171: O bem nascido: vozes e vivências da educação permanente nos serviços
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 07 - Djúcu    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1919 Relato de experiência: atenção ao atendimento de mulheres com diagnóstico de abortamento
Mariana Postingher

Relato de experiência: atenção ao atendimento de mulheres com diagnóstico de abortamento

Autores: Mariana Postingher

Pode-se compreender que o atendimento às mulheres com diagnóstico de aborto requer uma atenção segura, adequada e humanizada devido às sensações de perda, culpa e até de complicações para o sistema reprodutivo, vivenciadas por estas mulheres. Neste sentido, cabe aos serviços, oferecer um cuidado sistematizado e de qualidade, articulando o conhecimento teórico e prático com boa habilidade de interação e comunicação, considerando o ser mulher em suas necessidades para o norteamento das ações que serão prestadas, como enfatiza a Norma Técnica de Atenção Humanizada ao Abortamento reeditada em 2011 pelo Ministério da Saúde. Neste contexto, o trabalho apresenta um relato de experiência de uma aluna do mestrado profissional em enfermagem da Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS, Rio Grande do Sul, diante de sua atividade profissional por mais de dez anos na área da saúde da mulher. A preocupação com o atendimento destas mulheres, as angústias vivenciadas, os poucos estudos sobre o tema, as políticas do Ministério da Saúde pouco conhecidas e desenvolvidas, o crescimento do número de complicações após o aborto, a falta de preparo dos profissionais e estrutura não adequada para atender as mulheres com abortamento espontâneo ou provocado proporcionaram o interesse em desenvolver o relato de experiência. Trata-se de um olhar qualitativo, que abordou a problemática relatada através de métodos observacionais e descritivos. Nos resultados foi possível entender que o atendimento da mulher com abortamento não ocorre de forma singular a ponto de não ser prestada a assistência para as necessidades da saúde da mulher. Ainda, a avaliação do atendimento as mulheres com abortamento proporcionou o interesse em ampliar este estudo e utilizar esta temática na dissertação de mestrado, propor um protocolo de atendimento a mulheres com diagnóstico de abortamento na dissertação de mestrado profissional em enfermagem com previsão de defesa no ano de 2018.

2140 PERCEPÇÃO DAS GESTANTES FRENTE À INTERDISCIPLINARIDADE NA ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL
Maria Solange Nogueira dos Santos, Carlos Felipe Fonteles Fonteneles, José Amilton Costa Silvestre, Suzane Passos de Vasconcelos, karla Maria Carneiro Rolim, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Fernanda Jorge Magalhães, Maxwell Arouca da Silva

PERCEPÇÃO DAS GESTANTES FRENTE À INTERDISCIPLINARIDADE NA ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL

Autores: Maria Solange Nogueira dos Santos, Carlos Felipe Fonteles Fonteneles, José Amilton Costa Silvestre, Suzane Passos de Vasconcelos, karla Maria Carneiro Rolim, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Fernanda Jorge Magalhães, Maxwell Arouca da Silva

