138: Problematizando a prática: estudos e aplicações aos serviços
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 06 - Cunha-Porangã    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1584 OS ACIDENTES DE TRÂNSITO A PARTIR DE DADOS PRÉ-HOSPITALARES EM MUNICÍPIO DO SERTÃO DE PERNAMBUCO
Flávia Emília Cavalcante Valença Fernandes, Josely de França Costa, Joana D'arc Alves de Andrade, Nadja Maria dos Santos, Rosana Alves de Melo

OS ACIDENTES DE TRÂNSITO A PARTIR DE DADOS PRÉ-HOSPITALARES EM MUNICÍPIO DO SERTÃO DE PERNAMBUCO

Autores: Flávia Emília Cavalcante Valença Fernandes, Josely de França Costa, Joana D'arc Alves de Andrade, Nadja Maria dos Santos, Rosana Alves de Melo

Apresentação: De acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), os acidentes de trânsito tendem a ser a oitava causa de morte no mundo, com impactos semelhantes àqueles produzidos por doenças transmissíveis, como por exemplo, a malária. As tendências atuais sugerem que até 2030 as mortes no trânsito se transformem na sétima causa de morte caso não se tomem medidas para mudar essa estimativa, sendo que, esta é uma das principais causas de morte entre jovens com idade de 15 a 29 anos mundialmente, afetando diretamente a população que se encontra nos seus anos mais produtivos. Sendo assim os acidentes envolvendo transportes terrestres são um importante problema de Saúde Pública, responsáveis por grande impacto no perfil de adoecimento e morte da população. Os motociclistas são as principais vítimas desse contexto, pois de acordo com a OMS, estes têm risco 34% maior de morte que os motoristas de outros veículos e ocupam uma das maiores taxas de mortalidade de trânsito no mundo. Além disso, possuem um risco oito vezes maior de apresentar lesões. Isso se deve ao fato de que a moto não tem proteção semelhante à de veículos de quatro rodas, além de que, ao sofrer uma colisão, o motociclista irá absorver toda a energia do impacto sendo arremessado contra outros veículos, objeto ou até mesmo na via pública. Consequentemente esses acidentes geram lesões graves, como politraumatismos e óbito, além de gerar ônus para os serviços de saúde e finanças públicas. O atendimento pré-hospitalar móvel, frente a uma situação de urgência e emergência, independente da natureza da ocorrência, procura chegar o mais precocemente à vítima, prestando o atendimento adequado e transporte, quando necessário, para um serviço de saúde devidamente integrado à rede de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste contexto, o estudo teve como objetivo avaliar os acidentes de trânsito atendidos em nível pré-hospitalar segundo características das vítimas e dos acidentes no município de Petrolina no período de 2012 a 2014. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo realizado no município de Petrolina – Pernambuco, no período de 2012 a 2014. A amostra do estudo foi composta pelos registros dos atendimentos pré-hospitalares realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU 192) e pelo Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) em Petrolina. As informações foram obtidas a partir de bancos de dados de acompanhamento dos atendimentos decorrentes dos acidentes de trânsito e que tenham sido realizados pelos serviços das instituições. Foram incluídos na amostra os registros de atendimento cuja causa tenha sido por acidente e o atendimento tenha sido realizado no próprio município. Os dados foram analisados de acordo com o perfil do acidente e das vítimas contendo as seguintes variáveis relacionadas à vítima (idade; sexo e a ocorrência ou não de óbito) e variáveis relacionadas às circunstâncias do acidente (ano; mês; dia da semana; hora (que foi aproximada até 29 minutos para a hora registrada e após 30 minutos para a hora seguinte); o tipo de veículo envolvido; a zona de ocorrência do acidente). Os dados foram tratados por meio da estatística descritiva. As variáveis categóricas foram apresentadas em suas frequências absolutas e relativas. Foi utilizado ainda para tabulação dos dados o Microsoft Office Excel 2013 e estes foram tratados pelos programas estatísticos Stata 12.0. Esta pesquisa foi utilizada como uma das ações de suporte ao Comitê Regional de Prevenção aos Acidentes de Moto (CRPAM) da VIII Gerência Regional de Saúde (GERES) do estado de Pernambuco na perspectiva de subsidiar o planejamento e execução das ações de prevenção aos acidentes de trânsito, em especial, os acidentes por motocicletas. A pesquisa respeitou os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução nº 466/2012 e foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Pernambuco sob o Parecer nº 1.265.428. Resultados: Foram registrados um total de 10.060 acidentes de trânsito no período de 2012 a 2014 no município de Petrolina. Destes, 80,0% foram atendidos pelo SAMU, 87,2% tiveram motocicleta envolvidas e 65,8% ocorreram na zona urbana. A outra parte envolvida em sua maioria foi motocicleta (65,2%), seguido de carro (24,2%). A faixa etária da maioria das vítimas envolvidas em acidentes esteve entre 20 e 29 anos (40,0%) e 74,6% eram do sexo masculino. O mês que obteve maior número de acidentes foi setembro (9,2%) enquanto o menor número foi registrado no mês fevereiro (7,3%). O ano com maior número de casos foi o ano de 2013 (n=3.385). O dia da semana com o maior índice de acidente foi o sábado (20,6%), seguido do domingo (20,0%) e da sexta-feira (13,7%). Quanto ao turno de maior ocorrência de acidentes, a noite obteve destaque, principalmente nos horários de 18h e 19h (respectivamente 9,4 e 9,3%). Analisando a mortalidade por acidentes de trânsito considerando os atendimentos realizados pelos serviços pré-hospitalares, observou-se um total de 162 mortes. As ocorrências desses óbitos segundo o local, apresentou a zona rural como a mais prevalente (68,1%). Dentre os acidentes com vítimas fatais, 52,5% tinham motocicleta envolvida e 81,3% eram homens. Considerações finais: O levantamento das características epidemiológicas da população atingida por um determinado agravo e o conhecimento dos grupos mais expostos possibilitam a criação e implantação de estratégias de prevenção que podem diminuir os riscos e suas consequências. O presente estudo apresentou informações importantes sobre o perfil dos acidentes de trânsito em nível pré-hospitalar, o perfil das vítimas e as principais características dos acidentes ocorridos e atendidos pelo SAMU e CBMPE. Observou-se maior ocorrência dos acidentes causados por motocicleta. Os acidentes foram mais prevalentes nos finais de semana e no turno da noite. A zona urbana foi a que apresentou maior proporção de acidentes. Contudo, os acidentes ocorridos na área rural apresentaram maior gravidade considerando a fatalidade do acidente. Tal fato direciona para a necessidade de maior atenção e atuação por meio de ações preventivas nessas localidades. Também pode-se perceber que as motocicletas representam não só a maior parte da morbidade, mas também da mortalidade, sendo os homens as maiores vítimas tanto em termos de morbidade quanto de mortalidade. A faixa etária mais acometida foi a de adultos jovens. Algumas limitações foram identificadas no presente estudo por se tratarem de dados secundários. Contudo tais informações não inviabilizam os resultados encontrados. Recomenda-se realização de novos estudos que permitam aprofundamento da temática de forma a subsidiar o planejamento e ações para a prevenção desses agravos.

