164: O encontro entre a saúde e doença nos territórios do cuidado
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 08 - Igapó    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
2335 A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA CLÍNICA EM ONCOLOGIA PARA O ACADÊMICO DE ENFERMAGEM
Fabiane de Jesus Duque de Lima, Tarsis Heber Mendonça de Oliveira

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA CLÍNICA EM ONCOLOGIA PARA O ACADÊMICO DE ENFERMAGEM

Autores: Fabiane de Jesus Duque de Lima, Tarsis Heber Mendonça de Oliveira

INTRODUÇÃO: O câncer pode ser classificado como uma doença crônica, ele exige tratamento contínuo, integral e de qualidade, necessitando, assim, de profissionais qualificados e experientes.  É extremamente importante para o enfermeiro conhecer afundo sobre a oncologia, pois este provavelmente é o profissional que tem mais contato com o paciente durante o tratamento. No Brasil, o câncer é a segunda principal causa de morte e este índice pode aumentar cada vez mais devido ao envelhecimento precoce da população, por isso, é necessário destacar a importância do conhecimento e a prática clínica dos futuros profissionais de enfermagem na atuação oncológica, focando principalmente nos cuidados paliativos. A prática clínica em oncologia visa melhorar o nível de conhecimento dos acadêmicos trazendo principalmente conhecimento prático que será importante na atuação profissional. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante a prática clínica do estágio curricular com pacientes/clientes oncológicos no Centro de Controle Oncológico do Amazonas.  DESENVOLVILMENTO: A prática clínica em oncologia ao estudante de enfermagem se faz muito necessária, uma vez que lidar com uma doença complexa como o câncer não é fácil, e se torna ainda pior se o profissional não for capacitado para tal. Durante o estágio observou-se a importância do enfermeiro junto ao paciente oncológico e os estagiários puderam atuar diretamente com esses pacientes, participando do plano terapêutico e cuidados paliativos, tanto físicos quanto psicológicos. A fusão da aprendizagem em sala de aula com a prática no ambiente hospitalar mostrou-se muito eficaz, pois esse contato direto com o paciente oncológico somente reforça a favorecer uma melhor formação ao futuro profissional de enfermagem. RESULTADOS: A assistência humanizada, a prática em procedimentos a pacientes oncológicos, a educação continuada a estes pacientes e aos familiares, o apoio psicológico e a fusão de aprendizagem teórico-prática são a prova da grande importância tanto curricular/profissional quanto pessoal para o estudante de enfermagem. A atuação de acadêmicos na prática clínica oncológica proporciona melhor compreensão da complexidade e importância da assistência de enfermagem nesse tipo de tratamento.  Obteve-se uma experiência muito positiva e enriquecedora. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As práticas clínicas em oncologia devem ser vistas como um dever das instituições, uma vez que estas nem sempre estão incluídas no decorrer da graduação. É importante tanto para o conhecimento quanto para talvez despertar o interesse do acadêmico em uma área carente no estado do Amazonas que é o enfermeiro oncologista.

478 SÍNDROMES FEBRIS ICTÉRICAS HEMORRÁGICAS AGUDAS - CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS
Maria Eduarda Leão de Farias, David Lopes Neto

SÍNDROMES FEBRIS ICTÉRICAS HEMORRÁGICAS AGUDAS - CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Autores: Maria Eduarda Leão de Farias, David Lopes Neto

INTRODUÇÃO: As doenças infecciosas são um grave problema de saúde pública no país, e a realidade epidemiológica brasileira tem mostrado a magnitude das Síndromes Febris Ictéricas Hemorrágicas Agudas e, por conseguinte, a necessidade da realização de estudos e pesquisas científicas que abordem essa temática, com resultado que causem impactos positivos na saúde pública. OBJETIVOS: Realizar uma revisão integrativa de literatura para construção do material teórico sobre as Síndromes Febris Ictéricas Hemorrágicas Agudas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo Revisão Integrativa de Literatura sobre Síndromes Febris Ictéricas Hemorrágicas Agudas, que teve por finalidade proporcionar a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade das evidências científicas provenientes de estudos significativos na prática. O desenvolvimento deste estudo ocorreu em duas etapas: Revisão Integrativa de Literatura e Composição do instrumento que foi dividido em módulos. RESULTADOS: Obteve-se uma amostra final de 16 artigos originais, sendo respectivamente oito artigos da base Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), e oito da base Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (Medline)/PubMED. Os dados mostram que a precocidade no diagnóstico das doenças e na detecção de sinais de alarme indicam evolução desfavorável do quadro, assim as instituições de tratamento adequado ou referencias, são imprescindíveis. CONCLUSÃO: A revisão integrativa de literatura mostrou que a eficiência nas medidas de prevenção e no controle são primordiais para redução do número de casos de qualquer doença, e a partir dos dados analisados se constatou que a dengue continua sendo uma das doenças mais relevantes no mundo, sendo as condições socioeconômicas desfavoráveis um dos fatores que mais afetam na proliferação das doenças sindrômicas. Portanto, a prevenção dessas síndromes constitui-se em uma atividade na redução do número de casos resultando no controle através do combate aos vetores transmissores e prevenção das demais doenças com uma diversidade de cuidados em suas formas de desenvolvimento com o intuito de promover a saúde, sendo fundamental a vigilância epidemiológica sobre os possíveis focos das doenças.  

1884 Prática do Tratamento Diretamente Observado na percepção de profissionais de saúde
AMELIA NUNES SICSU, ROXANA ISABEL CARDOZO GONZALES, Fernando Mitano, Luciana Oliveira Sousa, Ana Paula Carvalho Portela, Mônica Cristina Ribeiro Alexandre D'Auria de Lima, Ana Carolina Scarpel Moncaio, Pedro Fredemir Palha

Prática do Tratamento Diretamente Observado na percepção de profissionais de saúde

Autores: AMELIA NUNES SICSU, ROXANA ISABEL CARDOZO GONZALES, Fernando Mitano, Luciana Oliveira Sousa, Ana Paula Carvalho Portela, Mônica Cristina Ribeiro Alexandre D'Auria de Lima, Ana Carolina Scarpel Moncaio, Pedro Fredemir Palha

Apresentação do trabalho: Apesar dos avanços no tratamento quimioterápico e de técnicas diagnósticas mais eficientes, a Tuberculose (TB) permanece como uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. No cenário brasileiro, o estado do Amazonas possui o maior número de casos de TB registrados em todo o território nacional. O Tratamento Diretamente Observado (TDO) é um importante instrumento para o acompanhamento da pessoa com TB em tratamento farmacológico que permite identificar barreiras para a continuidade do tratamento, estreitar o vínculo com a pessoa adoecida e garantir a regularidade da tomada da medicação. Assim, para que o TDO seja consolidado e coopere para o alcance das ousadas metas de redução de 90% de incidência e 95% da taxa de mortalidade de TB até 2035 propostas pela estratégia End TB, torna-se importante que as equipes de saúde da família estejam envolvidas e compromissadas com a prática do TDO. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre a sua prática no tratamento diretamente observado da tuberculose. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, corte transversal realizado com 138 profissionais de saúde da esquipe de saúde da família em cinco municípios prioritários (Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Tabatinga e Tefé) para o controle da Tuberculose no Amazonas. Utilizou-se 5 questões do instrumento “Avaliação da Transferência de Políticas – Inovação, Informação e Conhecimento em Tuberculose”. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a abril de 2016. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e a análise de correspondência múltipla. Resultados: Os resultados deste estudo mostram importantes diferenças no desenvolvimento da prática TDO nos municípios prioritários do estado de Amazonas. Dentre as ações realizadas na prática dos profissionais de saúde destaca-se positivamente em todos os municípios estudados, a adaptação do TDO à área de abrangência da unidade e o TDO trabalhado de forma multiprofissional. As ações que obtiveram respostas desfavoráveis foram: participação da pessoa com TB no plano de cuidado e autonomia da pessoa com TB para realizar o TDO, principalmente nos municípios de Itacoatiara, Parintins e Tefé. Esses resultados podem comprometer a prática do TDO, uma vez que a inclusão da pessoa no planejamento do seu processo de tratamento e o estímulo à sua autonomia são ações importantes de valorização do sujeito, que promovem maior incentivo para aceitação e desenvolvimento das orientações dos profissionais de saúde relacionadas ao tratamento da doença. Ainda, não promover inclusão e autonomia da pessoa com TB no seu processo de tratamento vão de encontro ao primeiro pilar da estratégia End TB, “cuidado centrado no paciente”.  Considerações Finais: Frente ao exposto, verifica-se a necessidade de estimular a autonomia da pessoa adoecida e considerá-la no seu processo de tratamento, principalmente nos municípios onde essas ações são mais incipientes. 

