137: Gerindo a gestão: acompanhamentos e desafios na prática em saúde dos coletivos
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FEFF Sala 03 - Tipiti    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
502 A PERCEPÇÃO DOS PSICÓLOGOS QUE ATUAM EM CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SOBRE A FRAGILIDADE DE VÍNCULOS FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA
Inglith Rodrigues de Lima, Aline Ribeiro Lima, Jéssica dos Santos Silva, Ruy Guilherme Castro de Assis

A PERCEPÇÃO DOS PSICÓLOGOS QUE ATUAM EM CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SOBRE A FRAGILIDADE DE VÍNCULOS FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA

Autores: Inglith Rodrigues de Lima, Aline Ribeiro Lima, Jéssica dos Santos Silva, Ruy Guilherme Castro de Assis

A família tem passado por muitas transformações, porém ainda continua sendo vista como o principal conjunto social na qual o sujeito tem seus primeiros contatos socioafetivos. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo geral apontar a percepção de psicólogos atuantes em Centros de Referência de Assistência Social acerca da fragilidade de vínculos afetivos familiares, e como específicos verificar as razões consideradas como geradoras da fragilidade e vínculos afetivos na família, explorar as técnicas utilizadas pelos profissionais para lidar com as demandas relacionadas, identificar os desafios da psicologia frente a atendimentos com a família e compreender os avanços encontrados na atuação do psicólogo na tentativa do fortalecimento dos vínculos familiares. O tipo de pesquisa é de campo, classificado como descritiva, na abordagem qualitativa, utilizando-se como metodologia, uma entrevista com 04 perguntas abertas norteando o tema, tendo como público alvo 10 profissionais da psicologia, que atuam em Centros de Referência de Assistência Social do município de Santarém-PA. De acordo com a pesquisa, é notório a compreensão da família como uma célula base na vida do indivíduo, um meio fortalecedor para os possíveis vínculos sociais, bem como, geradora da personalidade, sendo essa vinculação familiar considerada primordial para o desenvolvimento saudável do sujeito. De acordo com os resultados obtidos através das entrevistas realizadas com os psicólogos, e utilizando da técnica “Ideo central”, a qual contempla a ideia central do discurso do entrevistado, facilitando assim nos resultados, foi possível compreender que, as principais razões geradoras da fragilidade de vínculos afetivos na família são desencadeados por problemas financeiros, violência e uso de drogas. Em relação as técnicas utilizadas, as mais utilizadas são oficinas, atividades lúdicas e reuniões mensais. Na terceira pergunta pode-se perceber que as dificuldades do fazer do psicólogo com a família, é a própria resistência familiar em aderir os serviços do CRAS, e isso perpassa por questões subjetivas. Sobre os sentimentos existentes dos profissionais em fortalecimentos de vínculos familiares bem sucedidos, observou-se a presença se sentimentos de satisfação, reconhecimento e vontade de continuar acreditando. Com isso compreende-se que, a psicologia vem contribuindo de forma imprescindível em questões relacionadas a família, especificamente em centros de referência, na busca de estratégias que possam fortalecer os vínculos familiares, bem como o convívio familiar, levando em consideração os diversos contextos a qual este sujeito está inserido, no entanto, é necessário que a família esteja disposta a fazer parte dos programas ofertados pelo CRAS, e isso ainda é visto como um desafio a ser traçado pela prática não apenas do psicólogo, e sim toda a equipe técnica responsável pelos Centros.

1533 Os desafios da Odontologia Hospitalar no contexto da assistência integral à saúde
RODRIGO FERREIRA DE OLIVEIRA, ELIANE DE OLIVEIRA ARANHA RIBEIRO, ROSANA ELISABETE AGOSTINHO DOS SANTOS, GIMOL BENCHIMOL DE RESENDE PRESTES, ALESSANDRA VALLE SALINO, KEULY SOUSA SOARES, JÉSSICA LOURDES DE AGUIAR GONÇALVES

Os desafios da Odontologia Hospitalar no contexto da assistência integral à saúde

Autores: RODRIGO FERREIRA DE OLIVEIRA, ELIANE DE OLIVEIRA ARANHA RIBEIRO, ROSANA ELISABETE AGOSTINHO DOS SANTOS, GIMOL BENCHIMOL DE RESENDE PRESTES, ALESSANDRA VALLE SALINO, KEULY SOUSA SOARES, JÉSSICA LOURDES DE AGUIAR GONÇALVES

O presente estudo tem por objetivo avaliar a saúde bucal de pacientes internados em um hospital público da cidade de Manaus, refletindo sobre aspectos éticos e políticos do Sistema Único de Saúde sobre a promoção e assistência ao cuidado da saúde bucal dos pacientes hospitalizados, expondo determinantes clínicos locais para avaliar a necessidade da integração de serviços de odontologia hospitalar na cidade de Manaus. O estudo foi do tipo clínico transversal descritivo, realizado na enfermaria da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), a qual é uma das principais unidades com altos níveis de internações na cidade. As avaliações clínicas odontológicas foram antecedidas por uma primária coleta de dados dos prontuários de cada paciente selecionado, para obtenção de informações sobre o motivo de internação e o estado geral de saúde. Os participantes da pesquisa apresentavam variados níveis de complexidades, divididos entre os setores de clínica médica I e II, ortopedia e clínica cirúrgica. Totalizaram 210 pacientes com equivalência quantitativa entre gêneros. Houve predominância de casos totais de pneumonia, traumatismos e colelitíase. A condição bucal revelou 15,2% de desdentados, 84,8% dentados totais/parciais e 43% usuários de próteses dentárias removíveis. Alguma queixa oral foi relatada por 24% dos internados, sendo a mais frequente a dor dentária. A cárie dentária esteve presente em 41,5% dos pacientes e o biofilme bacteriano foi observado sobre as superfícies de próteses e os dentes, em 96% e 69%, respectivamente. Os restos radiculares dentários foram identificados em 26,2% dos avaliados. As alterações e patologias orais foram variáveis e estavam relacionadas a processos infecciosos, medicamentosos e traumáticos, sendo estes a candidíase oral, estomatite protética, úlceras traumáticas, abcessos dentários, lesões hiperplásicas, glossite atrófica, glossite migratória e língua pilosa, afetando em ordem decrescente a mucosa alveolar, língua, mucosa bucal, gengiva inserida, palato duro, mucosa labial e assoalho de boca. Nossos achados evidenciam a necessidade da inserção das práticas odontológicas em âmbito hospitalar contemplando a assistência integral em saúde aos pacientes internados. No Brasil, foi somente em 2004 que a Odontologia Hospitalar foi legitimada com a criação da Associação Brasileira de Odontologia Hospitalar. Em 2008, a Lei nº 2776/2008 foi apresentada obrigando a presença do dentista nas equipes multiprofissionais hospitalares. O exercício da odontologia hospitalar foi somente normatizado por meio do código de ética odontológica em 2012, em que diz “Compete ao cirurgião-dentista internar e assistir paciente em hospitais” e posteriormente pelo CFO com a Resolução 162/2015. Portanto, é competência do cirurgião dentista, o diagnóstico bucal, alívio de dores e erradicação de focos de infecção dentários que podem agravar o estado sistêmico e da internação. O cuidado e a assistência integral exigem o trabalho multidisciplinar e ações interdisciplinares frente as condições de saúde que contraindicam ou impedem a intervenção de procedimentos no paciente, e conduzindo restabelecer o equilíbrio orgânico do hospitalizado. Por fim, a prática da assistência integral requer atuações em equipe, e participação de gestores que visualizem um modelo humanístico baseado em aspectos éticos e legais no cuidado integral ao paciente.

