144: Senescência: criando acesso, promoção e qualidade de vida
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FEFF Sala 02 - Banzeiro    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
2824 EDUCAÇÃO EM SAÚDE E O AGENTE COMUNITÁRIO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Franciane de Paula Fernandes, Delma Pessanha Neves, Ana Cely de Sousa Coelho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Maria Rita Bertolozzi, Marcelo Silva de Paula, Sarah Simone Silva de Oliveira, Daliane Ferreira Marinho

EDUCAÇÃO EM SAÚDE E O AGENTE COMUNITÁRIO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Franciane de Paula Fernandes, Delma Pessanha Neves, Ana Cely de Sousa Coelho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Maria Rita Bertolozzi, Marcelo Silva de Paula, Sarah Simone Silva de Oliveira, Daliane Ferreira Marinho

Apresentação: A educação em saúde é uma ferramenta eficaz na comunicação dos agentes comunitários de saúde com a comunidade, podendo ser compreendida como um meio de mudança que possibilita a consciência crítica de quem a contempla, a respeito de problemas de saúde. O presente trabalho visa descrever uma experiência de aula prática baseada na metodologia da problematização, explicando o que é educação em saúde. Desenvolvimento do Trabalho: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência desenvolvida por docentes da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde do Estado do Pará– ETSUS/PA, no município de Aveiro-PA. Resultados e/ou impactos: Proposto a uma turma de 28 discentes do curso de Qualificação para ACSs na Unidade de Educação em Saúde em 2017. Os ACSs foram orientados a percorrer suas lembranças de visitas domiciliares, com intuito de contextualizar atividades através das metodologias ativas, respondendo através de resumo o que é Educação em Saúde para o ACS. Diante, do contexto apresentado surgiram diversos conceitos, dentre os quais tiveram destaque a educação em saúde como um processo sistemático, contínuo e permanente que promove transformação da realidade no âmbito da saúde, mediada pela mudança de consciência, pela integração da comunidade na participação dos problemas e soluções de saúde, capacitação individual e coletiva, além da articulação de conhecimentos, aptidões e práticas pessoais, direcionadas nas visitas, no diálogo e na articulação de conhecimentos com compartilhamento de conhecimento entre profissional de saúde e a comunidade, seja na visita, seja na conversa ou ainda, seja no atendimento as perspectiva do comunitário diante da ação do ACSs, promovendo deste modo, a conexão de informação entre o conhecimento de doenças e sua prevenção com a integração social. A educação em saúde gera uma reflexão conjunta de mudança de consciência e a posteriori transformação social e de entendimento, vital ao bem estar, contextualizando processos de aprendizagem no âmbito da saúde, onde o ACS desenvolve ações educativas através do diálogo, palestras e ações compartilhadas para que a comunidade conheça a prevenção como forma satisfatória de garantia de saúde. Essa forma de abordagem da educação em saúde favorece a integração da metodologia da problematização enquanto ferramenta de ensino e aprendizagem para ACS, em processo de qualificação profissional, na problemática da Educação em Saúde. Considerações finais: A problematização apresentada e criada no decorrer da aula, favorecida com a elaboração do resumo sobre a definição da educação em saúde para o ACS possibilita outro entendimento, neste ato amplo, que varia desde a visita com o diálogo, até ações educativas com palestras e conhecimentos sobre a prevenção de doenças, modo de pensar em propostas de educação em saúde para o ACS, e sua relação direta com o ambiente de trabalho e as famílias visitadas, e consequentemente, com a sua atuação profissional. Assim, a metodologia da problematização mediada pelo resumo empírico sobre a educação em saúde favorece o ACS na inovação de processos de Educação em Saúde.

3204 CROMOBLASTOMICOSE: A DOENÇA INSTALADA, ASPECTOS HOSPITALARES E SOCIAIS.
Gabriel Sousa de Paiva, Juliana da Silva Araújo, Railany Pereira Silva Benoá

CROMOBLASTOMICOSE: A DOENÇA INSTALADA, ASPECTOS HOSPITALARES E SOCIAIS.

Autores: Gabriel Sousa de Paiva, Juliana da Silva Araújo, Railany Pereira Silva Benoá

APRESENTAÇÃO: A cromoblastomicose (CBM) é uma doença tropical causada por fungos que acomete a pele e tecido subcutâneo. É uma doença de distribuição universal. Os países de maior prevalência são: Madagascar, África do Sul, Brasil e Costa Rica. No Brasil, a CBM ocorre em vários estados com casos distribuídos por todas as regiões geográficas. Maranhão, Rio Grande do Sul e Amazônia são considerados endêmicos dessa doença. O primeiro caso brasileiro diagnosticado ocorreu em São Paulo no ano de 1911 e, até 1955, 168 casos da doença haviam sido registrados no país. Mostram estimativas da CBM por regiões geográficas no ano de 2000, a região norte apresentou uma população de 12.911.170, onde foram registrados 65.873 casos da doença; a região nordeste com população de 47.782.488 e 243.788 casos; o centro oeste do Brasil com 11.638.658 habitantes e 59.381 casos; o sul com população de 25.110.349 e registrou 128.114 casos e o sudeste com população de 72.430.194 e 369.541 casos. Apesar de o Brasil apresentar elevado número de casos, a doença ainda é pouco conhecida pela população em geral e até mesmo pelos profissionais da saúde. A CBM é causada por fungos melanizados, ou seja, fungos que possuem melanina em sua parede celular, sendo Fonsecaea pedrosoi o agente responsável pelos casos da doença no Brasil, esses fungos são saprófitas, vivem no solo e em vegetais absorvendo nutrientes oriundos da decomposição da matéria orgânica. A CBM afeta principalmente trabalhadores rurais de regiões de clima tropical e subtropical, essa micose apresenta aspecto clínico diversificado, no qual as lesões se localizam, geralmente, nos membros inferiores e raramente em outros locais da superfície cutânea. Caracteriza-se pela presença de ulcerações verrucosas, nodulares, tumorais, em placas, cicatriciais e tricofitóides. A terapia é longa e podem ocorrer recidivas, e dependendo da situação clínica e da extensão das lesões, os procedimentos terapêuticos podem variar. A lesão tende a se expandir pelo órgão afetado, podendo ocasionar a perda do membro, em alguns casos pode ocorrer à disseminação da doença, podendo comprometer os órgãos internos do indivíduo levando-o a morte. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho é divulgar as principais características da CBM afim de que o profissional da saúde, em particular o enfermeiro, tenha maior conhecimento da doença, tornando-se apto na identificação e acompanhamento do tratamento de pacientes.  DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Pesquisa bibliográfica em trabalhos científicos publicados no Brasil nos últimos 23 anos, utilizando como fonte de pesquisa site de universidades e bancos de dados, relacionados a estudos morfológicos, características, diagnóstico, tratamento, ocorrência e etiologia da CBM. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Segundo Silva et al (1992) a Cromoblastomicose pode ser considerada uma doença crônica ocupacional que apresenta em média um tempo de evolução das lesões de 10 a 20 anos. No estudo, a localização das lesões em 84,6% dos pacientes foi nos membros inferiores, nos quais a forma verrucosa confluente e a cor acastanhada das lesões foram observadas em todos os casos. Como tratamento foi utilizado 5 – fluorocitosina, que apresentou bons resultados, principalmente em lesões únicas e que apresentavam pequeno diâmetro. Conforme Ribeiro et al. (2006) a cromoblastomicose é uma doença presente na realidade populacional brasileira, concentrando a maioria dos casos da doença na região sudeste. Em contrapartida Araújo (2008) e Massoud (2014), afirmam que a região norte é a área com maior número de casos dessa micose. No que se refere ao diagnóstico, Gimenes (2003) e Massoud (2014), certificam que a presença de pontos negros nas lesões é uma característica marcante da CBM, segundo eles o diagnóstico laboratorial é realizado pela remoção desses pontos por raspagem ou biópsia, através da cultura dos mesmos, o agente etiológico pode ser detectado, as colônias suspeitas aparecem depois de 7 a 15 dias de cultivo. De acordo com Araújo (2008) o itraconazol é eficaz para pacientes com Cromoblastomicose em doses de 100, 200 e 400 mg/dia administrado isoladamente ou associado a criocirurgia. Entretanto o uso prolongado em lesões graves a partir de 2 anos podem causar resistência e o aparecimento de cepas do fungo (LAMB et al. 1999). Massoud (2014) e Gimenes (2003), afirmam que dentre os antifúngicos disponíveis para a prática terapêutica, temos o fluconazol, tiabendazol, cetoconazol, anfotericina B e 5-anfotericina, e a administração do itraconazol é um dos métodos para o tratamento que apresenta melhores resultados, e este ultimo associado à crioterapia, mediante o acompanhamento prolongado segundo Gimenes (2003) e Araújo (2008) pode resultar em cura clínica e micológica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos trabalhos utilizados, observa-se que a CMB é uma doença crônica e ocupacional, pacientes acometidos pela doença são em sua maioria do sexo masculino, que trabalham habitualmente descalços e com roupas rasgadas, onde os membros inferiores é comumente a região mais afetada, havendo relatos de pequenos ferimentos por espinhos, madeiras, pedras, facilitando a penetração oportunista do fungo. Essas atividades são realizadas principalmente por homens e que geralmente possuem idade entre 30 e 50 anos, visto que a doença possui tempo médio entre 10 e 20 anos de evolução. A situação se agrava quando se considera a realidade desta população predominantemente rural que possui pouco acesso ao nível secundário de saúde, fazendo com que ocorra um atraso entre o início da infecção e a busca de cuidados médicos. Dessa forma, estudos de casos de pacientes portadores de Cromoblastomicose apresentam uma predominância de pacientes em idade mais avançada, retratando a realidade do diagnóstico tardio. Diante disto, é importante o enfermeiro saber identificar a sintomatologia da CBM nos pacientes para o diagnostico precoce, evitando assim a evolução da doença e aumentando as chances de cura. O enfermeiro também pode assumir a função de orientar a população, em especial a rural, quanto às medidas profiláticas a serem tomadas para evitar o contágio com os agentes causadores da doença, como o uso de botas, luvas e vestimentas adequadas, impedindo o traumatismo cutâneo e seu consequente desenvolvimento.

