da ansiedade à intervenção médica foi medida antes e após a intervenção do TBH por escala visual, sendo o resultado expresso de 0 a 10 (de menor para maior nível de ansiedade). A escala era aplicada imediatamente à entrada da criança no circuito e imediatamente após o fim da dinâmica. Utilizou-se o teste de Wilcoxon com Correção de Pratt para a análise de efetividade da campanha dentro de cada grupo. Utilizou-se teste U de Mann-Witney, para avaliar diferenças entre os dois grupos antes e após a intervenção. Adotou-se nível de significância p=0,05. Resultados: Houve redução de ansiedade tanto nas escolas públicas (p=0,0001) como nas escolas privadas (p=0,0001) após a intervenção do TBH. Entretanto, não houve diferenças significativas entre os níveis de ansiedade nas crianças dos dois tipos de ensino tanto antes (p=0,81) quanto após (p=0,97) a intervenção. Apesar da aparente influência semelhante entre os dois tipos de serviço de ensino, é importante a realização de análise subjetiva sobre a comparação das dificuldades e desafios da realização da campanha entre as escolas. É necessário também avaliar se há a manutenção dos níveis de ansiedade baixa à intervenção da equipe de saúde após semanas ou meses após a campanha, para uma análise mais fidedigna dos resultados. Considerações Finais: Houve eficácia da campanha em ambos os serviços. Além disso, com o projeto Teddy Bear Hospital (TBH), observou-se um movimento entre os participantes de humanização no lidar com as pessoas, tornando o ser humano aquele a quem se deve toda diligência, e não a doença em si.

2791 O uso de tecnologias educativas em visita domiciliar como estratégia de promoção do desenvolvimento infantil de crianças prematuras.
Amanda Morais Polati, Pamela Brustolini Oliveira Rena, Gian Batista do Carmo, Nicoli Souza Carneiro, Rayla Amaral Lemos, Maria de La Ó Ramallo Veríssimo, Jamile Gregório Morelo, Deíse Moura de Oliveira

O uso de tecnologias educativas em visita domiciliar como estratégia de promoção do desenvolvimento infantil de crianças prematuras.

Autores: Amanda Morais Polati, Pamela Brustolini Oliveira Rena, Gian Batista do Carmo, Nicoli Souza Carneiro, Rayla Amaral Lemos, Maria de La Ó Ramallo Veríssimo, Jamile Gregório Morelo, Deíse Moura de Oliveira

Apresentação: o nascimento prematuro, a repercussão deste fato para a família, para o sistema de saúde e para a própria criança, reforça a necessidade da utilização de tecnologias de educação em saúde que instrumentalizem os pais no cuidado domiciliar. Associar o uso de tais tecnologias com a prática da visita domiciliar (VD), possibilita o seguimento do cuidado e promoção da saúde, com potencial para reduzir a morbimortalidade neonatal. A VD às famílias com bebês prematuros deve ser valorizada como um horizonte de práticas mais efetivas, buscando a melhoria da saúde, da qualidade de vida e da atenção às necessidades das famílias para o desenvolvimento infantil. Desse modo, objetiva-se identificar a importância da visita domiciliar em interface com o uso de tecnologias educativas como ferramenta na promoção do cuidado ao desenvolvimento infantil de crianças prematuras. Desenvolvimento do Trabalho: Pesquisa qualitativa, do tipo descritiva. Participaram 13 cuidadores de crianças prematuras acompanhadas em um serviço de follow up, de Viçosa- MG, selecionadas por conveniência. Uma tecnologia educativa (cartilha), intitulada “História de Sofia: Batalhas e Conquistas da família no cuidado e desenvolvimento da criança nascida prematura”, foi entregue aos cuidadores no referido serviço, sendo estes orientados a realizarem uma leitura do referido material. Transcorrido um mês após o primeiro encontro foi realizada uma visita domiciliar para cada família. Nesta foi realizada uma atividade educativa individualizada relacionada à cartilha, trabalhando as práticas de cuidado nela explicitadas,  potencializando o contexto domiciliar como lócus de promoção do desenvolvimento infantil. A visita domiciliar consistiu de duas partes: a primeira deu-se por meio de uma atividade lúdica de “mito ou verdade”, e a segunda na apresentação de figuras provenientes da própria cartilha, para que os cuidadores escolhessem três que melhor representassem suas experiências desde a gestação até o momento presente. Resultados e/ou impactos: evidenciou-se o quanto o uso da cartilha, quando abordada no contexto domiciliar, configurou-se como estratégia potencializadora da emersão de reflexões sobre o vivido e como ancoradouro para uma abordagem mais singularizada das crianças e suas famílias. As imagens mais escolhidas pelos cuidadores para expressar o presente vivido (proveninentes da cartilha) foram a que representavam os pais olhando para um bebê na incubadora da UTI (associada pelos pais como o momento mais impactante no relacionamento familiar com as crianças prematuras) e uma que representava a superproteção, revelando que o fator prematuridade se relaciona à ideia de fragilidade, a qual evidenciou-se como importante no acompanhamento à criança e suas famílias. Evidenciou-se, na dinâmica do mito e verdade o quanto o uso do material educativo, associado ao contexto domiciliar, figura como estratégia de potência para trabalhar aspectos geradores de dúvidas e incertezas por parte dos familiares.  Considerações finais: o uso do material educativo atrelado às atividades lúdicas figuram como estratégias apropriadas para as compreensão das relações familiares com as crianças prematuras, potencializando a capacidade de intervenção e acompanhamento  dos profissionais de saúde no tocante à promoção do cuidado do desenvolvimento infantil de crianças prematuras.  

