132: A educação permanente em saúde em diálogo com o mundo do trabalho
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FEFF Sala 04 - Rabeta    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
901 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA A MELHORIA DA QUALIDADE ASSISTENCIAL
Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Victória Karolina Santos Santana, Victória Karolina Santos Santana, Carla Costa da Silva, Carla Costa da Silva, Ruth Carolina Leão Costa, Ruth Carolina Leão Costa, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Evelym Cristina da Silva Coelho, Evelym Cristina da Silva Coelho, Suelem Gaia Epifane, Suelem Gaia Epifane, Larissa Lima Figueira Freire, Larissa Lima Figueira Freire

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA A MELHORIA DA QUALIDADE ASSISTENCIAL

Autores: Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Victória Karolina Santos Santana, Victória Karolina Santos Santana, Carla Costa da Silva, Carla Costa da Silva, Ruth Carolina Leão Costa, Ruth Carolina Leão Costa, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Evelym Cristina da Silva Coelho, Evelym Cristina da Silva Coelho, Suelem Gaia Epifane, Suelem Gaia Epifane, Larissa Lima Figueira Freire, Larissa Lima Figueira Freire

INTRODUÇÃO: Desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é possível evidenciar profundas mudanças no acesso e no atendimento em saúde, mas ainda não é o suficiente. Para que novas mudanças ocorram, também são necessárias alterações importantes na formação e no desenvolvimento dos profissionais dessa área, pois um dos pilares que sustenta o SUS é a formação dos profissionais que trabalham no sistema. Continuamente esses trabalhadores, se deparam com desafios presentes no campo da saúde, e desse modo, carecem de uma formação integral, o que demanda a articulação das instituições formadoras e dos serviços, de modo a possibilitar a construção de processos educativos no trabalho. Instituída pelo Ministério da Saúde e da Educação, em 2005, por meio de ações articuladas entre o ensino e o serviço na área, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) prevê estratégias para a formação e o desenvolvimento dos profissionais atuantes no SUS. Nessa proposta política, os cursos e as novas tecnologias apresentadas aos profissionais devem levar em conta as dificuldades enfrentadas no cotidiano, com vistas à maior qualidade dos serviços prestados à população e ao fortalecimento do sistema, propondo processos educativos que se deem de modo descentralizado, ascendente e transdisciplinar. O conhecimento e a implementação da Educação Permanente em Saúde (EPS) nos serviços de saúde são de extrema importância por permitir diagnosticar a situação da educação no cotidiano de trabalho dos profissionais que buscam experiências e potencialidades no contexto do trabalho, além disso, torna inquestionável a necessidade de mantê-los capacitados e atualizados, objetivando a prestação de uma assistência qualificada e para suprir déficits deixados na sua formação. OBJETIVO: Sensibilizar os profissionais de enfermagem quanto a importância da educação permanente como instrumento para a melhoria da qualidade da assistência. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativo, do tipo relato de experiência, vivenciados por acadêmicos do 3° ano do Curso de Bacharel em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), referente as Atividades Integradas em Saúde (AIS), no período de 6 a 24 de março de 2017. O local foi no setor da pediatria de um hospital de ensino público de alta complexidade no município de Belém do Pará. Os participantes foram a equipe de enfermagem, constituída pela enfermeira responsável pelas enfermarias da pediatria e três técnicas de enfermagem. Para a realização do trabalho utilizou-se como base a metodologia da problematização, como o método do Arco de Maguerez, o qual é composto por cinco etapas: inicia-se pela observação da realidade, sob diversos ângulos, permitindo assim a identificação dos problemas existentes. Nessa etapa, podem-se coletar informações identificar os principais eixos a serem explorados à cerca dos problemas. Depois de definido o eixo da problematização, inicia-se um processo de reflexão sobre os fatores mais determinantes que contribuem para a existência do problema. Tal reflexão demarcará os principais pontos-chaves, os quais possibilitarão uma maior criatividade e flexibilidade na compreensão do problema. A terceira fase, a teorização, busca-se as respostas do problema, dando um sentido para os dados, informações e registros obtidos em campo. A quarta etapa, a hipótese de soluções, culmina nas alternativas de soluções e, é nesta etapa que a criatividade e originalidade serão aguçadas pelos estudantes/observadores. Por fim, a aplicação à realidade é o assistir com ações práticas, com a finalidade de sensibilizar os participantes em relação as soluções formuladas, o que de alguma maneira poderá transformar gradativamente a realidade.   Seguindo tais etapas, as atividades no hospital foram desenvolvidas nos seguintes momentos: inicialmente, foi realizada uma observação da realidade, na qual foi evidenciado a necessidade de sensibilizar a respeito da educação permanente, devido a algumas práticas da equipe sem evidências científicas e realizadas de maneira tecnicistas e para o levantamento de pontos-chaves, partindo-se para a terceira fase, a teorização, realizou-se pesquisas em manuais do Ministério da Saúde, artigos na base Lilacs e Bireme sobre educação permanente na melhoria da assistência de enfermagem e sua importância no contexto hospitalar, com o propósito de obter maiores conhecimentos do problema encontrado. Seguindo o arco, partiu-se para a etapa de hipótese de solução, na qual foi elaborado o plano de ação com recursos didáticos e com o desenvolvimento de uma tecnologia educativa objetiva e ilustrativa, a fim de facilitar a compreensão sobre a importância manter-se atualizado e capacitado frente as demandas do mundo atual. Na última etapa, concluiu-se a aplicação à realidade, por meio da explanação em forma de roda de conversa com a tecnologia educativa como apoio de acompanhamento da socialização com o grupo. RESULTADOS: Verificou-se inicialmente que os profissionais de enfermagem reconhecem a educação permanente como um direito, inserido na politica de educação permanente em saúde. Observou-se também, a partir da troca de conhecimento com a equipe, que os mesmos validam a educação permanente como importante para a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem e para sua capacitação profissional. No entanto, a equipe ressalta as dificuldades enfrentadas pelos profissionais em participar de atividades de educação permanente extra e intramuros, ocasionados pela falta de tempo dentro da carga horária programada pela chefia da instituição, o que dificulta o acesso às oportunidades de aperfeiçoamento e atualizações disponíveis, por vezes, dentro da própria instituição. Além disso, ressaltaram que sentem-se desmotivados a participar de capacitações por não receberem incentivos e o reconhecimento no trabalho, alegam falta de um plano de cargos, a longa duração, dias “inadequados”, necessidade de custear o transporte, a ocorrência de cursos fora do horário expediente, que envolve a falta de organização da instituição. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O relato vem contribuir de forma significativa, visto que a EPS é uma educação voltada para o trabalho na saúde que pode somar para a melhora da assistência do cuidado, fazendo o profissional refletir criticamente a respeito de sua prática. A partir da realização desse estudo, evidenciou-se a importância de debates e socializações a respeito da educação permanente, pois dessa forma é possível avaliar as percepções dos trabalhadores quanto à temática abordada e os desafios inerentes para sua efetividade. Evidencia-se que há a necessidade de se desenvolver meios que esclareçam os propósitos da EPS e sensibilize os profissionais e as chefias para o estabelecimento de programas e reorganização no processo de trabalho das equipes de enfermagem de modo continuo durante todo o período de atuação no serviço, propiciando assim, o pleno desenvolvimento da formação para o trabalho. Por fim, espera-se contribuir no campo da EPS incentivando as equipes de saúde a participarem de maneira concisa em programas de educação permanente e busquem outros meios de capacitação que os mantenham atualizados sobre as novas demandas no campo da saúde. Ademais, espera-se contribuir com a produção científica da área, fornecendo assim mais estudos e subsídios para produções futuras sobre a temática em questão.

