17: Acolhimento e cuidado: reflexões sobre aprendizagem no serviço
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: CCA - Andiroba    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1346 A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA MELHOR IDADE – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Amanda Tavares Silva, Thiago Gomes Oliveira, Camila Carlos Bezerra, Edrianei Malcher da Silva

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA MELHOR IDADE – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Amanda Tavares Silva, Thiago Gomes Oliveira, Camila Carlos Bezerra, Edrianei Malcher da Silva

INTRODUÇÃO: Devido às inúmeras mudanças fisiológicas que ocorrem na vida dos idosos o paladar, a mastigação, a absorção de nutrientes e as alterações no sistema digestivo são afetadas provocando sérios agravos relacionados à nutrição. Estudos epidemiológicos têm fornecido evidências sobre a importância da dieta como fator de risco para doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, diabetes mellitus e neoplasias. Esses agravos relacionados à nutrição atingem todos os sexos e idades, mas, na última década tem sido dada uma importância crescente ao grupo dos idosos. Em 2000 a Organização Mundial De Saúde (OMS) propôs uma estratégia mundial para a prevenção e controle de doenças crônicas- degenerativas não transmissíveis tornando-as prioridade para a saúde pública. Uma dieta adequada para os idosos representa qualidade de vida, pois, com o envelhecimento fisiológico surge um conjunto de alterações orgânicas e funcionais  que provocam impactos negativos na sua saúde. Por isso a dieta para os idosos requer uma análise bem detalhada dos diversos aspectos da vida e da saúde desse idoso, deve ser individualizada buscando atender as necessidades nutricionais do idoso afim de que os agravos decorrentes da nutrição inadequada ou desequilibrada: menor do que suas necessidades corporais não provoque o surgimento de doenças. OBJETIVO: Relatar a experiência da visita domiciliar a um idoso com nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais. METODOLOGIA: Relato de experiência crítico-reflexivo realizado por acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas, durante as aulas práticas da disciplina de Enfermagem na Atenção Integral à Saúde do Idoso no Programa de Atenção à Saúde do Idoso, localizado na zona Centro-Sul da cidade de Manaus, desenvolvida no período entre 03 a 30 de maio de 2017. Traçou-se um plano de visitas domiciliares para o acompanhamento do idoso, possibilitando a concretização da integralidade, acessibilidade e a interação entre o acadêmico e o idoso. Foram realizadas visitas semanais com o objetivo de estabelecer um vínculo¸ identificar necessidades e acompanhar a evolução desse idoso, o que foi feito aplicando o Processo de Enfermagem e a Sistematização da Assistência de Enfermagem que consiste na coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem. RESULTADO: A disciplina “Enfermagem na Atenção Integral à Saúde do Idoso” do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas tem uma carga horária total de 60 horas, sendo 30 horas destinadas à aulas teóricas e 30 horas para atividades práticas.  As aulas práticas foram iniciadas no mês de maio de 2017 onde os acadêmicos foram destinados à instituições diferentes para execução das atividades. Os objetivos das atividades práticas em campo eram: Compreender o processo de envelhecimento e suas manifestações biológicas, psicológicas e sociais; Conhecer a atuação do enfermeiro na equipe multi e interdisciplinar no cuidado ao idoso; Compreender a atuação do enfermeiro na promoção, manutenção da saúde do idoso, bem como na prevenção de doenças; Desenvolver atividades relacionadas ao autocuidado da pessoa idosa. Os acadêmicos destinados ao Programa de Atenção à Saúde do Idoso que desenvolve ações de promoção da saúde e prevenção de doenças das pessoas idosas, visando principalmente o envelhecimento saudável e estimulando a autonomia, independência, integração e participação efetiva na sociedade, foram orientados a traçar um plano de visitas domiciliares para o idoso que lhe foi destinado. O acompanhamento através das visitas domiciliares ao idoso mostrou um sentimento de apreensão na família do idoso. A esposa, que também se apresenta como principal cuidadora relatou que o idoso não se alimenta adequadamente fazendo apenas uma refeição ao dia ou até menos. Durante o cumprimento do plano de visita domiciliar foi constatado a insistência de um dos filhos do idoso para que ele se alimentasse, o que foi imediatamente compreendido como um sinal de risco para o idoso, pois a falta da alimentação adequada pode acarretar complicações e comprometer seriamente a saúde do idoso levando-o à desnutrição e a desidratação visto que era perceptível a magreza do idoso. Considerando que o processo de envelhecimento é marcado por alterações fisiológicas que levam ao declínio das potencialidades do indivíduo tornando-o mais vulnerável. No decorrer das visitas domiciliares, foram observados sinais de alerta que indicavam má alimentação, que compreendiam: perda de apetite, sonolência extrema, magreza profunda - IMC= 15.69 -, pele com presença de descamação, elasticidade diminuída, tugor diminuída¸ alterações do hábito intestinal e ausência total da arcada dentária. Os principais diagnósticos de enfermagem foram: Nutrição alterada: menos do que as necessidades corporais, fadiga, deglutição prejudicada, risco de lesão, déficit no autocuidado para alimentação. As principais intervenções de Enfermagem, baseados nos diagnósticos de Enfermagem levantados foram: aconselhamento quanto à assistência para ganho de peso, orientação nutricional: fracionamento da alimentação é importante para que o idoso atinja suas necessidades nutricionais, encorajamento do paciente quanto ao autocuidado na alimentação, controle do peso corporal, orientação para a família quanto a fazer às refeições juntamente ao idoso, estimulando-o a se alimentar. Com o decorrer das visitas, observou-se que o idoso apresentou ganho de peso, mostrou-se mais ativo e comunicativo. Sua esposa que antes apresentava faces de preocupação encontrava-se com o semblante mais feliz. Foi nítido o vínculo e a confiança entre o idoso e as acadêmicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É perceptível que o hábito e estilo de vida saudáveis influenciam no envelhecimento e no aumento das doenças crônicas degenerativas. Por tal motivo ressalta-se a importância da alimentação saudável em idosos, considerando que a ingestão adequada de nutrientes deve ser realizada através de uma alimentação completa, diversificada e harmônica. Portando é de grande relevância que os acadêmicos do curso de enfermagem ao cursar a disciplina Saúde do Idoso, ao finalizarem assimilem a importância da alimentação saudável. E que é possível que o enfermeiro proporcione orientações necessárias para que o idoso tenha hábitos e uma ingestão de alimentos saudáveis de acordo com os recursos financeiros disponíveis de cada um. Programar esse estilo de vida no cotidiano do idoso deverá ser prioritário, pois garante a prevenção de doenças crônicas entre outras comorbidades que são atreladas a uma alimentação inadequada e hábitos de vida sedentários. Contudo faz parte desse processo disponibilizar informações, subsídios e educação em saúde para melhor adesão por parte das pessoas de melhor idade.

