126: Na educação fazemos a roda da vida girar: teoria e prática
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 03 - Cacimba    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
516 DIFICULDADES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA: um relato de experiência com hipertensos cadastrados em uma unidade básica de saúde no Município de Santarém-PA
Inglith Rodrigues de Lima, Eliane dos Santos Campos, Nilce da Silva Baltazar, Josiane de Sousa Oliveira, Fernanda Tabita Zeidan de Souza, Rogéria da Silva Farias

DIFICULDADES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA: um relato de experiência com hipertensos cadastrados em uma unidade básica de saúde no Município de Santarém-PA

Autores: Inglith Rodrigues de Lima, Eliane dos Santos Campos, Nilce da Silva Baltazar, Josiane de Sousa Oliveira, Fernanda Tabita Zeidan de Souza, Rogéria da Silva Farias

O presente estudo tem como caráter um relato de experiência, concretizado por meio do Estágio Básico de Saúde II do curso de Psicologia, sendo esta parte integrante da grade curricular do mesmo, tendo como enfoque o grupo de idosos hipertensos, usuários de uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Santarém-PA. Para tanto, o uso dos medicamentos em hipertensos é de fundamental importância, visto que, o mesmo torna-se um recurso imprescindível na busca pela saúde e bem-estar do sujeito. O estudo tem o objetivo de compreender as dificuldades vivenciadas pelo grupo de idosos acerca da adesão ao uso medicamentoso em um grupo de hiperdia de uma Unidade Básica de Saúde. Com isso, realizaram-se três encontros com o grupo, utilizando-se de métodos como palestras de caráter psicoeducativo, enfocando a importância de aderir ao tratamento medicamentoso como um aliado à qualidade de vida, bem como com dinâmicas grupais voltadas para a temática abordada, visando contribuir para a busca do bem-estar. Diante dos relatos trazidos pelos idosos, a partir de suas vivências, a aceitação do diagnóstico de hipertensão torna-se um desafio, ocasionando, muitas vezes, a não adesão ao uso do medicamento, ressaltando-se que este deve ser feito com o acompanhamento não apenas da equipe técnica de atenção básica a saúde, como também da família e/ou cuidadores desse sujeito. Percebeu-se a necessidade de ampliar as discussões voltada para a psicoeducação, referente as temáticas que envolvem a adesão medicamentosa, no que concerne à mudança de hábitos, como alimentação, atividades de vida diária, transformações nas vivências, necessidades físicas e psicológicas a partir de um diagnóstico de hipertensão, com enfoque na sensibilização do usuário para a compreensão e convívio com a doença.

702 Grupo educativo: Abordagem multiprofissional no controle da Diabetes Mellitus
Evelyn Ferreira Rebello, Heloísa de Abreu Rocha, Mariana da Rocha Marins

Grupo educativo: Abordagem multiprofissional no controle da Diabetes Mellitus

Autores: Evelyn Ferreira Rebello, Heloísa de Abreu Rocha, Mariana da Rocha Marins

Este trabalho relata a experiência multiprofissional em um grupo educativo de pacientes com diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo II, tendo como objetivo descrever sua criação, vantagens e desvantagens na Estratégia Saúde da Família do Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga, no Rio de Janeiro. O grupo foi formado a partir da observação de que, mesmo com o acompanhamento adequado, segundo o protocolo de diabetes do Município, um grande número de pacientes não aderiam ao tratamento e permaneciam com alterações significativas nas taxas glicêmicas. Esta questão foi apresentada pela médica e enfermeira, em reuniões da equipe Bom Menino, e discutida com a nutricionista do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). Descrição da experiência: Os profissionais supracitados elaboraram uma estrutura de grupo educativo que almejava promover o auto-cuidado e o envolvimento familiar, para melhoria do controle glicêmico destes usuários assistidos. O grupo intitulado “Doçura” começou as suas atividades em 2015, com dois encontros mensais, número restrito de quarenta e cinco inscritos, e a cada novo grupo, outros usuários poderiam participar e relatar suas dificuldades no manejo da diabetes. Foi estabelecida uma duração de quatro meses, visto que os temas eram interligados de maneira progressiva. A definição dos assuntos abordados ocorreu de acordo com a vivência clínica dos profissionais envolvidos, durante os atendimentos aos usuários desta unidade. Sendo assim, com o desenvolvimento do grupo observou-se a demanda dos usuários em relação a outras temáticas e participação de mais profissionais, como trabalhadores da saúde bucal, fisioterapeuta e educador físico e agente comunitários de saúde. Além da adesão dos usuários, a participação dos familiares contribui para melhoria do manejo clínico e estreitamento de vínculo com a unidade de saúde, profissionais e outros integrantes do grupo. Concluímos que o grupo Doçura está em constante processo de evolução e participação ativa dos profissionais de saúde e usuários.

902 PRÁTICAS ACADÊMICAS E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HERPES ZOSTER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
RAYSSA DE CÁSSIA MAUÉS DOS SANTOS, CAMILA MENEZES DA SILVA, ANA SOFIA RESQUE GONÇALVES

PRÁTICAS ACADÊMICAS E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HERPES ZOSTER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: RAYSSA DE CÁSSIA MAUÉS DOS SANTOS, CAMILA MENEZES DA SILVA, ANA SOFIA RESQUE GONÇALVES

Apresentação: O Herpes Zoster é uma infecção causada pelo vírus varicela zoster, sendo este, o mesmo causador da catapora ou varicela. Surge em decorrência da reativação do vírus nos nervos cranianos e nos gânglios das raízes espinhais dorsais, geralmente anos ou décadas após a infecção primária. A infecção por Herpes Zoster é uma das mais comuns no mundo. Os casos são mais comuns em pessoas com o sistema imunológico prejudicado, como os portadores do vírus HIV e pessoas com idade avançada. No Brasil, segundo estudo epidemiológico realizado, aproximadamente 95% dos adultos já foram expostos ao vírus varicela zoster. Quanto ao aspecto clínico, a herpes zoster caracteriza-se como uma doença viral autolimitada, com ciclo evolutivo de aproximadamente 15 dias, que atinge homens e mulheres em idade adulta. A infecção causa lesões cutâneas precedidas por dores e ardor no local das mesmas. O local de aparecimento das lesões está relacionado à região de ação dos nervos periféricos dos quais o vírus permaneceu latente em suas raízes. Em razão disso, as lesões se apresentam unilateralmente distribuídas. A dor relacionada às lesões é denominada de neuralgia pós-herpética e surge em decorrência de inflamação do nervo afetado pela infecção. Quando não ocorre infecção secundária, as lesões tendem a secar e formar crostas que serão liberadas gradativamente, deixando discretas manchas que posteriormente desaparecerão. O diagnóstico é realizado de duas formas: As provas laboratoriais são: detecção de anticorpos contra o antígeno de membrana (FAMA), ensaio imunossorvente ligado a enzima (ELISA) e a imuno-hemaglutinação por aderência. Na forma diferencial, o diagnóstico é feito considerando-se a forma e o padrão das lesões em um dermátomo específico associados a exames de coloração e fluorescência de raspados da pele com anticorpos monoclonais. No caso da paciente em analise neste trabalho, o diagnóstico foi confirmado utilizando exames de virologia laboratoriais. O tratamento do Herpes Zoster é realizado com o objetivo de evitar infecções secundárias, já que a mesma é involutiva, ou seja, tende a se auto extinguir com o passar dos dias e, também, minimizar as dores causadas pelas lesões cutâneas agudas e prevenir a neuralgia pós-herpética. Para tanto, são utilizados agentes antivirais, como o Aciclovir, Valaciclovir e Fanciclovir. Não existem tratamentos que revertam os danos causados pelo vírus, apenas existe tratamento para aliviar a dor. A melhor maneira de prevenir a Herpes Zoster é através de vacinação. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) tem papel fundamental no processo de cuidado de enfermagem ao paciente herpético. A SAE corresponde aos mecanismos que organizam o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentação, tornando possível a operacionalização do processo de enfermagem. No trato do Herpes Zoster, o profissional da enfermagem deve atuar de forma a minimizar o desconforto causado pela enfermidade no paciente juntamente a medidas de precaução padrão com o intuito de resguardar sua integridade física e do paciente. Desta forma, este trabalho tem o objetivo de relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará, utilizando princípios da SAE em uma paciente com Herpes Zoster e os procedimentos utilizados nessa prática, referindo-se à inter relação da sistematização da assistência com a humanização do cuidado no que diz respeito a esta patologia. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular enfermagem em Doenças Transmissíveis, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará. O local do estudo foi o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), referência em doenças infectocontagiosas e parasitárias em Belém do Pará, realizada no mês de Janeiro de 2017. Para desenvolver o relato de experiência, aplicou-se o processo de enfermagem, onde os dados coletados foram analisados e posteriormente foram identificados os diagnósticos de enfermagem, implementadas as intervenções de enfermagem necessárias e verificados os resultados esperados, utilizando a taxonomia da NANDA, NIC e NOC. A paciente foi selecionada de forma aleatória para o estudo. Ao primeiro contato, foram coletadas as informações sobre o seu estado atual, esta se apresentava consciente, orientada, com episódios de dores crônicas e lesões cutâneas unilaterais na região inferior da perna direita, diminuição da sensibilidade, força e contratilidade muscular no referido membro, a paciente estava restrita ao leito, pois não conseguia deambular devido as fortes dores. Posteriormente consultamos o prontuário, para identificar o histórico da paciente, condições de chegada, motivo da internação, tratamento realizado e evolução do quadro clinico. Resultados: Após análise dos dados e problemas apresentados, foram traçados os seguintes diagnósticos de enfermagem: Integridade da Pele Prejudicada, relacionada às lesões em MMII; Deambulação Prejudicada, relacionada à força muscular insuficiente e dor; Dor Aguda, relacionada a agentes lesivos físicos, manifestada por evidência observada de dor. Espera-se atingir os seguintes resultados: Controle da doença; integridade da pele dentro da normalidade; diminuir riscos de infecção; diminuição da dor; manter a sensibilidade preservada, restabelecimento do conforto, e voltar a realizar os movimentos corporais normalmente. Para obter tais resultados, foram apontadas as seguintes intervenções: Observar sinais e sintomas de infecção; hidratar a pele quando necessário; observar e registrar possíveis alterações nas extremidades inferiores; observar alterações na pele. Ajudar a deambulação; encaminhar para o serviço de fisioterapia; encorajar a deambulação independente, dentro dos limites seguros. Realizar uma avaliação completa da dor, incluindo local, características, início/duração, frequência, qualidade, intensidade e gravidade, investigar os fatores que aliviam/pioram a dor, administrar analgésicos, quando prescritos. Considerações finais: O presente estudo teve como objetivo fornecer a base teórica e prática aos acadêmicos de enfermagem dos procedimentos aplicados no tratamento de doenças infectocontagiosas e mais especificamente, do Herpes Zoster. A aplicação dos princípios da SAE mostrou-se fundamental para uma melhor abordagem e atendimento do paciente acometido com esta enfermidade e o quanto ela auxilia no reestabelecimento das necessidades humanas básicas. O envolvimento e determinação da equipe, como um todo, bem como a estrutura fornecida pela instituição foram decisivos para o andamento desta atividade, e a experiência vivenciada, de caráter decisivo para formação de futuros profissionais da enfermagem. Foi perceptível durante o acompanhamento do caso a importância do enfermeiro nos diversos processos de assistência prestados, e o quanto a SAE auxilia no reestabelecimento das necessidades humanas básicas afetadas e na prevenção de agravos à saúde, além de possibilitar a prestação de um cuidado humanizado.