3556 CONSEQUÊNCIAS APÓS O ABUSO SEXUAL INFANTIL E AS INTERVENÇÕES COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS NO SETING TERAPÊUTICO
Daniel Cerdeira de Souza, Ally Kercia Rodrigues dos Santos

CONSEQUÊNCIAS APÓS O ABUSO SEXUAL INFANTIL E AS INTERVENÇÕES COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS NO SETING TERAPÊUTICO

Autores: Daniel Cerdeira de Souza, Ally Kercia Rodrigues dos Santos

O abuso/violência sexual contra crianças e adolescentes se configura como um grave problema de ordem social. O objetivo desta pesquisa é verificar as consequências  e as devidas práticas interventivas no atendimento clínico a partir da Terapia Cognitivo Comportamental com crianças e adolescentes que passaram pela experiência da abuso/violência sexual. A violência sexual contra crianças e adolescentes é definida como o envolvimento dos mesmos em atividades sexuais com um adulto, ou qualquer outra pessoa com idade superior, havendo assim, uma diferença de idade, tamanho e poder. A criança é usada como objeto sexual para gratificação das necessidades ou desejos do adulto, sendo ela incapaz de dar um consentimento consciente por conta do desiquilíbrio no poder ou de qualquer incapacidade mental ou física, tal violência ocorre por meio da coerção física ou através de artimanhaas psicológicas como a sedução, ameaças e é composta também por uma teia de segredos que coloca a vítima em constante situação de medo. Dentre as diversas formas de violência, o abuso sexual é uma das formas mais graves, recorrentes e geradoras de efeitos negativos para o desenvolvimento das vítimas. Constitui-se como um fenômeno universal, que atinge todas as idades, níveis sociais e econômicos, etnias, religiões e culturas. Geralmente, o autor da violência é alguém próximo a vítima, uma figura cuidadora que estaria longe das suspeitas. A pesquida é de natureza bibliográfica de revisão narrativa com abordagem qualitativa de investigação, tendo como fonte artigos indexados e livros voltados a atuação do Psicólogo na clínica individual a qual busca entender quais as implicações psicologicas de uma criança após ser abusada sexualmente e como a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar clinicamente, pois as sequelas sofridos pela vítima podem afetar o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de diferentes formas e intensidade. É justamente na percepção das consequências da violência sexual  que se encontra a relevância deste trabalho, visando contribuir para capacitação profissional de Psicólogos que trabalham com esta demanda. A importäncia do atendimento psicológico também justifica-se na reparação de traumas adquiridos e na prevenção de novas situações de violência sexual. É indiscutível que a TCC permite aos psicólogos recursos necessários para o conhecimento do universo infantil, oferecendo também à criança a oportunidade de interação com o outro, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento apropriado de sua personalidade. Através deste estudo é possivel constatar a complexidade do abuso sexual que pode causar diversas consequências em crianças, as experiências de violência ocorridas na infância poderão interferir de modo significativo no desenvolvimento futuro, apresentando dificuldades emocionais, comportamentais, psicológicas e até transtornos mentais graves. As consequências do abuso sexual para crianças ou adolescentes podem incluir o desenvolvimento de transtornos psicológicos do humor, de ansiedade, alimentares, enurese, encoprese, transtornos dissociativos, hiperatividade, déficit de atenção e transtorno de estresse pós-traumático. Entretanto, o transtorno de estresse pós-traumatico (TEPT) é a psicopatologia mais citada como decorrente do abuso sexual e é estimado que 50% das crianças e adolescentes que foram vítimas desta forma de violência desenvolvem sintomas. Crianças e adolescentes podem, ainda, apresentar ideações ou tentativa de suicídio devido a autoimagem negativa e desesperança