1606 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS DOADORES DE SANGUE DA FUNDAÇÃO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO ESTADO DO AMAZONAS – HEMOAM, NO ANO DE 2016.
Higor Queiroz, Anselmo Perea, Hefraym Cabral, Kamila Almeida, Igor Tavares

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS DOADORES DE SANGUE DA FUNDAÇÃO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO ESTADO DO AMAZONAS – HEMOAM, NO ANO DE 2016.

Autores: Higor Queiroz, Anselmo Perea, Hefraym Cabral, Kamila Almeida, Igor Tavares

INTRODUÇÃO: A doação de sangue é, ainda hoje, um problema de interesse mundial, pois não há uma substância que possa, em sua totalidade, substituir o tecido sanguíneo (RODRIGUES, 2011). Doadores de sangue no Brasil são de apenas 1,8% da população, esse percentual é insuficiente, principalmente se levada em consideração a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda o índice ideal entre 3% e 5% (LISAN, 2007). OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos candidatos à doação de sangue no Hemocentro do Estado do Amazonas – HEMOAM no ano de 2016. METODOLOGIA: Foi obtida a autorização pela direção da Hematologia e Hemoterapia do Estado do Amazonas, onde realizamos analises dos dados dos doadores do HEMOAM do ano de 2016, através do banco de dados da instituição, para a realização de gráficos e tabulações. RESULTADOS: No ano de 2016 o Hemocentro do estado do Amazonas recebeu um total 77.937 doadores de sangue, destes 57.582/77937(74%) foram considerados aptos para doação de sangue e 20.355/77.937(26%) inaptos.  Dos 77.937 candidatos a doação, percebeu-se que pessoas do sexo masculino estiveram presentes em maior quantidade, com uma porcentagem de 68%. Apenas 24.804 (32%) candidatos a doação eram do sexo feminino. Em relação ao tipo de doador, 26.895/77.937 (35%) candidatos foram classificados em “novo (1° doação)” e 51.042/77.937 (65%) de “retorno (que já realizaram doação)”. Observou – se que o principal tipo de doação em 2016 foi a de reposição/pré-deposito com 43.476/77.937 (56%). Os principais motivos associados à rejeição de candidatos a doação de sangue na triagem clínica foram, a anemia com um total de 6.545/20.355 (32%) candidatos, a promiscuidade sexual/vários parceiros vem em seguida com 1.853/20.355 (9%). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que no ano de 2016, no Hemocentro do estado do Amazonas, grande parte dos doadores já tinham cadastro no Hemoam, percebendo-se que a população que mais procura o Hemocentro é a de retorno, com um total de 51.042/77.937 (65%). Por mais que o total de 77.937 pessoas seja grande, ainda assim pode-se ser considerado insuficiente, pois o Hemocentro atende tanto a capital quanto os municípios de todo o território amazonense.

2035 CONSUMO DE ANALGÉSICOS EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS DO AMAZONAS
Abel Santiago Muri Gama, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Mariana Paula da Silva, Victor Linec Maciel Barbosa, Ananias Facundes Guimarães, Andriele Valentim da Costa, Silvia Regina Secoli

CONSUMO DE ANALGÉSICOS EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS DO AMAZONAS

Autores: Abel Santiago Muri Gama, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Mariana Paula da Silva, Victor Linec Maciel Barbosa, Ananias Facundes Guimarães, Andriele Valentim da Costa, Silvia Regina Secoli

Apresentação: Os povos ribeirinhos do Amazonas vivem às margens de rios e lagos, em meio ao isolamento e desenvolvem as mais variadas formas adaptativas para sobreviverem. As limitações de acesso à educação, informação e saúde são comuns nas comunidades ribeirinhas, o que leva a busca para soluções de problemas de saúde na própria comunidade, sobretudo pelo uso de medicamentos alopáticos. Os medicamentos se utilizados de forma inadequada, podem causar problemas a saúde, com a ocorrência de reações adversas graves, interações medicamentosas, mascaramento de doenças e gastos desnecessários. O analgésico é a classe terapêutica mais consumida em âmbito mundial, em detrimento ao uso para a dor - principal sintoma de doenças, sendo comercializados indiscriminadamente, sem a necessidade de prescrição, além disto, o consumo é maciçamente estimulado por propagandas e pontos de vendas. Objetivou-se investigar o consumo de analgésicos entre populações ribeirinhas de Coari - Amazonas - Brasil. Desenvolvimento do trabalho: Estudo transversal, de base populacional, conduzido através de amostragem probabilística por conglomerados, com ribeirinhos da zona rural de Coari - Amazonas – Brasil, entre abril a julho de 2015. As entrevistas foram realizadas com questionário estruturado. Os medicamentos foram classificados pelo sistema de Classificação Anatômico-Terapêutica-Química (ATC). As variáveis contínuas foram analisadas conforme suas características de distribuição, as categóricas, pelo número e percentual. Resultados: Foram entrevistados 492 sujeitos, 346 (70,3%) relataram uso de medicamentos nos últimos 30 dias. Dentre os que consumiram medicamentos, 185 (53,5%) utilizaram algum medicamento com ação analgésica. O uso de analgésicos predominou entre o sexo feminino (56,2%). Dentre as substâncias químicas mais consumidas (ATC – nível 5) destacaram-se o paracetamol (34,6%), dipirona sódica (33,6%), paracetamol combinado, excluindo os psicolépticos (26,7%) e ibuprofeno (5,1%). Foi observado o uso conjunto de substâncias químicas diferentes com a mesma ação (13%). O consumo de analgésicos foi elevado entre a população ribeirinha estudada, sobretudo entre mulheres. Considerações finais: Os analgésicos parecem ser um componente do autocuidado na saúde dos ribeirinhos, talvez pelas limitações de acesso a zona urbana e facilidade de aquisição destes medicamentos nas farmácias e a necessidade de estocar nas residências para os casos de sintomas de doenças – dor. Por outro lado, é importante a orientação dos ribeirinhos para o uso destes produtos, considerando que não são inócuos a saúde, além de poderem mascarar sintomas de doenças.

2434 Prevalência de baixa acuidade visual em escolares do ensino fundamental no município de Barreirinha – AM
CARLOS EDUARDO GARCEZ TEIXEIRA, FLAVIA EMANUELLE COSTA SILVA, LAURAMARIS DE ARRUDA RÉGIS-ARANHA, LAURO ANTONIO DIÓGENES GONÇALVES, ISAMIRA GÓES BATISTA, SUELEN CRISTINA DE SOUZA SILVA, LUIZ AUGUSTO DA SILVA BELÉM, RAFAEL DE OLIVEIRA MOTA

Prevalência de baixa acuidade visual em escolares do ensino fundamental no município de Barreirinha – AM

Autores: CARLOS EDUARDO GARCEZ TEIXEIRA, FLAVIA EMANUELLE COSTA SILVA, LAURAMARIS DE ARRUDA RÉGIS-ARANHA, LAURO ANTONIO DIÓGENES GONÇALVES, ISAMIRA GÓES BATISTA, SUELEN CRISTINA DE SOUZA SILVA, LUIZ AUGUSTO DA SILVA BELÉM, RAFAEL DE OLIVEIRA MOTA

