151: Ampliando o acesso no cuidado: processos, gestão e tratamento das ISTs
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 11 - Murupi    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1093 A RELEVÂNCIA DA TESTAGEM RÁPIDA PARA HIV NO MOMENTO DA INTERNAÇÃO PARA O PARTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jeane Miranda Serrão, Widson Davi Vaz de Matos, Camila Cristina Girard Santos, Ana Kedma Correa Pinheiro, Eliene do Socorro da Silva Santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Samantha Modesto de Almeida

A RELEVÂNCIA DA TESTAGEM RÁPIDA PARA HIV NO MOMENTO DA INTERNAÇÃO PARA O PARTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Jeane Miranda Serrão, Widson Davi Vaz de Matos, Camila Cristina Girard Santos, Ana Kedma Correa Pinheiro, Eliene do Socorro da Silva Santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Samantha Modesto de Almeida

Apresentação: A contaminação pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) tornou-se crescente, evidenciado por estudos que mostram que dos 42 mil novos casos diagnosticados em 2014, 91,6% ocorreu por meio da prática heterossexual, predominantemente em mulheres em idade fértil, possibilitando a elevação de casos de infecção de gestantes e, por conseguinte, de transmissão vertical ao recém-nascido. Com isso, o estudo tem como objetivo relatar a vivência na sala de internação de uma Maternidade e a importância da realização do teste rápido de HIV em mulheres gestantes. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado durante as práticas curriculares no eixo de Enfermagem Neonatal na sala de internação de uma Maternidade pública de Belém-Pa. Nesse período, observou-se que, rotineiramente, as gestantes internadas para o parto eram submetidas ao teste rápido para detecção do HIV. Diante desse cenário, realizou-se o levantamento estatístico dos resultados desses testes nos registros feitos pelos enfermeiros no período de Janeiro a agosto de 2015. Resultados e/ou impactos: constatou-se que das gestantes que apresentavam sorologia positiva para o vírus, um número considerável desconhecia seu status sorológico, mesmo realizando acompanhamento pré-natal. Apontou-se a necessidade e relevância do teste rápido no momento da internação para o parto, pois das 2.196 gestantes internadas e que foram submetidas ao teste rápido para HIV nesse período, 77 (3,46%) positivaram e aproximadamente 13 delas desconheciam seu status sorológico, evidenciando a importância do teste na internação para o parto e que ainda há falhas no diagnóstico da infecção no pré-natal. Considerações Finais: percebeu-se que ainda há fragilidades no pré-natal e a necessidade de se discutir junto aos profissionais atuantes nessa assistência a extrema relevância dos testes sorológicos, especialmente o de HIV. A realização do teste rápido para HIV no momento da internação para o parto possibilita que, posteriormente, se adotem medidas profiláticas e terapêuticas para prevenção da transmissão vertical e pela amamentação ao bebê.   

1180 A BUSCA ATIVA DAS INFECÇÕES PELO HIV, SÍFILIS, TOXOPLASMOSE, HEPATITE B E MALÁRIA COMO INDICADOR DE QUALIDADE DA ATENÇÃO PRÉ-NATAL NA REDE PÚBLICA DE MANAUS
AMANDA Cardelis LINS

A BUSCA ATIVA DAS INFECÇÕES PELO HIV, SÍFILIS, TOXOPLASMOSE, HEPATITE B E MALÁRIA COMO INDICADOR DE QUALIDADE DA ATENÇÃO PRÉ-NATAL NA REDE PÚBLICA DE MANAUS

Autores: AMANDA Cardelis LINS

2757 BIOSSEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA DAS PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS EM FORTALEZA/CE
LIZALDO ANDRADE MAIA, ANYA PIMENTEL GOMES FERNANDES VIEIRA-MEYER, SHARMÊNIA DE ARAÚJO SOARES NUTO, MARIA VIEIRA DE LIMA SAINTRAIN, NANCY MARIA MAIA PINHEIRO, ALDIVAN DIAS DE OLIVEIRA JÚNIOR, KILVIA MARIA ALBUQUERQUE, MARIA IVANÍLIA TAVARES TIMBÓ

BIOSSEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA DAS PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS EM FORTALEZA/CE

Autores: LIZALDO ANDRADE MAIA, ANYA PIMENTEL GOMES FERNANDES VIEIRA-MEYER, SHARMÊNIA DE ARAÚJO SOARES NUTO, MARIA VIEIRA DE LIMA SAINTRAIN, NANCY MARIA MAIA PINHEIRO, ALDIVAN DIAS DE OLIVEIRA JÚNIOR, KILVIA MARIA ALBUQUERQUE, MARIA IVANÍLIA TAVARES TIMBÓ

Esta pesquisa descreveu as condições de biossegurança nos consultórios odontológicos da Estratégia Saúde da Família e Atenção Especializada no Sistema Único de Saúde do município de Fortaleza, sob a ótica dos cirurgiões-dentistas dos Centros de Saúde da Família e nos Centros Especializados de Odontologia (CEO) que atendem Pessoas que Vivem com HIV/AiIds (PVHA). É um estudo quantitativo, descritivo-analítico, realizado no município de Fortaleza – CE com 156 profissionais cirurgiões-dentistas da equipe de saúde bucal da Estratégia de Saúde da Família e 14 dos Centros Especializados de Odontologia. Utilizou-se uma amostragem aleatória estratificada pelas diferentes regiões do município. Os dados foram analisados no Statistical Package for Social Science (SPSS) 19.0 for Windows (SPSS Inc, Chicago, IL, USA). Para 69,4% dos entrevistados , a estrutura física do consultório odontológico não é satisfatória para atendimento, e para 57,6%, as condições de biossegurança do CSF/CEO são insatisfatórias para o atendimento. Todos informaram que esterilização é realizada por autoclave, no entanto somente 3,5% dos profissionais disseram que é realizado controle biológico do processo de esterilização. Sobre a percepção do risco de contaminação durante atendimento odontológico às PVHA usando todos os equipamentos de proteção individual, detectou-se que 74,7% dos dentistas afirmaram ser o risco baixo ou muito baixo. Concluiu-se que o investimento na estrutura dos serviços bem como melhoria nas condições de biossegurança juntamente com estratégias de Educação Permanente em Saúde são as principais formas de enfretamento às barreiras destacadas pelos profissionais para o atendimento, melhorando o acesso e diminuindo a iniquidade em saúde bucal das PVHA.