em relação ao futuro. Algumas podem desenvolver comportamentos autodestrutivos, e os sentimentos mais comuns são tristeza, raiva solidão, culpa e desesperança. Além de transtornos psicológicos, crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual podem apresentar alterações comportamentais, cognitivas e emocionais. Entre as alterações comportamentais destacam-se: conduta hipersexualizada, abuso de substâncias, fugas do lar, furtos, isolamento social, agressividade para consigo e para com o ambiente e para com os demais, mudanças nos padrões de sono e alimentação, automutilação e tentativas de suícidio. As alterações cognitivas incluem: baixa concentração e atenção, dissociação, refúgio na fantasia, baixo rendimento escolar e crenças distorcidas, tais como de que é culpada pelo abuso, diferença em relação aos pares, desconfiança e percepçao de inferioridade e inadequação, além de crenças nucleares de desamparo, desvalor e desamor. As alterações emocionais referem-se a sentimentos de medo, vergonha, culpa, ansiedade, tristeza, raiva e irritabilidade. A Terapia Cognitivo Comportamental tem sido aplicada no tratamento de crianças e adolescente vítimas de abuso sexual. Os programas de tratamento priorizam: psicoeducação sobre o abuso sexual, estratégias para manejo das emoções, pensamentos e comportamentos decorrentes do abuso, exposição e processamento de memórias relativas ao abuso através do desenvolvimento de narrativas sobre o abuso, e medidas de proteção para evitar revitimizações. As intervenções tem como alvos, principalmente sintomas de TEPT (revivência do evento traumático com pensamentos ou flashbacks, esquiva de lembranças e excitação aumentada).  A ansiedade e esquiva são trabalhadas com exposição gradual e dessensibilização sistemática, inoculação do estresse, treino de relaxamento e interrupção substituição de pensamentos perturbadores por outros que recuperem o controle das emoções. Sintomas de depressão são trabalhados com treinos de habilidades de coping e reestruturação de cognições distocidas. Problemas comportamentais são trabalhados com técnicas de modificação de comportamento, como o role play. Além disso, a Terapia Cognitivo Comportamental trabalha na prevenção de futuras revitimizações. Considerando as consequências negativas do abuso sexual para o desenvolvimento psicológico das vítimas, bem como os resultados positivos da terapia cognitivo-comportamental para a redução de sintomas e reestruturação da memória traumática. O processo terapêutico com a criança vitíma de abuso sexual, pode ser estruturado em 20 sessões e dividido em quatro etapas, sendo a preparação, que consiste em dessensibilizar para facilitar a auto-exposição, promovendo um clima de confiança que é o pré-requisito para a revelação do abuso sexual, revelação e exposição de sentimentos, ou seja, descrever o abuso sexual, falando, desenhando, jogando, mostrando e quaisquer outra forma para descrever com detalhes, da mesma forma para os sentimentos, que objetiva também dessensibilizar o relato sobre o abuso sexual e de sentimentos ligados a ele; aceitação, o qual visa aceitar a experiência de abuso e seu lugar na história de vida da criança, pois experiencias dificeis não podem ser totalmente esquecidas, mas devem ser assimiladas e transformadas, passando de algo insuportavelmente vergonhoso a uma triste lembrança; prevenção, para facilitar a aprendizagem de comportametos que visam autoproteção e impeçam a revitimização. Conclui-se que para o atendimento em situações de abuso sexual, é de fundamental importância o vínculo terapêutico, a interdisciplinaridade e o envolvimento familiar no tratamento, visando mudanças, de acordo com cada paciente.

3928 A ATIVIDADE LÚDICA COMO ESTRATÉGIA NO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL MATERNO INFANTIL.
Milene Soares, Bruna Luana Tavares, Yasmin de Lima

A ATIVIDADE LÚDICA COMO ESTRATÉGIA NO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL MATERNO INFANTIL.