1713 AS DIFICULDADES NO CUIDADO COM O PACIENTE OBESO EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DE BELÉM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mônica de Cássia Pnheiro Costa, Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Claudiane Santana Silveira Amorim, Carla Costa da Silva, Victória Karolina Santos Santana, Ruth Carolina Leão Costa, Sávio Felipe Dias Santos

AS DIFICULDADES NO CUIDADO COM O PACIENTE OBESO EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DE BELÉM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Mônica de Cássia Pnheiro Costa, Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Claudiane Santana Silveira Amorim, Carla Costa da Silva, Victória Karolina Santos Santana, Ruth Carolina Leão Costa, Sávio Felipe Dias Santos

Introdução: Hoje em dia devido o estilo de vida sedentário e o consumo cada vez maior de comidas rápidas e nada saudáveis, a obesidade passou a ser muito presente na sociedade, o que pode acarretar em vários problemas de saúde. Porém, percebe-se que os serviços de saúde, por vezes, não estão preparados para lidar com pacientes obesos mórbidos, principalmente quando se diz respeito aos profissionais e instrumentos adequados. Objetivos: Relatar as dificuldades encontradas no tratamento de paciente obeso inconsciente, não cooperativo. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência de um grupo de discentes do curso de graduação de enfermagem da Universidade do Estado do Pará, como parte das aulas práticas do componente curricular Enfermagem em Urgência e Emergência, em uma unidade de pronto atendimento de Belém do Pará, com um paciente com obesidade mórbida. Este paciente encontrava-se inconsciente, altamente debilitado, com grandes dificuldades de mobilidade e para realizar procedimentos com o mesmo, demandando um tempo maior e grande número de profissionais voltados apenas para esse paciente, uma vez que não se tinha instrumentos de cuidado específicos. Resultado: Foi observado a falta de preparo para lidar com esse perfil de paciente, relacionado tanto a profissionais quanto a materiais adequados, gerando grandes dificuldades para a prestação do serviço de saúde. Contudo, o cuidado com o paciente foi realizado, mesmo com todas os problemas encontrados, de forma a garantir o tratamento adequado ao paciente. Dessa forma, os resultados foram insatisfatórios, pois mesmo o cuidado sendo realizado, demandou bastante tempo, improvisos e muitos profissionais. Considerações finais: O cuidado com o paciente com obesidade mórbida encontra muitas dificuldades de ser executado, uma vez que há carência de materiais e falta preparo dos profissionais para lidar com esse perfil de paciente. Sendo relevante assim, trabalhos mais aprofundados acerca do tema e novas tecnologias para facilitar o cuidado com pacientes obesos.

2240 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÃO NA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO DO PARÁ NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM.
Cássia Fernanda Penha Lima, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Eulália Cecília Pantoja Ramos

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÃO NA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO DO PARÁ NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM.

Autores: Cássia Fernanda Penha Lima, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Eulália Cecília Pantoja Ramos

Apresentação: A manutenção da saúde e prevenção de algumas doenças deve ocorrer no início da vida do ser humano. Quanto mais cedo se iniciar o controle, menos chance de desenvolver doenças essa pessoa terá. Doenças como hipertensão arterial sistêmica, obesidade, diabetes podem e devem ser combatidas desde a infância, com o controle da alimentação, prática de atividades físicas e a redução do estresse. Há ainda doenças que atuam silenciosamente no organismo humano, e que são necessários exames para haver um  diagnóstico preciso. O vírus da imunodeficiência adquirida (HIV)  é um exemplo de patologia que pode atuar anos no organismo sem apresentar sintomas. O HIV é uma doença sexualmente transmissível que vem se disseminando pelo mundo com grande velocidade e junto a ela outras DST’s também são transmitidas, como a sífilis, hepatites, gonorréia, entre outras. Essa disseminação acelerada se dá porque as pessoas, principalmente os jovens, se recusam a usar preservativos durante as relações sexuais. Devido a isso, é de grande importância ações educativas e de identificação de pessoas que possuem essas doenças e não sabem, principalmente em adolescentes que se encontram em situação de sucetibilidade e vulnerabilidade. Desenvolvimento do trabalho: No dia 30 de novembro de 2017, ocorreu na FASEPA (Fundação de atendimento socioeducativo do Pará) no município de Santarém/Pará, uma ação desenvolvida por funcionários do órgão, juntamente a acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade estadual do Pará-Campus XII, com apoio da Secretaria de Saúde de Santarém. Foi ofertado aos menores infratores serviços básicos, como verificação de peso e altura, aferição de pressão arterial, medição de glicemia, dispensação de medicamento para protozoários, testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites. Havia ainda vacinação e atendimento médico. O objetivo dessas atividades foi o de verificar e proporcionar aos jovens a informação a respeito de seu estado de saúde. Resultados e/ou impactos: A atividade em saúde realizada na fundação foi diretamente impactante para os menores infratores. Vale ressaltar, que esse menores já recebem atendimento em saúde dentro da própria fundação. Esse tipo de intervenção propicia que esses adolescentes tenham de fato um atendimento de saúde voltados para todos, como objetiva o Sistema Único de Saúde – SUS. Além disso, conduz esse público a promoção e prevenção da saúde, possibilitando-os a uma integração a socidade. Considerações Finais: É muito relevante esse tipo de assitência de saúde para indivíduos considerados a margem da socidade. Para os acadêmicos, vivências como essa, os remete durante a academia, a ter uma visão de saúde para todos, sem preconceito e distinção. Já para os menores infratores, os permiti ter acesso a recursos utilizados por toda a comunidade. A inclusão e a saúde são peças essenciais na reinserção desses jovens no sistema social, cultural e de saúde.

2246 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PESSOA COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: um relato de experiência
Ana Carolina Almeida Ribeiro, Thaianny Cristina Sarmento Gomes, Yuka Gomes Nishikawa, Rennan Coelho Bastos, Marcilene da Silva Saraiva, Leticia Megumi Tsuchiya Masuda, Thayza Mirela Oliveira Amaral, Andreia Pessoa da Cruz

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PESSOA COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: um relato de experiência

Autores: Ana Carolina Almeida Ribeiro, Thaianny Cristina Sarmento Gomes, Yuka Gomes Nishikawa, Rennan Coelho Bastos, Marcilene da Silva Saraiva, Leticia Megumi Tsuchiya Masuda, Thayza Mirela Oliveira Amaral, Andreia Pessoa da Cruz