1536 A qualidade de vida na senescência: um relato de experiência
Aline Presley Pingarilho de Carvalho, Flávia Moraes Pacheco, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Helder Oliveira da Silva, Paula Emannuele Santos do Amaral

A qualidade de vida na senescência: um relato de experiência

Autores: Aline Presley Pingarilho de Carvalho, Flávia Moraes Pacheco, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Helder Oliveira da Silva, Paula Emannuele Santos do Amaral

Apresentação: O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da funcionalidade do individuo, o que não costuma provocar qualquer problema. Contudo, em condições de sobrecarga (acidentes, doenças, estresse emocional) pode ocasionar uma condição patológica que requeira assistência. É notório que no Brasil, assim como na maioria dos países desenvolvidos, está ocorrendo uma mudança demográfica nos últimos anos. Desde a década de 1960, a população brasileira vem envelhecendo de forma rápida, principalmente, por conta da rapidez com que decai a taxa de fecundidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que em 40 anos, a população idosa vai triplicar no País e passará de 19,6 milhões em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050. Ao passo em que a transição populacional ocorre grandes desafios são lançados aos sistemas de saúde pública, uma vez que, as doenças próprias da população senil ganharam maior prevalência no conjunto da sociedade. Isto caracteriza um novo problema para as políticas públicas de saúde, visto que a demanda nos serviços nesse campo passaram a não corresponder à necessidade do idoso. Isso acontece devido aos elevados custos da assistência médica para a população idosa, que implica em maiores investimentos de recursos em saúde pelo poder público.Mediante as mudanças fisiológicas naturais do processo de envelhecimento, além dos acometimentos com doenças crônicas não transmissíveis compreende-se que para o retardo do envelhecimento e para o aumento da qualidade de vida, é necessário a prática de melhores hábitos de vida, principalmente a alimentação e o exercício físico. O profissional enfermeiro (a) a partir da sua prática diária deve sensibilizar/incentivar a população idosa através das ações de educação em saúde para a importância da prática de atividades físicas objetivando prevenir doenças crônicas e o envelhecimento precoce, além de ajudar na melhora daquelas doenças pré-existentes. Diante disso, o trabalho teve como objetivo mostrar a importância do envelhecer saudável; destacando as atividades que ajudam a promover a qualidade de vida, baseada em uma vivência prática do grupo. Desenvolvimento do trabalho: Como metodologia adotou-se um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A pesquisa foi incitada no decorrer da prática da disciplina enfermagem geronto-geriátrica, no período do mês de agosto de 2017, com a realização de uma visita técnica no Bolonha – Centro de Convivência da Terceira Idade. No dia 28 de novembro houve a realização da atividade de educação em saúde, com o tema: “Qualidade de vida de pessoas idosas do Bolonha”. Os acadêmicos e sua docente orientadora iniciaram com a busca-ativa dos idosos que aguardavam por suas atividades e exercícios e aqueles que haviam terminado suas programações do dia. Foram captados oito idosos para a participação da roda de conversa, porém outras duas pessoas se mostraram interessadas nos assuntos que estavam sendo abordados, e foram convidados a se juntar ao grupo para compartilhar seu conhecimento e experiência de vida. Primeiramente, explicou-se o tema que seria abordado, os objetivos que o grupo de discentes tinha com a realização desse trabalho e a forma que seria conduzida a conversa, onde os alunos realizariam perguntas e os idosos poderiam compartilhar e discutir com o grupo o que sabiam a respeito daquilo, e os organizadores poderiam complementar as respostas se achassem necessário. Resultados e/ou impactos: O Bolonha é um centro de terceira idade, que atua há 15 anos no atendimento de pessoas a partir de 40 anos de idade e de qualquer classe social. Atende seu público oferecendo inúmeras atividades físicas, culturais e artísticas, tais como: natação, hidroginástica, Yoga, dança de salão, musculação, ginástica localizada, artesanato, aula de informática (inclusão tecnológica) e pinturas que estimulam o relacionamento e o bem estar social dos idosos, aumentando assim a qualidade de vida para a terceira idade.Com isso, foi perceptível que o atendimento oferecido pelo Bolonha é de qualidade; um espaço onde são desenvolvidas diversas atividades que visam à prevenção/promoção de doenças e enfermidades que podem ocasionar a incapacidade e debilitação dos idosos. Com isso, o envelhecimento dos idosos que desenvolvem as atividades acontece de forma saudável e com menos sequelas fisiológicas e patológicas.Durante a atividade de educação em saúde, a primeira pergunta realizada foi: o que os idosos sabiam a respeito de saúde e qualidade de vida? Onde as respostas mostravam-se satisfatórias e completas. Percebeu-se que as respostas eram diferentes, mas que partiam de uma mesma e correta linha de pensamento, do bem-estar biopsicossocial para se alcançar a saúde e que naquele espaço eles buscavam isso através de atividades como as já citadas anteriormente. Partindo dessa linha de pensamento, as perguntas seguintes tentavam realizar uma comparação crítica do período anterior ao desenvolvimento das atividades do Bolonha e agora com a realização delas. Como era a vida deles antes de conhecerem as atividades e exercícios físicos? E quais deles eram pessoas estressadas antes as atividades? As respostas novamente mostravam-se com ideias muito semelhantes, e todos relataram a tristeza, de ficar em casa sem ter algo de interessante para fazer, ou o estresse físico e emocional que seus trabalhos lhes proporcionavam..A última pergunta foi, se eles conheciam os benefícios de uma boa alimentação e quais eram? Com respostas muito satisfatórias os idosos mostraram seu conhecimento até mesmo sobre a diminuição da predisposição em patologias, comorbidades e mortalidades por doenças relacionadas à alimentação, que tem altos índices na população idosa. Ao final, os discentes receberam o reconhecimento e a satisfação dos idosos, pois segundo eles o simples fato de ter alguém que os escute, já lhes proporciona uma forma de bem-estar inigualável. A prática de educação a saúde é inerente à enfermagem que visando a promoção a saúde vem instigando a população a realização de hábitos de vida saudáveis, em um geral, atentando para o ser biopsicossocial. Hábitos saudáveis são extremamente importantes durante a terceira idade, pensar em exercícios físicos supervisionados e regrados, hábitos alimentares regulares, inclusão social desse idoso demonstra uma redução significativa em acidentes domésticos, surgimento de doenças crônicas não transmissíveis e o adoecimento mental, que são situações facilmente encontradas durante a terceira idade. Logo planejar ações educativas que visem a adaptação dos idosos a um estilo de vida saudável é fundamental para a prevenção de agravo e surgimento de doenças crônico degenerativas. Considerações finais: A terceira idade é uma fase com diversas mudanças e de momentos de grandes experiências, é nesse momento que intervenções positivas dos profissionais de saúde devem atuar para a melhoria de um melhor envelhecer. Tarefa que, deveria ser iniciada desde a fase adulta dos participantes. Cuidar do idoso pode ser uma tarefa onerosa e causar sobrecarga na vida dos cuidadores ou profissionais que atuam ativamente na área, contudo há necessidade de visar essa população que, segundo os indicadores, cresce diariamente. Dar importância a saúde do idoso é motivar a longevidade e aprimorar a qualidade de vida para posteridade, visar à assistência holística dessa população vulnerável é fundamental para o atendimento de qualidade mostrando os benefícios de envelhecer saudavelmente não somente para os idosos, mas como para os outros grupos etários que um dia chegarão a essa fase da vida.