A atenção à saúde materna e infantil é tida como prioridade nas políticas públicas de saúde com destaque aos cuidados durante o período gestacional. Essas políticas tiveram um grande desenvolvimento devido às altas taxas de morbimortalidade materna e infantil, estendendo-se também ao pré-natal, tendo em vista o grande impacto que esta produz na saúde da mulher e do feto. A grande finalidade da atenção pré-natal e puerperal é acolher a mulher desde o início da gravidez, de forma a assegurar no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal, sendo concluída somente depois da consulta puérpera. Para sua qualidade, faz-se necessário construir um novo olhar sobre o processo saúde/doença, que compreenda a pessoa como um todo e considere o ambiente social, econômico, cultural e físico no qual vive. Durante o período gravídico a mulher passa por uma das fases mais conturbadas de sua vida, com mudanças fisiológicas, anatômicas e psicológicas que precisam ser enfrentadas, com necessidade de adaptação. Apesar de tantas mudanças ocorrerem durante esse período, na maioria das vezes, a gestação tem sua evolução sem intercorrências, porém requer cuidados especiais mediante assistência pré-natal, com o objetivo de acolher e acompanhar a mulher durante a gravidez. No cenário brasileiro, a preocupação com a saúde materno-infantil remonta à década de 1940, com a criação do Departamento Nacional da Criança, que enfatizava não somente cuidados com as crianças, mas também com as mães, no que se referia à gravidez e amamentação. A criação do Programa Rede Cegonha como forma de assegurar um acompanhamento de qualidade, o qual tem como princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) a universalidade, a equidade e a integralidade materno-infantil. A rede prioriza o acesso ao pré-natal precoce, garante o acolhimento com classificação de risco e vulnerabilidade, vinculação da gestante a unidade de referência e ao transporte seguro, segurança na atenção ao parto e nascimento, atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade, além de acesso as ações do planejamento reprodutivo. O atendimento integral às necessidades da gestante implica que este seja organizado para atendê-la durante a gestação e após o parto, utilizando meios e recursos adequados para cada situação. O SUS - prevê atendimento durante todo o período gravídico-puerperal por meio de ações de promoção, prevenção e acompanhamento da gestante e do recém-nascido, nos diferentes níveis de atenção à saúde - do atendimento básico ao hospitalar. Desta maneira, destaca-se a importância da promoção de estratégias educativas e espaços de escuta nos serviços de saúde que assistam mulheres gestantes e as ajudem entender e viver de forma saudável esse período. Neste sentido os “Grupos de Gestantes” em Unidades Básicas de Saúde, é um espaço dinâmico centrado nos aspectos educativos, os quais possibilitam seus participantes a expressarem seus medos, angústias, fantasias, inseguranças e dúvidas sobre as modificações que estão acontecendo com o próprio corpo, permitindo esclarecimentos mediante orientações pertinentes ao ciclo gravídico-puerperal. Objetivou-se relatar a experiência de educação em saúde para um grupo de mulheres grávidas e conhecer a percepção das mesmas sobre o pré-natal. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, na modalidade de relato de experiência, a partir de um o grupo de gestantes do Centro de Saúde da Família localizado no Município de Sobral, Ceará. O Grupo acontece na própria Unidade Básica de Saúde (UBS), e tem como cuidadores uma enfermeira e a equipe multidisciplinar de Residência em Saúde da Família que é composta por farmacêutico, dentista, assistente social, educador físico e psicólogo.  O período do estudo ocorreu nos meses de março a junho do ano de 2017, a coleta e organização dos dados ocorreram no período de julho a setembro do referido ano. Resultados: O trabalho grupal deve ser utilizado como estratégia do processo educativo, pois a construção deste acontece a partir das interações entre seres humanos de forma dinâmica e reflexiva. A técnica de trabalho com grupos promove o fortalecimento das potencialidades individuais e grupais, a valorização da saúde, a utilização dos recursos disponíveis e o exercício da cidadania, de maneira geral os grupos são desenvolvidos com a finalidade de complementar o atendimento realizado nas consultas, melhorar a aderência das gestantes aos hábitos considerados mais adequados, diminuir a ansiedade e compreender de forma mais clara os sentimentos que surgem neste período, permitem a aproximação entre profissionais e receptores do cuidado. O grupo é divulgado pelos Agentes Comunitários de Saúde e durante as consultas de pré-natal, acontecendo uma vez no mês sempre nas segundas-feiras no auditório da própria UBS no horário das 14h à 16h.  No encontro realizado o tema apresentado foi os benefícios de um acompanhamento interprofissional durante a gestação e a desmistificação do atendimento odontológico para gestantes. Após a atividade de educação em saúde realizou-se uma entrevista individual com cada gestante, a fim de conhecer a percepção das mesmas sobre o cuidado interdisciplinar no pré-natal. No decorrer das falas das gestantes foi observado que a grande maioria não tinha conhecimento sobre a importância e até mesmo a existência de outros profissionais que não fossem médicos e enfermeiros no pré-natal. Ficou claro que ainda existe uma lacuna nesse trabalho interdisciplinar, havendo assim a necessidade de um enfoque maior em atividades onde as gestantes possam se emponderar de tudo o que lhes é de direito. Pode-se observar que o trabalho de intervenção com grupo de gestantes atingiu bons resultados, pois, com a existência deste grupo houve uma complementação às consultas de pré-natal, criando um maior vínculo entre gestantes e familiares com a equipe da UBS e salientando a importância do trabalho interdisciplinar. Considerações Finais: Foi evidenciado que a assistência ao pré-natal ainda se encontra bastante voltada aos profissionais médicos e de enfermagem, necessitando de uma maior atenção a interdisciplinaridade, considerando então como um processo essencial por todos os membros que trabalham dentro da Estratégia de Saúde da Família e por todas as gestantes. Para tanto, deve‐se trabalhar na perspectiva da sensibilização desses atores sociais, de tal modo que a atenção interdisciplinar durante o pré‐natal passe a ser rotina nas UBS. Neste sentido, a Equipe Multidisciplinar deve sair do seu restrito espaço clínico e buscar a integralidade de ações junto aos demais profissionais de Saúde da Família

