145: O envelhecimento em dicussão: percepções e diálogos com o processo saúde-doença
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 06 - Cunha-Porangã    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
756 Acompanhamento farmacoterapêutico em idosos da Universidade da Melhor Idade (UMI) da UCDB em Campo Grande - MS
Patrícia Espinosa dos Santos, Maria de Lourdes Oshiro

Acompanhamento farmacoterapêutico em idosos da Universidade da Melhor Idade (UMI) da UCDB em Campo Grande - MS

Autores: Patrícia Espinosa dos Santos, Maria de Lourdes Oshiro

A atenção farmacêutica faz parte da prática farmacêutica e pertence a Farmácia Clínica, seu objetivo visa atender as necessidades dos pacientes por meio do acompanhamento da farmacoterapia. O Método Dáder é o instrumento de acompanhamento farmacoterapêutico mais utilizado por farmacêuticos, pois através dele é possível realizar a avaliação integral do paciente e identificar suas necessidades mediante a detecção, a prevenção e a resolução de problemas relacionados aos medicamentos, a fim de alcançar resultados que auxiliem para a melhor qualidade de vida do paciente. O objetivo do presente trabalho foi acompanhar e orientar o tratamento medicamentoso dos acadêmicos da UMI em uso de medicamentos contínuos. Foi realizada uma pesquisa transversal e descritiva, mediante o formulário de matrícula e o questionário estruturado com idosos da Universidade da Melhor Idade (UMI) da UCDB, durante o período de fevereiro a julho de 2017. Neste estudo participaram 45 acadêmicos com idades entre 52 e 77 anos e a média 63,1 ± 4,46 anos, sendo que 82,2% eram do sexo feminino. Destes, 86,7% apresentavam doenças e utilizavam medicamentos, sendo as doenças mais prevalentes (70,3%) e os medicamentos mais utilizados (33,3%) para o sistema cardiovascular. A terapia alternativa mais utilizada foram os chás (67,8%), seguido das garrafadas (14,3%). Foram identificados 33 problemas relacionados a medicamentos, sendo 71,2% relacionados à adesão e 12,8% à necessidade. Os problemas relacionados a medicamentos interferem no sucesso do tratamento medicamentoso, deste modo à realização do acompanhamento farmacoterapêutico, além de auxiliar na redução dos problemas relacionados a medicamentos, contribui para o esclarecimento de dúvidas, efetividade, adesão ao tratamento e auxilia no uso seguro e racional de medicamentos.

1179 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E DE CONSUMO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE GERONTOLÓGICOS NA CIDADE DE MANAUS, AM
Cleisiane Xavier Diniz, Júlio César Suzuki, Maria de Nazaré Souza RIBEIRO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E DE CONSUMO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE GERONTOLÓGICOS NA CIDADE DE MANAUS, AM

Autores: Cleisiane Xavier Diniz, Júlio César Suzuki, Maria de Nazaré Souza RIBEIRO

Sabe-se que no processo de envelhecimento e no aumento da longevidade, há uma maior procura dos serviços de saúde, tendo em vista que o número das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)  aumentam nesta faixa, representando um dos principais desafios para a saúde pública da década presente. A população idosa representa uma das maiores demandas para os serviços de saúde, fazendo-se necessário conhecer o seu perfil epidemiológico, especialmente as doenças crônicas mais prevalentes, para que se possa planejar e elaborar políticas de saúde mais específica. O objetivo desta pesquisa foi identificar o perfil epidemiológico e de consumo de serviços de saúde dos idosos usuários dos Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMI). Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa, de natureza transversal e descritiva. Focalizando sua distribuição espacial nas zonas administrativas da cidade de Manaus, trabalhou-se com universo populacional de 17.100 idosos (> 60 anos de idade) cadastrados nos CAIMIs da cidade de Manaus, resultando num tamanho amostral de 1.080 idosos (360 idosos em cada um dos três CAIMIs) entrevistados, com margem relativa de erro de 5% e coeficiente de confiança de 95%. A amostra foi do tipo probabilística aleatória, por demanda espontânea, sendo os idosos abordados a partir de sua chegada ao CAIMI. Isso possibilitou que cada elemento dessa população tivesse uma probabilidade de fazer parte do estudo, assegurando a validade interna do estudo e possibilitando extrapolar os resultados (validade externa) para outras comunidades. Os resultados encontrados mostram que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes tipo  2 (DM2) continuam sendo as doenças mais prevalentes e o principal motivo de procura dos idosos aos serviços de saúde especializados, correspondendo 50,8% e 18,2%  das causas de atendimentos, respectivamente. Os Distúrbios da Acuidade Visual apareceram com 9% e as doenças associadas ao sistema musculoesquelético somaram-se 6,8%, correspondendo aos dados da artrite e artrose. A HAS é considerada um forte fator de risco cardiovascular, cursando com alta prevalência em pessoas idosas e, quase sempre, vem associada à doença arterial coronariana, doença cerebrovascular, vasculopatias periféricas, dentre outras. Acomete cerca de 60% das pessoas idosas, com influência direta nas elevadas taxas de morbimortalidade.  Pode-se considerar que existe uma alta prevalência e um forte fator de risco para doenças cardiovasculares e renais nesses idosos entrevistados. Com relação ao Diabetes Tipo 2, a prevalência encontrada entre o grupo em estudo foi de 18,2%, um resultado que, aparentemente não representa maiores preocupações, no entanto, esta prevalência é bastante significativa se considerarmos que o grupo em estudo é idoso e que se trata de uma morbidade limitante, que aumenta os riscos de nefropatias e agravos circulatórios, podendo ocasionar cegueira, amputações e complicações encefálicas. Essas complicações aumentam também os custos sociais e financeiros, impactando o sistema de saúde, a família e a própria pessoa. Estima-se que 387 milhões de pessoas no mundo convivem com a (DM2) e que em 2035 este número alcance 471 milhões, em virtude do crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da progressiva prevalência de obesidade e sedentarismo muito presente nas condições de vida das populações urbanas. Aproximadamente 80% desses indivíduos vivem em países em desenvolvimento, onde a epidemia tem maior intensidade. No Brasil, em 2014, estimou-se que existiriam 11,9 milhões de pessoas, na faixa etária de 20 a 79 anos, com diabetes, podendo chegar a uma estimativa de 19,2 milhões para 2035. Ao analisar a correlação entre as morbidades e a mediana da idade, observou-se significância estatística na Artrose (p<0,029), acidente vascular encefálico (p<0,049) e Alzheimer (p<0,001), indicando que, quanto maior a faixa etária, maior a possibilidade de aparecimento de tais doenças. Da mesma forma, a procura por especialistas vai ocorrer com o aparecimento das morbidades que estarão mais presentes com o passar da idade. Diante da problemática das doenças crônicas mais prevalentes nos idosos, o médico clínico geral se torna o mais procurado (31,1%) diante de sua capacidade de resolução de problemas de saúde em vários contextos. Porém, o que não se esperava era a frequência muito baixa de consultas ao cardiologista (0,7%), uma vez que a HAS foi a morbidade mais prevalente. Possivelmente isso ocorreu pela limitação do número de consultas disponibilizadas aos cardiologistas dos CAIMIs, ficando sob a responsabilidade do Clínico Geral a conduta prescritiva do tratamento da HAS. Embora os Distúrbios da acuidade visual tenham aparecido com 9% das principais causas de atendimento ao CAIMI, a oftalmologia foi a segunda especialidade mais procurada para atendimento com 31%, possivelmente por encaminhamento do Clínico Geral para controle de catarata, glaucoma e  cegueira de pessoas com DM2, situações que representam complicações graves do DM2.  Como o envelhecimento é um processo natural da redução progressiva das respostas adaptativas do corpo ao ambiente, é natural que, com o avançar da idade, as doenças crônicas se tornem mais prevalentes nessa população.  Além disso, essas doenças exigem tratamentos contínuos e que podem vir acompanhadas de disfunções e/ou algum nível de dependência. Isso leva a acreditar que, a deficiência de cuidados especializados para as morbidades agudas acarreta  efeitos crescentes sobre os gastos com cuidados de longa duração na cronificação dessas doenças. Outro ponto considerado neste estudo foi o acesso dos idosos aos serviços disponibilizados pelos CAIMIs. O acesso tem sido considerado um elemento importante no padrão de consumo de serviços de saúde em todos os níveis de atenção, independente de faixa etária. Neste estudo, aproximadamente 50% dos idosos da pesquisa utilizaram os serviços dos CAIMIs alguma vez no mês. A frequência periódica condicionou-se à viabilidade de encontrar acesso, à qualidade dos serviços oferecidos, à resolutividade do motivo da procura e à possibilidade do deslocamento até o serviço. Assim, infere-se que, ter acesso aos serviços, não depende de uma livre escolha do usuário. Conclui-se que os idosos da pesquisa são acometidos com doenças prevalentes nessa faixa etária (HAS e DM2), não divergente de dados nacionais. É importante destacar que o perfil de consumo de serviços de saúde está condicionados às condições econômicas individuais e familiares, e à oferta de serviços na comunidade onde reside o indivíduo. Em todo caso, observou-se que os idosos produziram diferentes estratégias de acordo com suas capacidades, histórias de vida pessoal e coletiva, que são adotadas pelas disponibilidades circunstanciais e socioculturais, na busca de solução para seus problemas de saúde.

1447 Perfil dos idosos com doenças crônicas no Interior do Amazonas.
Indira Silva dos Santos, Tamiris Moraes Siqueira, Noeli das Neves Toledo

Perfil dos idosos com doenças crônicas no Interior do Amazonas.