Apresentação: A insuficiência renal crônica (IRC) é definida como perda irreversível e progressiva da taxa de filtração glomerular. Diferente da Insuficiência Renal Aguda (IRA) que defini-se com a redução da função renal em horas e/ou dias, ocasionando uma diminuição do ritmo de filtração glomerular e volume urinário, ocorrendo também distúrbios no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. A IRC compromete funções renais de forma lenta, e irreversível, afetando os rins e suas funcionalidades, sendo necessários tratamentos de terapia renal substitutiva. Muitas são as causas para que a IRC aconteça, anteriormente a Glomerulonefrite foi considerada a causa mais comum de insuficiência renal, entretanto, a nefropatia diabética veio a ocupar o primeiro lugar, especialmente nos países desenvolvidos, seguido por nefroesclerose hipertensiva e em terceiro lugar ficou a glomerulonefrite Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), em 2015, mais de 1,5 milhões de pessoas estiveram em Terapia Renal Substitutiva, sendo 113 mil apenas no Brasil. Além disso, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas apresentam alguma disfunção renal. Ao redor do mundo, a incidência da doença cresce cerca de 10% ao ano. Se tratando a IRC um problema de saúde pública, o enfermeiro se vê a frente de um grande desafio ao sistematizar o cuidado ao paciente portador desta afecção. A IRC é uma doença com vários efeitos na vida do paciente e de difícil tratamento, com sérias implicações físicas, psicológicas e socioeconômicas, para o indivíduo e sua família. Alterando o cotidiano de quem a vivencia, a IRC vem sendo caracterizada também como um problema social interferindo no papel que esse indivíduo realiza na sociedade, o que requer um grande processo de adaptação. Frente a esses fatos, a autoestima e relações interpessoais do paciente é afetada pelo estresse causado pela doença. Diante do disposto, a enfermagem deve elaborar um plano de cuidados que objetive organizar a assistência e direcionar as ações, além de possibilitar a avaliação da eficiência e eficácia das intervenções realizadas. Este planejamento estratégico para o cuidado faz parte da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), instrumento do cuidado profissional que permite o acompanhamento integral do paciente/cliente, bem como de todas as necessidades humanas básicas. O objetivo é relatar, sobretudo, a experiência dos acadêmicos de Enfermagem, utilizando como instrumento a SAE, aprimorando a assistência e melhorando o cuidado ao paciente frente a esta patologia. Desenvolvimento: O trabalho trata-se de um relato de experiência, de cunho qualitativo, requisito avaliativo da atividade curricular Introdução a Enfermagem, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e foi desenvolvido a partir do estudo de um caso realizado no mês de agosto no hospital público, localizado no município de Belém-PA. Foi escolhida para o estudo uma pessoa com IRC de 58 anos, chamada E.A.C.P, acompanhada durante dois dias de prática hospitalar. Os materiais utilizados para a coleta de dados foram, a ficha de admissão da paciente contendo o histórico de enfermagem. A primeira parte do histórico indaga acerca dos dados socioeconômicos, sinais vitais e exame físico. Os relatos da paciente foram obtidos através de uma entrevista informal, cujo objetivo básico é a coleta de dados e a obtenção de uma visão geral do problema em questão, bem como a identificação de alguns aspectos da personalidade do entrevistado. Uma ficha de exame físico fornecida pela professora assistente da faculdade de enfermagem da UFPA e orientadora da disciplina, e utilizada rotineiramente na unidade citada. Ao exame físico, a paciente encontrava-se hipocorada, especialmente mucosa ocular e oral. Com mobilidade restritiva devido a presença de cateter venoso central de duplo lúmen para a realização de hemodiálise, localizado na veia subclávia esquerda. Hematomas decorrentes de punção venosa em ambos os membros superiores, presença de fístula arteriovenosa em membro superior esquerdo ainda em processo de cicatrização, com ferida operatória satisfatória. Membros inferiores simétricos, edemaciados, com pele íntegra sem lesões. A paciente deambulava sem dificuldades, estava calma, porém chorosa após relatar a sua trajetória ao grupo, consciente no tempo/espaço, comunicativa. Afirmou não fazer mais ingestão hídrica, apenas derretia um pouco de gelo na boca para dar uma sensação de saciedade. Resultados: Após a análise dos problemas identificados, segundo o processo de enfermagem pautado na teoria das necessidades humanas básicas de Horta, a paciente teve os seguintes diagnósticos de enfermagem (DE): risco de desequilíbrio hidroeletrolítico devido a disfunção renal; volume de líquidos excessivo devido a mecanismos reguladores comprometidos causando edema, dispnéia, oligúria, eletrólitos alterados e hemoglobina diminuída; risco de infecção causada por procedimentos invasivos; ansiedade causada por consciência dos problemas fisiológicos caracterizados por preocupação; sentimento de impotência relacionado a interação interpessoal insatisfatória caracterizado por relatos de frustração quanto a incapacidade de realizar atividades anteriores e disposição para o bem estar espiritual melhorado pois reza e expressa o desejo de aumentar o enfrentamento. Para estes diagnósticos foram implementadas tais intervenções, respectivamente: controle hidroeletrolítico (supervisão, terapia por hemodiálise, controle de náusea e controle de medicação); controle da hipervolemia (controle de edema, monitoramento dos sinais vitais e controle do peso); cuidados com o local da incisão e controle de medicamentos; melhora do enfrentamento e distração; escutar ativamente (construir o plano de alta e promover o esclarecimento de valores) e melhora do enfrentamento e promoção de esperança. Após a execução da SAE espera-se atingir os seguintes resultados: hidratação, equilíbrio hídrico, equilíbrio eletrolítico e àcido-básico além da resposta à medicação; equilíbrio hídrico nos compartimentos intracelulares e extracelulares do organismo; cicatrização de feridas: primeira intenção; autocontrole da ansiedade para eliminar ou reduzir apreensão, tensão ou desconforto; envolvimento pessoal na escolha e na avaliação das opções de cuidados de saúde para alcançar o resultado desejado; alcance da percepção positiva da própria condição de saúde. Considerações finais: mediante o exposto foi possível observar a implementação efetiva de um plano de cuidados embasado da SAE. Com isso, é notória a importância da SAE, realizada pelo profissional enfermeiro, visto que esta se dá por meio de conhecimentos e habilidades científicas, para uma melhor assistência ao paciente portador de insuficiência renal crônica (IRC), promovendo o cuidado integral ao mesmo, tendo uma visão holística sobre o cliente, onde além dos aspectos biológicos, se considera os aspectos sociais, econômicos, culturais, psicológicos e outros. O enfermeiro deve utilizar a SAE como instrumento obrigatório nas práticas de cuidado, prevenindo agravos, classificando o paciente, para garantir a reabilitação e promoção da saúde por meio do processo de enfermagem, onde se é elaborado um plano de cuidados individualizados de acordo com a necessidade de cada paciente, levando em conta a individualidade do mesmo, assim, colaborando diretamente na qualidade de vida do paciente.

2751 TECNOLOGIAS LEVE-DURAS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE DIABÉTICOS INSULINODEPENDENTES: FOMENTANDO SABERES INDISPENSÁVEIS À TERAPÊUTICA INSULÍNICA
Eberson Luan dos Santos Cardoso, Bruna Luana Oliveira Tavares, Luana Rocha Pereira, Ingrid Nicolle Monteiro Barros, Suenne Paes Carreiro de Aviz, Suelen da Silva Miranda, Edenilza Fabiana de Almeida Santos, Ana Rosa Botelho Pontes

TECNOLOGIAS LEVE-DURAS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE DIABÉTICOS INSULINODEPENDENTES: FOMENTANDO SABERES INDISPENSÁVEIS À TERAPÊUTICA INSULÍNICA

Autores: Eberson Luan dos Santos Cardoso, Bruna Luana Oliveira Tavares, Luana Rocha Pereira, Ingrid Nicolle Monteiro Barros, Suenne Paes Carreiro de Aviz, Suelen da Silva Miranda, Edenilza Fabiana de Almeida Santos, Ana Rosa Botelho Pontes

