124: Atenção a saúde da criança: cuidado à serviço da vida
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 12 - Pavulagem    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
415 Acompanhamento do crescimento: preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança em dois municípios do estado da Paraíba, Brasil
Dixis Figueroa Pedraza, Erika Araujo

Acompanhamento do crescimento: preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança em dois municípios do estado da Paraíba, Brasil

Autores: Dixis Figueroa Pedraza, Erika Araujo

APRESENTAÇÃO: A Caderneta de Saúde da Criança constitui o principal instrumento de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, considerando-se sua utilização um importante indicador da qualidade da atenção ofertada às crianças nos serviços de saúde. Estudos sobre o preenchimento da caderneta apontam falhas diversas que incluem o desempenho dos profissionais. Porém, as pesquisas sobre o tema têm priorizado delineamentos observacionais, sem delimitar diferenciais em aspectos como o processo de trabalho. OBJETIVO: Analisar o acompanhamento do crescimento de crianças menores de cinco anos, por equipes de saúde da família de dois municípios do Estado da Paraíba, baseado nas informações registradas na Caderneta de Saúde da Criança. METODOLOGIA: Estudo quase-experimental realizado nos municípios de Bayeux e Cabedelo, os quais apresentam características geográfico-sociais similares. Porém, Cabedelo apresenta avanços na implementação de ações de alimentação e nutrição na Estratégia Saúde da Família. A amostra estudada foi composta por 321 crianças menores de cinco anos localizadas nas áreas de abrangência das unidades de saúde da família sorteadas aleatoriamente. As mães das crianças responderam um questionário contendo informações sobre as características infantis e sociodemográficas. A Caderneta de Saúde da Criança foi utilizada para analisar o preenchimento dos gráficos de perímetro cefálico/idade, peso/idade, estatura/idade e índice de massa corpórea/idade; o registro de suplementação com ferro e vitamina A; e o cumprimento do calendário vacinal. O teste de qui-quadrado utilizou-se para analisar diferenças entre os municípios no preenchimento desses itens. A Regressão de Poisson utilizou-se para analisar a associação do preenchimento da caderneta com as características infantis e sociodemográficas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, protocolo 19689613.3.0000.5187. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Todos os parâmetros estudados apresentaram altas frequências de inadequação, oscilando de 41,1% para o preenchimento do gráfico de peso/idade a 95,7% para o preenchimento do gráfico de índice de massa corpórea/idade. O município de Bayeux apresentou pior preenchimento na maioria dos itens avaliados. A inadequação no preenchimento da caderneta associou-se ao não beneficio de Programa Social, em Bayeux, e à inexistência de rede pública de esgoto no domicílio, em Cabedelo. CONSIDERAÇÔES FINAIS: Evidencia-se a precariedade do preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança, com diferenças entre os municípios que podem estar influenciadas pelo trabalho intersetorial.

961 APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM NEONATO PREMATURO
Isabela Maria da Costa Buchalle, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mariane Santos Ferreira

APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM NEONATO PREMATURO

Autores: Isabela Maria da Costa Buchalle, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: Os neonatos convivem com diversas transformações no momento que nascem, dentre esses os recém-nascidos (RN) de alto risco são os que necessitam de cuidados complexos ao qual a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é responsável por oferecê-los, tendo por finalidade a estabilização destes para que seu crescimento e desenvolvimento se façam adequadamente, demandando o uso técnicas de oxigenoterapia, alimentação, aquecimento, higienização, administração de medicamentos, exame físico e o uso de relações afetivas. A partir disso, o estudo objetiva avaliar o caso de um neonato internado em uma unidade de terapia intensiva, no município de Santarém-PA, embasado na sistematização da assistência de enfermagem (SAE). Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. A coleta foi realizada em uma instituição hospitalar de média e alta complexidade no município de Santarém-PA, no setor de UTI neonatal, durante as aulas práticas da disciplina de Enfermagem em UTI neonatal e pediátrica com os acadêmicos de bacharelado de enfermagem do 7º período, correspondendo ao período de junho de 2017. A análise ocorreu a partir da observação direta ao cliente e implementação da sistematização da assistência de enfermagem, seguindo a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), após prévia autorização de acesso ao prontuário. Foram obedecidos os aspectos éticos da pesquisa, de acordo com a resolução 466/12. Resultados e/ou impactos: V. M. M., 2 meses de idade, procedente de um hospital público do município de Santarém - Pará, apresentava as queixas principais de prematuridade, sepse, crise convulsiva, hemorragia pulmonar e hemorragia digestiva alta. Conforme a História do parto: nasceu no dia 27 de março de 2017, de parto via vaginal, pré-termo, muito baixo peso, Apgar 04 e 09, sexo feminino, líquido amniótico com fisiometria, estatura: 36 cm, peso: 980g, perímetro cefálico: 27 cm, perímetro torácico: 23cm, tipo sanguíneo A positivo, mãe de 20 anos, solteira, tipo sanguíneo O positivo, sorologias para sífilis e HIV negativas, fez somente uma consulta no pré-natal e vacinação atualizada. Possuía Data da Última Menstruação (DUM): 12-11-16, Data Provável do Parto (DPP) a partir da DUM: 20-08-17 e DPP por meio da Ultrassonografia Obstétrica: 19-06-17. A realização ineficiente do programa de pré-natal é um predisponente que pode estar associado à causa do agravo, pois o Ministério da Saúde (MS) preconiza no mínimo 6 consultas para gestantes sem fatores de risco, acompanhada principalmente pelos profissionais médico e enfermeiro. Houve também, o relato da mãe sobre infecção do trato urinária não tratada no período do parto, bolsa rota, líquido amniótico de coloração amarelada e odor fétido. Pode-se apontar a infecção urinária como a patologia mais comum durante a gestação, classificando-a como de risco, no qual quadro clínico varia de bacteriúria assintomática à pielonefrite que quando não tratadas podem desenvolver complicações como a hemólise, a anemia, o choque séptico, a ruptura prévia das membranas e o trabalho de parto prematuro. Segundo o Histórico da doença atual, o neonato ficou em ar ambiente, evoluiu com disfunção respiratória, sendo colocado em dispositivo de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP), depois capacete Oxi Hood e intubação orotraqueal (IOT), no qual foi relatada hemorragia digestiva e pulmonar, bem como crise convulsiva e uso de cateter umbilical desde o nascimento. Utilizou dos fármacos Gentamicina, oxaciclina, ceftazidima, cefepime, meropenem e vancomicina. O diagnóstico não foi concluído, porém se tinham por hipóteses diagnósticas: prematuridade, muito baixo peso (MPB), anóxia neonatal, risco infeccioso, sepse precoce, insuficiência respiratória, hemorragia pulmonar e hemorragia digestiva alta (HDA). A prematuridade está entre as principais causas de mortalidade infantil com maior incidência em mães jovens, que tiveram infecções maternas e se encontram na primeira gestação. Sabe-se que a imaturidade desencadeia aglomeradas disfunções em órgãos ou sistemas, que demanda a oferta de cuidados de elevado nível de complexidade. A equipe propôs as metas terapêuticas referentes à vigilância infecciosa, controle de função renal, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e acido-básico, suporte ventilatório e nutricional.  De acordo com o NANDA, os Diagnósticos de Enfermagem (DE) aplicados ao caso são: 1. Risco para pele prejudicada relacionada à incapacidade da mobilidade no leito, oximetria de pulso e procedimentos invasivos, aplicando-se a observação das áreas avermelhadas e irritadas, ainda, reduzir o tamanho das fraldas convencionais, evitar ou diminuir o uso de fitas adesivas, removendo-as com óleo mineral ou agua, observar a numeração ideal das prongas para CPAP nasal, umidificar o ambiente da incubadora, evitar banhos rotineiros e frequentes, trocar o local do sensor de monitorização transcutânea de oxigênio com frequência, fazer higiene oral com gaze umedecida em agua destilada. 2. Padrão de sono prejudicado relacionado ao barulho evidenciado pelo nível de ruídos, no qual foi registrado e monitorado o padrão do sono e quantidade de horas dormidas; proporcionado um ambiente calmo e seguro, incluindo diminuição da luminosidade e ruídos; auxiliando nas situações estressantes antes do horário de dormir e a observar as circunstâncias físicas como via aérea obstruída, dor/desconforto. 3. Risco para queda relacionado à manipulação e movimentação do RN no leito, o qual as intervenções constaram em educar acompanhante para cuidados pós-alta da UTI neonatal sobre o risco de queda; manter elevadas as grades de proteção do berço e manter o berço em altura adequada para prevenção de quedas. 4. O Risco para broncoaspiração relacionado à idade, como cuidado promoveu-se o plano de monitorar o nível de consciência, reflexo de tosse, náusea e capacidade de deglutir; manter a cabeça do paciente lateralizada, quando recomendado e manter aspirador disponível. 5. O Risco para infecção relacionado exposição à microorganismos em relação ao grande número de porta de entrada, os cuidados constaram em observar sinais de infecção, hipotonia e hipertemia, letargia, taquipnéia, apnéia, cianose, petéquias, distensão abdominal, resíduo alimentar, diminuição do ganho ponderal; utilizar antissepsia com álcool à 70% ao realizar procedimentos invasivos; empregar técnica asséptica e materiais estéreis e descartáveis; substituir material utilizado para oxigenoterapia a cada 48 horas; realizar limpeza diária de incubadora e berços e adotar medidas de controle de infecção universal. 6. O Risco para padrão ineficiente da respiração relacionado à imaturidade pulmonar, seguiu as prescrições de observar sintomas de respiração com dificuldade como, taquipnéia (fr>60 rpm), gemência, retrações intercostais e ruídos adventícios; cianose, utilizar oxímetro de pulso, realizar aspiração das Vias Aéreas Superiores (VAS) e orofaringe quando necessário, verificar os valores dos gases arteriais; manter o bom funcionamento da ventilação mecânica, CPAP e Oxi- Hood; monitorizar a temperatura; providenciar coxim subescapular; providenciar estímulo tátil, quando ocorrer apneia; umidificar e aquecer os gases. Considerações finais: É de conhecimento que os cuidados desenvolvidos no neonato requerem maior compromisso de toda a equipe, pois o cliente nessa fase é totalmente dependente dos profissionais para que suas necessidades orgânicas sejam supridas e, ainda se acentua quando se refere a RN prematuros. Desse modo, a prática de enfermagem guiada pela SAE proporciona a realização de uma assistência mais organizada e singular, observando o cliente em sua integralidade de acordo com as características definidoras do quadro.

1480 IMPACTO DA ESTRATÉGIA DE ATENÇÃO INTEGRADA AS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA – AIDPI NA REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL NO DSEI MÉDIO RIO SOLIMÕES E AFLUENTES
Layana de Souza Rebolças, Ellen Mississipe da Costa, George Bosco Barros de Araujo, Ana Carla dos Reis Vargues, Marinelza de Oliveira Dantas

IMPACTO DA ESTRATÉGIA DE ATENÇÃO INTEGRADA AS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA – AIDPI NA REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL NO DSEI MÉDIO RIO SOLIMÕES E AFLUENTES

Autores: Layana de Souza Rebolças, Ellen Mississipe da Costa, George Bosco Barros de Araujo, Ana Carla dos Reis Vargues, Marinelza de Oliveira Dantas