2502 A implantação do comitê local de prevenção e investigação de mortalidade materno infantil em São Bernardo do Campo-SP: dispositivo de educação permanente
Paula Bertoluci Alves Pereira, Rosimary de Oliveira Pedrosa, Claudielle de Santana Teodoro, Cristiane Lopes de Souza, Talita Luíza Faria, Giovanna Martini Perovano Cesar, Vanessa Manno Frasca, Cintia Ferreira, Caroline Amorim Mesquita de Oliveira, André Paiva, Pâmela Silvestre Almeida Macáu, Elisa Carolina de Carvalho

A implantação do comitê local de prevenção e investigação de mortalidade materno infantil em São Bernardo do Campo-SP: dispositivo de educação permanente

Autores: Paula Bertoluci Alves Pereira, Rosimary de Oliveira Pedrosa, Claudielle de Santana Teodoro, Cristiane Lopes de Souza, Talita Luíza Faria, Giovanna Martini Perovano Cesar, Vanessa Manno Frasca, Cintia Ferreira, Caroline Amorim Mesquita de Oliveira, André Paiva, Pâmela Silvestre Almeida Macáu, Elisa Carolina de Carvalho

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA: Considerando o alarmante índice de mortalidade materno infantil referente ao ano de 2015 no território 5 de saúde do município de São Bernardo do Campo-SP, várias discussões foram disparadas junto aos gestores e trabalhadores para o enfrentamento dessa situação no início de 2016. O cuidado materno infantil permeou a pauta de vários encontros de educação permanente territorial, sendo estabelecido como uma das estratégias a implantação de comitês locais de prevenção e investigação de mortalidade materno infantil nas unidades básicas de saúde (UBS). A partir de março de 2016, foi constituída uma rede de comitês locais nas UBS Silvina, UBS Leblon e UBS Montanhão os quais buscam identificar todos os óbitos maternos/infantis para elaboração de estratégias de prevenção e intervenção na atenção básica, discussão do cuidado a gestante, puérpera e criança, bem como construir parcerias intersetoriais a fim de potencializar o trabalho em rede e garantir a integralidade do cuidado.   OBJETIVOS: - Estabelecer uma rede setorial e intersetorial de vigilância aos óbitos, incentivando a identificação de todos os óbitos, o conhecimento de suas causas e fatores determinantes; -Monitorar e acompanhar sistematicamente os indicadores de avaliação da assistência obstétrica, neonatal e de saúde da criança; -Identificar em cada caso discutido o que deve ser modificado para evitar mortes preveníveis e comunicar àqueles que podem interferir para a realização de mudanças necessárias, propondo medidas para sua redução. As recomendações e medidas são encaminhadas pelo Comitê às autoridades responsáveis (Departamento de Atenção Básica, Gerência da UBS); - Reunir dados levantados do nível municipal e local, com a finalidade de identificar os subgrupos de população de maior risco; - Sensibilizar os gestores, profissionais de saúde e usuários sobre a situação da mortalidade visando a melhoria da qualidade no cuidado à saúde da mulher e criança;   METODOLOGIA: Cada comitê é formado por uma equipe multiprofissional, que são representantes das equipes locais de saúde da família, contendo: enfermeiro, médico generalista, ginecologista, pediatra, psicólogo, agente comunitário de saúde, técnico de enfermagem, além do gerente da UBS, apoiadores em saúde e referência da atenção básica. Os encontros são realizados mensalmente em cada UBS, com duração de 04 horas, com calendário previamente estabelecido e aprovado pelas equipes. As pautas são elaboradas com base nas discussões disparadas a partir da investigação dos óbitos maternos, fetal e infantis ocorridos, por temas propostos por membros do comitê e/ou do Departamento de Atenção Básica, a discussão gestão do cuidado e da clínica das linhas da gestante/puérpera e criança. Em situações especiais e havendo interesse por parte do Comitê, são convidados representantes de órgãos e entidades que possam contribuir para execução de trabalhos específicos. Tal ação vem desencadeando a construção de parcerias junto a trabalhadores de outros pontos de atenção e da rede intersetorial. Cada representante do comitê tem a responsabilidade de capilarizar as discussões, orientações e estratégias pactuadas para a equipe de saúde da família de sua referência a fim de garantir o envolvimento de todos e a qualificação do cuidado, bem como o monitoramento e acompanhamento de cada caso. As reuniões são registradas em livro ata e as condutas/encaminhamentos de cada caso registradas em prontuários. RESULTADOS: Os comitês locais vêm atuando como um dispositivo importante de educação permanente contribuindo para a qualificação das linhas de cuidado da gestante, puérpera e criança, ampliação da caixa de ferramentas das equipes de saúde, ao mesmo tempo em que aprimora as ações de vigilância de óbitos. A análise de cada evento permite identificar os nós críticos nas linhas de cuidado em cada serviço e na rede de saúde do município de São Bernardo do Campo, propiciando a construção de estratégias de enfrentamento e resolução dos problemas. A partir dos comitês várias ações foram desencadeadas de acordo com as singularidades e necessidades de cada unidade de saúde, sendo algumas delas: Parceria da unidade básica com a creche/escola para realização de roda de conversa dos médicos da UBS com Professores e Educadores para tirar as principais dúvidas com relação aos problemas de saúde apresentados pelos alunos durante período escolar; Articulação municipal com a regulação estadual para cadastrar o município de São Bernardo do Campo para receber cota de agendamento no Ambulatório de Erro inato de metabolismo da UNIFESP; Articulação e parceria com Centro de Detenção Provisório do município para a realização do  tratamento de parceiros reclusos das gestantes com sífilis; Discussão do protocolo municipal do tratamento de sífilis com Infectologista do SAE no Comitê; Encontro dos conselheiros tutelares com profissionais da saúde do ambulatório de infectologia infantil, unidade básica de saúde, apoiadores para discussão da saúde da criança como garantia de direitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os comitês locais representam uma possibilidade de reflexão acerca do seu processo trabalho, bem como ampliação da caixa de ferramentas para a construção compartilhada de novas estratégias que garantam o cuidado integral na assistência da saúde da mulher e da criança. Promover a discussão em espaços que envolvam as equipes de saúde da família utilizando como disparador as investigações dos óbitos ou eventos maternos infantis favorece a produção de sentido para os mesmos. Além disso vem desencadeando ações setoriais e intersetoriais a fim de potencializar essa linha de cuidado ao estabelecer uma rede de proteção e vigilância.

2979 A importância da interdisciplinaridade nas ações de educação em saúde no ambiente escolar
Ana Luísa Pedron Bona, Ana Paula de Oliveira, Ana Paula de Oliveira, Luize Amanda Salvador, Luize Amanda Salvador, Jéssica Dumes, Jéssica Dumes, Marciano Silva, Marciano Silva, Fábio Borges, Fábio Borges

A importância da interdisciplinaridade nas ações de educação em saúde no ambiente escolar

Autores: Ana Luísa Pedron Bona, Ana Paula de Oliveira, Ana Paula de Oliveira, Luize Amanda Salvador, Luize Amanda Salvador, Jéssica Dumes, Jéssica Dumes, Marciano Silva, Marciano Silva, Fábio Borges, Fábio Borges