Autores: Indira Silva dos Santos, Tamiris Moraes Siqueira, Noeli das Neves Toledo

Apresentação: O envelhecimento da população é um fenômeno que ocorre no mundo. Em 1950 eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo, passando para 579 milhões no ano 1998, um crescimento de quase oito milhões de pessoas idosas por ano. Caracterizado como um processo dinâmico e progressivo, onde existem modificações, que levam à perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio, o envelhecimento da população mundial desperta preocupação nas áreas da saúde, mercado de trabalho, educação, e principalmente na previdência. No Brasil, o envelhecimento da população começou a chamar atenção das autoridades, a partir da década de 90, quando surgiu a Política Nacional do Idoso (PNI), e posteriormente o Programa de Saúde da Família (PSF), devido ao grande aumento demográfico. No Amazonas, os idosos são em torno de 255 mil, representando 7,1% da população do estado, havendo em média um idoso para cada cinco pessoas com menos de 15 anos. O índice de envelhecimento em 2001 era de 13,2%, já em 2011 este índice estava em 21,8%. Contudo, pouco se sabe em relação ao perfil dos idosos que vivem no interior do Amazonas, pois há uma escassez severa de estudos com esta população. Desta forma, este trabalho trata-se de um projeto de Iniciação Científica, realizado com 136 idosos do interior do Amazonas, cujo objetivo é verificar a prevalência e o perfil dos idosos com doenças crônicas no Município de Manacapuru/AM. Desenvolvimento do trabalho: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado no ano de 2015, que faz parte de uma pesquisa de maior amplitude, cujo objetivo geral foi analisar o papel do enfermeiro no cuidado a pessoa idosa na Atenção Básica de Saúde do Município de Manacapuru-AM. A amostra do estudo foi composta por 136 idosos, de ambos os sexos, com idade acima de 60 anos. O convite e a entrevista ocorreram na recepção da unidade e nos domicílios que a unidade abrange, sendo incluídos no estudo somente os idosos que concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Utilizamos a técnica da entrevista, sendo aplicado um instrumento composto por questões fechadas, cujo objetivo foi identificar: sexo, idade, estado civil, condições socioeconômicas, bem como a situação de saúde, dependência/autonomia e atividade instrumental diária dos idosos. As entrevistam tiveram duração com cerca  de 20 minutos. Os dados foram tabulados em planilha Excel, sendo analisados: médias, desvio-padrão e percentuais de distribuição, as quais são apresentadas em tabelas ou gráficos. Conforme as recomendações éticas e legais contidas na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que trata sobre as pesquisas envolvendo seres humanos, este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (CEP/UFAM) com o CAAE n° 45582015.5.0000.5020. Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados no estudo: Da população entrevistada, 74 foram mulheres e 62 foram homens. A maior média de idade foi a dos homens com 71,6±8,3, quanto às mulheres a média foi de 69,1±8,3. O maior percentual de homens informou ser casado (62,9%), enquanto que a maior parte das mulheres informou serem viúvas (44,5%). O maior percentual de homens referiu ser católicos e maioria das mulheres referiu ser evangélicas. Quanto ao número de filhos a média dos homens foi maior com 7,3±3,5. A média de tempo que as mulheres frequentaram a escola foi maior 2,7 ± 3,1. O maior percentual dos idosos, de ambos os sexos, informaram ser aposentados, com renda até um salário mínimo, morar com cônjuge, filhos e netos e em casa própria. Apesar de um equilíbrio entre os sexos em relação à média de idade encontrada em nosso estudo, a viuvez referida em 44,5% das mulheres entrevistadas, vai de encontro à pesquisas que apresentam a variável sexo entre os idosos o favorecimento às mulheres, uma vez que 56,1% da população com 60 anos ou mais equivale ao sexo feminino, contra 43,9% do sexo masculino. Esse fenômeno em que a presença de mulheres na população idosa é superior à dos homens é denominado feminização da velhice. A longevidade das mulheres deve-se ao maior cuidado destas em relação à saúde, sendo que este fenômeno se intensifica nas regiões metropolitanas devido à maior disponibilidade de serviços de saúde. O envelhecimento, infelizmente, aumenta a prevalência de diversas afecções, principalmente as de caráter crônico. Neste cenário, devemos dar atenção especial aos fatores de risco, sintomatologia e prevenção das doenças mais comuns na terceira idade. As afecções cardiocirculatórias apresentam-se com a maior prevalência. Entre elas a hipertensão arterial, os infartos, anginas, insuficiência cardíaca e AVC’s. Ademais, somam-se as doenças degenerativas como a osteoporose e osteoartrose; doenças pulmonares como pneumonias, enfizema, bronquites e as gripes são destacadas principalmente nos meses de inverno; ainda os diversos tipos de câncer, diabetes e infecções. Ao analisarmos resultados, constatou-se que mais da metade das idosas (60%) relataram ter hipertensão, seguidos pelo reumatismo (40%) e insônia (35%). Entre os idosos, essas doenças também foram as mais relatadas, porém com percentuais semelhantes entre si, com 60%, 58% e 50% respectivamente. Estudos apontam que a morbidade auto-referida pela população idosa encontra-se compatível com as altas taxas de mortalidade por doenças crônicas encontradas em países em desenvolvimento, tais como a Hipertensão Arterial Sistêmica, fato também observado em nosso estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio dos resultados desta pesquisa destacamos a maior referência a doenças entre mulheres idosas, quando comparado aos homens. Por outro lado, o maior percentual entre os idosos é o de hipertensão Arterial Sistêmica, que vai de encontro a pesquisas que mostram diferenças nas atitudes entre homens e mulheres em relação ao controle e tratamento de doenças. A Estratégia Saúde da Família constitui-se em um espaço de grande privilégio para a atenção integral à saúde da pessoa idosa. Sua proximidade com a comunidade e a atenção domiciliar possibilita uma atuação profissional contextualizada na realidade vivenciada pelo idoso no seio familiar Desta forma, este estudo nos permitiu evidenciar as características clínicas e sociodemográficas dos idosos atendidos na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Manacapuru, fornecendo um diagnóstico situacional destes idosos que podem ser replicados a outros cenários, com a finalidade de contribuir com os profissionais da saúde no sentido da possibilidade de implementações de ações fundamentadas no contexto real da população.

1669 VULNERABILIDADE SOCIAL DE IDOSAS HIPERTENSAS E DIABÉTICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Yara Macambira Santana Lima, Gessica Rodrigues Silva, Gessica Rodrigues Silva, Gisele Ferreira de Sousa, Gisele Ferreira de Sousa, Sheyla Mara Silva Oliveira, Sheyla Mara Silva Oliveira, Livia de Aguiar Valentim, Livia de Aguiar Valentim

VULNERABILIDADE SOCIAL DE IDOSAS HIPERTENSAS E DIABÉTICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Autores: Yara Macambira Santana Lima, Gessica Rodrigues Silva, Gessica Rodrigues Silva, Gisele Ferreira de Sousa, Gisele Ferreira de Sousa, Sheyla Mara Silva Oliveira, Sheyla Mara Silva Oliveira, Livia de Aguiar Valentim, Livia de Aguiar Valentim

 Introdução: A inversão da pirâmide demográfica brasileira é um fenômeno atual ocasionado pelo aumento da expectativa de vida nos últimos anos. Estima-se que até 2025 mais de 50% da população brasileira estará com idade acima de 50 anos, deixando o país em sexto lugar no ranking relacionado a longevidade. Com o aumento do número de idosos longevos alguns aspectos têm despertado o interesse cientifico, considerando que juntamente com a idade avançada faz-se necessário medidas para garantir a assistência e qualidade de vida. No entanto o termo qualidade de vida na terceira idade apresenta alguns pontos importantes que devem ser levados em consideração sendo eles: o bem-estar físico e mental, a condição financeira, o acesso ao atendimento de saúde, a interação social com pessoas do mesmo grupo etário, o apoio familiar, sexualidade, a pratica de atividade fisica, autonomia e principalmente a independência deste idoso.            Dentro deste contexto é essencial que aprendamos a lidar com a pessoa idosa de maneira não autoritária, analisando a situação de forma concreta e permitido a relação entre saúde e o bem-estar biopsicossocial. Por isso tonou-se fundamental a elaboração de ações de políticas publicas voltadas para a manutenção da saúde desta população. Embora nos últimos anos tenha se adotado dentro da assistência geronto-geriatrica medidas que ampliem o acesso a saúde do idoso, estudos identificam que o número de idosos acometidos de morbidades como hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia aumentou drasticamente, principalmente entre as mulheres isso por representar a maior parte da população que se encontra na melhor idade. Diante disso esta pesquisa tem como objetivo caracterizar a vulnerabilidade das idosas hipertensas e diabéticas que realizam o acompanhamento pelo grupão do hiperdia de uma unidade básica de saúde. Desenvolvimento: Este estudo de campo, descritivo, transversal, de cunho quantitativo, conta com a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) para o projeto intitulado “Qualidade de vida na melhor idade: experiência na atenção primaria”, com o parecer n° 2.055.819, é o resultado parcial do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A coleta de dados foi realizada por acadêmicos de Enfermagem nos de meses de maio e junho de 2017 na unidade de saúde do Santarenzinho, na cidade de Santarém-Pará. O público alvo foram mulheres cadastradas no programa de Hiperdia, os critérios de inclusão adotados foram as pacientes regularmente matriculadas no programa de Hiperdia, com idade igual ou maior que sessenta anos, foram excluídas as faltosas e aquelas com idade inferior ao limite estabelecido. A amostra contou com 50 idosas, que responderam o instrumento elaborado com questões fechadas e abertas, abordando variáveis: idade, escolaridade, renda, moradia e convívio social. Os dados foram obtidos após o consentimento expresso no Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), após isso foram feitas entrevistas individuais, junto às idosas para o preenchimento do instrumento. Os dados coletados foram analisados com estatística descritiva no software Excel 2016.  Resultados: A análise de dados apontou que 86% das participantes da pesquisa são idosas jovens e intermediaria, pois, compreendem a faixa etária de 60 a 74 anos, sendo 42% estavam viúvas, 38% possuíam ensino fundamental incompleto e 54% dependem da aposentadoria, relacionado a renda mensal 64% afirmaram que varia entre 1 a 2 salário. Dentre as suas condições de moradias 94% residem com família, 48% reside em casa própria. Ao relacionar as variáveis escolaridade e renda notou-se que 48% das participantes apresentaram ter cursado até o ensino fundamental incompleto e apresentaram renda entre 1 a 2 salários mínimos. Foi observado que das mulheres que referiram serem viúvas 36% residiam com a família e 6% sozinha. Considerando os dados é perceptível que a maioria das participantes não apresentam independência em relação a família, principalmente em relação as idosas que já perderam o companheiro. Outro fator preponderante é em relação a renda mensal ponderando que a maioria das idosas relataram ser aposentadas, tendo um valor mínimo para se manter durante um mês, tendo em vista os gastos com a manutenção da casa, alimentação e medicações que não são disponibilizadas pelo posto de saúde. Conclusão: Os aspectos biopsicossociais são relevantes, pois desempenham influência direta na saúde da pessoa idosa, além de ser fundamental para um envelhecimento saudável e com boa qualidade de vida. A inserção de políticas públicas direcionada é essencial para garantir a esta idosa a melhoria da qualidade de vida, medidas simples podem estar sendo desenvolvidas dentro da própria unidade de saúde para elevar a autoestima destas idosas como a implantação de grupos de ginástica, atividades recreativas e lazer, no qual ele se sinta valorizado e tenha a oportunidade de crescer dentro do convívio social, fazendo amizade com pessoas da mesma idade. Sabe-se que para ter uma vida longa não basta apenas ter saúde, embora seja um dos pilares, é essencial que a saúde mental, as relações interpessoais, condição financeira também estejam integradas. Dentre os fatores que influenciam no comprometimento da saúde psicossocial da pessoa senil está relacionado a superproteção da família que por receio de queda ou doença em virtude da idade não deixa a idosa realizar atividades que o permitiam ter a satisfação de sentir-se útil, de ter autonomia para realizar atividades da vida diária. Neste estudo foi observado evidências de situação de vulnerabilidade social entre as idosas, pois as participantes apresentam pelo menos uma doença crônica podendo esta ser a diabetes mellitus ou hipertensão arterial, apresentarem baixa renda e viverem com a família, o que demonstra um grau de dependência desta pessoa, e isto influencia diretamente na qualidade de vida desta idosa. Diante disso torna-se fundamental não só a assistência ao idoso, mas a família também, através do direcionamento de como os familiares que convivem diariamente com esta pessoa podem estar fazendo para melhorar a condição desta idosa, através do dialogo, elevação da autoestima, confiança em deixar ela realizar as atividades que lhe proporcione prazer.  Considerando isto o enfermeiro tem um papel fundamental para identificar as situações de vulnerabilidade das idosas e elaborar meios de assistência que beneficiem o bem-estar desta pessoa e favoreça um envelhecimento saudável. Nesse contexto se fazem necessárias pesquisas voltadas para este público a fim de caracterizar as suas condições e através destas informações embasarem ações em prol destas mulheres.  