1920 PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DO GRUPO DE GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
HANNAH CAROLINA TAVARES DOMINGOS, Ana Clara Tupam Newlands, Ana Giselle Gadelha, Talitha Demenjour SIlva, Fabiano Castro

PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DO GRUPO DE GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Autores: HANNAH CAROLINA TAVARES DOMINGOS, Ana Clara Tupam Newlands, Ana Giselle Gadelha, Talitha Demenjour SIlva, Fabiano Castro

APRESENTAÇÃO: A discussão de saúde mental na Estratégia de Saúde da Família (ESF) ainda enfrenta uma série de desafios. Nos últimos anos há no Brasil um aumento da prescrição e uso de medicamentos psicotrópicos na Atenção Primária a Saúde (APS), e ao considerar esse contexto é fundamental planejar ações que fortaleçam o processo de desmedicalização. Traduzido para o português e adaptado à realidade brasileira, o guia da Gestão Autônoma da Medicação (GAM) é um dispositivo que promove a reflexão sobre o uso de psicotrópicos, sendo uma oferta singular de acompanhamento dos usuários de saúde mental, distinta dos grupos tradicionais da APS do município em relação a construção da grupalidade, do manejo e nos objetivos.DESENVOLVIMENTO: Os critérios para a participação de usuários no grupo foram escolhidos coletivamente pelos residentes multiprofissionais da ENSP em conjunto com as equipes da ESF: o uso de um ou mais medicamentos psicotrópicos e se o usuário apresenta alguma questão quanto a medicação. Preparou-se uma lista de usuários e foram feitas visitas domiciliares e ligações para realizar os convites. A condução dos grupos é feita seguindo as perguntas e reflexões descritas no guia GAM, por exemplo: Como é tomar os remédios? Com quem você pode contar nos momentos difíceis? E, de forma coletiva se constrói a reflexão sobre as experiências individuais externalizadas.RESULTADOS: Durante o manejo dos grupos, nos diferentes campos, foi observado como este é um espaço potente de cuidado aos usuários. Eles rememoraram seus gostos, sua trajetória, falaram de seu sofrimento, exclusão social, tentativas e ideações suicidas, sua relação com os medicamentos, seus efeitos, como lidam com a ansiedade, o sono, etc. Muitos compartilharam que já interromperam a tomada da medicação por conta própria. Também foram expostas indagações sobre a condução do tratamento na equipe. A GAM apareceu como mote para a discussão de saúde mental tanto entre os usuários quanto entre a equipe da SF. Observamos que há falta de implicação das equipes para as demandas produzidas pelo grupo GAM e também na construção do mesmo. Contudo, há compreensão de que esta é uma forma pertinente de cuidado. Para além, a leitura do guia pelos usuários possibilitou que estes tivessem maior acesso à informação sobre o uso da medicação.CONSIDERAÇÕES FINAIS: O guia GAM questiona a experiência dos usuários  quanto ao uso de psicotrópicos para que, a partir da transversalização de saberes - dos usuários, profissionais e familiares - seja obtido o melhor tratamento. Com isso, promove-se um espaço pedagógico de questionamento em relação ao uso e manejo desses medicamentos, e também sobre os processos de cuidado e adoecimento de saúde mental na APS.

2562 Psicologia da saúde e fibromialgia: intervenções psicológicas em um centro de saúde
Suellen Conceição de Queiroz Santos, Fabiana Regina da Silva Grossi, Anchielle Henrique Silva

Psicologia da saúde e fibromialgia: intervenções psicológicas em um centro de saúde

Autores: Suellen Conceição de Queiroz Santos, Fabiana Regina da Silva Grossi, Anchielle Henrique Silva

O psicólogo social da saúde tem um papel importante em proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos sujeitos, na qual designa-se a cuidar do outro, escutar, acolher, ouvir sem criticar, entender e realizar ações voltadas em forma de apoio e suporte aos que precisam. Atualmente, a Síndrome da Fibromialgia (SF) tem causado vários impactos negativos na qualidade de vida dos seus portadores. Com a grande demanda de casos crescentes da SF, algumas medidas são necessárias para auxilio diante seu tratamento, uma delas é a psicologia, que vem contribuindo de forma eficaz aos portadores da síndrome da fibromialgia. Com isso é de extrema importância utilizar-se de alguns métodos da psicologia social da saúde como meio de apoio a essas pessoas. Assim, este relato de experiência refere-se ao programa de estágio de psicologia da saúde do 7° e 8° semestre do curso de psicologia da uma faculdade privada no município de Barreiras, Bahia. O objetivo das práticas efetuadas durante o estágio teve como foco a melhoria de vida dos seus participantes, através de um grupo de encontro programático, cujo o intuito é de promover saúde das pessoas diagnosticados com SF. Os encontros foram realizados desde o mês de Março até o mês de Outubro de 2017, com mulheres fibromiálgicas em um centro de saúde público localizado na cidade de Barreiras/BA, uma vez por semana, com duração de uma hora e meia. Os encontros contavam em média com a participação de 20 mulheres.  O grupo tinha intervenções através de dinâmicas de grupo, filmes, palestras, discussões e atividades de convivência, possibilitando assim troca de experiências. Os principais assuntos trabalhadoras foram: sexualidade, estratégias para a dor, importância da atividade física, família e papel da mulher na sociedade. As mulheres, a cada encontro se mostravam bastante participativas, tentando fazer daquele dia uma melhora para sua vida, motivadas, sempre levando o conteúdo para comprovações de casos do seu dia-a-dia. Foi possível verificar a presença da afetividade e vínculo entre as mulheres, através da compreensão e possibilidade de serem escutadas, tornando-se uma família, conforme relato das mesmas. Dessa forma, foi possível verificar a importância do grupo para o enfrentamento da doença e possibilidade de melhor qualidade de vida. O grupo de encontro das pessoas que possuem SF é de grande importância na vida dessas mulheres, o qual proporciona apoio e estratégias para lidar com a doença. Destaca-se também a importância da psicologia social da saúde, que mostrou seu potencial de forma coletiva, descontruindo a ideia da psicologia unicamente clínica, mas com uma visão psicossocial.