O ambiente escolar é propício para ações de educação em saúde, visto que este lugar é terreno fértil para formação de valores benéficos que servirão para a saúde do escolar e para as pessoas ao seu redor, preocupando-se também em motivá-las a melhores práticas de saúde e a desenvolver sua cidadania. Portanto, sabe-se que este é um dos ambientes em que a Atenção Básica em Saúde pode atuar, formando parcerias e projetos. Entretanto, esta parceria tem que ser formada entre os profissionais da escola e os profissionais de saúde, formando uma equipe interdisciplinar que consiga estruturar uma base de conhecimentos ampla e integral, proporcionando aos participantes maior compreensão do processo de saúde e assim melhorando a coparticipação e coresponsabilização das suas práticas. De acordo com as necessidades da escola, foram realizadas atividades educativas com os temas propostos pelo Programa Saúde na Escola (PSE). Com as turmas do 1º, 2º e 3º anos foi abordado o tema Combate ao Mosquito Aedes Egypti, a Prevenção ao Uso de Álcool e outras Drogas foi trabalhado com os 4º e 5º anos, a Promoção da Cultura da Paz com 6º e 7º anos e Sexualidade e Prevenção de DST’s com 8º e 9º anos. A equipe de saúde (ESF Vila Germer e NASF) ficou responsável pelo planejamento e realização das atividades e a Escola por dar continuidade aos temas abordados em sala de aula, promovendo a reflexão e disseminação de práticas de promoção de saúde. Essas atividades só foram realizadas devido à interação entre os profissionais da ESF (enfermeira, técnicas de enfermagem e agentes comunitárias de saúde), do NASF (nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta e farmacêutico) e da coordenação da escola (por meio do coordenador educacional), que através de reuniões e de discussões sobre os temas propostos pelo PSE conseguiram formar um laço em prol da educação em saúde no ambiente escolar. Como resultado tivemos a aproximação e melhora do vínculo entre comunidade escolar e serviços de saúde. Desta forma, os profissionais estão inseridos em diversas atividades programadas pela escola, não apenas as propostas pelo PSE, pois outros temas foram solicitados e posteriormente trabalhados com os alunos. Entretanto, o principal resultado foi à aproximação dos profissionais de saúde e educação, que oportunizaram um espaço para discussão de temas que beneficiaram a comunidade como um todo.  

2980 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CIDADANIA: ESTRATEGIA DE ACOMPANHAMENTO DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Klicia Remigio Martiniano, Klicia Remigio Martiniano, Lorena Cavalcante Lobo, Lorena Cavalcante Lobo, Luan Gabriel de Souza, Luan Gabriel de Souza, Aline Oliveira Mota, Aline Oliveira Mota, Cynara Rego Nogueira, Cynara Rego Nogueira

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CIDADANIA: ESTRATEGIA DE ACOMPANHAMENTO DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Autores: Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Klicia Remigio Martiniano, Klicia Remigio Martiniano, Lorena Cavalcante Lobo, Lorena Cavalcante Lobo, Luan Gabriel de Souza, Luan Gabriel de Souza, Aline Oliveira Mota, Aline Oliveira Mota, Cynara Rego Nogueira, Cynara Rego Nogueira

Este artigo traz uma abordagem acerca da atuação da equipe do Programa de Residência Multiprofissional de Atenção Integral na Saúde Funcional em doenças neurológicas do Hospital Universitário Getúlio Vargas – HUGV da Universidade Federal do Amazonas – UFAM no campo da atenção básica de saúde atuando em uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) no núcleo de apoio a saúde da família (NASF) que de acordo com a política nacional de atenção básica, vem com o intuito de agregar ações que viabilizam a promoção, proteção e recuperação da saúde. Nesse sentido, a equipe multiprofissional que compõe o NASF desenvolve junto aos usuários da UBSF várias atividades de cunho individual e coletivos. Dentre essas atividades, existe o Grupo do Bolsa Família que se caracteriza como uma estratégica de acompanhamento dos