Autores: Milene Soares, Bruna Luana Tavares, Yasmin de Lima

Apresentação: A utilização do lúdico no ambiente hospitalar proporciona ao paciente pediátrico o entendimento do seu atual processo saúde-doença, liberando temores, tensões e ansiedade, assim como beneficiando a relação profissional-usuário, facilitando a comunicação e a realização de procedimentos. Resgatando, assim, a dimensão biopsicossocial saudável do paciente e transformando o ambiente antes desconhecido em um acolhedor. Dessa forma, o presente trabalho objetiva relatar a experiência de graduandos em Enfermagem na condução de uma ação lúdica alusiva ao dia das crianças. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo-qualitativo, do tipo relato de experiências, desenvolvido durante atividades da atividade curricular Enfermagem pediátrica, nas enfermarias pediátricas de um hospital referencia materno-infantil do Pará. Utilizou-se metodologias ativas, estruturou-se a atividade em 3 momentos esquetes teatrais, bingo e jogo de perguntas e respostas, premiando-se com brinquedos. Resultados e Discussão: Inicialmente as crianças mostraram-se tímidas porém curiosas acerca do que estava por acontecer, algumas com feições de dor e tensão. Com o decorrimento da ação, percebeu-se maior envolvimento e desinibição, tornou-se nítida a diversão e a interação ao assistirem o teatro, nas participações ativas do bingo e ao responderem corretamente perguntas relacionadas ao teatro, sendo perceptíveis mudanças de estado e de humor ao final das atividades. Os familiares, intrinsecamente ligados ao processo de internação, antes apreensivos e temerosos ao decorrer da ação mostraram-se receptivos e interessados em proporcionar maior interação da criança com as atividades. Percebeu-se que o lúdico contribuiu para a redução dos efeitos estressores da hospitalização tornando a assistência prestada humanizada, resultando em melhora na situação de saúde e no transcorrer da internação a médio e longo prazo. A atividade lúdica também possibilitou abertura ao diálogo e ao entendimento do processo saúde-doença por parte dos estudantes participantes, pacientes e dos familiares envolvidos. Conclusão: Apesar das restrições e limitações provenientes do âmbito hospitalar as atividades favoreceram a sociabilidade e dinamismo, possibilitando um cuidado integral às crianças, maior aproximação aos pacientes e reabilitação da saúde, promovendo maior qualidade da assistência em nível biopsicossocial, levando em consideração não apenas o aspecto biológico. 

3938 Reflexões acerca do enfrentamento da agressividade infantil como promoção de saúde: relato de uma experiência com crianças em situação de pobreza
Ana Carolina Peixoto Mourão, Vilma Maria Gomes Peixoto Mourao, Vilma Maria Gomes Peixoto Mourao

Reflexões acerca do enfrentamento da agressividade infantil como promoção de saúde: relato de uma experiência com crianças em situação de pobreza

Autores: Ana Carolina Peixoto Mourão, Vilma Maria Gomes Peixoto Mourao, Vilma Maria Gomes Peixoto Mourao

O entendimento do conceito de saúde tem passado por mudanças significativas ao longo do tempo e, atualmente, é melhor compreendido como um direito do cidadão. Nessa direção, a saúde não deve ser entendida como um conceito abstrato, ela se relaciona diretamente com o contexto histórico e o meio social em que os sujeitos se encontram. Atrelando a promoção da saúde mental ao modelo psicossocial e, consequentemente, ao envolvimento da família e da comunidade nesse processo, este trabalho teve como objetivo geral a promoção de saúde mental por meio do fortalecimento dos laços sociais e da melhoria da qualidade de vida das pessoas da comunidade “Buracão”. Essa comunidade localiza-se em um bairro periférico da cidade de Manaus. Dentre as atividades desenvolvidas, relatamos aqui as oficinas culinárias que cumpriram um papel importante para o desenvolvimento das demais atividades de um projeto denominado “Comunidade Solidária” – trabalhar o alto índice de agressividade das crianças, As atividades relacionadas às crianças visaram o enfrentamento das situações de risco a que elas estavam expostas, como a violência doméstica, a permanência nas ruas e seus complicadores.  A questão da agressividade encontra na teoria psicanalítica um contraponto interessante para fazer frente ao entendimento de que a agressividade surge como reação às situações de frustração. Esse referencial serviu de base para as atividades realizadas junto às crianças daquela comunidade. Nessa direção, as ações dessas oficinas centraram-se nas manifestações de agressividade por parte das crianças, por intermédio do brincar e da arte de cozinhar. Assim, buscamos o reconhecimento das ações agressivas pelas crianças e a sensibilização destas para as repercussões de suas atitudes agressivas. As ações desenvolvidas possibilitaram uma maior sensibilização das crianças para questões relativas ao respeito ao próximo e as suas formas distintas de pensar e agir no mundo.