1408 AÇÃO PEDAGÓGICA COM OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE CALENDÁRIO VACINAL: vivência dos estudantes de enfermagem no estágio supervisionado
Marcos Antônio Sales Rodrigues

AÇÃO PEDAGÓGICA COM OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE CALENDÁRIO VACINAL: vivência dos estudantes de enfermagem no estágio supervisionado

Autores: Marcos Antônio Sales Rodrigues

APRESENTAÇÃO: DO QUE TRATA O TRABALHO E O OBJETIVO: Trata-se de um relato de uma experiência em campo de estágio supervisionado em Enfermagem II da Fundação Universidade Federal de Rondônia, no período de agosto a outubro de 2017.  O estudo objetivou realizar oficinas pedagógicas com os ACS de três equipes de uma unidade básica de saúde do município de Porto Velho-RO, sobre o calendário vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde, para sensibilizá-los e instrumentá-los na realização da vigilância em saúde adequada à imunização da população. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A metodologia utilizada foi a do Arco de Maguerez, que é constituído das etapas de observação da realidade, pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação da realidade. Para a realização do Arco, partimos da realidade, por meio de debates com os ACS sobre suas vivencias no cotidiano de trabalho. As dificuldades e dúvidas expressas pelo ACS foram: Como resgatar as funções do ACS? Como realizar a vigilância em saúde e orientar sobre o calendário vacinal e antropometria da criança? Nesse momento, o processo de ensino e aprendizagem se relaciona com aspectos que o ACS observa minuciosamente, expressando suas percepções e realiza uma leitura sincrética da realidade, fazendo com que eles refletissem bem sobre o momento atual do seu trabalho. Ainda nessa oficina foi realizado o levantamento dos pontos–chave, em que foram selecionados o que é relevante e essencial para a representação da realidade observada, identificando as variáveis que podem contribuir para a compreensão e solução do problema. Nessa etapa, os ACS citaram como pontos importantes a dificuldade da comunicação, insegurança nas orientações corretas sobre vacinas, dúvidas sobre o preenchimento adequado da caderneta de saúde da criança (CSC) e educação/promoção da saúde. Com base nisto, buscou-se indagar à literatura, com a fundamentação teórica e realizar o estudo baseando-se em responder as seguintes questões: Como orientar as famílias sobre o calendário vacinal? Como preencher corretamente a CSC? Por fim, foi proposto pelos facilitadores uma atividade de dispersão sobre Vigilância em Saúde (VS) e sobre suas funções com base na Política Nacional de Atenção Básica – PNAB, para discutirmos as atividades que eles desenvolvem em suas microáreas. Na segunda oficina os ACS trouxeram suas reflexões sobre VS e, durante a discussão, houve a troca de experiências vivenciadas no dia a dia dos ACS. Pelos relatos percebeu-se que executavam as ações de VS, porém tiveram dificuldades em relatar de que se tratava e que ações praticadas faziam parte da vigilância. Ainda nessa oficina partimos, então para o momento de teorização, momento em que as informações precisam ser analisadas, buscando explicações acerca da realidade observada e a compreensão dos pontos-chave, possibilitando algumas conclusões que viabilizarão a etapa seguinte. Para auxiliar nesta etapa foi disponibilizado um pequeno texto sobre a vigilância em saúde que possibilitou um maior suporte teórico aos participantes, contribuindo com o processo de teorização. Logo em seguida, falamos sobre a PNAB e o papel do ACS. Após explanação dialogada foi aberto, o espaço para discussão. Os ACS têm noção que sua função está fundamentalmente ligada às políticas públicas de saúde, embora seja distinta daquela exercida pelos outros profissionais de saúde, por não estar diretamente relacionada à assistência. Além disso, em tese, seu desafio é justamente o desenvolvimento de ações que propiciem a materialização das diretrizes do SUS, considerando-se uma nova concepção de saúde que inclui os determinantes sociais do adoecimento, ou seja, a promoção da saúde.  A última etapa dessa oficina houve a teorização sobre o calendário vacinal da criança e adolescente, além de exposição dialogada sobre antropometria e atividades de fixação de conteúdos. A terceira oficina foi discutido o restante do calendário vacinal. Para a fixação do conteúdo e finalização da oficina foram distribuídas CSC para cada grupo, as quais foram preenchidas com idade, situações diversas de calendário vacinal e dados antropométricos em que cada grupo deveria relatar quais vacinas perdeu bem como a curva de crescimento com base na idade da criança. Em síntese, cada grupo deveria informar à família quais vacinas a criança poderia tomar, como estava seu crescimento e desenvolvimento e qual conduta deveria ser orientada aos cuidadores. Após atividades de fixação foi iniciada a etapa da formulação de hipóteses para a solução de problemas e a aplicação no cotidiano de suas práticas. Essa etapa de formulação de hipóteses deve ser construída a partir da profunda compreensão do problema, utilizando-se a criatividade e originalidade dos ACS, para buscar novas maneiras para a resolução dos problemas referentes à orientação e educação em saúde sobre o calendário vacinal e antropometria. Neste momento houve uma interação ainda maior entre os envolvidos, pois na medida em que as ideais de possibilidade de hipóteses eram levantadas por um ACS ocorria a intervenção dos demais presentes contribuindo com a ideia inicial, possibilitando o aprimoramento e a lapidação da temática, tornando-a ainda mais interessante para o resultado esperado. As hipóteses formuladas para os questionamentos iniciais se remeteram a implementação da educação permanente em saúde (EPS) sistemática sobre calendário vacinal e educação em saúde para famílias e comunidade, utilizando-se de abordagem significativa e participativa para os atores envolvidos. Das hipóteses à realidade, aplica-se as soluções eleitas como viáveis e o ACS aprende a generalizar o aprendido para utilizá-lo em diferentes situações, permitindo que ele saia do âmbito intelectual e volte a sua realidade, aplicando uma resposta ao problema levantado, buscando transformá-lo de alguma maneira. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: A totalidade dos ACS apresentou opinião positiva em relação as oficinas pedagógicas, revelado no verso dos pós-testes onde lhes foi solicitado avaliação sucinta sobre a ação educativa. Os ACS informaram que no momento em que saírem do grupo de discussão e emergirem novamente em suas microáreas, aplicaram aquelas hipóteses levantadas por eles e as viram como eficazes para suas realidades, no sentido de potencializar sua comunicação e vínculo com as famílias em seus territórios. Os relatos acrescentaram que a ação pedagógica foi dinâmica, sanou dúvidas quanto as vacinas já existentes no calendário vacinal e as introduzidas recentemente. Foi considerável entre os relatos, a solicitação de educação permanente na unidade, favorecendo o aprendizado para o fortalecimento das ações desenvolvidas pelos ACS na comunidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A vivência de uma ação pedagógica com ACS sobre calendário vacinal alicerçada no Arco de Maguerez, mostrou-se estratégica no contexto da Saúde da Família, da Educação Permanente e da Vigilância em Saúde. A capacitação para os ACS por meio de ações educativas pode render-lhes maior competência para o desenvolvimento de seu trabalho, objetivando a promoção e prevenção de doenças e agravos da população. Os temas suscitados emergiram das inquietações dos ACS, os quais foram refletidos em constante movimento de construção-desconstrução e reconstrução do saber que se tornam presentes na comunidade, promovendo resultados positivos. Ademais, propiciou condições objetivas de aprendizado significativo, baseadas em discussões coletivas e processos reflexivos de situações concretas emergentes do cotidiano de trabalho. Reconhecer a fortaleza do encontro, valorizar as trocas de experiências, ampliar a análise crítica dos fatos e dispor-se a delinear estratégias de educação em saúde às famílias sobre as vacinas foram algumas das potencialidades evidenciadas por meio da sistematização do processo formativo partilhado.