Apresentação: do que trata o trabalho e objetivo O presente trabalho trata-se de um relato de experiência que se justifica mediante a vulnerabilidade dos povos indígenas às morbidades, é necessário que sejam feitas várias estratégias de intervenções eficazes com as equipes multidisciplinares de saúde indígena, a fim de compreender se há eficácia na rede de atenção à saúde indígena e se está contribuindo para a melhoria da assistência prestada aos, indígenas pertencentes ao DSEI MRSA. Com isso, desde 2013, com a chegada da estratégia de AIDPI aos profissionais de enfermagem vem ocorrendo diminuição da incidência da morbi-mortalidade infantil aos indígenas. Objetivos: Avaliar a perspectiva da estratégia AIDPI na redução da mortalidade infantil nos indígenas pertencentes ao DSEI MRSA e Identificar e compreender as causas de mortalidade na população indígena. Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo Busca-se na realização deste trabalho avaliar as práticas dos enfermeiros atuantes e capacitados na Estratégia de Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância - AIDPI, através dos impactos na mortalidade infantil, cujos dados anuais serão extraídos através do banco de dados SIASI (Sistema de Informação de Atenção à Saúde Indígena), de forma que as reflexões devem ser vistas como inacabadas e contínuas para que os impactos sejam melhores continuamente, uma vez que dados avaliados estimulam novas pesquisas. Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados no estudo Com a implantação da estratégia no ano de 2013 onde os profissionais de enfermagem, no caso, enfermeiros de cada equipe foram capacitados para atuação em aldeias indígenas, sendo que no respectivo ano a mortalidade infantil era de 62,3% e com isso no ano subsequente de 2014 tivemos como mortalidade infantil indígena do DSEI MRSA 54,7% tendo como redução 7,6% da mortalidade infantil. É importante ressaltar que o DSEI MRSA possui 32 equipes multidisciplinares de saúde, sendo compostas por: médicos, enfermeiros, odontólogos, técnicos em enfermagens, agentes indígenas de saúde, agente indígenas de saneamento, auxiliares de saúde bucal, os quais atuam respectivamente nas 192 aldeias de abrangência, divididos em 14 municípios do interior do Amazonas, sendo que na respectiva época 95% dos enfermeiros das equipes foram capacitados na estratégia AIDPI. Considerações finais Nesse contexto, através do respectivo podemos traçar reflexões importantes a respeito da redução da mortalidade infantil indígena, assim como o conhecimento que os enfermeiros tem acerca da estratégia proposta, assim como intervenções eficazes para solucionar as intercorrências, pois essa atitude é fundamental para evitar agravamentos do quadro de saúde da criança, principalmente nos lugares em que a rede de atenção à saúde são precários, assim como diminuição nas taxas de mortalidade infantil que é um dos objetivos do milênio.

1485 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE PEDIÁTRICO COM RETINOBLASTOMA UNILATERAL
Rodolfo Sousa dos Santos, Lília Maria Nobre Mendonça Aguiar, Heitor Alessandro Farias Barrozo, Juciene Rocha

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE PEDIÁTRICO COM RETINOBLASTOMA UNILATERAL

Autores: Rodolfo Sousa dos Santos, Lília Maria Nobre Mendonça Aguiar, Heitor Alessandro Farias Barrozo, Juciene Rocha

INTRODUÇÃO: O retinoblastoma é caracterizado pelo aparecimento de um tumor maligno desenvolvido na retina. Por sua vez, ocorre na maioria em crianças muito jovens antes dos cinco anos. A partir desta idade, o aparecimento do retinoblastoma é raro. O diagnóstico é realizado através de um exame oftalmológico onde o sinal mais comum é a leucocória mais conhecido como reflexo olho de gato que é o descolamento da retina causado pela massa do tumor. Quando tratado precocemente o paciente pode facilmente evoluir à um bom prognóstico. OBJETIVO: avaliar a assistência de enfermagem à uma criança portador de retinoblastoma em um setor  oncológico pediátrico. METODOLOGIA: relato de experiência, a partir de uma análise descritiva e  bibliográfico, realizado em um hospital público de referência oncológica, RESULTADOS: o sucesso na abordagem terapêutica do paciente com retinoblastoma requer um enfoque multidisciplinar. Desta forma, é imperativo que as necessidades humanas básicas sejam identificadas precocemente pelo enfermeiro, garantindo ao cuidador e ao paciente qualidade de vida e minimização das possíveis complicações clínicas, psíquicas e sociais. A enfermagem integrando as principais matérias básicas consegue facilmente entender como a doença pode evoluir e com os devidos sinais e sintomas identificar precocemente a patologia causando menos danos para o paciente que na maioria das vezes são crianças entre  e 5 anos e nos primeiros meses de vida. CONCLUSÃO: o presente estudo nos possibilitou ter um entendimento maior sobre a ocorrência do retinoblastoma unilateral infantil, suas possíveis causas e uma assistência de enfermagem voltada a essas crianças tendo em vista o conforto e melhora do quadro clínico dos pacientes.

2202 Intervenções de enfermagem na atenção integral à saúde da criança
Thamires Panferro Carvalho, André Pereira Gonçalves, Karina Sayuri Sugano Chiu, Helena Pereira Vargas, Marisa Rufino Ferreira Luziari, Maria Angélica Marcheti, Fernanda Ribeiro Baptista Marques

Intervenções de enfermagem na atenção integral à saúde da criança

Autores: Thamires Panferro Carvalho, André Pereira Gonçalves, Karina Sayuri Sugano Chiu, Helena Pereira Vargas, Marisa Rufino Ferreira Luziari, Maria Angélica Marcheti, Fernanda Ribeiro Baptista Marques

Apresentação: Este trabalho visa a partir dos sete eixos da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Criança (PNAISC), potencializar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, realizar ações de educação em saúde quanto a importância da imunização, do aleitamento materno e da alimentação saudável, identificar alterações e cuidados de saúde na atenção às doenças respiratórias e infecciosas, e atenção aos distúrbios nutricionais, por meio de Consulta de Enfermagem Pediátrica, realizada na Clinica Escola Integrada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Desta forma este trabalho teve como objetivo promover a saúde da criança planejando a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) identificando diagnósticos e propondo intervenções de Enfermagem, e posteriormente avaliando sua evolução. Desenvolvimento: As consultas foram agendadas de acordo com a disponibilidade de horário. Foi elaborado um instrumento de Consulta de Enfermagem Pediátrica contendodados de identificação da criança e família, genograma e ecomapa da família, antecedentes maternos:perinatal- gestação, parto e puerpério,condições de moradia, história atual da criança: motivo da consulta, hábitos de sono e repouso, alimentares, recreação e situação vacinal, exame físico da criança,análise do crescimento e desenvolvimento com a utilização das Curvas de Crescimento e da Ficha de Marcos do Desenvolvimento preconizadas pelo Ministério da Saúde. A partir de toda a avaliação os diagnósticos e intervenções de Enfermagem foram elaborados de acordo com a necessidade da criança e da família bem como algumas orientações e posteriormente um novo agendamento para a avaliação das intervenções. Resultados: Até o momento foram atendidas 8 crianças, dessas mais da metade são do sexo masculino com faixa etária de 1 ano e 2 meses a 8 anos de idade. Uns dos diagnósticos mais encontrados foram: Risco de integridade da pele relacionada à mudança de turgor da pele, e Nutrição desequilibrada menos que as necessidades corporais relacionadas pela falta de interesse no alimento, e Risco de volume de líquidos deficiente por desvios que afetam a ingestão de líquidos. As intervenções propostas foram orientar a ingestão de líquidos no mínimo 1500 ml por dia de água filtrada, orientar a oferta de alimentos durante o dia de forma criativa e colorida, estimular o uso de garrafa de água de livre demanda, e estimular o crescimento e desenvolvimento da criança. Considerações finais: A aplicação do Processo de Enfermagem por meio da implementação da SAE permite que o aluno de graduação em Enfermagem uma melhor avaliação de seu paciente e colaborar com o serviço de saúde no atendimento de políticas publicas voltada a atenção da saúde infantil. Porém há a necessidade de desenvolver novos estudos relacionados à promoção da saúde em crianças por meio das consultas de Enfermagem Pediátrica.