1740 AÇÃO SOBRE CÂNCER NA TERCEIRA IDADE EM PROJETO DE CAMPO GRANDE/MS.
Leticia Pinto Manvailer, Andréia Insabralde, Gabriel Vascelli de Mendonça, Hevelyn Francielle Soares Souto Nunes, Lethicia Farias Marcino, Patricia Lima Avalos

AÇÃO SOBRE CÂNCER NA TERCEIRA IDADE EM PROJETO DE CAMPO GRANDE/MS.

Autores: Leticia Pinto Manvailer, Andréia Insabralde, Gabriel Vascelli de Mendonça, Hevelyn Francielle Soares Souto Nunes, Lethicia Farias Marcino, Patricia Lima Avalos

Apresentação: O envelhecimento populacional consiste em um fenômeno de transição demográfica que se apresenta paralelamente às mudanças epidemiológicas caracterizadas pela maior incidência de condições crônicas, dentre as quais o câncer vem se destacando. A incidência dessa doença aumenta com a idade, diante da tendência a menor eficácia dos mecanismos de reparação celular no organismo em processo de envelhecimento aliado ao acúmulo de fatores de risco ao longo da vida e à exposição às agentes patogênicos. As comorbidades, limitações funcionais e agravos associados à senescência agravam ainda mais os quadros de câncer em idosos. Dessa forma o emprego de medidas que ofereçam meios para a disseminação de informações e acesso para a reabilitação e aumento da qualidade de vida deve ser realizado pelos profissionais de saúde, justificando assim a ação de prevenção ao câncer na terceira idade realizada por projeto de extensão universitária da UFMS. O presente trabalho busca relatar ação realizada e discorrer sobre a importância da mesma. Desenvolvimento do trabalho: Consiste em um relato de experiência sobre intervenção realizada pelo projeto de extensão Consultório Integrado de Geriatria e Gerontologia no mês de setembro do ano de 2017 em uma ONG localizada no município de Campo Grande/ MS.  O tema central da ação de educação em saúde foi o câncer na terceira idade em que se buscou debater por meio de exposições dialogadas a respeito dos tipos de câncer mais incidentes no público idoso.  As atividades tiveram início com uma dinâmica em que se buscava explorar a importância da prevenção às doenças, valorizando a busca dos idosos por assistência à saúde. Em seguida foram apresentados e problematizados os diferentes tipos de câncer, com enfoque nos sinais e sintomas, prevenção e diagnóstico precoce, expondo imagens em painéis. A avaliação dessa ação foi realizada por meio do voto por cores associadas a notas de 0 a 10: verde para nota 10, amarela para nota 05 e vermelha para nota zero. Resultados: Participaram ao todo 39 pessoas com a faixa etária entre 41 e 92 anos. Foi possível perceber durante as exposições dos temas, que o público presente interagiu de maneira significativa e atenta às informações, relatando exemplos de casos em familiares ou mesmo próprios e questionando a respeito de como é realizado o exame de detecção precoce para câncer de colo de útero e quais os aspectos de um carcinoma de pele. Das avaliações disponibilizadas 32 pessoas classificaram a ação em verde, quatro pessoas em cor amarela e duas pessoas em cor vermelha. Considerações finais: Diante do envolvimento e dos questionamentos levantados fica evidente a necessidade de tornar acessíveis informações referentes ao câncer bem como sobre os meios para o autocuidado, consequentemente para a prevenção de doenças. A incorporação das potencialidades do público durante o desenvolvimento da educação em saúde enriquece o diálogo e permite ao mesmo vivenciar seu protagonismo diante das suas situações de saúde.

2686 Percepções sobre o Processo de Envelhecimento e a Morte: Perspectivas de mulheres idosas institucionalizadas
Maria Luiza Sady Prates, Elton Junio Sady Prates, Maisa Tavares de Souza Leite

Percepções sobre o Processo de Envelhecimento e a Morte: Perspectivas de mulheres idosas institucionalizadas

Autores: Maria Luiza Sady Prates, Elton Junio Sady Prates, Maisa Tavares de Souza Leite

Apresentação: A velhice é um processo universal, mas apresenta também um forte componente de gênero, uma vez que a população idosa brasileira é constituída em sua maioria por mulheres. Ressalta-se que a grande maioria dos indivíduos não se preparara para a velhice e muitos são os motivos. Um desses é o fato de essa fase da vida estar associada à ideia da própria morte, assunto que é esquivado pelas pessoas em todas as faixas etárias, na contemporaneidade. Com base no exposto, objetiva-se conhecer a percepção de mulheres idosas institucionalizadas em relação ao processo de envelhecimento e à morte. Método: Trata-se de um trabalho descritivo-exploratório de cunho qualitativo. Os sujeitos do estudo foram nove idosas residentes em uma Instituição de Longa Permanência localizada no Norte de Minas Gerais. Por envolver seres humanos e atendendo aos princípios éticos estabelecidos pela resolução 466/12 o projeto que originou este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer número 3125/12. Para coleta de dados, utilizou-se a técnica de Grupo Focal, que foi encerrada por saturação teórica, e a análise das informações realizada por Análise de Conteúdo Temática e sob a perspectiva do Interacionismo Simbólico. Resultados: No que se refere à velhice e ao processo de envelhecimento, as entrevistadas pontuaram momentos de dependência e perdas. Destaca-se, que algumas entrevistadas pensam na morte como sendo um evento natural, enquanto outras manifestaram medo de morrer ou de ficar dependentes de cuidados. Em relação aos projetos para o futuro, foram significativos os sentimentos de desesperança e de incertezas. Considerações finais: Considera-se, portanto, que é preciso desbravar estratégias de melhor aproveitamento do tempo livre no ambiente asilar, mediante o desenvolvimento de dispositivos inclusivos que possibilitem um redirecionamento nos objetivos da vida da população institucionalizada.

4143 RELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E FATORES SOCIOECONÔMICOS DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA
Lucas de Souza Nascimento, Milenna Thâmyres Alves do Nascimento, Rafaela de Oliveira Guerreiro, Gabriel Gomes Aguiar, Elvis Geanderson Lima do Vale, Estela Aita Monego, Inês Amanda Streit

RELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E FATORES SOCIOECONÔMICOS DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

Autores: Lucas de Souza Nascimento, Milenna Thâmyres Alves do Nascimento, Rafaela de Oliveira Guerreiro, Gabriel Gomes Aguiar, Elvis Geanderson Lima do Vale, Estela Aita Monego, Inês Amanda Streit

INTRODUÇÃO: Envelhecer bem é um processo multidimensional, envolve a soma de fatores apoiados em atividades sociais e produtivas, a manutenção de um elevado funcionamento de atividades físicas e cognitivas, prevenção de doenças e incapacitações, assim como fatores socioeconômicos, o qual possibilita condições a um bom estado nutricional, ocasionando em um estilo de vida saudável ou não. No processo de envelhecimento os distúrbios nutricionais associam-se com o risco de morbidades devido a maior incidência de aumento do peso corporal, diminuição da estatura e um maior ganho na gordura corporal, havendo perda da massa muscular e da massa óssea. OBJETIVO: Correlacionar o Índice de Massa Corporal e a renda mensal de idosos praticantes de exercício físico regular. METODOLOGIA: Foram avaliados 34 idosos, de ambos os sexos, participantes do Programa Idoso Feliz Participa Sempre - PIFPS, desenvolvido na Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Para a coleta de dados foram mensuradas a massa corporal em quilos e a estatura em centímetros, e, a partir destas medidas calculou-se o índice de massa corporal (IMC). Também foi realizada entrevista para verificar a renda mensal individual do idoso, sendo que quatro participantes não relataram sua renda e assim, fizeram parte deste estudo 30 idosos.  Para a análise dos dados utilizou-se o Teste U de Mann-Whitney, utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences versão 22.0. RESULTADOS: Dos 30 idosos participantes, 13 recebem até 2 salários mínimos, e destes nenhum apresentou peso normal, nove apresentaram excesso de peso e quatro obesidade. A média de IMC entre os idosos que recebem até dois salários mínimos é de 29,5 (DP=4,20).  Entre os idosos que recebem mais de dois salários mínimos (n=17), quatro apresentaram peso normal, 10 apresentaram excesso de peso e três obesidade. A média do IMC entre os idosos que recebem mais de dois salários mínimos é de 26,89 (DP=4,31). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com este estudo pode-se observar que IMC normal está relacionado a uma melhor renda. Idosos com renda inferior a dois salários mínimos apresentaram estado nutricional entre acima do peso e obesos.  Pode-se refletir que alguns fatores contribuem para o acesso a uma alimentação adequada, entre eles a renda familiar, a quantidade de pessoas que residem com o idoso, se os mesmos são empregados ou desempregados. Contudo, um fator de extrema importância para um consumo de alimentos saudáveis vem a ser também a educação nutricional, que pode ser proporcionada por práticas educativas nos programas de atividade física em que os idosos encontram-se inseridos.