1449 O CUIDADO COM O AMBIENTE PARA PREVENÇÃO DO RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM A PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM
Willame Oliveira Ribeiro Junior, Luís Fernando Silva Santos, Marília Araújo dos Santos, Matheus da Silva Cavalcante, Talyana Maceió Pimentel, Margarete Feio Boulhosa, Joeldo do Nascimento Lima

O CUIDADO COM O AMBIENTE PARA PREVENÇÃO DO RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM A PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM

Autores: Willame Oliveira Ribeiro Junior, Luís Fernando Silva Santos, Marília Araújo dos Santos, Matheus da Silva Cavalcante, Talyana Maceió Pimentel, Margarete Feio Boulhosa, Joeldo do Nascimento Lima

Apresentação: Segundo George et al (2000), a Teoria Ambientalista de Florence Nightingale tem como pressuposto a manipulação do ambiente físico como o principal componente do atendimento de enfermagem. Dessa forma, quando um ou mais componentes do ambiente estivessem desequilibrados, o paciente fará esforços desnecessários fazendo-o gastar mais energia para restaurar seu equilíbrio com o meio em que se encontra. Segundo Roquete et al (2017), a longevidade não é sinônima de envelhecimento saudável, pois pode vir acompanhada de aumento das incapacidades funcionais e/ou cognitivas, de maneira a exigir que alguém se responsabilize por esse cuidado. De acordo com Filho (2009), existem muitas estratégias recomendadas para a Promoção do Envelhecimento Saudável, pois em 1992, a OMS, por intermédio da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) recomendou que a “Promoção da Saúde do Idoso seja realizada por ações interdisciplinares”. Tais estratégias são: Avaliação Global do Idoso (AGI), que consiste em um instrumento para avaliar o idoso e a saúde dele; estímulo à atividade física regular; mudanças de hábitos deletérios; adequação nutricional; postergar o início das doenças; uso criterioso de fármacos; compensar a limitações; manutenção dos papéis sociais; ampliação da rede de suporte social; prevenir acidentes e traumas.Dentre eles destacamos a prevenção de acidentes e traumas, pois de acordo com Pinho et al (2012), “a queda é um evento comum e muito temido pela maioria dos idosos, devido às suas consequências desastrosas”. Tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem acerca da aplicabilidade da Teoria Ambientalista de Florence Nightingale Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um estudo qualitativo, relatando a experiência de acadêmicos de enfermagem, baseado na metodologia ativa utilizada pelo Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará pautada no Arco de Maguerez que consiste em cinco passos, dos quais são: observação da realidade; levantamento de pontos-chaves; teorização; hipótese de solução; e retorno à realidade. Foi realizada uma consulta de Enfermagem na Unidade de Saúde Centro Saúde Escola do Marco. Resultados e/ou impactos: No estudo, podemos ter maior percepção acerca da Teoria Ambientalista de Florence Nightingale em sua aplicabilidade no convívio social. Dessa forma, a partir da consulta de enfermagem, podemos obter alguns resultados decorrentes dela. Desta forma, o estudo foi de extrema importância para o grupo de acadêmicos que o realizou, evidenciando a relevância das teorias de enfermagem durante o processo de promoção a saúde. Além disso, o estudo trouxe melhor orientação quando ao seu ambiente de convívio para a idosa em questão, respaldado com o intuito da Metodologia da Problematização, aplicada no Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, que busca a melhor formação de seus acadêmicos para o atendimento tanto hospitalar quanto comunitário a população. Considerações finais: Este estudo com abordagem da Teoria Ambientalista demonstra a aplicabilidade de ações voltadas para promoção e prevenção a saúde em ambientes que possam trazer risco a população idosa, visto que a participante em questão desconhecia os métodos preventivos para quedas em sua residência.

1625 Aprendizados e vivências de acadêmicos voluntários do projeto Marias na Esperança: Oficinas de promoção de saúde na terapêutica do câncer.
Rômulo Chaves Pereira de Oliveira, Rosana Pimentel Correia Moysés, Ana Paula de Souza Lima

Aprendizados e vivências de acadêmicos voluntários do projeto Marias na Esperança: Oficinas de promoção de saúde na terapêutica do câncer.

Autores: Rômulo Chaves Pereira de Oliveira, Rosana Pimentel Correia Moysés, Ana Paula de Souza Lima

Apresentação: Esse projeto concentrou-se no Lar das Marias, entidade que abriga e apoia mulheres do interior do Amazonas com câncer. Diversas atividades são ofertadas nessa entidade desde rodas de conversa sobre temas recorrentes do processo de cura e tratamento do câncer a atividades lúdicas, como jogos e manufaturas de bijuterias. O projeto visa contribuir para a formação humana dos acadêmicos e para a percepção da complexidade do processo de adoecimento, das necessidades humanas e dos determinantes sociais. Este relato tem por objetivo especificar quais foram as atividades realizadas pelos acadêmicos no Lar das Marias e a importância dessas atividades para a formação profissional destes. Desenvolvimento: A oportunidade de estar em contato com mulheres de diversas idades, em situações de fragilidade físico-emocional foi importante para o amadurecimento da sensibilidade dos acadêmicos. Aquelas mulheres, majoritariamente, eram originárias de cidades do interior do Amazonas, estavam em tratamento de diversos tipos de câncer – em diversos estágios – na instituição FCECON-AM, e, ainda, possuíam poucos recursos financeiros e estruturas de auxilio para suas situações. O próprio tratamento, a saída do lar e do entorno familiar, o medo da doença, da morte, a incerteza quanto ao futuro, foram relatados por elas em um de nossos primeiros contatos, onde montou-se uma roda de conversa objetivando o compartilhamento de suas vitórias, felicidades, dores e angústias. Durante as atividades, os acadêmicos também relatavam histórias pessoais ou familiares, objetivando fortalecer uma aproximação. Em outro momento, realizamos atividades de criação de bijuterias, uma vez que muitas daquelas mulheres vendiam produtos, roupas ou bijuterias como forma de geração de renda, já que estavam em outra cidade e precisavam de recursos. Objetivava-se, com essa atividade, divertir e auxiliar aquelas que precisavam de ajuda para iniciar alguma fonte de renda. Uma das atividades mais marcantes consistia em montarmos duplas, misturando acadêmicos com as mulheres alojadas, para que cada um realizasse desenhos sobre o que o outro representava em sua vida. Os resultados foram significativos tanto para os acadêmicos quanto para as residentes do Lar. Resultados e impactos: Os aprendizados adquiridos nas práticas realizadas no Lar das Marias foram enriquecedores em muitos aspectos, tanto pela oportunidade de entendimento acerca do processo de adoecimento e cura, das dificuldades socioeconômicas e psicossociais atreladas à doença propriamente dita, quanto pelo contato próximo com pessoas que precisam de apoio. Essa troca de saberes proporciona uma nova perspectiva do adoecimento, melhorando a qualidade de vida das mulheres e a percepção do cuidado pelos acadêmicos. Considerações finais: É de grande importância a realização de atividades práticas que possibilitem o compartilhamento de vivências entre acadêmicos e comunidade, o que fortalece a necessidade do trabalho multidisciplinar para um suporte médico-psicológico e social, respeitando a perspectiva e necessidades do outro. Este projeto proporcionou a oportunidade de promover saúde através do vínculo, o que aperfeiçoa a humanização do cuidado, essencial àqueles que, futuramente, tornar-se-ão profissionais da saúde.