4485 A VISÃO DAS CRIANÇAS PARTICIPANTES DE UM PROJETO DE GINÁSTICA GERAL SOBRE A RELAÇÃO DA SAÚDE E AS ATIVIDADES QUE REALIZAM
Nayara Katharine Alencar dos Santos, Letícia Aguiar Sousa, Patrícia Reyes De Campos Ferreira

A VISÃO DAS CRIANÇAS PARTICIPANTES DE UM PROJETO DE GINÁSTICA GERAL SOBRE A RELAÇÃO DA SAÚDE E AS ATIVIDADES QUE REALIZAM

Autores: Nayara Katharine Alencar dos Santos, Letícia Aguiar Sousa, Patrícia Reyes De Campos Ferreira

A Ginástica Geral (GG) é uma junção de outras modalidades de ginástica. Ela tem como pressuposto de que todos podem e devem praticar atividades gímnicas, não levando em consideração peso, idade, flexibilidade e altura, apresentando como intenção, motivar o lazer, a alegria e a interação entre as pessoas ao se movimentarem e, ao mesmo tempo, proporcionando prazer, bem estar físico e mental. Destarte, quando praticadas com regularidade podem auxiliar na promoção da saúde. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a visão das crianças participantes de um projeto de ginástica geral na Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Santarém sobre a relação da saúde com as atividades que realizam. Este foi realizado no Laboratório de Ginástica da UEPA. Participaram treze crianças (dois meninos e onze meninas) com idade entre 8 e 12 anos que participavam do Projeto. Para coleta de dados foi utilizada a Dinâmica do Método Criativo e Sensível, onde o pesquisador expressa sua resposta por meio de uma produção artística seguida da explicação de tal. A dinâmica foi registrada através de gravação de vídeo e áudio, e transcrita na integra para posterior análise. Os dados foram analisados mediante a análise de Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) que é uma metodologia que busca resgatar e apresentar as Representações Sociais obtidas em pesquisas empíricas, realizado após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob o CAAE: 65210317.1.0000.5168, mediante assinatura dos pais ao termo de Consentimento Livre e Esclarecido e as crianças ao Termo de Assentimento Livre e Esclarecido. Analisando o DSC da pergunta: “A saúde tem relação com a ginástica?”, construída a partir da Dinâmica do Almanaque, que consistiu na construção de um pequeno livro. Pode-se perceber que uma primeira relação que as crianças fazem a essas, duas estão ligadas à práticas saudáveis, a partir do pressuposto de que a GG é uma atividade física (AF). Sendo assim, essa traria benefícios à saúde, pois a prática regular de AF em geral, pode proporcionar vários benefícios à essa e ainda constitui uma forma efetiva de prevenção à ocorrência de doenças futuras e ainda fazendo com que os indivíduos tenham-na como hábito. Outra relação percebida foi quanto a benefícios ao corpo, onde a prática desta atividade proporcionou uma melhora nas qualidades físicas como flexibilidade e agilidade. Isso se deve ao fato de que com a prática de AF regular o músculo esquelético desenvolve a flexibilidade, além de proporcionar melhoria à saúde e ajuda no condicionamento físico, e quanto ao emagrecimento ocorrido por conta do gasto energético. Considera-se, portanto, que as crianças conseguem fazer relação da Saúde com a GG quanto aos benefícios ao corpo e por meio de evolução nas qualidades físicas. Por isso, o referido trabalho teve grande importância por atrair uma atenção para consciência em inclusão ao mundo social e cultural das crianças, procurando dá voz, fortalecendo e defendendo-as como atores sociais e sujeitos ativos nas investigações.

2545 ÓBITO HOSPITALAR NO IDOSO: Uma correlação com a qualidade da assistência médico-hospitalar prestada pelo Sistema Único de Saúde - SUS
Antonia Regiane Pereira Duarte, Gilvandro Ubiracy Valente

ÓBITO HOSPITALAR NO IDOSO: Uma correlação com a qualidade da assistência médico-hospitalar prestada pelo Sistema Único de Saúde - SUS