3426 CAMPANHA DE TESTAGEM RÁPIDA DE HIV/AIDS, SÍFILIS, HEPATITES B E C NA ATENÇÃO BÁSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Paloma Cavalcante de Assis Martins, Flávia Brito Bessa

CAMPANHA DE TESTAGEM RÁPIDA DE HIV/AIDS, SÍFILIS, HEPATITES B E C NA ATENÇÃO BÁSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Paloma Cavalcante de Assis Martins, Flávia Brito Bessa

INTRODUÇÃO: Relato de experiência realizado para descrever a vivência de graduadas enquanto acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, nas campanhas de testagem rápida de HIV/AIDS, Sífilis e Hepatites B e C em uma Unidade Básica de Saúde da Família – UBSF, localizada na zona norte da cidade de Manaus. A implantação dos testes rápidos para diagnóstico da infecção pelo HIV e a triagem de Sífilis e Hepatites Virais B e C na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde – SUS formam o conjunto de estratégias do Ministério da Saúde que tem como prioridade inicial a garantia de acesso às gestantes e suas parcerias sexuais ao diagnóstico dessas Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs. O diagnóstico oportuno durante o período gestacional é fundamental para a redução da transmissão vertical do HIV e a eliminação da sífilis congênita, bem como a diminuição da mortalidade materno-infantil evitável. Outro impacto positivo dos testes rápidos está na triagem das Hepatites Virais B e C. Uma vez que há diagnóstico precoce desses agravos, há aumento da qualidade de vida dos pacientes e de seus comunicantes, assim como redução dos gastos do SUS. OBJETIVO: Descrever a vivência de graduadas enquanto acadêmicas do curso de Enfermagem da UFAM na detecção de possíveis casos de HIV/AIDS, Sífilis e Hepatites Virais B e C nas campanhas de testagem rápida. MÉTODOS: As campanhas ocorreram no período de novembro de 2016 a março de 2017. Primeiramente, realizou-se entrevista com o usuário a respeito de seus dados pessoais, sua conduta sexual e uso de drogas. Enquanto a entrevista era realizada, desenvolveu-se na sala de espera educação em saúde a respeito de ISTs. Após o resultado sair, o usuário era chamado para recebê-lo, se fosse negativo, ressaltava-se a importância do uso de preservativos e da constante realização do teste. Se positivo, o enfermeiro da unidade encaminhava o usuário para o centro de referência em doenças infectocontagiosas. RESULTADOS: Percebeu-se boa adesão da população, dentre eles adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Um dos momentos mais importantes da vivência foi a educação em saúde realizada com os usuários, onde eles tiraram diversas dúvidas sobre a transmissão das IST’s e como preveni-las, saindo da unidade mais esclarecidos e orientados acerca do assunto. Outra experiência enriquecedora foi notificar o usuário a respeito do resultado, principalmente se positivo, onde havia necessidade maior de conversar e esclarecer sobre o tratamento e oferecer apoio emocional, sendo este um dos maiores desafios da experiência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível aproximar-se da realidade da atenção básica no que se refere à prevenção e diagnóstico precoce de IST’s. Ressalta-se a importância do teste rápido como medida preventiva e protetiva contra as IST’s, reduzindo a mortalidade materno-infantil e o aumento de casos na população sexualmente ativa, possibilitando a diminuição de gastos no tratamento dos agravos causados por essas doenças.

3637 Tratamento Antirretroviral: adesão e a influência da depressão em usuários com HIV/AIDS atendidos na atenção primária.
maria fernanda coutinho, Gisele O´Dwyer

Tratamento Antirretroviral: adesão e a influência da depressão em usuários com HIV/AIDS atendidos na atenção primária.

Autores: maria fernanda coutinho, Gisele O´Dwyer

A adesão ao tratamento se constitui como um dos maiores desafios às pessoas que vivem com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, sendo a depressão um fator importante que impacta a adesão e o sucesso terapêutico. O objetivo deste estudo foi identificar se a depressão interfere na adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com patologia no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria, avaliar a adesão ao tratamento nesses pacientes, identificar sujeitos com AIDS que se inserem no diagnóstico de depressão e verificar quantos desses sujeitos identificados com depressão maior referem interrupção do medicamento antirretroviral em função da sintomatologia de depressão. Foram selecionados 34 que iniciaram o tratamento no ano de 2014 no centro de saúde, a partir dos quais se buscou em prontuário físico e no sistema de controle logístico de medicamentos, dados referentes a aspectos sociodemográficos e informações para as três medidas de adesão adotadas pelo estudo. Foram entrevistados e rastreados para depressão 18 pacientes, que aceitaram participar da pesquisa. Utilizou-se entrevista aberta e um instrumento para identificação de depressão, o Inventário de Depressão de Beck. A adesão foi verificada, pelas 3 medidas estabelecidas, em 38,8%, a prevalência de depressão foi 22,24%, sendo constatada relação entre não-adesão e depressão em apenas 5,55% entre os sujeitos entrevistados. A conjugação das três medidas de adesão, não permite concluir objetivamente se há ou não adesão, visto que se encontrou variações entre elas. Mas, 38,88% dos sujeitos entrevistados foram considerados aderentes pelas três medidas. A medida de carga viral atingida por quase todos os pacientes sugere sucesso terapêutico. A relação entre depressão e não-adesão ao tratamento medicamentoso não se verifica entre os sujeitos do estudo, ainda que tenham sido identificados que 22,24% dos pacientes entrevistados estavam deprimidos. Tal prevalência sugere a incorporação de instrumento de rastreio para depressão na rotina dos serviços de saúde para o enfrentamento do vírus e da síndrome da imunodeficiência adquirida. A forma de contágio foi prioritariamente por via sexual. Admitiu-se medo do estigma, ocasionando certo isolamento social. A dificuldade em seguir o tratamento antirretroviral relacionou-se, no início do seguimento, aos efeitos adversos do medicamento. A pesquisa detectou a importância da rede social de proteção com destaque para a família pelo apoio material e afetivo e a fé como importante modo de alívio das angústias. Evidenciou-se a necessidade da construção efetiva de uma rede de cuidados que envolva os serviços, comunidade e família. É fundamental a capacitação de profissionais para conhecerem a doença, seus estigmas, tratamento e dificuldades de adesão.