1701 Educação Médica e Desafios da Equipe Multiprofissional em uma UBS da Amazônia: Relato de Experiência
Davi Emmanuel Malcher de Carvalho, Juliana Reis Pereira, Helen Soares de Lima, Ana Flávia Ribeiro Nascimento, Pedro Bruno Paixão Ribeiro, Emanuel Roberto Figueiredo da Silva, Gabriel Tavares de Oliveira Silva

Educação Médica e Desafios da Equipe Multiprofissional em uma UBS da Amazônia: Relato de Experiência

Autores: Davi Emmanuel Malcher de Carvalho, Juliana Reis Pereira, Helen Soares de Lima, Ana Flávia Ribeiro Nascimento, Pedro Bruno Paixão Ribeiro, Emanuel Roberto Figueiredo da Silva, Gabriel Tavares de Oliveira Silva

Trata-se de um relato de experiência acerca das percepções de acadêmicos de medicina em torno da relação da equipe multiprofissional com a população atendida pela Unidade Básica de Saúde Esperança, localizada em um bairro periférico do município de Santarém – Pará, no interior da Amazônia. O objetivo era a compreensão por parte dos alunos da organização e das atribuições de cada funcionário de uma UBS, além da análise dos principais aspectos socioeconômicos e culturais que interferem na adesão ao tratamento dos pacientes e dos desafios enfrentados pela equipe multiprofissional no âmbito de suas atribuições, no contexto da realidade Amazônica. Também se compreendeu a importância do cuidado integral que promove saúde e previne agravos, tanto dentro do espaço físico da UBS quanto em suas áreas de abrangência, bem como do papel dos gestores na oferta de serviços com qualidade. Participaram da inserção de saúde comunitário seis acadêmicos matriculados na disciplina Gestão, Interação, Ensino, Serviço e Comunidade 2 (GIESC 2), componente curricular da graduação em medicina da Universidade do Estado do Pará. Os alunos acompanhados pela médica da UBS e docente da Universidade realizaram visitas semanais à unidade básica, de agosto a novembro de 2017. Durante as visitas, o grupo observou o trabalho de cada funcionário da equipe multiprofissional e sua relação com o público atendido, bem como sua relação com os outros integrantes da equipe. Destaca-se que durante a observação das atividades do Agente Comunitário de Saúde (ACS) os alunos fizeram visitas domiciliares a pacientes cadastrados naquela UBS. Após cada dia de atividade foram realizadas discussões em torno das experiências vividas e de possíveis soluções para os problemas detectados. Fichas de auto avaliação disponibilizadas pela Universidade constituídas por perguntas abertas que abrangiam os eixos desempenho na atividade diária, conhecimentos adquiridos e comentários sobre o que foi observado no dia foram preenchidas e entregues à docente e serviram de parâmetro para análise posterior, a fim de criar soluções eficientes para os desafios daquela UBS.

1705 O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, RELATO DE EXPERIÊNCIA
Aliny Cristiany Costa Araújo, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Diully Siqueira Monteiro, Fernando Kebler Martins Barbosa, Igor Kenji Yamamoto Souza, Marcos José Risuenho Brito Silva, Pablo Cordovil Lobato dos Santos, Regiane Camarão Farias

O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Aliny Cristiany Costa Araújo, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Diully Siqueira Monteiro, Fernando Kebler Martins Barbosa, Igor Kenji Yamamoto Souza, Marcos José Risuenho Brito Silva, Pablo Cordovil Lobato dos Santos, Regiane Camarão Farias

APRESENTAÇÃO: Os direitos das pessoas acometidas de transtorno mental são assegurados sem qualquer forma de discriminação e em qualquer nível de atenção de saúde promovendo a equidade e integralidade. Para isso, é visto que a Segurança do Paciente vem com cuidado respeitoso às preferências, necessidades e valores individuais dos usuários. Quando tratado de usuário com transtorno mental, é visto o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) como forma de melhor acolhimento para esse usuário. No entanto, é valido ressaltar o papel que a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem para este, visto que o mesmo continua inserido na comunidade e, por conseguinte, na sua ESF. Este trabalho tem como objetivo de relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em capacitação com profissionais de uma ESF a respeito da segurança do paciente de transtorno mental na Atenção Básica. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado do Pará. A capacitação ocorreu em uma ESF localizada em Belém-Pa. Foi abordado sobre o que é saúde mental, a importância dos profissionais e como eles podem está ajudando este usuário. Após isso, os profissionais presentes tiveram a oportunidade de está compartilhando as suas experiências e realizando perguntas sobre a temática. Por fim, foi feita uma dinâmica na qual todos os presentes escreviam em um papel o que mais lhe angustiava e, após isso, rasgava esse papel com o intuído de mostrar o poder que cada um tem sobre os seus problemas. RESULTADOS: Participaram da capacitação 20 ACS da ESF. Evidenciou-se a aceitação e o envolvimento das ACS nas atividades propostas, assim como a melhor compreensão a respeito da Saúde Mental e sua implicância quanto à atenção voltada aos usuários na Atenção Básica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que por mais que o assunto seja desafiador na ESF, espera-se que os conhecimentos ali perpassados não permaneçam intrínsecos as pessoas presentes, mas que assuma caráter multiplicador quebrando paradigmas e tabus para maximizar o acolhimento desses usuários. Além disso, é valido ressaltar que o papel da enfermagem sendo como Instrumento do processo de trabalho em saúde, subdivide-se ainda em vários processos de trabalho como cuidar, gerenciar, pesquisar e ensinar.

1712 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM O BINÔMIO NO ALOJAMENTO CONJUNTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Arlete Ortiz Tury, Thaís Gralha

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM O BINÔMIO NO ALOJAMENTO CONJUNTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Arlete Ortiz Tury, Thaís Gralha

Trata-se de um relato de experiência cujo o objetivo é descrever as experiências de duas acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cursando o sexto período da graduação, nas aulas práticas da disciplina de Enfermagem na Atenção Integral à Saúde da Mulher realizadas no Alojamento Conjunto (ALCON) da Maternidade Balbina Mestrinho, na cidade de Manaus, AM. O ALCON é o local de atendimento hospitalar do binômio mãe-RN no puerpério mediato cujo quadro clínico esteja estável e de baixo risco e foi escolhido pelos coordenadores d disciplina como campo de prática para lapidar os conhecimentos e as habilidades técnicas dos estudantes na assistência de enfermagem no puerpério. A experiência contou com 9 binômios os quais exigiram formar diferenciadas de cuidado permitindo às discentes se aperfeiçoarem na vida profissional executada no ambiente puerperal mediato. Cada acadêmica ficou responsável por uma enfermaria a qual comportava 4 leitos, ou seja, 4 binômios (uma delas fora acrescida uma maca que servia como leito extra). A nova vivência permitiu uma maior compreensão das acadêmicas nos cuidados com o binômio mãe-RN e da aplicação da teoria na prática, também permitiu avaliar criticamente os fatores positivos e negativos do atendimento humanizado do ALCON evidenciando a necessidade da educação em saúde em igual proporção à atuação assistencial e técnica. A experiência também serviu para fixar as funções administrativas e os registros de prontuários, os quais geralmente são negligenciados pelos profissionais por serem cansativos quando em grande quantidade, além de agir como guia para futuras especializações na área obstétrica ou neonatal.