Autores: Antonia Regiane Pereira Duarte, Gilvandro Ubiracy Valente

A população idosa cresce no novo perfil demográfico do País, envelhecer é um processo natural pelo qual todos os seres vivos passam, com declínio biológico, fisiológico e sócio-cultural, com aumento da vulnerabilidade, em acumulação de perdas evolutivas e no aumento da probabilidade de morte. Assim, o presente estudo objetiva demonstrar a perspectiva do atendimento médico hospitalar ao idoso em serviço de saúde pública de urgência e emergência avaliando a qualidade de assistência médico-hospitalar prestada ao idoso, que evoluíram a óbito, tendo em vista a acessibilidade à rede, a infraestrutura disponível nos hospitais estudados, identificando-se os principais fatores que levaram ao óbito os idosos institucionalizados, comparando a assistência prestada e seus impactos. O delineamento para o desenvolvimento deste estudo foi o da pesquisa descritiva, exploratória, observacional e correlacional, com enfoque qualiquantitativo na abordagem do problema. O estudo baseou-se na população idosa com intervalo de idade de 60 a mais de 100 anos, admitidos nos serviços de urgência e emergência de dois hospitais públicos no município de Santarém na região norte do estado do Pará, os quais serão aqui identificados como SUE1 e SUE2. O período estudado se deu entre julho de 2013 a junho de 2014. Para o alcance dos objetivos avaliou-se a assistência prestada através dos registros da equipe multiprofissional contidas nos prontuários, dos quais foram levantados dados  relevantes, tais como: data da internação e óbito, tempo de permanência, diagnóstico, realização de exames complementares, avaliações de especialidades, utilização de terapia intensiva, entre outros.  Durante o estudo foram analisados  um índice amostral de 267 prontuários , sendo 79  do SUE1 e 188  do SUE2. Os resultados constatam que no SUE1 a maior frequência de óbito ocorreu na faixa etária de 60-69 anos de idade (37,97%), já no SUE 2, a faixa etária mais acometida foi entre 70-79 anos de idade (45,75%). Os idosos tendem a procurar mais os serviços de saúde, apresentando taxas de internação hospitalar bem mais elevadas do que as observadas em outros grupos etários, bem como sua permanência hospitalar se torna bem mais prolongada. Em relação ao tempo de permanência hospitalar observou-se que a faixa etária de 60-69 anos no SUE1 apresentou um tempo maior de permanência de hospitalização, enquanto no SUE2 esse período prolongado de internação é mais frequente na faixa etária de 70-79 anos. Constata-se ainda no SUE2, que os idosos acima de 90 anos evoluíram a óbito nos primeiros cinco dias de internação. A quantificação da mortalidade auxilia no processo de tomada de decisão, além de servir de indicadores que auxiliarão na elaboração de cuidados terapéuticos, uma vez que se pode traçar o perfil dos pacientes atendidos. Dessa forma,ao se buscar a causa mortis entre idosos internados identificou-se nas declarações de óbito mais de uma causa de óbito, o que talvez esteja relacionado pela caracterização da população em estudo, a qual possui grande prevalência de doenças crônico-degenerativas, que comprometem de forma significativa vários sistemas. Dentre as causas mortis mais frequentes observadas foram causas infecciosas (50,56%), seguidas por queixas cardiovascular (22,09%), oncológicas (17,22%), neurológicas (17,97%) e genito-urinárias (13,10%). É essencial, que as instituições se adequem às normas norteadoras de prevenção de eventos adversos, previstas na RDC 36/2013, para que seja assegurado ao usuário do serviço de saúde uma assistência livre de danos, assim para avaliar a efetividade do gerenciamento de riscos nas instituições estudadas, buscou-se nos prontuários registros relacionados aos eventos como quedas, broncoaspiração, lesões de