3285 Acompanhamento de lesões venosas em um paciente domiciliado de Campo Grande - MS
Adrielly Campos da Silva, Lizandra Alvares Félix Barros

Acompanhamento de lesões venosas em um paciente domiciliado de Campo Grande - MS

Autores: Adrielly Campos da Silva, Lizandra Alvares Félix Barros

Trata-se de um relato de caso de um paciente acompanhado em ambiente domiciliar, portador de 2 lesões crônicas. Esse estudo teve como objetivo expor evidências obtidas em uma proposta terapêutica para fechamento de lesões crônicas do tipo úlcera venosa em um paciente domiciliado por meio de orientações e uso de curativos específicos. A amostra foi constituída por um paciente do sexo masculino, 45 anos, cozinheiro de fazendo desempregado, não faz uso de medicamentos, não apresenta doença pré-existente, não fuma, etilista crônico. O paciente apresentava 2 lesões de etiologia venosa em região do terço médio e inferior da perna esquerda. Segundo relato, o quadro iniciou há 11 anos, após acidente ofídico (complicações devido à realização de torniquete nos primeiros socorros). O membro afetado apresentava dermatite ocre, varizes superficiais no membro e claudicação devido dor no membro afetado. O caso não era acompanhado pela equipe de saúde da família e segundo o paciente, nunca foi realizado acompanhamento. Como o paciente não tinha diagnóstico médico de insuficiência venosa, optou-se por não realizar o uso de terapia compressiva. Para escolha adequada do curativo, coletou-se material microbiológico das lesões utilizando swab estéril com meio Stuart. O resultado expôs a presença de microrganismos e os antibiogramas demonstraram susceptibilidade variável, com resistência a mais de cinco antibióticos, entre eles, a Clindamicina e Azitromicina. Com base no resultado da análise, optou-se pelo uso de Polihexanida (PHMB) 0,2% para limpeza e hidrogel PHMB 0,1% associado a cobertura de Espuma de Alginato com Prata. Os curativos foram trocados a cada 72 horas, com 11 trocas em média no período analisado (29 dias). Durante as visitas, eram reforçadas as orientações sobre alimentação e hidratação da pele, higiene, mobilidade, curativo e a importância de não ingerir bebidas alcóolicas. A análise evolutiva do paciente demonstrou contração de 100% em ambas lesões, a lesão 1 levou 29 dias e a lesão 2 levou 27 dias para tal resultado. As duas lesões também foram submetidas a desbridamento instrumental conservador, a lesão 1 apresentou-se mais profunda após o procedimento. Após a abordagem houve redução significativa tanto da dor quanto do comprometimento venoso ao redor das lesões. Os resultados obtidos foram intensificados a partir do momento que o paciente realizou corretamente as orientações multifatoriais, demonstrando que as orientações são tão importantes quanto a realização correta do curativo.

4185 OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM O CRESCIMENTO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS EM UM HOSPITAL DO ESTADO DO AMAZONAS
Helen Cristine Albuquerque Bezerra, Stéfany Albuquerque Braga, Bruna da Silva Simões, Karla Christina Bernardes, Auriane Bessa da Silva, Hernou Oliveira Bezerra, Paulo Henrique Lira Matos

OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM O CRESCIMENTO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS EM UM HOSPITAL DO ESTADO DO AMAZONAS

Autores: Helen Cristine Albuquerque Bezerra, Stéfany Albuquerque Braga, Bruna da Silva Simões, Karla Christina Bernardes, Auriane Bessa da Silva, Hernou Oliveira Bezerra, Paulo Henrique Lira Matos

O número de doações de órgãos no Brasil ainda é insuficiente para o contingente de pessoas que necessitam e, para muitos é a única alternativa de tratamento para algumas doenças terminais. No Estado do Amazonas essa realidade não é diferente, é preocupante o crescimento entre a alta demanda por transplante de órgãos e o baixo número de notificações e índice de transplante. Observa-se que o não reconhecimento da morte encefálica, entrevista familiar, manutenção clínica do doador falecido e contra indicações mal atribuídas são muitos dos problemas de oferta que estão associados à falha no processo de doação. Este estudo teve como objetivo monitorar a eficácia das notificações para diminuir a recusa familiar para o possível doador de órgãos e apresentar os dados do primeiro semestre de 2017. Trata-se de um estudo retrospectivo de caráter exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, que realizado por meio de análise do relatório de notificações na rede de urgência e emergência do Hospital e Pronto Socorro João Lúcio Pereira Machado no primeiro semestre de 2017. Foram notificados 65 potenciais doadores, onde 21 familiares entrevistados 7 apenas doaram, 10 familiares recusaram, 18 pacientes evoluíram para PCR antes do fechamento do protocolo e 9 contra indicações. CONCLUSÃO. O desconhecimento dos profissionais que atuam na rede de urgência sobre o tema, vai de encontro com o modelo espanhol, que refere que não há falta de doadores, mas sim que os mesmos não são identificados em tempo hábil, e com isso, os dados mostram o desperdício e a precariedade na condução do manejo dos possíveis doadores de órgãos que se encontram em morte encefálica, dificultando a rede de transplantes e o acesso da população na utilização do transplante de órgãos como medida de tratamento para algumas patologias e melhora da qualidade e sobrevida dos potenciais receptores que aguardam por transplante.

4212 Atendimento Odontológico em Escolas do Campo no Município de Teutônia-RS
Maurício Fernando Nunes Teixeira, Camila Edelwein, Iuri Souza, Andreas Rucks Varvaki Rados, Eduardo Sehnem, Fábio Guarnieri, João Augusto Peixoto de Oliveira, Sandro Frohlich

Atendimento Odontológico em Escolas do Campo no Município de Teutônia-RS

Autores: Maurício Fernando Nunes Teixeira, Camila Edelwein, Iuri Souza, Andreas Rucks Varvaki Rados, Eduardo Sehnem, Fábio Guarnieri, João Augusto Peixoto de Oliveira, Sandro Frohlich