beneficiários do programa de transferência de renda que tem como objetivo a superação da situação de vulnerabilidade e pobreza. De acordo com a Lei nº 10.836 que institui o Programa, a concessão do benefício dependerá do cumprimento de condicionalidades como: exame pré-natal, acompanhamento nutricional, acompanhamento de saúde e a frequência escolar. Nesse sentido, o grupo do bolsa família, desenvolvido pelo NASF na UBSF, oferece ações de educação em saúde, a partir de palestras, rodas de conversas e oficinas sobre diversas temáticas com o objetivo de fomentar debates e difundir informações acerca da promoção de saúde, prevenção de agravos e sobre os diretos sociais e políticas públicas que atendem as necessidades das populações oriundas daquele território atendido pela UBSF para o exercício da cidadania

2998 PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS: ELABORAÇÃO DE UM FOLHETO EDUCATIVO
Elizama Cristina Portilho Monteiro

PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS: ELABORAÇÃO DE UM FOLHETO EDUCATIVO

Autores: Elizama Cristina Portilho Monteiro

Este estudo trata da elaboração de uma tecnologia educacional para mediar à orientação sobre os cuidados ao estomizado intestinal. Teve por objetivo elaborar um folheto educativo sobre os cuidados com a estomia intestinal a partir das evidências científicas. As tecnologias educacionais e assistenciais em saúde são dispositivos importantes para realizar as orientações de cuidados. A pesquisa é do tipo exploratório e descritivo com abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 13 enfermeiros, que desenvolvem atividades assistenciais na Clínica Cirúrgica de um Hospital Público de Ensino, situado na região metropolitana de Belém/Pará. Para coleta de dados aplicou-se dois instrumentos, o questionário de caracterização sociodemográfico e profissional, e a escala tipo Likert, dividida em dois blocos, o primeiro com os “cuidados aos estomizados intestinais”, o segundo com as “fases para orientação dos cuidados”. A análise dos resultados ocorreu por meio da estatística descritiva, que possibilitou conhecer os cuidados mais frequentes nas orientações, bem como saber em quais momentos da avaliação perioperatória as orientações acontecem, e assim contribuir na elaboração do folheto educativo. Deste modo foi possível conhecer que as orientações acontecem principalmente no pós-operatório, dificultando a aceitação da estomia, e impactando os cuidados no pós-operatório. A TE elaborada teve como Título: Colostomias: Viver com qualidade de vida. Os itens eleitos para comporem o conteúdo da TE estão relacionados ao esclarecimento sobre o procedimento de estomia, ao autocuidado e bem-estar do estomizado intestinal, são os seguintes: 1 O que é um Estoma Intestinal; 2 O que é uma Colostomia; 3 Troca e manuseio de bolsa coletora drenável e não drenável; 4 Manutenção diária da bolsa coletora drenável e não drenável (higienização);5 Cuidados com a pele periestomal (higienização, secagem, colocação de bolsa coletora); 6 Uso de adjuvantes (barreira protetora de pele em pasta ou em pó); 7 Alimentação (Dieta com alimentos que evitam eliminação de flatos e diarreia) e 8 Orientações sobre bem-estar (sexualidade e lazer). A TE em forma de folheto foi elaborada com o auxílio computacional no programa Word 2007 e Power Point 2007, utilizando ilustrações disponíveis na internet, reservando os direitos autorais das imagens, referenciando as fontes originárias no folheto educacional. Foram acatadas as sugestões dos participantes da pesquisa, para que o folheto fosse ilustrativo, principalmente com relação à troca e manutenção das bolsas coletoras, visto que o perfil dos pacientes em internação na clínica do hospital local do estudo é de idosos e/ou analfabetos. Houve a necessidade de ser objetiva nas informações em evidência no folheto, para que o conteúdo do resultado da pesquisa fosse abordado por completo. Acredita-se que com a utilização do referido instrumento, os cuidados serão apreendidos pelo estomizado e cuidador familiar.  