2277 CONSULTA PEDIÁTRICA NA GESTAÇÃO À NÍVEL DA ATENÇÃO BÁSICA EM UNIDADE ESCOLA
Ana Luiza Teles Novelleto, Judith Barroso Queiroz, Francicléia Santos Azevedo

CONSULTA PEDIÁTRICA NA GESTAÇÃO À NÍVEL DA ATENÇÃO BÁSICA EM UNIDADE ESCOLA

Autores: Ana Luiza Teles Novelleto, Judith Barroso Queiroz, Francicléia Santos Azevedo

Introdução: Um dos serviços preventivos prestados pelo pediatra incluem as consultas pediátricas pré-natais. Os objetivos principais da consulta são: estabelecer a relação médico-família, tirar as dúvidas da família, coletar informações básicas, aconselhar, informar, identificar e abordar assuntos primordiais do cuidado ao recém-nascido. Objetivo: Evidenciar a importância da consulta pediátrica no pré-natal e descrever o perfil das gestantes atendidas na unidade. Métodos: Estudo descritivo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) através do acompanhamento de 10 gestantes primigestas, fora da área de abrangência da UBS. As consultas pediátricas foram realizadas em conjunto, apoiada por residentes de pediatria e pelo internato de medicina, no período de 01/02/17 à 30/06/17. Os dados foram inseridos em planilhas do Excel e submetidos à análise descritiva. Resultados: A idade entre as gestantes foi entre 19 e 24 anos, procedentes da capital e interior do estado. Após o nascimento, observou-se 100% de adesão ao aleitamento exclusivo, com pega adequada e melhor empoderamento materno. Das 10 gestantes, três retornaram com seus bebês para puericultura na mesma unidade em que foram atendidas. As gestantes restantes mudaram de localidade ou retornaram para sua cidade natal. Conclusão: Apesar do número pequeno de gestantes avaliadas, observa-se que as gestantes e familiares seguem com mais segurança para a maternidade e, o maior benefício é para os bebês que ganham aleitamento materno exclusivo, além do vínculo já estabelecido com o pediatra e com a UBS, garantindo as consultas de puericultura adequadas. Evidências sugerem que o aconselhamento estruturalmente formalizado e padronizado, a orientação comportamental e o suporte à mãe durante a experiência de aleitamento aumentam suas taxas de iniciação e manutenção do aleitamento.  

2935 ASSISTÊNCIA HUMANIZADA REALIZADA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE SANTARÉM-PARÁ.
Erika Fonseca De Sousa, Irinéia De oliveira Simplicio, Mariane Santos Ferreira

ASSISTÊNCIA HUMANIZADA REALIZADA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE SANTARÉM-PARÁ.

Autores: Erika Fonseca De Sousa, Irinéia De oliveira Simplicio, Mariane Santos Ferreira

Apresentação:: A humanização da assistência é uma questão interpessoal de profissionais constantemente discutida e remetida à legislação, especificamente pelo Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar do Sistema Único de Saúde (PNHAH/SUS). O processo de humanização frisam características de benevolência, fraternidade, respeito, apatia e valorização da subjetividade particular de cada indivíduo, características indispensáveis para atuação na Unidade de Terapia IntensivaPediatrica (UTIP), setor responsável por clientes em estados críticos assistidos e monitorados constantemente. Diante da temática exposta o objetivo é relatar o processo de humanização da assistência prestada pela equipe de enfermagem no setor de UTIP com as crianças internadas e familiares acompanhantes em um hospital de referência segundo o proposto pelo PNHAH. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de uma pesquisa do tipo relato de experiência de abordagem qualitativa descritiva, observacional realizada na UTIP em um hospital público do município de Santarém-Pará, feita por acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, durante aula prática no período de três dias do mês de outubro de 2017. Resultados: As observações da ambientação do setor permitiram melhor esclarecimento do relacionamento entre profissionais, crianças e seu familiar acompanhante. Ao que concerne em assistência humanizada prestada pelos profissionais, destacou-se um bom relacionamento entre estes e as crianças e seus familiares, onde empregava-se nomes especiais de tratamento, além de conversas atrativas visando o bem-estar, preocupação com a dores e incômodos durante os procedimentos. Observou- se também o desenvolvimento de um afeto entre profissional, paciente e família, haja vista que, quase todos os dias essas pessoa estão juntas, o que estreita os laços entre ambas as partes. Por outro lado, percebe- se que não são todos os profissionais da enfermagem que são tolerantes e carinhosos com as crianças, muitos ainda deixam a desejar no que tange os diálogos entre a equipe do setor e familiares visitantes e até mesmo com o paciente. Além disso destaca- se o estresse de algumas crianças por estarem consciente em um ambiente estranho o que  implica em desconforto, choro continuo e consequentemente o estrese do familiar acompanhante e do profissional cuidador. Considerações finais: O estudo mostrou ainda que o despreparo profissional para lidar com a clínica ampliada de seus clientes é o principal desafio para o processo de humanização, pois a assistência de uma patologia não remete apenas a aspectos biológicos, esta deve amparar também condições psicológicas, sociais e espirituais. Uma vez que, os menores estão em lugares desconhecidos o que ocasiona em estresse tanto para criança quanto para o familiar que esta acompanhando, como também para o profissional que muitas das vezes não sabe lidar com situações especificas de cada criança, demonstrando assim, intolerância para com os familiares e as crianças. Enfim, a assistência humanizada requer profissionais capacitados que se comprometa com bem estar físico, mental, espiritual e social da criança. 