Introdução Ter uma boa saúde bucal é extremamente importante na primeira infância, pois é nela que criamos costumes e hábitos que são fortificados e mantidos para o resto da vida. Nesta fase da vida, é de extrema importância a colaboração dos responsáveis, para uma adequada higienização dos dentes e acompanhamento das doenças que possam se manifestar. O Programa Sesc Sorrindo para o Futuro é realizado pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc em parceria com as prefeituras municipais do Rio Grande do Sul desde 2003. Em constante inovação, o projeto vem trabalhando na prevenção de fatores de risco comuns às doenças crônicas, estimulando a formação de escolas promotoras de saúde e gerando motivação e envolvimento da comunidade escolar. Tem por objetivo melhorar o bem-estar das crianças a partir da formação de hábitos saudáveis. Desta forma, o programa estimula e incentiva as escolas públicas a construírem uma rotina de hábitos de higiene bucal, alimentação e atividades físicas mais benéficas à saúde. Em Teutônia, cidade de 30 mil habitantes localizada no Vale do Taquari-RS, durante este ano a ação com a Unidade Móvel teve o objetivo de fazer o levantamento epidemiológico utilizando o índice CPO-D (Dentes Cariados, Perdidos e Obturados) e também prestar serviços para comunidades que estão distantes das unidades, facilitando o acesso de escolares do 1º ao 5º ano em todas as escolas do campo da rede de ensino municipal localizadas no interior do município. No total são oito escolas de 18 no município, sendo que todas possuem Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental e apenas uma possui Anos Finais.A cidade apresenta um IDH de 0,747 e uma excelente estrutura com acessos pavimentados a todas comunidades a exceção de uma delas onde o acesso não permite a chegada do ônibus. A Unidade Móvel visita uma vez por semana uma escola rural com motorista, cirurgião dentista, auxiliar de saúde bucal e dois estagiários do 5º módulo do curso de Odontologia da Univates. Nestas escolas os estudantes estão juntos em uma mesma sala e compartilham um mesmo professor que normalmente é o diretor da escola. Algumas delas tem uma merendeira trabalhando na cozinha. O número de estudantes varia de 7 a 37 nos turnos da manhã e tarde.ObjetivoEste trabalho tem o objetivo de apresentar os resultados encontrados com a visita de uma equipe de saúde bucal a escolas do campo em um município de médio porte da região do Vale do Taquari-RS. ResultadosNas escolas foram encontradas diversas realidades, as crianças examinadas têm idade de 4 a 9 anos. As turmas se encontravam dispostas em uma mesma sala, alunos com idade e séries diferentes, mas dividiam o mesmo professor com o acúmulo de funções. Algumas escolas apresentavam uma boa condição de saúde bucal das crianças, já outras apontavam uma realidade mais preocupante, sendo necessária uma intervenção. Um Exemplo de realidade mais preocupante, era um aluno da escola que se encontrava com dentição mista (decíduos e permanentes) sendo no total 21 dentes e 14 deles estavam cariados. Outro fato relevante foi um série de estudantes que nunca haviam consultado com um cirurgião dentista. Foram visitadas 8 escolas rurais com um total de 177 crianças matriculadas, sendo que 160 passaram pelo exame odontológico, das quais 91 necessitam de alguma intervenção odontológica (57%). Encontramos alguns pacientes portadores de necessidades especiais como Síndrome de Down, Síndrome de Tourette, cegueira, déficit de crescimento, e mental. O CPOD médio foi de 3,56 variando de 2,00 a 7,3. DiscussãoA partir dos resultados encontrados a equipe de saúde bucal se reuniu com o secretário de saúde e com o secretário da educação e foi realizado um planejamento específico de atendimento para as escolas do campo do município considerando a dificuldade de acesso dos pais e estudantes ao tratamento odontológico relacionados ao difícil acesso ou falta de conhecimento. Baseados no princípio da equidade, no qual é necessário facilitar o acesso à população mais vulnerável, para o próximo semestre foi garantido a continuidade do programa e consideradas as seguintes ações:Tratamento clínico com prioridade para o 4 e 5º ano: a maioria destas escolas não apresenta os anos finais do ensino fundamental e estes estudantes vão para as escolas urbanas no ano seguinteNovos exames em crianças que entrarem: paralelamente ao atendimento os escolares que entrarem na escola devem ser examinadosAmpliação de atendimento com a Nutricionista e Fonoaudiologia: Nas visitas às escolas rurais a equipe deve ser ampliada com pelo menos mais uma nutricionista e os casos detectados de problemas de fala serão encaminhados para a fonoaudiólogaIntervenções de educação em saúde crianças/pais/professores: As ações de promoção de saúde devem envolver os sujeitos que participam da vida escolar dos estudantes. A comunidade deve ter participação ativa na escola, e deve entendê-la como instituição sua, a qual deve integrar e cuidar. Uma comunidade ativa na vida escolar proporciona, as suas próximas gerações, a oportunidade de conhecer e se apropriar da cultura local, suas tradições e histórico local.Parceria com a secretaria de educação para repensar o modelo pedagógico dessas escolas: o que se percebeu durante as visitas foi um grande esforço dos professores para ajustar a metodologia de ensino de uma escola multisseriada a um padrão tradicional. Pensar o modelo pedagógico mais indicado para as escolas do campo com suas características específicas e discutir com os professores isto pode ser uma das contribuições para a melhora das condições de saúde dos estudantes. Considerações FinaisAo iniciar o trabalho com o Projeto Sorrindo para o Futuro no meio do ano passado não tínhamos ideia do que se encontraria. Teutônia é um município de colonização alemã localizado no Vale do Taquari e com um desenvolvimento razoável em uma das regiões mais desenvolvidas do estado, não há pobreza visível na área urbana e a situação de saúde bucal das crianças do ensino fundamental não difere muito do que a literatura nos apresenta. Ao realizarmos o levantamento das escolas do campo percebemos uma diferença importante com a área urbana e a necessidade de tratamento dos escolares é muito maior. Outra questão importante diz respeito às características destas escolas. estudantes do 5º ano muitas vezes atuam como tutores dos menores para auxiliar o professor que  muitas vezes tem 18 estudantes em uma única sala de aula.A presença da Unidade Móvel junto a estas comunidades vai permitir o acesso por parte destes estudantes ao tratamento odontológico que, em condições normais, não seria possível, o que certamente acarretará trazer uma melhora de condição de vida para os estudantes que vivem nas regiões mais afastadas do município.

4365 O lugar da Fonoaudiologia no SUS: insuficiência, disparidade e paradigma de saúde
Camila Lima Nascimento, Helenice Yemi Nakamura

O lugar da Fonoaudiologia no SUS: insuficiência, disparidade e paradigma de saúde