4154 Prevalência de Doenças Cardíacas em Idosos participantes do Programa Idoso Feliz Participa Sempre (PIFPS) na cidade de Manaus/AM
Milenna Thâmyres Alves do Nascimento, Lucas de Souza Nascimento, Eubertina Barbosa dos Santos, Alessandra Nunes Teixeira, Keuly Garcia da Silva, Jardel Veloso, Estela Aita Monego, Inês Amanda Streit

Prevalência de Doenças Cardíacas em Idosos participantes do Programa Idoso Feliz Participa Sempre (PIFPS) na cidade de Manaus/AM

Autores: Milenna Thâmyres Alves do Nascimento, Lucas de Souza Nascimento, Eubertina Barbosa dos Santos, Alessandra Nunes Teixeira, Keuly Garcia da Silva, Jardel Veloso, Estela Aita Monego, Inês Amanda Streit

Contextualização: Uma característica comum na dinâmica demográfica da maioria dos países do mundo é o envelhecimento de suas populações, atrelado a esse evento o processo de envelhecimento ocasiona diversas alterações fisiológicas na pessoa que envelhece. Estas alterações podem estar atreladas ao desenvolvimento de fatores de riscos relacionados a saúde, entre eles o risco de desenvolver doenças cardíacas, o que pode influenciar negativamente na vida do idoso. Objetivo: Este estudo objetivou relacionar a variável relação cintura-quadril (RCQ) com risco de doenças cardíacas em idosos participantes do Programa Idoso Feliz Participa Sempre (PIFPS), o qual é desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Método: Foram avaliados 34 idosos (cinco homens e trinta e nove mulheres) participantes do programa, por meio da medição dos indicadores antropométricos Circunferência da Cintura e do Quadril, calculando a partir dessas medidas a Relação Cintura/Quadril (RCQ). Também foi realizada entrevista para verificar a presença de doenças cardíacas diagnosticadas por um profissional da saúde, a partir do relato dos idosos participantes. Em relação a presença de doenças 26 participantes responderam ao questionário, os quais fizeram parte deste estudo.  Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial utilizando o teste Exato de Fisher para realizar associação entre as variáveis. Resultados: Considerando-se o valor para Relação Cintura-Quadril (RCQ) de 0,85 para ambos os gêneros, observou-se que dos 26 participantes, relacionado as variáveis RCQ com risco de desenvolver doenças cardiovascular, 21 apresentaram risco para doenças cardiovasculares e, destes apenas 3 relataram a presença da doença. Cinco idosos não apresentaram risco para doença e nenhum destes relatou presença de doença. O valor médio obtido do RCQ foi 0,89 (Me = 0,87), tendo como valor mínimo 0,78 e máximo 1,13.  Considerações finais: A partir dos resultados pode-se observar que entre os idosos praticantes de exercício físico regular, a maioria apresenta risco para doenças cardiovasculares, o que mostra a necessidade de realizar prática educativa nos programas de atividade física para idosos em relação a prevenção da doença e melhora na qualidade de vida desta população.

4875 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ATENDIMENTO POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NUM HOPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DO AMAZONAS, BRASIL
Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Renan Cunha Lopes, Julivaldo Almeida dos Santos, Grace Anne Andrade da Cunha, Cléber Araújo Gomes

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ATENDIMENTO POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NUM HOPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DO AMAZONAS, BRASIL

Autores: Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Renan Cunha Lopes, Julivaldo Almeida dos Santos, Grace Anne Andrade da Cunha, Cléber Araújo Gomes

Apresentação: Lesões por causas externas tem origem através de um dano físico, resultante de uma força externa, podendo ser classificadas em intencionais e não intencionais. O processo de envelhecimento é um fator biológico e está intimamente relacionado a diminuição da taxa de natalidade e ao aumento da expectativa de vida. O idoso é naturalmente mais vulnerável a ocorrência de lesões traumáticas, assim como, possui capacidade reduzida no processo de recuperação e consequentemente necessita de um maior tempo de hospitalização o que o coloca em exposição a demais comorbidades. Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa é descrever o perfil epidemiológico de idosos atendidos no setor de urgência e emergência, por lesões traumáticas no Hospital Regional de Coari – AM, assim como, identificar as causas e as circunstancias dessas lesões que acometem a população geriátrica. Desenvolvimento do trabalho: Tratou-se de um estudo do tipo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, através da coleta de dados de prontuários de idosos de ambos os sexos, atendidos no setor de urgência e emergência do Hospital Regional de Coari, Dr. Odair Carlos Geraldo, no período de setembro a dezembro de 2015. A coleta de dados foi realizada em junho de 2017, após aprovação do comitê de ética e pesquisa da (CEP) da Fundação Universidade Federal do Amazonas (FUA-UFAM), sob o CAAE: 74327617.1.0000.5020. Posteriormente as informações foram tabuladas e analisadas no software estatístico Soft Statistical Package For the Social Sciene (SPSS), versão 2.0.  Resultados: A análise dos dados evidenciou a prevalência de traumas em idosos do sexo masculino, na faixa etária de 60 a 69 anos. A principal natureza de ocorrência dos eventos, deu-se por quedas (44,4%), seguida de acidentes de trânsito (15,6%). É importante destacar também, a elevada subnotificação (30%) dos atendimentos aos idosos. Quanto aos segmentos corpóreos mais atingidos, evidenciou-se que os membros inferiores (MMII), com 26,7% e membros superiores (MMSS), com 24,4%, foram os mais atingidos. Com destaque também para lesões na região do tronco (21,1%) e da cabeça e pescoço (14,4%). Considerações finais: Este estudo propôs a investigar o perfil epidemiológico de traumas que acometem a população idosa atendida no hospital público do município de Coari/AM. Evidenciou-se que no geral, os homens são os mais acometidos, a principal natureza dos acidentes e a queda, seguida por acidente de trânsito. Diante do exposto, os resultados encontrados nesta pesquisa, poderão contribuir para a compreensão do impacto do trauma na vida do idoso, uma vez que suas consequências físicas, emocionais e sociais, podem ser evitadas, por meio de medidas preventivas que abordem a educação no trânsito, prevenção de acidentes e a valorização do indivíduo em qualquer idade.

5380 LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE CÁRIE DENTÁRIA E QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS DA CASA DO IDOSO SÃO VICENTE DE PAULO NO MUNICÍPIO DE MANAUS-AM.
Enniquethen Lemos Rêgo, Thiago Pereira de Moraes, Adriana Beatriz Silveira Pinto, Lauramaris de Arruda Regis Aranha, Angela Xavier Monteiro, Shirley Maria de Araújo-Passos

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE CÁRIE DENTÁRIA E QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS DA CASA DO IDOSO SÃO VICENTE DE PAULO NO MUNICÍPIO DE MANAUS-AM.

Autores: Enniquethen Lemos Rêgo, Thiago Pereira de Moraes, Adriana Beatriz Silveira Pinto, Lauramaris de Arruda Regis Aranha, Angela Xavier Monteiro, Shirley Maria de Araújo-Passos

No Brasil a expectativa de vida cresce de forma acelerada, e de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) mostra que o número de idosos com mais de 60 anos vai dobrar nas próximas décadas e o despreparo para receber uma população que envelhece é preocupante para a sociedade. A medida com a qual esse processo ocorre traz consigo algumas dificuldades para esta população como a cárie dentária e a perda dentária que está diretamente associado com a qualidade de vida desses idosos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação do índice de cárie dentária com a importância da qualidade de vida da população idosa da Casa do Idoso São Vicente de Paulo no município de Manaus-AM. Foram realizados exame clínico da cavidade oral e aplicação do questionário de autopercepção dos idosos em relação à saúde bucal, o GOHAI – Geriatric Oral Health Assessment Índex. Foram avaliados 26 idosos acima de 60 anos, com maioria do gênero feminino (61,5%) e raça parda (61,5%.). A maioria dos idosos concluiu a educação básica (42,3%), seguido pelo ensino fundamental (30,8%). 100 % dos idosos apresentaram uma autopercepção em saúde bucal ruim, de acordo com o GOHAI. Quanto à prevalência de cárie foi encontrado um CPO médio igual a 26, sendo o componente Perdido, o mais prevalente. A autopercepção referida dos idosos quanto à sua saúde bucal de acordo o GOHAI foi ruim e a prevalência de dentes perdidos devido a cárie foi alta. Conclui-se que os idosos avaliados apresentam saúde bucal precária. Sugere-se a adoção de medidas preventivas, melhor orientação de saúde bucal e reabilitações com aparelhos protéticos para os idosos de Manaus-AM.