2197 Efeitos da prática de Exercícios Físicos Adaptados no Desempenho Motor de Equilibrio Unipodal em Idosos com sequela de Acidente Vascular Encefálico praticantes de Atividades Motoras Adaptadas
Jefferson Raimundo Raimundo de Almeida Lima, Jessica Rojas Rojas Basualto, Minerva Leopoldina Leopoldina de Castro Amorim, Kathya Augusta Augusta Thomé Lopes

Efeitos da prática de Exercícios Físicos Adaptados no Desempenho Motor de Equilibrio Unipodal em Idosos com sequela de Acidente Vascular Encefálico praticantes de Atividades Motoras Adaptadas

Autores: Jefferson Raimundo Raimundo de Almeida Lima, Jessica Rojas Rojas Basualto, Minerva Leopoldina Leopoldina de Castro Amorim, Kathya Augusta Augusta Thomé Lopes

Apresentação: A população idosa caracteriza-se por um envelhecimento que pode comprometer seu padrão motor, tornando-os mais propensos as quedas. Não obstante desta realidade, a incapacidade funcional nessa população, acima de 60 anos, está associada às sequelas de um Acidente Vascular Encefálico (AVE). O AVE ocorre com a interrupção do fornecimento de sangue em qualquer parte do cérebro, e pode ser classificado como: hemorrágico e isquêmico. (LIMA, 2010). O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desempenho motor de equilíbrio unipodal de idosos acometidos por um AVE, praticantes de atividades motoras. Desenvolvimento: A mostra foi composta por 25 idosos com AVE (14 homens e 12 mulheres) com idades de 50-62 anos participantes do Programa de Atividades Motoras para Deficientes. A pesquisa caracteriza-se de campo de caráter quali-quantitativo. O grupo avaliado foi divido em maior e menor tempo de AVE, com parâmetro de 1 ano como menor tempo; 7 anos como maior ano. Inicialmente aplicou-se uma avaliação a fim de averiguar o repertório motor dos idosos antes das atividades. As atividades foram direcionadas em Locomoção, Manipulação e Equilíbrio. As intervenções aconteceram durante 07 meses sendo 2 vezes semanais com 75 minutos, caracterizando como exercícios da cadeia cinética fechada (CCF) com 14 exercícios básicos (apoio unipodal, abdução, flexão, extensão e Agachamentos), com intensidade de repetições de baixa a modera, em razão da rápida fadiga na execução dos movimentos. Como variável do estudo, aferiu-se as medidas antropométricas dos participantes.  Ao termino das sessões, aplicou-se uma avaliação final, para verificar os efeitos das aulas de treinamentos funcional com os idosos. Resultados: O grupo de maior tempo de AVE, apresentou menor risco de queda, comparando os resultados iniciais e finais. Ganhou força, propriocepção, e mais confiança na execução das atividades. Para o grupo de menor tempo de AVE, apresentou desequilíbrio unipodal e maiores chances de quedas, haja vista que o grau de comprometimento da lesão ainda é recente em seus membros afetados. Mostrou-se não está confiante na execução das tarefas, principalmente em atividades de propriocepções. Quanto aos seus resultados antropométricos, os idosos avaliados apresentaram está 54% acima do peso ideal e 46% com obesidade grau I, conforme indica a tabela do Índice de Massa Corporal (IMC), estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Considerações Finais: Diante desses resultados, fica claro que o exercício físico adaptado aos idosos com AVE, é importante para a prevenção de quedas e posteriores traumas. Uma estratégia de reabilitação com exercício físico está direcionado ao ganho de força, equilíbrio, propriocepção, e melhoria da marcha, desenvolvimento de seu potencial, capacidade funcional e independência nas atividades de vida diárias. Para que se tenha um resultado mais concreto quanto ao exercício físico na reabilitação do equilíbrio com o publico de AVE, é preciso que o estudo seja intenso e num período mais longo.