3798 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Greice Nivea Viana dos Santos, Greice Nara Viana dos Santos, Andréa Ferreira Goes, Ingrid da Silva Leite, Vanessa Correia Ribeiro

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Autores: Greice Nivea Viana dos Santos, Greice Nara Viana dos Santos, Andréa Ferreira Goes, Ingrid da Silva Leite, Vanessa Correia Ribeiro

Introdução: O programa crescimento e desenvolvimento infantil faz parte da avaliação integral à saúde da criança de zero a cinco anos de idade. O enfermeiro assume um papel importante dentro do programa de acompanhamento infantil realizando a assistência necessária, centrada no marco do desenvolvimento infantil nas doenças predominante da infância e em queixas relatada pela mãe ou acompanhante da criança. Objetivo: Este trabalho tem como principal objetivo identificar a importância do enfermeiro dentro da assistência à saúde infantil no programa crescimento e desenvolvimento. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura com enfoque descritivo onde se buscou informações sobre o tema em diversos artigos científicos encontrados nas bases de dados Scielo, Lilacs, Medline e Pubmed, trabalhos estes referentes ao ano de 2010 a 2016. Este estudo baseou-se em três artigos científicos de autoria, de Saporalli e Adami, Lima e colaboradores e Oliveira e Cadete, que tinham em sua temática a atuação do profissional enfermeiro na saúde da criança. Resultado: Nesta revisão ficou evidente que ainda há falhas referente ao acompanhamento do desenvolvimento e crescimento de crianças, referente a conduta do profissional, principalmente na falta de registros na caderneta da criança, tendo como consequência o difícil acompanhamento desses menores no programa, além disso a falta de infraestrutura nas Unidades Básicas de saúdes também proporciona um difícil atendimento. Conclusão: Assim verificamos na literatura que para um bom desempenho do programa crescimento e desenvolvimento infantil nas unidades básicas de Saúde é necessário que haja uma infraestrutura apropriada para o acolhimento adequado da criança e seus familiares, oferecer uma consulta de enfermagem com profissional qualificado, com um atendimento proporcional as suas necessidades, com diálogos e orientação quanto aos cuidados da criança.

3025 POTENCIALIDADES E DIFICULDADES NA CONSULTA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Erika Fonseca De Sousa, Mariane Santos Ferreira, Mariane Santos Ferreira, Irinéia de oliveira Simplicio, Irinéia de oliveira Simplicio

POTENCIALIDADES E DIFICULDADES NA CONSULTA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Erika Fonseca De Sousa, Mariane Santos Ferreira, Mariane Santos Ferreira, Irinéia de oliveira Simplicio, Irinéia de oliveira Simplicio

Apresentação: A reforma psiquiátrica brasileira foi um movimento histórico de caráter político, social e econômico, influenciado pela ideologia de grupos dominantes, que permitiu um olhar diferenciado aos pacientes psiquiátricos e a construção de um novo modelo de assistência à saúde mental seguida na atualidade. Esse novo modelo, passou a ser constituído por meio da criação de uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial de base comunitária, dentro deste cenário de atenção psicossocial temos os centros de atenção psicossocial (CAPS), que é um serviço ofertado para desenvolver a desospitalização do paciente, e realizar atividades que estão de acordo com os princípios da reforma psiquiátrica. A partir dessa nova politica, a assistência realizada nos CAPS parece seguir novos caminhos, não seguindo apenas normas e rotinas, mas, construindo novos cenários, tornando-se o campo mais real a ser conquistado. Logo, o convívio diário, o diálogo e a escuta têm sido importantes na assistência realizada pela enfermagem, porquanto ouvir é um acontecimento fisiológico e escutar requer uma disposição interna de abrigar.  A consulta de enfermagem em saúde mental é uma grande ferramenta para a execução do cuidar, além de proporcionar subsídios históricos, compartilhamentos de saberes e um relacionamento interpessoal com a pessoa que está em sofrimento e a sua família. De acordo com a Teoria de Peplau, a consulta de enfermagem deve ser composta por 4 fases que são: orientação, identificação, exploração e resolução. Esta teoria tem por objetivo promover à inclusão social e o resgate da cidadania as pessoas com transtorno mental, reinserindo esses indivíduos em suas famílias e na sociedade através da atuação do profissional de enfermagem. A partir da criação de novos campos de trabalho, nos CAPS, o enfermeiro se viu responsável por uma assistência holística, inovadora, promissora e humanizada em suas praticas diárias requerendo responsabilidade e compromisso efetivo com o paciente e a família, evocando sempre o modelo de atenção psicossocial.  Diante dessa temática o objetivo do trabalho é relatar a experiência de  UMA acadêmica de enfermagem do nono semestre de enfermagem de uma instituição Pública de Ensino Superior sobre a observação da consulta de enfermagem em saúde mental no que tange as potencialidades e dificuldades encontradas. Desenvolvimento do trabalho: Trata- se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, realizada pela acadêmica do nono semestre de enfermagem a partir da observação da consulta de enfermagem ocorrida no período de 10/ 04/ 2017 a 08/ 05/ 2017 em um centro de atenção psicossocial (CAPS) do município de Santarém-PA. Resultados e/ou impactos: No dia 10/04/2017 a acadêmica de enfermagem foi convidada pela preceptora para a sala de atendimento de enfermagem, para que a mesma pudesse corroborar ensinando como deveria ser realizada a consulta de enfermagem em saúde mental. No entanto, a acadêmica demonstrou insegurança por se tratar de pacientes psiquiátricos, pois esses pacientes podem simpatizar ou não com o profissional colaborador. Por outro lado, a acadêmica começou a conhecer primeiramente a realidade dos pacientes com transtorno mental através da consulta de enfermagem direcionada pela preceptora, com intuito de familiarizar a acadêmica com a rotina do setor, sabendo que são diversificadas as consultas relacionadas aos transtornos mentais. A partir de então, a acadêmica teve a oportunidade de realizar a tão esperada consulta, que a princípio apresentava-se complexa e insegura, pois cada paciente pode reagir de forma diferente, alguns tranquilos e outros agressivos, e isto dificultava a consulta, pois, não se sabe qual seria o comportamento do paciente naquele determinado momento. No dia 19/04/2017 foi realizada uma consulta com uma paciente esquizofrênica que estava em crise, chegou ao CAPS muito mal e batendo em todos que se aproximavam. Porém, quando uma integrante da equipe dos acadêmicos  que estavam naquele local se aproximou da paciente, a mesma se manteve calma sem esboçar nenhum sinal de agressão, então se pode afirmar a paciente que a acadêmica só queria ajuda-la, partir daí, conversamos em um espaço reservado a respeito do que tinha ocorrido, pois a mesma se apresentava machucada com escoriações e hematomas espalhados em seu rosto e em alguns locais do seu corpo, após a realização da escuta terapêutica, foi realizada administração de medicamentos, limpeza dos ferimentos, e encaminhamos a mesma para realização do banho de aspersão, em seguida oferecemos alimentação e repouso no setor do CAPS, já que a mesma estava apresentando episódios de delírios e alucinação. Após recuperação da crise, essa paciente foi levada para sua residência a qual ficou sobre os cuidados de sua mãe e da equipe. Diante do exposto, percebeu-se que as principais dificuldades encontradas durante a consulta de enfermagem foi a falta de medicamento específicos para cada transtorno, ausência de capacitação da equipe atuante nessa área da saúde mental, bem como, a carência da participação da família no tratamento dos pacientes psiquiátricos, além da não colaboração do paciente em aderir corretamente o tratamento. CONCLUSÃO: A experiência vivenciada com pacientes portadores de doenças mentais foi de grande valia para o desenvolvimento da vida profissional da acadêmica do curso de enfermagem, pois, o acompanhamento e a realização da consulta de enfermagem a esses pacientes, proporcionou a reflexão das dificuldades e potencialidades nas consultas de enfermagem em saúde mental, além de favorecer a aprendizagem de técnicas ou condutas necessárias para pacientes psiquiátricos em crise ou não. Contudo, para realizar uma assistência de qualidade a esses pacientes, é necessário que haja, comprometimento da equipe profissional e familiares com o bem-estar físico, mental e espiritual do paciente. Para isso, tem-se a necessidade de conscientização por parte, tanto da família quanto do paciente em aderir o tratamento de forma correta, uma vez que, o tratamento é um fator determinante e fundamental para o êxito ou falência da terapêutica aplicada. Vale ressaltar que uma equipe de profissionais de saúde qualificada inserida no programa faz a diferença, visto que, esses profissionais estariam comprometidos com a saúde mental e capacitados para fornecer subsídios e orientações necessárias para o sucesso da atuação da família no tratamento e reabilitação psicossocial do portador de transtorno mental. Pois a família é um dos pontos fundamentais para o êxito do tratamento.