3693 A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL AO COMBATE PRIMÁRIO A SÍFILIS CONGÊNITA NO RIO DE JANEIRO
Claudia Cristina Dias Granito Marques, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira, Sarah Braga Delgado

A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL AO COMBATE PRIMÁRIO A SÍFILIS CONGÊNITA NO RIO DE JANEIRO

Autores: Claudia Cristina Dias Granito Marques, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira, Sarah Braga Delgado

Descrição do problema estudado: A Sífilis, doença causada pela bactéria Treponema Pallidum, é considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) que se divide em 3 estágios: Primário, Secundário e Terciário contendo uma fase latente. Com maior concentração dos seus sintomas nos estágios primário e secundário, a Sífilis tem como alguns dos sintomas principais o cancro duro com base limpa e elevada, linfadenopatia associada a área inguinal e erupções maculopapulosas, entretanto esses mesmos sintomas podem aparecer após 6 a 8 semanas do contágio e desaparecerem após algumas semanas simulando cura. O VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e o FTA-ABS (Fluorecent Treponemal Antibody Absorption), são utilizados para detecção dessa IST que tem como terapêutica a Penicilina G Benzatina e o Estearatato de Eritromicina, no caso de alergia ao medicamento de 1ª escolha. O estado do Rio de Janeiro vem apresentando um caso de epidemia de Sífilis nos últimos anos e os dados epidemiológicos apresentados pelo D-DST/Aids (Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais) demonstram que, apesar de já estar acontecendo o controle da doença, o número de gestantes detectadas durante o pré-natal na atenção primária tem aumentado consideravelmente, paradoxo que pode sinalizar que a doença tem tido potencial de alcançar seus quadros mais agressivos, Sífilis Congênita e Neurossífilis. O objetivo do trabalho é analisar a importância da equipe multiprofissional no combate primário à sífilis congênita, de forma a entender estratégias que levem à redução da doença mediante aos fatores de risco da mesma. Descrição do material e método utilizado: Trata-se de um estudo de revisão integrativa cujo desenvolvimento apoiou-se na Pesquisa Quantitativa utilizando a base de dados epidemiológicos do D-DST/Aids como consulta, a fim de demonstrar a eficácia do pré natal precoce e a importância da equipe multiprofissional para funcionalidade da atenção primária. Sumário dos resultados finais: No período de 2010 a 2016, foram detectadas 20.005 gestantes com sífilis, dentre esse total: 5.049 casos no 1º trimestre; 5.048 casos no 2º; 7.290 no 3º; e 2.618 casos com a IG ignorada, mostrando que as gestantes detectadas no 3° trimestre detêm o valor mais expressivo do grupo. Observa-se também nesse período um total de 15.363 casos de sífilis congênita em recém nascidos com <7 dias de vida, conotando essa incidência. A equipe multiprofissional tem a finalidade de agir diretamente, através da atenção primária, nos efeitos de redução desses indicadores da Sífilis Congênita em gestantes através das ações preventivas como teste VDRL rápido e laboratorial, esquema terapêutico correto de acordo com a fase da doença e alcance do parceiro para tratamento concomitante. Assim, a integração concisa da equipe multiprofissional, com abordagem abrangente e holística no acolhimento das gestantes e mulheres em período fértil, é fundamental no sucesso de políticas de atenção primária de saúde.

3778 Avanços no monitoramento do cuidado de pessoas vivendo com HIV/Aids em Santa Catarina
Ana Talita Nienov, Dulce MAria Brandão de Castro Quevedo, Edi Sperandio

Avanços no monitoramento do cuidado de pessoas vivendo com HIV/Aids em Santa Catarina

Autores: Ana Talita Nienov, Dulce MAria Brandão de Castro Quevedo, Edi Sperandio

Apresentação: Santa Catarina ocupou em 2015 o segundo lugar do país em relação a taxa de detecção de casos de Aids , com 31,9 casos/100 mil hab, e o sexto lugar na taxa de mortalidade (7,6 casos/100 mil hab). Além disso, o estado possui 10 de seus municípios incluídos no ranking dos 100 municípios do Ministério da Saúde, relativos a questões Aids.  Diante desse cenário, o estado tem investido em ações específicas e focadas no controle da epidemia e na redução da mortalidade no estado, dentre elas a meta de manter 90% das pessoas diagnosticadas em tratamento (TARV), seguindo diretrizes do Ministério da saúde. Desenvolvimento: Uma das ferramentas utilizadas para isso é o Sistema de Monitoramento Clínico (SIMC) de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA). O objetivo do referido sistema é a redução do gap de tratamento por meio do monitoramento clínico dessas pessoas, ou seja, todas as pessoas diagnosticadas com indicação de tratamento e que não estão em TARV. Obtém-se essa informação a partir do cruzamento de diversos bancos de dados. Dessa forma é possível que os serviços identifiquem numérica e nominalmente as pessoas que deveriam estar em tratamento, mas não estão, e então, buscá-las, ofertar e iniciar o tratamento antirretroviral, mantendo a adesão ao mesmo, com o objetivo de chegar a uma carga viral suprimida. Resultados e/ou impactos: Comparou-se o gap do estado de Santa Catarina nos períodos de janeiro/17 com o de novembro/17, considerado o atual. Em Santa Catarina o gap atual foi de 8.933 pessoas, sendo que 78,4% destes foram analisados pelos municípios, ou seja, 7007 casos, permanecendo 1926 pendentes de análise. Apesar do aumento de número de casos analisados e da redução das pendências de análise, eles seguem velocidades de tendências diferentes. O desafio da diminuição das pendências de análise permanece, ou seja, sua localização e inclusão dos indivíduos em tratamento. Ao analisar o número de pessoas que saíram do gap, em novembro de 2017 no estado de Santa Catarina, 5.881 (65,83% do gap total) estavam em tratamento, contra 4.628 em janeiro de 2017; 241 recusavam-se a tratar, contra 227, em janeiro, e foram registrados 141 óbitos contra 91 comparando os períodos de janeiro e novembro. O grande ganho do período foi a inclusão/retorno de 1253 indivíduos em tratamento. Considerações Finais: A adesão ao tratamento das PVHA é um grande desafio para os serviços e profissionais de saúde, mas de extrema importância para o sucesso da TARV e consequentemente da carga viral indetectável. O SIMC é uma ferramenta importante no monitoramento da adesão das PVHA à TARV, e pode ajudar os serviços de saúde no resgate dessas pessoas para avaliação e condutas necessárias para modificar o cenário atual da epidemia no estado.