3140 Itinerário dos pacientes que necessitam de atenção oncológica na Amazônia Brasileira
Kelliane Silva De Oliveira, Márcia Godinho Guimarães, Silvia Letícia Gato Costa, Hernane Guimarães Dos Santos Junior

Itinerário dos pacientes que necessitam de atenção oncológica na Amazônia Brasileira

Autores: Kelliane Silva De Oliveira, Márcia Godinho Guimarães, Silvia Letícia Gato Costa, Hernane Guimarães Dos Santos Junior

As doenças crônicas apresentam uma dinâmica muito distinta na humanidade, o Câncer com seu crescimento desenfreado de células anormais em tecidos ou órgãos, está entre as principais causas de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Podendo chegar a 80% dos casos por fatores ambientais. Estima-se que 8,3 milhões de pessoas morrem de câncer no mundo e cerca de 70% ocorreram em países com média e baixa renda, e a falta de tratamento é apontado como principal motivo. Aproximadamente 60% das pessoas com câncer no Brasil, recebem o diagnóstico da doença em estado avançado, e o norte é uma das regiões com maior dificuldade de acesso às novas tecnologias médicas, especialmente na área da oncologia. Este estudo tem como objetivo demonstrar o itinerário dificultoso de pessoas com necessidades oncológicas de comunidades rurais. Trata-se de um relato de experiência de profissionais da saúde que convivem com pacientes que necessitam de atenção especializada nas comunidades rurais próximas aos municípios de Rurópolis e Placas, do estado do Pará, às margens da Rodovia Transamazônica.  Os atendimentos oncológicos são direcionados ao Hospital Regional do Baixo Amazonas, localizado na cidade de Santarém no Estado do Pará, pólo de referência.  Os municípios de Placas e Rurópolis fazem parte dos 20 municípios que abrangem este território, e encaminham seus pacientes que precisam de atendimentos de alta complexidade, para o hospital regional por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), para diagnóstico e tratamento de câncer e outras doenças e agravos. A demora no atendimento é a principal problemática encontrada no território e podemos afirmar que, a dificuldade da chegada de informação ao paciente, devido muitas dessas pessoas não possuírem telefone e muito menos internet em suas propriedades, as localidades afastadas dos centros urbanos, o deslocamento das pessoas para outras cidades por meio fluvial e terrestre, logística territorial complicada com muitos problemas á serem transponíveis, municípios de residência sem equipamentos e estrutura necessária para diagnóstico (mamógrafo para que as mulheres realizem a mamografia regularmente a fim de detecção precoce de possível câncer de mama). Estes fatores aliado, a precariedade de equipamentos e serviços, aos tabus impostos na sociedade, comum em cidades pequenas, o que é gerado também por falta de uma devida orientação prestada a esse público. Outro fator relevante para aumento de mortes por câncer é a não realização do exame citopatológico (Papanicolau), muitas vezes por insegurança, vergonha, ou proibição dos seus parceiros. Todos esses fatores do itinerário de acesso dos pacientes são causados principalmente pelas distâncias geográficas, que é uma característica peculiar da região Amazônica. Estas dificuldades contribuem para que muitos usuários não tenham acesso à assistência e atenção à saúde, contribuindo para ocorrência de casos emergenciais, ainda bastante recorrentes na Região Amazônica. Dessa forma um dos maiores desafios hoje, é a busca por diagnósticos precoces do câncer, com maior acessibilidade e disponibilidade de resolução por parte da rede de saúde, contribuindo assim para o aumento da porcentagem de cura para os pacientes com neoplasias e melhora na distribuição territorial.

3250 Experiência de Interdisciplinaridade e Planejamento Estratégico Situacional em uma ILPI no Município de Itapuranga-GO.
Adriele Maldonado, Marcelo Ribeiro da Silva, Adriana de Deus, Jaqueline Reis

Experiência de Interdisciplinaridade e Planejamento Estratégico Situacional em uma ILPI no Município de Itapuranga-GO.