A visão é essencial para o desenvolvimento biopsicossocial do ser humano. Boa saúde visual correlaciona-se também com bom rendimento escolar o que torna necessário o desenvolvimento de estratégias para avaliação e determinação da acuidade visual de crianças em fase escolar. O presente trabalho teve como objetivo estimar a prevalência de baixa acuidade visual em crianças da Escola Municipal Bom Socorro na cidade de Barreirinha – AM. Trata-se de estudo transversal e observacional envolvendo estudantes da primeira e segunda série do ensino fundamental, realizado através da aplicação da tabela de Snellen para levantar medidas da acuidade visual. Este estudo foi realizado por acadêmicos finalistas dos cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas inseridos em uma Unidade Básica de Saúde de Barreirinha.  Foram considerados como baixa acuidade visual (BAV) valores menores ou iguais a 0,7 no teste realizado. Dos quarenta e quatro pacientes analisados, vinte e quatro (54,5%) eram do sexo masculino e vinte (45,4%) do sexo feminino. A idade da população estudada variou entre seis e nove anos.  Quanto à acuidade visual, 22,7% (n=10) dos sujeitos de pesquisa apresentaram baixa acuidade visual em ambos os olhos, 25% (n=11) apenas no olho esquerdo e 22,7% (n=10) apenas no olho direito. A faixa etária com maior valor percentual de indivíduos com BAV foi a de 8 anos, seguida pela de 9 anos de idade. A prevalência de BAV encontrada em nosso estudo pode ser justificada pela idade das crianças avaliadas (6-9 anos), uma vez que a incidência de distúrbios visuais aumenta nessa faixa etária por conta da maior intensidade no processo de educação escolar. Assim, torna-se necessária a implementação de ações e programas voltados para saúde ocular, pois a detecção de baixa acuidade visual por meio da escala de Snellen permite selecionar escolares que necessitam de correção visual e contribui com o desenvolvimento de estratégias para prevenção, promoção e recuperação de saúde.

3055 Incidência de sífilis congênita em uma maternidade pública de referência do Nordeste brasileiro
Mariana Borges Sodré Lopes, John Lennon da Silva Santos, Volmar Morais Fontoura, Marcela de Oliveira Feitosa, Iolanda Graeep Fontoura, Marcelino Santos Neto, Floriacy Stabnow Santos, Fernando Luiz Affonso Fonseca

Incidência de sífilis congênita em uma maternidade pública de referência do Nordeste brasileiro

Autores: Mariana Borges Sodré Lopes, John Lennon da Silva Santos, Volmar Morais Fontoura, Marcela de Oliveira Feitosa, Iolanda Graeep Fontoura, Marcelino Santos Neto, Floriacy Stabnow Santos, Fernando Luiz Affonso Fonseca

Introdução: A sífilis congênita é sem dúvida um indicador da qualidade da assistência pré-natal, já que é um agravo de saúde passível de prevenção por meio da identificação e tratamento adequado das gestantes infectadas e seu parceiro sexual ainda no pré-natal. E quanto antes for feito o diagnóstico da sífilis na gestação, menor será a chance de haver transmissão vertical para o concepto, desde que o tratamento seja feito corretamente e monitorado através dos testes sorológicos para sífilis. Acredita-se que anualmente ocorram aproximadamente cerca de 12 milhões de casos novos de sífilis congênita no mundo e que pelo menos meio milhão de crianças nasçam com a forma congênita, assim como a sífilis em gestantes, causem milhões de abortos, natimortos e malformações congênitas, sendo um grave problema de saúde pública, principalmente em países emergentes. Objetivo: Determinar a incidência sífilis congenita em uma maternidade pública de referência para a região sudoeste do estado do Maranhão, localizada em Imperatriz-MA. Métodos: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado de janeiro a dezembro de 2014. Dados obtidos a partir das fichas de notificação do serviço de vigilância epidemiológica do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz-MA, maternidade pública de referência para toda região. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Maranhão sob o parecer nº 161.895. Resultados e Discussão: O número de nascidos vivos em 2011, 2012, 2013 e 2014 foi respectivamente 6.132; 5.825; 6.155 e 6.465 crianças. Nos mesmos anos foram notificados 88; 71; 40 e 66 casos de sífilis congênita respectivamente. Encontrou-se que a incidência da sífilis congênita em 2011 foi 9,62 casos para cada 1.000 nascimentos. Em 2012 a incidência foi 11,9; em 2013 a incidência foi 6,4 e em 2014 10,2 por cada 1.000 nascimentos. A sífilis congênita é um grave problema de saúde pública, principalmente em países emergentes. Apesar do Ministério da Saúde ter proposto a eliminação da sífilis congênita até meados do ano de 2000, tal objetivo não foi alcançado, tampouco a meta de 1 caso para cada 1.000 nascidos vivos, uma vez que a ocorrência de sífilis congênita na maternidade pública de Imperatriz-MA foi superior a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. É importante que a detecção dos casos de sífilis ocorra ainda no pré-natal, evitando assim a transmissão vertical para a criança. Conclusão: Concluiu-se que a incidência da sífilis congênita na presente casuística está muito acima da recomendação do Ministério da saúde. Diante disso se tornam necessárias medidas efetivas para o fortalecimento de políticas voltadas para a Atenção Básica, uma vez que essa é responsável para prevenir, diagnosticar e tratar os casos diagnosticados na gestação, visto que o processo de prevenção da sífilis congênita é feito por ações simples, eficientes e de baixo custo e dependem do diagnostico da sífilis entre as mulheres gestantes e seus parceiros. 

3228 Qualidade de Vida do Transplantado Renal – Uso do Kidney Disease Quality of Life – Short Form
Eliza Dayanne de Oliveira Cordeiro, Gilsirene Scantelbury de Almeida

Qualidade de Vida do Transplantado Renal – Uso do Kidney Disease Quality of Life – Short Form