2408 promovendo qualidade de vida aos idosos do puraquequara no banzeiro do remanso do boto
leandro pereira pereira

promovendo qualidade de vida aos idosos do puraquequara no banzeiro do remanso do boto

Autores: leandro pereira pereira

Educação e qualidade de vida dos idosos da comunidade do Puraquequara da Ubs Platão Araujo foi criado o grupo de idosos Alegria de Viver, onde tiveram oportunidade e qualidade de vida de interagir e melhoraram com os serviços são ofertados   de aprendizado e conhecimento das atividades desenvolvidas como: orientações sobre o estatuto do idoso,aposentadoria,lazer,passeios,festa junina,baile da saudade da terceira idade com participação dos membros.Apresentando experiências junto ao grupo de idosos como caminhadas orientações e ações educativas em saúde como: rodas de conversas, tenda do conto, visita domiciliar, atendimento médico, acompanhamento de enfermagem, imunização.Houve estabelecimento de vínculo e valorização da população idosa, realizando controle de doenças crônicas-degenerativas, como hipertensão e diabetes, prevenindo a depressão tornando-os saudáveis e felizes, garantindo a atenção integral à saúde da pessoa idosa, estimulando o envelhecimento saudável e fortalecendo as ações de promoção e prevenção. 

2923 O processo de trabalho no município de Santa Catarina: tecendo o olhar para desinstitucionalização?
Jéssica Oliveira de Almeida

O processo de trabalho no município de Santa Catarina: tecendo o olhar para desinstitucionalização?

Autores: Jéssica Oliveira de Almeida

Apresentação: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que objetiva discutir se o processo de trabalho nos serviços substitutivos ao modelo psiquiátrico está se efetivando em ações coerentes com os princípios da reforma psiquiátrica. Desenvolvimento do trabalho: Através de perguntas norteadoras de uma entrevista semi-estruturada, debruçou-se sobre o processo de trabalho e sua relação com a desinstitucionalização com sete profissionais nas três modalidades de Centro de Atenção Psicossocial existente: infantil, II e o centro de atenção para os casos de sofrimento pelo uso abusivo de álcool e outras drogas (CAPS AD) de um município de Santa Catarina. Fizeram parte da pesquisa sete profissionais do CAPS de um município do estado de Santa Catarina, de diferentes expertises, tais quais: dois psicólogos, dois técnicos de enfermagem, uma assistente social, uma recepcionista e uma terapeuta ocupacional. Como critério de inclusão foi considerado que os trabalhadores que estivessem no mínimo há um ano na equipe de profissionais do CAPS. No contato com os participantes da pesquisa, as questões que mais apareceram foram: a complexidade de trabalhar em um serviço de saúde mental e o sofrimento experienciado no processo de tentativas e frustrações; de modo que os participantes retratam mais as dificuldades que às possibilidades de enfrentamento e criação. Resultados e/ou impactos: Os relatos foram analisados por conjunto de sentidos. A partir da forma como os profissionais responderam, foi possível construir categorias de analise e explanação dos resultados: A primeira categoria ‘‘O processo de trabalho como efeito da institucionalização’’ objetivou compreender o processo de trabalho, sua organização e os efeitos da concepção de saúde e sujeito. No primeiro sub tópico: o processo de trabalho como efeito da institucionalização; identifica-se que o modelo atenção psicossocial ainda está longe de ser executado como forma de proporcionar processos de autonomia e alteridade para os usuários dos serviços pesquisados, uma vez que as relações entre os trabalhadores, usuários, familiares e gestão do serviço se dão de forma hierarquizada, além das concepções de saúde e sujeito indicarem os sentidos do modelo biomédico. A produção do projeto terapêutico e das atividades que são desenvolvidas não constam com uma participação ativa dos usuários, tampouco dos familiares, apenas escolhem de qual grupo vai participar. Na segunda categoria de análise ‘‘vozes dissonantes que podem contribuir com um processo de trabalho com o efeito da reforma’’; destaca-se o que foi anti-hegemônico, pois foram identificados conjuntos semânticos que apontam crítica à forma como o Projeto Terapêutico Singular e o serviço é construído, da ideia do vínculo como o diferencial no cuidado com o usuário, bem como os olhares que apontam para concepções de saúde e sujeito a partir de suas singularidades e da compreensão do sistema que as formatam, o que indica possibilidades de desconstrução da ideia sobre a loucura, bem como as forma de cuidar e interagir com as pessoas em sofrimento psíquico agudo. Na última categoria: o conhecimento da política nacional de saúde mental (PNSM): Contradição da institucionalização da atenção em saúde mental e sua repercussão desnorteadora, evidenciam-se fragmentações no conhecimento e as rupturas ideológicas presentes na prática dos profissionais. De forma que grande parte não distingue desospitalização e desinstitucionalização. Os que conhecem encontram dificuldades em aplicar na sua prática cotidiana. O que se traduz em limitadas intervenções no território, ou seja, a reprodução do modelo clínico-centrado diante dos usuários, além produzir um quadro de sofrimento nos trabalhadores, relatado pela maior parte dos profissionais. Considera-se que apesar da institucionalização dos CAPS, não são realizadas ações de desinstitucionalização voltadas aos usuários, tampouco em relação aos profissionais para que construam uma prática criativa como demanda este campo. Parte dos profissionais percebe que estão reproduzindo o modelo manicomial e isso indica que a desinstitucionalização nos CAPS pode ser construída e significar um avanço nas práticas não só no âmbito da saúde mental, mas nos parâmetros da cultura no sentido antropológico. Considerações finais Objetivou-se descrever como processo de trabalho nos serviços substitutivos ao modelo psiquiátrico está sendo organizado, quais noções de sujeito e concepção de saúde estão presentes nas práticas dos serviços em questão, além de identificar o conhecimento sobre a política nacional de saúde mental entre os trabalhadores. O que é marcante no campo pesquisado é que nem mesmo os profissionais parecem saber quais processos precisariam estar envolvidos para desenvolverem as atitudes de melhoria do serviço que trabalham e constroem com os demais sujeitos. Obviamente que não se trata de culpabilizar os profissionais, uma vez que a desinstitucionalização é de fato um processo complexo, que envolve diferentes forças e interesses; de forma que se fazem necessários mais investimentos para capacitação em tecnologias leves, de sensibilização, autonomia e supervisão institucional, para que os profissionais tenham o suporte necessário, bem como possam contar com a gestão ao seu lado para desenvolver os objetivos propostos em parceria com a família e demais atores sociais. O vínculo nesse sentido contribui bastante, pois a reforma sanitária Brasileira foi conquistada com o suor de milhares de pessoas de diferentes movimentos sociais. As reivindicações tiveram força pela união das pessoas, pela aproximação que construíam por causas comuns. E o resgate dessa ética coletiva certamente é o maior desafio da atual geração, que sofre pressão cotidiana do sistema econômico. Neste sentido, o fato de alguns trabalhadores dos serviços pesquisados reconhecerem que estão distantes dos principais objetivos propostos da PNSM, pode significar um caminhar para efetivá-los, pois é exatamente na tensão de reconhecer limites e possibilidades, que permite ações desinstitucionalizantes. Romper com as barreiras sanitárias é explorar o território vivo/vivido que está inserido, em que todos os micros poderes estão em constante processo de construção e afirmação cultural.  Sabe-se que, ultrapassar as barreiras sanitárias não é uma tarefa que possa ser desempenhada exclusivamente pelos trabalhadores desses serviços especificamente. Entretanto, precisariam, sobretudo, se mover em direção a isso, ou terem claro o quanto essa questão é fundamental para atender a proposta de um CAPS, uma vez que naturalização do sofrimento humano precisa ser desconstruída, o estereótipo e formas de lidar com as pessoas em sofrimento psíquico agudo também e isso demanda, sobretudo autonomia e protagonismo dos trabalhadores e usuários. Por isso, reconhecem-se avanços da desinstitucionalização em saúde mental (da vida). Pois, vista como um processo reconhece-se como um ideal; ideal este que acontece no momento presente de cada serviço, que pode se afastar ou aproximar mais do que é esperado, de acordo com as ações individuais e coletivas, que variam pelas potencialidades de trabalhadores envolvidos ética e politicamente com seu trabalho, mas, também com as limitações próprias do ser humano e das engrenagens do sistema capitalista que o capturam constantemente. Entretanto, é um sistema que também produz sujeitos protestantes, vozes dissonantes que precisam se multiplicar em prol da almejada sociedade do bem viver. Por fim, algumas questões que podem ser aprofundadas em futuras pesquisas é investigar quais fatores estão relacionados às diferenças dos profissionais: formação acadêmica, implicação política ideológica, trajetória pessoal? Além de um aprofundamento sobre as transformações ocorridas no âmbito da educação. A discussão não pode ser esgotada nesse artigo, há a possibilidade e necessidade de novas pesquisas e reflexões que possibilitem associar a temática aos processos formativos dos profissionais para um trabalho intersetorial e transdisciplinar, ou quem sabe, intercultural.