1770 APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM BASEADO NA TEORIA DE WANDA HORTA: ESTUDO DE CASO COM UMA CRIANÇA HOSPITALIZADA
BRUNA HELLEN VAZ PIRES, CÍNTIA FREITAS CASIMIRO

APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM BASEADO NA TEORIA DE WANDA HORTA: ESTUDO DE CASO COM UMA CRIANÇA HOSPITALIZADA

Autores: BRUNA HELLEN VAZ PIRES, CÍNTIA FREITAS CASIMIRO

Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, onde buscou-se sistematizar a assistência de enfermagem com enfoque na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, a uma criança com diagnostico médico de encefalopatia, desenvolvido durante as atividades práticas do módulo Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente, em um hospital da cidade de Boa Vista. Os dados foram obtidos respeitando os princípios éticos, com a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelo responsável. As informações foram coletadas através da anamnese e exame físico de enfermagem que possibilitou identificar os problemas e as necessidades do cliente, para em seguida elaborar os diagnósticos da NANDA e intervenções da NIC. A partir dos dados obtidos do paciente, foram levantadas suas necessidades básicas, possibilitando detectar onze diagnósticos de enfermagem: Risco de integridade da pele prejudicada evidenciada por imobilidade física, risco de úlcera por pressão conforme evidenciado por alteração na função cognitiva, risco de aspiração conforme evidenciado por alimentação enteral, paternidade prejudicada conforme evidenciado por relato de abandono, isolamento social conforme evidenciado por fatores que impactam nos relacionamentos pessoais satisfatórios (atraso no desenvolvimento), risco de volume de líquidos deficiente evidenciado por agentes farmacológicos, insônia relacionada por estado de saúde comprometido conforme evidenciada por agentes farmacológicos, insônia relacionada á alteração no padrão do sono evidenciado por cochilos frequentes durante o dia, risco de infecção evidenciada por procedimento invasivo, conforto prejudicado relacionado aos sintomas relativos à doença conforme evidenciado por irritabilidade e motilidade gastrintestinal disfuncional relacionada à alimentação enteral conforme evidenciada por vômito. Com isso destaca-se a aplicabilidade do processo de enfermagem baseado em Wanda Horta e a importância dos diagnósticos de enfermagem na prestação dos cuidados ao cliente, visto que norteia as ações da equipe e contribui para um atendimento individualizado e humanizado, com foco nas peculiaridades de cada paciente, bem como reforça a eficiência do trabalho de enfermagem.