1946 Dificuldades de pessoas com Tuberculose em Tratamento Diretamente Observado: Percepção de Profissionais de Saúde
Viviane Santana Andrade

Dificuldades de pessoas com Tuberculose em Tratamento Diretamente Observado: Percepção de Profissionais de Saúde

Autores: Viviane Santana Andrade

Apresentação: O Tratamento Diretamente Observado (TDO) é uma ação importante para o controle da Tuberculose (TB), problema de saúde pública preocupante no Amazonas nas últimas décadas. Consiste na observação da ingesta do medicamento por um profissional de saúde, podendo ser realizado na casa da pessoa adoecida ou na unidade de saúde. Apesar de ser considerado uma tecnologia leve com execução relativamente simples, o TDO tem enfrentado dificuldades na sua operacionalização, o que o fragiliza, enquanto estratégia de controle da TB. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar as dificuldades de pessoas com TB em TDO segundo a percepção dos profissionais de saúde. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo qualitativo realizado com 7 enfermeiros e 4 agentes comunitários de saúde de cinco municípios (Parintins, Itacoatiara, Manacapuru, Tabatinga e Tefé) prioritários para o controle da TB no interior do Amazonas. A coleta de dados foi realizada nos meses de janeiro a abril de 2016. As entrevistas foram realizadas individualmente, com duração em média de 25 minutos, sendo gravadas em áudio por meio de um gravador digital, sendo norteada pela seguinte questão: Quais as dificuldades enfrentadas pela pessoa com TB e pelo serviço de saúde em relação ao TDO? As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio da análise de discurso de matriz francesa. Resultados: Dos resultados emergiram os seguintes blocos discursivos: dificuldade socioeconômica, uso de álcool e drogas e duração prolongada do tratamento. O discurso dos profissionais de saúde dos municípios de Itacoatiara (...é muito pouco o salário que eles  ganham, são pessoas bem carentes mesmo e eles precisam trabalhar - E1 – município de Itacoatiara), Parintins (realmente tem necessidade financeira... E4 – município de Parintins) e Tabatinga (O paciente começa fazer o tratamento, aí começa ter aqueles problemas que a gente até falou que é a respeito de alimentação, condição financeira - ACS 3 – município de Tabatinga) apresentaram em comum a percepção das dificuldades socioeconômicas que permeiam a vida da pessoa com TB, revelando disparidades nas ações de enfrentamento, pois enquanto alguns municípios, como  Parintins, ofertam cesta básica e vale transporte à pessoa adoecida, outros municípios, como Tabatinga, não há nenhum apoio social. Outras dificuldades identificadas no discurso dos profissionais estão relacionadas ao uso de drogas e álcool (as meninas (ACS) tiveram que se adequar, porque ele era um paciente alcoólatra – E6 – município de Tefé), bem como, dificuldades relacionadas a própria duração do tratamento (É... outra coisa também, o tempo... porque são seis meses, o tempo de duração do tratamento - E2 – município de Manacapuru). Considerações finais: Dessa forma, os aspectos abordados trazem à tona um dos pilares da atual estratégia de controle da TB End TB “cuidado centrado no doente”, o qual enfatiza a importância de avaliar sistematicamente e responder às necessidades e expectativas das pessoas adoecidas, o que se constitui em principal desafio em serviços em que ainda predomina a doença como centro do cuidado.

2198 FATORES RELACIONADOS AO ABANDONO DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE
Fabiane de Jesus Duque de Lima, Ingridy Gomes da Silva, Pamela Reis Castelo Branco, Tarsis Heber Mendonça de Oliveira

FATORES RELACIONADOS AO ABANDONO DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE

Autores: Fabiane de Jesus Duque de Lima, Ingridy Gomes da Silva, Pamela Reis Castelo Branco, Tarsis Heber Mendonça de Oliveira

INTRODUÇÃO: A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa, transmitida através da via aérea de um indivíduo infectado para um indivíduo sadio, podendo afetar não somente os pulmões como a forma de TB pulmonar que é a mais comum, mas também outros órgãos, sendo chamada de TB extrapulmonar. Considerada como um problema global de saúde pública, a Tuberculose está relacionada principalmente a inópia, por fatores como desnutrição, moradias insalubres, cuidados inadequados com a saúde, além do aumento da população mundial. É extremamente preocupante o número de casos de abandono no tratamento da Tuberculose, no Brasil. Atualmente uma das grandes preocupações no controle de TB está associada justamente a diminuir essa taxa de abandono, pois com ele as pessoas portadoras de TB além de continuarem doentes, são fontes de contágio, e o abandono pode levar a resistência medicamentosa e ao grande risco de recidiva da doença, o que dificulta o processo de cura, gerando aumento de tempo e consequentemente de custo. OBJETIVO: Analisar os artigos científicos relacionados ao abandono do tratamento da Tuberculose. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A busca pela literatura ocorreu na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). As bases de dados de literatura científica e técnicas consultadas foram: Literatura Latino-Americana e de Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os descritores foram: tratamento, abandono, tuberculose. Inicialmente, a busca considerou as publicações dos últimos cinco anos; porém, optou-se pelo período de 2010 a 2017, que deu maior amplitude ao estudo e resultou em 219 estudos: 32 da base de dados LILACS e 187 das referências na base da SciELO. RESULTADOS: Foram critérios de exclusão: artigos repetidos, artigos não acessíveis em texto completo, resenhas, anais de congresso, artigos de opinião, artigos de reflexão, editoriais, artigos que não abordaram diretamente o tema deste estudo e artigos publicados fora do período de análise. Ao todo, foram excluídos 210 artigos (24 da base de dados LILACS e 186 da base SciELO). Assim, após essa fase, iniciou-se a análise de nove estudos completos. CONSIDERAÇOES FINAIS: O abandono de tratamento da tuberculose tem sido um grave problema para a saúde pública, diante disso, se faz muito necessário reconhecer os motivos que levam os doentes de TB a abandonarem o tratamento. Notou-se que os principais motivos estão relacionados ao desemprego, à situação financeira, pela falta de conhecimento sobre a doença, por sentirem curados no primeiro mês de tratamento devido a melhora dos sintomas, ao uso abusivo de álcool e pela rejeição ao serviço de saúde, tais motivos tiveram relevância nos trabalhos já publicados.

2370 ABORDAGEM SOCIODEMOGRAFICA DOS CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA, NO MUNICIPIO DO OIAPOQUE, AMAPÁ
Luana Pereira Correa, Veridiana Barreto do Nascimento, Kátia Pantoja Brandão, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Edcarlos Vasconcelos da Silva, Anielle Sozinho dos Santos, Gerlane dos Santos de Oliveira, Aline Costa Almeida

ABORDAGEM SOCIODEMOGRAFICA DOS CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA, NO MUNICIPIO DO OIAPOQUE, AMAPÁ

Autores: Luana Pereira Correa, Veridiana Barreto do Nascimento, Kátia Pantoja Brandão, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Edcarlos Vasconcelos da Silva, Anielle Sozinho dos Santos, Gerlane dos Santos de Oliveira, Aline Costa Almeida

Apresentação: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) define-se como uma doença parasitária, endêmica em 88 países, com mais de 12 milhões de pessoas infectadas e 350 milhões de pessoas ameaçadas por este problema, caracterizando-se, desta maneira, como um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, documental, com a abordagem quantitativa, realizado a partir do levantamento de informações das fichas de notificação compulsória dos casos de LTA no período temporal de 2013 a 2016. A amostra foi constituída por 491 casos notificados. Resultados e/ou impactos: No ano de 2013 o total de casos ficou em torno de 21,2%, 2014 com 40,1% (maioria da amostra), 2015 com 13,2% e 2016 com 25,5%. Em relação à distribuição por sexo da amostra, notou-se que durante o ano de 2013 o sexo feminino compreendeu 21 casos, em 2014 apresentou 44 casos, 2015 com 10 casos e 2016 com 26 casos. Já no sexo masculino, encontrou-se 83 casos no ano de 2013, 153 casos em 2014, 55 casos no ano de 2015 e apenas 99 casos no ano de 2016. No quesito escolaridade foi perceptível que a maioria dos portadores de LTA detinham apenas o Ensino Fundamental, exibindo cerca de 17,3% do total de casos em 2013, 9,1% em 2014, 12,3% em 2015 e 53,6% em 2016. Outro dado analisado foi a atividade laboral, cujo notou-se que a maior parte dos pesquisados apresentavam ocupação para atividades no garimpo, expondo um total de 31, 7% no ano de 2013, 39,1% no ano de 2014, 27,7% em 2015 e 24,8% em 2016. Em relação à zona de moradia dos pesquisados procedentes do Oiapoque, verificou-se que a maioria dos pesquisados era oriundo da zona urbana evidenciando cerca de 89,4% dos casos atendidos e notificados no ano de 2013, 79,7% em 2014, 62,2% no ano de 2015 e 79,2% em 2016.  Quanto à forma clinica mais encontrada foi notório que a forma cutânea obteve maior destaque, redarguindo cerca de 100% no ano de 2013, 94,9% em 2014, 89,2% em 2015 e 90,4% em 2016. Considerações Finais: O perfil desta patologia apresenta um caráter multifacetado necessitando ser compreendido pelo sistema de saúde vigente, assim como pela população em geral, visando, sobretudo, a promoção de estratégias em saúde para todos. Ressalta-se ainda, que alguns resultados obtidos nesta pesquisa, como a escolaridade, zona, forma clinica e o sexo masculino como predominante da doença está de acordo com os parâmetros nacionais da LTA, porém as variáveis ocupação e raça estão enquadradas de acordo com as caraterísticas locais do município do Oiapoque, o que norteia o fato da LTA assumir diferentes perfis no país.