Introdução: As tecnologias consideradas leve-duras referem-se à aplicação de conhecimentos e saberes constituídos e ao modo singular como cada profissional aplica este conhecimento para produzir o cuidado os usuários. Sua utilização pouco a pouco tem sido integrada à prática assistencial pelas equipes de Saúde da Família com o intuito de viabilizar e estimular o cuidado a pacientes atendidos pelo programa HIPERDIA, porém, é um processo que exige a devida atenção, pois, o emprego de métodos errôneos ou inadequados vinculados a essas tecnologias podem ter efeito negativo na adesão terapêutica do grupo ao qual é empregada, diminuindo ou até mesmo inviabilizando o mesmo. Além do mais, tem-se observado que os profissionais de saúde pouco estão preparados para assumir a coordenação e interpretação de fenômenos grupais, seja por carência de atributos e habilidades ou por terem tido pouco contato com as tecnologias em saúde durante a graduação. No acompanhamento terapêutico de usuários diabéticos insulinodependentes, por exemplo, a baixa adesão ao tratamento representa um grande desafio, sendo imperativo, portanto, a busca de estratégias de intervenção que visem minimizar a baixa adesão, em especial atividades de cunho educacional em saúde, voltadas para o enfrentamento dos diversos obstáculos enfrentados pelos usuários na condução da terapêutica insulínica em domicílio. Com vistas no estabelecimento de tais medidas interventivas, o projeto de extensão intitulado “Promoção de saberes sobre a insulinoterapia subcutânea aos pacientes diabéticos da UBS do Guamá”, do Programa Navega Saberes/Infocentros da Universidade Federal do Pará, apresenta como um dos objetivos principais o desenvolvimento de atividades de educação em saúde junto aos pacientes diabéticos em tratamento insulínico assistidos na referida unidade de saúde a partir de tecnologias leve-duras adequadas, promovendo a saúde dos mesmos por agir diretamente nas lacunas que perpassam o tratamento e difundir conhecimentos relacionados aos procedimentos básicos para a autoadministração de insulina em domicílio e importância do seguimento terapêutico. As atividades do projeto são planejadas considerando a realidade dos usuários percebida através de uma escuta sensível, atentando às suas angústias, dúvidas e questionamentos para a formulação de intervenções. Objetivo: Descrever o protagonismo de acadêmicos de Enfermagem na condução de ações de educação em saúde junto a usuários diabéticos insulinodependentes com a utilização de tecnologias leves-duras em saúde. Descrição da experiência: A experiência em questão é resultante das atividades do projeto de extensão citado anteriormente, tendo esta acontecido entre os meses de agosto a dezembro de 2017, no decorrer do desenvolvimento das ações extensionistas de educação em saúde propostas pelo projeto, sendo estas realizadas na UBS do Guamá, localizada no município de Belém, Pará. A vivência possibilitou-nos maior contato com as mais variadas realidades inerentes ao cotidiano dos usuários atendidos pelo programa HIPERDIA, em especial os diabéticos que procediam o tratamento através de insulinoterapia em domicílio, público-alvo das atividades. O método de abordagem que escolhemos para atuar junto aos usuários participantes foi baseado na utilização de tecnologias leve-duras em saúde, voltadas para a promoção do autocuidado e protagonismo dos usuários no que diz respeito à sua própria saúde, oportunizando um espaço dialógico de compartilhamento de dúvidas e questionamentos sobre a autoadministração de insulina subcutânea, a troca de experiências sobre esta modalidade de tratamento e a exposição dos principais obstáculos encontrados para o tratamento insulínico. Além do exposto, destacamos que as atividades foram baseadas segundo a metodologia ativa, a qual considera como viáveis novas formas de ensino-aprendizagem e de organização curricular na perspectiva de integrar teoria-prática, ensino-serviço, as disciplinas e as diferentes profissões da área da saúde, além de buscar desenvolver a capacidade de reflexão sobre problemas reais e a formulação de ações originais e criativas capazes de transformar a realidade social. A questão preponderante para a escolha do método de abordagem aos usuários foi a possibilidade de fuga do padrão tradicional com o qual a educação em saúde é trabalhada na atenção primária. Procuramos, durante o contato com os usuários, utilizar de uma linguagem de fácil compreensão, clara e objetiva, com palavras que faziam parte do cotidiano dos usuários. Para tanto, assumimos, enquanto discentes-extensionistas, um papel de direcionadores e facilitadores das temáticas abordadas nas ações, intervindo com esclarecimentos e orientações, caso fossem necessários. Os principais direcionamentos voltaram-se para o entendimento facilitado sobre a doença, considerações a respeito da autoadministração da insulina e monitorização dos níveis glicêmicos. Os materiais que utilizamos para a realização das ações foram inteiramente de nossa autoria e confecção, sendo estes moldados para contemplar temáticas indispensáveis do diabetes mellitus e da terapêutica insulínica, dentre as quais podemos citar: O que é diabetes?; Sinais e sintomas do diabetes; Como prevenir agravos relacionados ao diabetes; Adesão ao tratamento; Insulinoterapia (técnica de administração subcutânea, principais áreas de aplicação, importância do rodízio terapêutico e descarte adequado dos insumos) e monitorização dos níveis glicêmicos. Os materiais produzidos foram: Flipchart, enfatizando conceitos a partir de palavras e imagens chaves envolvidas no tratamento, utilizado para dar início ás ações, para deter a atenção dos usuários; Boneco de pano evidenciando as principais áreas de possível autoadministração de insulina, de grande relevância no momento prático ofertado aos usuários; Jogo de Mitos & Verdades sobre a insulinoterapia, com a utilização de placas-respostas, por meio do qual os usuários tinham a opção de desmistificar crenças sobre a doença e a terapêutica, bem como manifestar suas dúvidas. Representava também um momento de avaliação do método empregado; uma cartilha desenvolvida com orientações básicas sobre diabetes e insulinoterapia, evidenciando aspectos indispensáveis sobre a técnica de administração subcutânea, rodízio de aplicações e monitorização glicêmica, com espaços para anotações importantes; e insumos utilizados na autoaplicação para um momento prático. Todas as ações duraram em média uma hora e meia, com característica quinzenal, e foram amparadas pela coordenação da enfermeira-docente responsável pelo projeto. Resultados: A vivência proporcionou-nos, enquanto acadêmicos, maiores conhecimentos sobre realidade dos usuários insulinodependentes, em especial no que se refere às dificuldades frente à terapêutica. A ação proposta recebida de forma satisfatória pelos usuários, sendo essa receptividade percebida pela forma em que o método foi acolhido, com total interesse do público-alvo pela temática em questão, tão próxima da realidade diária dos mesmos. Percebemos a participação efetiva dos usuários, compartilhando saberes, sanando dúvidas e curiosidades no decorrer da conversa, expondo suas experiências subjetivas. A possibilidade de intervir na realidade com o uso da educação em saúde representou um grande aprendizado não contemplado pelo currículo da graduação. A experiência foi também eficaz ao reafirmar a importância da assistência de enfermagem, com ênfase no autocuidado, como uma alternativa encontrada para viabilizar a adesão ao tratamento, melhorar a qualidade de vida e reduzir os elevados encargos à família, à sociedade e ao sistema público de saúde. Considerações finais: Percebemos com a vivência a essencialidade da educação terapêutica na atenção primária, cabendo aos profissionais de saúde a adoção de atividades educativas em grupo para evidenciarem os programas de atenção integral, sendo possível por meio destas construir alternativas, transformar comportamentos desfavoráveis à saúde e apoiar o fortalecimento de atitudes saudáveis, a fim de que seja possível uma verdadeira adesão ao tratamento insulínico, controle glicêmico e redução da incidência de possíveis complicações decorrentes do diabetes mellitus. 

2784 DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO INSULÍNICO NO DIABETES TIPO 2 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA ACADÊMICA
Eberson Luan dos Santos Cardoso, Bruna Luana Oliveira Tavares, Edenilza Fabiana de Almeida Santos, Ana Rosa Botelho Pontes

DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO INSULÍNICO NO DIABETES TIPO 2 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA ACADÊMICA

Autores: Eberson Luan dos Santos Cardoso, Bruna Luana Oliveira Tavares, Edenilza Fabiana de Almeida Santos, Ana Rosa Botelho Pontes