417 Vigilância do crescimento nas consultas de puericultura realizadas por enfermeiros da Estratégia Saúde da Família em dois municípios do Estado da Paraíba, Brasil
Dixis Figueroa Pedraza

Vigilância do crescimento nas consultas de puericultura realizadas por enfermeiros da Estratégia Saúde da Família em dois municípios do Estado da Paraíba, Brasil

Autores: Dixis Figueroa Pedraza

APRESENTAÇÃO: Como ação básica de saúde, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento destaca-se por oportunizar ao profissional de saúde a análise integrada e preditiva da saúde da criança, com vista à resolutividade da promoção da saúde. Apesar de o nutricionista ser o profissional habilitado para trabalhar os problemas de alimentação e nutrição, as ações dessa temática são desenvolvidas, principalmente, por enfermeiros, os quais carecem da devida preparação para esses fins. OBJETIVO: Avaliar as ações de vigilância do crescimento durante as consultas de puericultura desenvolvidas por enfermeiros comparando equipes da Estratégia Saúde da Família de dois municípios do estado da Paraíba (um com nutricionistas formando parte das equipes de saúde e o outro não). METODOLOGIA: Estudo quase-experimental que analisou-se o processo de trabalho direcionado à vigilância do crescimento por enfermeiros. Em cada município, os enfermeiros de nove equipes sorteadas aleatoriamente participaram da pesquisa. As informações foram coletadas por meio da observação de 119 consultas de puericultura. Utilizou-se um formulário específico para anotar os procedimentos adotados com alternativas de respostas “sim” e “não”. Em relação ao peso, estatura e perímetro cefálico, observaram-se as seguintes práticas: tomada das medidas, registro das medidas no prontuário, registro das medidas nos gráficos correspondentes da Caderneta de Saúde da Criança, orientações baseadas nas medidas registradas e orientações baseadas na trajetória do crescimento. Os municípios foram comparados para analisar diferenças nas práticas dos enfermeiros. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, protocolo 19689613.3.0000.5187. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Destacaram-se deficiências importantes, sobretudo nos registros das medidas antropométricas e nas orientações direcionadas às mães. As orientações baseadas na trajetória do crescimento tiveram altas frequências de inadequação nos dois municípios, o que justificou a ausência de diferença estatística entre os mesmos. Os registros dos dados antropométricos e as orientações derivadas foram práticas mais adotadas pelos enfermeiros do município em que o nutricionista forma parte das equipes de saúde. CONSIDERAÇÔES FINAIS: Apesar de a vigilância do crescimento constituir um dos pilares da atenção básica à saúde da criança, a ação é uma prática ainda não consolidada na atuação dos enfermeiros. Tal resultado chama a atenção para a necessidade de capacitação, de revisão dos processos de trabalho e de integrar às equipes de saúde profissionais que gerem correponsabilização necessária pelo trabalho dessa temática. Tais pressupostos são essenciais para que a vigilância do crescimento possa contribuir na continuidade, integralidade e qualidade do cuidado à saúde da criança no contexto da Estratégia Saúde da Família.

1607 PRÁTICAS DE PUERICULTURA COM COMUNIDADE DE HAITIANOS NO SUL DO BRASIL: DESAFIOS E SUPERAÇÃO
Ingrid Pujol Hanzen, Ana Paula Lopes da Rosa, Denise Antunes de Azambuja Zocche, Elisangela Argenta Zanatta

PRÁTICAS DE PUERICULTURA COM COMUNIDADE DE HAITIANOS NO SUL DO BRASIL: DESAFIOS E SUPERAÇÃO

Autores: Ingrid Pujol Hanzen, Ana Paula Lopes da Rosa, Denise Antunes de Azambuja Zocche, Elisangela Argenta Zanatta

Apresentação: com a globalização o processo de imigração está cada vez mais acentuado devido a busca de estrangeiros por melhores condições de vida, acesso a moradia, trabalho, fuga da pobreza e fome. No cenário nacional observa-se nos últimos anos um processo imigratório intenso de pessoas vindas de diferentes países. Na região oeste de Santa Catarina, especialmente no município de Chapecó, esses movimentos migratórios são bastante perceptíveis. O município de Chapecó é caracterizado por um acentuado desenvolvimento econômico devido a presença de agroindústrias. Estrangeiros, principalmente de origem haitiana, migram para essa cidade em busca de trabalho, moradia e melhores condições de vida e saúde. Ao estabelecerem-se aqui passam a ter o acesso a diversos serviços de saúde, programas sociais, educação, dentre outros. Nesse contexto, destaca-se o acesso ao Sistema Único de Saúde, que tem como principal porta de entrada a Atenção Primária a Saúde (APS). A possibilidade de uma vida mais digna faz com que esses indivíduos fixem moradia na cidade, e consequentemente expandam suas famílias. Neste sentido, a atenção a saúde destas crianças nascidas no Brasil requer uma implicação maior dos profissionais da saúde no sentido de acolher sua cultura e práticas de cuidados maternos e paternos. Considerando que é de responsabilidade da APS prover atendimento a essas famílias, durante seu ciclo de vida, entende-se que o profissional enfermeiro tem papel relevante no atendimento a essas crianças por meio da consulta de enfermagem, contudo para que essa seja efetivada de maneira satisfatória e resolutiva é fundamental ter uma visão holística que valorize a interculturalidade. A consulta de enfermagem a criança ou puericultura é uma das formas de promover o acesso a crianças de origem haitiana aos serviços de saúde, respeitando as diferenças culturais e buscando estabelecer vínculo com a unidade de saúde. O objetivo desse relato de experiência é elencar as dificuldades encontradas na consulta de puericultura à criança haitiana. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência acerca do atendimento a crianças de origem haitiana e nascidas no Brasil, no contexto da puericultura realizado por enfermeiras de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Chapecó. A consulta de puericultura na UBS é previamente agendada e realizada com criança de zero a dois anos de idade pelo médico e enfermeiro de maneira alternada. O médico atende nesse período cerca de oito vezes a criança e o enfermeiro realiza nove atendimentos, após os dois anos é orientado que seja marcada, pelo menos, uma consulta de rotina ao ano. Resultados e/ou impactos: Com o aumento da imigração houve crescente número de gestantes estrangeiras e consequentemente de nascimento de crianças naturalizadas no país. Como qualquer cidadão, essas crianças são inseridas no sistema de saúde, via consultas de puericultura da unidade de saúde desde o nascimento e são acompanhadas durante seu crescimento e desenvolvimento. Em relação a esses atendimentos foram percebidos alguns nós críticos que permeiam o atendimento dessas crianças como o alto índice de faltas nas consultas, comunicação ineficaz com os pais ou cuidadores, desconhecimento da cultura e valores haitianos por parte dos profissionais. Ao perceber o alto índice de faltas buscou-se explicar aos pais e/ou responsáveis pela criança, a importância da puericultura, porém observou-se pouca compreensão deles quanto a necessidade e benefícios desse acompanhamento regular, além disso, muitas crianças não eram trazidas pelos pais e sim por vizinhos e amigos, situação que aumentou a dificuldade de comprometimento com a procura pela consulta. A partir dessa dificuldade buscou-se intensificar o atendimento das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) que passaram a realizar busca ativa dos faltosos e entregar pessoalmente os agendamentos, ou seja, outros haitianos que, porém, mesmo assim, manteve-se o alto índice de absenteísmo nas consultas de rotina. Em relação a essa situação percebe-se que existe, por parte dos pais, uma concepção de que a unidade de saúde deve ser frequentada quando existe alguma doença em andamento ou para vacinação e não como um momento de avaliar o crescimento e desenvolvimento dessas crianças, prestar orientações com vistas a promoção da saúde e estabelecimento de vínculos entre a família e profissionais de saúde. O nó crítico referente a comunicação relaciona-se a dificuldade de orientações, pois não existe domínio da língua portuguesa pelos haitianos e da língua falada por eles (crioulo haitiano ou francês) pelos profissionais. O enfermeiro no momento da consulta da criança nem sempre consegue ter compreensão do estado de saúde da criança a partir das informações trazidas pelos pais, por isso a avaliação fica limitada ao exame físico. Durante a consulta nem sempre se tem o entendimento real das necessidades da criança, sendo que os profissionais acabam tendo uma compreensão que talvez não seja a real, apenas baseada em sinais e tentativas de compreender o que os pais relatam. A comunicação eficaz é essencial para um atendimento resolutivo e de qualidade, garantindo que seja agregada importância da realização das puericulturas no cotidiano do usuário. Como terceiro nó crítico destaca-se as diferenças culturais que, muitas vezes, não conseguimos incorporar nos planos de cuidados. A cultura haitiana difere da brasileira em alguns pontos como, por exemplo: a presença paterna nas consultas, pois na sua cultura o homem tem maior responsabilidade com os filhos, não cabendo só a mulher acompanhar o atendimento de saúde. Diferenças de hábitos alimentares também são perceptíveis, porém existe abertura para negociação entre o enfermeiro e o paciente, nesse caso os pais da criança em atendimento. Na alimentação é perceptível que devido a alguns desses indivíduos terem passado fome e restrições alimentares, eles tentam fornecer o máximo de alimentos aos seus filhos. A prática do aleitamento materno exclusivo se torna de difícil convencimento, pois estes querem incluir desde tenra idade todos os tipos de alimentos. Cuidados de saúde em geral, práticas de higiene e até religiosas refletem algumas diferenças culturais e do modo de viver, sendo necessário adaptar-se e compreender a forma de pensar e viver dos pais dessa criança. Considerações finais: As diferenças culturais devem ser incorporadas como dispositivos de fortalecimento do vínculo com os profissionais e serviços, para que possam ser úteis para manter as crianças frequentando a UBS, diminuindo assim o índice de absenteísmo. Um dos pontos relevantes nesse processo é a adequação de uma comunicação eficaz, em que o profissional e família possam ter um entendimento completo das necessidades. Para isso devem ser pensadas novas estratégias de abordagem para que a população haitiana tenha um atendimento resolutivo e mais próximo da sua cultura de origem. O enfermeiro como profissional que realiza as consultas de rotina da criança deve ter um olhar diferenciando, que alcance as diferentes individualidades e referencias culturais.