3517 A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM AO FAMILIAR CUIDADOR DO IDOSO COM DOENÇA DE ALZHEIMER
Lethicia Farias Marcino, Andressa Akeime Yamakawa Tsuha, André Pereira Gonçalves, Jean Ribeiro Leite, Joyce Borges Ceballos, Leticia Pinto Manvailer, Maria Aparecida Dos Santos Eloy, Andréia Insabralde

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM AO FAMILIAR CUIDADOR DO IDOSO COM DOENÇA DE ALZHEIMER

Autores: Lethicia Farias Marcino, Andressa Akeime Yamakawa Tsuha, André Pereira Gonçalves, Jean Ribeiro Leite, Joyce Borges Ceballos, Leticia Pinto Manvailer, Maria Aparecida Dos Santos Eloy, Andréia Insabralde

Introdução: É previsto um aumento no número de pessoas idosas no Brasil nos próximos anos e consequentemente portadores da Doença de Alzheimer (DA), visto que esta é a forma de demência mais comum nessas pessoas. Com isso surgem várias duvidas dos familiares que cuidam desses idosos acometidos pela DA, pois muitas vezes eles não sabem como proceder no cuidado ao idoso conforme a doença avança de estágio, até mesmo por conhecer pouco sobre a doença. Objetivo: Compreender qual a importância da Enfermagem na assistência ao familiar cuidador de idoso com DA. Método: Pesquisa de revisão integrativa, com dados coletados em junho de 2017, nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Foram analisados artigos descritos liberados e completos em português e inglês, publicados entre 2011 a 2017. Com os descritores: Alzheimer, Enfermagem e Família. A questão norteadora foi: Qual a importância da enfermagem na assistência a família cuidadora de um idoso com DA?. Resultados: Conforme os artigos analisados existem muitas famílias que conhecem pouco sobre a DA e com isso apresentam dificuldades no cuidado.  A DA pode ser descrita por três fases, a leve, moderada e grave, conforme essas fases avançam a família sente mais dificuldade em lidar com os sinais apresentados como a perda de memoria, agressividade, dificuldade em realizar tarefas do dia a dia. Por estes motivos a Enfermagem desempenha um papel importante na vida dos pacientes idosos com DA e seus familiares, pois podem planejar intervenções e metas no cuidados individualizado, assim como orientar sobre a biossegurança, uso correto de medicações, sobre alimentação adequada, cuidados com hidratação, segurança e atividades de vida diária, visando suporte físico e emocional, com diminuição de sobrecarga para os familiares cuidadores e a melhoria da qualidade de vida e saúde do idoso. Considerações finais: a assistência de Enfermagem é enfocada como de extrema relevância em todas as fases da DA para pacientes e familiares, para tal é necessário que os Enfermeiros possam estar devidamente preparados e capacitados para o atendimento.

4162 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E ESTADO DE SAÚDE DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS
Rafaela Guerreiro, FRANCISCO SILVEIRA, YAN OLIVEIRA, ERIKA DO NASCIMENTO, ARIANE SANTOS, LUCAS NASCIMENTO, INÊS STREIT

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E ESTADO DE SAÚDE DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Autores: Rafaela Guerreiro, FRANCISCO SILVEIRA, YAN OLIVEIRA, ERIKA DO NASCIMENTO, ARIANE SANTOS, LUCAS NASCIMENTO, INÊS STREIT

INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população em nível mundial é um fenômeno recente e os idosos brasileiros representam, atualmente, 14,3% da população total. Nessa perspectiva é fundamental entender o processo de envelhecimento, bem como as alterações que ocorrem nesse período da vida, para que a promoção de saúde voltada a esse público seja efetiva. A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente, evidenciando-se que e a atividade física é um fator determinante para o envelhecimento saudável. Sendo assim, o presente estudo objetivou apresentar o perfil sociodemográfico e de saúde de idosos praticantes de atividade física do Programa Idoso Feliz Participa Sempre (PIFPS). MÉTODO: Fizeram parte do estudo 34 idosos participantes do PIFPS, desenvolvido na Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Foi aplicado questionário em forma de entrevista, com questões sociodemográficas, idade, sexo, escolaridade, religião, estado civil, renda e de saúde (percepção subjetiva do estado de saúde e presença de doenças), por meio de entrevista. Também foram realizadas medidas antropométricas para verificar o Índice de Massa Corporal – IMC dos idosos, verificando massa corporal e estatura.  Para a análise estatística foi utilizado o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 22.0. RESULTADOS: A análise dos dados mostrou que os idosos apresentaram uma faixa etária compreendida entre 60 e os 84 anos (Mediana = 67,50 anos DP=±7,27); estatura (Mediana= 1,51 DP=±0,763). Quanto a renda, 52,9% relataram receber acima de dois salários mínimos mensais e 32,2% até dois salários mínimos e em relação ao nível de escolaridade, verificou-se que 58,8% completou mais de 8 anos de frequência escolar e 41,2% até 8 anos; sendo 85,3% da amostra composta pelo sexo feminino e apenas 14,7% sexo masculino. No que concerne os dados relativos a religião 91,2% são católicos e 8,8% evangélicos. De acordo com os resultados referentes ao IMC, evidenciou-se que 63,6% apresentou sobrepeso, 21,2% obesidade e apenas 15,2% peso adequado. Cerca de 67,6% da amostra reportou apresentar um bom estado de saúde, enquanto 32,2% considerou ruim e 79,4% relataram com diagnóstico de alguma doença crônica não transmissível (DCN), sendo 59,3 com hipertensão arterial, 11,1 cardiopatias, 14,8 artrite, 7,2% artrite reumatoide e 22,2% dor lombar. CONCLUSÃO: A participação de idosos em programas de atividades físicas deve ser incentivada, já que há um decréscimo do nível de atividade física com o aumento da idade cronológica, principalmente no público masculino onde foi possível encontrar uma baixa adesão por parte desta população, visto que, a prática gera benefícios para ambos os gêneros e melhora no estado de saúde geral. As evidências epidemiológicas apresentadas permitem concluir que a atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são necessárias para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Além disso, a atividade física deve ser estimulada não somente no idoso, mas também no adulto, para prevenção e controle das DCN’s que aparecem mais frequentemente na terceira idade e como forma de manter a independência funcional. 