Introdução: O termo “adesão ao tratamento” refere-se à resposta comportamental dos usuários frente às recomendações e orientações fornecidas por um profissional de saúde, tais como a autoadministração de medicações, seguimento de um planejamento nutricional ou adoção de mudanças no estilo de vida. No acompanhamento terapêutico de usuários diabéticos insulinodependentes, em especial os do tipo 2, a baixa adesão ao tratamento com a utilização de insulina subcutânea representa um desafio frequentemente enfrentado pelos profissionais de saúde que atuam na atenção primária à saúde em âmbito nacional, apesar de os insumos utilizados para o tratamento e monitoramento glicêmico diário serem distribuídos gratuitamente. Como consequência, a não adesão ao regime terapêutico contribui para o mau controle metabólico, resultando em complicações agudas e de longo prazo. De forma adicional, a adesão ao tratamento perpassa por variados fatores (características do tratamento, comportamentos do paciente e fatores sociais) que podem influir diretamente na resposta do usuário frente à terapêutica, cabendo aos profissionais uma análise o contexto no qual os comportamentos de autocuidado ocorrem ou deixam de ocorrer. É imperativo, portanto, a busca de estratégias de intervenção que visem minimizar a realidade citada, em especial atividades de cunho educacional em saúde, voltadas para o enfrentamento das diversas dificuldades relatadas pelos usuários na condução da terapêutica insulínica em domicílio. Com vistas no estabelecimento de tais medidas interventivas, o projeto de extensão intitulado “Promoção de saberes sobre a insulinoterapia subcutânea aos pacientes diabéticos da UBS do Guamá”, do Programa Navega Saberes/Infocentros da Universidade Federal do Pará, apresenta como um dos objetivos principais o desenvolvimento de atividades de educação em saúde junto aos pacientes diabéticos em tratamento insulínico assistidos na referida unidade de saúde, promovendo a saúde dos mesmos por agir diretamente nas lacunas que perpassam o tratamento e difundir conhecimentos relacionados aos procedimentos básicos para a autoadministração de insulina em domicílio e importância do seguimento terapêutico. As atividades do projeto são planejadas considerando a realidade dos usuários percebida através de uma escuta sensível, atentando às suas angústias, dúvidas e questionamentos para a formulação de intervenções. Objetivo: Descrever as principais dificuldades de adesão à terapêutica insulínica percebidas por acadêmicos de Enfermagem junto aos usuários diabéticos insulinodependentes. Descrição da experiência: A experiência em questão é parte do projeto de extensão citado anteriormente, tendo esta acontecido entre os meses de agosto a dezembro de 2017, no decorrer das atividades extensionistas de educação em saúde propostas pelo projeto, sendo o desenvolvimento destas realizado na UBS do Guamá, localizada no município de Belém, Pará. A vivência proporcionou-nos o contato com as mais variadas realidades inerentes ao cotidiano dos usuários atendidos pelo programa HIPERDIA, em especial os diabéticos que procediam o tratamento através de insulinoterapia em domicílio, público-alvo das atividades em evidência, que se apresentavam em maioria do tipo 2. A abordagem de escolha junto aos usuários participantes foi a partir do uso de tecnologias leve-duras, em forma de rodas de diálogo, com enfoque na promoção do autocuidado e protagonismo dos usuários no que diz respeito à sua própria saúde, oportunizando um espaço de compartilhamento de dúvidas e questionamentos sobre a autoadministração de insulina subcutânea, a troca de experiências sobre esta modalidade de tratamento e, principalmente, a exposição dos principais obstáculos encontrados para a continuidade do tratamento insulínico. As rodas de diálogo possuíam um caráter quinzenal, onde priorizava-se a utilização de uma linguagem de fácil compreensão, clara e objetiva, com a utilização de palavras que faziam parte do cotidiano dos usuários, para as quais realizávamos convites, via ligação telefônica, aos usuários insulinodependentes cadastrados e assistidos pela equipe de saúde da referida unidade para que estes pudessem comparecer às atividades oferecidas. Ao realizarmos os convites, optamos pela estratégia de inserção e reafirmação da família no processo terapêutico para um alcance de melhores resultados, haja vista que a maioria dos indivíduos eram idosos, o que muitas das vezes torna mais difícil o seguimento adequado do plano terapêutico, em especial no que diz respeito à preparação, autoaplicação da insulina e monitorização da glicemia. O apoio familiar, nessa perspectiva, é de suma importância no estímulo e supervisão da adesão ao tratamento, visto que a família é quem passa mais tempo com o usuário. Logo, os convites eram estendidos também aos familiares. A questão preponderante para a escolha do método de abordagem foi a possibilidade de fuga do padrão tradicional com o qual a educação em saúde é trabalhada na atenção primária. Neste sentido, para garantir o alcance de tais premissas, assumimos, enquanto discentes-extensionistas, o papel de direcionadores dos diálogos e realizamos esclarecimentos e orientações, conforme demonstravam-se necessários. Os principais direcionamentos voltaram-se para o entendimento facilitado sobre a doença, considerações a respeito da autoadministração da insulina e monitorização dos níveis glicêmicos. No decorrer dos diálogos, estimulamos os usuários para que relatassem ao grupo quais as principais dificuldades que enfrentam/enfrentaram no decorrer do tratamento com insulina. Percebemos que esta é uma temática de grande relevância a ser considerada junto aos usuários, despertando grande interesse e participação ativa dos mesmos, haja vista que poucos são os espaços ofertados para que os mesmos possam expressar-se quanto à terapêutica empregada. Os participantes expuseram então os principais obstáculos enfrentados, dentre os quais pudemos perceber: a complexidade envolvida na técnica de autoadministração da insulina; falta de habilidades para realizar a autoaplicação; falta de motivação para o tratamento; falta de conhecimento sobre a doença e o tratamento; medo; tristeza; falta de apoio familiar; e pobreza/escassez de orientações de um profissional da saúde sobre como proceder a técnica e o tratamento em si. A partir das exposições dos usuários, procuramos fazer orientações e esclarecimentos em grupo, considerando que algumas dificuldades eram comuns a todos, e aos que necessitassem de cuidados individuais, agendávamos uma consulta avulsa de enfermagem ou os encaminhávamos para atendimento pela equipe multiprofissional. Resultados: A vivência proporcionou-nos, enquanto acadêmicos, maiores conhecimentos sobre realidade dos usuários insulinodependentes, em especial no que se refere às dificuldades frente à terapêutica. A possibilidade de intervir na realidade com o uso da educação em saúde representou um grande aprendizado não contemplado pelo currículo da graduação. A experiência foi também eficaz ao reafirmar a importância da assistência de enfermagem, com ênfase no autocuidado, como uma alternativa encontrada para viabilizar a adesão ao tratamento, melhorar a qualidade de vida e reduzir os elevados encargos à família, à sociedade e ao sistema público de saúde. Quanto aos usuários, percebemos uma disposição melhorada para adesão ao tratamento no decorrer dos encontros, maior entendimento sobre a terapêutica e a doença, bem como aptidão para autoadministração. Considerações finais: Destacamos que a educação terapêutica se mostra essencial para informar, motivar e fortalecer a pessoa e a família para conviver com o diabetes mellitus, cabendo aos profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, o investimento na educação com usuários, familiares e cuidadores para a promoção da saúde, readequando suas práticas de cuidado, a fim de que se possam transformar hábitos de vida em busca de um controle glicêmico e redução da incidência de possíveis complicações decorrentes da patologia.

3601 TEORIA DE OREM APLICADA A UMA PACIENTE PORTADORA DE DIABETES: UM ESTUDO DE CASO
Richer Praxedes Maia, Anny Larissa Paiva Vasconcelos, Luanna Moreira da Silva, Mayara da Silva Carvalho, Jade Durans Pessoa Loureiro Lima, Jonas Gloria de Oliveira, ELIANA SOARES COUTINHO, FLÁVIA SAVANA RIBEIRO DE SALES

TEORIA DE OREM APLICADA A UMA PACIENTE PORTADORA DE DIABETES: UM ESTUDO DE CASO

Autores: Richer Praxedes Maia, Anny Larissa Paiva Vasconcelos, Luanna Moreira da Silva, Mayara da Silva Carvalho, Jade Durans Pessoa Loureiro Lima, Jonas Gloria de Oliveira, ELIANA SOARES COUTINHO, FLÁVIA SAVANA RIBEIRO DE SALES

APRESENTAÇÃO: A Teoria de enfermagem denominada de Teoria de Orem divide-se em 3 partes para sua melhor compreensão: Teoria do Autocuidado que descreve motivos e como as pessoas realizam o autocuidado; Teoria do Déficit do Autocuidado que explica o motivo do paciente ser auxiliado pela enfermagem; e a Teoria dos Sistemas de Enfermagem, a qual explica relações a serem criadas e perpetuadas para a produção da ação de enfermagem. Orem, com sua teoria, almeja benefício e cuidado individuais, objetivando a manutenção da saúde, conforto e bem-estar, além de prevenir o acometimento de patologias, sendo relevante quando se trata de doenças controladas com medidas de autocuidado como o diabetes que é definida como uma síndrome metabólica de etiologia múltipla que altera a fisiologia dos carboidratos, lipídios e proteínas decorrentes de deficiência na secreção da insulina ou na incapacidade da mesma em exercer seus efeitos. OBJETIVO: aplicar a Teoria de Orem a uma paciente portadora de Diabetes Mellitus. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de estudo de caso de abordagem descritivo-qualitativa que se baseou na metodologia da problematização com o Arco de Maguerez formulado por BERBEL em 1995 e que consiste em cinco etapas: (1) Observação da Realidade; (2) Levantamento de Pontos-Chaves; (3) Teorização; (4) Hipóteses de Solução, dramatização lúdica e folder, e (5) Aplicação à Realidade, onde foi realizada uma dramatização lúdica sobre o funcionamento do diabetes e posterior distribuição de folders. Esta pesquisa foi realizada no Hospital e Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti durante as aulas práticas do componente curricular Introdução à Enfermagem, Semiotécnica e Semiologia. RESULTADOS: O estudo de caso possui diabetes há 23 anos e apresenta estilo de vida sedentário, nutrição desequilibrada, risco de glicemia instável, lesão devido à erisipela em MIE, risco de infecção, integridade da pele prejudicada, déficit no autocuidado, integridade tissular prejudicada, risco de contaminação. Em relação ao Autocuidado universal, realiza higiene bucal duas vezes ao dia, toma banho duas vezes ao dia, possui como atividades recreativas a TV e visita a amigos. Com relação aos déficits de autocuidado, a paciente não realiza exercícios, não utiliza loção hidratante e apresenta desconhecimento de sua doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, é imprescindível o autocuidado na diabetes, pois baseia-se em hábitos saudáveis de vida, tal qual a atividade física, alimentação saudável, lazer e bem-estar do indivíduo para não haver complicações na doença, construindo-se assim maneiras para o cuidado da saúde pessoal. Ademais, o método utilizado para o autocuidado rege o desenvolvimento do paciente diabético. Constatando esse fato observa-se que os resultados obtidos neste trabalho se mostrando positivos e de grande relevância para construção do autocuidado nesta patologia. No paciente diabético é de grande relevância o incentivo da enfermagem quanto à adoção do autocuidado por parte do paciente, no que diz respeito à precaução quanto à ingestão de carboidratos e prática de exercícios, tal ação cumpre o papel da enfermagem na promoção a saúde, autocuidado e cuidado da pessoa saudável e não somente atuando no cuidado da pessoa doente.