1718 A IMPORTÂNCIA DA PSICOEDUCAÇÃO COM USUÁRIOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE- UBS: um relato de experiência em uma UBS do Município de Santarém-PA
Inglith Rodrigues de Lima, Nilce da Silva Baltazar, Rogeria da Silva Farias, Eliane dos Santos Campos, Mari das Dores Carneiro Pinheiro

A IMPORTÂNCIA DA PSICOEDUCAÇÃO COM USUÁRIOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE- UBS: um relato de experiência em uma UBS do Município de Santarém-PA

Autores: Inglith Rodrigues de Lima, Nilce da Silva Baltazar, Rogeria da Silva Farias, Eliane dos Santos Campos, Mari das Dores Carneiro Pinheiro

A psicoeducação é uma técnica que relaciona as ferramentas psicológicas com objetivo de ensinar o paciente e seus possíveis cuidadores sobre a patologia física e/ou psíquica, bem como sobre seu tratamento. Assim, é possível desenvolver um trabalho de prevenção e de conscientização em saúde. É uma estratégia utilizada para amenizar algum tipo de sofrimento psíquico, na qual o profissional da saúde busca levar um entendimento acerca da patologia vivenciada pelo sujeito. A psicoeducação pode ser realizada em diversas áreas da saúde, busca compreender e intervir juntamente com o paciente que apresenta ou não em sofrimento psíquico. Neste intuito, será apresentado, um relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do curso de Psicologia, durante o Estágio Básico de Saúde, realizado em uma Unidade Básica de Saúde – UBS no Munícipio de Santarém-PA. O presente estudo objetiva evidenciar a importância de promover psicoeducação em ambientes de saúde. Metodologicamente o estudo trata-se de um relato de experiência vivenciados pelos acadêmicos durante a realização do estágio em saúde, sendo realizadas 06 intervenções, com os usuários que se encontravam na sala de espera da UBS. Utilizou-se material visual para promover palestras, aplicação de dinâmicas de grupo, observações realizadas pelos acadêmicos. Os temas abordados contemplavam as patologias mais frequentes dentro do contexto da saúde, como: Ansiedade, depressão, doenças psicossomáticas e Doenças crônicas. Durante as intervenções realizadas, observou-se a dificuldade dos usuários em compreender o real sentido que englobam as patologias citadas anteriormente, considerando-se que, estes usuários encontravam-se leigos frente aos conhecimentos de tais patologias. Entende-se que, realizar a psicoeducação em Unidades Básicas de Saúde, considerando-se a realidade local, é de fundamental importância para promover esclarecimento e orientação a população acerca de patologias que, muitas vezes geram sofrimento psíquicos e sociais ao indivíduo.

1756 EXTRAPOLANDO OS MUROS DA UNIVESIDADE: A INSERÇÃO PRECOCE DO ACADÊMICO DE MEDICINA NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO AMAZONAS
Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Júlia Cristina de Souza Alves, Gustavo Rodrigues da Silva, Rodrigo Duarte Machado, Fabiana Mânica Martins, Ana Beatriz da Cruz Lopo de Figueiredo

EXTRAPOLANDO OS MUROS DA UNIVESIDADE: A INSERÇÃO PRECOCE DO ACADÊMICO DE MEDICINA NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO AMAZONAS

Autores: Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Júlia Cristina de Souza Alves, Gustavo Rodrigues da Silva, Rodrigo Duarte Machado, Fabiana Mânica Martins, Ana Beatriz da Cruz Lopo de Figueiredo

Apresentação: VER-SUS (Vivência e Estágios na realidade do SUS) é um programa do Ministério da Saúde em parceria com a Rede Unida, cujo intuito é aproximar os estudantes das verdadeiras dificuldades inerentes a consolidação do SUS em território nacional. Trata-se de uma imersão temporária, porém profunda, de acadêmicos de diferentes áreas e instituições com objetivo de abrir e reformular o olhar dos futuros profissionais em relação a saúde em nosso país tendo como base a interação educação- saúde-sociedade. Relato: Durante o mês de agosto de 2016, os viventes experimentaram por sete dias uma imersão impactante na realidade local do histórico município de Borba, a famosa princesinha do Madeira, no interior do Amazonas. Para chegar ao destino final foram necessárias sete longas horas de jornada que incluíram duas viagens de lancha através do Rio Negro e dois trajetos terrestes. A intenção principal dos alunos seria conhecer e aprender sobre o funcionamento rede de atenção em saúde do município onde estavam inseridos. No campo da saúde, a compreensão do processo saúde-doença é refletida como expressão conjunta dos determinantes sociais. Dessa maneira, em mais uma edição do projeto, os alunos visitaram inúmeras Unidades Básicas de Saúde, hospitais, Vigilância sanitária e epidemiológica, escolas, igrejas entre outros, além de entrarem em contato direto com gestores, trabalhadores da saúde e usuários municipais. Durante as visitações os alunos ficavam a vontade para questionar a respeito da logística e gestão de funcionamento da saúde local, além de terem inúmeras oportunidades de participarem de projetos e ações que estavam ocorrendo naquele período. Resultados: O processo de “fazer saúde” é mais complexo do que se  imagina, como já foi citado, é necessário que inúmeras esferas estejam em sintonia para gerar condições de vida de qualidade que preservem a saúde física e mental dos indivíduos. A oportunidade de experimentar de perto o funcionamento dessas inúmeras variáveis trouxe para os acadêmicos um olhar mais profundo e engajado sobre o que realmente afeta a saúde dos indivíduos. De certa forma, essa visão inspira os acadêmicos a não se conformarem com a realidade em que vivem e busquem atuar em conjunto para provocar a mudança que realmente almejam ver. Conclusão: As novas diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Medicina (2014) esclarecem as reais necessidades de se formar novos profissionais da saúde com competências e habilidades que reflitam pensamentos críticos, realistas e reflexivos a cerca do meio em que estão inseridos, sendo dessa maneira capazes de realizar um atendimento que seja mais digno, humanizado e claramente compatível com a prática de seu ambiente de atuação. Porém para que este objetivo seja plenamente atingido é necessário deixar de lado momentaneamente a teoria e mergulhar  de cabeça no dia-a-dia do SUS, mediante isso o período de vivência proporcionou aos estudantes crescimento acadêmico-profissional e pessoal além de preparar os mesmos para atuações que se expandem para além dos muros de nossas tradicionais Universidades. Por fim, podemos concluir que  saúde e doença são produções sociais passíveis de transformação e aperfeiçoamento não apenas coletivo, porém também individual. 

1758 VIVÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA: A VISITA DOMICILIAR COM ACS COMO FERRAMENTA DE APREDIZADO PARA O ACADÊMICO DE MEDICINA
Julia Alves, Isabelle Figueiredo, Gustavo Rodrigues, Rodrigo Machado, Fabiana Manica

VIVÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA: A VISITA DOMICILIAR COM ACS COMO FERRAMENTA DE APREDIZADO PARA O ACADÊMICO DE MEDICINA

Autores: Julia Alves, Isabelle Figueiredo, Gustavo Rodrigues, Rodrigo Machado, Fabiana Manica