4490 APTIDÃO FÍSICA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS PARTICIPANTES DE PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA
Virlene Reis Cunha, Milenna Thâmyres Alves do Nascimento, Alexsandro Carneiro De Lima, Manoel Joaquim Ramos Neto, Erickson da Silva Farias, Denner Lopes Rodrigues, Diana de Souza Lima, Inês Amanda Streit

APTIDÃO FÍSICA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS PARTICIPANTES DE PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA

Autores: Virlene Reis Cunha, Milenna Thâmyres Alves do Nascimento, Alexsandro Carneiro De Lima, Manoel Joaquim Ramos Neto, Erickson da Silva Farias, Denner Lopes Rodrigues, Diana de Souza Lima, Inês Amanda Streit

RESUMO Introdução: Nas últimas décadas o Brasil vem passando pelo processo de envelhecimento populacional, sendo um indicativo da melhoria da qualidade de vida. Entretanto, a redução dos níveis de atividade física cotidianas são fatores decorrentes para o declínio da aptidão física no qual resulta a perda da capacidade funcional. Com isso o objetivo deste estudo foi verificar a aptidão física e capacidade funcional de idosos praticantes de atividade física do Programa Idoso Feliz Participa Sempre - Universidade na 3ª Idade Adulta (PIFPS-U3IA). Métodos: Participaram do estudo 34 idosos do programa, vinculados a Faculdade de Educação Física e Fisioterapia – FEFF, da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Para avaliar a aptidão física e capacidade funcional dos idosos, foi utilizado a Bateria Sênior Fitness Test e Escala de Atividade Física e Instrumental da Vida Diária do “OARS”, respectivamente. Para a análise estatística utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 22.0, com nível de significância de p<0,05. Resultados: 34 idosos foram avaliados (5 homens 14,7%; 29 mulheres 85,3%) com média de idade de 69,6 anos (DP=7,2). Em relação a aptidão física as mulheres apresentaram melhor desempenho na força de membros superiores (média 15,93; DP=2,2) inferiores (média 16,03; DP=3,5) e resistência aeróbia (média 509,31 DP=46,45) quando comparadas aos homens. Por outro lado, os homens apresentaram melhores resultados na flexibilidade (média - 6,30; DP=8,6) e agilidade e equilíbrio dinâmico (média 6,8 DP=0,8). Porém, quando comparados com valores de referência para a idade estipulada na classificação de Rikli e Jones (1999) apresentam, no geral baixa aptidão. Observou-se, contudo, que 95,4% dos idosos apresentaram independência funcional em relação à capacidade para realizar atividades físicas e instrumentais da vida diária. Conclusão: Conclui-se que os participantes apresentam baixo nível de aptidão física e alto nível de independência em sua capacidade funcional para realização das atividades físicas e instrumentais da vida diária. Desse modo sugere-se que o planejamento de atividades físicas que contemple o aprimoramento e manutenção da aptidão física de idosos, e, especialmente evidenciam a importância da avaliação sistemática destes idosos para que os benefícios da prática sejam efetivos.

955 A QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO NA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
Ana Cláudia Oliveira Bentes

A QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO NA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Autores: Ana Cláudia Oliveira Bentes

A população idosa aumentou consideravelmente no Brasil em comparação ao contingente de crianças e jovens (CENSO, 2010), por consequência ocorreu um prolongamento maior da expectativa de vida. Desta forma, pode-se compreender a longevidade como um fenômeno potencializado por uma melhor qualidade de vida. Assim, a passagem das crendices e dos mitos acerca do idoso como um ser decrépito para a constituição de um ser ativo, torna-se cada vez mais evidente no cotidiano. Observa-se também uma mudança significativa no perfil de idosos que procuram as instituições de longa permanência – ILP, anteriormente a maioria dos residentes apresentavam dependência física e cognitiva, além de outras morbidades. Atualmente, o longevo não dependente em sua maioria compõe o quadro de moradores deste tipo de instituição. As indagações de como o idoso se percebe na ILP, e os motivos que o leva a procurar este tipo de instituição como moradia. São analises que estão interligadas ao enfretamento, acolhimento e consequentemente a qualidade de vida do longevo. Diante do exposto realizou-se um estudo no qual foram investigadas as percepções dos idosos não dependentes residentes em uma instituição de longa permanência. A abordagem da pesquisa foi qualitativa do tipo Estudo de Casos Múltiplos, a produção de dados foi realizada por meio das fontes de evidências: diário de campo, roteiro para coleta de informações do prontuário dos idosos e entrevista semiestruturada com técnica analise de conteúdo. Foram estudados 04 casos em Belém do Pará. Dois do sexo feminino e dois do sexo masculino, com critério de seleção de maior tempo de permanência e não dependência. Os achados indicaram: 1- Os idosos no tocante ao motivo procuraram a instituição como residência, estavam com os vínculos familiares fragilizados e manifestavam insegurança em morarem sozinhos; 2- Um dos idosos não tinham vínculo familiar e foi encaminhado a instituição por estar em situação de risco; 3- As percepções dos idosos sobre a instituição é de segurança, com relação ao processo de acolhimento é visto como fator de proteção; 4- Os idosos estudados apresentam uma melhor qualidade de vida do que quando junto a família e/ou residindo sozinhos em suas casas. Aborda-se um ressignificar da instituição na vidas destes longevos, que passa a ser desmistificada de uma caricactura tecida na finitude do idoso.

1765 Ação Social e Acessibilidade para o Idoso: uma proposta de independência e autonomia do indivíduo
jorge carlos silva

Ação Social e Acessibilidade para o Idoso: uma proposta de independência e autonomia do indivíduo

Autores: jorge carlos silva

APRESENTAÇÃO O crescimento da população de idosos é um fenômeno mundial. Segundo projeções estatísticas os idosos somarão um quinto da população mundial até 2050. Atividades que demonstrem o pleno domínio da teoria em relação à pratica são de fundamental importância para que os acadêmicos desenvolvam habilidades e competências apre-ndidas em sala de aula. Pensando nisso, o projeto “Ação Social e Acessibilidade para o idoso: uma proposta de independência e autonomia do indivíduo”, reúne acadêmicos do Curso de Engenharia Civil liderados pelo professor Jorge Carlos Silva com o propósito de unir a pratica com os conteúdos aprendidos em sala de aula e assim melhorar a qualidade de vida dos idosos através de acessibilidade e maior liberdade de locomoção. DESENVOLVIMENTO Os comportamentos atribuídos aos idosos referem-se à passividade e imobilidade, no  entanto muitas das alterações funcionais observadas nos idosos são resultado da inexistência de estímulos (BARRY  e EATHORNE, 1994). Segundo MOTA et. al, estudos têm demonstrado contribuições positivas de programas sociais na melhoria da saúde funcional de idosos. Tais questões suscitam discussões na área acadêmica, onde estudos sobre a qualidade de vida, mobilidade e acessibilidade para a terceira idade, já alcançam algum destaque. O projeto visa à integração da teoria com a pratica através da elaboração e execução de um projeto arquitetônico adequado aos padrões de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida que se encontram em condições sub-humanas em suas residências. RESULTADOS O Trabalho encontra-se em desenvolvimento. As etapas concluídas foram: a pesquisa de campo em bairros periféricos, projeto arquitetônico, divisão das equipes, visita técnica, capitação de recursos e parte estrutural de uma residência unifamiliar. CONSIDERAÇÕES Este projeto tem uma importância primordial porque visa atender idosos sem condições econômicas sociais de uma vida digna e com dificuldade de mobilidade que residem em locais de grande vulnerabilidade.  