Autores: Camila Lima Nascimento, Helenice Yemi Nakamura

Apresentação: O paradigma de saúde trazido pelo SUS gerou discussões sobre a formação profissional para adequação à nova organização proposta. O deslocamento do olhar da doença para o sujeito e seu meio trouxe impacto profundo na produção de cuidado em saúde. As profissões da saúde vivem um momento de reconstrução de identidade para uma inserção na Saúde Coletiva plena e potente. Pautar a formação e intervenções na promoção de saúde requer do profissional o redimensionamento de seu papel e função social, atento às necessidades da comunidade, em contrapartida aos modelos prescritivos de atuação na área. Para a formação de fonoaudiólogos, nas Diretrizes Curriculares Nacionais vigentes, há orientação para formação de profissionais capazes de atuar no SUS,  desenvolvendo ações desde a promoção até a reabilitação da saúde, em nível individual e coletivo.  Como tantas outras profissões da área, o fonoaudiólogo ainda encontra dificuldades na sua identidade como profissional generalista, com atuação pautada na integralidade do cuidado na Saúde Coletiva. Historicamente, é possível observar mudanças na formação do fonoaudiólogo desde os primeiros cursos na década de 60 com caráter essencialmente reabilitador e clínico, que legitimava práticas elitistas focadas na atenção à doença/distúrbio. E, como profissão reconhecida há 36 anos, está em movimento para ampliação da atuação no sistema público de saúde. Apesar da inserção incipiente, a demanda por fonoaudiólogos no SUS apresenta crescimento nos últimos anos, trazendo a tona a necessidade de discussão do dimensionamento profissional da categoria frente a importância da atuação na rede de atenção à saúde. Há grande disparidade na distribuição de profissionais de Fonoaudiologia no país, no  Estado de São Paulo concentra-se  o maior número de cursos de graduação e de profissionais. A literatura aponta para a insuficiência de profissionais de Fonoaudiologia frente a demanda. O cenário atual das políticas públicas de saúde, como a criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família em 2008, tem favorecido a ampliação das ações fonoaudiológicas no SUS, mas a efetiva inserção da Fonoaudiologia no sistema de forma efetiva depende, dentre outros fatores, da formação profissional e da mobilização e articulação das entidades de classe da categoria, além do envolvimento dos profissionais. Neste cenário, o dimensionamento de profissionais no SUS se faz necessário para a atuação do fonoaudiólogo em toda sua potência para oferta adequada às necessidades da população de um determinado território. Ainda não há apontamento, pelas entidades de classe na Fonoaudiologia, do dimensionamento profissional, o que impacta na oferta de serviços  e na inserção destes profissionais por município. Na maioria das profissões da saúde a discussão sobre dimensionamento profissional ainda é incipiente e não há consenso sobre os critérios e parâmetros que possam embasar o cálculo. Há na literatura apontamentos sobre o uso de dados epidemiológicos disponibilizados nos sistemas de informação em saúde, para embasar estudos sobre o dimensionamento profissional, estabelecendo parâmetros consistentes de necessidades em cada município. Diante deste cenário, o objetivo do presente trabalho é descrever e discutir a distribuição de profissionais de Fonoaudiologia no SUS do Estado de São Paulo.Desenvolvimento do trabalho: Foi realizado estudo descritivo com levantamento de dados secundários de domínio público oriundos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde (CNES) - base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, disponibilizando dados para subsidiar a gestão do SUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo como período de referência julho de 2017. Foram gerados arquivos processados pelo software TABNET do Departamento de Informática do Ministério da Saúde, que foram, posteriormente, organizados em planilhas de excel para organização das informações e extração de tabelas e gráficos. Além disso, foi realizada revisão bibliográfica acerca do tema em outras profissões da área da saúde, como a Enfermagem e a Odontologia.Resultados e/ou impactos: Os dados sobre a presença de profissionais de Fonoaudiologia nos municípios paulistas mostram que todos os municípios com mais de 50.000 habitantes possuem fonoaudiólogos atuando no SUS. Nos municípios entre 5.000 e 50.000 habitantes, a grande maioria desses conta com profissionais da área no serviço público e somente entre os municípios com até 5.000 habitantes pouco menos de metade dos municípios possui fonoaudiólogos em seu quadro de funcionários que atendem o SUS. Os números disponibilizados nos bancos de dados secundários Ficou evidenciada a falta de critérios no planejamento para inserção deste profissional no sistema público, com concentração maior de profissionais em cidades menores na comparação com municípios maiores, havendo relação inversamente proporcional entre o porte dos municípios e o número de fonoaudiólogos atuando no SUS. Além da ausência ou alta concentração de profissionais em municípios do mesmo porte. O estado de São Paulo apresenta um grande desafio na gestão da rede de cuidado nos mais diversos níveis, umas vez que apresenta elevado número de municípios pequenos, exigindo uma articulação ainda maior das redes de saúde municipais e estadual. A presença de fonoaudiólogos na Atenção Básica apresenta grande diversidade de inserção, incluindo unidades com Estratégia de Saúde da Família, unidades tradicionais e Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Essa diversidade pode gerar diferentes construções do papel do profissional dependendo do nível de atenção. O  dimensionamento profissional pode auxiliar na organização da oferta de cuidado à população em todas as fases da vida e níveis de atenção, uma vez que o fonoaudiólogo é habilitado para a aquisição e manutenção da comunicação humana, importante fator para participação ativa de cada sujeito na sociedade.Considerações finais: A falta de dimensionamento adequado acarreta limitações importantes na atuação do fonoaudiólogo no SUS, como impossibilidade de ações adequadas às políticas de saúde vigentes por demanda excessiva de atendimento clínico nuclear. Tendo impacto na  identidade deste profissional, que se encontra pressionado pelo que deveria fazer e o que precisa fazer, influenciando sua própria saúde. Além disso, a má distribuição e insuficiência de recursos humanos na área geram impacto negativo na imagem da profissão frente às outras profissões e à comunidade em geral, reforçando o conhecimento restrito sobre as possibilidades de atuação da Fonoaudiologia.Diante do panorama apresentado, fica evidenciada a importância da construção e discussão de parâmetros que auxiliem no dimensionamento adequado dos profissionais de Fonoaudiologia no serviço público.

4887 AGRAVOS NA SAÚDE DE INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM ACIDENTES OFÍDICOS EM ÁREA URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE COARI-AM
Rhuana Oliveira, Miriam Juliana Lanzarini Lacerda, Joaquim Gomes Fonseca, Grace Anne Andrade da Cunha, Abel Santiago Muri Gama

AGRAVOS NA SAÚDE DE INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM ACIDENTES OFÍDICOS EM ÁREA URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE COARI-AM

Autores: Rhuana Oliveira, Miriam Juliana Lanzarini Lacerda, Joaquim Gomes Fonseca, Grace Anne Andrade da Cunha, Abel Santiago Muri Gama

Apresentação: Os acidentes por animais peçonhentos podem ser causados por serpentes que possuem glândulas de veneno e órgão inoculador. Os países tropicais latinos americanos apresentam a maior incidência mundial de acidentes ofídicos, sobretudo nas regiões tropicais, como a Amazônia. Neste sentido, o estudo teve como objetivo investigar a ocorrência de acidentes ofídicos causados por serpentes, no município de Coari - Amazonas. Desenvolvimento: Foram coletados dados secundários dos registros epidemiológicos do Hospital Regional do Município de Coari no período entre 2007 a 2015. A coleta de dados foi realizada por acadêmicos de enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas (ISB/UFAM), previamente treinados. As análises de dados foram realizadas pelo programa SPSS, versão 22.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas com CAAE n. 74327617.1.0000.5020. Resultados: Entre os anos analisados foram notificados 540 acidentes ofídicos no município, com predomínio do sexo masculino (81,7%), faixa etária entre 19 a 59 anos (59,3%), sujeitos que estudaram até a 4º série (44,4%) e agricultores (40,2%). As principais serpentes envolvidas nos acidentes foram a Bothops atrox – jararaca (59,6%), seguida de Lachesis muta muta – pico de jaca (35,2%). As regiões anatômicas mais atingidas foram o pé (47,8%), seguido da perna (28,9%), mãos (6,7%) e dedos do pé (6,3%). Com relação ao tempo da ocorrência do acidente até o atendimento médico a maioria levou entre 2 a 3 horas (23,9%). Quanto à classificação dos casos, prevaleceram os considerados leves (39,8%), seguidos de moderados (37,6%) e graves (9,1%). Dentre os sinais e sintomas, o de maior frequência foram dor e edema (52%), seguidos de apenas dor (25,6%). A ocorrência dos acidentes ofídicos distribui-se sazonalmente durante todo o ano. Entre os meses de janeiro a junho há maior ocorrência de acidentes ofídicos, devido o aumento dos volumes de águas dos rios, levando os moradores a carga de trabalho superior à de costume, e com a diminuição do espaço territorial há maior probabilidade do encontro do homem com serpentes. Nos meses seguintes (julho a setembro) ocorre a redução no número de acidentes devido à vazão dos rios e redução das chuvas; entre outubro a dezembro há uma pequena elevação do número de casos, com início dos períodos das chuvas. O estudo apontou os principais aspetos envolvidos na epidemiologia dos acidentes ofídicos, possibilitando a articulação de ações preventivas para redução destes agravos de saúde. Considerações finais: Estas populações dependem da floresta e dos rios para seu desenvolvimento, combinando atividades de pesca, caça, agricultura de subsistência e extrativismo vegetal para o sustento de suas famílias. Desta maneira, é importante o uso de Equipamento de Proteção Individual, sobretudo no período supracitado. Para isso, é importante que sejam realizados treinamentos com equipe de saúde, a fim de instrumentalizar os profissionais, sobre a importância de registros qualificados e orientação da população na prevenção de acidentes ofídicos.