pele, úlceras de pressão, flebites e erro de medicação, sendo constatado um percentual elevado de ocorrência desses eventos em ambas as instituições, o que caracteriza baixa qualidade de gerenciamento de riscos nestes hospitais. Em conformidade com o princípio da autonomia, é obrigatório que o profissional de saúde oferte ao paciente a mais completa informação possível, com o intuito de promover uma compreensão adequada do problema, condição essencial para que o paciente possa tomar uma decisão, ao respeitar a autonomia do paciente, o profissional de saúde estará ajudando o mesmo a superar seus sentimentos de dependência, equipando-o para hierarquizar seus valores e preferências legítimas para que possa discutir as opções diagnósticas e terapêuticas que lhes são oferecidas. Sobre essa temática buscou-se avaliar as condutas multiprofissional frente ao atendimento do idoso, observa-se que o SUE1 mostra-se empenhado em classificar esses idosos quanto ao risco e lhes atribuir um escore de gravidade, bem como esse serviço ainda valoriza a autonomia do paciente, uma vez que os dados mostram que 69,62% dos pacientes e/ou seus representantes legal autorizaram os procedimentos que lhes foram realizados. Em contrapartida, o SUE2 ao atender o idoso não tem como rotina realizar a classificação de risco deste usuário. observou-se ainda que 100% dos prontuários dos pacientes atendidos neste serviço não possuíam o Termo de Consentimento Informado, o que vai de encontro com um dos princípios que norteiam a bioética, o princípio da autonomia. As dificuldades de acesso e o alto custo dos serviços em UTI, são cada dia mais prementes e necessitam ser consideradas quando se analisam os conflitos éticos que emergem da necessidade de uma distribuição justa de assistência à saúde das populações. Frente a esse contexto a pesquisa revela que, o idoso internado tem um bom percentual de acesso ao suporte avançado de vida, com melhor destaque para o SUE1, neste serviço mais de 86% desta clientela se beneficiou de tratamento semi-intensivo, em relação ao tratamento intensivo 69,61% receberam suporte de UTI. Já no SUE2 observou-se que apesar de contemplar maior demanda, menos de 80% dos idosos tiveram acesso a sala de estabilização, foi observado também que deste total somente 9,57% foram transferidos para a UTI, ou seja um grande número de idosos evoluíram à óbito ali mesmo na sala de estabilização. Ao avaliar a assistência prestada ao paciente idoso nos serviços públicos, verificou-se que ainda precisa melhorar a qualidade dessa assistência. Constata-se também que ainda há serviços que não utilizam protocolos assistenciais e clínicos, e, não se aplica na prática, na maioria das vezes, as legislações previstas em políticas públicas, como é o caso do Estatuto do Idoso. Certamente, uma má qualidade de assistência gera impactos indesejáveis à instituição, ao usuário, aos familiares e aos profissionais que ali atuam, gerando custos desnecessários, transtornos psíquicos, morais e desgastes. Por conseguinte, considerando os dispostos constitucionais e cumprimento das normatizações, no que concerne a acessibilidade à UTI e à Sala de Estabilização de forma humanizada, utilização de meios de diagnóstico eficazes, cuidados multiprofissionais adequados, gestão adequada dos recursos da saúde, certamente muitos dos óbitos dos idosos ocorridos, poderiam ser evitáveis. Assim sendo, sugere-se que sejam implantados e reavaliados permanentemente, protocolos de Acolhimento e Classificação de Risco, fluxos de acessibilidade à Sala de Estabilização e UTI, utilização de protocolos assistenciais e clínicos, processos de gerenciamento de riscos e indicadores, capacitação multiprofissional, auditorias eficientes para que seja assegurado aos usuários destes serviços uma assistência segura e com qualidade.

