143: Sentidos e valores na relação dos serviços com o envelhecimento
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FEFF Sala 05 - Jirau    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
1212 O PAPEL DO MÉDICO DA FAMÍLIA NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE IDOSO PÓS ALTA HOSPITALAR: UM RELATO DE CASO
RAMON OTT VARGAS, ANA CAROLINA ZORTEA PACHECO, LAUANNY GUIMARÃES BASTOS, FRANCISCO SENNA DE OLIVEIRA NETO, CLÁUDIA MARIA CARONE RAMOS

O PAPEL DO MÉDICO DA FAMÍLIA NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE IDOSO PÓS ALTA HOSPITALAR: UM RELATO DE CASO

Autores: RAMON OTT VARGAS, ANA CAROLINA ZORTEA PACHECO, LAUANNY GUIMARÃES BASTOS, FRANCISCO SENNA DE OLIVEIRA NETO, CLÁUDIA MARIA CARONE RAMOS

APRESENTAÇÃO: A condição clínica do paciente após alta hospitalar é pouco conhecida, visto que, as equipes que prestam cuidados em unidades de internação geralmente não tem acesso aos pacientes após a reinserção destes em suas realidades familiares. Um estudo sobre o tema mostrou que até 38% dos pacientes que recebem alta dos Centros de Tratamento Intensivo (CTIs) apresentam piora da qualidade de vida, destes, 8,3% permanecem gravemente incapacitados, 24% apresentam redução da mobilidade, 25% apresentavam alteração nas atividades diárias usuais e 30,2% expressavam diagnóstico de ansiedade ou depressão. A despeito disso, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), é por excelência, um modelo com foco na pessoa, que visa assegurar o cumprimento dos princípios e diretrizes básicas do Sistema Único de Saúde – SUS, em especial a integralidade e longitudinalidade neste caso. Portanto, cabe à equipe da ESF esse acompanhamento global do paciente pós-alta hospitalar, visando a diminuição dos agravos de saúde bem como a melhoria da qualidade de vida do indivíduo. DESENVOLVIMENTO: Este estudo consiste na descrição de uma experiência vivenciada por acadêmicos do internato de medicina durante o estágio de Saúde Coletiva, ao acompanhar uma paciente após alta hospitalar de uma internação prolongada. Foram realizadas três visitas domiciliares pela equipe multidisciplinar da ESF da unidade de saúde do bairro Boa Vista, Serra – ES. RESULTADOS: Na primeira visita domiciliar foi realizada o exame clínico e observação do contexto familiar e sócio-cultural da mesma. Tratava-se de uma paciente do sexo feminino, 74 anos, natural de Minas Gerais, “do lar”. Moradora há 20 anos no território abordado, juntamente com um filho, nora e 2 netos.  Apresentava história patológica pregressa de tabagismo e de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC. Relatava uma internação hospitalar havia 02 meses devido a sepse de foco pulmonar. Recebeu alta após 30 dias de internação, mas apresentava queixa de fraqueza e mantinha-se em decúbito ao leito. Ao exame físico apresentava além dos comemorativos da DPOC, palidez cutânea importante, sugestiva de anemia, bem como o uso de sonda vesical de demora, que constituía-se uma limitação importante para a deambulação. A anemia foi confirmada por exames laboratoriais e prontamente tratada, a sonda vesical foi removida e a paciente orientada sobre importância de deambular. Na segunda visita foi possível ver melhora importante no quadro da paciente que já estava de pé e conseguia mover-se até o banheiro de sua casa sozinha. Na última visita, cerca de um mês após a primeira, a paciente já estava locomovendo-se sozinha, com melhora do humor e do estado geral. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O médico da família é protagonista no que diz respeito ao tratamento longitudinal do paciente idoso após alta hospitalar. A visita domiciliar multidisciplinar constituiu-se estratégia eficaz para otimização da assistência ao paciente idoso após alta hospitalar. No caso descrito, após a conduta adequada da equipe da UBS a paciente evoluiu de forma satisfatória, permanecendo assintomática e sem as queixas iniciais até o fim deste estudo.

1474 SITUAÇÃO DE SAÚDE DE IDOSOS PERTENCENTES À REDE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE COARI, AMAZONAS
Maxwell Arouca da Silva, Deyvylan Araujo Reis, Brenner Kássio Ferreira de Oliveria, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira, Patricia dos Santos Guimarães, Rosimary Lima da Silva

SITUAÇÃO DE SAÚDE DE IDOSOS PERTENCENTES À REDE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE COARI, AMAZONAS

Autores: Maxwell Arouca da Silva, Deyvylan Araujo Reis, Brenner Kássio Ferreira de Oliveria, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira, Patricia dos Santos Guimarães, Rosimary Lima da Silva

APRESENTAÇÃO: O envelhecimento é um processo de declínio irreversível das funções fisiológicas, que ocorre inúmeras mudanças funcionais no indivíduo, como a diminuição da massa magra, aumento do tecido adiposo corpóreo e a diminuição da eficiência coronariana no bombeamento de sangue. Esses e outros fatores, isolados ou associados, fazem parte do processo de envelhecimento e podem culminar no aparecimento de inúmeras doenças crônicas não transmissíveis. Este estudo tem como objetivo conhecer a situação de saúde e práticas de autocuidado de idosos do município de Coari-Amazonas. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 340 idosos cadastrados na rede de atenção básica do município. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foi um formulário para caracterização da situação de saúde e práticas de autocuidado. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a junho de 2015. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob CAAE: 35573614.3.000.5020. RESULTADO: Os resultados revelaram que as doenças de maiores ocorrências e prevalências foram: a Hipertensão Arterial Sistêmica (64%), Dislipidemia (26%), e Diabetes Mellitus (24%), com maior frequência no sexo feminino. Quanto às práticas de autocuidado dos respondentes demonstraram que fazem de 4 a 5 refeições diárias (65%), não tem o hábito de tabagismo (88%) e etilismo (94%), além de realizar atividade física (53%), numa frequência de 3 a 4 vezes por semana (19%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, estas informações são importantes para assistência promovida pela equipe da saúde da família, sobretudo do Enfermeiro, quanto à elaboração de estratégias e intervenções de Enfermagem com objetivo de postergar possíveis complicações aos indivíduos assistidos, além de promover a saúde, através do autocuidado.

1477 MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM IDOSOS DA REDE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE COARI, AMAZONAS
Maxwell Arouca da Silva, Deyvylan Araujo Reis, Brenner Kássio Ferreira de Oliveria, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque

MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM IDOSOS DA REDE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE COARI, AMAZONAS

Autores: Maxwell Arouca da Silva, Deyvylan Araujo Reis, Brenner Kássio Ferreira de Oliveria, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque

APRESENTAÇÃO: A Medida de Independência Funcional (MIF) avalia de forma quantitativa a carga de cuidados exigidos por uma pessoa para a realização de uma série de tarefas motoras e cognitivas de vida diária, sendo um instrumento importante para tipificar a capacidade funcional do idoso. Dessa forma, a MIF é uma medida que atende critérios de confiabilidade, validade, precisão, praticidade e facilidade. Este estudo tem como objetivo avaliar a independência funcional para o desempenho das Atividades da Vida Diária (AVDs) dos idosos segundo a MIF. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 340 idosos cadastrados na rede de atenção básica do município. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foi um formulário padronizado. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a junho de 2015. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob CAAE: 35573614.3.000.5020. RESULTADO: Os resultados mostraram que o número de idosos independentes para AVDs foram 92% e dependentes 8%, sendo que as atividades mais comprometidas foram às dimensões cognitivas (13%), que são: memória (18%), resolução de problemas (10%) e compreensão de áudio e visual (10%); em seguida, os exercícios motores (8%), em subir e descer escada (15%) e locomoção marcha ou cadeira de rodas (10%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, a MIF pode ser considerada um instrumento para avaliação funcional do idoso no contexto do domicilio, ainda ser incluindo na assistência dos profissionais de saúde, com intervenções direcionadas de modo a atender as necessidades de cada um.