5388 RISCO DE QUEDA EM IDOSOS CADASTRADOS NOS CENTROS DE CONVIVÊNCIA DO MUNICIPIO DE PARINTINS-AM
ROGER MARTINHO FILGUEIRA FARIAS, GHEDRIA LOYANA MARTINS BATISTA, FERNANDA FARIAS CASTRO, RAFAELA PANTOJA CAVALCANTE, CLEISIANE XAVIER DINIZ, LUAN GUIMARÃES PESSOA, EVERALDO ORDONES SOUZA, FLAVIA MAIA TRINDADE

RISCO DE QUEDA EM IDOSOS CADASTRADOS NOS CENTROS DE CONVIVÊNCIA DO MUNICIPIO DE PARINTINS-AM

Autores: ROGER MARTINHO FILGUEIRA FARIAS, GHEDRIA LOYANA MARTINS BATISTA, FERNANDA FARIAS CASTRO, RAFAELA PANTOJA CAVALCANTE, CLEISIANE XAVIER DINIZ, LUAN GUIMARÃES PESSOA, EVERALDO ORDONES SOUZA, FLAVIA MAIA TRINDADE

APRESENTAÇÃO: A população mundial vem modificando sua pirâmide etária gradativamente nos últimos anos devido o aumento do número de pessoas idosas, impulsionado pela grande taxa de natalidade observada nas décadas de 1950 e 1960, e da diminuição da taxa de fecundidade atual, que acaba por fazer com que os idosos se tornem parte significativa na população mundial total. Apesar de este fenômeno ser melhor observado em países desenvolvidos, os países subdesenvolvidos e os emergentes, já experimentam os efeitos dessa mudança. No Brasil 24.933.461 têm 60 anos ou mais e no Amazonas a taxa de envelhecimento deverá chegar a 31,46% em 2030.  No município de Parintins o número de idosos é de 7.153 indivíduos, comparado ao número total de idosos no Amazonas que é de 210.225 significando que Parintins possui 3,4% da população total de idosos do Estado. Esse processo de mudança etária na população,  leva a outras circunstâncias vivenciadas pelas pessoas que envelhecem não tão agradáveis, como as doenças crônicas e outros agravos decorrentes da perda da capacidade no processo de envelhecimento. A queda do idoso é um desses agravos, gerando inúmeros problemas, principalmente ao reduzir sua autonomia, independência ou necessidade de institucionalização. Na maioria das vezes a queda de um idoso repercute de maneira negativa não apenas no aspecto do trauma físico, mas também nos aspectos emocionais do idoso pelo medo de cair novamente e no cuidado domiciliar e familiar que o idoso precisa. Ao avaliar o risco de queda no idoso, é possível identificar a sua fragilidade e quais fatores podem melhorar para diminuir esse risco, assim como propor medidas educativas e de cuidados. O objetivo deste estudo foi avaliar o risco de queda em idosos cadastrados nos grupos de convivência da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação – SEMASTH de Parintins, traçando o perfil sócio econômico dos mesmos, identificando fatores intrínsecos que podem ocasionar quedas, bem como avaliando equilíbrio estático, dinâmico e a qualidade da marcha. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo transversal descritivo com uma abordagem quantitativa que ocorreu no Município de Parintins – AM. É o segundo município mais populoso do Estado do Amazonas, segundo o censo do IBGE do ano de 2016, tendo uma população Estimada de aproximadamente 112.716 habitantes, dos quais 7.272 são idosos, sendo que destes 5.256 moram na zona urbana e 2.016  são habitantes da zona rural do município. A pesquisa teve como participantes os Idosos, cadastrados nos 11  grupos de convivência da  Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação – SEMASTH de Parintins. Dos 1.286 idosos, foi retirada uma amostra estratificada de 296 idosos que para participar da pesquisa precisavam estar com a Capacidade Cognitiva preservada. Foram excluídos idosos com alguma deficiência física, acamados e os que se declaram indígenas pela restrição da pesquisa. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com dados socioeconômicos e a aplicação do Teste de Tinetti e o TUG que tem confiabilidade apreciável e ambos são de fácil aplicação. O teste de Tinetti avalia o controle postural (equilíbrio) e a qualidade da marcha. A soma do teste de equilíbrio com o teste de marcha gera um escore que pode ter uma pontuação máxima de 28 pontos, quanto menor o escore obtido maior o risco de queda,  um escore menor que 19 é indicativo de alto risco de queda. O TUG baseia-se no tempo em que o individuo demanda para executar o que é pedido O desempenho do teste é afetado pelo tempo de reação, força muscular dos MMII, equilíbrio e habilidade para a marcha. O Projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas sob o protocolo CAAE 78876117.0.0000.5016 e parecer de aprovação nº 2.363.992. RESULTADOS: Dos 296 idosos participantes, 117 (39,5%) eram do sexo masculino e 179 (60,5%) eram do sexo feminino entre 70 a 75 anos e a que apresentou menor número de idosos foi a de 90 a 95 anos com apenas 1,4%. A renda mensal estava entre um a menos de dois salários (72,3%). Apesar disso, 11,3%, sobrevivem com renda mensal inferior a um salário mínimo. Em se tratando de moradia, 202 entrevistados (68,2%) disseram morar em casa de alvenaria.  O principal problema de saúde mencionado foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), que foi declarada como problema de saúde de 148 (50%) idosos, seguido de Osteoartrose (19,6%) e Diabetes Melitus Tipo 2 (16,9%); 197 (66,6%) necessitam tomar algum medicamento regularmente.  85 (29%) idosos afirmaram ter tido quedas no ultimo ano, o que equivale a 29% do total de entrevistados, destes, 37 (43,5%) tinham problema de visão, audição ou ambos. Relacionado a atividades físicas 191 idosos afirmaram praticar algum tipo de atividade física, sendo que a caminhada e a dança foram as atividades mais citadas, respectivamente 46,6 e 35,1% dos praticantes de atividade física. Para estes a regularidade da pratica tem maior frequência entre 1 e 2 vezes por semana.  A maioria dos idosos (67,9%) que realizaram o Teste TUG, fizeram o percurso entre 10 e 20 segundos, classificados como moderado de dependência, 16 (5,4%) realizaram o teste em mais de 20 segundos configurando maior grau de dependência e maior risco de queda. Já em relação ao Teste de Tinetti 283 (95,6%) obtiveram a pontuação final do teste (soma do teste de equilíbrio com a avaliação da marcha) maior ou igual a 19 pontos, o que significa risco baixo de queda, os que apresentaram risco maior de queda  foram apenas 13 participantes, ou seja, apenas 4,4% do total. O estudo mostrou que os idosos com maior probabilidade de queda, são de ambos os sexos, com idade mediana de 77 anos, que não realiza exercícios físicos regulares. Além disso, a pesquisa mostrou que idosos que têm alguma doença ou agravo à saúde relacionado, e que o fato de o idoso tomar medicamentos relacionados a doenças crônicas interfere de maneira a aumentar o risco do mesmo de cair. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entendemos que alguns fatores importantes ainda necessitam de melhor apreciação para caracterização mais adequada do perfil dos idosos com maior tendência em cair como os fatores extrínsecos, principalmente os relacionados a moradia, ambiente fora de casa como o quintal ou mesmo as calçadas e ruas da cidade, que não oferecem condições adequada de acesso ao idoso assim como aumenta sobremaneira do risco de quedas. Ainda assim entendemos que o trabalho mostrou grande relevância para a comunidade Parintinense tendo em vista não dispormos de um número significativo de trabalhos deste gênero que proporcionem suporte à intervenções coletivas. Os resultados subsidiarão as ações da SEMASTH na promoção da Saúde e Qualidade de vida dos idosos.

5441 RASTREAMENTO DE DEPRESSÃO EM IDOSOS NA CIDADE DE PARINTINS – AM
Fernanda Farias de Castro, Hilare da Silva Menezes, Everaldo Ordones de Souza, Flavia Maia Trindade, Ghédria Loyanna Martins Batista, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Maria Euniziete Gadelha de Souza, José Silveira da Silva

RASTREAMENTO DE DEPRESSÃO EM IDOSOS NA CIDADE DE PARINTINS – AM

Autores: Fernanda Farias de Castro, Hilare da Silva Menezes, Everaldo Ordones de Souza, Flavia Maia Trindade, Ghédria Loyanna Martins Batista, Evelin Gonçalves de Vasconcelos, Maria Euniziete Gadelha de Souza, José Silveira da Silva