4925 Método Monfort: Método de Reabilitação inédito utilizado na Hidroterapia
Claudia Maria Monforte Magalhães

Método Monfort: Método de Reabilitação inédito utilizado na Hidroterapia

Autores: Claudia Maria Monforte Magalhães

Apresentação do que trata o trabalho e Objetivo Graças a sabedoria fisioterapia milenar em relação as propriedades curativas da água, estudos atuais vêm confirmando resultados bastante expressivos na eficácia da reabilitação aquática, onde a hidroterapia mostra ser um importante recurso dentro da para tratar grande diversidade de afecções. Existem métodos consagrados em hidroterapia como: Bad Ragaz, Halliwick, Watsu e Ai Chi. O Método Monfort vem sendo desenvolvido por 30 anos, experiência esta que levou ao aprimoramento de técnicas inéditas cuja resposta de sua eficácia vem sendo mostrada na prática, e sua repercussão vem beneficiando uma grande quantidade de pacientes que se fez uso desta. Este Método se faz diferente dos já apresentados porque é voltado para reabilitar disfunções neuro-músculo-esqueletica, como afecções que acomete a coluna vertebral cervical, torácica, lombar, sacro-coccígea e o complexo do joelho e ombro. Temos como objetivo, dividir este conhecimento e poder propalar e disseminar este Método, preparando fisioterapeutas e capacitando-os para o mercado, onde os mesmos terão em mãos mais uma ferramenta poderosa em Reabilitação Aquática. Além disso, o Método Monfort oferece aos fisioterapeutas e pacientes uma nova vertente de tratamento dentro da fisioterapia.   Desenvolvimento do trabalho – descrição da experiência ou método do estudo O método foi criado em decorrência da demanda de pacientes que procuravam tratamentos específicos para suas afecções e os métodos tradicionais não supriam suas necessidades. Nestes anos de construção, o Método Monfort fora aclarado por métodos consagrados com comprovação científica como Maitland, Mckenzie, Mulligan, Alexander, Osteopatia entre outros, não estamos replicando estes métodos mais construindo um embasamento alicerçado que nos possibilitou grande sucesso. Os equipamentos a serem utilizados na pratica da hidroterapia, são implementos como flutuadores, bastões, extensores barras, etc., e a cada vez mais aparelhos são lançados no mercado para implementar a prática da Reabilitação Aquática. Cada vez mais aumenta o acervo dos aparelhos lançados no mercado para contribuir com prática da reabilitação aquática. O Método Monfort se diferencia dos métodos convencionais porque o material a ser utilizado para Reabilitar os pacientes faz uso do próprio seguimentos anatômicos do corpo do fisioterapeuta, ou seja, áreas superficiais côncavas e convexas projeções arredondadas e superfície achatadas. Estas estruturas entram em Reciprocidade com as estruturas anatômicas do paciente, como se fosse uma luva, proporcionando um molde perfeito em ambas. A importância relevante da manobra é o fato de proporcionar ao paciente extremo conforto, segurança e estabilidade para tratar seguimentos em disfunção ou lesado. Importante citar que o fisioterapeuta estabelece uma grande intimidade física com o paciente, onde o fisioterapeuta desenvolve uma grande empatia com o paciente, ou seja apura sua capacidade de sentir e vivenciar algumas emoções dos pacientes, como por exemplo, respiração, frequência cardíaca, tensão muscular, medo, insegurança, aconchego, segurança, entre outros. E o mais importante, desenvolve a percepção dos limites de dor do paciente, tornado indescritível a sensação de amparo e assistência provida pelo fisioterapeuta. Não podemos deixar de citar que o Método só foi possível ser desenvolvido, pelos estudos acirrados das propriedades físicas da agua, seus prós e contras, podendo realizar as manobras com muita destreza e responsabilidade. Resultados e ou impactos: Os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa Como o Método foi aprimorado em detrimento a sensibilidade de estruturas acometidas do paciente é importante salientar que a anatomia palpatória é realizada simultaneamente com as manobras seletivas do Método Monfort, que é o acoplamento das estruturas anatômicas entre fisioterapeuta e paciente. A acurácia do Método se deu pelo desafio de encontrar os níveis da água ideal para realizar cada manobra seletivamente no intuito de estabilizar os corpos no meio liquido. Os corpos estabilizados promovem segurança e tranquilidade a ambos. Outro desafio foi desenvolver sistemas de acoplamento entre paciente e fisioterapeuta, para isto temos que levar em conta cada detalhe do biótipo do paciente, como circunferência antropométrica, altura, estrutura muscular, óssea entre muitos outros detalhes. A biomecânica das manobras foi regida pela localização espacial do corpo do fisioterapeuta em relação ao corpo do paciente para realizar as manobras de acoplamento, ou seja, direções e posições variadas como: de costas, lado, ou frente para o paciente. O método vem cada vez mais mostrando seu valor, e por todos estes anos os relatos dos pacientes que fizeram uso desta prática mostraram segurança e respeito pelo mesmo. Atualmente, para comprovar cientificamente a eficácia do método, estamos fazendo um Estudo de Caso com 57 pacientes para que o Método Monfort seja validado. Durante o tratamento muitos pacientes relatam conforto e alívio das dores instantaneamente, como também o período de tratamento que vai ser necessário para cada paciente, que será estipulado pelo fisioterapeuta onde o resultado comprovará a eficácia do método e a resposta satisfatória.

5007 PACTUAÇÃO DA REDE SOBRE O PROJETO TERAPÊUTICO QUANTO A AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA PESSOA AMPUTADA NA REABILITAÇÃO
rose haberland, rose haberland, Vívian Alflen, andre Baia, andre Baia, nadja Fialho, nadja Fialho

PACTUAÇÃO DA REDE SOBRE O PROJETO TERAPÊUTICO QUANTO A AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA PESSOA AMPUTADA NA REABILITAÇÃO

Autores: rose haberland, rose haberland, Vívian Alflen, andre Baia, andre Baia, nadja Fialho, nadja Fialho

INTRODUÇÃO:  A amputação é  definida  como  a  retirada total ou parcial de um membro, essa dentro do contexto para o tratamento com o intuito de prover melhora da qualidade de vida. A reabilitação composta por uma equipe multiprofissional tem como projeto terapêutico do paciente a pactuação dentro da equipe, objetivando garantir a atenção integral e minimizando condutas conflituosas. OBJETIVOS: Avaliar as condições funcionais e nível de independência da pessoa amputada. Identificar propostas de orientações às equipes multiprofissionais para o cuidado da saúde integral à pessoa com amputação em toda a rede de cuidados à pessoa com Deficiência. MATERIAIS  E MÉTODOS: Estudo do tipo quantitativo e transversal   que   avaliou   a   independência   funcional   em   pacientes   amputados   no membro   inferior   através   do   questionário   Medida   Funcional   para   Amputados.   A população abordada  foram  amputados no   membro  inferior   unilateralmente,  onde teve como critério de inclusão: ambos os sexos, faixa etária de 38 a 82 anos, nas fases   -   com   a   protetização,   na   espera   da   prótese   ou   sem   a   indicação   para  a protetização.   Essa   população   foi   acolhida   no   Centro   de   Reabilitação   após encaminhamento da Unidade Básica de Saúde de referência e passaram por uma avaliação física multiprofissional. Após, direcionados para a profissional, autora da pesquisa, uma avaliação específica sobre funcionalidade e independência. Para a avaliação   funcional   contemplaram   questões   como:   nome,  idade,   tempo   de amputação,   tempo   de   uso   da   prótese,   motivo   da   amputação,   transferências, mobilidades, condições clínicas que levam a risco de novas amputações entre outros parâmetros. Utilizou-se também alguns equipamentos para padronizar como tablado, colchonete, cadeira com encosto, barras paralelas e meios auxiliares de locomoção quando necessário. RESULTADOS: Análise descritiva com dados quantitativos e qualitativos, na amostra de 25 indivíduos amputados, sendo 10 pessoas com amputação nível transfemural, 14 transtibial e 1 transmetatarsiana; sendo divididos na faixa etária de 38 a 60 anos 8 pessoas e maiores de 60 anos 17 pessoas, quanto ao gênero 17 homens e 8 mulheres. Os dados foram obtidos no período de julho 2016 a fevereiro de 2017. Detectou-se que em todos no momento da alta do acompanhamento contínuo ainda necessitavam   de   auxílio   para   marcha,  principalmente   em   ambiente   externo. CONCLUSÕES: Com o olhar para a funcionalidade foram identificados o impacto da amputação   e   a   presença   ou   ausência   de   facilitadores   /   barreiras,   que   sejam relacionados à arquitetura, fatores econômico, cultural ou social, no desempenho da pessoa amputada.  