4309 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 ACERCA DO AUTOCUIDADO COM OS PÉS
Paula dos Santos Brito, Maysa Alves de Sousa, Wallerya Silva Roque Viana, Ilaíse Brilhante Batista, Lívia Maia Pascoal, Maksandra Silva Dutra

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 ACERCA DO AUTOCUIDADO COM OS PÉS

Autores: Paula dos Santos Brito, Maysa Alves de Sousa, Wallerya Silva Roque Viana, Ilaíse Brilhante Batista, Lívia Maia Pascoal, Maksandra Silva Dutra

Apresentação: O diabetes mellitus constitui uma condição de saúde crônica e possível complicador de saúde, sendo que o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é considerado uma epidemia mundial no século XXI e importante problema de saúde pública, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. As crescentes taxas de incidência e prevalência dessa enfermidade têm sido atribuídas ao estilo de vida atual, sedentarismo, hábitos alimentares, obesidade, e ainda, ao envelhecimento populacional e aos avanços no tratamento da doença (SBD, 2017). O diagnóstico de uma doença crônica exige modificações no hábito de vida que, muitas vezes, por falta de orientação e desconhecimento dos mecanismos de controle para o auto manejo com o diabetes, pode comprometer o bem-estar físico, emocional e social, colocando em risco a segurança de saúde do indivíduo. O conhecimento do paciente sobre o diabetes contribui para melhorar o controle metabólico e prevenir as complicações agudas e crônicas. No que se refere especificamente aos cuidados com os pés, pode-se ainda retardar o surgimento de alterações que predispõem a ocorrência de úlceras, pé diabético e amputações. O empoderamento do paciente com a aquisição do conhecimento pode nortear a modificação de comportamentos de risco, promover a inclusão do indivíduo no seu autocuidado e proporcionar o auto manejo da doença, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os custos com tratamento de complicações. De acordo com Orem, o autocuidado é a prática de ações, com a finalidade de manutenção da vida, saúde e bem-estar, realizados pelo indivíduo em seu próprio benefício. Assim, o conhecimento do paciente sobre o cuidado com os pés é fundamental para o controle do DM e prevenção do pé diabético (NETA; SILVA; SILVA, 2015). Esse estudo teve como objetivo identificar o conhecimento dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 sobre o autocuidado com os pés. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 145 pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 acompanhados por Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Imperatriz – MA. A amostra foi constituída por pacientes de ambos os sexos, com diagnóstico confirmado de Diabetes Mellitus tipo 2. Todos os participantes foram esclarecidos em relação aos métodos e finalidades da pesquisa, e em concordância com os mesmos assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a coleta de dados utilizou-se um questionário semiestruturado, sobre o conhecimento do paciente em relação ao autocuidado com os pés. A coleta de dados aconteceu durante período de fevereiro de 2016 a dezembro de 2017 e foi realizada por acadêmicos de enfermagem e medicina, integrantes da equipe técnica. Os dados obtidos foram compilados por meio do software Microsoft Excel 2010. A análise foi realizada com o apoio do pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences - SPSS versão 24.0 Mac OS® e do software R versão 2.12.1 Resultados e/ou impactos: Os dados obtidos evidenciaram que 40,7% dos pacientes não sabiam a importância de realizar o autoexame dos pés. Cerca de 29,0% afirmaram que o autoexame é fundamental para evitar o surgimento de feridas e 15,2% acreditam que tal prática possibilita reconhecer possíveis alterações nos pés. Quando questionados sobre a higiene correta dos pés, 66,9% referiram ser com água fria e sabão comum, enquanto que 24,8% disseram não conhecer a forma correta de higienizar os pés. No que diz respeito à secagem ideal dos pés, 40,7% responderam que a mesma deveria ser feita passando uma toalha entre os dedos, enquanto que 24,1% não sabiam a forma correta de realizar a secagem. No que se refere à observação dos pés, 34,5% não souberam dizer o que uma pessoa com diabetes deve observar nos pés. Entretanto, uma maior parcela 36,6% destacou que deveriam ser observadas coloração, temperatura, bolhas, calos, feridas, formigamentos e dormência. Dos entrevistados, apenas 9,0% souberam informar que o calçado fechado é o tipo correto para o uso e 9,7% disseram que o material macio é o adequado. Dessa forma, observa-se que quase totalidade da amostra desconhece as características dos calçados ideais para os diabéticos. Sobre o corte correto das unhas, verificou-se que 46,2% dos pacientes consideraram ser o arredondado o ideal, apesar de quase a mesma proporção 43,2% considerar o reto e 8,3% dos pacientes expressarem não saber. Em relação à importância de cortar as unhas, a maior parte dos entrevistados (42,8%) apontou a higiene como fator preponderante. E por fim, no que se refere à relevância da realização de exercícios físicos, 87,6% dos pacientes consideram importante. Quando indagados sobre os motivos de sua significância, destacou-se a redução da glicemia (23,4%), melhora da saúde (18,6%) e melhora da circulação sanguínea (11,7%), apenas 9,7% não souberam o motivo, embora considerasse importante. É indispensável destacar a influência do exercício físico na melhoria do controle glicêmico, sensação de bem - estar físico e psíquico, dislipidemias, perda de peso, diminuição dos fatores de risco para doenças coronarianas e prevenção do Diabetes Mellitus tipo 2. Considerações finais: Foi possível constatar na amostra avaliada um desconhecimento dos pacientes diabéticos sobre cuidados preventivos simples com os pés. Em relação às características avaliadas, observou-se baixo nível de conhecimento sobre o tipo de calçados, o que deve ser observado nos pés, o corte correto das unhas, a secagem ideal e a importância da realização do autoexame. Esse desconhecimento com os cuidados essenciais pode estar relacionado às internações desnecessárias e aos altos números de ulcerações e amputações de membros inferiores nos diabéticos, resultando na diminuição da qualidade de vida, elevados gastos públicos e individuais. Dessa forma, destaca-se a importância do conhecimento para o sucesso nos cuidados preventivos com os pés, uma vez que, tais cuidados retardam o aparecimento de úlceras e outras complicações, além de favorecer o auto manejo da doença. Portanto, é imprescindível que os profissionais de saúde verifiquem o conhecimento do paciente, bem como seu comportamento com relação aos pés, instruindo sobre os cuidados adequados. Ademais, como essas orientações são estímulos ao autocuidado e fazem parte das ações de prevenção, as mesmas devem ser abordadas regularmente durante as consultas, levando os pacientes a um estado de constante observação e alerta quanto ao aparecimento de complicações. Ressalta-se, ainda, que os cuidados melhoram à medida que se tenha uma compreensão mais clara sobre os vários aspectos que devem ser observados nos pés, bem como sua importância. Por conseguinte, estratégias como a educação em saúde são de fundamental importância para facilitar a compreensão das orientações fornecidas e melhorar os cuidados implementados.

5094 Relato de experiência: campanha "não estoure seu coração!"
Claudia dos Passos Farias, Thiago Augusto da Silva, Lucas Eduardo Venancio de Matos, Andressa Zabudowski Schroeder, Marina Junkes Rodrigues, Emilton Lima Jr.

Relato de experiência: campanha "não estoure seu coração!"

Autores: Claudia dos Passos Farias, Thiago Augusto da Silva, Lucas Eduardo Venancio de Matos, Andressa Zabudowski Schroeder, Marina Junkes Rodrigues, Emilton Lima Jr.

APRESENTAÇÃO A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é mundialmente um grande desafio de saúde pública. Estima-se que, anualmente, 7,1 milhões de mortes possam ser diretamente atribuídas ao precário controle da pressão arterial (PA). Projeções, além disso, mostram que cerca de três quartos da população mundial de hipertensos se encontra em países em desenvolvimento, como o Brasil, no qual, 22,8% da população apresenta níveis pressóricos ≥ 140/90 mmHg, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013). Objetivou-se Organizar uma campanha de conscientização da HAS, envolvendo diferentes populações de Curitiba (PR). Engajar estudantes de medicina de diferentes períodos, promovendo contato direto com a população.   METODOLOGIA/ RELATO A campanha organizada foi nomeada “Não estoure o seu coração”, ocorrendo no dia 26/03/2017. Três locais para as ações foram escolhidos: Jardim Botânico de Curitiba, Largo da Ordem e Parque Barigui. O evento foi anunciado em mídias sociais para a inscrição voluntária de estudantes de medicina. Todos os inscritos passaram por um treinamento, no dia 25/03, ministrado por um professor de Cardiologia da instituição. Neste treinamento, foi oferecida uma aula sobre HAS e ensinado como aferir a PA, de forma a nivelar o conhecimento dos alunos. No dia da campanha, cada participante teve sua PA aferida, recebeu um panfleto com informações e respondeu a um questionário abordando hábitos de vida, bem como mitos e verdades sobre a HAS.   RESULTADOS Houve um total de 88 estudantes inscritos, de todos os períodos do curso de Medicina, os quais foram distribuídos em equipes para os três locais da ação. No dia 26/03/17, a campanha ocorreu durante todo o dia nos três locais, sendo alcançados 846 participantes (56% do sexo feminino, sendo 60% dos participantes acima de 45 anos). Verificou-se que 18% estavam com a pressão acima do considerado normal, o que é um dado alarmante (PA ≥ 140/90 mmHg, 15,57% das mulheres e 22,64% dos homens). Um outro dado alarmante foi que 52% dos entrevistados não consideraram a HAS como uma condição crônica. Além disso, o sedentarismo foi encontrado em 38% dos entrevistados. Quando questionados acerca da auto-percepção de saúde, 20,6% consideraram que não apresentam boa saúde. Conclusões: os resultados corroboram a importância de ações de conscientização e esclarecimento de dúvidas quanto à HAS. Além disso, muitos estudantes relataram que a campanha foi um momento de aprendizado e, para muitos, de primeiro contato com a população. Desta maneira, a campanha passará a ser realizada semestralmente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados corroboram a importância de se realizar ações de conscientização e esclarecimento de dúvidas quanto a HAS.  Além disso, muitos estudantes relataram que a campanha foi um aprendizado e, para muitos, a primeira experiência com pacientes.