Apresentação: A perspectiva de vida dos idosos tem aumento nos últimos anos e mesmo com o acesso às informações na atualidade, observa-se que a velhice tem gerado uma série de desafios para os Sistemas Sociais e de Saúde. Além disso, as famílias e até mesmo o próprio idoso enxergam a velhice como um grande problema, o que de certa forma afeta seu estado físico e psicológico, na medida em que recai sobre o idoso uma sobrecarga um tanto desagradável. Refletindo sobre a carga preconceituosa do ser idoso, abrem-se vários elementos que instigam às discussões sobre o processo de envelhecimento. Primeiramente passa a enfrentar diversos problemas de saúde devido mudanças biológicas que ocorrem no organismo, seguido ou outros problemas como perda do status social e financeiro, emprego, abandono dos filhos, famílias pouco funcionais e perda da capacidade funcional e autonomia. O acúmulo desses fatores externos ou não do indivíduo pode resultar em depressão. A depressão é um transtorno mental comum que pode limitar os afazeres na vida diária, podendo ter resultados impactantes que vão desde apelos fisiológicos, como a danos emocionais gravíssimos, surtindo sempre o efeito negativo no idoso e elevado grau de sofrimento. O estudo resulta de uma pesquisa desenvolvida com idosos nos grupos de convivência da cidade de Parintins-AM, com o objetivo de realizar o rastreamento da depressão e correlacionar fatores de risco para o desenvolvimento da doença. O tema abre discussão sobre a disponibilidade de Serviços de Saúde capazes de atender os usuários do SUS acometidos com a doença, considerada pelo Ministério da Saúde como um problema emergente de Saúde Pública. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo, transversal, descritivo com abordagem quantitativa envolvendo idosos cadastrados nos grupos de convivência da cidade de Parintins os quais são coordenados pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEMASTH). A população estudada foi composta por idosos a partir de 60 anos de idade. De um total de 1.296 idosos cadastrados, foi extraído uma amostra estratificada de 296 participantes, com erro amostral de 5% e intervalo de confiança de 95%. Os procedimentos para a coleta de dados ocorreu em três momentos distintos. A primeira fase refere-se aos procedimentos legais para a execução do projeto como anuência, submissão ao CEP, a segunda fase cuidou dos critérios de elegibilidade dos participantes com a aplicação do Mini Exame do Estado Mental – MEEM para identificar aqueles com capacidade cognitiva preservada. A terceira fase foi a aplicação de um questionário contendo dados pessoais, dados socioeconômico, de saúde, hábitos de vida e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15). Para a interpretação dos resultados, o questionário GDS é válido de acordo com as respostas assertivas negativas e somado pontuação 1 para cada uma delas. A pontuação para avaliação dos resultados varia: de 0 a 5 o idoso é considerado normal, de 6 a 10 indica depressão leve e 11 a 15 a depressão grave. Na análise dos dados quantitativos foi calculada a média e o desvio-padrão para os dados que apresentavam distribuição normal por meio do teste de Shapiro-wilk ao nível de 5% de significância, já nos casos onde a hipótese de normalidade foi rejeitada foram calculados a mediana e os quartis (Qi). Na estimativa dos resultados dos instrumentos ainda foram calculados os respectivos Intervalos de Confiança ao nível de 95% (IC95%). Na comparação das proporções dos dados categorizados foi aplicado o teste do qui-quadrado de Person, e no caso de rejeição da hipótese de normalidade foram aplicados os testes de Mann-Whitney. A pesquisa foi aprovada no CEP sob nº 2.363.992. Resultados: Sobre o perfil do grupo estudado o gênero feminino alcançou maior percentual em relação ao masculino (60,5% e 39,5%), dado importante, considerando que a depressão acomete mais as mulheres. A faixa etária do grupo foi de 60 a 95 anos, com maior percentual de 65 a 75 anos, 50,7% eram casados ou união estável, 86,1% eram católicos com renda entre um a menos de dois salários mínimos, a maioria possui o ensino fundamental incompleto. Nesses aspectos a depressão é mais comum nos idosos que moram só, com baixa renda, no entanto a religiosidade é um aspecto protetor para a saúde mental. Sobre as condições de saúde as doenças autoreferidas foram hipertensão (50%), osteoartroses (19,6%) e Diabetes Melitus (16,9%). Quanto aos hábitos de vida 53,7% nunca fumaram e 58,1% não fizeram uso de bebidas alcóolicas e 64,5% realizavam atividades física. O uso de medicamentos, fumo álcool e falta de atividades física são fatores altíssimos de risco para depressão e outras doenças como a neoplasia. No grupo pesquisado menores percentuais apresentam essa problemática, mas o suficiente para causar danos à saúde mental. No rastreio da depressão por meio do GDS-15 (Escala de Avaliação Geriátrica de Yesavage) 13,5% (40) dos idosos referiram sintomas depressivos, sendo 12,8% (38) leve e 0,6% (2) grave. Ao realiza as comparações dos resultados do GDS-15 com os dados sócioeconômico, condições de saúde e hábitos de vidas, não houve relação estatisticamente significante. Para dados sobre a Funcionalidade familiar e se o idoso sofreu violência (dados de outro recorte da pesquisa), houve diferença estatística ao nível de 5% de significância (p=<0,001). A família como um alicerce para o bom desempenho pessoal, profissional e social de qualquer indivíduo não deve deixar de ser mensurada em uma avaliação sobre o risco para depressão em idosos, pois possui fortes influências na saúde mental, assim como se o idoso sofre violência, duas grandes causas preditoras de depressão que devem ser monitoradas. Considerações finais: A depressão em idosos considerada como a doença do século, afeta a saúde individual e familiar e precisa da soma de esforços e ações do setores públicos e de saúde, para diagnosticar e conduzir as pessoas que apresentam sintomas depressivos. Desse modo, a Atenção Primária à Saúde – APS, possui a maior responsabilidade em dar a devida assistência ao idoso e sua família, tendo a Estratégia e Saúde da Família – ESF como organizadora do serviço prestado aos usuários. Por meio da equipe multiprofissional da atenção básica e das visitas domiciliares recorrentes é que se pode encontrar o idoso debilitado, nesse cenário também ocorre a identificação dos fatores de risco que podem estar afetando sua saúde mental. A importância dada à pessoa com quadro depressivo contribui para o aprimoramento no que diz respeito ao tratamento disponibilizado, não somente na saúde mais também no estímulo para todas as áreas sociais com o foco na qualidade de vida. Independente do quantitativo de idosos rastreados com esses sintomas, é sempre importante o manejo adequado e treinamento das pessoas que lidam com os idosos. Nos grupos pesquisados, a formação dos monitores dos idosos precisa ser vista como prioritária e importante, e merecem atenção de caráter emergente. É importante destacar que as atividades nos grupos de convivência, também são meio de prestar informação e assistência à saúde e não só para as práticas lúdicas e atividades físicas. Os resultados deste trabalho, será disponibilizado para a SEMASTH a fim de subsidiar o planejamento das ações na prevenção e manejo da depressão em idosos.

467 O DECLÍNIO DA FUNÇÃO COGNITIVA NO ENVELHECIMENTO DA MULHER
Elaine Santos da Silva, Cinoélia Leal de Souza, Vanda Santana Gomes, Roberta Lopes da Silva, Núbia Rêgo Santos, Ane Carolline Donato Vianna, Leandro da Silva Paudarco, Daniela Teixeira de Souza Moreira

O DECLÍNIO DA FUNÇÃO COGNITIVA NO ENVELHECIMENTO DA MULHER

Autores: Elaine Santos da Silva, Cinoélia Leal de Souza, Vanda Santana Gomes, Roberta Lopes da Silva, Núbia Rêgo Santos, Ane Carolline Donato Vianna, Leandro da Silva Paudarco, Daniela Teixeira de Souza Moreira

Apresentação: o crescimento da população idosa mundial vem sendo observado ao longo dos últimos anos. Em 1950, eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo, e, em 1998, quase cinco décadas depois, esse número avançou para 579 milhões, um aumento de quase oito milhões por ano. As projeções indicam que em 2050 a população idosa será de 1,9 bilhão de pessoas. As mulheres idosas estão em maior número na população de os idosos de todas as regiões do mundo, e as estimativas são que as mulheres vivam, em média, de cinco a sete anos a mais do que os homens.  No entanto, observando esses dados sob outro ponto de vista, entende-se que viver mais não é sinônimo de viver melhor, pois as mulheres ainda possuem diferenças e desvantagens historicamente construídas em relação aos homens, como salários inferiores, dupla jornada de trabalho, discriminação, violência, solidão pela viuvez, níveis mais baixos de escolaridade. É importante considerar que o envelhecimento da população traz a necessidade de reorientação das políticas públicas, tanto nas questões sociais quanto previdenciárias, e, sobretudo de saúde, pois o envelhecimento vem acompanhado de alterações físicas, sociais e mentais. Nesta perspectiva, este estudo objetivou avaliar a função cognitiva e suas implicações na qualidade de vida de mulheres idosas de uma população geral. Desenvolvimento: pesquisa quantitativa, descritiva transversal, realizada com 550 mulheres, em Guanambi-Bahia-Brasil, no ano 2016, com uso dos intrumentos de levamento de dados: Mini-exame do estado Mental (MEEM), atraves dele é possível avaliar as funções cognitivas, o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref), que é constituído por 26 perguntas que considera como a pessoa avalia sua qualidade de vida e o quão satisfeito está com a saúde, e também um Diagnóstico Situacional, elaborado pelos pesquisadores para levantamento de características sociodemográficas. A análise foi univariada, bivariada, com o teste de qui quadrado de Pearson, e regressão logística múltipla, com o software Stata versão 10. A pesquisa foi realizada de acordo com a resolução n. 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, aprovada pelo Comitê de ética e Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), sob o protocolo CAAE: 50695415.5.0000.5578, e todas as participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: O envelhecimento populacional traz preocupações para o setor saúde principalmente no que se refere a melhor qualidade de atendimento aos idosos. Têm-se muitas vezes situações de vulnerabilidade do idoso, o que implica num olhar diferenciado dos serviços de saúde para este público. Participaram do estudo 550 idosas residentes do município de Guanambi – Bahia no ano de 2016. Sabe-se que, o avançar da idade acarreta alterações importantes para a saúde do idoso, tanto sociais, quanto fisiológicas, e no que se refere às características sóciodemográficas se observou uma maior concentração na faixa etária de 66 a 70 anos (30,5%,) seguidos das que estavam entre 71 a 80 anos (26,0%). Segundo a escolaridade, 78,4% das idosas possuíam baixa escolaridade, ou seja, menos de oito anos de estudos, 59,1% se autodeclararam da raça/cor da pele negra (união de pretas e pardas) e 53,8% vivia sem companheiro, e 98,0% não era profissionalmente ativa. As correlações entre o estado metal e a escolaridade foram mais significativas do que com a idade. A baixa escolaridade influência de forma negativa o desempenho cognitivo, a pontuação média dos idosos mais escolarizados (4 anos e mais) foi significativamente maior em comparação aqueles que não frequentaram a escola, o que também aponta o estudo em questão. Considera-se que as mulheres com nível de instrução mais elevado têm melhor acesso aos serviços de saúde, e que as negras mais velhas se tornam ainda mais vulneráveis socialmente, pois a discriminação impacta o acesso a uma atenção à saúde adequada. Dessa forma, as mulheres negras experimentam diferentes tipos de discriminação de raça e gênero, na qual as desigualdades impostas pelo racismo e sexismo às diferenciam no acesso aos serviços de saúde assim como no processo de envelhecimento e adoecimento. Notou-se que a percepção das mulheres idosas sobre sua qualidade de vida é afetada pelo declínio da função cognitiva, nesse sentido não apenas o avanço da idade predispõe o declínio da cognição, pois fatores como a escolaridade e o acesso a melhores condições de vida e saúde, tanto ao longo da vida quando na terceira idade, foram significativas. Nesse contexto, al­gumas explicações para esse fato se baseiam nas diferenças hormonais e genéticas especificas da mulher em suas diferentes fases, considerando estritamente o ponto de vista biológico, psicológico e social desse público. É patente também que, muitas das alterações cognitivas costumam ter evolução lenta e crônica, sendo possível planejar a assistência à saúde das mulheres idosas, para que o envelhecimento ocorra com o mínimo de dependência e com menos agravos. Considerações finais: avaliar o estado cognitivo é importante para rastrear estágios de deterioração da função cognitiva, contudo muitos idosos não costumam realizar avaliações cognitivas clínicas, fato que pode está associado ao pouco uso dos instrumentos e métodos que possibilitam essa avaliação na prática cotidiana dos serviços de saúde. O presente estudo reafirmou que a qualidade de vida das idosas está intimamente relacionada com a percepção que elas têm de si mesma, e que quando possuem alguma incapacidade funcional, tendem a avaliar o seu bem-estar como ruim. Ressalta-se que, o Mini-Exame do Estado Mental tem um conteúdo simples, capaz de fornecer informações sobre diferentes parâmetros cognitivos do indivíduo avaliado, e que é um instrumento difundido mundialmente, todavia é pouco utilizado pelos profissionais de saúde, sobretudo na atenção básica, uma vez que, os estudos realizados na área são predominantemente clínicos e hospitalares. REFERENCIAS IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil. Rio de Janeiro (RJ), 2010. Acesso em: 15 de junho de 2016. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. ALMEIDA, A. V.; MAFRA, S. C. T.; SILVA, E. P.; KANSO, S. A Feminização da Velhice: em foco as características socioeconômicas, pessoais e familiares das idosas e o risco social. Textos & Contextos. v.14, n.1, p.115-131, 2015. PAULA, A. F. M.; RIBEIRO, L. H. M.; D’ELBOUX, M. J.; GUARINTO, M. L. Avaliação da capacidade funcional, cognição e sintomatologia depressiva em idosos atendidos em ambulatório de geriatria. Rev Bras Clin Med. v.11, n.3, p.212-218, 2013. GOES, E. F.; NASCIMENTO, E. R. Mulheres negras e brancas e os níveis de acesso aos serviços preventivos de saúde: uma análise sobre as desigualdades. Saúde em Debate. Rio de Janeiro. v.37, n.99, p.571-579, 2013.