2968 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS COMO INSTRUMENTO DE HUMANIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Narhla Kelvia Costa Silva, BRUNA HELLEN VAZ PIRES, Brunna Caroline Bríglia Santos, Cíntia Freitas Casimiro

A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS COMO INSTRUMENTO DE HUMANIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Narhla Kelvia Costa Silva, BRUNA HELLEN VAZ PIRES, Brunna Caroline Bríglia Santos, Cíntia Freitas Casimiro

Contar histórias é um recurso valioso quando relacionado a formação humana, uma vez que potencializa o uso da imaginação, a linguagem, atenção, memória, gosto pela leitura, além de ser indispensável ao processo de aprendizagem e socialização no período da infância. Ademais, traz consigo a concretização dos objetivos instituídos no Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar do Ministério da saúde, que visa a implantação de um atendimento humanizado nos serviços de saúde e o aperfeiçoamento das relações entre profissional, cliente e comunidade. Para tanto, faz-se pertinente inserir os conceitos da humanização na formação dos profissionais da saúde, que serão, também, os responsáveis por colocar em prática a política, a fim de que possam oferecer um atendimento diferenciado. Em razão disso, o SensibilizArte– Humanizar através da Arte, projeto voluntário da International Federation of Medical Students Associations of Brazil (IFMSA – Brazil), visa promover a humanização utilizando-se de estratégias lúdicas distribuídas em frentes de atuação, dentre elas a Contação de histórias, envolvendo pacientes, profissionais de saúde e voluntários em ambiente hospitalar. Com isso, objetivou-se relatar a vivência de acadêmicos de Enfermagem atuantes na Frente de Contação de Histórias do projeto SensibilizArte-UFRR. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, construído a partir da vivência de voluntários da frente de Contação de Histórias do projeto SensibilizArte – Humanizar através da arte, onde realiza-se visitas mensais em um hospital infantil de referência do estado de Roraima, no período de abril a dezembro de 2017. A Contação de histórias é uma das quatros frentes de atuação do SensibilizArte, um projeto voluntário que visa humanizar o ambiente hospitalar através de recursos artísticos, atuando em enfermarias, momento em que são contadas aos pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde, histórias de temas diversos: indígenas, infantis, lendas e poemas, utilizando-se de fantoches, maquiagens artísticas e adereços para composição dos personagens, causando um impacto positivo na rotina hospitalar das crianças, visto que reduzem os estressores característicos de uma internação. Esta questão é evidenciada pelas reações esboçadas através de risos e abraços, juntamente com pedidos de fotos da ação, demonstrando satisfação em participar das atividades, que passam a auxiliar e complementar, também, o processo de aprendizado e socialização na tentativa de compensar o absenteísmo escolar no momento de recuperação. Além do benefício para os pacientes, demonstrou-se relevância para os profissionais, que vivenciam momentos de alegria e distração no ambiente estressante de trabalho; para acompanhantes, visto que diminui a tensão do papel do cuidador; e voluntários tanto em âmbito pessoal, quanto profissional, com destaque à importância da política de humanização e sua aplicação na assistência, bem como aprimoramento das habilidades de comunicação e da visão holística na saúde, proporcionando oportunidades de integração entre estudantes e profissionais de diferentes especialidades de saúde. Com isso, percebeu-se que ações voluntárias voltadas a esse público permitem uma melhor convivência profissional-paciente e enfrentamento da doença por parte da criança, alterando a maneira como o paciente vive e entende a hospitalização.

3328 O Impacto da arte na saúde dos pacientes pediátricos
Vivian Danielle Pessoa Silva

O Impacto da arte na saúde dos pacientes pediátricos

Autores: Vivian Danielle Pessoa Silva

Quando um indivíduo adoece, não é somente o seu físico que é comprometido, mas todas as dimensões que compõe a totalidade que entendemos por saúde, nesse sentido, a arte torna-se uma aliada no processo de cura do paciente, sobretudo, para aqueles que devido à gravidade de suas patologias, necessitam ficar internados por um tempo significativo, como é o caso dos hospitais que atendem a alta complexidade. A arte, por sua vez, contempla as criações do ser humano com o objetivo de expressar uma visão sensível, real ou imaginária, sobre o mundo, por meio de recursos linguísticos ou sonoros. Sendo assim, a arte pode representar uma contribuição significativa para o paciente lidar com os desafios postos durante o seu tratamento. E no caso das crianças, que estão vivenciando a infância, etapa da vida que é permeada por brincadeiras, onde a curiosidade é aguçada, quando esta tem sua saúde comprometida, todo esse processo, que é fundamental para o seu crescimento, lhe é tolhido, o que pode contribuir para agravar o seu quadro. Nesse contexto, o objetivo geral do presente trabalho é abordar o impacto da arte na saúde dos pacientes pediátricos de um hospital público de Manaus, e tem como objetivos específicos: identificar o perfil dos pacientes pediátricos do hospital; conhecer o estado paciente pediátrico e desvelar os benefícios da arte por meio das atividades lúdica para a saúde dos pacientes pediátricos. No que refere-se a metodologia, optou-se pela pesquisa observacional, e para tanto criou-se um protocolo de observação, cujas categorias foram: a) parceiros das atividades lúdicas; b) interação com o grupo que realiza as atividades lúdicas; c) mudança de humor da criança; d) interação com os pais e profissionais da saúde; e) como se portavam depois das atividades lúdicas. Os participantes foram 10 pacientes pediátricos atendidas na ala pediátrica de um hospital público, situado na zona centro-sul de Manaus, onde são realizadas atividades lúdicas voltadas para esses pacientes. A idade das crianças foi entre 4 e 8 anos. Os resultados apontam que os pacientes são oriundos de todas as classes sociais, e os benefícios apresentados pelos pacientes pediátricos referem-se a melhora de humor, na interação com os profissionais da saúde, e até no apetite. Ressalta-se que essas crianças tendem a ficarem tristes e menos propensas a brincadeiras pela sua condição, pois quando o físico está debilitado, as outras dimensões do indivíduo também são afetadas, mesmo em crianças. Diante do exposto, fica claro que a intervenção na saúde não deve ser restrita a intervenção física, mas também deve abarcar outros pontos, porque o estado de espírito, humor e autoestima interferem de maneira significativa no estado de saúde de uma pessoa, sobretudo quando se trata de uma criança, que não tem o exato entendimento sobre tudo que está acontecendo.