2481 Aspectos que favorecem a qualidade de vida dos idosos em centros de convivência
Noemia Paranho Basto Isensse Neta, Fabiana Regina da Silva Grossi, Nayane Vasconcelos Sodré Coelho, Anchielle Henrique Silva

Aspectos que favorecem a qualidade de vida dos idosos em centros de convivência

Autores: Noemia Paranho Basto Isensse Neta, Fabiana Regina da Silva Grossi, Nayane Vasconcelos Sodré Coelho, Anchielle Henrique Silva

Os sistemas de acolhimento nos centros de convivência vêm desempenhando um papel fundamental na vida do público idoso, ao ampliar sua visão para as estratégias de aprimoramento dos serviços oferecidos, visando de forma geral um bem estar físico, psicológico e social propiciando dessa maneira uma qualidade de vida no envelhecimento. O objetivo do artigo foi analisar os estudos que tratam dos fatores relacionados à qualidade de vida do idoso vinculado a centros de convivências entre Janeiro de 2006 a Junho de 2017. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada através de 10 artigos científicos selecionados entre 44 estudos encontrados por meios de busca na base de dados: Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em ciências da saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), incluindo os seguintes descritores “idosos” aliada com “centro de convivência”. A sexualidade no envelhecimento foi apontada sendo um dos aspectos importantes para uma melhor qualidade de vida e seguramente uma vida mais feliz, até porque o prazer não está relacionado somente ao ato sexual mais sim a questões afetivas; e que ainda se encontra tabu em discutir sobre esse assunto na terceira idade. O lazer foi considerado como um aspecto que contribui de forma positiva para o bem estar dos idosos que frequentam o centro de convivência, que em sua maioria demonstraram que  além de ser uma forma de preenchimento do tempo livre, é um modo de sentirem-se úteis e  ativos,  favorecendo dessa maneira para a saúde física e emocional. Alguns artigos descreveram os fatores gerais que predominam sobre a  qualidade de vida do idoso que frequenta o centro de convivência, como sendo os fatores emocionais, sociais e físicos, pois esses são determinantes para maiores  chances de uma boa vida atual e futura. Dessa forma é necessário desenvolver hábitos saudáveis, integração social, suporte familiar e independência, pratica de esporte, participação de eventos culturais entre outros. Levando em consideração os inúmeros fatores que possibilitam à qualidade de vida e bem-estar da população idosa foi possível perceber nesse estudo que ao contrário das representações que vincula a velhice a predicados de impotente e limitados, o idoso tem grande potencial de produção, quando instigados a desenvolver atividades que possam despertar interesse e contribuir para melhor qualidade de vida no envelhecer.  

2655 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS CADASTRADOS EM GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DA CIDADE DE PARINTINS/ AM.
Fernanda Farias de Castro, Dayse Azevedo Mendes, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Marcos David de Souza Monteiro, Natali Magno de Deus Silva, Vanessa Araújo Duarte da Silva, Erik Nelson Batista Esteves, Flavia Maia Trindade

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS CADASTRADOS EM GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DA CIDADE DE PARINTINS/ AM.

Autores: Fernanda Farias de Castro, Dayse Azevedo Mendes, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Marcos David de Souza Monteiro, Natali Magno de Deus Silva, Vanessa Araújo Duarte da Silva, Erik Nelson Batista Esteves, Flavia Maia Trindade

APRESENTAÇÃO: O envelhecimento humano deve ser pensado na atualidade como possibilidade para o incremento de políticas públicas, não só pelo aumento da população  idosa,  mas também  pelas  mudanças fisiológicas e sociais que ocorrem com o passar dos anos. O crescente aumento da população idosa é uma realidade que chama a atenção em todo o mundo, notado também em países em desenvolvimento como o Brasil. Em 2015 a população de idosos ultrapassou 900 milhões, com estimativas para 2030 de 1.402 milhões. No Amazonas a taxa de envelhecimento em 2016 foi de 12,91% e em 2030 deverá chegar a 31,46%. Essa transição provoca mudanças, principalmente no que diz respeito ao às condições de saúde e hábitos de vida dos idosos. Nesse seguimento, o padrão alimentar da pessoa que envelhece, merece destaque, uma vez que reconhece a pessoa idosa como um grupo potencialmente vulnerável. Por conta de mudanças no padrão alimentar, há o surgimento de desordens como o sobrepeso, obesidade  e  doenças crônicas que geram incapacidades e dependência. Por isso, existe a necessidade de avaliar o estado nutricional utilizando mecanismos e instrumentos validados, que levem em consideração as alterações do organismo que envelhece, visando mudanças necessárias no enfrentamento de doenças decorrentes de má alimentação. Na avaliação nutricional do adulto,  quando comparado à altura, peso habitual ou peso ideal, nos fornece índices relevantes para a avaliação nutricional, indicando a existência de obesidade ou desnutrição. A realização deste tipo de investigação utiliza questões simples e rápidas, permitindo destacar sinais de alerta do estado nutricional do idoso, além de poder direcionar intervenções dos profissionais de saúde, especialmente das equipes da Estratégia Saúde da Família, onde o enfermeiro é o principal responsável pelo desenvolvimento das atividades. Este trabalho, objetiva avaliar o estado nutricional por meio da Mini Avaliação Nutricional (MAN), Índice de Massa Corpórea (IMC) e Relação cintura-quadril (RCQ) dos idosos cadastrados nos grupos de convivência da cidade de Parintins/ AM. DESCRIÇÃO DO MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, transversal, descritiva, de natureza quantitativa, desenvolvido no Município de Parintins – AM, localizada à margem direita do Rio Amazonas, distante da capital Manaus há 368,80 km, em linha reta, e 420 km por via fluvial. A população do estudo foi composta por idosos de 60 anos e mais, cadastrados nos grupos de convivência da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEMASTH) do município de Parintins. Participaram  do estudo, 11 grupos, com um total de 1.286 idosos e uma amostra de 296 idosos estratificado de cada grupo.  Este estudo é um recorte de uma trabalho macro sobre Avaliação Multidimensional dos idosos de Parintins-AM. Para participar do estudo os idosos foram avaliados quanto a capacidade cognitiva por meio da Mini Avaliação do Estado Mental – MEEM, sendo recrutado apenas aqueles com capacidade preservada. Foram excluídos idosos pertencentes a qualquer etnia indígena pela limitação da pesquisa.  A  pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas sob o  Parecer: 2363.992/17. Para realização das coletas foi realizado reuniões com coordenadores dos grupos para informar os objetivos da pesquisa e cronograma de entrevistas.  A coleta de dados foram realizados durante as reuniões nos grupos e nos domicílios para aqueles que estavam  inscritos mas  não participavam das atividades. Os pesquisados aplicavam o MEEM e de acordo com o resultado a entrevista seguia aplicação da Mini  Avaliação Nutricional – MAN. Na aferição e peso e altura para avaliar o Índice de Massa Corpórea - IMC, circunferência da cintura e do quadril para avaliar a relação cintura quadril - RCQ, foi obedecido os critérios rigorosos de periculosidade e técnicas adequadas padronizadas pelo Ministério da Saúde.  No uso da MAN foi considerado os seguintes pontos de corte: estado nutricional adequado: MNA ≥ 24; risco de desnutrição: MNA entre 17 e 23,5; desnutrição: MNA < 17.  Para o IMC foi utilizado a seguinte classificação: < 22 indica baixo peso; >22 e <27 peso adequado ou eutrófico e > 27 sobrepeso e a Relação cintura-quadril (RCQ) para verificar o risco de doença cardiovascular que considerou os pontos ≥ 0,85 cm para as mulheres e ≥ 0,90 cm para os homens. Na análise dos dados foram feitos testes estatísticos ao nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. O software utilizado na análise foi o programa Minitab versão 17. RESULTADOS: Os idosos, em sua maioria eram do sexo feminino (60%), entre 70 e 75 anos, com média de 72 anos, cor parda, casados. 81,1% eram aposentados com renda entre 1 à 2 salários mínimos (72,3%). Na Mini Avaliação Nutricional, pode-se observar que, dos 296 idosos entrevistados, 246 (83,1%) encontravam-se em estado nutricional normal e tinham em média 73 anos de idade. O maior nível de significância (p< 0,006) esteve para os idosos que ganham menos de um salário mínimo (36,4%) que encontraram-se sob risco de desnutrição ou desnutridos. A carência financeira impossibilita que o idoso dê maior atenção para sua alimentação, acaba por adquirir alimentos menos saudáveis que possuem menor valor de mercado, caracterizando uma alimentação pobre em nutrientes e consequentemente exacerbando quadro de deficiência nutricional. Na avaliação do Índice de Massa Corpórea (IMC), verificou-se maior número de indivíduos eutróficos (42%), com idade entre 67 à 77 anos, sendo maior sobrepeso no sexo feminino(42,5%). Na correlação do IMC com a RCQ, observou-se um percentual maior (43,6%) em mulheres que estão sobrepeso e desfavoráveis na RCQ. No sexo masculino, o maior índice foi de homens eutróficos (54,9%) favoráveis na RCQ. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A obesidade e o sobrepeso em idosos são considerados problemas de saúde pública, visto que  propiciam maiores riscos no desenvolvimento de doenças cardiovasculares  como a Hipertensão e  Diabetes Mellitus, assim como para sarcopenia, ao diminuir a massa magra e aumentar a adiposidade. Entende-se então que, a avaliação nutricional em idosos é de grande importância para que se possa detectar precocemente a necessidade de uma intervenção dietética, objetivando prevenir comorbidades. Destacamos neste trabalho, que a Mini Avaliação Nutricional, não é o melhor instrumento de rastreamento do estado nutricional rápido, para uso em grupos de convivência, tendo o seu melhor uso em idosos mais fragilizados ou institucionalizados. O uso do IMC e RCQ, responderam adequadamente, em nosso ver, ao que propõem o Ministério da Saúde sobre a avaliação nutricional em idosos.  Acredita-se por fim que, é necessário que os órgãos públicos e de saúde assegurem uma nutrição adequada durante toda a vida, garantindo planos de nutrição que reconheçam a pessoa idosa como vulnerável  e garantam  diretrizes culturalmente adequadas e baseadas na população, no caso de Parintins com um olhar mais crítico para o reconhecimento dos alimentos regionais mais saudáveis. A contribuição social deste trabalho evidencia-se pelo conhecimento da realidade local e servirá de subsídios para a implementação de atividades realizadas pela SEMASTH junto aos idosos e planejamento de estratégias adequadas ao grupo.