5375 A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA UNIDADE DE ATENDIMENTO IMEDIATO DO HOSPITAL OFFIR LOYOLA
Sara Laureni Monteiro, Claudia Tereza Fonseca

A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA UNIDADE DE ATENDIMENTO IMEDIATO DO HOSPITAL OFFIR LOYOLA

Autores: Sara Laureni Monteiro, Claudia Tereza Fonseca

O presente resumo apresenta os direitos sociais dos usuários diagnosticados com câncer e discute a prática profissional do assistente social na Unidade de Atendimento Imediato-I (UAI) identifica de que forma o assistente social procura garantir a efetivação dos direitos legais dos pacientes oncológicos atendidos UAI-I do Hospital Offir Loyola no Estado do Pará (HOL). A UAI-I, conhecida como setor de urgência do HOL, é o local de atendimento imediato a usuários em tratamento oncológico que chegam em busca de atendimento de caráter de urgência clínica, requerendo uma intervenção imediata com o intuito de evitar a morte ou outros agravos. A Constituição Federal de 1988 afirma no Art. 6º que: são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. Cabe ao Estado prover saúde a todos os cidadãos, através das políticas públicas, no caso de usuários com câncer tem uma lei especifica - Lei Nº 12.732, de 22/11/2012, para o acesso ao tratamento. A lei afirma que esse paciente tem direito a tratamento gratuito no SUS quando confirmado em biopsia o diagnóstico, após o laudo médico a data prevista para início do tratamento é de no máximo 60 dias em hospital especializado de alta complexidade. O usuário em tratamento oncológico, tem direito de ser referenciado pela unidade de saúde do bairro para um atendimento de alta complexidade, tendo assegurado o direito de ser atendido de forma digna em serviço especializado e se necessário em atendimento de urgência oncológica, de acordo com os princípios da carta dos direitos dos usuários e da Lei Orgânica da Saúde n.º 8.080. Por desconhecer seus direitos e a dificuldade no acesso a rede de serviços de saúde, não se cumpre os prazos estipulados em lei e muitas das vezes o direito de iniciar o tratamento no prazo de 60 dias é violado. Os direitos sociais do usuário oncológico não são efetivados ou garantidos em sua integralidade, muitos desses direitos são negados, ou atendidos fora dos prazos previstos para êxito do tratamento do câncer, o que gera algumas situações como: Judicialização para o acesso ao serviço de saúde; que deveria ser garantido de acordo como está previsto no SUS, sem necessidade da intervenção da justiça; Agravamento do quadro clínico em decorrência da falta de medicação; Espera em filas para realizar quimioterapia e radioterapia; Demora para conseguir o TFD; Fila de espera aguardando leito; Demora na consulta especializada com o oncologista; Dificuldade na articulação de traslado do corpo do paciente/usuário para munícipio de origem quando a família não possui recursos de fazer por conta própria; Dificuldade em agendar quimioterapia e radioterapia de primeira vez, o que leva familiares dos pacientes/usuários dormirem em fila em frente ao hospital, decorrente da falta de hospitais públicos especializados. Ressaltamos que o mais importante direito social, o do tratamento e recuperação da saúde, é o principal direito negado aos pacientes/usuários diagnosticados com câncer. Diante deste contexto da negação de direitos que abordaremos a intervenção do Serviço Social junto a esses usuários. A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL JUNTO AOS PACIENTES ONCOLÓGICOS O tratamento do câncer é complexo, requer interdisciplinaridade, profissionais tecnicamente qualificados para as intervenções e atendimento humanizado, ressaltando que para que isso ocorra é necessária uma estrutura adequada, seja, física, de insumos, medicações e equipamentos. É nesta realidade que o Serviço Social é chamado para intervir, compondo uma equipe multidisciplinar com características diversas, vários desafios num cenário complexo, que exige desse profissional competência técnica e qualificação no que diz respeito ao atendimento aos usuários oncológicos atendidos na UAI-I, pois precisa de instrumentais que permitam um diálogo com pacientes/usuários e famílias capazes de estabelecer confiança para a busca dos direitos sociais, já mencionados anteriormente. Neste contexto entendemos a importância do Serviço Social na saúde e mais especificamente no HOL, este profissional durante o acolhimento e escuta das demandas dos pacientes/usuários oncológicos, procura viabilizar, orientar e informar sobre os direitos sociais. A UAI-I possui aproximadamente entre 10 a 16 leitos, porém há períodos que a demanda é maior que a quantidades de leitos do setor, então são colocados e adaptados novos leitos para atender a demanda. Na UAI I, onde o paciente fica recebendo medicação e aguardando a avaliação do especialista conforme a necessidade ou exames é disponibilizado também a UNIDADE GRAVE com 05 leitos para pacientes que aguardam transferência e avaliação da equipe médica, contando com uma equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, terapeuta ocupacional, psicólogos, assistente social, técnico em enfermagem). Muitos usuários procuram o Serviço Social para informações de acesso os seus direitos sociais, mesmo em meio às inúmeras dificuldades que o sistema lhe impõem, o profissional orienta as rotinas do hospital, onde deve ir pra conseguir os benefícios, orienta quanto as questões dos benefícios, alertando o período do laudo para a pericia junto ao INSS. Diante dessa realidade o profissional de Serviço Social deve estar qualificado e atualizado quanto aos direitos sociais dos usuários, a busca pela garantia desses direitos é incansável entre profissionais e usuários, pois logo no primeiro atendimento no Serviço Social identificamos que os usuários do interior do Estado tem esse direito negado, pela falta de conhecimento e informação de com acessá-lo. Muitas das vezes esses usuários vão a óbito a espera de um leito, de um beneficio que lhe foi negado, por vezes nem chega a iniciar o tratamento, por conta da superlotação no HOL e também porque o Estado não investe na criação de novos leitos. E nessa conjuntura é preciso que o assistente social conheça a rede de serviços e os canais necessários para informar e orientar os usuários qual caminho e instituições que devem recorrer para efetivar seus direitos sociais No campo da oncologia, constitui-se como desafio para o profissional de Serviço Social que suas orientações e informações sobre os direitos sociais de fato se concretizem, às vezes o profissional orienta, articula junto a rede, porém nem sempre o poder público garante o acesso, é difícil para o usuário entender que os direitos foram negados, que a demanda não foi solucionada. Então cabe ao assistente social, usuário e família a busca ininterrupta pelos direitos negados, é preciso acolher novamente as demandas, para encontrar alternativas para o exercício de cidadania que lhe foram retirados. A vivência no setor de urgência mostra um contexto diferenciado de saúde, a falta de recursos para proporcionar qualidade de vida aos usuários que se encontram no processo de finitude da vida, essas são as principais limitações que o profissional enfrenta na UHI-I. Contudo, mesmo com os limites impostos ao Serviço Social, esses profissionais atuam em consonância com as leis, portarias e o código de ética profissional, munidos dos instrumentais técnico-operativo e por meio dos dispositivos legais buscam mediar, intervir e garantir os direitos sociais dos usuários diagnosticados com câncer.