2439 COINFECÇÃO TUBERCULOSE-HIV: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA NO CONTEXTO AMAZÔNICO
Felipe Lima dos Santos, Alexandre Tadashi Inomata Bruce, Tatiana Castro da Costa, Elle Cristine de Oliveira Silveira, Rebeca Arce Guilherme, Giovanna Mendes da Silva Maia, Ana Carolina Scarpel Moncaio

COINFECÇÃO TUBERCULOSE-HIV: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA NO CONTEXTO AMAZÔNICO

Autores: Felipe Lima dos Santos, Alexandre Tadashi Inomata Bruce, Tatiana Castro da Costa, Elle Cristine de Oliveira Silveira, Rebeca Arce Guilherme, Giovanna Mendes da Silva Maia, Ana Carolina Scarpel Moncaio

APRESENTAÇÃO: A tuberculose (TB) é um dos mais graves problemas de saúde pública do Brasil. Com o aumento de casos de pessoas infectadas peloVírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e sendo a principal doença oportunista, alterou-se as perspectivas de controle da tuberculose no mundo, levando a um aumento da incidência e em sua morbimortalidade.No Brasil, em 2016, foram notificados 81.137 casos de TB e, dentre esses, 73.221 eram casos novos (incidência 35,2 casos/100.000 habitantes), dos quais 15% eram HIV positivo. O país ocupa, atualmente, a 19ª posição em uma lista de 30 países com maior número de casos de coinfecção TB/HIV. Os indicadores epidemiológicos da tuberculose por Unidade da Federação demostram que o estado do Amazonas registrou em 2016 um coeficiente de incidência de 67,2%/100.000 habitantes, enquanto a cidade de Manaus no mesmo ano apresentou o coeficiente de incidência de 93,2%/100.000 habitantes.O Estado do Amazonas lidera os índices de casos de HIV/Aids do país. OBJETIVO: Analisar a produção científica sobre a coinfecção TB-HIV no Estado do Amazonas, Brasil. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: tratou-se de uma Revisão Integrativa da literatura, sendo conduzida por seis etapas: definição da questão de investigação, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão, definição dos dados a serem extraídos, avaliação das pesquisas incluídas, interpretação dos resultados e síntese dos dados. A pesquisafoi norteada pela questão: “qual a produção científica sobre a coinfecção TB-HIV no Estado do Amazonas?”. Consultou-se os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e ao Medical Subject Headings (MeSH), sendo utilizados: Tuberculose, HIV e a palavra-chave: Amazonas, bem como seus correspondentes no idioma inglês, com o operador boleano “and”. Utilizou-se as bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed. Os critérios de inclusão foram artigos produzidos com a temática da coinfecção TB–HIV no Amazonas, nos idiomas português, inglês ou espanhol, publicados nos últimos cinco anos e com resumos disponíveis e, os critérios de exclusão foram as publicações secundárias. Realizou-se a análise dos artigos e finalizou-se com a síntese do conhecimento por meio de categorias temáticas. RESULTADOS: Aplicando os critérios de inclusão e exclusão, obteve-se como amostra final cinco artigos originais, sendo respectivamente um da base de dados LILACS, um da base MEDLINE e três da base PubMed. Sistematizando em categorias temáticas,emergiram três categorias: Fatores associados à coinfecção TB-HIV, Hospitalização e a Multirresistência da Tuberculose. CONCLUSÃO: Mesmo com altos índices epidemiológicosestudos que abordam a tuberculose associada ao HIV no Estado do Amazonas ainda são escassos. Conhecer os aspectos clínicos e epidemiológicos da coinfecção são elementos fundamentais para a definição de estratégias com vistas à redução do dano decorrente da associação desta doença no portador do HIV. Enfatizando a importância do HIV como fator isolado para a ocorrência da TB na população. Do ponto de vista clínico, o grupo de pacientes em que a TB ocorreu após terem sido identificados como portadores do vírus HIV foi o mais representativo, mesmo existindo recomendações para a redução da TB nesta população, o que colaboraria para a diminuição da mortalidade pela coinfecção.

2690 IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO TESTE RÁPIDO MOLECULAR PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE EM TRÊS MUNICÍPIOS DE FRONTEIRA DO ESTADO DO AMAZONAS
Maria Francisca de Souza Rodrigues, Alexandra Brito de Souza, Samira Bührer Sékula, Daniel Testa Mota, Marcelo Cordeiro dos Santos

IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO TESTE RÁPIDO MOLECULAR PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE EM TRÊS MUNICÍPIOS DE FRONTEIRA DO ESTADO DO AMAZONAS

Autores: Maria Francisca de Souza Rodrigues, Alexandra Brito de Souza, Samira Bührer Sékula, Daniel Testa Mota, Marcelo Cordeiro dos Santos

A tuberculose é um grave problema de saúde pública no mundo, responsável pelo adoecimento de milhões de pessoas a cada ano. O Amazonas apresentou em 2016 um coeficiente de incidência de 67,2/100. 000 hab, e coeficiente de mortalidade de 3,2/100.000 hab. O Xpert MTB/Rif® é um teste molecular rápido para a detecção de Mycobacterium tuberculo­sis e resistência à rifampicina simultaneamente, utilizando tecnologia avançada que pode ser usada na rede primária de saúde. Diante da dimensão territorial do estado do Amazonas, da distribuição epidemiológica da TB em todos os municípios, como o Xpert MTB/RIF®.  O objetivo foi descrever aspectos epidemiológicos e laboratoriais e o impacto da implementação do Xpert MTB/RIF® para diagnostico da tuberculose na região de fronteira em três municípios do interior do Amazonas. Resultados: No período de 2013/2014, foram notificados 164 casos de TB, sendo 23,8% (39/164) no município de Atalaia do Norte, 20,1% (33/164) no município de Benjamim Constant e 56,1% (92/164) em Tabatinga. Após implementação do Xpert MTB/RIF®, no período de 2015/2016, foram notificados 139 casos de TB, sendo 11,5% em Atalaia do Norte, 27,3% em Benjamim Constant e 61,1% em Tabatinga. Nos municípios estudados a incidência da TB variou de 21,5/100.000hab em Atalaia do Norte em 2016 a 130,3/100.000hab em Tabatinga no ano de 2013. O sexo masculino apresentou o maior número de casos e as frequências mais elevadas foram observadas na faixa etária de 15 a 39 anos. Conclusão: Observamos que entre os 303 casos de TB diagnosticados nos três municípios, antes e depois da implementação do Xpert MTB/RIF®, a baciloscopia foi realizada/registrada para todos os casos de TB dos munícipios. No entanto o Xpert MTB/RIF®, foi realizado apenas em 43 amostras. Identificando assim a necessidade de acompanhamento da logística dos trabalhos e do fortalecimento de comunicação do sistema de saúde no interior do estado do Amazonas, na região de fronteira.

4915 Avaliação da Assistência em um Centro de Referência em psoríase na Paraíba tendo como parâmetro a integralidade do cuidado
Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Valéria Leite Soares, Rebecca Porto Arcela, Paula Soares carvalho, Rebecca Porto Arcela, Lays França de Queiroga Dutra, Rebecca Porto Arcela, Paula Soares carvalho, Rebecca Porto Arcela, Lays França de Queiroga Dutra, Paula Soares carvalho, Paula Soares carvalho, Lays França de Queiroga Dutra, Lays França de Queiroga Dutra

Avaliação da Assistência em um Centro de Referência em psoríase na Paraíba tendo como parâmetro a integralidade do cuidado

Autores: Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Valéria Leite Soares, Rebecca Porto Arcela, Paula Soares carvalho, Rebecca Porto Arcela, Lays França de Queiroga Dutra, Rebecca Porto Arcela, Paula Soares carvalho, Rebecca Porto Arcela, Lays França de Queiroga Dutra, Paula Soares carvalho, Paula Soares carvalho, Lays França de Queiroga Dutra, Lays França de Queiroga Dutra