3102 A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA COMO PREVENÇÃO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE IDOSOS
Tamara Nicoletti da Mata, Lizandra Alvares Félix Barros

A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA COMO PREVENÇÃO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE IDOSOS

Autores: Tamara Nicoletti da Mata, Lizandra Alvares Félix Barros

Apresentação: Com a mudança do perfil demográfico da população mundial, e o aumento gradativo do número de idosos, tem-se a necessidade de uma atualização interdisciplinar para o desenvolvimento de ações de saúde para tal público. Com o envelhecimento, muitas pessoas podem ficar mais debilitadas, necessitando da ajuda de outras pessoas, em graus variados de dependência, e por isso, além de outros fatores, alguns idosos passam a ser internados em instituições não hospitalares de longa permanência. Além disso, a senilidade também é acompanhada pelo aparecimento de doenças crônicas, principalmente as não transmissíveis. Este estudo teve como objetivo descrever a importância da atenção básica como prevenção da institucionalização de idosos. Desenvolvimento: trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática, constituindo-se de estudos primários, com a utilização de critérios de inclusão e exclusão dos artigos. Para tanto, realizou-se um levantamento de dados acerca da temática na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Resultados: Foram analisadas 30 referências, e por meio delas, foi elaborada uma discussão temática destacando principalmente as dificuldades do sistema de saúde brasileiro de acompanhar o envelhecimento da população. Tais dificuldades existem desde os protocolos que foram criados há aproximadamente 10 anos, não desenvolvidos em muitas regiões; ao modelo biomédico que ainda guia a prática hospitalar, notando que existe grande dificuldade em desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde, ou seja, a atenção básica está distante do desenvolvimento de ações com a população idosa. Considerações Finais: Considerando a importância da qualidade de vida para o publico idoso, é necessário a reflexão frente ao desenvolvimento de ações de prevenção e promoção de saúde na atenção básicas, para que o idoso não necessite chegar ao hospital, favorecendo assim um melhor bem estar, diminuindo as dependências físicas, sociais que são os principais motivos de institucionalização de idosos. Tais fatores demonstram que a saúde precisa se atualizar frente à demanda do público idoso, para que a promoção e prevenção de saúde possam guiar a pratica assistencial.

3404 A RELAÇÃO ENTRE IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIAS
Camila Carlos Bezerra, Camila Carlos Bezerra, FRANCINEIDE Nogueira Muniz, Andreza Andrades Gomes, Andreza Andrades Gomes, Rayziane Christhiele de Freitas Fonseca, Rayziane Christhiele de Freitas Fonseca

A RELAÇÃO ENTRE IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIAS

Autores: Camila Carlos Bezerra, Camila Carlos Bezerra, FRANCINEIDE Nogueira Muniz, Andreza Andrades Gomes, Andreza Andrades Gomes, Rayziane Christhiele de Freitas Fonseca, Rayziane Christhiele de Freitas Fonseca

Introdução: O envelhecimento em seu processo natural pode gerar situações de perda da independência, da autonomia e da capacidade de autocuidado, nesses casos o idoso passa a necessitar de um cuidador, que na maioria das vezes é um familiar ou mesmo a família como um todo, que se reveza para suprir as necessidades. Este cuidar requer tempo e dedicação, sem considerar a carga emocional envolvida neste processo de assistir um ente querido dependendo de cuidados. Por vezes o idoso ou mesmo a família chega à conclusão da necessidade de um abrigo. A palavra Abrigo significa asilo, interpretada por muitos como um local de separação, de sofrimento e revolta. No século XIX, algumas casas denominadas de abrigos acolhiam doentes mentais, idosos com patologias crônicas e idosos rejeitados pela família, já no final do século XX iniciando o século XXI tem-se a criação de Instituições de Longa Permanência para Idosos, ambiente destinado ao desenvolvimento de atividades educativas, interação social, com objetivos de proporcionar ao institucionalizado, cuidados específicos e bem estar, para que os mesmos possam sentir uma sensação de acolhimento. Atualmente essas instituições visam não só a moradia, mas um ambiente completo, em que se desenvolvem atividades de lazer, de cuidado à saúde, voltado para o envelhecer saudável e com qualidade de vida, o que requer investimento financeiros. Porém os idosos desprovidos de condição financeira e apoio familiar tornam-se vulneráveis e por vezes são acolhidos, ainda nos dias atuais, por abrigos formados por grupos de voluntários. Esses abrigos não possuem nenhum vínculo com os órgãos governamentais e possuem seu sustento no trabalho voluntário e nas doações realizadas por benfeitores. O local escolhido para as atividades práticas da disciplina de Atenção Integral à Saúde do Idoso foi um abrigo de idosos de um bairro da cidade de Manaus, fundado por um grupo de jovens religiosos com o intuito de acolher e cuidar de idosos em situações vulneráveis e de abandono familiar. Estes idosos não possuem contato com seus familiares e relatam ter perdido o vínculo por diversos motivos, como brigas entre entes queridos, uso de drogas, situações financeiras e desvios de conduta. Objetivos: Relatar as atividades de interação social desenvolvidas em um abrigo para idosos ex-moradores de rua. Descrição da experiência: A prática da disciplina Saúde do Idoso no abrigo buscou desenvolver atividades para aumentar o grau de interação entre os idosos abrigados. No primeiro dia de prática fomos recebidas pelo cuidador do abrigo que nos mostrou a casa e rapidamente observamos que os idosos apesar de residirem em um mesmo ambiente, pouco interagiam entre si, ao adentrar as dependências observamos um idoso lendo um livro no pátio, dois idosos na sala, outros dormindo ou descansando no quarto e o silêncio interrompido pelo som da televisão. Ficamos por alguns minutos conversando com o cuidador e logo depois fomos conhecer os idosos, poucas palavras e sorrisos foram trocados. Após os primeiros contatos, realizamos uma reunião entre alunos e orientador para o planejamento das atividades com base na coleta de dados, um dos pontos levantados pela maioria foi a percepção da não interação entre os idosos. O que levou aos seguintes diagnósticos de enfermagem e elencados como principais e mais urgentes a serem trabalhados: Atividade de recreação deficiente; Estilo de vida sedentário; Comportamento de saúde propenso a risco; Controle emocional instável; Risco de baixa autoestima situacional; Processos familiares interrompidos; Interação social prejudicada; Relacionamento ineficaz. Com base nos diagnóstico estabelecemos um planejamento para as intervenções de enfermagem: Auxiliar a prática de habilidades de conversação e socialização; Elogiar as tentativas de expressão de sentimentos e ideias; Proporcionar interação social, conforme apropriado; Usar comportamento não verbal para facilitar a comunicação; Escolher membros capazes de contribuir para a interação do grupo e beneficiá-la; Encorajar os membros a partilharem entre si a raiva, a tristeza, o humor, a desconfiança e outros sentimentos; Propiciar exercícios estruturados de grupo, conforme apropriado, que promovam o funcionamento e a percepção do grupo. Para colocar em prática estas intervenções foram realizadas atividades lúdicas, roda de conversa e dinâmicas. Uma das atividades que mais tivemos retorno foi o bingo, realizado logo no início do semestre, no qual se trabalhou com a memória e a parte motora dos idosos, as alunas se distribuíram para auxiliar na marcação das cartelas e ao mesmo tempo interagir. Foram algumas rodadas, com distribuição de lembranças como prêmios para os vencedores. Durante as rodadas idosos que inicialmente se recusaram a participar foram se aproximando e aos poucos resolveram fazer parte da brincadeira, ao final até mesmo os cuidadores se admiraram da participação de alguns idosos que sempre se recusam a fazer parte das atividades. Ao final da atividade foi lida uma mensagem do livro Gotas de Esperança, onde todos participaram comentando o que entenderam e o que poderiam guardar para si a parte mais importante da mensagem. Observamos entre os idosos um semblante mais leve e durante o restante das aulas práticas continuamos a realizar atividades de interação, convidando os cuidadores a fazerem parte das atividades para assim dar continuidade e tornar estas atividades cotidianas no abrigo. Paralelo às atividades de interação, foram realizadas consultas de enfermagem, levantamentos de alguns diagnósticos e intervenções voltadas para o cuidado individual dos idosos abrigados. Resultados: Percebemos que no início das atividades os idosos se mostraram receosos em participar, porém o estímulo e a atenção empenhada proporcionaram uma melhora na interação entre os idosos abrigados. Idosos que pouco interagia passaram a aguardar por nossa chegada e demonstrar ansiedade em participar das atividades preparadas, ou mesmo recebemos relatos de que os próprios idosos se organizaram para realizar algumas atividades. Foi possível apreender nos idosos o desenvolvimento de uma percepção mais positiva sobre seu próprio valor, em resposta a situação de ser abrigado e não possuir vínculo familiar. Considerações Finais: A experiência proporcionou à formação acadêmica uma visão ampla sobre o cuidar e a importância dos laços sociais para a promoção da saúde, a enfermagem necessita buscar cada vez mais melhorar a qualidade da assistência prestada, considerando os diversos ambientes de atuação do enfermeiro.