Introdução: A Atenção Domiciliar é reconhecida como “um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde”. Essa modalidade possui vital importância na prática de saúde, pois permite um cuidado de forma mais acolhedora e humanizada e visa a criação de importantes vínculos de confiança entre profissional de saúde e comunidade. O presente relato destacará a importância da atuação do Agente Comunitário de Saúde (ACS) no aprendizado de acadêmicos de Medicina que cursaram a disciplina Saúde Coletiva III no período de julho a setembro de 2016. Relato: Durante as aulas práticas da disciplina foi proposto atividades em que pudéssemos acompanhar o dia a dia de uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Um desses encontros foi reservado para o acompanhamento de um ACS durante uma visita domiciliar a duas famílias moradoras do bairro Ouro Verde que vivem num contexto em que determinantes sociais de saúde, tais como condições de habitação precárias e de difícil acesso, com saneamento básico praticamente inexistente e alcance dificultado aos serviços de saúde, impõem obstáculos a um cuidado global do paciente. Além disso, no decorrer da visitação, pudemos realizar as mais diversas perguntas sobre o trabalho e dia a dia do ACS que acompanhávamos. Resultados: Com essa atividade pudemos compreender as atribuições e desafios que tal profissional enfrenta para manter o elo entre as famílias e a equipe de saúde. As precárias condições de vida que tais famílias vivem reforçam a importância da Atenção Domiciliar, visto que muitas vezes o processo de adoecimento está diretamente relacionado à qualidade de vida. Ademais, o trabalho do ACS é relevante no quesito da territorialização do cuidado visto que manter o cadastro atualizado das famílias dentro da microárea sob sua responsabilidade é indispensável no que diz respeito a formulação de estratégias de cuidado e intervenção pela equipe interprofissional. A inserção do acadêmico de medicina na realidade da Atenção Básica durante as práticas, proporcionou a vivência e a identificação  dos principais Determinantes Sociais de Saúde que afetam o processo de saúde-doença de tais famílias ampliando  a visão do cuidado e formando futuros médicos que veem o paciente como um todo e não somente como uma patologia. Conclusão: Conhecer o trabalho de um Agente Comunitário de Saúde é uma experiência enriquecedora tanto pessoalmente quanto profissionalmente, tornando possível a compreensão de que a saúde vai além do consultório e reafirma a necessidade do trabalho de uma equipe interprofissional no cuidado. A prática vivenciada valida o que é proposto pelas Diretrizes Curricularres Nacionais para a formação médica, que orientam a formação de um perfil acadêmico e profissional voltado para o desenvolvimento de estratégias de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde em nível individual e coletivo dentro do Sistema Único de Saúde. Pudemos compreender que a atenção em saúde extrapola as mais chocantes realidades, buscando sempre vencer as mais marcantes desigualdades com a intenção de oferecer sempre o melhor para a comunidade.  

1811 A INSERÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DO SEXO MASCULINO NA COLETA DO EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO (PCCU) EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE BELÉM-PA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Giovana Karina Lima Rolim, Aliny Cristiany Costa Araújo, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Camila Leão do Carmo, Fernando Kleber Martins Barbosa, Marcos José Risuenho Brito Silva, Regiane Camarão Farias, Dione Seabra de Carvalho

A INSERÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DO SEXO MASCULINO NA COLETA DO EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO (PCCU) EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE BELÉM-PA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Giovana Karina Lima Rolim, Aliny Cristiany Costa Araújo, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Camila Leão do Carmo, Fernando Kleber Martins Barbosa, Marcos José Risuenho Brito Silva, Regiane Camarão Farias, Dione Seabra de Carvalho

APRESENTAÇÃO: Este relato de experiência visa abordar a temática do PCCU sob as perspectivas de acadêmicos de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. Em virtude dos elevados índices de câncer de colo útero no Brasil, torna-se importante discutir o panorama atual no qual o país, sobretudo a capital do estado do Pará, está inserida.  De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer, somente para o ano de 2016 foram esperados cerca de 16.340 novos casos a nível nacional, 1.970 e 990 notificações dos estados e das capitais da região norte, respectivamente, 820 novos casos no estado Pará e 260 novos casos em Belém (INCA, 2015). Diante desse cenário, torna-se essencial discutir o papel do enfermeiro, enquanto profissional, docente e principalmente quanto acadêmico em processo de formação, no que se refere as ações de promoção, prevenção e tratamento das afecções específicas do gênero feminino. Atualmente, a estratégia adotada para o rastreamento de câncer do colo do útero consiste na realização periódica do exame citopatológico, popularmente conhecido como PCCU ou preventivo. O rastreamento eficaz do público alvo corresponde a um dos focos principais da AB e reflete significativamente na redução dos índices de afecção e mortalidade por câncer de colo do útero. Em países onde o exame é realizado de cada três a cinco anos, com cobertura maior que 50%, as taxas de mortalidade são inferiores a três por 100 mil mulheres ao ano, naqueles onde a cobertura é superior a 70%, a taxa de mortalidade é igual ou inferior a duas mortes por 100 mil mulheres ao ano (BRASIL,2016). Infelizmente os serviços de saúde brasileiros utilizam majoritariamente o padrão de rastreamento oportunístico, no qual cerca de 20% a 25% dos exames realizados não atendem ao grupo etário recomendado e possuem intervalo menor ou igual a um ano, quando o recomendado são três anos. Dessa forma, há mulheres superrastreadas e outras totalmente descobertas (BRASIL,2016). Segundo a resolução Nº 385/2011, do Conselho Federal de Enfermagem, a coleta de material para o exame preventivo do câncer de colo do útero, consiste em um procedimento complexo, que necessita de competência técnica e científica conferida ao enfermeiro. Para tanto, é essencial que ainda na academia os discentes tenham contato com o procedimento para adquirir as habilidades necessárias. No entanto, a realidade de atendimento oferece algumas barreiras no que se refere à inserção de acadêmicos na rotina dos serviços voltados a saúde da mulher, em especial a presença de homens na coleta do exame PCCU. Dentre as barreiras encontradas estão à vergonha, o incômodo, o medo do procedimento e a própria preferência de gênero, esses fatores evidenciam a influencia da sexualidade na vida da mulher e reforçam a importância do estabelecimento do vínculo de confiança entre o profissional de saúde e a usuária, no intuito de minimizar os aspectos negativos atribuídos ao exame e alcançar maior adesão ao procedimento que deve ser realizado por enfermeiros de ambos os sexos (NOGUEIRA et. al, 2017). Este estudo tem por objetivo relatar a experiência de um grupo de acadêmicos de Enfermagem, frente ao procedimento da coleta do exame PCCU em uma unidade de Atenção Básica (AB) do município Belém-Pa., no período das aulas práticas do componente curricular de saúde da mulher. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um relato de experiência, com abordagem descritiva, realizado em uma unidade de saúde da Atenção Básica, localizada no bairro de Fátima do município de Belém-PA. Este estudo foi desenvolvido durante as aulas práticas do componente curricular de saúde da mulher na AB. Inicialmente o grupo composto por 5 integrantes (3 mulheres e 2 homens) foi divido em dois subgrupos, os quais foram alocados para setores distintos. O subgrupo no qual as 3 acadêmicas foram selecionadas iniciou os atendimentos pela sala de coleta do exame PCCU, enquanto que os dois acadêmicos homens iniciaram as atividades pela sala de vacina, triagem e consultas de pré-natal. No decorrer dos 15 dias de aulas práticas na unidade de saúde, os subgrupos se revezaram entre os setores e atendimentos oferecidos, tais como: aferição de pressão arterial, verificação dos dados antropométricos, consultas de enfermagem e baixas de pré-natal, cadastros no sistema operacional da sala de vacina, atendimento de imunização, bem como o acolhimento, agendamento e realização do exame PCCU. RESULTADOS: Este estudo possui enfoque na prática atrelada ao procedimento de coleta do exame preventivo do câncer de colo do útero, portanto os resultados encontrados serão estritamente relacionados a temática, independente das experiências nos demais setores. Logo, tornou-se possível observar que durante os 15 dias destinados as aulas práticas de saúde da mulher, o quantitativo de coletas realizadas pelo grupo foi distinto. No subgrupo das três acadêmicas, cada uma fez em média 3 coletas supervisionadas pela preceptora e acompanhou pelo menos mais duas, enquanto que dos dois acadêmicos, apenas um conseguiu visualizar o procedimento completo. Os homens tiveram acesso maior à parte burocrática relacionada ao serviço, ou seja, ao agendamento do procedimento, registros e entrega dos resultados laboratoriais. Notou-se ainda, a grande resistência e insegurança por parte das usuárias quanto à inserção dos acadêmicos homens durante o procedimento, mesmo que fosse apenas para visualizar a técnica, esse fator corroborou para a deficiência da experiência prática do subgrupo masculino. Neste sentido, o atendimento misto tende a garantir maior inserção do profissional do sexo oposto na promoção à saúde da mulher, e também minimizar a recusa das usuárias (NOGUEIRA et. al, 2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao longo dos atendimentos na unidade, observou-se nitidamente a resistência e desconforto das usuárias quando eram indagadas se os acadêmicos do sexo masculino poderiam realizar ou somente acompanhar o procedimento do exame PCCU. Para tanto, reforça-se a importância da educação em saúde relacionada à quebra dos tabus quanto à presença de homens nos serviços voltados a saúde da mulher e elucidação dos aspectos éticos que regem a profissão, além de incentivar a inserção do homem e neste caso, dos acadêmicos de enfermagem, como profissionais éticos e qualificados para tal procedimento. Não obstante, é de suma importância elucidar o papel que as usuárias possuem no processo de formação acadêmica e de melhorias na qualidade do serviço oferecido, bem como esclarecer não somente a importância, mas também os benefícios que tal procedimento pode trazer a sua saúde e qualidade de vida.