3308 Percepção do Estado Nutricional dos Idosos Frequentadores de uma Associação de Manaus-AM
Maria Tatiana Guimarães da Costa, Adna Castro de Albuquerque, Bianca Jardim Vilhena, Wagner Ferreira Monteiro, Aderlaine da Silva Sabino, Silmara Medeiros de Menezes, Thaise Maia de Souza

Percepção do Estado Nutricional dos Idosos Frequentadores de uma Associação de Manaus-AM

Autores: Maria Tatiana Guimarães da Costa, Adna Castro de Albuquerque, Bianca Jardim Vilhena, Wagner Ferreira Monteiro, Aderlaine da Silva Sabino, Silmara Medeiros de Menezes, Thaise Maia de Souza

Introdução: A expectativa de vida da população idosa cresce constantemente e surge como um desafio Mundial. As pessoas vivem mais em razão de melhoras na nutrição, nas condições sanitárias, nos avanços da medicina, nos cuidados com a saúde, no ensino e no bem-estar econômico. Com o aumento da expectativa de vida, também surgem preocupações sobre a capacidade das sociedades de tratar dos desafios associados a essa evolução demográfica. Porquanto, sabe-se que o envelhecimento está associado ao acúmulo de uma grande variedade de danos moleculares e celulares. Com o avanço da idade, há uma perda gradual nas reservas fisiológicas, assim um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. Envelhecer não é uma tarefa simples, sendo necessário promover este processo, e investigar os fatores que dele dependem. No Brasil este acontecimento vem crescendo de forma acelerada devido ao declínio da fecundidade, assim com o envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida, verificaram-se mudanças no perfil epidemiológico da população, com o predomínio das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), específicas das faixas etárias mais avançadas. Portanto, conhecer o estado nutricional do idoso é de grande relevância, através desse conhecimento podem ser evitadas algumas doenças que poderão vir a acometer essa população. Desse modo, é necessário que sejam tomadas medidas preventivas para evitar que haja futuro dano nutricional do idoso. A avaliação nutricional deve ser parte integrante da avaliação geriátrica, pois é uma ferramenta sensível de detecção dos fatores de riscos associados à desnutrição e a obesidade. E da mesma forma que o estado de desnutrição é maléfico, a obesidade tem seu agravo nutricional associado a uma alta incidência de DCNT. Fundamento nisso, uma das ferramentas para medir o estado nutricional do idoso em estudo clínico e principalmente em estudos populacionais, são as medidas antropométricas, que se apresentam como as mais utilizadas, tendo como destaque o emprego do índice de massa corporal (IMC), elemento fundamental para a avaliação do estado nutricional. Objetivo: Conhecer o estado nutricional do idoso frequentador de uma associação para idosos da cidade de Manaus.  Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa e utilização do método descritivo. Realizado na Associação dos Idosos do Coroado (ASSIC), durante o decorrer do mês de novembro de 2016, com os idosos frequentadores do espaço nos períodos matutino e vespertino. Utilizando como população todos os idosos frequentadores do centro de convivência e como amostra um total de n=64 idosos. O instrumento utilizado para a pesquisa foi o questionário para as entrevistas, com tipo de fonte direta. A criação do banco de dados foi feita na planilha no Excel e para as analises estatística foi utilizado software Epi info 3.43. Resultados: A Associação conta com a maior percentual de 89,1% dos participantes do sexo feminino e o percentual de homens 10,9%, no estudo os participantes eram das seguintes faixas etárias: de 60 a 69 anos (65,6%), de 70 a 79 anos (29,5%) e mais de 80 anos (4,7%). Quanto à naturalidade dos idosos da Associação a maior parte 62,5% nasceu no interior e 37,5% nasceram em Manaus na capital. E mais da metade dos participantes do estudo são Pardos 85,9%, sendo brancos 14,1%. A classificação do estado nutricional com base no Índice de Massa Corporal (IMC) apresentou os seguintes resultados: Acima do Peso (50,0%), Eutrófico (34,4%) e Baixo peso (15,6%). A circunferência da cintura (CC) constatou que 50% dos idosos estão em risco vascular, sendo 37,5% Mulheres e 12,5% homens. A CC apresentou preocupação para as Mulheres, a classificação foi mais agravante, pois, o grupo obteve um risco que vai do aumentado para muito alto, inclusive para as mulheres que estão com IMC considerados normais. Pelo o indicador de RCEst (relação da cintura por altura) foram encontrados  89,1% de idosos em risco, as mulheres são a maioria 76,6% e homens 12,5%. Quando se comparou RCEst de Homens e Mulheres notou-se consideravelmente que as mulheres apresentaram  risco elevado para doenças cardiovasculares. O excesso de gordura na região central do corpo está associado ao aparecimento de doenças cardiovasculares, diabetes e mortalidade. Estudos mostram que o IMC e RCEst explicam a maior variação na pressão sistólica e diastólica , porém , o maior risco de desenvolver hipertensão apenas foi observado com aumento do IMC. Em 2013 um estudo sobre idosos residentes na zona sul urbana de Manaus mostrou que a maior ocorrência era de 63% acima do peso (sobrepeso e obeso), os que estavam eutróficos eram 33%, e os de baixo peso 4%. No estudo tiveram acima do peso com base na variável raça o percentual de Brancos 55,6% e Pardo 69,1%; variável profissão o percentual de Autônomos 71,9% e Do Lar 62,5%; variável Aposentadoria o percentual de Aposentados 64,3% e Não Aposentados 72,7%. A Razão de chance para a variável raça indica que os idosos pardos tem maior potencial de estarem acima do peso, em relação aos idosos brancos. Que os autônomos e as donas de casa tem parecido potencial de chance de estarem acima do peso. E que o fato de não ser aposentado é potencialmente um atributo para não estar acima do peso. A faixa etária que mais está acima do peso é a de idosos com mais de 69 anos com 72,7%, a faixa etária de 60 a 69 anos que está acima do peso é de 64,3%. Quanto a renda pessoal dos idosos que estão acima do peso, verificou-se que 61,7% recebem a partir de 3 salários mínimos e 85% recebem até 2 salários mínimos. O Indicador de Massa Corpórea (IMC) mostra que os idosos que vieram do interior estão mais acima do peso com 75%, já pessoas que são da cidade de Manaus 54,2%. A Razão de chance de um idoso provindo do interior está acima do peso é 3,3 vezes mais, em relação aos idosos da cidade de Manaus. Quanto ao que o idoso pensa da sua própria saúde 67,8% vê sua saúde negativamente, ou seja, somente 32,2% enxerga a saúde de forma positiva. Considerações Finais: O Estado Nutricional representa relevante componente na avaliação da população idosa, tendo em vista as evidências de envelhecimento populacional no Brasil e no mundo. É plausível que o estudo apresenta singular limitação, uma vez que foi realizado em um único panorama, fato que pode resultar em uma mensuração pontual e não refletir a realidade dos idosos que participam de associações ou centros de convivência na cidade de Manaus como um todo. Entretanto, mesmo com tal limitação, acredita-se que este estudo poderá fornecer aos profissionais da saúde, principalmente ao enfermeiro, importantes conhecimentos sobre a realidade vivenciada pelos sujeitos e o seu perfil nutricional, entendendo como componentes importantes e determinantes da promoção da saúde da pessoa idosa. Embora estudos assim realizados não possam ser generalizados, sua relevância é incontestável, pois possibilitam programar ações de prevenção de doenças e promoção da saúde fundamentadas na percepção do indivíduo de sua posição na vida, do contexto da cultura, expectativas, padrões e preocupações. É pertinente que estudos na área tem demonstrado que ações de educação e promoção da saúde contribuem significativamente para melhoria de vários aspectos da vida do idoso, colaborando para se alcançar um envelhecimento satisfatório. Possivelmente este seja o caminho para uma terceira idade consciente e com melhor qualidade de vida.