1604 O cuidado domiciliar ao idoso acamado: percepção do familiar cuidador
Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Dejanira Jacaúna Cidade, Fernanda Farias de Castro, Cleisiane Xavier Diniz, Selma Barboza Perdomo, Joaquim Hudson de Souza Ribeiro, Orlando Gonçalves Barbosa

O cuidado domiciliar ao idoso acamado: percepção do familiar cuidador

Autores: Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Dejanira Jacaúna Cidade, Fernanda Farias de Castro, Cleisiane Xavier Diniz, Selma Barboza Perdomo, Joaquim Hudson de Souza Ribeiro, Orlando Gonçalves Barbosa

Dentre os muitos desafios de enfrentamento no âmbito da saúde, o cuidado domiciliar ao idoso acamado é uma vertente de sérios agravos vivenciados em muitos lares. Quando as orientações não chegam aos familiares, os idosos ficam mais vulneráveis a todas as condições do dia a dia dentro de seus próprios lares e deixam de receber os cuidados necessários. Este estudo se propôs identificar como se processa o cuidado domiciliar ao idoso acamado a partir da percepção do familiar cuidador, avaliando suas dificuldades e o trabalho da equipe de saúde que o acompanha. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem exploratório-descritiva, realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Irmão Francisco Galliane, localizada no bairro Itaúna 2, no município de Parintins-AM. A amostra foi constituída por 07 (sete) cuidadores familiar de idosos (> 60 anos) acamados, atendidos pela equipe da unidade de saúde em questão, constituindo 100% da população de acamados. O instrumento constou de um roteiro de entrevista semiestruturado, com questões abertas.  O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 69270617.8.0000.5016).  Para preservar a identidade dos sujeitos, foi utilizado para eles nome de pássaros. Os resultados  mostraram que, ao serem questionados sobre a importância dos cuidados que prestam ao seu idoso,  houve consonância nas respostas, onde o cuidado de higiene corporal, alimentação e administração de medicamentos, aparecem como as principais atividades executadas pelos cuidadores familiares: "Eu acho importante. Deixei tudo para cuidar dela. Trato, dou banho, faço merenda, de 3 em 3 horas ela está comendo. E graças a Deus ela está bem" (Araponga); "É importante por tudo o que podemos fazer por ela. Ela já não consegue usar o banheiro, tomar o remédio, e tudo o que a gente pode fazer por ela. Ela sente dores e não consegue ficar boa. Então a gente tenta ajudar ela no que pode" (Cardeal);  "Eu penso que cuidando dele ele vai ter mais vida, porque se não cuidar também vai prejudicar ele. Assim, cuidando ele vai ficar melhor" (Uirapuru); "É muito importante a higiene no idoso, como se fosse uma criança recém-nascida. Se não tiver higiene ela vai ficar toda assada. Acamada há 18 anos, não é fácil cuidar do idoso acamado" (Andorinha); "É importante porque eu dou conforto para ele nesse sofrimento que ele tá passando. Eu deixo ele melhor com meus cuidados e evito que ele fique pior" (Bem-te-vi); É importante, mas se eu pudesse cuidar né, só que eu não posso e ninguém me ajuda. Eu preciso sair e ele fica só com meu filho aqui. Quando eu chego que eu vou fazer as coisas para ele" (Beija-flor); "É importante, muito importante, principalmente porque ela não anda, não fala, não faz mais nada por ela, então é muito importante eu dar banho, dar de comer, limpar as partes dela quando urina ou faz cocô. É de maior importância" (Sabiá). A mobilidade prejudicada no idoso está ligada a diversas causas, como as neuropatias diabéticas, cardiopatias, osteoartrites, osteoporose, doença de Parkinson, déficits sensoriais e barreiras ambientais. Os idosos devem ser encorajados a serem o mais ativos possível e, quando em repouso inevitável no leito, o cuidador deve realizar os exercícios de amplitude de movimentos ativos e de fortalecimento com os membros sadios, e passivos nos membros prejudicados. É importante que os cuidados com a socialização, o incentivo, a alimentação e a prevenção da subnutrição sejam realizados de forma ativa. Cuidar de idosos, em especial dos dependentes, é tarefa difícil, exaustiva, que exige dedicação e paciência. O cuidador tem a necessidade de dividir esta tarefa com outras pessoas da família, da comunidade ou de grupos de autoajuda, porém nem sempre possui este suporte.  Quando questionados se o idoso é mais bem cuidado com a presença da equipe em sua casa ou não, vê-se diferença nas respostas, demonstrando certo grau de insatisfação com a equipe de saúde: "É, mas eles demoram muito para vir, quando eles vêm e estou em casa até que me ensinam bastante sobre como tratar ele" (Beija-flor); "Na verdade não vejo diferença, porque ele vem muito rápido e demoram para virem de novo, então, eu cuido, a gente cuida do mesmo jeito sem eles. (Sabiá; "Bem, como eles vêm aqui de repente, e explicar como é que têm que levar no médico, então eu que cuido é que sei das necessidades dele" (Uirapuru); "Eu sei cuidar da mesma forma, mas o médico também é importante. Eles estando aqui ou não ela recebe os cuidados do mesmo jeito" (Araponga). Os serviços de saúde adotaram estratégias de cuidado para descentralizar o cuidado e modificar o modo tradicional de produção da saúde, entre estas estratégias a principal é a inclusão da atenção domiciliar entre as modalidades no atendimento.  No entanto, a ausência do profissional de saúde foi relatada em mais de 50% dos familiares-cuidador entrevistado.  Ao relatarem as maiores dificuldades enfrentadas para prestar cuidados aos seus idosos, a maioria apontou a mobilidade prejudicada: "A maior dificuldade é coloca-la na cadeira. É só eu que cuido, então sinto dor na minha cadeira" (Araponga); "Empurrar cadeira é para mim, a parte mais difícil" (Uirapuru); "É que ela só anda se a gente levar ela. E não temos apoio da família só eu que fico com ela" (Cardeal). A situação de despreparo técnico dos cuidadores, somados aos seus problemas de saúde podem comprometer ainda mais a saúde desse cuidador e o acompanhamento do idoso acamado. No que concerne às orientações que deveriam recebem da equipe de saúde, os entrevistados responderam: "Não recebo nenhuma. Só vem visitar ver como ela está, mas nunca me deram uma palestra sobre os cuidados com ela" (Araponga); "Nenhuma orientação. Só o médico que as vezes orienta, só para a gente dar remédio, somente isso" (Cardeal); "Na verdade eles só vieram uma vez aqui. Não me orientaram sobre nada disso" (Uirapuru); "Porque ele está aqui há cinco meses e eles só vieram aqui uma vez porque eu chamei" (Andorinha); "Porque eles só ajudam de vez em quando (Bem-te-vi); "Porque eles quase não vêm por aqui" (Beija-flor); "Porque eles deveriam vir mais vezes todos os meses pelo menos"  (Sabiá). Conclui-se que a falta de conhecimento por parte dos membros das famílias e/ou dos seus cuidadores compromete de forma direta os resultados dos cuidados oferecidos aos mesmos, tornando-os mais vulneráveis a todas as condições do dia a dia dentro de seus próprios lares. Deste modo, enfatiza-se a importância desta pesquisa como meio oportuno de contribuir com a equipe de enfermagem, no sentido de perceber as dificuldades enfrentadas pelos familiares cuidadores no acompanhamentos dos seus idoso acamados na cidade de Parintins.