Autores: Eliza Dayanne de Oliveira Cordeiro, Gilsirene Scantelbury de Almeida

Apresentação: A Qualidade de Vida da população geral tem sido uma grande preocupação dos pesquisadores na área da saúde. Qualidade de vida é utilizada como auxílio na decisão por tratamentos, preditor de prognósticos, na mensuração de resultados de intervenções, entre outros. O transplante renal vem sendo reconhecido pela medicina moderna como um avanço no tratamento da Insuficiência Renal Crônica irreversível, propiciando aos pacientes mais anos de vida com alta qualidade. Medir essa qualidade de vida após transplante pode servir como estratégia de mensuração da eficácia do tratamento e apontar as dimensões afetadas que ainda precisam de atenção, evidenciando a melhoria da qualidade de vida em pessoas que puderam receber o transplante renal; pode ainda, estimular as autoridades políticas ao aumento do investimento em transplantes e concomitantemente a população geral a promover e maximizar a doação de órgãos. O objetivo desse trabalho foi fazer um levantamento na literatura científica das produções que utilizaram o questionário Kidney Disease Quality of Life Short Form em pacientes transplantados renais, sintetizando seus resultados, eficácia e contribuições relevantes. Desenvolvimento: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura. Realizada no mês de outubro de 2017, essa revisão partiu da seguinte questão norteadora: “Quais a evidências científicas do uso do instrumento Kidney Disease Quality of Life Short Form em pacientes transplantados renais?”. Utilizamos o descritor controlado: transplante (transplantation) pertencente aos Descritores em Ciências das Saúde e ao Medical Subject Headings, a palavra-chave “KDQOL” e o operador booleano “AND” nas seguintes bases de dados: PubMed, LILACS, CINAHL, SCOPUS, Web of Science e Medline. Resultados: Após critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 17 artigos científicos originais. Desses, 16 foram publicados em inglês e um em português. Os estudos foram organizados, sintetizados e comparados; ao todo foram definidas quatro categorias, demonstrando situações diversas em que o instrumento específico vem sendo utilizado em transplantados renais: “I -  Validação de instrumento”, “II- qualidade de vida em doadores e receptores”, “III- Comparação entre transplante e diálise” e “IV- qualidade de vida em transplantados”. I – VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO –foram incluídos dois (12%) estudos realizados para validar o instrumento em questão, incluindo a população de transplantados renais. Um desses estudos, após traduzir e adaptar o instrumento, testou-o em pacientes dialíticos e em transplantados para comparação, concluindo que o questionário específico é uma ferramenta confiável e válida para avaliar a qualidade de vida de pacientes transplantados renais e também para comparar a qualidade de vida entre diferentes populações de pacientes com insuficiência renal crônica. O segundo estudo determinou a validade e confiabilidade na versão chinesa cantonense do instrumento, também utilizando pacientes em diálise e transplantados. Apesar de concluir que o instrumento traduzido foi confiável, indicou testes adicionais para determinar a validade da escala de saúde física, com amostras maiores. II – QUALIDADE DE VIDA EM DOADORES E RECEPTORES – Nessa categoria foram incluídos dois (12%) estudos que mensuravam a qualidade de vida através do Kidney Disease Quality of Life Short Form em doadores vivos e receptores de transplante renal. No primeiro estudo foram incluídos 30 receptores de rim e seus doadores-vivos. Após análise dos dados, todos os participantes apresentaram um escore maior de qualidade de vida pós-transplante comparado ao escore pré-transplante, sendo essa diferença maior nos receptores. Para os doadores, ver o sofrimento de um ente querido é traumático. Portanto, ser capaz de ajudá-lo a alcançar uma vida normal torna-se extremamente gratificante; devido a isso, o processo de transplante repercutiu de maneira positiva na sua qualidade de vida também. Já no segundo estudo, além dos receptores e doadores, também foram incluídos indivíduos saudáveis (grupo controle). Os escores de qualidade de vida tanto de doadores quanto de receptores foram semelhantes ao do grupo controle, superando-os em alguns domínios. Os resultados dos dois estudos, corroboram que o transplante renal é vantajoso para a qualidade de vida tanto de receptores quando de doadores familiares, estimulando a doação do órgão. III – COMPARAÇÃO ENTRE TRANSPLANTE E DIÁLISE – Sete (41%) estudos utilizaram o questionário específico para comparar a qualidade de vida de pacientes transplantados renais com a qualidade de vida de pacientes em hemodiálise ou diálise peritoneal. Dois artigos dessa categoria representam resultados de um mesmo estudo de coorte realizado na Noruega, onde mais de 50% dos participantes morreram entre os 55 meses de seguimento, antes de alcançar o transplante, e 11,62% morreram após a realização do mesmo. Todos os estudos dessa categoria evidenciaram maior qualidade de vida em transplantados quando em comparação com dialíticos. Um dos estudos demonstrou que a qualidade de vida de doentes renais crônicos Indo-Asiáticos é pior que a de europeus brancos, mesmo após o transplante. Outro estudo demonstrou que pacientes em diálise peritoneal tem melhor qualidade de vida do que pacientes em hemodiálise, perdendo ambos para os pacientes transplantados. Um dos estudos indicou a diminuição do domínio “interação social” após transplante, e demonstrou a associação da qualidade de vida pré-transplante à sobrevida e à função do enxerto pós-transplante. Outro estudo não encontrou aproximação da qualidade de vida de transplantados com a da população em geral. IV – QUALIDADE DE VIDA EM TRANSPLANTADOS – foram incluídos 7 (41%) estudos que mensuravam a qualidade de vida em transplantados renais demonstrando associação entre fatores diversos e alterações nos escores e dimensões do instrumento específico. Os artigos que compuseram essa categoria demonstraram: a associação de anemia com a qualidade de vida em transplantados renais; associação da qualidade de vida e resultados clínicos a longo prazo numa coorte prevalente de receptores de transplante renal; associação da qualidade de vida e a função do enxerto em transplantados renais; relação entre o estado nutricional e inflamatório e a qualidade de vida em receptores de transplante renal. Também compararam: a qualidade de vida de pacientes com Diabetes Mellitus e Insuficiência Renal Crônica submetidos ao transplante de rim isolado com pacientes submetidos ao transplante de pâncreas e rim simultâneo e impacto do protocolo de tolerância versus regimes imunossupressores tradicionais sobre a qualidade de vida de transplantados renais. Considerações Finais: Após a leitura e síntese dos trabalhos encontrados, podemos observar uma crescente e variável utilização do instrumento Kidney Disease Quality of Life Short Form em pacientes transplantados renais, tanto isoladamente como em comparação com outros grupos de doentes renais crônicos, inclusive comparando-os com a população geral saudável. Observamos também que quando o transplante renal é proveniente de um doador vivo familiar, a melhora da qualidade de vida é experimentada tanto por doadores quanto receptores. Espera-se com isso que mais pessoas se sintam estimuladas a doar órgãos, que haja investimento em políticas públicas destinadas a esse grupo social, além da ampliação do credenciamento de centros e equipes transplantadoras para atender este público. Como pontos negativos nesta revisão, podemos destacar a carência de publicações nacionais na área de saúde renal e qualidade de vida. Deve-se buscar, através de novos estudos, os fatores relacionados a qualidade de vida antes e após o transplante renal, para que atenção seja dada aos aspectos relevantes e potencialmente capazes de elevar a qualidade de vida dessa clientela, igualando ou assemelhando-a à população geral saudável.

3697 Avaliação comparativa dos índices CEO e CPO-d de duas escolas no município de Nova Olinda do Norte.
Roberta Monte

Avaliação comparativa dos índices CEO e CPO-d de duas escolas no município de Nova Olinda do Norte.

Autores: Roberta Monte

O presente relato de experiência pretende comparar os índices CEO/CPO-d de duas populações de estudantes em escolas distintas, ambas do município de Nova Olinda do Norte, sendo uma da rede municipal de ensino – Escola Municipal Toshizo Nakagima -  e outra de cunho privado – Escola Adventista de Nova Olinda do Norte. A avaliação foi realizada durante o Programa Saúde na Escola (PSE). Metodologia: os estudantes foram avaliados individualmente, respeitando-se as turmas, com o auxílio de luz natural, abaixador de língua e auxílio de luz artificial e alguns casos. Ao total, foram avaliados 272 alunos, sendo 49 da escola municipal e 223 da escola privada. Resultados: Para fins comparativos, apenas 5 turmas foram selecionadas das duas escolas: pré-escolar, 1º, 3º, 4º e 5º anos. Os resultados obtidos foram: Toshizo Nakagima: pré-escolar e 3º ano tiveram o índice mais elevado (6), com graus de severidade alto;  1º ano (3,5), 4º ano (4,1) e 5º ano (3) tiveram graus moderados. A escola Adventista apresentou no pré-escolar (1,1), com grau de severidade baixo; 1º ano (4,1), com grau moderado; 3º ano (2,3), 4º ano (2,6) e 5º ano (1,5) tiveram graus baixos. A escola da rede municipal de ensino obteve índices mais elevados e graus de severidade maiores quando comparados aos da rede privada. Considerações finais: O programa teve continuidade com orientações sobre a escovação, sua importância e técnica correta, além de dicas sobre alimentação saudável, logo espera-se que a qualidade de saúde bucal melhore, diminuindo-se os índices de dentes cariados, perdidos e obturados. Este projeto terá continuidade com o atendimento destes alunos no consultório odontológico e com novas avaliações para o ano de 2018.