3997 PERFIL DE SAÚDE DO IDOSO RIBEIRINHO, CADASTRADO NA ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DA ZONA RURAL-PARINTINS AMAZONAS
Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Ghedria Loyanna Martins Batista, Euler Lira Pereira, Leidiane Santarém Valente, Layanne Tavares dos Santos, Glauber Farias da Silva Junior

PERFIL DE SAÚDE DO IDOSO RIBEIRINHO, CADASTRADO NA ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DA ZONA RURAL-PARINTINS AMAZONAS

Autores: Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Ghedria Loyanna Martins Batista, Euler Lira Pereira, Leidiane Santarém Valente, Layanne Tavares dos Santos, Glauber Farias da Silva Junior

Nos últimos anos o Brasil vem sofrendo inúmeras transformações demográficas, epidemiológicas e sociais, devido à incorporação de tecnologias novas, conquistas sociais e políticas, dando destaque dentre essas transformações ao envelhecimento populacional que vem crescendo significativamente nos últimos anos. Este trabalho aborda sobre as condições de Saúde do Idoso Ribeirinho, cadastrado na Estratégia Saúde da Família (ESF) da zona rural do município de Parintins-AM.  O mesmo foi desenvolvido com 96 idosos na comunidade de Santa Maria Da Vila Amazônia e na comunidade do Bom Socorro do Zé - Açú onde há Unidade Básica de Saúde – UBS e equipe de Estratégia Saúde da Família para atender a população. Este teve como principal objetivo investigar as condições de saúde do idoso ribeirinho, cadastrados na Estratégia Saúde da Família da Zona Rural do município de Parintins, Amazonas. E como específicos: identificar quais os reais problemas de Saúde auto referido dos idosos ribeirinhos; descrever que estratégias utilizam para resolver os problemas de saúde; identificar que tipos de assistência à saúde estão disponíveis e acessíveis aos idosos na comunidade. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de natureza quantitativa, sobre as condições de saúde do idoso ribeirinho, realizada em duas Unidades Básicas de Saúde da Zona Rural do município de Parintins, Amazonas. A população estudada foi idosos com 60 anos ou mais, cadastrados na Estratégia Saúde da Família das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Zona Rural do Município de Parintins - Amazonas, pertencentes a UBS da comunidade da Vila Amazônia e Bom Socorro do Zé Açú. Sendo investigados 96 idosos das comunidades da Vila Amazônia e Zé Açú. Para realizar a investigação sobre a saúde do idoso ribeirinho foi utilizado um questionário padronizado com informações demográficas, econômicas, suporte social e familiar do idoso e suas condições de saúde. Dentre os entrevistados estavam 42% (40) homens e 58% (56) mulheres, sendo estes 69% (66) idosos da comunidade da Vila Amazônia e 31% (30) idosos da comunidade do Zé-Açú. Mostrando que o gênero feminino apresenta-se em número maior do que o masculino, sendo 56 idosas e 40 idosos, com diferença de 16 para o sexo feminino. Sobre o item raça foi verificado que 10% idosos consideram-se da raça branca, 7% da raça negra, 1% da raça amarela, 3% consideram-se mulatos e 78% dos idosos dizem ser pardos. A respeito do item estado civil 39% dos idosos dizem ser solteiros, separado, ou viúvos, 61% dos idosos são casados ou vivem em uma união estável. Quanto à escolaridade nota-se que nas comunidades rurais o nível de escolaridade é muito baixo, pois a maioria dos idosos entrevistados o equivalente a 57% estudou apenas até o primário e outra porção o que equivale a 22% nunca estiverem em uma sala de aula para estudar, o que é comum nessas regiões devido à dificuldade de deslocamento para chegar até a escola, sendo um fator influenciador para a evasão escolar no meio rural. Sobre em que trabalharam 53% dos idosos passaram a maior parte de sua vida trabalhando na agricultura, 19% dos idosos trabalharam na juta como juteiros, 5% trabalharam na carpintaria e 7% como doméstica, os outros entrevistados equivalentes a 16% trabalharam em atividades distintas, sendo essas profissões as seguintes: madeireiro, marítimo de barco, professor, funcionário público, cozinheira, costureira, artesão, mecânico e vendedores. Quanto à aposentadoria 78% equivalente a 75 idosos são aposentados e 22% que equivale a 21 idosos não possuem aposentadoria, passando a ter como ajuda financeira seu trabalho, plantio e venda dos produtos agrícolas e ajuda dos parentes. A respeito dos problemas de saúde auto referidos pelos 96 idosos entrevistados a hipertensão foi a mais frequente com 40% de casos, em seguida, os problemas na visão com 23%, posteriormente o reumatismo ou doenças reumáticas (artrite, artrose, osteoporose, etc.) com 15%, depois o diabetes com 14% e 4% de problemas cardíacos. Além de 47% de outras doenças, que incluíam dor na coluna, hérnias, gastrite, cansaço muscular, fraqueza, dor de cabeça, entre outras. Nota-se que os problemas vivenciados pelos idosos residentes em meio rural, são os mesmos dos residentes em área urbana, inclusive citando as mesmas doenças. No entanto essas condições de saúde podem ser menos assistidas ou em condições agudas, serem agravadas pela falta de serviços de saúde disponível na localidade. O idoso da zona rural, não tem acesso direto e rápido aos serviços de saúde, levando-o ao agravamento dos casos ou não tratamento adequado. Sobre o item de uso de medicamentos 15% dos idosos fazem uso de captopril, 14% usam AAS (ácido acetil salicílico), 10% utilizam a hidroclorotiazida, 7% fazem uso de diclofenaco, 3% usam metformina, 2% fazem uso de glibenclamida, 52% relatam fazer uso de outros medicamentos, em especial àqueles para alivio de dores osteoarticulares. Quanto aos serviços de saúde que estes buscam para solucionar seus problemas de saúde 89% respondeu que busca atendimento no posto de saúde da comunidade, ou seja, na Unidade Básica de Saúde - UBS, 7% busca atendimento no hospital, isto é, quando necessita de atendimento vem à sede do município e se dirige a um dos hospitais da cidade e os 4% informou que quando precisa cuidar de sua saúde vem a Parintins e procura uma UBS para tentar solucionar seus problemas. A respeito da utilização de remédios caseiros, 72% dos idosos relatam fazer uso de remédios caseiros, como chás, garrafadas, infusões dentre outros. Apenas 28% informou não fazer o uso de remédios caseiros. Quanto ao tratamento alternativo, 40% dos pesquisados informaram buscar atendimento com puxador, 9% com puxador/benzedeira, 2% com rezadeira, 1% com curandeiro e 48% não busca nenhum tipo de tratamento alternativo. O envelhecimento populacional é um fator de destaque dentro das inúmeras transformações que o país tem passado. Essas mudanças trazem alterações na vida da pessoa idosa, fazendo com que haja modificações no estilo de vida, meio familiar e saúde desta população.  Ainda que o envelhecimento não seja o mesmo que adoecimento, este traz várias alterações, inclusive as fisiológicas na vida da pessoa idosa, tornando-os mais suscetíveis e predispostos a doenças, principalmente as patologias crônico-degenerativas. Com o aparecimento de morbidades os idosos buscam atendimento nos serviços de saúde, pois é direito deste ter assistência de saúde nos diversos meios de serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tanto em ambiente urbano, quanto rural. A permanência da população de idosos em áreas rurais, principalmente nas ribeirinhas da Amazônia, nos leva a pensar em adequações dos serviços de saúde prestados a essa população, para que eles tenham acesso aos mesmos serviços oferecidos para os idosos que vivem na área urbana, já que isso é garantido a estes. A coleta de dados junto à população idosa nas comunidades, pesquisando aspectos socioeconômicos e percepção de saúde individual, torna-se indispensável para gestores públicos e para o profissional enfermeiro, pois auxilia na implementação de estratégias e ações políticas que irão favorecer o bem-estar físico, mental e social dos idosos, fundamentadas não somente em seus direitos, mas em suas verdadeiras necessidades e nos fatores de risco à saúde. Os resultados desta pesquisa reforçam, em parte, os estudos com a mesma população, como exemplo, a predominação do sexo feminino e o número de idosos com Hipertensão o que suscita a necessidade de avaliar esta peculiaridade de modo mais aprofundado em novas pesquisas.