3851 INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGENITA NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMILIA EM UM DISTRITO SANITÁRIO NO MUNICÍPIO DE NATAL-RN NO ANO DE 2016.
Larissa Oliveira Lima Macedo, Isaac Newton Machado Bezerra, Larisse Katarine Pinheiro, Jânio Luiz do Nascimento, Luan Thallyson Dantas de Assis, Jônia Cybele Santos Lima

INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGENITA NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMILIA EM UM DISTRITO SANITÁRIO NO MUNICÍPIO DE NATAL-RN NO ANO DE 2016.

Autores: Larissa Oliveira Lima Macedo, Isaac Newton Machado Bezerra, Larisse Katarine Pinheiro, Jânio Luiz do Nascimento, Luan Thallyson Dantas de Assis, Jônia Cybele Santos Lima

Introdução: A sífilis congênita é resultado da transmissão vertical da doença entre a gestante e o feto, sua transmissão pode ser realizada em qualquer momento da gestação, e está diretamente relacionada com o estágio da doença na mãe e a duração da exposição do feto no útero. A transmissão durante o aleitamento só ocorrera se houver lesão mamaria. Objetivo: Averiguar a notificação de casos de sífilis em gestantes e congênitas nas Unidades de Saúde da Família (USF) no Distrito Norte II, no município de Natal-RN. Metodologia: para construção deste trabalho foi avaliado o terceiro Relatório Quadrimestral do ano de 2016 do Distrito Sanitário Norte 2. Resultados: Existe uma desproporção entre os casos notificados de sífilis em gestante e os casos de sífilis congênita, enquanto foram notificados 16 casos de sífilis em gestantes, 115 casos de sífilis congênita, foram notificados no ano de 2016, no mesmo período 690 testes rápidos foram realizados, não havendo distinção dos testes realizados em gestantes, o maior número de testes foram realizados no terceiro quadrimestre com 440 realizados. Conclusão: O alto número de casos de sífilis congênita mostra uma fragilidade e uma deficiência da Atenção Primária, principalmente no pré-natal, quando as gestantes devem ser submetidas aos testes rápidos de sífilis desde a primeira consulta. Ocorre o aborto espontâneo, natimorto ou a morte perinatal em 40% das crianças infectadas a partir de mães não-tratadas, evidenciando assim a necessidade da detecção e tratamento oportuno da gestante infectada, prevenindo assim a transmissão para o feto. É necessário que haja uma mobilização em torno da qualidade do pré-natal ofertado nos serviços de saúde, oportunizando uma melhor assistência a gestante e reduzindo as possibilidades de transmissão de doenças entre mãe e filho, essa melhoria pode ser obtida com o fortalecimento da Rede Cegonha.

4012 REFLEXOS DA EMERGÊNCIA DA SÍFILIS EM UM DISTRITO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE RECIFE - PE
Rafaella Miranda Machado, Enildo José dos Santos Filho, Caio César Alves Victor, Rosalva Raimundo da Silva

REFLEXOS DA EMERGÊNCIA DA SÍFILIS EM UM DISTRITO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE RECIFE - PE

Autores: Rafaella Miranda Machado, Enildo José dos Santos Filho, Caio César Alves Victor, Rosalva Raimundo da Silva