5110 Campanha “Bonfim de semana” – Tratando de saúde na comunidade
Claudia dos Passos Farias, Lucas Eduardo Venancio de Matos, Thiago Augusto da Silva, Luiza Cadena, Raquel Lins das Chagas Lima, Lucila Yosetake, Tycianne Marillac do Nascimento de Matos, Cristiane Rodrigues

Campanha “Bonfim de semana” – Tratando de saúde na comunidade

Autores: Claudia dos Passos Farias, Lucas Eduardo Venancio de Matos, Thiago Augusto da Silva, Luiza Cadena, Raquel Lins das Chagas Lima, Lucila Yosetake, Tycianne Marillac do Nascimento de Matos, Cristiane Rodrigues

APRESENTAÇÃO A campanha realizada buscou abranger problemas de saúde evidenciados no bairro Bonfim, em Almirante Tamandaré-PR, Brasil. As demandas, foram elencadas em conjunto com a secretaria da saúde local. Objetivou-se: conscientização da população atendida sobre pediculose, demonstrar a importância da higienização das mãos na prevenção de inúmeras doenças, promover educação sexual compreensiva e levar informações acerca da HAS e suas complicações. METODOLOGIA A campanha multitemática, realizada no CEMEI do bairro Bonfim, no dia 01/07/2017, foi englobada por um grande dia de ação social, organizado por alunos e professores de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da UFPR em parceria com alunos de medicina, ONGs de atuação local e prefeitura municipal. Iniciou-se a ação, de forma lúdica, realizando perguntas sobre pediculose, promovendo educação. Em seguida, os grupos foram divididos por faixa etária. Tratou-se de higiene das mãos com as crianças, em uma dinâmica denominada “lava uma mão, lava outra”. As crianças recebiam tintas nas mãos, previamente nomeadas com nomes de patógenos, e depois, vendadas, lavavam as mãos. Após retirar as vendas, percebiam o quanto de sujeira permaneceu nas mãos. Nesse momento tratava-se da forma correta e a importância da lavagem de mãos. Com os jovens, formaram-se rodas de conversa sobre métodos contraceptivos, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e abuso sexual. E com os adultos e idosos, além da aferição da pressão, houve esclarecimento sobre HAS e hábitos de vida saudáveis. RESULTADOS Participaram das ações cerca de 60 pessoas, com faixa etária entre 5 e 70 anos. Após os esclarecimentos fornecidos pelos alunos voluntários, espera-se que haja uma redução da incidência de pediculose e doenças/sintomas desencadeados por falta de higiene no local. À longo prazo espera-se que ocorra redução de ISTs e gestações indesejadas, por maior conhecimento da população sobre os métodos contraceptivos e ISTs. Espera-se que o número de doenças cardiovasculares associadas à HAS seja reduzido, por estímulo à prevenção e ao tratamento correto dessa condição. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a experiência obtida pelos voluntários, concluiu-se que houve boa receptibilidade, ocasionando conscientização, que possivelmente ocasionará a disseminação por parte da comunidade dos conhecimentos adquiridos. 

5042 O homem para além da próstata: um projeto de intervenção em saúde de trabalhadores do transporte coletivo em Manaus/AM
Giselle Maria Menezes da Silva, Carolina Jean Pinheiro, Djuliane Maria Gil Schaeken Rosseti, Hellen Yuki Costa Miwa, Jaisson Bernardo da Silva Veiga, Paula Freitas Lima

O homem para além da próstata: um projeto de intervenção em saúde de trabalhadores do transporte coletivo em Manaus/AM

Autores: Giselle Maria Menezes da Silva, Carolina Jean Pinheiro, Djuliane Maria Gil Schaeken Rosseti, Hellen Yuki Costa Miwa, Jaisson Bernardo da Silva Veiga, Paula Freitas Lima

O presente projeto surgiu a partir de discussões realizadas durante a disciplina “Psicologia – Saúde e Sociedade” do Programa de Pós-Graduação em Psicologia – PPGPSI da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, durante o segundo semestre de 2017 e com previsão de implementação prática no ano de 2018. O objetivo principal desta proposta é, sobretudo, promover ações em saúde que possam conduzir os participantes a produzir reflexões que favoreçam o empoderamento masculino com o autocuidado. Além disto, é esperado que o caráter educativo da proposta possa ainda contribuir com a melhoria de qualidade de vida dos participantes. O público-alvo da intervenção são motoristas e cobradores de ônibus do sexo masculino do ponto final do bairro Petrópolis, zona sul da capital amazonense. A escolha dos participantes se deu através da observância dos seguintes critérios: trabalhadores submetidos a condições críticas de trabalho, sobrecarga, violência, pobreza e mazelas sociais no âmbito pessoal e profissional. A intervenção propriamente dita consiste em realizar seis oficinas terapêuticas abordando as seguintes temáticas: autocuidado; modos de vida saudáveis; sexualidade; álcool e outras drogas; emoções e saúde e relações saudáveis. Devido ao ritmo dinâmico dos pontos finais das linhas, cada oficina foi estruturada para ter duração máxima de 30 minutos, devendo acontecer no intervalo entre a chegada e saída dos coletivos que atendem o bairro. A primeira oficina aborda o autocuidado e parte da pergunta disparadora “O que é ser homem?”. O foco desta abordagem é promover uma roda de conversa sobre as ideias, crenças e sentimentos dos membros do grupo no que tange aos significados atribuídos por eles sobre o que é ser homem, estimulando a aprendizagem de uma realidade compartilhada. Já no segundo encontro, a temática abordada será “modos de vida saudáveis”. Os objetivos em abordar esta temática consistem em promover reflexões acerca da importância de reformular os hábitos de vida identificados como prejudiciais à saúde. Para isto, deve-se solicitar que cada participante escolha em jornais e revistas, imagens que retratem hábitos de vida saudáveis e prejudiciais à saúde. Ao final, deve-se construir um quadro com as imagens escolhidas e pedir para que os participantes reflitam acerca do que é preciso para se adotar um estilo de vida saudável. Na terceira oficina, o tema abordado será a sexualidade. Ao abordar esta temática, espera-se que os participantes possam refletir acerca dos mitos relacionados ao corpo e às infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). Para realizar esta intervenção, os mediadores devem previamente elaborar proposições, algumas falsas, algumas verdadeiras acerca da temática, imprimir ou escrevê-las em cartões. Deve-se dividir os participantes em subgrupos e pedir que um voluntário de cada grupo escolha um cartão aleatoriamente e leia em voz alta para os demais. Exemplo: “As pessoas podem ter doenças sexualmente transmissíveis sem manifestar sintomas”. Ao ouvir a proposição, os participantes devem conversar entre si e determinar se a frase é mito ou realidade. O mediador deverá, por fim, revelar a resposta correta e discutir o assunto com os participantes, adotando um discurso ao mesmo tempo informativo e reflexivo. A quarta oficina aborda a temática “Álcool e outras drogas” e tem por objetivo promover um debate acerca das vivências de prazer e sofrimento associadas ao uso de substâncias. Voluntariamente, os participantes devem escrever em um painel os tipos de drogas que conhecem ou que já fizeram uso e listar o prazer e o sofrimento vinculados ao uso de cada droga. Ao final, o mediador deve promover uma ampla discussão sobre os pontos levantados pelos participantes, estimulando-os a refletir acerca das consequências do uso de substâncias no âmbito emocional, familiar, profissional e social. No quinto encontro, a temática abordada será emoções e saúde. Explorar-se-á este tema com o objetivo de sensibilizar os participantes acerca da necessidade de atentar para a saúde emocional. A oficina se desenrola a partir de uma pergunta disparadora: “Como as emoções podem afetar a minha saúde?”. Esta oficina exige que os mediadores tenham domínio sobre os serviços de saúde mental oferecidos pelo SUS e confeccionem panfletos informativos com números para contatos e endereços das Unidades de Saúde disponíveis (CAPS, CAPSi, CAPSad, CEREST’s). Os participantes terão cinco minutos para debater em subgrupos e apresentar as respostas aos demais colegas. Após as apresentações, uma discussão é realizada acerca das reflexões suscitadas, momento em que o mediador enfatiza no que tange a necessidade de trabalhar as emoções. Por fim, os mediadores informam acerca dos serviços disponíveis no Sistema Único de Saúde e fazem a entrega dos panfletos informativos. No último encontro, a temática abordada será “Relações Saudáveis”. Esta oficina tem por objetivo fomentar discussão acerca dos tipos de relações interpessoais afetivas que o indivíduo estabelece nos mais diversos âmbitos da vida: familiar, profissional e social, permitindo uma ressignificação, caso necessário, do que se constitui ou não como um relacionamento saudável. Para tanto, cada participante deverá escrever no papel uma missão, com ordens claras, a serem cumpridas por outro participante de acordo com orientação do mediador. Após todas as missões terem sido descritas, o mediador informará que, na verdade, quem deverá cumprir os mandados serão os próprios autores. Cumprir os mandados será facultativo a cada participante, informação que só será transmitida após todas as missões terem sido descritas e lidas em voz alta. Após a realização das tarefas, o mediador deverá suscitar um momento de reflexão perpassando pelos seguintes conceitos essenciais para manutenção de relações interpessoais saudáveis: empatia, confiança, respeito, compreensão, habilidades de comunicação adequadas, limites e senso de humor. Ao fim de cada oficina os mediadores devem propor uma breve reflexão sobre como os participantes se sentiram durante as oficinas e pedir que definam em apenas uma palavra acerca do significado que o encontro teve para si. Ao final das oficinas, é esperado que os participantes possam ter ampliado a percepção da noção de “saúde” como muito além da ausência de doença. Além disso, é almejado que o espaço de livre fala e escuta proporcionado pelos encontros possam efetivamente atuar como mola propulsora para transformação de comportamento e guiar para a adoção de modos de vida e hábitos mais saudáveis.