2670 CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM, ESTADO DO PARÁ
Franciane de Paula Fernandes, Delma Pessanha Neves, Renan Fróis Santana, Isabela Maria da Costa Buchalle, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Marcelo Silva de Paula

CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM, ESTADO DO PARÁ

Autores: Franciane de Paula Fernandes, Delma Pessanha Neves, Renan Fróis Santana, Isabela Maria da Costa Buchalle, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Marcelo Silva de Paula

Apresentação: O envelhecimento populacional é um evento mundial, sendo uma consequência direta da redução da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida. A Organização mundial da Saúde (OMS) expõe que é considerado idoso, o individuo habitante de país em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, com 60 anos ou mais ou com 65 anos ou mais, residente em país desenvolvido. Entretanto, considerar uma pessoa idosa vai além de sua faixa etária, assumindo particularidades inerentes ao seu estado biológico, psicológico e social. Dessa forma, cabe ressaltar que o processo de envelhecimento natural do ser humano gera uma série de modificações no organismo, que podem ser tanto orgânicas, como funcionais ou psicológicas, tornando o indivíduo vulnerável a patologias, fragilizado para exercer determinadas funções diárias. A dependência se define como a incapacidade de o indivíduo interagir satisfatoriamente com seu ambiente sem ajuda, podendo estar ligada à incapacidade funcional devido a doenças ou à falta de apoio físico, material ou psicológico. Considerando que o conceito de idade é multidimensional e dependente de diversas variáveis, o objetivo da pesquisa foi avaliar o grau de dependência dos idosos participantes do Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos (HIPERDIA) de uma Estratégia de Saúde da Família, do município de Santarém, estado do Pará. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa, realizado em novembro de 2017 com indivíduos com idade ≥ 60 anos (idosos), participantes do programa Hiperdia em uma ESF de um bairro do município de Santarém, estado do Pará, durante as atividades práticas dos acadêmicos do 8º período do curso de enfermagem da Universid      ade do Estado do Pará (UEPA), Campus XII, Tapajós. Para atingir o objetivo proposto pelo estudo, as atividades foram acompanhadas pelos graduandos, sendo que dependendo da idade do participante do grupo (≥ 60 anos), este era convidado a participar do estudo, caso aceitasse, era orientado quanto à pesquisa e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Após a aceitação, era aplicado um formulário contendo uma parte destinada aos dados sociodemográficos (sexo, idade, estado civil, escolaridade e ocupação). A outra parte englobava a escala de Lawton, que avalia a independência funcional do idoso, sendo composta de 9 perguntas voltadas à avaliação da capacidade do idoso em realizar algumas atividades diárias, possuindo três possíveis respostas, cada uma com sua respectiva pontuação: sem ajuda (3); com ajuda parcial (2) e não consegue (1), com somatória total de 27, no máximo.  Resultados e/ou impactos: A amostra se consistiu em 12 idosos, 66,7% eram do sexo feminino e 33,3% do masculino, na faixa etária entre 60 e 81 anos e idade média de 71,6 ± 7,7. O predomínio do sexo feminino pode está relacionado à maior expectativa de vida apresentada pelas mulheres em comparação aos homens, bem como a característica feminina de possuir um maior cuidado com a sua saúde e, também dos familiares. Condizente a idade, quanta maior ela for, mais dependente a pessoa idosa se torna. Quanto ao estado civil dos colaboradores do estudo, 50% eram casados (as), 41,7% eram viúvos (as) e 8,3% divorciados (as). A escolaridade destes, 33,3% tinha o ensino fundamental incompleto; 25% fundamental completo; 25% analfabetos; 8,3% o ensino médio completo e 8,3% possuíam o ensino técnico. Observa-se, de modo geral, uma baixa escolaridade dos idosos, o que gera preocupação, visto que este aspecto afeta a compreensão do idoso acerca de cuidados com a sua saúde, contudo, essa baixa escolaridade condiz com os dados regionais, visualizado que na região norte, 28,7% dos idosos é analfabeto. No que condiz a prática de alguma atividade laboral pelos pesquisados, 75% eram aposentados, 16,7% domésticas e 8,3% trabalhavam como motorista. Tal dado condiz com a realidade nacional. Os fatores como escolaridade, estado civil, ocupacional/financeiro e as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) podem relacionar-se com o grau de incapacidade moderada e grave nos idosos. A avaliação precisa das questões da escala de Lawton mostraram que as respostas dos idosos (as) no primeiro questionamento dizia respeito à autonomia da pessoa idosa em utilizar o telefone ou celular, 75% atingiram a pontuação 3 e 25% a 2; a segunda pergunta tratava a respeito da capacidade do idoso em se deslocar a locais distantes, 91,7% afirmaram o correspondente ao 3 na escala e 8,3% o 2; a terceira buscava saber a aptidão em realizar compras, 91,7% disseram ser totalmente capazes (3) e 8,3% parcialmente (2); a quarta questionava a habilitação em preparar as próprias refeições, 75% apontaram o equivalente ao 3 na escala, 16,7% ao 2 e 8,3% ao 1; referente a arrumar a casa, 66,7% enquadravam-se no 3 e 33,3% ao 2; concernente a trabalhos ou reparos domésticos, 66,7% afirmou o respectivo ao 3, 25% ao 2 e 8,3% ao 1; relativo à lavar e passar roupas, 58,3% atingiram o referente ao 3 e 41,7% ao 2; no que condiz à fazer o uso dos medicamentos corretamente, 83,3% alegaram realizar sem ajuda (3) e 16,7% parcial (2); quanto à cuidar das finanças, 58,3% aludiram ao correspondente ao 3, 33,3% ao 2 e 8,3% ao 1. Na somatória total, 16,7% atingiram a pontuação de 27, 25% a de 26, 33,3% a de 25, 16,7% a de 23 e 8,3% a de 15. Quanto maior a pontuação, mais independente é a pessoa idosa. O controle de comorbidades pelo serviço de saúde como hipertensão arterial, diabetes mellitus e doenças mentais são um importante enfoque de intervenção na população idosa uma vez que estes afetam diretamente a capacidade funcional e, consequentemente a qualidade de vida deste público. Considerações finais: O grupo estudado apresentou grau de dependência funcional satisfatório na maioria das atividades diárias trabalhadas pela escala, tendo-se maior dependência com trabalhos e/ou reparos domésticos, manuseio medicamentoso e finanças. No entanto, vale frisar que estes indivíduos sofrem de patologias crônicas, tornando-os um público vulnerável que necessita de atenção especial no contexto do serviço de saúde, familiar e de políticas públicas, que promovam qualidade de vida e saúde em todos os seus aspectos social, psicológico, emocional e biológico, de acordo com o contexto individual destes. Portanto, é de fundamental importância a atuação da atenção primária em saúde, através de suas modalidades de ESF e UBS na assistência do idoso em todas suas necessidades, proporcionando o cuidado integral em saúde.