4311 LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO EM CÁRIE DENTÁRIA (ceo-d) EM CRIANÇAS DE 3 A 4 ANOS NAS CRECHES MUNICIPAIS MANOEL OCTÁVIO RODRIGUES DE SOUZA E MAGDALENA ARCE DAOU EM MANAUS-AM.
Mayara Costa Sousa, Alessandra Andrade Pires, Roselia Tinoco da Silva, Adriana Beatriz Silveira Pinto, Angela Xavier Monteiro, Lauramaris de Arruda Regis Aranha, shirley Maria de Araujo Passos

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO EM CÁRIE DENTÁRIA (ceo-d) EM CRIANÇAS DE 3 A 4 ANOS NAS CRECHES MUNICIPAIS MANOEL OCTÁVIO RODRIGUES DE SOUZA E MAGDALENA ARCE DAOU EM MANAUS-AM.

Autores: Mayara Costa Sousa, Alessandra Andrade Pires, Roselia Tinoco da Silva, Adriana Beatriz Silveira Pinto, Angela Xavier Monteiro, Lauramaris de Arruda Regis Aranha, shirley Maria de Araujo Passos

O estudo aborda o levantamento epidemiológico em cárie dentária (ceo-d) em crianças de 3 a 4 anos matriculadas nas creches municipais Manoel Octávio e Magdalena Arce Daou em Manaus-Am. Teve como objetivo determinar a prevalência da cárie dentária e a necessidade de tratamento de crianças de 3 a 4 anos     matriculadas nestas creches, uma vez que as mesmas participaram de um programa de educação em saúde, o programa crescendo sem cárie. Previamente à pesquisa, o projeto foi submetido ao comitê de ética em pesquisa e aprovado com número do CAAE: 63451716.0.0000.5016, foi solicitada autorização da direção das creches  e colhida a anuência dos respectivos responsáveis de todas as crianças de 03 a 04 anos matriculadas, mediante listagens fornecidas pelas duas instituições conforme o termo de consentimento livre e esclarecido. Foi realizado o levantamento epidemiológico e exames clínicos da cavidade oral das crianças nas salas de aula, examinando à presença de cárie segundo os critérios da OMS. As observações foram transcritas para uma ficha clínica padronizada, conforme as codificações estabelecidas. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando o software spss versão 20.0 para Windows e como resultado obteve-se 63% de crianças livres de cárie. O ceo-d foi 1,22, a maior prevalência de cárie foi no gênero masculino 44%. O maior percentual de necessidade de tratamento foi a indicação de restauração de uma superfície dentária, seguida de remineralização do elemento dentário. O SIC (significant caries index) foi de 3,6 maior que o índice de ceo-d encontrado. Com este estudo conhecemos o perfil da saúde bucal dessas crianças, levando em conta a orientação recebida pelas crianças, pais e professores, feita pelo programa crescendo sem cárie, sobre saúde bucal.

4900 ATENDIMENTO POR CAUSAS EXTERNAS EM ADULTOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DO AMAZONAS, BRASIL
Grace Anne Andrade da Cunha, Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Alan Alexander Hister, Brenda da Silva, Cléber Araújo Gomes

ATENDIMENTO POR CAUSAS EXTERNAS EM ADULTOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DO AMAZONAS, BRASIL

Autores: Grace Anne Andrade da Cunha, Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Alan Alexander Hister, Brenda da Silva, Cléber Araújo Gomes

Apresentação: As lesões traumáticas por causa externa configuram-se em um conjunto de agravos à saúde de origem intencional ou não intencional, que pode causar sequelas temporárias ou permanentes ou até levar ao óbito. Expressam-se como um tema peculiar, passando a ter caráter epidêmico e tornando-se um sério problema de saúde pública, uma vez que afeta uma importante parcela da população economicamente ativa. O presente estudo teve por objetivo identificar o perfil dos usuários adultos atendidos por causas externas no serviço de pronto atendimento de urgência e emergência de um hospital público no município de Coari, do estado do Amazonas. Desenvolvimento: Realizou-se um estudo descritivo de abordagem quantitativa, com base nos prontuários dos atendimentos por causas externas, a indivíduos com idades entre 19 e 59 anos no serviço de urgência e emergência do Hospital Regional do município de Coari, localizado no Amazonas, no período de setembro a dezembro de 2015. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário eletrônico, através de uma planilha do Microsoft Excel 2010 (versão 14.0), a qual foi criada de acordo com as informações necessárias disponíveis nos prontuários, tais como: sexo, faixa etária, tipo de mecanismo da lesão, segmento corpóreo afetado e horário de admissão. As análises foram realizadas pelo programa IBM-SPSS-Statistics, versão 22.0. Seguindo as recomendações da Resolução 466/12, este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas com o CAAE 74327617.1.0000.5020. Resultados: Foram analisados 1504 prontuários dos quais 54,03% (804) corresponderam à faixa etária de adultos. Verificou-se prevalência do sexo masculino (65,9%), com acometimento principalmente na faixa etária de 19 a 39 anos (71,9%). Quanto ao tipo de causa externa, os acidentes de trânsito (26,5%) e as quedas (15%) foram os que mais acometeram esses indivíduos, seguido pelas violências (ferimento por arma branca, ferimento por arma de fogo e agressão física) com 15,8% dos registros. Contudo, 36,3% dos prontuários analisados não continham a causa reportada. Quanto ao horário de ocorrência, o período diurno teve 63,2% dos registros e o noturno 32,1%. Em relação ao segmento corpóreo afetado, os membros inferiores e os membros superiores representaram 40,3% 26,3%, respectivamente. Considerações finais: Os resultados obtidos no atual estudo chamam a atenção quanto à necessidade das autoridades e gestores do setor da saúde desenvolvam políticas e ações eficazes de controle, prevenção e fiscalização. Os estudos epidemiológicos fazem-se necessários para uma melhor compreensão da extensão e gravidade deste problema de saúde pública. Essas investigações propiciam informações que podem colaborar na elaboração de estratégias e métodos a serem utilizados, visando à redução da incidência de lesões por causas externas. Isso porque estes agravos tem sido responsáveis por altos índices de incapacidades temporárias, permanentes e até mesmo óbito.