1586 SAÚDE DO TRABALHADOR AGRÍCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ATIVIDADE PRÁTICA EM UMA COMUNIDADE NA ZONA LESTE DE MANAUS
Anny Michelly Coelho do Nascimento, Andreza Andrade Gomes, Brenda Sampaio de Souza, Esthefany Souza Silva, Gabriella Martins Soares, Marilena Costa Vasques Cabus, Odete de França Vieira, Ana Katly Martins Gualberto Vaz

SAÚDE DO TRABALHADOR AGRÍCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ATIVIDADE PRÁTICA EM UMA COMUNIDADE NA ZONA LESTE DE MANAUS

Autores: Anny Michelly Coelho do Nascimento, Andreza Andrade Gomes, Brenda Sampaio de Souza, Esthefany Souza Silva, Gabriella Martins Soares, Marilena Costa Vasques Cabus, Odete de França Vieira, Ana Katly Martins Gualberto Vaz

Introdução: A comunidade Nova Esperança, também conhecida como Val Paraíso possui características rurais, porém, dentro do perímetro urbano da cidade de Manaus, Amazonas. Esse extenso sítio de atividades agrícolas é diferenciado principalmente porque se localiza em uma área urbana formando o complexo do bairro Jorge Teixeira, limitado ao norte pela reserva Adolpho Ducke e Colônia Chico Mendes, ao sul pela quarta etapa do bairro Jorge Teixeira, a leste pelos bairros João Paulo II e Cidade Alta e a oeste pela I etapa do bairro Val Paraíso. De acordo com o histórico apresentado pelo líder comunitário residem cerca de 150 famílias em terras assentadas ou arrendadas que praticam agricultura produzindo hortaliças (coentro, cebolinha, alface, chicória, pepino e couve) e plantas medicinais. A produção é comercializada e abastece o chamado “cinturão verde” da conhecida feira do produtor além de outros estabelecimentos comerciais em torno da região, abastecendo de 15% a 20% o mercado de hortaliças de Manaus. É uma área na periferia da cidade com infra- estrutura precária. A partir de 2010 devido ao Plano Diretor Urbano do Executivo Municipal a comunidade foi excluída do sub-setor agrícola, passando a ser considerada área urbana. Atualmente se mantém com recursos próprios, sem suporte técnico de órgãos de extensão rural, seu único apoio externo chega através de visitas do Programa de Endemias do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador do Amazonas (CEREST). Objetivo: Relatar a experiência vivenciada na Comunidade Nova Esperança em Manaus – Amazonas durante atividade prática cuja finalidade foi conhecer a dinâmica de trabalho dos comunitários e as condições em que é realizado, verificar a exposição aos agrotóxicos e identificar os prováveis agravos à condição de saúde desses trabalhadores. Métodos: A atividade foi realizada no dia 17 de novembro de 2017 por sete acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), supervisionadas por três docentes da disciplina de Vigilância em Saúde. Na ocasião, as acadêmicas realizaram uma entrevista não estruturada com o agricultor designado para mostrar a área de cultivo. A entrevista foi gravada e transcrita para posterior análise, foi composta por questões norteadoras relacionadas a três principais eixos: 1) Condições de trabalho; 2) Exposição aos agrotóxicos; 3) Condições de saúde. Quanto à dinâmica de trabalho e as condições em que é realizado: a modalidade é a agricultura familiar comercial por meio da plantação no loteamento com pouco ou nenhum recurso tecnológico, tendo como principais instrumentos agrícolas a enxada, a foice e o arado. Funciona como uma espécie de cooperativa de pequenos agricultores. As condições de trabalho no local são preocupantes, pois revelaram sérios problemas de infra-estrutura, tais como: o sistema de abastecimento de água encanada deficiente, os poucos trabalhadores que puderam, adquiriram poço artesiano para garantir água constante, porém, com qualidade duvidosa devido à aproximação com as fossas sépticas; rede de esgoto inacabada; coleta de lixo uma vez por semana, para remediar a situação o excesso de lixo é queimado, contudo, esta prática gera resíduos, polui o meio ambiente e o torna mais aquecido. Há ainda desinteresse quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) como máscara, óculos, luva e botas sob a justificativa de que a compra desses materiais sobrecarrega o orçamento do comunitário. O entrevistado admitiu reconhecer a importância desses materiais, mas devido à “força do hábito” e o custo adicional prefere não utilizá-los. Quanto à exposição aos agrotóxicos: constatou-se que os agricultores se expõem constantemente a essas substâncias, conseqüência da manipulação incorreta, fruto de anos sem aconselhamento e suporte profissional. Esse comportamento, segundo relato do agricultor entrevistado, vem se modificando devido à iniciativa dos técnicos da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas que iniciaram um trabalho de educação em saúde voltado para forma correta de utilizar os agrotóxicos, visando proteger os trabalhadores contra os efeitos nocivos desses agroquímicos. Essa parceria contribuiu para modificar a conduta anterior e implantar gradativamente as formas corretas de manipulação, compra, armazenamento e descarte. Quanto às condições de saúde: A comunidade Nova Esperança não recebe cobertura médica assistencial, não apenas a área visitada, mas todo o seu território. O agricultor entrevistado afirmou que já teve agravos em sua saúde provocados pelo trabalho agrícola como intoxicação por inalação de agrotóxicos, hérnia de disco e insuficiência renal aguda, precisou de assistência básica e hospitalar, mas se deparou com muita dificuldade para ser atendido. O suporte que precisou para tratar estas injúrias ao seu corpo em parte foi feito fora dos limites da comunidade com consultas e exames particulares associados ao tratamento “caseiro” com chás de ervas medicinais cultivadas na sua plantação. Ele ressaltou que há casos de problemas de saúde de natureza grave entre os companheiros de agricultura onde não é possível pagar pelo tratamento devido aos altos custos. Nesses casos a situação é dramática principalmente com doenças crônicas e incapacitantes. Resultados e/ou impactos: Pode-se inferir que os agricultores dessa comunidade encontram-se sob constante risco ocupacional no ambiente de trabalho, confirmado pela observação de infra-estrutura precária, ausência de uso de EPI’s, exposição aos agrotóxicos com risco de aquisição de patologias, exposição solar aumentando o risco de câncer de pele, problemas no sistema músculo-esquelético (hérnia de disco, desvio na coluna vertebral, lesão por esforço repetitivo, etc). Considerações finais: É lamentável a ausência de suporte técnico disponibilizado à comunidade Nova Esperança. Infelizmente o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), responsável por esse papel, não dispõe de recursos humanos suficientes para atender essa comunidade como precisa e merece. Os agricultores para conseguirem sobreviver de suas produções e sustentar suas famílias com dignidade se expõem diariamente a riscos para a saúde e até risco de morte. É difícil entender como uma comunidade que, segundo suas estatísticas, produz e abastece de 15% a 20% o mercado de hortaliças frescas da cidade de Manaus, não receba o apoio das autoridades e do poder público, visto que a base de qualquer agricultura por mais rudimentar que seja é o apoio técnico dos órgãos competentes. Por fim, ressalta-se o respeito a todos os comunitários que mesmo em condições desfavoráveis como falta de saneamento básico, ausência de vias de acesso asfaltadas, exclusão de cobertura de assistência médica básica, pressão social, exposição à violência por conta dos avanços das invasões, não desistem do seu trabalho e permanecem servindo a sociedade no anonimato.