2343 PREVENÇÃO DO HPV: experiência de Educação em Saúde com crianças
Ana Carolina Almeida Ribeiro, Caroline Palma e Silva da Costa, Elizabeth França de Freitas, Marcilene da Silva Saraiva, Marlon Lobato Lourenço, Bruno Albuquerque Vilhena, Maria Heliana Chaves Monteiro da Cunha, Geyse Aline Rodrigues Dias

PREVENÇÃO DO HPV: experiência de Educação em Saúde com crianças

Autores: Ana Carolina Almeida Ribeiro, Caroline Palma e Silva da Costa, Elizabeth França de Freitas, Marcilene da Silva Saraiva, Marlon Lobato Lourenço, Bruno Albuquerque Vilhena, Maria Heliana Chaves Monteiro da Cunha, Geyse Aline Rodrigues Dias

Apresentação: O Papilomavírus Humano (HPV) é responsável pela doença sexual denominada condiloma acuminado. Existem cerca de 120 tipos, dos quais 36 podem infectar o trato genital. O contato desse agente através de relação sexual pode causar lesões na vagina, no colo do útero, pênis e ânus, portanto o HPV tem papel importante na etiologia do câncer, já que alguns tipos de HPV possuem fatores oncogênicos. Além do aumento alarmante dos números de casos do HPV na população jovem e adulta, e com a implementação da Política Nacional de Imunizações (PNI) na inclusão de meninos no calendário vacinal do HPV, fez-se importante uma intervenção com as crianças entre nove a onze anos, visto que com o passar dos anos o início da vida sexual torna-se mais precoce, além da deficiência do investimento em políticas de educação sexual, tornando-se necessário abordar o tema que é muito relevante para a saúde pública. O objetivo deste é socializar experiência de educação em saúde para crianças acerca da prevenção contra o HPV por meio da vacinação. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, de uma atividade de educação em saúde realizada durante as práticas obrigatórias da atividade curricular Estágio Vivencial, em uma Obra Social da periferia de Belém-Pará no mês de janeiro de 2017. A ação foi dividida em cinco momentos: esses momentos foram responsáveis por obter a informações do público alvo e principalmente seus conhecimentos com relação ao HPV. 1º momento: acolhimento de forma informal às crianças, com apresentação dos acadêmicos e do tema a ser exposto. 2º momento: roda de conversa introduzindo o tema de forma a priorizar uma escuta sensível, a fim de captar o conhecimento inicial dos participantes sobre o assunto utilizando de um breve questionário previamente elaborado. 3º momento: apresentação de imagens relacionadas ao HPV, a fim de socializar informações que abrangem o tema em questão, a campanha de vacinação e idade recomendada para tomar a vacina. Utilizou-se uma linguagem informal, comum da geração atual. 4º momento: desenvolve-se o conteúdo com orientações, por meio das imagens, de forma explicativa fundamentado no conhecimento científico e no conhecimento prévio das crianças. 5º momento: para finalizar a ação educativa, retoma-se o questionário realizado no início da ação para identificar o conteúdo absorvido. A interação com as crianças se deu através de adaptações para facilitar a assimilação da temática, fazendo o uso de imagens e perguntas discutidas em uma roda de conversa. Inicialmente buscamos conquistar a confiança do público através da apresentação da equipe, fazendo com que eles tentassem memorizar nossos nomes de modo a criar um vínculo com os participantes, depois apresentamos uma lista com quatro perguntas as quais eles deveriam tentar responder com seus conhecimentos antes do efetivo início da ação educativa, neste momento percebemos as dificuldades que as crianças tinham em responder perguntas quando pensam que estão sendo avaliadas, para contornar esta situação utilizamos um cartaz antigo da campanha de vacinação contra o HPV, demonstrando-lhes a proximidade com que o tema se encontra na sua realidade. Desta forma foram estabelecidas regras, de comum acordo com os participantes, para que cada um falasse no seu momento, então gradativamente eles foram respondendo as perguntas como “o que é a vacina anti-HPV?”, dessa maneira nenhum deles conseguiu dizer sozinho qual a finalidade da vacina, entretanto ao associarmos as ideias dos diversos alunos conseguimos construir um conceito razoável da função da vacina na vida deles e outros conceitos instigados pelas perguntas, pois apesar de se encontrarem em situação de pouca instrução eles se mostraram dispostos a aprender mais sobre o HPV. Em um segundo momento, apresentamos a sintomatologia clínica da doença através de imagens, iniciando com ilustrações da aparência microscópica do vírus e desenvolvendo a partir daí uma conversa um tanto quanto informal sobre a interação viral com a fisiologia humana, momento este em que percebemos a atenção deles completamente voltada para o que estava sendo informado, na busca por entendimento a partir de abstração, necessidade esta que foi suprida pela equipe através de transposições didáticas para que os discentes pudessem elucidar a informação a eles apresentada por meio de associações. A imagem do sintoma clínico em que se encontravam verrugas de HPV na cavidade oral de uma pessoa, inicialmente causou confusão porque as crianças não entendiam exatamente do que se tratava a ilustração, no entanto à medida que lhes foi explicada a imagem eles passaram a compreender e apresentaram relativa repulsa quanto à imagem. Dando sequência à dinâmica os alunos nos informaram com que idade eles achavam que tinham que tomar a vacina, houveram divergências com alguns deles dizendo idades de 9 a 25 anos, depois passamos a comandar os diálogos e chamar a atenção deles para quem estava se vacinando, tentando lembrar-lhes de pessoas próximas vacinadas recentemente, construindo a partir deste diálogo a resposta correta para a idade adequada para a vacinação.  Resultados: A dinâmica foi uma conversa desenvolvida de maneira horizontal, em que nos encontrávamos no meio das discussões de maneira simplificada alcançando nosso principal objetivo, a elucidação do HPV e a prevenção através da vacina e outros métodos. Além disso, percebemos que apesar da dificuldade inicial, foi possível atrair a atenção das crianças para as formas de contaminação e como a doença se manifesta no organismo. As crianças puderam conceituar sem o auxílio da equipe da dinâmica, as principais perguntas do questionário, mesmo com alguns equívocos nas respostas. O grupo de crianças passou a ter mais interesse em conversar sobre o tema, além de que passaram a ficar mais atentos a doença, reconheceram que não sabiam dos seus impactos e apesar de muitos ainda não alfabetizados, conseguiram assimilar o assunto. A dinâmica permitiu que eles pudessem compartilhar o conhecimento que já possuíam, permitindo assimilar aquilo que a ação lhes proporcionou como aprendizado. Considerações finais: A ação educativa foi implementada como uma estratégia de educação em saúde com o intuito de estimular aquele grupo a se esforçar por meio de ações que promovam a sua própria saúde, tendo por objetivo a maior atenção à profilaxia ao papilomavírus humano, ampliando o acesso das crianças à vacinação, pois se percebe que o simples fato de ofertar gratuitamente a vacina não garante uma larga abrangência de pessoas vacinadas, é preciso que as pessoas entendam a necessidade da vacinação para então efetivar o acesso à saúde.

3525 PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O CUIDADO EM SAÚDE EM UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA
Thauane de Oliveira Silva, Carmem Gress Veivenberg, Silvia Furtado de Oliveira, Wanessa da Silva Peres Bezerra, Stefani Carvalho dos Santos, Ana Paula de Assis Sales

PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O CUIDADO EM SAÚDE EM UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA

Autores: Thauane de Oliveira Silva, Carmem Gress Veivenberg, Silvia Furtado de Oliveira, Wanessa da Silva Peres Bezerra, Stefani Carvalho dos Santos, Ana Paula de Assis Sales

Apresentação: A Base de Estudos do Pantanal (BEP) está localizada na margem direita do Rio Miranda, na região denominada Passo do Lontra, no município de Corumbá/MS, onde são desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Dentre as atividades desenvolvidas encontra-se o projeto de extensão “Ações de saúde em comunidade ribeirinha: enfermagem com responsabilidade social”, proporcionando aos discentes atividades de prevenção e promoção a saúde, realizando a assistência de enfermagem do ser humano respeitando esse indivíduo e suas singularidades. A enfermagem realiza os atendimentos com a equipe multidisciplinar (medicina, nutrição, farmácia e odontologia), sendo a equipe formada por discentes juntamente com seus respectivos preceptores de cada curso. Esse trabalho tem por objetivo relatar a experiência e percepções das ações de promoção e prevenção de saúde com a comunidade ribeirinha. Desenvolvimento do trabalho: Relato de experiência de expedições interdisciplinares desenvolvidas na BEP, através do projeto de extensão de uma equipe multiprofissional ofertada pelos Cursos de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A vivência ocorreu nos dias 24 e 25 de junho de 2017 na Base de Estudos do Pantanal, nas proximidades da comunidade Ribeirinha Passo do Lontra, localizada no município de Corumbá/MS. Resultados e/ou impactos: Foram realizados 23 atendimentos na área da enfermagem, 21 atendimentos odontológicos e 12 nutricionais. Os atendimentos na Enfermagem envolveram ações educativas e assistenciais diante das necessidades biopsicossoais da população, realizando todo o Processo de Enfermagem na contribuição do cuidado e intervenções de enfermagem baseado em evidências. Considerações finais: Evidencia-se o papel da equipe multiprofissional como um todo, e o da enfermagem frente ao cuidado, diante do cenário cultural na comunidade Ribeirinha Passo do Lontra.Por fim, ressalta-se que a execução das atividades contribuiu para a formação acadêmica das discentes envolvidas por proporcionar a integração da teoria com a prática, e uma percepção diferenciada frente as diferenças culturais e vulnerabilidades devido às condições precárias da população.