3538 Principais barreiras para a insulinização enfrentadas pelos médicos e pacientes em uma cidade do oeste do Pará
Flávia Karoline Souza da Silva, Juliana Reis Pereira

Principais barreiras para a insulinização enfrentadas pelos médicos e pacientes em uma cidade do oeste do Pará

Autores: Flávia Karoline Souza da Silva, Juliana Reis Pereira

Apresentação: O uso de insulina é imprescindível no tratamento do diabetes mellitus tipo 1.  No caso do diabetes mellitus tipo 2 o uso desse fármaco é instituído quando não se tem os controles glicêmicos adequados, após uso de fármacos orais. Existem barreiras da insulinização durante o plano terapêutico.  O desafio é maior na esfera do Sistema Único de Saúde. O objetivo do trabalho é pesquisar informações sobre as principais barreiras de insulinização enfrentadas pelos médicos e pacientes que atuaram no sistema único de saúde em uma cidade do oeste do Pará no ano de 2016. Desenvolvimento do trabalho: O trabalho é um estudo descritivo e quantitativo e ocorreu no período de agosto á dezembro de 2016. Os resultados da pesquisa foram obtidos a partir da aplicação de dois questionários distribuídos em consultórios particulares e visitas domiciliares. Um questionário destinado aos médicos e outro questionário aplicado aos pacientes diagnosticados com diabetes. Cada questionário possuía 12 questões objetivas. Anteriormente, a aplicação dos questionários foi entregue pelos pesquisadores um termo de consentimento livre e esclarecido e foram feitas orientações sobre a importância do trabalho.  Os dados foram tabulados e tratados no programa EXCEL. Resultados: Participaram da pesquisa 30 pessoas sendo 10 médicos e 20 pacientes.  Entre os dados, os pacientes que afirmaram estar com melhor qualidade de vida após o uso de insulina somam 85%. No entanto, cerca de 65% dos pacientes consideraram desistir do tratamento. Os pacientes que possuem medo de que durante o uso da insulina a sua doença tenha um agravo contabilizam 22%. A insulina mais utilizada é a NPH-Leitosa, utilizada por 15 pacientes. A maioria dos pacientes, neste caso 13, realizou duas aplicações ao dia. Entre os médicos, a maioria corresponde aos endocrinologistas, cerca de 28%. A falha no tratamento oral contribui em 43% dos casos para a mudança e instituição da insulinoterapia.  A principal barreira de insulinização para os médicos é o medo de hipoglicemia em 25% dos casos. A faixa etária mais prevalente com o uso de insulina, para os 6 médicos dos 10 consultados, são os idosos. Considerações Finais: A comprovação de que as barreiras de insulinização realmente existem é um fator atrativo para que estudiosos desenvolvam pesquisas com a intenção de buscar o conhecimento necessário para a compreensão da dinâmica de desenvolvimento do diabetes em diferentes faixas etárias, bem como a relação com os efeitos deletérios sobre o a saúde e qualidade de vida dos pacientes e por fim buscar uma alternativa terapêutica mais eficiente para aquele paciente e a prevenção da doença no público em geral.

2042 CONSUMO DE MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS ENTRE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE QUE TRABALHAM EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO MUNICÍPIO DE COARI – AMAZONAS.
Marcelo Henrique da Silva Reis, Jéssica Karoline Alves Portugal, Mariana Paula da Silva, Victor Linec Maciel Barbosa, Rodrigo Damasceno Costa, Ananias Facundes Guimarães, Paula Andreza Viana Lima, Abel Santiago Muri Gama

CONSUMO DE MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS ENTRE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE QUE TRABALHAM EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO MUNICÍPIO DE COARI – AMAZONAS.

Autores: Marcelo Henrique da Silva Reis, Jéssica Karoline Alves Portugal, Mariana Paula da Silva, Victor Linec Maciel Barbosa, Rodrigo Damasceno Costa, Ananias Facundes Guimarães, Paula Andreza Viana Lima, Abel Santiago Muri Gama

Apresentação: Os Agentes Comunitários de Saúde, são pessoas que atuam junto à população exercendo diversas atribuições na prevenção de doenças e promoção da saúde, através de ações realizadas nos domicílios e comunidade. Em áreas rurais, estes profissionais podem ser o único meio de acesso aos serviços de saúde da população. Desta forma, as responsabilidades sobre suas atribuições se elevam, podendo causar sobrecarga no trabalho, ocasionando impactos negativos à saúde e possibilitando maior adesão ao consumo de medicamentos alopáticos por esses profissionais. Portanto, o objetivo deste trabalho é descrever o consumo de medicamentos alopáticos entre Agentes Comunitários de Saúde de comunidades ribeirinhas do município de Coari – Amazonas. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo transversal realizado com todos os Agentes Comunitários de Saúde que trabalham em comunidades ribeirinhas do município de Coari. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário contendo perguntas sobre características socioeconômicas, demográficas, condições de saúde e consumo de medicamentos nos últimos 30 dias anteriores a pesquisa. A coleta foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2017, durante uma reunião mensal liderada pela Secretaria Municipal de Saúde, para entrega de produção, onde os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os medicamentos alopáticos foram classificados por meio do sistema de Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC), adotado pela OMS e recomendado nos estudos de utilização de medicamentos. Os dados foram analisados no software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) 22.0 for Windows. Resultados: Participaram do estudo 111 Agentes Comunitários de Saúde, destes, 79 (71,2%) fizeram uso de algum medicamento. Dentre os participantes que consumiram medicamentos, a maioria (54,4%) era do sexo feminino, com média de idade de 43,6 anos. Entre os medicamentos mais utilizados, houve a prevalência de analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios não-esteroide, antibióticos, hipotensores arteriais e anticoagulantes. Destacando-se o Paracetamol (15,1%), torsilax (14,3%), Dipirona (10,3%), utilizados principalmente para dores em geral (dor de cabeça, dor nas costas, dores musculares, etc.). Considerações finais: O estudo apontou elevado índice de consumo de medicamentos alopáticos entre agentes comunitários de saúde, podendo estar relacionado a grande sobrecarga de trabalho e estresse que esses profissionais estão submetidos, o que pode ocasionar diversos problemas de saúde, fazendo com que o uso contínuo de medicamentos seja frequente entre esses trabalhadores. Constatou-se ainda que mulheres consomem mais medicamentos que homens, podendo ser justificado pelo fato de mulheres estarem em maior contato com fatores que desencadeiam problemas de saúde, como cólicas menstruais, estresses, atividades domésticas e entre outros. Dessa forma, evidencia-se a necessidade da adoção de medidas educativas que visem a conscientização desses profissionais quanto ao consumo de medicamentos e seus possíveis riscos, principalmente pelo fato de trabalharem na área da saúde, pois o consumo exagerado de medicamentos pode influenciar na indicação de remédios sem prescrição médica para outras pessoas da comunidade em que atuam.