4982 A PROMOÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO DA TERCEIRA IDADE POR MEIO DA ACADEMIA AO AR LIVRE
Ricardo Cezar Ramalho, Osmar Pereira dos Santos, Gabriella Bandeira Araújo de Paraízo, Iel Marciano de Moraes filho, Sandra Rosa Souza Caetano, Aline Aparecida Arantes, Clarice Carvalho dos Santos, Cristhiany Araújo Nunes

A PROMOÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO DA TERCEIRA IDADE POR MEIO DA ACADEMIA AO AR LIVRE

Autores: Ricardo Cezar Ramalho, Osmar Pereira dos Santos, Gabriella Bandeira Araújo de Paraízo, Iel Marciano de Moraes filho, Sandra Rosa Souza Caetano, Aline Aparecida Arantes, Clarice Carvalho dos Santos, Cristhiany Araújo Nunes

Apresentação: A velhice é uma etapa vital que, atualmente vem sendo prolongada, mas as limitações interferem na qualidade de vida do idoso em frente a alguns desafios, como a perda progressiva de aptidões físicas e capacidade funcional, aumentando o risco do sedentarismo, que limita a capacidade do idoso para realizar, com vigor, as suas atividades do cotidiano e colocam em maior vulnerabilidade a sua saúde e aptidão física. Objetivo: compreender e analisar a contribuição das academias ao ar livre como estratégias para a promoção da saúde e qualidade de vida de usuários e para a população da terceira idade.Desenvolvimeneto: Como método de estudo optou-se por pesquisa bibliográfica qualitativa de forma descritiva. Feitas pesquisas nos bancos de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e nos sites: Scientifc Electronic Library Online (Scielo), Google Acadêmico, Biblioteca Regional de Medicina (Bireme) e outras revistas eletrônicas, além do das consultas ao acervo da biblioteca da Faculdade União de Goyazes, para o levantamento de artigos científicos. Foram selecionados, lidos e analisados 14 artigos, no recorte temporal de 2008 a 2016. Resultados: O IBGE (2013) estima-se que a população de idosos no Brasil, para o ano de 2050, seja de 29,7% do total da população brasileira, isso mostra que o Brasil ficará em um patamar superior ao da Europa e se aproxima ao do Japão, em relação a população de idosos. E é neste cenário entra os profissionais de educação física e o Projeto Academia ao Ar Livre. Cada vez mais o Projeto Academia ao Ar Livre vem trazendo a ideia de levar aos indivíduos sedentários, ou que nunca praticaram nenhuma atividade física a poderem praticar exercícios diariamente, agregando o lazer a prática de atividades físicas e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. A implantação das academias ao ar livre em praças e em determinados pontos da cidade, contribuíram para um melhor acesso da população ao lazer. No entanto, para o sucesso destas academias faz-se necessário que os profissionaisconheçam os principais aparelhos, posição de execução dos exercícios, principais músculos trabalhados, recomendações e cuidados no método e treinamento a ser aplicado nas academias ao ar livre. Os principais aparelhos são:Simulador de Cavalgada Duplo, Simulador de Caminhada Duplo, Jogo de Barras, Simulador de Escada Duplo, Abdome Duplo, Multiexercitador Seis Funções. A prática de exercícios físicos promove uma melhoria generalizada no organismo do idoso, incluindo benefícios cardiorrespiratórios, diminuição do risco de doenças crônico degenerativas, diminuição da gordura corporal, aumento da densidade mineral óssea e do volume muscular, evitando fraturas corriqueiras e sérias, além de melhorar a sua qualidade de vida. Considerações Finais: Identificou-se que no sentido de uma “Promoção do Envelhecimento Saudável”, a academia ao ar livre pode contribuir para com essas mudanças ajudando a prevenir doenças, a viver com qualidade, manter o organismo saudável e mais jovem do que aponta a idade cronológica, mesmo com a existência de algum problema de saúde. E que a profissão de educação física contribui muito com as políticas de saúde públicas.

5096 Avaliação da funcionalidade familiar de idosos na cidade de Parintins- AM
Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Layanne Tavares dos Santos, Cleisiane Xavier Diniz, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Leidiane Santarém Valente, Rafaela Pantoja Cavalcante, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro

Avaliação da funcionalidade familiar de idosos na cidade de Parintins- AM

Autores: Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Layanne Tavares dos Santos, Cleisiane Xavier Diniz, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Leidiane Santarém Valente, Rafaela Pantoja Cavalcante, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro

O envelhecimento populacional é algo vivenciado em âmbito mundial, até 2050 serão mais de 2 bilhões de idosos no mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE (2016), em 40 anos a população de idosos brasileira deve triplicar, passando de 19,6 milhões, em 2010, para 66,5 milhões de idosos em 2050, o que corresponde a 29,3% da população. No Amazonas a taxa de envelhecimento em 2016 foi de 12,91% e em 2030 deve chegar a 31,46% de idosos para cada 100 crianças menores de 15 anos. Sendo assim, a enfermagem pode desempenhar um papel fundamental na avaliação do suporte familiar, identificando disfuncionalidades familiares e agravos que acometem a pessoa idosa em âmbito familiar, através do acolhimento e da assistência, incluindo diferentes estratégias e esquemas assistenciais mais efetivos e dinâmicos, que sejam capazes de atender as necessidades dessa população. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar a funcionalidade familiar dos idosos, cadastrados nos Grupos de Convivência de Idosos coordenados pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação- SEMASTH do município de Parintins. Este trabalho trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, desenvolvido no Município de Parintins. A população do estudo foi composta por idosos de 60 anos e mais, participantes dos grupos de convivência da SEMASTH. Participaram do estudo, 11 grupos, com um total de 1.286 idosos cadastrados e uma amostra de 296 idosos, com capacidade cognitiva preservada, com erro amostral de 5% e nível de confiança de 95%. O procedimento de coleta deu-se em três fases: I fase consistiu em uma reunião com as monitoras dos grupos de idosos e sua coordenação para apresentação do projeto; II fase consistiu na realização da primeira entrevista com aplicação do Mine exame do estado mental- MEM, com objetivo de identificar a capacidade cognitiva dos idosos e estarem aptos para participar do projeto, por tratar-se de um projeto macro, tal instrumento não foi incluso neste trabalho; e, III fase consistiu na aplicação do instrumento para coletar dados sócio econômicos e de saúde juntamente com o Instrumento  APGAR de família.  Na análise dos dados, se calculou as frequências absolutas simples para os dados categóricos. Na análise dos dados quantitativos foi calculada a média e o desvio-padrão para os dados que apresentavam distribuição normal por meio do teste de Shapiro-Wilk ao nível 5% de significância. Na rejeição da hipótese de normalidade foram calculados a mediana e os quartis (Qi). O software utilizado na análise foi o programa Epi-Info 7 para windows, que é desenvolvido e distribuído gratuitamente pelo CDC. Foram entrevistados 269 idosos, dentre os quais, 39,5% eram do sexo masculino e 60,5% eram do sexo feminino. Com relação a faixa etária, podemos observar que a maioria dos idosos tem entre 70 e 75 anos, correspondente a 24,3% do total de idosos. Observamos ainda que com relação a situação conjugal, 46% desses idosos são casados. Dos 296 entrevistados, 285 idosos (95,6%) alegaram ter no mínimo 1 filho e no máximo 22 filhos. O número máximo de pessoas que residem com esses idosos é de 19 ou nenhuma. Relacionado aos dados de escolaridade a grande 74,7% alegou saber ler e escrever e 56,4% dos idosos alegaram ter estudado até o primário. Com relação a renda mensal, 72,3% dos idosos alegam ter uma renda entre 1 e 2 salários mínimos. Após a avaliação dos dados, obtivemos a seguinte classificação das famílias: 7,1% com elevada disfunção familiar; 12,8% com moderada disfunção familiar e 80,1% com boa funcionalidade familiar. Entre os idosos entrevistados, ouve predominância do sexo feminino, onde dos 296 idosos, 39,5% eram do sexo masculino e 60,5% eram do sexo feminino, o que nos leva a concluir que a mulher é a maioria da população idosa do município, a essa predominância dá-se o nome de feminização da velhice, que se associa a maior longevidade das mulheres em comparação aos homens. Segundo os dados, a maioria dos idosos, correspondentes a 95,6%, tem pelo menos 1 filho e no máximo 22, e são casados ou viúvos. Ainda que esses dados mostrem que a maioria constituiu família, isso não significa que esses idosos tem o apoio da família ou que possam dispor de demonstrações de afeto e companhia dos mesmos, o que acaba causando no idoso a sensação de abandono por parte dos familiares e falta de apoio. Em relação ao estado conjugal, a maioria declarou-se casados destacando melhor funcionalidade familiar nesse grupo. Destacamos aqui que a pesquisa mostrou idosos que residem sozinho, e idosos que coabitam com 19 pessoas na mesma casa. No caso do idoso que só pode trazer complicações por não ter com quem se comunicar, e o autocuidado fica prejudicado, assim como nas atividades do dia a dia como preparar seu próprio alimento. Por outro lado, fato de ter uma família numerosa também afeta a funcionalidade da família, uma vez que o idoso perde seu espaço, não tem privacidade, complicada situação financeira da família, assim como os relacionamentos intrafamiliares. Na população estudada  a renda mensal individual dos idosos estava ente 1 e 2 salários mínimos. Com esse panorama, podemos inferir que a renda pode ser um dos fatores que contribuem com a disfuncionalidade familiar, pois há diversos fatores que podem contribuir para o declínio da saúde idoso, como os fatores socioeconômicos, que quando escassos, pode levar a situações de maus-tratos e outros tipos de violência. Durante a experiência com as entrevistas, pude observar que em sua maioria, é o idoso que detêm o maior poder aquisitivo, é quem sustenta a família, embora, ao relacionar esses dados com o resultado do APGAR de família, não houve significância estatística neste estudo. O APGAR de família é um instrumento utilizado para medir a satisfação do idoso com os restantes membros da família. Este estudo revelou que 80,1% das famílias possuem boa funcionalidade, o que significa que a maioria dos idosos está satisfeita com a relação que tem com a família e com o suporte que a mesma oferece. A disfuncionalidade nos grupos de idosos de Parintins foi considerada baixa (7,1%), no entanto, para atender a legislação que amparo o idoso, não é aceitável que nenhum idoso passe por problemas familiares, como falta de alimento, falta de espaço para a privacidade, violência ou falta de cuidados. Os resultados obtidos indicam que os idosos avaliaram positivamente a funcionalidade de suas famílias em relação aos domínios do APGAR de Família, o que pode-se concluir que a família está buscando recursos internos ou externos  para acolher as demandas no relacionamento e promover o bem-estar de seus membros. Reconhecendo a importância da família para o idoso, o presente estudo tem o intuito de fornecer informações que possibilitam planejar intervenções para estabelecer o equilíbrio da unidade familiar quando a disfunção for detectada. Além de permitir uma melhor caracterização dos idosos quanto à funcionalidade familiar e contribuir com o profissional enfermeiro, que poderá realizar ações direcionadas ao contexto familiar, no sentido de estabelecer esquemas assistenciais mais efetivos e dinâmicos, o que contribuirá significativamente para a qualidade da assistência aos idosos e das demandas dessas famílias, permitindo que ambos encontrem a melhor solução terapêutica, em que a meta seja o equilíbrio da família, melhorando a assistência a essas pessoas e reduzindo os custos emocionais da própria família.