Autores: Adriele Maldonado, Marcelo Ribeiro da Silva, Adriana de Deus, Jaqueline Reis

Com o passar dos anos a expectativa de vida da população brasileira tem aumentado, e com isso a população idosa tem crescido rapidamente, e ao que mostra os estudos realizados, até  o ano de 2050 a pirâmide etária haverá uma inversão. Com o avanço da tecnologia em especial na área da saúde pode-se garantir um envelhecimento mais longo, contudo a qualidade de vida da pessoa idosa está a baixos padrões, sendo muitas vezes negligenciadas, pois, apesar do Estatuto do Idoso lhes ofertar direitos à saúde, lazer e acesso Instituições de Longa Permanência, dificilmente estes direitos lhes são assegurados. Através do Projeto de Extensão Bem viver e Saúde Itapuranga 2017 da Pontifícia Universidade de Minas Gerais, em Dezembro de 2017 uma equipe multidisciplinar formada por alunos de cinco áreas da saúde realizou um Planejamento Estratégico Situacional(PES) no Lar São Vicente de Paulo - Itapuranga, que acolhe 40 idosos, para que a partir do diagnóstico, realizasse a elaboração de uma proposta de intervenção. Percebeu-se um pior desempenho nas dimensões de capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e saúde mental, quando comparadas com idosos não institucionalizadas. Percebemos a necessidade de fortalecimento da relação do lar com a rede de saúde local, a falta de atividades de lazer para os internos, a necessidade de criação de um protocolo de Atividades de vida Diária, e a importância de um check-list de medicação que não havia na instituição. A partir de tais necessidades, foi elaborado um Protocolo Atividades de vida Diária, e realizado uma atividade de educação permanente com os funcionários, para capacitar quanto a utilização do Protocolo elaborado de acordo com a rotina da instituição. Além desta atividade, foi realizada uma reunião com as principais lideranças da instituição; a enfermeira e o médico da ubs de referência; professores e alunos da PUC; representantes da Secretaria de saúde; Secretaria de Educação; representantes das Pastorais de Saúde, do enfermo, da Juventude da Igreja Católica do Município; e o pastor da igreja Batista, afim de se estabelecer articulações que beneficiem o funcionamento da ILPI, proporcionando condições de vida e lazer adequados aos idosos ali institucionalizados. Os alunos organizaram os prontuários dos 40 internos para propor uma organização e evolução frequente, avaliaram os pacientes, e providenciaram Cadernetas do Idoso para os pacientes.  No último dia de atividades no asilo, elaborou-se dois painéis com fotos dos moradores do lar, para que eles tivessem o sentimento de estar em casa e readquirirem sua subjetividade que, muitas vezes, é perdida diante do senso de coletivismo presentes nesta e em diversas outras  instituições.   Diante desse cenário, elaborou-se mecanismos que os funcionários possam dar continuidade às ações que foram propostas a fim de se ampliar a qualidade de vida dos idosos. Além do grande enriquecimento que experiências como estas trazem para uma formação humana e ampliada dos alunos, com um olhar voltado para a realidade e  para o trabalho interdisciplinar.

5172 IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO HOSPITAL REGIONAL JOSÉ MENDES
SIMONE CRISTINA PEREIRA FERREIRA

IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO HOSPITAL REGIONAL JOSÉ MENDES

Autores: SIMONE CRISTINA PEREIRA FERREIRA

A Educação Permanente em Saúde tem como objeto a transformação do processo de trabalho, orientado para a melhoria da qualidade dos serviços e para a equidade no cuidado e no acesso aos serviços de saúde. A busca constante na melhoria da qualidade dos serviços de saúde vem modificando os paradigmas dos gestores, parte, portanto, da reflexão sobre o que está acontecendo no serviço e sobre o que precisa ser aperfeiçoado. O Núcleo de Educação Permanente do Hospital Regional José Mendes foi instituído em março de 2017, com o objetivo de promover estratégias de educação permanente aos trabalhadores, com objetivo de estabelecer uma equipe de profissionais com pensamento crítico, capacidade de resolução de problemas, habilidades técnicas - científicas e princípios da humanização, orientadas para a melhoria da qualidade do serviço. Para a operacionalização das atividades educativas, inicialmente foi realizado um levantamento por setor das principais necessidades em Educação Permanente (nós críticos), conforme demanda sinalizada pelos funcionários, e em seguida aplicado um questionário sobre o perfil de qualificação do colaborador e expectativas com relação a implantação do NEPS, onde evidenciou-se que apenas 25% dos funcionários que responderam o questionário conhecem Política Nacional de Educação Permanente; 46% não conhecem e 29% já ouviu falar. Contudo100% dos trabalhadores sinalizaram interesse e acreditam ser importante a implantação do NEPS no Hospital Regional José Mendes, no município de Itacoatiara. Foi construída uma agenda de programação mensal com diversos temas e problemáticas sinalizadas pelos colaboradores do HRJM, onde eram realizadas todas as terças e quintas feiras, definida por setor, na qual deveriam ser realizados através de rodas de conversa, oficinas temáticas, espaços de convivência, grupos, cursos e treinamentos, procurando sempre utilizar a “metodologia ativa” na perspectiva da Educação Permanente. Contudo, a principal metodologia apresentada, se deu através de palestras educativas. Desta forma entende-se que a transformação das práticas de ensino e aprendizagem e a formação dos profissionais envolvidos devem ser motivadas pelo desejo de transformação da pratica cotidiana dos trabalhadores da saúde, em especial da assistência hospitalar. É importante ressaltar que apesar das dificuldades ao longo do processo de implantação, os resultados foram progressivos e satisfatórios, na medida em que os próprios colaboradores consideram importante a implantação do NEPS.  Considerações finais: Pode-se observar que o núcleo de educação permanente demonstrou um papel relevante, propiciando um espaço de ensino aprendizagem em que os profissionais podem expressar suas vivencias. Mais do que uma necessidade, a educação permanente estimula a melhoria profissional das pessoas e dos serviços, uma vez que esta metodologia enriquece a essência humana e suas subjetividades, em todas as etapas da existência. A implantação do NEPS no Hospital Regional José Mendes é um processo de transformação das práticas educativas integradoras, que contribuiu para o enfrentamento das dificuldades e barreiras do seu desenvolvimento e um grande desafio ainda a ser superado. 