Apresentação: a psoríase é uma doença inflamatória crônica, que afeta a pele, unhas e ocasionalmente as articulações com ciclos de remissão e exacerbação. Sua prevalência varia de 0,6 a 4,8% na população mundial, afetando homens e mulheres igualmente. Há uma série de particularidades e comorbidades associadas à psoríase, entre elas a depressão, diabete mellitus, hipertensão arterial, síndrome plurimetabólica, artrite psoriásica, outras. A doença promove limitações e incapacidades afetando a participação social, o lazer, as atividades laborais e de vida diária, sono e repouso, outras. As pessoas acometidas sofrem com preconceitos e estigma devido à aparência inestética de sua pele. Pensar no cuidado em psoríase, é se ater aos princípios da integralidade em saúde através de ações de prevenção de agravos, recuperação e promoção da saúde, através do trabalho interprofissional, favorecendo a qualidade de vida. Os usuários são  avaliadores de como os serviços de saúde prestam assistência, cuidado e resolutividade as suas demandas, tanto na perspectiva individual quanto coletiva. sendo assim, desenvolvemos este estudo no Centro de Referência, Tratamento e Apoio aos Portadores da Psoríase da Paraíba com o objetivo de investigar a satisfação dos usuários do serviço em relação a assistência prestada às pessoas com psoríase que fazem tratamento no referido Centro de Referência, tendo como parâmetro a integralidade no cuidado. Desenvolvimento: trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo estudo de caso. A coleta de dados foi realizada em fevereiro de 2017, através de entrevista semiestruturada e analisada por meio da Análise de Conteúdo. Participaram 13 sujeitos escolhidos por conveniência. A pesquisa respeitou a Resolução n° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW/UFPB) aprovada sob o protocolo n° 6103731.1.0000.5183. Resultados e discussões: Os dados sócio demográficos apontaram uma variação de idade entre 30 e 79 anos, com maior prevalência etária (38%) entre 60 e 69 anos. Mais da metade eram casados (54%) o que pode indicar possível rede de apoio no enfrentamento das adversidades da psoríase. No que se refere a escolaridade (54%) não concluíram o ensino fundamental, somente um sujeito concluiu o ensino médio e nenhum adentrou no ensino superior. Quanto a renda familiar verificou-se que 39% recebem um salário mínimo e os demais apresentam renda entre 2 e 4 salários mínimos, com exceção de um que não possui renda e mora com familiares. Tal fato pode ser indicativo da procura do serviço público de saúde, levando em consideração o alto custo do tratamento da psoríase quanto ao uso de medicamentos biológicos, além de exames e outras demandas. Apesar da baixa renda, 69% dos sujeitos possuem casa própria, em contrapartida verifica-se que 62% residem em outras cidades, longe do local de tratamento e somente 30% utilizam transporte ofertado pela prefeitura, podendo ser significar uma frágil responsabilização dos municípios em disponibilizar acesso aos seus munícipes para tratamento em sua região de saúde, sendo este pré-requisito para ordenação sanitária. O Centro de Referência tem em média 350 usuários cadastrados e uma equipe multiprofissional com Médico e residentes em dermatologia; enfermeira e técnica de enfermagem; terapeuta ocupacional (docente) e discentes do sexto período. Para uma melhor compreensão dos dados coletados, foram criadas três categorias: Categoria I – Percepção dos usuários em relação ao atendimento médico; Categoria II – Percepção dos usuários em relação ao atendimento de enfermagem; e Categoria III – Percepções dos usuários em relação ao atendimento da Terapia Ocupacional. Em relação a Categoria I procuramos saber como os usuários percebiam a consulta médica, se conseguiam esclarecer suas dúvidas, se recebiam esclarecimentos quanto à psoríase, as comorbidades e o tratamento. Os resultados apontaram relação de empatia entre os usuários e o profissional médico. Esta empatia se articula com a formação de vínculo, aspectos importantes na adesão ao tratamento, levando-se em consideração a adversidade da psoríase. A comunicação efetiva na relação médico/usuário foi outro ponto positivo, pois ela melhora a compreensão sobre a doença em si e seu processo, sobre o tratamento e demandas do paciente/usuário. Na Categoria II procurou-se saber sobre o atendimento da enfermagem. As atribuições destes profissionais no serviço vão desde do agendamento dos usuários até a avaliação e consulta de enfermagem, além de várias demandas burocráticas, organizacionais, de exames e medicações. O fluxo de pacientes à sala de enfermagem é intenso o que proporciona uma sobrecarga de serviço. Os dados apontaram que apesar da demanda intensa do serviço, a enfermeira consegue satisfazer o usuário com seu atendimento, acolhendo-o, esclarecendo as dúvidas, explicando sobre o tratamento, exames e demais ações de sua competência. Com relação a técnica de enfermagem, os entrevistados relatam sobre seu trabalho com algumas reservas, citam que poderia ser melhorado, pois em alguns momentos a relação era difícil.  Observou-se que, muitas vezes, a relação com os usuários não colaboravam na formação de vínculos, produzindo um afastamento destes, o que contribui para fragilizar o cuidado. Tal situação não era constante, mas prejudicava o acolhimento, inibindo o usuário de esclarecer suas dúvidas e de dar resolutividade as suas necessidades. Na Categoria III, atendimento da Terapia Ocupacional no serviço - acolhimento do Café da Manhã com Prosa e aplicação dos protocolos de qualidade de vida e das condições articulares respectivamente - Dermatology Quality of Life Index (DLQI) e Psoriatics Arthritis Screening and Evaluation (PASE), que a partir dos escores altos e áreas ocupacionais comprometidas, eram realizadas orientações quanto as atividades cotidianas e proteção articular, observou-se diante das percepções dos entrevistados, que o desenvolvimento da afetividade, sensibilidade e abertura para a escuta e o diálogo, favoreceram o vínculo, a adesão ao tratamento, assim como, mudanças no cotidiano, promoção  do autocuidado e melhor compreensão sobre a doença. Considerações finais: A integralidade no cuidado às doenças crônicas, em especial na psoríase, é fundamental na resolutividade das demandas, levando em consideração a abrangência de diferentes fatores que incidem na qualidade de vida dos sujeitos acometidos. O usuário deve ser acolhido em suas necessidades, e os profissionais serem sensíveis a elas, compreendendo a dimensão da doença e suas repercussões na vida dos acometidos. A humanização do cuidado, o apoio em rede de atenção, o cuidado na clínica e com a subjetividade não são fragmentados. Observamos que os usuários entrevistados se sentem acolhidos pelos profissionais, dando real destaque à atenção dispensada e ao atendimento da demanda. Observou-se maior fragilidade na equipe de enfermagem, o que nos faz refletir sobre a sobrecarga destes profissionais no serviço, sendo esta uma possibilidade, onde a demanda não permite uma maior atenção, apesar do esforço dos profissionais. Entretanto, surgem questões que ainda devem ser investigadas, como as necessidades de espaço físico, infraestrutura, organização do fluxo, reuniões para discussão de casos e a proposta de um trabalho mais incisivo de autocuidado. Ter diferentes profissionais em um serviço, não garante por si só a prática multiprofissional. Os resultados apontaram que a assistência no Centro de Referência está pautada nos princípios da integralidade, há um compromisso da equipe em criar vínculos, acolher os usuários, o que ajuda na corresponsabilidade do tratamento, fazendo com que eles também sejam protagonistas no processo.

2273 CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE O TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO DA TUBERCULOSE
ALEXANDRE TADASHI INOMATA BRUCE, FELIPE LIMA DOS SANTOS, ANA CAROLINA SCARPEL MONCAIO

CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE O TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO DA TUBERCULOSE

Autores: ALEXANDRE TADASHI INOMATA BRUCE, FELIPE LIMA DOS SANTOS, ANA CAROLINA SCARPEL MONCAIO

INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença de grande impacto na saúde pública brasileira, sendo necessária a criação de estratégias para o enfrentamento da doença para que houvesse maior eficiência no controle. Diante disso, foi recomendada a descentralização do programa de controle para a Atenção Primária a Saúde dos municípios, assim como a adoção do Tratamento Diretamente Observado.  Essa política de tratamento foi criada para promover a adesão, reduzir o abandono e evitar o aparecimento de resistência aos medicamentos. Para isso, o profissional de saúde pode prover o cuidado de acordo com a necessidade do doente, identificando líderes comunitários ou responsáveis familiares que auxiliem nessa supervisão, sendo assim, o Tratamento Diretamente Observado pode ser considerado como uma das políticas mais eficazes no controle da tuberculose, a qual pode contribuir significativamente para a cura da doença. Analisar o conhecimento acerca do Tratamento Diretamente Observado da tuberculose em Manaus por meio dos profissionais da saúde faz-se necessário, visto que essa política vem sendo efetivada no contexto municipal, merecendo uma avaliação devido a sua importância para o controle da doença. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde acerca do Tratamento Diretamente Observado no Distrito Sanitário Norte de Manaus. MÉTODO DO ESTUDO: Tratou-se de um estudo quantitativo descritivo. Este estudo foi realizado nas Unidades Básicas de Saúde do Distrito Sanitário Norte da área urbana do município de Manaus, capital do Estado do Amazonas. Os dados foram coletados através do instrumento “Avaliação da Transferência de Políticas: Inovação, Informação e Conhecimento”. No delineamento do instrumento, os pesquisadores selecionaram frases (itens) objetivas em relação as quais, os sujeitos da pesquisa manifestam seu grau de concordância desde o discordo totalmente (nível 1) até́ o concordo totalmente (nível 5), o instrumento é composto por 39 itens distribuídos para avaliação dos constructos: Informação, Conhecimento e Inovação. Neste estudo, foi selecionada apenas a dimensão conhecimento, composto por 10 itens. Participaram profissionais de saúde do nível fundamental (Agentes Comunitários de Saúde), nível médio (auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem) e nível superior (enfermeiros e médicos) alocados nas oito Unidades Básicas de Saúde do Distrito Sanitário Norte de Manaus, acima dos 18 anos, que concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que atuam no município de estudo com no mínimo seis meses de experiência na função e que estavam no cumprimento ou exercício de suas funções quando na data da coleta de dados. Os profissionais de saúde que estavam em período de férias ou afastados por licença-saúde foram excluídos do estudo. Os dados foram analisados por meio do software SPSS 22.0, foram descritas as frequências das variáveis e a distribuição (média, mediana, e desvio-padrão, quando aplicados). Além disso, seguiu-se uma classificação de acordo com a média das respostas atribuídas pelos profissionais de saúde, utilizou-se a seguinte estratégia: quando os valores médios estiverem próximos de 1 e 2 o item é considerado “insatisfatório”; quando os valores médios ficarem próximos de 3 são considerados “regulares” e o item é considerado “satisfatório” quando os valores médios estiverem próximos de 4 e 5. RESULTADOS: Dos 102 profissionais de saúde participantes do estudo, sete (6,9%) eram médicos, 28 (27,7%) enfermeiros, 28 (27,7%) Agentes Comunitários de Saúde, 36 (35,3%) técnicos de enfermagem e 3 (2,9%) auxiliares de enfermagem. A maioria (71,6%) era do sexo feminino e 28,4% do sexo masculino, com faixa etária variando entre 29 a 58 anos (média 41,29; Desvio Padrão 7,24). A dimensão “conhecimento” verificou se os profissionais de saúde do Distrito Sanitário Norte conhecem e utilizam as diretrizes e os protocolos do Tratamento Diretamente Observado, se há participação em capacitações e treinamentos e se esses são oferecidos pelo Programa de Controle da Tuberculose, além da existência de discussão de casos clínicos entre a equipe e se há parcerias para incorporação e realização de ações com outras instituições além do setor saúde. Nesta pesquisa, 37,3% dos entrevistados dizem conhecer parcialmente as diretrizes do Tratamento Diretamente Observado e apenas 26,5% concorda totalmente que conhecem as diretrizes. No acompanhamento e compreensão do protocolo do Tratamento Diretamente Observado 28,4% concordam totalmente e a mesma porcentagem concorda que conhece parcialmente, porém a maioria (32,4%) discorda que há capacitações frequentes pelo Programa de Controle da Tuberculose e 37,3% não participa dos treinamentos oferecidos pela secretaria de saúde. Na opinião da grande maioria (69,6%) dos profissionais, a equipe reconhece a importância do tratamento observado e 80,4% concorda plenamente que para o sucesso dessa política é preciso fazer parcerias e incorporar outras instituições e realizar ações, além do setor saúde. De acordo com a classificação adotada, esta dimensão apresentou dois valores médios insatisfatório (item 5: A coordenação do Programa de Controle (municipal/estadual) oferece com frequência capacitações sobre o Tratamento Diretamente Observado e item 6: Participo dos treinamentos oferecidos pela Secretaria (Municipal/Regional/Estadual) de Saúde sobre o Tratamento Diretamente Observado), os demais estão classificados como regulares. A média total da dimensão foi de 3,07, o que a classifica como regular, mostrando que há um déficit de conhecimento acerca do tratamento. Destaca-se que a articulação do programa de controle não é bem avaliada por grande parte da equipe de saúde quando se trata da qualificação da equipe e também da pouca infraestrutura para a assistência ao doente de tuberculose nas unidades de saúde. Essas são situações que interferem diretamente na efetividade do tratamento e até na motivação profissional nas práticas assistenciais de controle da tuberculose, como é constatado na pesquisa. Além disso, considerando a realidade das equipes de saúde, constatou-se que as ações do Programa de controle municipal/estadual não têm sido satisfatórias para os profissionais, emergindo a necessidade de promover maior capacitação das equipes de saúde com relação ao Tratamento Diretamente Observado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde juntamente com a comunidade são os protagonistas na prevenção e controle da tuberculose, devendo ser feito com planejamento e compromisso. Ressalta-se, que estudos sobre essa doença, demonstrando o envolvimento e o conhecimento desses profissionais, principalmente sobre o Tratamento Diretamente Observado, são importantes para creditar o desempenho do seu protagonismo na temática da tuberculose. Os resultados mostram que há déficit de conhecimento sobre essa política de tratamento como o mais eficaz da tuberculose, sendo o compromisso e o empenho individual dos profissionais de saúde são atitudes imprescindíveis, porém não o bastante, existe a necessidade de se pensar novas maneiras de incorporar o Tratamento Diretamente Observado na rotina das unidades, pois essa modalidade de tratamento ainda encontra-se na fase de conhecimento acerca de como realmente é o seu processo de trabalho, sendo que é nesta fase que começam a aparecer as dificuldades e a necessidade sana-las para alcançar os objetivos.