APRESENTAÇÃOA saúde pública do Brasil está diante de um novo desafio. Passado o surto de Microcefalia que assolou recentemente o país, é a sífilis que agora se apresenta como uma epidemia em âmbito nacional. Não diferente desta realidade, Pernambuco e mais especificamente Recife vem buscando estratégias e ações para o enfrentamento deste cenário. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é compartilhar a experiência do distrito sanitário VI frente a epidemia de sífilis no município. A escolha por este cenário se deu devido a ser este o campo de atuação dos autores deste trabalho.DESENVOLVIMENTO E, como ocorreu concomitantemente nos demais distritos a gerência de vigilância epidemiológica ficou responsável pela criação de uma força tarefa. O grupo formado contou com a participação de sete pessoas, sendo dois trabalhadores da vigilância epidemiológica, dois vindos da política de saúde da mulher/infecções sexualmente transmissíveis e três residentes em saúde coletiva. Estes últimos eram responsáveis pelos agendamentos das visitas às unidades e acompanhamento com voz ativa durante as reuniões. Em sua maioria, eram divididos em dois subgrupos, com responsabilidade de realizar cerca de duas visitas por turno, sempre visando a proximidade entre as unidades. Logo, como missão, com data limite para devolutivas até dezembro de 2017, o grupo precisou aplicar um questionário (enviado pelo Ministério da Saúde) avaliativo das ações e serviços relacionados à sífilis realizados no ano anterior. Cada equipe atuante nas unidades de saúde da família do território abrangente do distrito, totalizando cerca de 30 equipes, respondeu a questões relacionadas à realização de notificações dos tipos de sífilis, existência de funcionamento de registro, diagnóstico, tratamento, acompanhamento dos casos identificados em sua área de cobertura, além da existência de busca ativa na população vulnerável.RESULTADOS Ao grupo de trabalho coube além da aplicação do questionário reunir-se com as equipes de atenção a saúde da família visando identificar as principais fragilidades nas ações e serviços voltados para a doença, buscando também sensibilizá-los quanto a sua gravidade. Tentou-se identificar a disposição dos profissionais para matriciamento para fazer testes rápidos em sua rotina de trabalho diante da posição contrária de alguns sindicatos de categorias frente a competência de certos procedimentos na saúde. Buscou-se ainda identificar possíveis nós críticos referentes à distribuição e aplicação de penicilina nas unidades de saúde; ausência dos três tipos de fichas de notificação de sífilis e ainda, falhas referentes ao tempo oportuno da coleta e devolutiva dos resultados dos exames (VDRL) realizados pela rede de laboratório municipal.CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto ainda que represente um processo burocrático, os frutos destes encontros significam a geração de indicadores capazes de avaliar o contexto de trabalho das equipes durante o aumento do número de casos de sífilis em Recife, o que serve de ferramenta para os gestores e profissionais agirem juntos e estrategicamente para reverter a situação atual.

4117 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM COINFECÇÃO HIV/AIDS E TUBERCULOSE
Jean Vitor Silva Ferreira, Jéssica da Silva Pandolfi, Jéssica Fernanda Galdino Oliveira, Aline Maria Pereira Cruz Ramos, Ana Sofia Resque Gonçalves

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM COINFECÇÃO HIV/AIDS E TUBERCULOSE

Autores: Jean Vitor Silva Ferreira, Jéssica da Silva Pandolfi, Jéssica Fernanda Galdino Oliveira, Aline Maria Pereira Cruz Ramos, Ana Sofia Resque Gonçalves

Introdução: A doença proporcionada pelo vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus - HIV) tem sido pandêmica há mais de 30 anos, não obstante os vírus tenham sido transmitidos por chimpanzés e macacos para o homem há cerca de 100 anos atrás. Uma vasta quantidade de informações sobre sua história, patogênese e patologia clínica foi recolhida, no entanto, novos conhecimentos ainda estão emergindo. Os primeiros casos da Síndrome da imunodeficiência adquirida (acquired immunodeficiency syndrome - AIDS) foram descritos em homossexuais masculinos nos Estados Unidos da América, em meados de 1981. Esses relatos foram seguidos pela descrição da síndrome em indivíduos hemofílicos, hemotransfundidos, usuários de drogas, crianças nascidas de mães infectadas e parceiros sexuais de indivíduos infectados. Torna-se patente a dimensão de infecção no cenário mundial, evidenciando assim um problema de saúde pública. O HIV infecta células que expressam o receptor CD4 e o receptores de quimiocinas CCR5 e CXCR4. Esses são: Células T CD4 +; Monócitos e macrófagos (CD68 +): nos linfonodos, baço, fígado, cérebro, pulmão, medula óssea; Células dendríticas em centros germinativos linfóides e em superfícies linfoepiteliais (por exemplo, vagina, amígdala, reto). Desconectando, assim, a atuação do sistema imunológico do indivíduo, predispondo-o a várias infecções por diversos microrganismos oportunistas, entre elas podemos citar a tuberculose. A elevação das taxas de coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e bacilo da tuberculose (TB) determina desafios que impedem a redução da incidência de ambas as infecções, os quais têm sido bem documentados ao longo dos últimos anos. O aumento da prevalência global do HIV teve sérias implicações para os programas de controle da TB, particularmente em países com alta prevalência dessa doença. O HIV não só tem contribuído para um crescente número de casos de TB como também tem sido um dos principais responsáveis pelo aumento da mortalidade entre os pacientes coinfectados. Portanto, o controle da coinfeccão TB/HIV exige a implantação de um programa que permita reduzir a carga de ambas as doenças e que seja baseado em uma rede de atenção integral, ágil e resolutiva. O Enfermeiro tem importante papel no que diz respeito a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para pacientes em coinfecção HIV/AIDS e Tuberculose. Objetivo: Elaborar uma Sistematização da Assistência de Enfermagem a um usuário portador de coinfecção HIV/AIDS e Tuberculose. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo do tipo descritivo, de cunho qualitativo, com um indivíduo com coinfecção HIV/tuberculose. Utilizamos como método o estudo de caso, que nos permite uma melhor compreensão do processo da doença e das relações que o indivíduo constrói com a mesma, como também, acompanhar o curso natural de ambas as moléstias e suas relações de sinergismo na morbimortalidade desses indivíduos, funcionando também como método eficaz no planejamento da abordagem terapêutica para diminuir o curso insatisfatório que a tuberculose pode assumir, se não tratada adequada e precocemente em pacientes com HIV/AIDS. Para a elaboração do caso, utilizamos como instrumentos a anamnese e o exame físico, exames laboratoriais, exames de imagem (radiografia de tórax), informações contidas nos prontuários de internação do paciente no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). A coleta de dados deu-se na clínica de Pneumologia do HUJBB, em Belém-PA, em novembro de 2017. O estudo apresentar-se-á em duas partes, a primeira parte propõe a exposição momentânea da história clínica do paciente, quando já se sucedeu a coinfecção com a tuberculose, apresentando-se internada, e o curso das doenças; e a segunda parte apresenta a fundamentação teórica do problema proposto com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem. No momento, apresentou-se lúcida, contactuante, orientada em tempo e espaço. Apresenta coinfecção HIV/AIDS e Tuberculose. A descoberta da infecção por HIV deu-se posterior ao diagnóstico de TB. Ao Exame Físico: couro cabeludo íntegro, mucosas normocoradas, dentição completa com presença de cáries, tórax plano, Ausculta Cardíaca: Batimentos cardíacos normofonéticos em 2 tempos, ritmo regular, sem sopro. Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes, diminuídos na base dos pulmões bilateralmente. Abdome semi-globoso, ruídos hidroaéreos presentes, sem dor à palpação. Membros superiores e inferiores sem edemas, perfusão periférica satisfatória. Funções fisiológicas: relata polaciúria, evacuação 2 vezes ao dia, sono e repouso prejudicados. Normotérmica, normoesfigmica, eupnéica, normotensa. Resultados: A paciente obteve os seguintes diagnósticos de Enfermagem: Dentição prejudicada evidenciado por dentes estragados e relacionado a higiene oral ineficaz; Padrão de sono prejudicado evidenciado por mudança no padrão normal de sono e relacionado a interrupções; conforto prejudicado evidenciado por descontentamento com a situação atual relacionado a regime de tratamento; integridade da pele prejudicada evidenciada por alteração na integridade da pele relacionada a imunodeficiência; Risco de infecção relacionado a exposição ambiental aumentada a patógenos, procedimento invasivos e imunossupressão; Ansiedade, evidenciada por angústia, medo e desamparo e relacionada a ameaça à condição atual. Como intervenções deu-se: encorajar o usuário quanto ao autocuidado e prosseguimento com o regime de tratamento visando melhora de sua condição clínica apesar das dificuldades encontradas durante o processo; a examinar constantemente a pele para inspeção de possíveis lesões ou sinais de infecções adjacentes como evidenciada em histórico clínico; motivação para melhora no padrão de higiene corporal e oral promovendo o autocuidado; incentivo da interação com os profissionais de saúde e pessoas que a cercam com intuito de fortalecer relações e maior comunicação evitando riscos de depressão e solidão já que apresentava sozinha no momento; notificar aos profissionais atuantes quanto a diurese frequente e possível risco de infecção urinária observando os aspectos da urina como cor e cheiro. Espera-se: o entendimento e prosseguimento do tratamento superando as dificuldades, melhora no autocuidado, bem como higiene corporal e oral, melhor interação social com os indivíduos do ambiente. Considerações Finais: A adequação que a SAE propicia permite a visão holística do indivíduo e melhor avaliação biopsicossocial. Torna-se patente a importância do acompanhamento do profissional de enfermagem, e conhecimento dos graduandos quanto a paciente coinfectados com HIV/AIDS e Tuberculose visto que manifestações, tratamento e cuidados tem suas particularidades, necessitando melhor adaptação e supervisão do Enfermeiro e o aumento significativo dessa coinfecção. Aos acadêmicos somou-se novas experiências e mudança da visão e aplicabilidade da SAE em Doenças Transmissíveis.