2177 Psicologia da saúde e vivências em um grupo de gestantes: um relato de experiência.
Maria Isabel Filgueira Souza, Kelly Esméria Tavares Barbosa, Fabiana Regina da Silva Grossi

Psicologia da saúde e vivências em um grupo de gestantes: um relato de experiência.

Autores: Maria Isabel Filgueira Souza, Kelly Esméria Tavares Barbosa, Fabiana Regina da Silva Grossi

O grupo é definido pela participação de dois ou mais indivíduos com intuito de alcançar um objetivo. Sendo assim, o grupo no serviço de atenção básica, interage de modo dinâmico, fortalecendo os vínculos e valorizando a saúde. Quando trata-se de grupos de gestantes o foco se dar na garantia de suporte extra ao atendimento das consultas, direcionando-as as práticas de saúde corretas, entender melhor o processo pelo qual estão passando devido a própria gravidez, além de aproximar os profissionais ao público gravídico contribuindo para o serviço humanizado. O presente trabalho refere-se a um relato de experiência em estágio profissional em Psicologia da Saúde, durante o sétimo e oitavo semestre, em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), no município de Barreiras, Bahia. O objetivo dos encontros realizados no grupo se baseava na prevenção de doenças e promoção da saúde Os encontros de grupo eram realizados semanalmente, tendo uma média de duas participantes. As gestantes que ficavam na recepção à espera do atendimento para o pré-natal eram convidadas a participar do grupo. As idades das gestantes variavam entre 23 a 30 anos. O período de realização dos grupos foi de Março a Outubro de 2017. Foram trabalhados temas relevantes para esse período da vida da mulher de grandes transformações, como: vínculo mãe-bebê, a importância da amamentação, cuidados com o recém-nascido, tipos de parto, depressão pós-parto, entre outros. No decorrer do trabalho, alguns profissionais de enfermagem, médico da própria unidade de saúde se dispuseram a colaborar com informações bastante relevantes vinculadas a esse período, bem como foi possível à realização de atividades até mesmo fora da unidade. Notou-se maior aproximação que passou a existir entre as usuárias da ESF e os profissionais de saúde, a partir da construção do vínculo. Esta situação facilita o aprendizado das gestantes, visto que, há uma participação na construção da prática, com uma troca de saberes.  Sendo assim, o grupo de gestantes dentro da ESF tem importância primordial pois é no período gestacional que ocorre as maiores mudanças hormonais consequentes a esse, a mudança emocional, física, bem como as preocupações com a saúde de si e a saúde do bebê que estar por vir. É também durante esse período que todas as expectativas são postas em evidência, bem como as opiniões de familiares principalmente e, também de todo contexto social o qual a gestante estiver envolvida, podendo ser um fator positivo ou negativo a depender da qualidade desse discurso. Todavia é preciso ainda que mudanças sejam feitas no âmbito do atendimento para que o mesmo possa ser o mais humanizado possível, pois todos merecem um atendimento de qualidade. Além do atendimento diferenciado há um fator extremamente necessário, o vínculo formado entre comunidade e profissional, que uma vez formado e frequentemente fortalecido, torna o trabalho mais fácil e com um raio de alcance maior, em especial na psicologia, que descontrói o modelo clínico-individual.

3138 PERCEPÇÃO DE GESTANTES SOBRE A MANUTENÇÃO DAS RELAÇÕES SEXUAIS DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL
Edildete Sene Pacheco, Débora Lorrannayrlles de Oliveira Mendes, Pollyanna Taiana de Morais Sousa, Silmaria Bandeira do Nascimento, Eliziane Oliveira de Lima

PERCEPÇÃO DE GESTANTES SOBRE A MANUTENÇÃO DAS RELAÇÕES SEXUAIS DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL

Autores: Edildete Sene Pacheco, Débora Lorrannayrlles de Oliveira Mendes, Pollyanna Taiana de Morais Sousa, Silmaria Bandeira do Nascimento, Eliziane Oliveira de Lima