1131 Fatores determinantes da hanseníase em menores de 15 anos em município Amazônico
Maura Cristiane e Silva Figueira, Sílvia Marias Farias dos Santos, Maria Teresa de Sousa, Luana Almeida dos Santos, Maria da Conceição Cavalcante Farias

Fatores determinantes da hanseníase em menores de 15 anos em município Amazônico

Autores: Maura Cristiane e Silva Figueira, Sílvia Marias Farias dos Santos, Maria Teresa de Sousa, Luana Almeida dos Santos, Maria da Conceição Cavalcante Farias

A hanseníase é uma doença de evolução lenta e infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium Leprae que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos.  Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de natureza quantitativa. Foram notificados 18 casos nessa faixa etária no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015 no município, dos quais 10 pacientes compõem a amostra desse estudo, parecer nº 1.737.88. Sobre a amostra: oito do sexo feminino, moradores da zona urbana, entre 10 a 14 anos, cinco paucibacilares e cinco multibacilares; 50% comunicantes intradomiciliares; relacionado à forma clínica da doença, observa-se a forma dimorfa em cinco (50%) dos casos. Quanto a distribuição da hanseníase por faixa etária houve o predomínio da faixa etária de 10 a 14 anos em nove (90%) dos casos. Foram identificadas características em comum:  baixa condição socioeconômica, ser comunicante de caso de hanseníase, residir com muitas pessoas, nível de escolaridade baixo e desconhecer a doença. Nesse contexto, a busca ativa por casos novos é o principal mecanismo para se alcançar a eliminação da doença, é importante que os contatos de casos de hanseníase sejam monitorados por pelo menos 5 anos. A hanseníase é uma doença de evolução lenta e infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium Leprae que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos. A transmissão ocorre quando uma pessoa doente e não tratada elimina o bacilo para o meio externo pelas vias respiratórias, sendo necessário contato direto e prolongado com o doente. No Estado do Pará o coeficiente de prevalência atualmente é de 4,2 casos/10 mil habitantes, demandando intensificação das ações para eliminação da doença, devido ao alto padrão da endemia. Porém, essa taxa pode não representar a situação real do estado, podendo estar subestimada, pois somente 42% da população do estado é atendida pelo serviço de cuidados primários à saúde, responsáveis pela implementação do controle da hanseníase e busca ativa de casos No Brasil, apesar do declínio no número de notificação, a hanseníase ainda apresenta um grau elevado de novos casos, principalmente na região centro oeste, norte e nordeste, sendo considerado o segundo com maior número de notificações, ficando atrás somente da Índia. O município de Santarém é considerado pelo Ministério da Saúde, uma área com alto índice de casos da hanseníase e prioritária nas campanhas de eliminação da doença, durante o ano de 2014 foram registrados 66 casos novos, representado pelo coeficiente de incidência de 2,27/10.000 habitantes. A hanseníase pode causar adoecimento em qualquer faixa etária, porém o Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH) tem como objetivo a redução dos casos em menores de 15 anos, pois sua presença na faixa etária citada indica a prevalência da doença na população em geral, caracterizando a exposição precoce ao bacilo, a cadeia de transmissão ativa na comunidade e a falha na eficácia do programa de controle. O objetivo foi identificar os fatores que contribuem para a ocorrência da hanseníase em menores de 15 anos. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de natureza quantitativa. Realizada no município de Santarém estado do Pará, considerando a importância que este município representa para o problema da Hanseníase no Estado, tanto em termos expressos pelos números da doença, como por ser o principal pólo de referência de saúde para outros 19 municípios da região. O estudo foi realizado no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e/ou Estratégias Saúde da Família (ESF) que notificaram casos de hanseníase em menores de 15 anos. Foram notificados 18 casos nessa faixa etária no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015 no município, dos quais 10 pacientes compõem a amostra desse estudo A coleta de dados foi realizada por meio de prontuários, livro de registro do programa de controle da hanseníase, e de questionário semiestruturado direcionado ao responsável do menor e entrevista direcionada ao paciente e ao responsável. Através da visita domiciliar foi apresentada a pesquisa e seus objetivos a cada paciente e responsável legal, onde foi entregue e lido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),Assentimento Livre e Esclarecido (TALE), mediante a aceitação de participação da pesquisa e assinatura dos mesmos, foi aplicado o questionário impresso, os quais foram identificados através do código (letra seguida de número) para a proteção da identidade dos participantes. A pesquisa foi direcionada de acordo com os princípios da Resolução 466/2012, que contêm diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), da Universidade do Estado do Pará (UEPA) Campus XII – Santarém, localizado na Avenida Plácido de Castro nº 1399, Aparecida, Santarém –Pará, obtendo aprovação conforme parecer nº 1.737.88 com aprovação em 21 de Setembro de 2016. Sobre a amostra: oito do sexo feminino, moradores da zona urbana, entre 10 a 14 anos, cinco paucibacilares e cinco multibacilares; 50% comunicantes intradomiciliares; relacionado à forma clínica da doença, observa-se a forma dimorfa em cinco (50%) dos casos. Quanto a distribuição da hanseníase por faixa etária houve o predomínio da faixa etária de 10 a 14 anos em nove (90%) dos casos, confirmando portanto o longo período de incubação característico da doença no ser humano, pois a existência de casos da doença em menores de quinze anos é considerada uma exposição precoce e persistente ao bacilo de Hansen, sendo ainda um relevante indicador da presença de casos ocultos na população em geral. Foram identificadas características em comum:  baixa condição socioeconômica, ser comunicante de caso de hanseníase, residir com muitas pessoas, nível de escolaridade baixo e desconhecer a doença. Nesse contexto, a busca ativa por casos novos é o principal mecanismo para se alcançar a eliminação da doença, é importante que os contatos de casos de hanseníase sejam monitorados por pelo menos 5 anos. Além disso, é preciso que o Programa Saúde do Escolar (PSE) também seja executado, o exame de escolares é fundamental em regiões onde há casos de hanseníase em menores de 15 anos, uma vez que o diagnóstico de casos nessa faixa etária é considerado transmissão recente por fontes de infecção ativa, que precisam ser detectadas para que se alcance resultados na eliminação da doença no país. O enfermeiro exerce papel fundamental dentro o programa nacional de eliminação da hanseníase, porém é preciso que haja capacitações, para que o profissional possa diagnosticar precocemente os novos casos. Por conseguinte sugere-se que o enfermeiro supervisor da Equipe Estratégia Saúde da família (ESF), capacite sua equipe em especial o Agente Comunitário de Saúde (ACS), para que saiba reconhecer e encaminhar à unidade os casos suspeitos. É de fundamental importância que o enfermeiro realize atividades de educação em saúde voltadas não apenas para os escolares, mas para os pais e a comunidade, para que a população conheça a doença, sua forma de transmissão, seus sinais e sintomas, e a importância do tratamento, pois o conhecimento contribui para a erradicação da endemia hansênica. Dessa forma este estudo não visa esgotar a temática, porém espera-se trazer contribuições para programa de eliminação e controle da hanseníase, servindo ainda como fonte para novas pesquisas.