5242 COMPLICAÇÕES NEONATAIS RELACIONADAS AO ATRASO NO DESENVOLVIMENTO NEUROMOTOR DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO OESTE DO PARÁ
Maria Eliane Lavor de Sousa, Greice Nara Viana dos Santos, Simone Aguiar da Silva Figueira, Greice Nivea Viana dos Santos, Samila de Sousa Sales, Daniella Cristiane Almeida Bernades, Vanessa Correia Ribeiro

COMPLICAÇÕES NEONATAIS RELACIONADAS AO ATRASO NO DESENVOLVIMENTO NEUROMOTOR DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO OESTE DO PARÁ

Autores: Maria Eliane Lavor de Sousa, Greice Nara Viana dos Santos, Simone Aguiar da Silva Figueira, Greice Nivea Viana dos Santos, Samila de Sousa Sales, Daniella Cristiane Almeida Bernades, Vanessa Correia Ribeiro

Apresentação: Os cuidados às crianças necessariamente envolvem características de seu desenvolvimento, que se não forem realizados adequadamente comprometerão sua qualidade de vida. Existem diversas situações clínicas que comprometem o desenvolvimento infantil, tais como complicações neonatais. Estas podem surgir independentes do tipo de parto, seja vaginal ou cesariano, a exemplo da compressão do cordão umbilical, o líquido amniótico meconial facilitator da síndrome aspirativa, asfixia, hipóxia e síndrome de insuficiência respiratória, além de traumas e outros. Objetivos: Identificar as principais complicações neotanais relacionadas com atrasos de desenvolvimento neuromotor de crianças atendidas em um centro de referência no oeste do Pará. Desenvolvimento do Trabalho: quantitativa, descritiva, retrospectiva, por meio de um levantamento estatístico documental, contendo 192 prontuários de pacientes de 0-5 anos com diagnósticos de atraso neuromotor atendidas no Centro de Referência de Saúde da Criança em Santarém-PA nos anos de 2010 a 2013. Critério de inclusão: As crianças na faixa etária pré estabelecida e que possuíam os prontuários preservados. E exclusão: todos os prontuários analisados que não contemplassem pacientes com atrasos no desenvolvimento neuromotor e que apresentassem dados confusos e/ou incompreensíveis que inviabilizassem o seu uso apropriado. Resultados e/ou impactos: O número de crianças que apresentaram sofrimento fetal  correspondeu a 26% e prematuridade  a 20,8%. Dados que influenciam no comprometimento neuromotor. Dados sobre o peso ao nascer na indicaram que 18,8% e 2,6% de crianças  nasceram com 1500-2499 kg e menos de 1500 kg, indicando baixo peso ao nascer e extremo baixo peso respectivamente. encontrou-se um número elevado das crianças que choraram ao nascer (55,8 %), porém algumas crianças apresentaram algum grau de asfixia e esse dado é comparado com aquelas que não choraram uma vez que o choro é uma das características que entram na classificação do apgar da criança. Dentre as 192 crianças com atraso neuromotor 29,7% necessitaram de oxigenação logo após o parto e 5,7% de reanimação Quanto à convulsão apontam que 9,9% das crianças a manifestaram. Considerações finais: observou-se que a maioria das complicações neonatais encontradas tiveram alguma relação com atrasos desenvolvimento neuromotor evidenciado nas crianças.  

5436 ESTOMIZADOS CADASTRADOS NO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE USUÁRIOS COM DEFICIÊNCIA NO RIO GRANDE DO SUL
Priscila Lora, Ana Luísa da Veiga, Sandra Maria Cezar Leal, Denise Antunes de Ajambuja Zocche, Rudnei Prusch da Silva

ESTOMIZADOS CADASTRADOS NO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE USUÁRIOS COM DEFICIÊNCIA NO RIO GRANDE DO SUL

Autores: Priscila Lora, Ana Luísa da Veiga, Sandra Maria Cezar Leal, Denise Antunes de Ajambuja Zocche, Rudnei Prusch da Silva

APRESENTAÇÃO: os objetivos da pesquisa foram avaliar a relação do número de estomizados cadastrados no Sistema de Gerenciamento do Usuário com Deficiência (GUD)/RS, no período de 2000 a 2016; caracterizar as pessoas estomizadas quanto ao sexo, faixa etária, cidade de residência, Classificação Internacional de Doenças (CID) principal, desfecho e material dispensado. DESENVOLVIMENTO: estudo transversal, realizado nos registros do Sistema GUD-RS, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2016. Foram incluídos os cadastros dos usuários estomizados, totalizando 21.463. Análise pela estatística descritiva e regressão linear simples. Utilizaram-se os softwares Excel e Statistical Package for the Social Sciences. RESULTADOS: identificou-se que 21.463 estomizados foram atendidos pela Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, no período de 2000 a 2016. Dos quais 11.064 (52%) do sexo masculino, cuja idade média foi de 63,3±18,8 anos e 5.227 (24,3%) tinham o diagnóstico de neoplasia maligna do reto. Verificou-se que 8.000 (37%) dos usuários foram a óbito nesse período, sendo este o principal desfecho.  O número de usuários se relacionou positivamente com os anos avaliados (r2 = 0,77 e p inferior a 0,05). O CID neoplasia maligna do reto foi o mais frequente. O município Ivorá apresentou maior número per capita de usuários no sistema. Quanto ao material concedido, os adjuvantes de pele foram os mais frequentes seguidos dos equipamentos de colostomia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: resultados do estudo contribuem para subsidiar gestores, no planejamento do cuidado e de ações de educação em saúde, voltadas ao uso adequados dos materiais dispensados aos usuários cadastrados no sistema GUD/RS.  

1043 PERFIL DAS PRESCRIÇÕES DE ANTIMICROBIANOS ATENDIDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017 NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BOA VISTA - SERRA
RAMON OTT VARGAS, Ana Carolina Zortea Pacheco, Lauanny Guimarães Bastos, Francisco Senna de Oliveira Neto, Cláudia Maria Carone Ramos

PERFIL DAS PRESCRIÇÕES DE ANTIMICROBIANOS ATENDIDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017 NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BOA VISTA - SERRA

Autores: RAMON OTT VARGAS, Ana Carolina Zortea Pacheco, Lauanny Guimarães Bastos, Francisco Senna de Oliveira Neto, Cláudia Maria Carone Ramos