726 DIFICULDADES E DESAFIOS ENCONTRADOS POR FAMILIARES DE PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DIAGNÓSTICO DE NEUROMIOPATIA FLÁCIDA CONGÊNITA
Lília Maria Nobre Mendonça de Aguiar, Gilderlan Honório Pereira, Ruth Sabrina Miranda, Paloma Rodrigues de Sousa

DIFICULDADES E DESAFIOS ENCONTRADOS POR FAMILIARES DE PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DIAGNÓSTICO DE NEUROMIOPATIA FLÁCIDA CONGÊNITA

Autores: Lília Maria Nobre Mendonça de Aguiar, Gilderlan Honório Pereira, Ruth Sabrina Miranda, Paloma Rodrigues de Sousa

INTRODUÇÃO: As doenças neuromusculares infantis são crônicas, degenerativas e determinam alterações funcionais, musculares e nutricionais. São variadas e caracterizam-se, geralmente, por distúrbios isolados raros, hereditários ou adquiridos, os quais levam à incapacidade física por perda de força. São causadas primariamente pelo envolvimento da unidade motora e frequentemente determinam a perda da deambulação, relacionada à diminuição da força dos músculos respiratórios que leva à morte por insuficiência respiratória. Tal afirmação justifica a importância de vivenciar o que acompanhantes das crianças, por exemplo, com a patologia, enfrenta no cuidado e atenção, já que a patologia reforça a necessidade de um cuidado integral à criança e que acomete como um todo a vida não só do doente como da família, que lida diariamente com diversas situações OBJETIVO: identificar e descrever as principais dificuldades e desafios encontrados por familiares na atenção e cuidado de pacientes pediátricos com diagnóstico de neuromiopatia flácida congênita.  METODOLOGIA: estudo de caráter descritivo e natureza bibliográfica a partir de artigos indexados, localizados na base de dados da Scientific Eletronic Library Online (SciElo), a partir de 2000 a 2017. RESULTADOS: no que diz respeito às dificuldades encontradas: a falta de privacidade e privação de sono, além disso,  insegurança e despreparo para assistir os procedimentos realizados rotineiramente. Como desafios é nítido o esforço para manter os laços familiares firmes, suportar a carga de estresse imposta por essa situação, passar segurança e serenidade para as crianças, se adaptar ao ambiente, lidar com o prognóstico da patologia dos filhos, cuidados e higiene pessoais, aceitar a rotina de procedimentos hospitalares, privação de convívio social extra-hospitalar. CONCLUSÃO: através do levantamento a cerca da abordagem pesquisada, conclui-se que esta patologia exige um alto grau de cuidados integrais cotidianos por parte das mães que lidam com algumas dificuldades onde conseguem uma aceitação, porém os desafios descrito na pesquisa impõe uma sobrecarga psicológica quanto a rotina sobreposta à elas. De uma forma geral, durante a pesquisa, observou-se a necessidade de acompanhamento psicológico e ações voltadas para o bem estar social e mental dos cuidadores.