5178 VIVENCIANDO UM GRUPO DE IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA
Danyelle Nóbrega de Farias, Paula Epifanio de Oliveira, Marselha Beatriz Alcantara Souza, Dayane Dantas Venâncio, Kalline de Fátima Nascimento Costa, Dyego Anderson Alves Farias

VIVENCIANDO UM GRUPO DE IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Danyelle Nóbrega de Farias, Paula Epifanio de Oliveira, Marselha Beatriz Alcantara Souza, Dayane Dantas Venâncio, Kalline de Fátima Nascimento Costa, Dyego Anderson Alves Farias

Introdução: As atividades educativas são componentes importantes do funcionamento de uma Unidade de Saúde da Família sendo desenvolvidas principalmente em grupos, como por exemplo, os grupos de idosos.  Através de atividades educativas abordando temas da saúde, prática de atividade física e atividades lúdicas são compartilhadas informações entre profissionais e usuários buscando-se o fortalecimento do autocuidado, promovendo saúde e prevenindo doenças ou complicações. Descrição da Experiência: Os discentes do curso de fisioterapia por meio da disciplina Integração Ensino, Serviço e Comunidade da FACENE participaram ativamente de um grupo de Idosos que acontece em uma USF do município de João Pessoa-PB. O grupo ocorre semanalmente na unidade sendo coordenado de forma compartilhada com os profissionais da equipe. No dia da visita o grupo desenvolveu atividades lúdicas, alongamento e relaxamento, além de exercícios de estímulo a memória dos idosos. O alongamento associado a exercícios respiratórios deu início à atividade fazendo com que os idosos interagissem com os participantes, em seguida foi iniciada a atividade de biodança, que trabalha tanto o lúdico, a coordenação motora, o equilíbrio quanto a prática de exercício físico. Impactos: A vivência proporcionou a interação entre profissionais, discentes e usuários, onde todos foram beneficiados. O acolhimento gerado no grupo favorece o vínculo com os usuários e promove saúde. Os discentes vivenciaram uma das ferramentas de atuação do profissional na atenção básica com o olhar para o trabalho interdisciplinar e integral. Além disso, os alunos ganharam experiência e refletiram sobre a importância das atividades educativas com idosos. Considerações Finais: A formação de profissionais capacitados para o trabalho na Atenção Básica se faz a partir da experiência de atuação em atividades como a do grupo de idosos. O grupo permite trabalhar a promoção da saúde, prevenção de doenças e complicações, além de colocar em prática os princípios que regem o Sistema Único de Saúde, logo estas ações devem ser estimuladas no decorrer de toda formação acadêmica e levadas a prática profissional.

2531 AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO MUNICÍPIO DE COARI/AM.
Ivone Lima Santos, Carlessandra Martins Uchôa, Francisca das Chagas do Amaral Souza, Mayline Menezes da Mata, Heleno Lima Serrão

AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO MUNICÍPIO DE COARI/AM.

Autores: Ivone Lima Santos, Carlessandra Martins Uchôa, Francisca das Chagas do Amaral Souza, Mayline Menezes da Mata, Heleno Lima Serrão

O consumo alimentar de uma população é de grande importância pois a partir deste é capaz de determinar possíveis enfermidades e identificar as atitudes errôneas referente a alimentação, em especial ao grupo populacional de idosos, já que esta é uma fase de características diferenciadas e especificas que vão da mastigação até a absorção e uma alimentação adequada é fundamental nesta fase. Dessa forma, a pesquisa objetivou avaliar o consumo alimentar de idosos que frequentam o centro de convivência do município de Coari-AM. O estudo foi realizado com idosos que frequentam o centro de convivência com assiduidade, no qual a coleta foi realizado no próprio local com o contato direto da pesquisadora e o entrevistado com o número de aprovação no comitê de ética: 41063715.40000.5020. Na avaliação do consumo alimentar, a coleta foi realizada através da aplicação do recordatório 24 horas de três dias distintos, sendo calculada com o auxílio do programa Nutriflash 8.0. Após a coleta de dados foi possível identificar o percentual das refeições consumidas diariamente com 100% colação, 35,71% lanche da manhã, 100% Almoço, 67,14% Lanche da tarde, 85,71% Jantar e 31,43% a ceia, mostrando que as refeições mais consumidas são as três grandes refeições principais. Quanto a média do valor calórico dos recordatórios, para os homens ficou de 1916,71 kcal, com 765,53 kcal para mínimo e 2710,71 máximo, e a média para mulheres de 1858,14 Kcal, com 642,32 kcal mínimo e 2786,89 máximo. Referente ao consumo dos macronutrientes, para carboidratos foi de 63,15% e 65,54%, proteína de 17,41% e 17,58% e lipídeos 19,35% e 20,02% para homens e mulheres respectivamente, apresentando o consumo de maior percentual entre o sexo feminino, mesmo que com valores próximos. Os alimentos mais consumidos de alto índice glicêmico entre os idosos foram o pão francês, arroz branco e o jerimum, os de médio índice foi a farinha de mandioca e os de baixo índice glicêmicos foram o feijão, macarrão, tomate e leite integral. Com base nos resultados é possível perceber que é necessário dar uma atenção maior na alimentação da terceira idade, orientando quanto a importância do fracionamento das refeições para que não haja sobrecarga glicêmica e calórica em apenas uma refeição, para não contribuir no surgimento de doenças como o diabetes, além de reajustar ainda que pouco os percentuais de macronutrientes segundo as recomendações.

2966 ¬CONDIÇÕES DE SAÚDE DO IDOSO, DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE PARINTINS AMAZONAS
Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Ghedria Loyanna Martins Batista, Roger Martinho Filgueira de Farias, Luan Guimarães Pessoa, Mayara Soares Gonzaga

¬CONDIÇÕES DE SAÚDE DO IDOSO, DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE PARINTINS AMAZONAS

Autores: Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Ghedria Loyanna Martins Batista, Roger Martinho Filgueira de Farias, Luan Guimarães Pessoa, Mayara Soares Gonzaga