APRESENTAÇÃO: As doenças infecciosas representam grande parte das demandas por serviços médicos nas unidades básicas de saúde, tendo papel de destaque na infância. Diante disso, é de se esperar que os antimicrobianos sejam uma classe de medicamentos muito prescrita na atenção básica, ocupando as primeiras posições entre as classes farmacológicas mais empregadas neste tipo de serviço. Os resultados encontrados poderão ser utilizados pelos profissionais desta unidade para fins de enfatizar as necessidades e as demandas do serviço, buscando sempre o aperfeiçoamento deste, por meio de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, tendo em mente que o Sistema ùnico de Saúde - SUS está em constante construção.A prescrição do antimicrobiano é desafiadora e complexa, uma vez que a escolha do medicamento deve ser fundamentada na individualidade do paciente, nas noções de infecção, no entendimento  dos grupos bacterianos, da microbiota habitual humana, além das características dos antibióticos. Desta forma, uma prescrição ideal deverá elencar sempre o antimicrobiano que: tiver ação bactericida, espectro de ação mais específico possível, menor concentração inibitória mínima, maior biodisponibilidade em determinado sítio de infecção, melhor comodidade posológica, ser compatível com o estado clínico do paciente, ser menos tóxico e de menor custo possível. É bem sabido que a resistência bacteriana tem estreita ligação com o uso irracional dos antimicrobianos. Neste sentido, alguns estudos mostram que é essencial monitorar os padrões de uso desta classe farmacológica, a fim de se conhecer o perfil prescritor da unidade em particular e, a partir de então, avaliar a necessidade da implantação de medidas que visem o uso racional dos antimicrobianos, notar  o impacto das medidas implementadas e também avaliar as variações nas taxas de resistência bacteriana após a adoção destas Este trabalho visa, portanto, elucidar o perfil das prescrições de antimicrobianos atendidas no primeiro semestre de 2017 na Unidade Básica de Saúde de Boa Vista situada no bairro de mesmo nome, no município de Serra, Espírito Santo.DESENVOLVIMENTO: O estudo enquadra-se no tipo descritivo transversal. Esta pesquisa foi desenvolvida através do levantamento dos antimicrobianos contidos no arquivo da farmácia da UBS de Boa Vista observando-se as segundas vias de receitas dispensadas entre janeiro a julho de 2017 e preenchendo cada item da lista de variáveis de interesse em uma planilha construída no programa Microsoft Office Excel 2007. As variáveis de interesse avaliadas foram: Nome Genérico, Classe Farmacêutica, Dose, Posologia, Via de Administração. A presente pesquisa foi planejada de acordo com a Resolução CNS 466/2012 e os pesquisadores se comprometem a segui-la cumprindo o que consta neste projeto. A pesquisa foi realizada utilizando como fonte de dados as segundas vias dos receituários de antimicrobianos arquivados pela farmácia da UBS de Boa Vista com o foco na prescrição médica. Não foram analisados dados populacionais e/ou pessoais.RESULTADOS: Após busca manual dos receituários arquivados identificou-se um total de 2031 prescrições de antimicrobianos no período de 01 de janeiro a 30 de junho do ano de 2017. Destes, foram identificadas trinta e oito drogas distintas dispostas em nove classes farmacológicas. São elas: Macrolídeos, Cefalosporinas, Quinolonas, Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, Imidazóis, Sulfonamidas, Penicilinas e Mupirocina. O antibiótico com maior dispensação pela farmácia da UBS de Boa Vista foi Amoxicilina (isolada ou em associação com Ácido Clavulânico), representando 45% de todas as prescrições atendidas pela UBS. No segundo lugar encontra-se a droga Azitromicina representando 17,33%. Quanto à via de administração, 1764, ou seja, 86.8% das prescrições foram de administração oral, das quais, 372 prescrições eram na forma de suspensão e 1392 de comprimido ou cápsula. A segunda via de administração mais prescrita foi a tópica, com 199 prescrições. As vias intramuscular, oftálmica e otológica, apresentaram, respectivamente, 44, 10 e 13 prescrições, representando juntas apenas 3% do total.Em um estudo realizado no município de Ijuí no estado do Rio Grande do Sul, em que se avaliou o perfil da prescrição e dispensação de antibióticos para crianças em uma Unidade Básica de Saúde com uma amostra de 100 prescrições, Oliveira et al identificou que 45% das prescrições foram de Azitromicina 40% de Amoxicilina, o que se assemelha aos resultados encontrados da UBS de Boa Vista de forma qualitativa, considerando que as duas drogas mais prescritas foram as mesmas em ambos os casos, porém difere de forma quantitativa ao avaliarmos as percentagens das prescrições separadamente. Outro estudo realizado em Carmo do Cajuru, no estado de Minas Gerais, por Costa et al, avaliou as prescrições de antimicrobianos atendidas na farmácia pública da prefeitura e identificou que as drogas mais prescritas foram Amoxicilina (16,4%), Azitromicina (16%), Amoxicilina + Clavulanato de potássio (14,5%) e Cefalexina (8,4%), resultados semelhantes aos dispostos nesta pesquisa.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo concluiu que o antimicrobiano com maior número de prescrições atendidas no período de 01 de janeiro a 30 de junho de 2017 na farmácia da UBS de Boa Vista situada no município da Serra, Espírito Santo, foi Amoxicilina, da classe das Penicilinas (Betalactâmicos), essa isolada ou em associação ao Ácido Clavulânico (inibidor da enzima betalactamase), seguida de Azitromicina, da classe dos Macrolídeos. Esses dados foram semelhantes aos descritos em trabalhos realizados na rede pública de saúde em outros municípios do Brasil. Tais drogas são utilizadas nas infecções do trato respiratório superior e inferior, bem como para tratamento coadjuvante para doenças sexualmente transmissíveis como, por exemplo, a Gonorréia, entre outras indicações descritas na literatura médica, podendo sugerir, portanto, os tipos de infecções mais freqüentes na área de abrangência da UBS estudada, necessitando de novos estudos mais específicos.

2087 VIGILÂNCIA PÓS-ALTA HOSPITALAR: IMPORTÂNCIA PARA A DETECÇÃO DE INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO EM ORTOPEDIA
Geysiane Rocha da Silva, Renata Simões Monteiro, Elane Erika de Oliveira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Orácio Carvalho Robeiro Júnior, Lívia de Aguiar Valentim

VIGILÂNCIA PÓS-ALTA HOSPITALAR: IMPORTÂNCIA PARA A DETECÇÃO DE INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO EM ORTOPEDIA

Autores: Geysiane Rocha da Silva, Renata Simões Monteiro, Elane Erika de Oliveira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Orácio Carvalho Robeiro Júnior, Lívia de Aguiar Valentim