4853 SUPORTE BÁSICO DE VIDA: CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATUANTES NO INTERIOR DO AMAZONAS
Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Miriam Juliana Lanzarini Lacerda, Raphaelly Venzel, Larissa Pessoa de Oliveira, Sabrina Macely Souza dos Santos, Grace Anne Andrade da Cunha

SUPORTE BÁSICO DE VIDA: CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATUANTES NO INTERIOR DO AMAZONAS

Autores: Rhuana Maria de Oliveira Pereira, Miriam Juliana Lanzarini Lacerda, Raphaelly Venzel, Larissa Pessoa de Oliveira, Sabrina Macely Souza dos Santos, Grace Anne Andrade da Cunha

Apresentação: o Suporte Básico de Vida (SBV), realizado no Atendimento Pré Hospitalar (APH), não surge como um protocolo, mas sim como condutas de socorro realizado a uma pessoa com um mal súbito ou trauma, de forma a garantir a sua sobrevivência e a evitar o agravamento de lesões existentes, de preferência que o paciente receba o melhor socorro no menor tempo possível. A não realização deste atendimento ou até mesmo a sua realização de maneira ineficaz, pode causar agravamento de lesões primárias, com risco de morte, ou comprometimento da independência do acidentado e seu futuro. Contudo, diante da alta rotatividade de profissionais da saúde atuantes nos serviços públicos de saúde do município de Coari/AM e a falta de atualização em Primeiros Socorros, viu-se a necessidade oferecer conhecimentos mínimos sobre o assunto a este público, visando à melhoria na prestação de socorro. Desta forma, implementou-se o PIBEX (Projeto Institucional de Bolsa de Extensão) intitulado “Treinamento e Capacitação de Socorristas em Suporte Básico de Vida (SBV)”, com o objetivo de atualizar os profissionais de saúde para intervir primariamente em situações de urgência, a fim de evitar agravos até a chegada do atendimento especializado. Desenvolvimento: O referido projeto de Educação Continuada foi coordenado por uma docente e desenvolvido por 19 alunos dos cursos de saúde (enfermagem, medicina e fisioterapia) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), campus Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB), localizado em Coari, município do Estado do Amazonas, durante o ano de 2017. Por meio dessa iniciativa e utilizando técnicas de aulas expositivas e práticas, com disponibilização de apostilas para fundamentar o aprendizado, abordou-se procedimentos e condutas recomendas de SBV em casos de urgência e emergência.  Resultados: Os estudantes participantes do PIBEX, após a capacitação ocorrida por docentes do ISB, palestraram a um grupo de 60 técnicos de enfermagem e 110 Agentes Comunitários de Saúde, que participaram voluntariamente, sobre os princípios básicos da prestação de socorro em diversos casos cotidianos de atuação. É notório o processo de interação com a sociedade, promovido pelo projeto. Observa-se que este é capaz de contribuir tanto para a formação profissional dos acadêmicos quanto para o exercício da cidadania e a prestação de auxílios à comunidade. Considerações finais: Espera-se que essa iniciativa reduza as taxas de morbimortalidade geradas pelo despreparo dos profissionais de saúde nos atendimentos de urgência e emergência no município aplicado. Assim como, crie uma relação mais próxima da universidade com a comunidade.

595 QUALIDADE DE VIDA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
LEANDRO DA SILVA PAUDARCO, CINOELIA LEAL DE SOUZA, ELAINE SANTOS DA SILVA, VANDA SANTANA GOMES, ROBERTA LOPES DA SILVA, ANE CAROLLINE DONATO VIANNA, DANIELA TEIXEIRA DE SOUZA MOREIRA, JAQUELINE PEREIRA ALVES

QUALIDADE DE VIDA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Autores: LEANDRO DA SILVA PAUDARCO, CINOELIA LEAL DE SOUZA, ELAINE SANTOS DA SILVA, VANDA SANTANA GOMES, ROBERTA LOPES DA SILVA, ANE CAROLLINE DONATO VIANNA, DANIELA TEIXEIRA DE SOUZA MOREIRA, JAQUELINE PEREIRA ALVES

Apresentação: envelhecer é um processo natural, que acarreta alterações psicológicas, físicas e sociais que afetam cada indivíduo de forma particular. O envelhecimento populacional é considerado atualmente, como um fenômeno universal, que ocorre de forma progressiva, principalmente no segmento feminino. Essa transição demográfica é evidenciada, sobretudo nos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil, identificado pela diminuição das taxas de mortalidade e natalidade em decorrência da mudança do perfil das famílias, pois as mulheres estão se tornando mais independentes, conquistando seu próprio emprego e sua carreia sólida, postergando assim seus planos de construção familiar, como não casar ou casar e ter filhos, favorecendo assim o aumento do número de idosos. Uma vez que, o percentual de pessoas idosas, segundo a Política Nacional do Idoso, é de aproximadamente 10,8% da população total, correspondendo a 20.590.599 milhões e segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística só tem a aumentar ao longo das décadas. Diante desse evento, é importante que o sentido de envelhecer oportunize ao indivíduo, a escolha por hábitos de vida saudáveis como uma alimentação balanceada e nutritiva, um estilo de vida mais adequado, pois as praticas de atividade física vão garantir uma sensação de bem estar e euforia, melhorando os níveis de serotonina e outros hormônios que controlados ajudam a diminuir o índice de certas doenças como o Alzheimer, dentre outras, além de proporcionar o controle da saúde que condiciona a uma melhora na qualidade de vida. Nesse sentido, a é importante conhecer quais condições e fatores tem afetado a qualidade de vida da mulher, principalmente no processo de envelhecimento. Sabe-se que as condições socioeconômicas desfavoráveis, sejam por necessidade de auxílio financeiro, físico ou afetivo, afetam diretamente a forma com que cada uma vivencia suas experiências sociais, familiares, psíquicos e biológicos que pode criar laços de dependência, uma vez que este já não tem a vitalidade do envelhecimento com saúde. Diante disso, o objetivo desse estudo, foi analisar a percepção da mulher idosa sobre qualidade de vida da mulher, numa população geral, no ano de 2016. Desenvolvimento: estudo quantitativo, transversal e de caráter descritivo. O estudo foi realizado com 550 idosas do município de Guanambi, estado da Bahia. Para efetuar a coleta, foi realizada uma abordagem em suas residências, após mapeamento obtido mediante cadastro nas Unidades de Saúde da Família dos respectivos bairros. Os instrumentos utilizados foram um formulário semi-estruturado de diagnóstico situacional e o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL- breef). Para análise da percepção da qualidade de vida foi utilizado os escores adequado e inadequado. Os dados foram tabulados utilizando o programa de computador Microsoft Excel®, analisado por meio do programa estatístico Stata versão 10. Os critérios de inclusão do estudo foram: mulheres com idade maior ou igual a 60 anos, que estivessem conscientes e aceitaram participar da pesquisa, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Todas as fases deste projeto de pesquisa foram realizadas em consonância com as questões ético-legais da resolução n. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil. O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), sob o protocolo CAAE: 50695415.5.0000.5578. Resultados: das 550 idosas participantes da pesquisa, a maioria possuía idade entre 60 a 70 anos (54,1). No que se refere à renda familiar 60, 4% recebem um salário mínimo por mês. Percebe-se que, nessa faixa etária, a fonte de renda é predominantemente a aposentadoria, fazendo com que muitas idosas vivam em pobreza extrema, muitas vezes, para garantir suas condições de sobrevivência e não reduzir seu padrão de vida, são obrigados a permanecer no trabalho. Constatou-se ainda, uma prevalência das idosas que não recebiam ajuda financeira e mantinham os familiares com sua renda, que na maioria das vezes, era a aposentadoria. Devido ao empobrecimento familiar, que faz com que os cuidadores tendem a morar com eles, uma vez, que dependem do recurso da aposentadoria e/ou pensão para sobreviverem. As dificuldades financeiras impossibilitam a autonomia da idosa e podem desencadear problemas psíquicos, devido à percepção de desigualdade social, e sentimentos de inutilidade e baixa autoestima. Isso pode afetar a saúde, uma vez que, um maior nível de renda permite desfrutar de melhor status de saúde, pela melhor aquisição de bens e serviços, condições de educação e de moradia. Em contrapartida, o acesso ao serviço público, também propicia maior nível de saúde principalmente aos desfavorecidos economicamente. Considerações finais: o processo de envelhecimento é resultado de uma diminuição de execução de práticas laborais, psíquicas e biológicas. Com isso, os idosos tornam-se mais suscetíveis a desenvolver alguma dependência seja física e a patologias que afetam o bem-estar. É notório que, existe a necessidade de atenção à pessoa idosa, pela observação dos aspectos analisados, é imprescindível a implementação de ações que visem melhorar a qualidade de vida deste público tão crescente em todo o mundo, em especial a população feminina. Ressaltando a importância da promoção de formas de envelhecimento ativo, na sociedade que permanecem com a percepção da idosa sedentária, isolada socialmente e completamente dependente de seus familiares ou cuidados de pessoas desconhecidas, tornado cada vez mais esse grupo populacional a visão de indivíduos já vividos e sem contribuição social, ainda que em uma idade mais avançada. Diante da relevância do tema estudado, sugere-se que intervenções não somente na atenção básica de saúde, mas também em outros setores que diretamente estão ligados a esse publico, de forma que promovam melhorias da saúde empoderando esses idosos, em especial as idosas, conscientizando, levando a educação em saúde, oferecendo apoio matricial e criando estratégias e formas de prevenir, com a finalidade de proporcionar uma melhoria na realidade atual, como das gerações futuras, para que estas permaneçam ativas, autônomas, com saúde e continue contribuindo na sociedade, pois envelhecer não é sinônimo de doença, mas de perseverança com um completo bem estar físico, psíquico, social e biológico, o que se constitui qualidade de vida. REFERÊNCIAS AQUINO, Fernanda Salvatico de, ARAÚJO, Danielle Miranda Ferreira, FERREIRA, Léslie Piccolotto. Idosas Coristas: Valores Atribuídos ao Envelhecimento. Revista Kairós Gerontologia, v.18 n.4, p. 117-131, 2015. ALBERTE, Josiane de Souza Pinto; RUSCALLEDA, Regina Maria Innocenio; BRITO, Maria da Conceição Coelho et al. Envelhecimento Populacional e os Desafios para a Saúde Pública: Análise da Produção Científica. Revista Kairós Gerontologia, v.16, n.3, p.161-178, 2013. CAMPOS, Ana Cristina Viana; FERREIRA, Efigênia Ferreira; VARGAS, Andréa Maria Duarte. Determinantes do envelhecimento ativo segundo a qualidade de vida e gênero. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 7, p. 2221-2237, Jul. 2015.