5353 Implantação dos testes rápidos para HIV e Sífilis como padrão prioritário de qualidade no pré-natal em uma UBS de referência na Zona Leste de Manaus
Delzuita Silva, Amanda Cardelis Lins

Implantação dos testes rápidos para HIV e Sífilis como padrão prioritário de qualidade no pré-natal em uma UBS de referência na Zona Leste de Manaus

Autores: Delzuita Silva, Amanda Cardelis Lins

Os Testes rápidos são aqueles cuja execução, leitura e interpretação dos resultados são feitos em poucos minutos. Além disso, são de fácil execução e não necessitam de estrutura laboratorial. Eles são, recomendados para testagens presenciais e são fornecidos pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e Hepatites Virais (DIAHV), qualquer profissional que tenha sido capacitado pode realizar o teste. A implantação dos testes rápidos para diagnóstico da infecção pelo HIV e triagem de sífilis na Atenção Básica, tem como objetivo a qualificação e a ampliação do acesso da população brasileira ao diagnóstico do HIV e detecção da sífilis sendo oportuno a realização durante o período gestacional para a redução da transmissão vertical. Nesse sentido, verifica-se a necessidade das equipes de Atenção Básica em realizar os testes rápidos para o diagnóstico de HIV e para a triagem da sífilis como ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal na Atenção Básica, que se apoia na oferta e na execução dos testes rápidos de HIV e de sífilis. O objetivo deste trabalho é descrever a experiência de implantação e ampliação dos Testes Rápidos (TR) HIV, Sífilis, na rotina do pré-natal em uma UBS referência na Zona Leste de Manaus. Para a execução deste trabalho foi necessário a realização de matriz de intervenção que leva em consideração  os  impactos de determinadas atividades sobre o problema, a governabilidade dos atores envolvidos, bem como suas capacidades e desejo de mudança, de acordo com o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Após o resultado do primeiro quadrimestre dos indicadores prioritários da SEMSA, o qual está inserido a razão de testes de sífilis por gestante que ao ser avaliado apresentou um desempenho não esperado em virtude da capacidade instalada para tais atividades na UBS. A otimização da realização dos TR aumentou significativamente a partir do mês de agosto de 2017 ao considerarmos percentuais de 172%(agosto), 102%(setembro), 116%(outubro), 148%(novembro) e 378%(dezembro) para o indicador prioritário de TR de sífilis em gestante. Incrementando valores dos meses anteriores de respectivamente 41%(janeiro), 17%(fevereiro), 22%(março) e 57%(julho), por exemplo. Para o TR de HIV em relação aos percentuais alcançados tem-se 347%(agosto), 94,54% (setembro), 116,21%(outubro), 145,94%(novembro) 373,68%(dezembro). É possível notar o incentivo que a adoção de estratégias como: ampliação do quantitativo de profissionais capacitados para realizar o teste, a sensibilização da equipe de saúde para a importância da realização destes testes em gestantes no tempo oportuno, o redimensionamento da agenda dos profissionais enfermeiros permitindo a ampliação do acesso aos TR para as gestantes contribuiu significativamente para o aumento destes resultados. Além disso, o trabalho em equipe, o acolhimento e a escuta qualificada, o feedback com a equipe durante as avaliações dos processos de trabalho bem como a participação ativa do gestor contribuem para o envolvimento da equipe, a melhoria nos resultados nos indicadores prioritários gerando como produto final a redução na morbimortalidade por doenças infecciosas na gestação e o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável.          