5310 A EDUCAÇÃO PERMANENTE – CONSTITUINDO POSSIBILIDADES PARA AMPLIAR A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS A RESPEITO DA ATUAÇÃO NO ESPAÇO OCUPACIONAL
MARIA FATIMA DIAS SANTOS

A EDUCAÇÃO PERMANENTE – CONSTITUINDO POSSIBILIDADES PARA AMPLIAR A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS A RESPEITO DA ATUAÇÃO NO ESPAÇO OCUPACIONAL

Autores: MARIA FATIMA DIAS SANTOS

Introdução: A educação permanente é instituída enquanto política após tencionamentos da Norma Operacional Básica sobre Recursos Humanos do Sistema Único de Saúde por valer-se da vivencia, dos problema/nós críticos como recursos para subsidiar o método de intervenção junto às equipes para mudança e qualificação da prática. Objetivo: Esta ferramenta de trabalho foi utilizada para a quebra estigmas, ampliação do acesso e qualificação da prática assistencial às pessoas com transtorno mental ou em uso disfuncional de substancia psicoativa (Crack, álcool e outras drogas) com Agentes Comunitários de Saúde e Auxiliar e Técnico de Enfermagem de uma unidade básica da capital sergipana. Método: A ação aconteceu em cinco encontros com apresentação de elementos conceituais da Rede de Atenção e da legislação vigente em saúde mental e posterior reflexão a partir das discussões de casos. Resultados: A partir do terceiro encontro que os participantes começaram a identificar-se com a proposta, passaram a reconhecer que a assistência às pessoas com transtorno mental ou em uso disfuncional de substancia psicoativa faz parte do escopo de ações a serem desenvolvidas pelos profissionais da atenção básica. Assim ao final do curso foi aplicada uma avaliação, sem identificação, com perguntas estruturadas o que possibilitou diagnosticar se a metodologia e o conteúdo trabalhado contribuíram para mudar a percepção dos partícipes. A avaliação foi respondida por vinte e dois (22) dos 28 participantes. Destes, 10 discentes concordaram com todos os itens presentes e, 12 concordaram parcialmente com 11 dos 15 itens. Dos 22 respondentes 100% concordaram que o curso possibilitou debates, trocas de experiências e ideias com a turma e somente 02 concordaram parcialmente que o curso seria de grande valia para o seu trabalho. Considerações finais: Foi possível identificar como potencialidades nos cursistas a implicação que estes têm com a gestão do cuidado as famílias; foi possível identificar ainda que as fragilidades na assistência podem, em parte, serem atribuídas às limitações para qualificar a atuação em virtude da ausência de espaços coletivos nas equipes que possibilitem trocas de conhecimentos, assim como a frágil articulação entre os diversos componentes da rede de saúde e da assistência social para oferta do cuidado as pessoas com transtorno mental ou em uso disfuncional de substancia psicoativa.  

3469 Ações educativas do enfermeiro para a realização do exame preventivo: revisão de literatura.
Ellen Cristina Martins Chaves Oliveira Santos, Luzimere Pires do Nascimento, Laurimar Vinhote de Souza, Vanilda Marinho da Silva, Sued Medeiros Leite, José Silveira da Silva, Ivone Eleutério de Menezes, Hellen Cristina da Silva Garcia

Ações educativas do enfermeiro para a realização do exame preventivo: revisão de literatura.

Autores: Ellen Cristina Martins Chaves Oliveira Santos, Luzimere Pires do Nascimento, Laurimar Vinhote de Souza, Vanilda Marinho da Silva, Sued Medeiros Leite, José Silveira da Silva, Ivone Eleutério de Menezes, Hellen Cristina da Silva Garcia