O acelerado envelhecimento populacional trouxe um importante impacto para a sociedade, não só pela presença de morbidade comum nesta fase da vida, mas também por importantes alterações fisiológicas, psicológicas e sociais que o processo de envelhecimento carrega. O presente trabalho objetiva investigar as condições de saúde, perfil sóciodemográfico e hábitos de vida de idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família, de Unidade Básica de Saúde – UBS do município de Parintins, Amazonas. A investigação no contexto escolhido foi relevante, considerando a escassez de pesquisas na região, pautando-se ainda na possibilidade de revelar as peculiaridades da população estudada e identificar os principais agravos na população idosa da área de abrangência da Unidade de Saúde, além de contribuir para o planejamento de estratégias diferenciadas no trabalho da equipe de Saúde e políticas de saúde adequadas para os idosos. Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e analítica, exploratória de natureza quantitativa, sobre as condições de saúde dos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família de uma Unidade Básica de Saúde - UBS do município de Parintins, realizada com idosos com idade igual ou maior que 60 anos que possuíam condições cognitivas e aceitavam participar da pesquisa. Utilizou-se um questionário padronizado, contendo as variáveis de acordo com os objetivos que incluiu a aferição da Pressão Arterial e dados antropométricos dos participantes.  Com o resultado da pesquisa identificou-se nos entrevistados 60 (45,4%) idosos do sexo masculino e 72 (54,6%) do sexo feminino, assim verifica-se que o número de mulheres é maior do que a de homens, mostrando a feminização da população idosa. Uma vez que quanto mais à população envelhece mais feminina se torna devido a maior expectativa de vida das mulheres. Quanto à faixa etária dos entrevistados verificou-se que há um número de idosos maior com faixa etária de 60 a 75 anos contabilizando 82 (62,1%) idosos do que na faixa etária de 75 a 80 anos com 50 (37,9%) pessoas. Em referência a escolaridade identificou-se entre os entrevistados que 76 (57,6%) dos idosos o que equivale à metade da população entrevistada possui o primário como nível de escolaridade e 28 (21,2%) o 1º grau incompleto, correspondente a um nível de escolaridade baixo. Quanto a variável estado civil verificou-se que 84 (63,6%) idosos são casados ou vivem em união estável e 48 (36,4%) são viúvos, solteiros ou divorciados. Nota-se a prevalência de idosos com companheiro conjugal, o que por alguns é colocado como benéfico ter com quem compartilhar seus sentimentos, suas angustias e seu dia-a-dia, uma vez que o fato de ter alguém como apoio pode diminuir o aparecimento de sinais depressivos em idosos, pois quando viúvos ou solteiros estes costumam sentir-se como estorvos para seus filhos, precisando deste para realizar suas atividades básicas, já que a maioria dos filhos tende a ter uma superproteção em seus pais. A respeito da religião dos 132 idosos entrevistados 105 (79,6%) disseram ser católicos e 25 (18,9%) evangélicos, na qual se verifica que ainda se tem grande influência do cristianismo na população idosa, a religiosidade ainda tem grande relação com as condições de saúde dos idosos, pois muitos buscam apoio na religião e na fé. Quanto ao número de filhos 48 (36,4%) tem de sete a dez filhos e somente 04 (3%) nunca tiveram filhos. Nota-se que a maioria dos idosos teve um número alto de filhos o que pode influenciar no fato de muitos não morarem sozinhos, tendo dessa forma alguém para cuidar. Assim, observa-se que do total dos idosos, 54% moram com alguém da família ou com um cuidador, dos quais a grande maioria vive em domicílios multigeracionais, coabitam com esposo (a) e/ou filhos e/ou genros ou noras. Questionados sobre em que trabalhou ou sua ocupação na maior parte de sua vida 38 (28,8%) idosos respondeu ter tido como ocupação o trabalho na agricultura, 27 (20,5%) foi dona de casa, 25 (18,9%) trabalhavam como autônomo, 13 (9,8%) eram pescador, os demais trabalharam em profissões distintas como juteiro, costureira, maritimo, bordadeira, entre outro. Observa-se que a maioria dos idosos passou a maior parte de sua vida trabalhando em atividades agrícolas, nas quais se destacam o trabalho na agricultura familiar que é a principal atividade e fonte de renda dos ribeirinhos na região amazônica por um longo tempo até estes alcançarem a idade de aposentadoria como trabalhadores rurais, plantando, colhendo e vendendo seus produtos para tirar o sustento de suas famílias. E outra parte passou a maior parte de suas vidas como dona de casa, característica das mulheres as quais eram as principais responsáveis pelas atividades de casa e seus esposos por ajudar no sustento através de atividades agrícolas ou remunerada. Sobre as condições de saúde dos idosos, onde 98 (74,2%) declararam possuir algum problema de saúde. Sendo que 49 (37,1%) possuem Hipertensão Arterial Sistêmica – HAS, 30 (22,7%) Diabetes, 20 (15,2%) Osteoartrose e 44 (33,4%) possuem outros problemas de saúde, tais como catarata, problema de Colesterol Alto, Gastrite, Anemia, Tonturas, Litíase biliar, Tuberculose, Alteração de próstata, hérnia umbilical, etc. Nota-se que os problemas vivenciados pelos idosos entrevistados, são os mesmos dos pesquisados em outras regiões do país, inclusive citando as mesmas doenças, como a Hipertensão Arterial Sistêmica, o Diabetes Mellitus e a Osteoartrose. No entanto essas condições de saúde podem ser menos assistidas ou estar em condições agudas, serem agravadas pela falta de serviços de saúde disponível na localidade, como as alterações fisiológicas especifica do envelhecimento que necessitam de profissionais qualificados e que saibam cuidar desses casos. O idoso pode ter dificuldade para acessar serviços básicos de saúde devidos sua condição de saúde e socioeconômica, não tendo acesso direto e rápido aos serviços de saúde, levando-o ao agravamento dos casos ou não tratamento adequado. Quanto ao serviço de saúde que costuma utilizar, 94 (71,2%) dos idosos utilizam os serviços oferecidos pela Unidade Básica de Saúde – UBS do local onde residem, 21 (15,9%) costumam utilizar os serviços de um dos dois hospitais da cidade, 09 (6,8%) usam os serviços oferecidos pela Estratégia Saúde da Família e apenas 08 (6,1%) dos idosos entrevistados não utiliza nenhum tipo de serviço de saúde público ou privado. Questionados se realizavam uso de algum medicamento apenas 86 idosos responderem sim, que utilizavam medicamentos, uns para controle de doenças como Diabetes e Hipertensão e outros utilizam como paliativos, apenas para alivio de dores ou outra sintomatologia. Observou-se durante a pesquisa que os medicamentos mais utilizados pelos idosos são para controle da Hipertensão Arterial e do Diabetes, outras medicações citadas por eles são utilizadas para o alivio da dor, talvez seu uso seja pelo aparecimento de dores reumáticas e osteoarticular. O desenvolvimento deste possibilitou ainda identificar as peculiaridades da população estudada e identificar os principais agravos na população idosa pesquisada, além de contribuir para o planejamento de estratégias diferenciadas no trabalho da equipe de Saúde e políticas de saúde adequadas para os idosos no local de pesquisa. Contudo observa-se um número significativo de idosos com doenças crônicas não transmissíveis, os quais precisam de estratégias voltadas para melhorar sua condição de saúde, assim como chamar atenção para um cuidado diferenciado junto à equipe da Estratégia Saúde da Família, em olhar multidisciplinar para a qualidade na saúde do idoso.

1183 A ACESSIBILIDADE NO AMBIENTE INTERNO DOS SERVIÇOS GERONTOLÓGICOS NA CIDADE DE MANAUS (AM)
Cleisiane Xavier Diniz, Júlio César Suzuki, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro

A ACESSIBILIDADE NO AMBIENTE INTERNO DOS SERVIÇOS GERONTOLÓGICOS NA CIDADE DE MANAUS (AM)

Autores: Cleisiane Xavier Diniz, Júlio César Suzuki, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro

Na cidade de Manaus existem três Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMIs), especializados na área da gerontologia, da rede de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como os diversos equipamentos disponibilizados ao uso público, os espaços de circulação de uma unidade de saúde carecem de uma adequada infraestrutura que atenda à demanda de uma população específica, como a dos idosos, uma vez que se percebe muito presente uma limitação do espaço físico de circulação para este público. Para que uma edificação ou espaço seja considerado acessível é obrigatório que ele tenha sido pensado, projetado e executado de acordo com as exigências legais e com as Normas Brasileiras (NBRs) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Locais em que as exigências legais referentes à acessibilidade foram observadas de modo parcial não podem ser considerados como acessíveis, pois um espaço é ou não acessível. O objetivo deste estudo foi avaliar o ambiente interno dos CAIMIs e sua acessibilidade a partir do olhar do usuário desse serviço. Trata-se de um estudo transversal, quanti-qualitativo, com amostra do tipo probabilística aleatória, por demanda espontânea, composta por 1.080 indivíduos >60 anos de ambos os sexos, usuários dos CAIMIs da cidade de Manaus. O estudo seguiu todo o rigor ético necessário. Os resultados mostraram que, em relação às dificuldades dentro do ambiente interno relacionado à estrutura física, os idosos usuários do CAIMI Paulo Lima consideraram os consultórios dos CAIMIs de fácil acesso (82,2%), no entanto, os usuários do CAIMI André Araújo não percebem essa mesma facilidade, onde somente 39,6% disseram haver facilidade de acesso. Quando se perguntou sobre as principais dificuldades de acesso e mobilidade dentro do CAIMI, houve múltiplas respostas pelos idosos das quais destacaram-se: a falta de barras de apoio nos banheiros e de piso antiderrapante; assento sanitário inadequado; falta de iluminação; portas com defeitos e inapropriadas que proporcionam insegurança; banheiros com defeito na descarga, sem água e sem material de higiene; ausência de corrimão duplo em diversos pontos no CAIMI e de sinalizações dos setores de forma legíveis; ausência de rampas de acesso; excesso de degraus (particularmente no CAIMI André Araújo). Vale lembrar que a estrutura física dos CAIMIs Dr. Paulo de Lima e Ada Rodrigues Viana foram planejadas para atender especificamente os idosos, enquanto que o CAIMI André Araújo foi adaptado para esse atendimento. O estudo também mostrou que os usuários dos CAIMIs já se sentiram perdidos ou desorientados  e a maioria afirmou ter pedido ajuda de um funcionário ou desconhecido para orientá-los, ou seguiam as placas de informação. Observou-se que menos da metade desses idosos que frequentam os CAIMIs não conheciam as saídas de emergência do local. Além disso, os idosos manifestaram desejo de usar mais os espaços destinados ao convivio e às atividades sociais, embora façam pouco uso deles. Relataram que não frequentam tais atividades devido a distância, gastam horas até chegar ao CAIMI e seus deslocamentos se dá por transporte coletivo. Devido a esse empecilho, na maioria das vezes,  vão ao CAIMI  somente à procura de consultas médicas e que referem dificuldades para marcação de suas consultas. Normalmente as alterações repentinas de saúde e de rotinas diárias, especialmente nos casos de idosos que possuem dificuldade de locomoção, implicam na perda de contatos sociais, despertando a necessidade do convívio com grupos de pares para não permitir que a solidão se instale.  Infere-se que as iniciativas de inserção de pessoas idosas nos espaços da sociedade contribuem para a prevenção de muitas outras doenças e para a melhoria da qualidade de vida. No estudo, os idosos destacaram o que não os agrada no CAIMI: atendimento médico, marcação de consultas pelo SISREG (Sistema Nacional de Regulação), atendimento na recepção, falta de médicos especialistas, falta de lanchonete e a localização geográfica. Questionados porque não gostam, responderam que é devido a demora no atendimento, poucas vagas no sistema, dificuldade no trato com os funcionários e por  não terem acesso às especialidades médicas que necessitam, tais como cardiologia e endocrinologia. Os idosos demonstraram insastisfação com os serviços dos CAIMIs, principalmente ao que se refere ao acesso a exames, incluindo a demora na marcação, na realização e entrega dos resultados; referem ainda muita dificuldade para atendimento em consultas especializadas, poucos profissionais para atender a demanda, falta preparo por parte dos funcionários da recepção para atender com educação os usuários. Nesse caso, a principal razão para a pouca utilização do serviço público local foi a indisponibilidade de consulta e a falta de um acolhimento qualificado capaz de identificar a necessidade de saúde do idoso. Esses dados apontam para certa falta de cobertura. O termo “cobertura” designa a medida de quanto um serviço realmente cobre as necessidades potenciais da população.  Por esse motivo, muitos usuários que dispõem de condições para consulta particular, dão preferência a esta modalidade de serviço em busca de resolutividade. É importante se considerar o princípio da resolutividade, que é a capacidade do sistema em dar soluções às diversas situações que dizem respeito ao processo  saúde/doença dos usuários e/ou atendê-los adequadamente  nos níveis de atenção primária, secundária e terciária, englobando os  aspectos relativos à percepção dos usuários, à estruturação dos serviços e à  organização do sistema de saúde. Destaca-se que houve inúmeras mudanças na estrutura do sistema de saúde desde a implantação do SUS, com objetivo de melhorar o acesso da população aos serviços, no entanto, observa-se que as expectativas dos idosos parecem centrar-se no atendimento individual, prestado pelo profissional médico e com enfoque curativo, embora existam outras categorias profissionais disponível no serviço para auxilia-lo em diferentes âmbitos do cuidado, além da sua própria participação social nas atividades desenvolvidas pelo CAIMI. Isso só reforça a ideia da procura do serviço apenas por motivo de doença e não para a promoção e proteção da saúde. Todos os problemas apontados pelos idosos demonstram as desigualdades de oferta e de acesso aos serviços de saúde, que se diferenciam tanto entre regiões brasileiras quanto entre populações da mesma região. A universalidade do acesso aos serviços de saúde ainda parece uma realidade longínqua. Apesar dos avanços do Sistema Único de Saúde, principalmente com a implantação da Estratégia Saúde da Família, o acesso à saúde gerontológica necessita ser ampliado para grupos populacionais que têm como porta de entrada a rede de atenção primária.

4474 DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL REGIONAL DOUTOR JOFRE DE MATTOS COHEN EM PARINTINS/AM
Glauber Farias da Silva Junior, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Flávia Maia Trindade, Ghedria Loyanna Martins Batista, Solane Pinto de Souza, Jean Reis de Almeida

DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL REGIONAL DOUTOR JOFRE DE MATTOS COHEN EM PARINTINS/AM

Autores: Glauber Farias da Silva Junior, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Flávia Maia Trindade, Ghedria Loyanna Martins Batista, Solane Pinto de Souza, Jean Reis de Almeida

A função gerencial do enfermeiro nos dias atuais é indispensável, pois é ele o profissional com maior abrangência de atribuições e conhecimentos acerca de associações de ideais e das necessidades de planejar ações do quadro funcional de enfermagem, vinculando a busca pela excelência da assistência. Esta pesquisa teve como objetivo aplicar o dimensionamento do quadro de Enfermagem, do Hospital Regional Dr. Jofre de Mattos Cohen, com base na Resolução do COFEN 543/2017 e fazer um comparativo entre a realidade encontrada e o preconizado pela legislação vigente. Trata-se de uma pesquisa documental, exploratória e descritiva, de caráter quantitativo. Os dados obtidos nessa pesquisa foram adquiridos diretamente com a direção hospitalar, juntamente com a gerência de enfermagem, sendo estes o quadro total atual de enfermeiros em exercício da função, incluindo os funcionários que estão em folha mas, no momento da pesquisa estavam de férias ou ausente da instituição. A análise apresentar-se-á em três tópicos. Primeiramente são exibidos o conjunto dos setores estudados. Em segundo tópico são representados os setores de internações estudados, com seus respectivos resultados de acordo com legislação e seu quadro real. Por último é apresentada a análise dos tópicos a qual contempla a conjuntura do que foi encontrado na instituição hospitalar em termos do dimensionamento de pessoal de enfermagem. Na unidade hospitalar, 71,42% dos setores apresentaram classificação de paciente com necessidade de Cuidados Intermediários (PCI), 57,14% presença de pacientes com a necessidade de Cuidados Semi-intensivos (PCSI), 42,85% dos setores apresentaram pacientes de Cuidados de Alta-dependência (PCAD), e 28,57% dos setores apresentaram pacientes com necessidades de cuidados mínimos. O estudo apresentou um déficit com variáveis de 50% a 88,88% nos setores pesquisados, evidenciando a importância da implantação do Sistema de Classificação de Pacientes – SCP e dimensionamento de pessoal de enfermagem. Ficou ainda evidenciada a necessidade da implantação do Sistema de Classificação de Pacientes SCP, utilizando um instrumento adaptado conforme as necessidades e a realidade da instituição, permitindo ao enfermeiro o conhecimento sobre os pacientes atendidos em sua unidade facilitando a gestão e promovendo um serviço de qualidade ao público usuário.

463 A DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE:RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ATIVIDADE EDUCATIVA
Thauane de Oliveira Silva, Jean Ribeiro Leite, Wanessa da Silva Peres Bezerra, Maria Betina Leite de Lima, Priscila Marcheti Fiorin

A DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE:RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ATIVIDADE EDUCATIVA

Autores: Thauane de Oliveira Silva, Jean Ribeiro Leite, Wanessa da Silva Peres Bezerra, Maria Betina Leite de Lima, Priscila Marcheti Fiorin

Apresentação: A expectativa de vida da população idosa vem aumentado sensivelmente de forma mais acelerada que a de qualquer outra faixa etária. Este fatopode estar relacionado, às ações de saúde pública, mudanças comportamentais, além dos avanços nas pesquisas científicas e recursos tecnológicos na área da saúde. Com o avanço da idade, ocorre também a chegada de doenças crônicas não transmissíveis, como a depressão. A depressão é uma síndrome de natureza multifatorial, que se caracteriza pela associação de condições clínicas e psíquicas, tendo como principais sintomas o humor deprimido e o isolamento de forma gradual e contínua. Na população idosa, a depressão associa-se ao próprio processo de envelhecimento (déficits físicos e cognitivos relacionados à idade) e a comorbidades, uso continuado de alguns medicamentos, adversidades emocionais e mudanças de estilo de vida. Por outro lado, a depressão piora a comorbidade, diminuindo a qualidade de vida e aumentando a mortalidade. Esse trabalho tem como objetivo relatar a abordagem com um grupo de pessoas idosas sobre depressão na terceira idade. Desenvolvimento do trabalho: Relato de experiência tendo como abordagem utilizada a roda de conversa. A ação educativa foi realizada comoito idosos, integrantes do grupo UnAPI (Universidade aberta a pessoa Idosa), da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.O grupo proporciona diversas atividades que priorizam a educação em saúde, além da troca de conhecimento entre os idosos e discentes dos mais diversos cursos de graduação da UFMS.A ação educativa foi realizada no dia 2 de agosto de 2017.Resultados:Foi iniciado com uma apresentação e avaliação do grau de conhecimento prévio a respeito da depressão, posteriormente abordamos o mesmo tema, dando enfoque na epidemiologia da doença, principais sinais e sintomas e tratamento.Notou-se a participação constante dos integrantes no decorrer da atividade educativa, havendo uma boa integração entre os mesmos, onde relataram suas vivências pessoais e de conhecidos com depressão, demonstrando interesse nos esclarecimentos de dúvidas quanto ao tema tratado.Considerações finais:Abordar temas emergentes de saúde como a depressão, tem se mostrado de grande valia na conquista de autonomia em saúde da população idosa. Os idosos participantes da ação apresentaram diversas dúvidas e relataram suas experiências acerca do tema, tal fato mostra que os mesmos não estão alienados no que tange o assunto. Pode-se observar através desta ação, que as vivências individuais e a maneira de como é realizado o enfrentamento dos problemas cotidianos interferem intrinsicamente na qualidade de vida e na prevenção da depressão na terceira idade. A abordagem do tema para com este público se mostra necessária e pertinente, servindo como medida terapêutica e educativa nos campos da saúde mental.