APRESENTAÇÃO: A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) é notificada por meio da vigilância epidemiológica, a qual utiliza critérios pré-definidos para a busca ativa e diagnóstico. O método de trabalho, recomendado pelo Centers for Diseases Control and Prevention (CDC), consiste na observação direta do sítio cirúrgico pelo cirurgião, enfermeiro ou profissional que atua no controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), e observação passiva, por meio de relatórios laboratoriais recebidos, anotações dos profissionais envolvidos (médicos, enfermeiros, etc.) no prontuário do paciente e/ou discussões com a equipe assistencial. A vigilância busca determinar taxas, detectar mudanças de padrões assistenciais, e identificar as características dos microrganismos causadores, bem como fatores de riscos envolvidos, visando determinar medidas para a redução da sua incidência. No que tange às cirurgias ortopédicas, frequentemente necessitam de implantes para fixação das fraturas, tais dispositivos externos podem ser placas, parafusos e próteses articulares. Entretanto, o uso desses materiais externos aumenta o risco de infecção. As complicações infecciosas causam diminuição da qualidade de vida, aumento dos custos em decorrência dos gastos com o tratamento dessas infecções, perda do membro afetado e, por vezes, óbito. As Infecções de sítio cirúrgico manifestam-se até 30 dias após a realização da cirurgia, porém, em procedimentos cirúrgicos em que há inserção de implantes, esse tempo é maior, podendo alcançar até um ano após a cirurgia. Por esta razão, é de suma importância o acompanhamento do paciente cirúrgico ortopédicos durante sua internação, e também é indispensável seu acompanhamento no pós-alta hospitalar. Assim, esse trabalho tem por objetivo identificaro percentual de infecção de sítio cirúrgico de cirurgias ortopédicas detectadas no acompanhamento pós-alta hospitalar realizadas em um Hospital Público de média e alta complexidade da Amazônia, bem como o tempo decorrido entre a cirurgia e a detecção da infecção.MATERIAL E MÉTODOS:Trata-se de um estudo documental, descritivo, de caráter retrospectivo, transversal e abordagem quantitativa e análise com base na estatística descritiva. A coleta dos dados foi realizada no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar de um Hospital público de referência em média e alta complexidade no interior da Amazônia, através do acesso autorizado aos formulários de notificações de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde de pacientes que foram notificados com Infecção de Sítio Cirúrgico de cirurgias ortopédicas realizadas entre os anos 2015 e 2016, que utilizaram implantes ortopédicos nesses procedimentos, o que totalizou 20 formulários. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na presente pesquisa, a principal forma de detecção da infecção de sítio cirúrgico em procedimentos ortopédicos foi no acompanhamento pós-alta hospitalar, com 75% dos casos. Os demais casos foram detectados ainda no intra-hospitalar (25%). Estudos nacionais apontam variação das taxas de infecções cirúrgicas entre 1,4% a 22,7% na especialidade de ortopedia. Essa diferença pode estar relacionada ao quadro clínico do paciente, tipo de cirurgia e implante utilizado, bem como o tipo de vigilância adotado para investigação dessas complicações. Outro estudo apontou que entre 15% a 77% das infecções e sítio cirúrgico foram diagnosticadas após a alta hospitalar. Dessa forma, é notório que as taxas dessas infecções aumentam quando é utilizado a vigilância após a alta hospitalar, e não apenas a vigilância intra-hospitalar. Na presente pesquisa, os pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas são acompanhados durante a internação e também no pós-alta hospitalar. Após a saída do hospital, são atendidos pelo Ambulatório de Egressos, no qual ocorrem as consultas de retorno com a equipe de ortopedia que realizou a cirurgia. Além do atendimento médico, também é realizado o acompanhamento pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, para investigação de ocorrência de infecções no sítio operado em pacientes que foram necessitaram da inserção de implantes ortopédicos na cirurgia. A instituição de saúde em que ocorreu esta pesquisa realiza procedimentos de média e alta complexidade, e é referência para todo o oeste do estado do Pará. Apesar do hospital em que foi realizado esta pesquisa ser referência para todo o Oeste do Pará, o acompanhamento também é realizado por via telefônica para os pacientes que não residem no município de Santarém-PA que ficam impossibilitados de comparecer ao acompanhamento ambulatorial.        Este método de vigilância é dito como eficaz, já que a busca por telefone se trata de um meio barato e efetivo, desde que seja realizada por pessoa qualificada para identificar os sinais e sintomas relatados pelo paciente. Este tipo de acompanhamento é válido e mostra-se eficiente para o diagnóstico de infecções de sítio cirúrgico, principalmente para os pacientes que moram distantes do centro hospitalar ao qual seguem o acompanhamento.            Quanto ao tempo decorrido entre a cirurgia e o aparecimento dos sintomas, 20% apresentaram sinais e sintomas de infecção entre 2 a 3 dias após a cirurgia, 25% entre 4 a 15 dias, e a maior parte dos pacientes apresentou sintomas com tempo superior a 16 dias (55%). Este intervalo de tempo decorrido entre a cirurgia e aparecimento dos sintomas refletem ainda mais a importância do acompanhamento no pós-alta hospitalar.Outras pesquisas a cerca desta temática também detectaram infecções de sítio cirúrgico em procedimentos ortopédicos com implantes após vários dias decorridos da data da cirurgia, sendo encontrados casos de 90 dias até 116 dias. Assim, além da busca dessas infecções após a alta hospitalar dos pacientes, vale ressaltar a importância de orientar os pacientes, no momento da saída do hospital, sobre os sinais e sintomas sugestivos de infecção, para que os mesmos procurem atendimento o mais breve possível, para que sejam realizadas as intervenções necessárias frente à infecção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses dados exprimem a suma importância da vigilância pós-alta hospitalar na detecção das infecções de sítio cirúrgico, pois, como observado nesta pesquisa, o maior quantitativo de detecção das infecções foi através do acompanhamento após a alta médica do paciente. Esse aumento de taxas dessas infecções refletem os resultados do aumento das buscas e registros dessas informações. A quantificação das taxas reais das taxas dessas infecções é possível quando é realizado o acompanhamento do paciente tanto no âmbito hospitalar durante a internação, como também no segmento pós-alta, para que seja reduzido as subnotificações dessas complicações nos serviços de saúde. Por fim, esses dados também retratam a atividade de vigilância, notificações e eficácia das estratégias de prevenção e controle dessas complicações.

4865 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE ATENDIMENTO POR CAUSAS EXTERNAS EM PEDIÁTRICOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DO AMAZONAS, BRASIL
Grace Anne Andrade da Cunha, Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Brenda Kristen Coelho Ferreira, Jonilson Alves Monteiro, Cléber Araújo Gomes

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE ATENDIMENTO POR CAUSAS EXTERNAS EM PEDIÁTRICOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DO AMAZONAS, BRASIL

Autores: Grace Anne Andrade da Cunha, Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Brenda Kristen Coelho Ferreira, Jonilson Alves Monteiro, Cléber Araújo Gomes

Apresentação: As lesões por causas externas são oriundas de um dano físico resultante de uma força externa, que causa prejuízo ao organismo. Podendo ser de forma intencional ou não intencional. As crianças estão em constante fase de crescimento e desenvolvimento, suas habilidades físicas e cognitivas são pouco lapidadas, o que as tornam vulneráveis a compreender eventos perigosos, e, quando as atingem, podem comprometer o futuro desses indivíduos ou levar ao óbito prematuro, fato que repercute diretamente na expectativa de vida do Brasil, tornando-se um relevante problema de Saúde Pública. Esta pesquisa tem o objetivo de descrever o perfil de atendimento em crianças ocasionado por causas externas. Desenvolvimento: Tratou-se de um estudo do tipo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, através da coleta de dados de prontuários de crianças atendidas no setor de urgência e emergência do Hospital Regional de Coari, Dr. Odair Carlos Geraldo, no período de setembro a dezembro de 2015. Posteriormente as informações foram tabuladas e analisadas no software estatístico Soft Statistical Package For the Social Sciene (SPSS), versão 2.0.  O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas com CAAE 74327617.1.0000.5020. Resultados: A análise dos dados evidenciou predomínio em vítimas do sexo masculino (64,4%), sendo mais frequentes na faixa etária de 4 a 9 anos (50,8%), ocasionado por quedas (29,5%) seguido de acidente de trânsito (10,1%). Embora, 54,3% dos casos não tenham reportado as causas externas. Em relação ao segmento corpóreo mais atingido, notificaram-se lesões nos membros superiores (32,8%) em infantes na faixa etária de 7 a 9 anos, lesões na cabeça e pescoço (31,6%) em crianças menores de 1 a 3 anos e lesões nos membros inferiores (25,3%) em crianças com idades entre 4 e 6 anos. O horário de maior acometimento dos acidentes se concentrou no período da tarde (42,7%), apresentando relativo equilíbrio nos períodos matutinos e noturnos, e redução significativa durante a madrugada. Considerações finais: A partir dos dados obtidos compreende-se que a prevenção é o modo mais eficaz para a redução de acidentes na infância, ressaltando a importância da atuação do enfermeiro na orientação e prevenção de acidentes em crianças, estando apto a realizar programas educacionais, juntamente com os pais, desenvolvendo ações de prevenção, assegurando a saúde e qualidade de vida da criança, família e coletividade. Porém, é relevante ter consciência de que encontrar soluções para esses eventos requer uma visão não só da equipe de saúde, mas também da equipe multidisciplinar e interdisciplinar para que abranja não só ações técnicas, mas também criação de políticas públicas e socioculturais.