646 A competência do profissional de saúde na prática do aconselhamento na testagem rápida para HIV, sífilis, hepatites B e C em Manaus- AM
Isabela Gonçalves, Gabriela Abreu, Lorena Lobo, Phâmela Costa, Nathália França

A competência do profissional de saúde na prática do aconselhamento na testagem rápida para HIV, sífilis, hepatites B e C em Manaus- AM

Autores: Isabela Gonçalves, Gabriela Abreu, Lorena Lobo, Phâmela Costa, Nathália França

A partir da concepção ampliada do processo saúde-doença, a ‘atenção à saúde’ tem como objetivo conceber e organizar as políticas e as ações de saúde em uma perspectiva interdisciplinar, partindo da crítica em relação aos modelos excludentes, seja o biomédico curativo ou o preventivista. Tendo em vista a importância social e epidemiológica das infecções sexualmente transmissíveis, o Ministério da Saúde instituiu políticas direcionadas no intuito de evitar, eliminar ou minorar tal questão. Uma delas diz respeito a testagem rápida para o HIV, Sífilis, Hepatites B e C no âmbito da Atenção Básica (AB). Dessa forma exige-se que os profissionais da AB possuam competências, possibilitando a tomada de decisão fundamentada em conhecimentos específicos para a realização da testagem rápida, assim como do aconselhamento pré e pós teste.  O aconselhamento, em especial, é uma ferramenta fundamental da testagem rápida, na qual se pode orientar sobre a situação de saúde, e evitar futuros riscos para si e para os outros. Objetivo: Examinar a competência dos profissionais de saúde na prática do aconselhamento e conduta frente aos usuários que realizam a testagem rápida para HIV, Sífilis, Hepatites B e C na rede de atenção à saúde da cidade de Manaus no ano de 2014. Método: Pesquisa de cunho quantitativo, de caráter descritivo a partir de dados primários, coletados com os profissionais de saúde de nível superior, envolvidos diretamente no processo de testagem rápida (TR) e aconselhamento das unidades de saúde do distrito sanitário oeste e sul da secretaria municipal de saúde de Manaus (SEMSA) em 2014. Foram excluídos os profissionais que não estavam presentes ou estavam afastados, de licença médica ou férias e os que entregaram o questionário sem resposta. O instrumento de coleta dos dados foi um questionário estruturado, com questões abertas e fechadas contendo questões relacionadas a caracterização dos profissionais; caracterização da prática do aconselhamento pré e pós testagem; In(adequação) da pratica de aconselhamento pelos profissionais de saúde; In(adequação) da conduta dos profissionais de saúde frente ao resultado positivo e negativo. Com relação às características da prática dos profissionais foram analisados o tempo atuando no serviço, se sua responsabilidade se restringia ao aconselhamento, à TR ou a ambos, sobre a última capacitação que receberam, e sobre características da atuação com: etapas do aconselhamento, duração e tipo (individua, coletivo ou ambos). Em relação às perguntas abertas. Buscou-se encontrar três características essenciais do aconselhamento na primeira pergunta: o apoio emocional, o apoio educativo e a avaliação de riscos, sempre com uma iniciativa de manter o diálogo e a troca de conhecimentos a fim de traçar um planejamento de saúde. A coleta dos dados ocorreu entre agosto e novembro de 2015. Os dados coletados foram digitados e analisados no Software Statistical Package for Social Sciences 16.0, e seus resultados apresentados em tabelas contendo o quantitativo absoluto e a frequência. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEA sob o CAAE 45771015.5.0000.5016. Resultados: Do total da amostra estabelecida em relação aos profissionais que trabalhavam com testagem rápida e aconselhamento da rede de saúde dos DISA Sul e Oeste, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 17 foram os profissionais que compuseram a mesma. Três das instituições não entraram no corte, pois um profissional do DISA Oeste se recusou a assinar o TCLE e duas instituições do DISA Sul recusaram-se a aceitar o termo de anuência da SEMSA e aprovação pelo CEP. A maior parte das instituições das redes de saúde dos DISAS Oeste e Sul que realizam a testagem rápida são as Unidades Básicas de Saúde (UBS)  64,7%, contudo no DISA Sul pode-se perceber um equilíbrio entre as instituições que realizam a testagem sendo 44,4% UBS e 44,4% Policlínicas. A primeira característica marcante da amostra no quesito profissão é que do total de entrevistados, 14 (82,3%) são enfermeiros. Os outros profissionais não-enfermeiros (100% do DISA Sul) são 02 Assistentes Sociais e 01 Psicólogo.  As características mais prevalentes quanto à prática são a de profissionais que trabalham entre 5 e 10 anos na área (47%) vindo em segundo lugar os que trabalham dentre 1 e 5 anos (29,4%), e realizam tanto o aconselhamento quanto a TR (41,1%). A maior parte dos profissionais realiza ambos (o que é ideal segundo o Ministério da Saúde), contudo 58,8% são responsáveis por apenas uma das atividades. Além disso, enquanto quase todos os profissionais do DISA Oeste realizam o atendimento abordando as duas atividades, a maioria no DISA Sul mostrou-se responsável apenas pelo Aconselhamento. É notado que boa parte dos profissionais, para desempenhar sua função, obtiveram capacitação dentre 1 e 5 anos atrás (64,7%). Além disso, a maioria afirma realizar ambas as etapas do aconselhamento (o pré-teste e o pós-teste) (88,2%). A prática do aconselhamento mais utilizada dentre os entrevistados foi a individual (76,5%). Apenas um profissional marcou a alternativa de apenas aconselhamento coletivo como o tipo realizado em sua unidade. Outros 17,7% utilizam ambos os tipos de aconselhamento. A duração do aconselhamento segundo 64,7% não é fixo, pois há variação de duração de acordo com cada atendimento, o restante dos profissionais (35,2%) identificou que o mesmo é realizado em 15 minutos. A característica em que mais respostas se encontraram inadequadas foi a de avaliação de risco, identificando-se uma dificuldade dos profissionais realizar um atendimento que envolva diálogo que mostre as possibilidades e mostre benefícios e caminhos para que o cliente tome as próprias decisões. Os resultados com relação à conduta frente ao resultado positivo revelam novamente maior adequação quando se trata de apoio educativo e encaminhamento (88,24%).  Trazendo um crescimento de cerca de 5%da adequação do apoio emocional da concepção de aconselhamento para a situação de comunicar um resultado positivo (52,94%). A atitude de dar autonomia ao usuário foi pouco adequada apresentando 35,29% de respostas que contemplassem, sendo apenas maior que a atitude de sensibilização sobre a responsabilidade social, sendo vista em apenas 1 profissional a preocupação em orientar quanto ao papel de cidadão e a preocupação com o outro. Os resultados referentes à conduta frente ao resultado negativo revelam que a característica que apresentou maior quantidade de respostas adequando-se 88,24%, foi a orientação quanto a hábitos de risco. Em relação às outras características, cerca de 47,06% dos profissionais se adequaram ao quesito de orientação quanto ao cliente não estar imune e apenas 2 (11,76%) atentaram-se à avaliação da janela imunológica em suas respostas. O contraste das características de apoio educativo e avaliação de riscos sugere que os profissionais tenham mais facilidade em dar informações durante o apoio educativo, do que dialogar sobre essas na avaliação de riscos. Conclusão: A realização de uma orientação adequada pelo profissional de saúde poderia diminuir a cadeia de transmissão, ao tornar o paciente um multiplicador do conhecimento obtido no aconselhamento, reduzindo novos casos de doenças. A grande presença da postura normativa, de difícil diálogo entre profissional e usuário trazem à tona alguns questionamentos. Estes profissionais entendem quando deixam de mostrar possibilidades e benefícios para estabelecer regras de comportamentos a seus clientes? Eles receberam capacitação para identificar estas atitudes no seu comportamento? Os mesmos têm com quem dialogar sobre a sua atuação para encontrar novos meios? É possível através de treinamentos e capacitações estabelecer estratégias que aumentem a adequação dos profissionais nos quesitos de apoio emocional e avaliação de riscos? 