4974 Produção de encontros e a formação em saúde: relato de experiência em oficinas sobre preceptoria na graduação.
Valéria Leite Soares, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Cibele Oliveira da CunhaRêgo, Ludymilla Maria Teixeira Pereira

Produção de encontros e a formação em saúde: relato de experiência em oficinas sobre preceptoria na graduação.

Autores: Valéria Leite Soares, Márcia Queiróz de Carvalho Gomes, Cibele Oliveira da CunhaRêgo, Ludymilla Maria Teixeira Pereira

Apresentação: o Programa de Educação pelo Trabalho (PET Saúde - GraduaSUS) desenvolve atividades na perspectiva do fortalecimento do ensino-serviço-comunidade e da formação em saúde baseadas nos princípios do Sistema de Único de Saúde (SUS). Participam do Programa (maio 2016 – maio 2018) diversas universidades do país, dentre estas, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a qual desenvolve ações com o intuito de atingir os objetivos propostos em seu projeto. A UFPB conta com a participação de seis cursos de graduação em área da saúde no Programa - Terapia Ocupacional (TO); Odontologia; Enfermagem; Medicina; Fisioterapia; e Farmácia, que juntos e por vezes individualmente, desenvolvem suas atividades em três eixos específicos - Eixo Reformulação Curricular, Eixo Desenvolvimento Docente e Eixo Preceptoria. O Eixo Preceptoria é composto por diversos atores da formação em saúde (discentes, docentes, profissionais do SUS - preceptores e gestores) dos diferentes núcleos profissionais supracitados. Este trabalho tem por objetivo descrever a experiência acerca de duas oficinas desenvolvidas pelo Eixo Preceptoria do Programa PET Saúde - GraduaSUS do Curso de Terapia Ocupacional da UFPB. Cabe ressaltar que o referido curso é o único da Paraíba formando sua primeira turma em 2014 e possui um número restrito de Terapeutas Ocupacionais na rede SUS nos três níveis de assistência, o que dificulta a realização dos estágios Desenvolvimento: trata-se de um estudo descritivo na categoria de relato de experiência sobre duas Oficinas do Eixo Preceptoria. As Oficinas tiveram como objetivo discutir as questões acerca da preceptoria, identificar fragilidades e potencialidades, aumentar o diálogo e dar voz aos diferentes atores envolvidos na preceptoria da Terapia Ocupacional, visando fortalecer o movimento de mudança da formação em saúde no e para o SUS. As oficinas foram elaboradas na perspectiva dos princípios do SUS, da interprofissionalidade e do trabalho colaborativo. A primeira Oficina aconteceu em agosto de 2016 - “Identificando potencialidades e fragilidades”, contou com 35 participantes e a segunda Oficina - “Conhecimento em preceptoria: do técnico ao afeto”, em Julho de 2017, teve 24 participantes. Em ambas as oficinas os atores envolvidos foram - preceptores, docentes, discentes, membros da comissão de estágio, residentes multiprofissionais do núcleo de TO e membros do Eixo preceptoria da TO. Na primeira oficina foram discutidos, em roda de conversa, as situações do dia a dia dos preceptores; ampliação do diálogo entre academia e preceptoria; e sobre o papel e responsabilidades da preceptoria. Na sequência foram formados 3 grupos de trabalho (GTs) que mediante a reflexão sobre o que foi discutido, cada grupo apontaria as potencialidades, fragilidades, nós críticos e resolutividade aos problemas levantados. Ao final, os GTs apresentaram em plenária seus trabalhos. Na segunda Oficina foi realizada roda de conversa tendo como mediadoras a Comissão de Estágio e a Coordenação do curso de TO. As temáticas foram a Prática da Preceptoria no SUS; as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de saúde; as competências da preceptoria no contexto da formação do discente de graduação; as bases teóricas que sustentam a metodologia do curso de TO e como seu currículo é desenvolvido. Em um segundo momento houve a fala dos discentes acerca das   suas percepções em relação a preceptoria, ocasião em que os afetos e emoções foram pontuados. Resultados: a formação em saúde não é algo fácil ou simples, é necessário uma integração e comunicação eficiente entre todos os envolvidos na formação dos futuros profissionais de saúde. Nessa perspectiva, faz-se necessário o encontro para o diálogo entre formandos e formadores. Partindo desse ponto, as oficinas produziram discussões entre seus pares, produzindo questionamentos e reflexões sobre as problemáticas da Preceptoria, buscando resolutividade e propostas na busca de qualidade na formação para e no SUS. Na primeira oficina, o ponto mais preocupante, foi a pouca comunicação entre o ensino e o serviço, ou seja, embora haja diálogo, o mesmo constitui-se como frágil ou insuficiente para a formação em saúde. Os participantes destacaram que a comunicação frágil entre a academia e a preceptoria ocasiona outros problemas ou fragilidades, tais como, falta de adequação das práticas do serviço mediante as inovações da academia, distanciamento entre a teoria e a realidade dos campos de estágio, além disso, os preceptores descaram que há pouco reconhecimento do importante papel do preceptor, os mesmos relataram a dificuldade em relação à metodologias ativas de aprendizagem. Em relação as potencialidades e resolutividades, os participantes destacaram que os projetos de extensão e pesquisa existentes na Universidade proporcionam experiências e fomentam discussões acerca do fazer em saúde e principalmente ampliam a visão de estudantes, professores e profissionais que participam deste tipo de projeto, ainda mencionaram que momentos para discussões entre academia e serviço configuram-se como essenciais para o processo de formação em saúde. Além destes assuntos, os participantes destacaram, na plenária, a importância do trabalho interprofissional, e a necessidade da reformulação da grade curricular do curso e a inserção dos discentes mais cedo nos cenários de prática, que atualmente inicia-se no 5°período. Esta oficina gerou discussões relevantes sobre o processo de formação dos preceptores, o que levou a proposição de um curso para os preceptores participantes do PET Saúde - GraduaSUS, partindo das necessidades destes e do que foi percebido na oficina, além do entendimento da importância deste encontro para a realização de outras oficinas deste caráter. Paralelo a construção do curso para os preceptores, realizou-se a segunda oficina de preceptoria, esta objetivou discutir sobre a formação em saúde no e para o SUS, o papel das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), a grade curricular do curso de Terapia Ocupacional da UFPB e suas premissas.  Nesse contexto, os preceptores de estágio tiveram a oportunidade de conhecer os princípios da grade curricular do curso, os referencias e os embasamentos teóricos os quais são utilizados como base do PPC. Nesta ocasião a comissão de Estágio junto a coordenação mediaram uma roda de conversa sobre a preceptoria em saúde e a formação no SUS. Foi um momento de grande valia, pois os participantes puderam discutir tais assuntos e propor mudanças para o PPC do curso, que está em processo de reformulação. Outro momento que causou impacto foi conhecer a percepção dos discentes em relação aos preceptores, reconhecendo que conhecimento técnico, metodologias pedagógicas e afetos são fundamentais e indissociáveis no processo ensino e aprendizagem. Utilizamos as Comunidades de Práticas para dividirmos as experiências de nossas oficinas com outras pessoas que trabalham na formação em saúde, pois acreditamos que compartilha-las é uma forma de contribuir. Considerações Finais: as oficinas desenvolvidas se configuraram como uma estratégia positiva para estreitar os laços entre a academia e o serviço, potencializando o diálogo entre os atores destes espaços, fazendo perceber o quão é importante a produção de rede colaborativa na formação em saúde, em que os esforços mútuos beneficiam o ensino, o serviço e a comunidade para um SUS de qualidade.

634 EXPERIÊNCIA ACADÊMICA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE PEDIÁTRICO COM LEISHMANIOSE VISCERAL.
Alana Dias, Izabela Silveira, Edficher Margotti

EXPERIÊNCIA ACADÊMICA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE PEDIÁTRICO COM LEISHMANIOSE VISCERAL.