2523 ALONGAR É NECESSÁRIO: A VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM COM A APLICAÇÃO DA ATIVIDADE LÚDICA EM UMA SALA DE ESPERA DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
Giovana Rolim, Alice Dayenne Moraes, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Camila Leão do Carmo, Fernando Kleber Martins Barbosa, Lais Cristina Pereira da Costa Gomes

ALONGAR É NECESSÁRIO: A VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM COM A APLICAÇÃO DA ATIVIDADE LÚDICA EM UMA SALA DE ESPERA DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

Autores: Giovana Rolim, Alice Dayenne Moraes, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Camila Leão do Carmo, Fernando Kleber Martins Barbosa, Lais Cristina Pereira da Costa Gomes

APRESENTAÇÃO: Este relato de experiência visa abordar aspectos relacionados à prática de enfermagem com auxílio de ferramentas lúdicas no ambiente da sala de espera de uma ESF. Nesse sentido, ressalta-se a atividade lúdica como qualquer movimento que tem por objetivo produzir prazer durante sua execução, ou seja, divertir e trazer bem estar ao praticante. O desenvolvimento dos elementos lúdicos facilita o aprendizado, desenvolvimento pessoal e social, e colaboram para melhoria dos aspectos relacionados à saúde mental. Nesse sentido, as atividades lúdicas surgem como ferramenta importante às profissões da área da saúde, neste caso a enfermagem, tanto para auxiliar os usuários no enfrentamento de doenças, como para atuar como agente terapêutico contribuindo para o equilíbrio físico e mental. Sendo assim, tal ferramenta torna-se essencial em todos os serviços de atenção ao usuário, desde a sala de espera até o objetivo final de sua procura aos serviços da unidade de Atenção Básica. Este trabalho tem por objetivo, relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem com a atividade lúdica aplicada aos usuários que aguardavam a realização do processo de triagem em uma ESF. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado do Pará durante as aulas prática do componente curricular de enfermagem comunitária II, em uma ESF localizada no bairro da Pedreira, em Belém-Pa. A atividade lúdica realizada surgiu a partir da observação e análise dos acadêmicos perante o ambiente da sala de espera e o modo unilateral no qual os atendimentos ocorriam. Desse modo, os acadêmicos de enfermagem iniciaram a dinâmica proposta com a apresentação do grupo aos usuários que aguardavam a realização do atendimento de triagem. Ao longo da atividade foram abordados pontos relevantes da realização do alongamento, bem como a realização das técnicas de maneira dinâmica e lúdica. RESULTADOS: Pode-se notar que no início da apresentação e da atividade, os usuários estavam receosos em participar da dinâmica proposta. No entanto, com o decorrer do tempo, todos aceitaram e participaram da mesma.  Ao final da atividade foi possível observar o comportamento dos participantes, os mesmos demonstravam grande contentamento relacionado à realização do alongamento no começo da manhã e em um ambiente no qual a mecanização do atendimento é predominante, além disso, foi possível realizar um comparativo da sala de espera antes e após a atividade lúdica, sendo observada uma maior interação entre os usuários. A partir disso, é possível confirmar os benefícios, a curto e em longo prazo, que as atividades lúdicas, tais como o momento de alongamento, podem trazer aos seus praticantes, bem como aos ambientes e serviços prestados a população. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As atividades lúdicas são recursos, que podem ser utilizados pela enfermagem e que proporcionam um ambiente acolhedor e de troca de experiências, além de promover diferentes formas de expressão e o autoconhecimento, relacionado com a imagem corporal, capacidades e limitações. Portanto, observou-se que os usuários se sentiram mais bem estar ao realizar a atividade na sala de espera.

3158 SEMANA DE VIVÊNCIA INTERDISCIPLINAR DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SEVI-SUS) E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Thaíse Mara dos Santos Ricardo, Denise Braga Dourado, Ismael Oliveira de Araújo

SEMANA DE VIVÊNCIA INTERDISCIPLINAR DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SEVI-SUS) E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Thaíse Mara dos Santos Ricardo, Denise Braga Dourado, Ismael Oliveira de Araújo

Apresentação: O presente trabalho é um relato experiência que objetiva descrever a experiência do estágio de vivência no SUS e suas contribuições no processo formativo na perspectiva de estudantes de Nutrição na 3ª Semana de Vivência Interdisciplinar do Sistema Único de Saúde (SEVI-SUS). A SEVI-SUS é um projeto construído pelo Fórum acadêmico de Saúde (FAS), um espaço de articulação entre estudantes de Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com o objetivo de contribuir no processo de formação profissional na área de saúde a partir da aproximação de forma teórica e prática do Sistema Único de Saúde (SUS). Desenvolvimento: Os estudantes foram submetidos a um processo seletivo composto por duas fases (Resposta a um questionário e entrevista). Foram selecionados estudantes de 12 cursos de saúde (4 estudantes de cada curso). Antecedente à SEVI, nas dependências da Universidade Federal da Bahia, foi realizado um minicurso com a duração de 20 horas (Pré-SEVI) com o objetivo de discutir sobre os antecedentes e o processo de construção do SUS, suas diretrizes e princípios. A imersão teve a duração de 7 dias tendo ocorrido na cidade de Teixeira de Freitas-Ba entre os dias 22 a 28 de Fevereiro de 2015 .O estágio foi  dividido em momentos: Momento 1 :Visita à rede de atenção primária (Unidade Básica de Saúde); Momento 2: Visita a rede de atenção secundária(Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o Centro de Especialidades Médicas (CEM), o Centro de Tratamento Ortopédico (CTO), o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Serviço de Assistência Especializada (SAE), Foi realizado a visita ao CAPS-AD, CAPSIA e CAPS para terceira idade); Momento 3 :Visita a rede de atenção terciária:(Hospital Regional e o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Momento 4: (Visita ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Momento 5 (Reunião com o Conselho Municipal de Saúde da Cidade onde a vivência foi realizada). Resultados: O estágio de vivências possibilitou a compreensão da dinâmica do Sistema Único de Saúde e fortalecimento do compromisso e a responsabilidade como cidadão e futuro profissional de saúde acerca da construção do sistema. Além disso, oportunizou o aprendizado e compartilhamento de experiências de forma Interdisciplinar, promovendo um amadurecimento e criando reflexões acerca do papel de agente construtor e modificador das práticas sociais.Considerações Finais: Diante das lacunas existentes nas matrizes curriculares dos cursos de saúde, percebe-se a contribuição das vivências na SEVI- SUS, ao possibilitar a inserção dos estudantes no SUS durante a graduação, desenvolver habilidades e competências além do conhecimento técnico-científico, o que é incipiente na formação acadêmica ofertado pela universidade.