2426 Descentralização da Testagem Rápida em HIV, Sífilis, Hepatites Virais B e C: Fortalecendo as ações na rede de atenção primária à saúde no interior da Amazônia.
Ana Lucia de Sousa Ferreira, Erek Fonseca da Silva, Simone Aguiar da Silva Figueira

Descentralização da Testagem Rápida em HIV, Sífilis, Hepatites Virais B e C: Fortalecendo as ações na rede de atenção primária à saúde no interior da Amazônia.

Autores: Ana Lucia de Sousa Ferreira, Erek Fonseca da Silva, Simone Aguiar da Silva Figueira

APRESENTAÇÃO: O Programa Nacional de IST/AIDS e Hepatites Virais, por meio de estratégias de qualificação e ampliação do acesso ao diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis, está fortalecendo a rede de atenção à saúde, com o intuito de modificar o cenário desses agravos no país, visando à capilarização da rede na atenção primária à saúde e nos serviços especializados. Dessa forma, busca-se consolidar um cuidado longitudinal e integralizado das ações dos programas do município, garantindo o acesso aos indivíduos que residem em áreas mais distantes dos centros de referência. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento dos profissionais de saúde atuantes na atenção primária capacitados entre os anos de 2013 e 2017 no município de Santarém, buscando a descentralização dos serviços de testagem rápida.  DESENVOLVIMENTO: Considerando este contexto, o Centro de Referência do SIDAdão – CTA/SAE de Santarém no Oeste do Pará, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Coordenação Municipal de IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais de Santarém promoveu o Curso de Formação de Profissionais da Saúde para Testagem Rápida e diagnóstico de IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais. O objetivo foi qualificar profissionais executores para a implementação do diagnóstico precoce nas Unidades Básicas de Saúde e nos Centros de Saúde do Município. Os testes rápidos são realizados com metodologia imunocromatográfica rápida e com o resultado, faz-se o aconselhamento pós teste, dessa forma, a descentralização nos testes de triagem rápida, contribui para fortalecer as ações de vigilância e a qualidade da atenção à saúde com eficácia oportuna na atenção básica. Os cursos foram realizados nas dependências do CTA/SAE de Santarém, com duração de 06 horas por dia, sendo uma semana de treinamento desde teoria, pratica e abordagem sindrômica de IST, totalizando 30 horas, sendo planejados e mobilizados pela Divisão Técnica da Secretaria Municipal de Saúde de Santarém e facilitados pela equipe técnica do CTA/SAE de Santarém. RESULTADOS: Os resultados obtidos mostraram que no ano de 2013, o município contava com 08 unidades descentralizadas e posteriormente, ampliou-se para 31 unidades básicas, 01 especializada e 01 fluvial. No período de 2013 a 2017, foram ofertadas 130 vagas, sendo capacitados 124 profissionais enfermeiros, que abrange 95,4% dos profissionais enfermeiros do município. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Levando-se em consideração o fortalecimento das ações de vigilância por meio da educação permanente, visando práticas de saúde, transformadoras, reflexivas, propositivas e articuladas com a sociedade, espera-se que essa ampliação da rede possa contribuir para a renovação das práticas profissionais, oferta de insumos de proteção, diagnóstico e a reorganização dos serviços. Outro aspecto importante é o de se despertar nestes profissionais o interesse pela temática, incentivá-los a se tornarem multiplicadores dos conhecimentos adquiridos e sensibilizá-los quanto à importância de se trabalhar, enfatizando constantemente as ações de promoção, proteção, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das IST, HIV/AIDS e HEPATITES VIRAIS.