Autores: Alana Dias, Izabela Silveira, Edficher Margotti

APRESENTAÇÃO: A leishmaniose visceral, também conhecida como Calazar, é uma doença crônica sistêmica, causada pelo protozoário do gênero Leishmania, espécie Leishmania Chagasi. Essa é transmitida pelo inseto flebótomo Lutzomia Longipalpis, que se alimenta de sangue do cão, do homem, de outros mamíferos e aves. Seu período de incubação varia de 10 a 24 meses, sendo em média de 2 a 4 meses. O Ministério da Saúde registrou no ano de 2016 no Brasil 3.200 casos da doença, na região Norte foram 578 e no Pará no mesmo ano se registrou 341 novos casos, um fator de suma importância é que 80% dos casos em áreas endêmicas ocorrem em crianças com menos de 10 anos. Os aspectos clínicos apresentam a forma oligossintomática e a clássica, porém o número de casos graves ou clássicos é relativamente pequeno em relação à outra. Na oligossintomática observa-se adinamia, febre baixa ou ausente, hepatomegalia está presente e a esplenomegalia quando detectada é discreta. Não se observa sinais de sangramento. Na forma clássica apresenta-se febre, astenia, adinamia, anorexia, perda de peso e caquexia. A hepatomegalia é acentuada micropoliadenopatia generalizada, intensa palidez de pele e mucosas, como consequência severa anemia. Observa-se quedas de cabelos, crescimento e brilho dos cílios e edema de membros inferiores. O diagnóstico é clinico epidemiológico e laboratorial. Esse último se baseia em exame sorológico de aglutinação direta (DAT), reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e ensaio enzimático (ELISA); parasitológico, o qual é realizado em material de biopsia ou punção aspirativa do baço, fígado, medula óssea ou linfonodos, exigindo treinamento para sua prática, exames inespecíficos: hemograma, dosagem de proteínas. O tratamento de primeira escolha são os antimoniais penta-valentes (antimoniato de N-metil-glucamina). Quando não houver melhora do quadro, a droga de escolha é Anfotericina B, usada sob orientação e acompanhamento médico em hospitais de referência, em virtude de sua toxicidade. Como medidas de prevenção ao homem: estimular medidas de proteção individual, tais como: repelentes, mosquiteiros de malha fina, bem como evitar se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite). Medidas simples para reduzir a proliferação do vetor a exemplo de limpeza urbana, eliminação de fonte de resíduos sólidos e destino adequado, eliminação de fonte de umidade. Além do controle da população canina errante. A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) torna-se importante devido ao planejamento de ações inter-relacionadas que visam a assistência ao paciente divididas em quatro fases: histórico, diagnóstico, planejamento e avaliação de enfermagem. Sua implementação proporciona ao paciente pediátrico acometido de leishmaniose visceral uma assistência de qualidade, onde os atendimentos às suas necessidades serão realizados. Dado ao exposto, o trabalho tem como objetivo relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), vivenciada durante uma abordagem a um paciente pediátrico com Leishmaniose Visceral, utilizando-se da SAE em relação ao seu estado atual. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de estudo descritivo do tipo relato de experiência, de cunho avaliativo para a atividade curricular Enfermagem em Pediatria, da faculdade de enfermagem da Universidade Federal do Pará. O local do estudo foi o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), referência em doenças infectocontagiosas e parasitárias no Estado do Pará. A experiência se deu em outubro de 2017. Foi aplicada taxonomia da NANDA, NOC e NIC através do processo de enfermagem. As informações coletadas foram analisadas e em seguida identificados os diagnósticos de enfermagem, indicado os resultados desejados e proposto as intervenções de enfermagem. O paciente foi escolhido de maneira aleatória e ao primeiro contato, foram coletadas as informações sobre o seu estado atual. Pré-escolar, 3 anos, sexo masculino, diagnosticado com Leishmaniose Visceral, internado há 29 dias, proveniente da cidade de Garrafão do Norte –PA. No momento da anamnese, segundo a progenitora, criança não referiu nenhuma queixa.  A criança apresentava se consciente e orientado, calmo e comunicativo, ativo e reativo, nutrido e hidratado, sono e repouso preservados, eliminações vesicais e intestinais presentes e em fralda, os achados que tiveram maior ênfase durante o exame físico foram a presença de placas escuras na arcada dentária, hematomas no dorso da mão esquerda, sinais flogísticos no local do acesso venoso periférico que se encontrava no membro direito; abdome distendido, com veias visíveis. Posteriormente, foi usado o prontuário a fim de identificar o histórico da criança, motivo da internação, manifestações clínicas na admissão, exames laboratoriais e de imagem, o tratamento realizado e evolução do quadro clinico. RESULDADOS: Após análise dos dados e problemas apresentados, foram traçados os seguintes diagnósticos de enfermagem: Risco de infecção e Integridade da Pele Prejudicada, relacionados aos procedimentos invasivos; Conforto alterado, relacionado aos sintomas relativos à doença evidenciado no desconforto ao abdome distendido; Dentição Prejudicada, relacionada a higiene oral inadequada e agentes farmacológicos evidenciada pelo excesso de placas na arcada dentária; Déficit no autocuidado relacionado a incapacidade de fazer sozinho a higiene corporal e alimentação evidenciado pela idade da criança. Espera-se atingir os seguintes resultados: Controle da doença até a regressão da mesma impedindo o agravamento, diminuir os riscos de infecção; integridade da pele dentro da normalidade; diminuição ou retirada de toda placa escurecida da arcada dentária e higienização da forma adequada, padrões nutricionais normais; higienização corporal adequada; e eliminar do risco de queda. Para obter tais resultados, foram apontadas as seguintes intervenções: Aferir e registrar os sinais vitais, trocar o acesso venoso periférico, bureta e equipo a cada 72H ou se necessário; fazer curativo do acesso periférico e avaliar o aparecimento de sinais flogísticos; Controle dos sintomas da doença e propiciar um ambiente confortável; estimular e orientar a higiene oral adequada com antisséptico bucal e encaminhar para odontologia; observar e comunicar distensão abdominal. Outras intervenções foram indicadas levando em conta a idade do paciente, como: realizar higiene corporal; auxiliar no autocuidado; auxiliar na alimentação; manter grades do leito elevada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência vivenciada foi de suma importância para ampliação do nosso conhecimento, possibilitando através da SAE a oferta de um atendimento holístico e pautado em bases científicas a um paciente pediátrico com Leishmaniose Visceral. Foi perceptível durante o acompanhamento do caso a importância do enfermeiro nos diversos processos de assistência prestados, e o quanto a SAE auxilia no reestabelecimento das necessidades humanas básicas afetadas e na prevenção de agravos à saúde, além de possibilitar a prestação de um cuidado humanizado e de qualidade à criança e seus familiares.

2459 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: Dialogando sobre o tema na atenção primária
Veridiana Barreto Nascimento, Nádia da Costa Sousa da Costa Sousa Sousa, Kamille Herondina Maia Martins de Farias Herondina, Thaís Ferreira Barreto, Yara Macambira Santana Lima, DINAURIA NUNES CUNHA DE FARIA, Renata Simões Monteiro, Nathanni Queiroz dos Santos

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: Dialogando sobre o tema na atenção primária

Autores: Veridiana Barreto Nascimento, Nádia da Costa Sousa da Costa Sousa Sousa, Kamille Herondina Maia Martins de Farias Herondina, Thaís Ferreira Barreto, Yara Macambira Santana Lima, DINAURIA NUNES CUNHA DE FARIA, Renata Simões Monteiro, Nathanni Queiroz dos Santos