RESUMO Título: Ações educativas do enfermeiro para a realização do exame preventivo: revisão de literatura. Apresentação: O câncer de colo do útero é um problema de saúde pública devido aos crescentes números de casos que surgem anualmente com diagnóstico tardio, refletindo no elevado índice de morbimortalidade feminina em todo o mundo. O Ministério da Saúde vem estabelecendo metas para o controle e a prevenção do câncer do colo uterino, alvo dos programas direcionados à saúde da mulher. Objetivo: Identificar na literatura científica as ações educativas desenvolvidas por enfermeiros na realização do exame preventivo. Método do estudo: O estudo é uma revisão bibliográfica. Resultados: Ações educativas para sensibilização da realização do exame preventivo: O enfermeiro tem um papel muito importante, pois ele está mais próximo da população, através da criação do vínculo com a comunidade, com a educação em saúde desenvolvidas nas comunidades e escolas, com a realização do exame citopatológico, dando ênfase na prevenção esclarecendo todas duvidas das usuárias, buscas ativam das mulheres faltosas através das visitas domiciliares. Resultados: Dificuldades enfrentadas por enfermeiros nas ações educativas para realização do preventivo: A legislação do exercício profissional dispõe que cabe ao enfermeiro exercer, privativamente, o planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de enfermagem, além da consulta de enfermagem, porém fica nítido que tais ações são, muitas vezes, prejudicadas pelo excesso de trabalho dos profissionais e/ou outros aspectos que foram apontados como dificultadores. Condutas realizadas por enfermeiros no programa de controle de câncer de colo uterino: No Brasil, o Ministério da saúde preconiza a realização do teste de Papanicolau em todas as mulheres que já tiveram relações sexuais, com atenção especial àquelas com idade entre 25 e 59 anos e buscar o padrão de cobertura de 80 %, mas, em face das diferenças loco regionais da população em sua cultura, é também importante que os serviços de saúde ofereçam o acesso ao exame à população adolescente. Considerações finais: As estratégias de atividades educativas e participação comunitária na prevenção do câncer de colo uterino são de extrema importância, visto que, a participação popular é seu princípio. A abertura de espaços para a escuta e a discussão com as usuárias do serviço de saúde só dinamizam as atividades de rastreamento e prevenção através do exame preventivo.     As principais ações educativas apontadas na literatura foram sensibilização da clientela através de palestras na sala de espera, acolhimento na consulta de enfermagem e material visual nas dependências do serviço de saúde. As dificuldades de adesão ao exame preventivo perpassam por medo, constrangimento, agendamento, sexo do profissional, disponibilidade, dentre outros. As condutas do enfermeiro no programa de câncer de colo uterino são realizadas com base na legislação vigente. Os achados literários apontaram que o profissional enfermeiro é o elo fundamental para controle do câncer de colo uterino, por meio das ações de promoção de saúde, prevenção e detecção precoce. As ações educativas em saúde englobam uma visão ampla que contempla tanto a informação a respeito da patologia quanto o seu rastreamento através da realização do exame preventivo. Palavras-chave: Educação; Ação educativa; Exame preventivo; Papanicolau.

5301 FONOAUDIÓLOGOS NA SAÚDE DO TRABALHADOR
bruna campos de cesaro, Fabiana Oliveira, Rosane Mosman, Cláudia Veras, Jesus Cláudio Gabana da Silveira, Luciana Kael de Sá

FONOAUDIÓLOGOS NA SAÚDE DO TRABALHADOR

Autores: bruna campos de cesaro, Fabiana Oliveira, Rosane Mosman, Cláudia Veras, Jesus Cláudio Gabana da Silveira, Luciana Kael de Sá

ApresentaçãoA vigilância em saúde é uma importante ferramenta de planejamento de Políticas Públicas e deve ser um compromisso de todo o profissional da saúde. Com frequência, o Fonoaudiólogo se depara com o adoecimento de trabalhadores, envolvendo problemas de voz e/ou audição, que estão diretamente ligados ao trabalho. Atualmente, a subnotificação das Perdas Auditivas Induzidas por Ruído (PAIR) e dos Distúrbios da Voz Relacionados ao Trabalho (DVRT), é um importante desafio, repercute nas Políticas Públicas voltadas à Saúde do Trabalhador e à integralidade do cuidado em saúde, como preconiza a RENAST. Apesar de o Estado do Rio Grande do Sul possuir um sistema próprio de notificação em saúde do trabalhador, além do próprio SINAN, o SIST, o mesmo não é comumente utilizado. Os fonoaudiólogos do RS demonstram ter pouco conhecimento sobre este sistema, sobre sua legitimidade e sobre a obrigação ética de notificar os agravos que acometem os trabalhadores. Os Fonoaudiólogos, em seus consultórios, empresas, clínica-escola e unidades da saúde têm o direito e o dever de notificar através do SIST. Por este motivo foi criado um “Grupo de Trabalho em Saúde do Trabalhador” em parceria com as Secretarias Estadual e Municipais de Saúde, Conselho Regional de Fonaudiologia 7ª Região (CREFONO7) e as Instituições de Ensino Superior presentes no RS, como objetivo estimular a discussão sobre as ações de promoção da saúde do trabalhador, bem como de conscientizar e capacitar os Fonoaudiólogos para a notificação dos casos de DVRT e PAIR. Desenvolvimento do trabalhoEste grupo manteve reuniões sistemáticas nas quais são definidos objetivos e estratégias de ação, com a realização de encontros presenciais de conscientização e capacitação para notificação. Resultados e/ou impactosForam realizados eventos para a discussão do tema. O GT de Saúde do Trabalhador avalia positivamente os resultados obtidos com a sua implementação. O aumento no número de notificações é um dos principais resultados apresentados. As discussões foram iniciadas e já houve repercussão nas IES sobre este novo olhar. Considerações finaisOs fonoaudiólogos foram conscientizados sobre a importância da notificação que resultou e um aumento das notificações do SIST das doenças de PAIR e DVRT. Entendemos que prática de cuidado um maior olhar para a integralidade da saúde do trabalhador foi fomentada.