APRESENTAÇÃO: A gravidez na adolescência tornou-se um tema de extrema relevância na realidade da saúde pública brasileira, especialmente, pelo aumento significativo de sua incidência e sua associação com a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O nível socioeconômico e a escolaridade são aspectos constantemente relacionados com a ocorrência da gravidez na adolescência, revelando que as classes econômicas menos favorecidas apresentam maiores indicadores deste evento. Este fato torna-se ainda mais preocupante quando a gravidez não é planejada e/ou sem apoio familiar, levando na maioria das vezes a adolescente a prática do aborto ilegal, geralmente em condições precárias, compreendendo um dos principais determinantes para os óbitos e patologias relacionadas à gestação. No que concerne a saúde dessas jovens, uma gravidez nessa fase tem maior probabilidade de ocasionar síndromes hipertensivas, partos prematuros, pré-eclâmpsia, desproporção feto-pélvica, restrição do crescimento fetal, além de problemas consequentes de abortos provocados e pela falta de subsídio necessário. Trata-se de um período da vida característico de inúmeras mudanças, as quais envolvem transformações físicas, psicológicas, biológicas e comportamentais o que pode tornar tal fase bastante conturbada decorrente das diversas descobertas e experiências, somando-se a construção da identidade e maturação sexual. Em virtude do atual cenário da gravidez na adolescência, buscou-se com este estudo, identificar o conhecimento dos adolescentes de uma escola pública do município de Santarém-PA acerca da temática, já que a gravidez na adolescência envolve inúmeros fatores que necessitam de um olhar mais atencioso dos serviços de saúde pública assim como a inserção de sua abordagem no ensino das escolas, para que os jovens tenham conhecimento sobre o assunto e sejam mais responsáveis com suas vidas e práticas sexuais, considerando que a relação sexual desprotegida não se traduz somente em uma gravidez não planejada, mas compreende também as ISTs cada vez mais frequentes e precoces nessa faixa etária. OBJETIVO: Analisar os acontecimentos e fatos presentes no cotidiano das adolescentes sobre a gravidez. MÉTODO: Participaram do estudo 18 adolescentes de uma escola pública da cidade de Santarém-Pará. A escola foi o local escolhido para a realização de atividades de educação em saúde do Projeto de Extensão Universitária “Prevenção de ISTs, aborto e gravidez na adolescência na comunidade escolar” da UEPA submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (UEPA) - CAAE: 55793616.2.0000.5168. Para a coleta dos dados os pais dos adolescentes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) autorizando a participação de seus filhos na pesquisa. Os resultados foram coletados por meio de um questionário estruturado, com 12 questões fechadas sobre gravidez na adolescência e suas implicações. A coleta de dados ocorreu em Junho de 2016. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: A pesquisa foi desenvolvida com 18 alunos do ensino fundamental, com faixa etária de 13 a 16 anos, 5,6% da amostra tinha 13 anos, 61,2% dos entrevistados dos corresponderam a 14 anos, as idades de 15 e 16 anos obtiveram as mesmas porcentagens (16,6%) do total dos alunos. Com relação ao gênero 33,3% dos entrevistados eram do sexo masculino, o público feminino correspondeu a 66,7% dos estudantes. A partir dos dados obtidos, observou-se que apenas 33,3% dos participantes revelaram conversar com os pais sobre assuntos relacionados ao sexo, o mesmo percentual foi obtido ao se questionar sobre quais jovens dialogavam com a família sobre assuntos relacionados ao aborto, fato este que pode comprovar a dificuldade que os pais apresentam em abordar temas relacionados tanto a sexualidade quanto a prática de atividade sexual segura. A maior parte dos alunos (88,9%) tinha conhecimento de colegas que haviam engravidado na adolescência, assim como também sabiam o quanto uma gravidez, principalmente quando não foi planejada, poderia interferir na vida dos adolesentes. Quando perguntado se eram contra a prática de abortos em casos de estupro, 66,7% dos entrevistados se posicionaram contra essa prática mesmo em situações de violência sexual. Com relação aos fatores apontados como causas dos abortos praticados no Brasil, 44,5% dos alunos revelaram não saber opinar, a vaidade ou falta de responsabilidade foi apontada por 27,7% dos entrevistados, casos de estupro foram relatados por 22,2% dos pesquisados e 5,6% dos estudantes apontaram a prática de aborto apenas aos casos em que a gravidez ocasiona risco de morte à mãe. Conforme descrito nos dados, notou-se que a maior parte dos jovens não possui as informações necessárias no que concerne aos riscos à saúde materno-fetal oriundas de uma gestação durante a adolescência, sobretudo as que ocorrem sem planejamento e apoio. Com relação ao modo como os abortos são praticados, 83,4% dos entrevistados relataram não saber como ocorre o referido ato e apenas 16,6% dos participantes afirmaram saber como se dá essa prática, este resultado reforça a necessidade de ampliar a disseminação das informações referentes as consequências de um aborto realizado em condições sanitárias precárias ou inadequadas e/ou quando realizado por pessoas não capacitadas. A importância de inserir cada vez mais informações acerca dessa temática, sobretudo no ambiente escolar, traduz-se no fato de que os adolescentes buscam respostas para as suas dúvidas em meios de comunicação como a televisão, internet, conversa com amigos, entre outros, o que pode contribuir para a transmissão de informações errôneas sobre o assunto em questão. Dos jovens entrevistados, 66,7% posicionaram-se contra a legalização do aborto no Brasil, o que confirma ser um assunto conhecido por todos como um ato ilegal em nosso país, um caso típico de controvérsia quanto ao fundamento ético; um problema, porém, de saúde pública pela frequência com que ocorre no Brasil, representando a quarta causa de morte materna, devido suas complicações. Quando perguntado sobre qual seria a idade ideal para uma gravidez, 44,6% dos pesquisados afirmaram que não existe idade ideal para esse momento, mas a faixa etária acima de 20 anos e acima de 25 anos tiveram percentuais semelhantes de 27,7% na opinião dos entrevistados. Esta concepção da maioria dos pesquisados, confirma a ideia de que não existe idade ideal para que se ocorra uma gravidez, porém tanto a mulher quanto o homem devem sentir-se preparados biologicamente, socialmente e financeiramente para essa nova etapa de suas vidas. CONSIDERAÇÕES: Esta pesquisa não foi realizada com o intuito de se apresentar soluções ou conclusões definitivas sobre gravidez na adolescência e aborto, mas delinear o panorama dos acontecimentos atuais sob uma ótica de tendências variadas acerca da temática abordada, com o intuito de facilitar uma maior aproximação entre os diferentes lineares dos estudos e as opiniões dos estudantes do ensino fundamental, alertando para o fato de que gestações no período da adolescência são de alto risco, uma vez que, estas – em sua grande maioria – ocorrem sem uma base sólida para dar suporte a adolescente sobre as mudanças advindas de uma gravidez não planejada, contribuindo para significativos percentuais de adolescentes brasileiras que morrem por ano em decorrência da prática do aborto ilegal.   Palavras-Chave: Adolescentes, Gravidez, Aborto.  

1132 MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA NO PERÍODO 2014 A 2016
Veridiana Barreto do Nascimento, FRANCISCA ELINETE LIRA DE OLIVEIRA, DANIELA FONTINELI FERREIRA, Maria da Conceição Cavalcante Farias, Luana Almeida dos Santos

MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA NO PERÍODO 2014 A 2016

Autores: Veridiana Barreto do Nascimento, FRANCISCA ELINETE LIRA DE OLIVEIRA, DANIELA FONTINELI FERREIRA, Maria da Conceição Cavalcante Farias, Luana Almeida dos Santos

A mortalidade materna representa um grande problema da saúde pública na atualidade, sendo papel de todos os profissionais da saúde minimizar tais agravos à saúde da mulher principalmente a enfermagem. Assim, o objetivo deste estudo é conhecer o índice de mortalidade materna no município de Santarém, Pará no período de  2014 a 2016. Para tanto, foi efetuada uma pesquisa  caracterizada por um estudo quantitativo, exploratório, retrospectivo, do tipo documental (dados secundários), conforme parecer nº 2.238.697. O estudo foi realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Santarém – SEMSA. Por meio de levantamentos de dados para pesquisa através de notificação acerca da morte gravídica e puerperal em pacientes cadastradas no  banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM. No serviço de saúde que serviu como referência para esta pesquisa, foram encontrados no banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM da Secretaria Municipal de Saúde 11 pacientes com  morte gravídica. Entretanto no momento da realização desta foi constatado pelas pesquisadoras que 02 pacientes não continham os dados relatados sendo a amostra da pesquisa estabelecida em 09 paciente. A maioria das pacientes grávidas que foram à óbito cinco (55,56) reside  na zona rural, e a faixa etária de maior incidência  de casos foi dos 18 a 29 anos no total de cinco (55,56). Observou-se que cinco (55,56%) das mortes maternas são decorrentes de causas obstétricas diretas, e que o diagnóstico de Eclampsia corresponde a três (33,33%) dos casos. Notou-se que apenas três (33,33%) realizaram o pré-natal, tal achado demostra a importância desta gama de cuidado para com as mulheres no período gravídico e puerperal. Conclui-se que a assistência de qualidade dos profissionais da saúde desde a saúde básica até a alta complexidade é importante para evitar tais agravos. 

1174 A família diante de um filho homossexual - uma revisão sistemática
Daniel Cerdeira de Souza

A família diante de um filho homossexual - uma revisão sistemática

Autores: Daniel Cerdeira de Souza

Este estudo aborda a homossexualidade no âmbito familiar, tendo como objetivo investigar a dinâmica da relação pais e filhos de diferentes orientações sexuais, conforme análise da produção de literatura entre 2004 e 2014. A revisão sistemática foi realizada a partir de periódicos das bases de dados SciELO e PePSIC. As referências pesquisadas foram agrupados por meio da técnica de análise de conteúdo. A relevância desta revisão, está principalmente quando se pensa em conhecer a realidade e dinâmica das relações familiares vividas por homossexuais em seus núcleos familiares, verificando suas dificuldades e potencialidades. Neste estudo, os resultados evidenciaram que os preceitos judaico-cristão são a base da homofobia que funciona como uma estrutura de exclusão dentro das familias, que a sensação de fracasso na criação e educação do filho é comum em pais de homossexuais e que existem ainda, três tipos de famílias em que há a presença de homossexuais, sendo as famílias desintegradas, onde as relações são complicadas, além das situações de conflito antes da revelação da orientação sexual do filho, estes tendem a aumentar depois do coming out, as sensações de vergonha e a rejeição pela orientação sexual do filho são fatores bem presentes, bem como a rejeição do parceiro do filho é constatada. Os pais não conseguem projetar um futuro para o filho gay. As famílias ambivalentes, que apresentam reações ambivalentes no que diz respeito a revelar a orientação sexual de seu filho a outras pessoas e familiares, pois são motivados por um sentimento de vergonha interna. A comunicação nesse grupo familiar e positiva e o reconhecimento da orientação sexual do filho acontece. Apesar de existir uma pequena relação com o parceiro do filho, geralmente essa relação gera conflito e outro fator presente são as incertezas em relação ao futuro do filho. E as famílias integradas, onde os sentimentos de vergonha são pouco presente, sendo o segredo considerado desnecessário. Com a revelação da orientação sexual do filho, há uma melhoria nas relações familiares e o acolhimento do mesmo é evidente. Nessa tipologia familiar, os conflitos geram proximidade e não o afastamento. Além do reconhecimento da orientação sexual do filho, a família geralmente encontra uma contribuição única e exclusivamente positiva do filho gay, existe um envolvimento com o movimento homossexual. Em relação ao companheiro, a inclusão do mesmo é explícita e o futuro do filho é visto positivamente.