A gestação é um momento delicado na vida de qualquer mulher. O período gestacional traz diversas alterações físicas e psicológicas, tanto para a mulher quanto para seu companheiro. É considerado também um momento de crise, exigindo assim uma adaptação dos que participam desse processo. Dentre as várias dimensões que podem ser afetadas, uma delas é sexualidade. O objetivo desse trabalho é conhecer a visão das gestantes sobre a manutenção da relação sexual durante a gravidez. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritivo e exploratório e de abordagem quanti-qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida no município de Floriano/PI, com todas as gestantes que estavam em acompanhamento de pré-natal de uma Unidade Básica de Saúde no período de março a abril de 2016, perfazendo uma amostra de dez gestantes. Foi utilizado o método de entrevista semiestruturada após as consultas das mesmas. O projeto de pesquisa seguiu as orientações previstas na Resolução 466/2012, submetido ao devido Comitê de Ética e pesquisa (CEP), onde, obteve parecer aprovado pelo CAAE nº 51907115.6.0000.5209. Foi encontrado que com relação ao desejo sexual, a maioria das gestantes relataram que o possuíam “às vezes” (50%), 30% relataram que sempre possuem desejo e 20% afirmam que não sentem desejo sexual. Já com relação à prática sexual propriamente dita, 30% referiram praticar sempre que possível, 60% às vezes e 10% não praticam relações sexuais durante a gestação. As participantes foram questionadas a respeito dos aspectos que na percepção das mesmas seriam fatos que dificultavam a prática sexual durante a gestação. A grande parte das respostas estavam relacionadas ao desconforto e dores. O desejo e, por conseguinte, a prática sexual, pode variar de acordo com os trimestres da gestação. No primeiro trimestre é comum haver diminuição ou perda do desejo sexual devido às modificações inerentes ao período, como náuseas d vômitos. No segundo trimestre, a gestação torna-se real para a mulher, devido às mudanças corporais, porém, há melhora dos quadros de enjoos, por conseguinte pode haver melhora da disposição sexual. Diante do conteúdo exposto constatou-se que a maioria das gestantes mantém a prática das relações sexuais durante o período gestacional, porém, vivenciam medos e desconfianças pelos pressupostos culturais que são divulgados. Justifica-se a necessidade da formulação de estratégias de educação em saúde, especificamente à saúde sexual durante a gestação, essas estratégias podem ser eficientes para sanar dúvidas e questionamentos que permeiam a mulher durante esse período.

3288 Campanha Bem Nascido: Relato de experiência
Barhbara Brenda Dias Garcez, Rafaela Barros Bessa, Gleison Vitor Ferreira de Castro da Silva

Campanha Bem Nascido: Relato de experiência

Autores: Barhbara Brenda Dias Garcez, Rafaela Barros Bessa, Gleison Vitor Ferreira de Castro da Silva

Introdução e Objetivos:O vírus Zika fora isolado pela primeira vez em 1947 a partir de um macaco Rhesus na floresta Zika em Uganda. A epidemia do vírus Zika ocorrida no verão 2015/2016 representou um dos maiores problemas de saúde pública ocasionados recentemente no Brasil. Houve, na época, uma grande mobilização em torno dos nascimentos de crianças com microcefalia com principal foco no estado do Pernambuco, sendo registrados no Brasil até fevereiro de 2016 5.640 casos suspeitos de microcefalia e 583 confirmados. Entretanto, outros países das Américas também foram atingidos pelo vírus Zika, ocasionando um alerta a nível global sobre o problema. Esta epidemia revelou a necessidade de políticas públicas a nível mundial sólidas, uma vez que casos inesperados como esse problema ocorrido em 2015 podem surgir e as autoridades de cada nação, bem como os profissionais da saúde, precisam estar preparados para o atendimento eficaz da população. Desenvolvimento do trabalho:A Campanha Bem-Nascido fora realizada por acadêmicos de medicina do comitê da IFMSA da Universidade Estadual do Piauí no ano de 2016 com o objetivo de alertar o principal público-alvo: gestantes de uma maternidade. A campanha foi realizada através da distribuição de panfletos alertando as gestantes e puérperas sobre os principais cuidados para prevenção do mosquito apontado como o principal transmissor da patologia: uso de roupas compridas, camisas com mangas mais longas, repelentes, mosqueteiros, cuidados para evitar o acúmulo de água parada bem como uma dinâmica de perguntas e respostas com retirada de dúvidas acerca das formas de prevenção da picada do mosquito. A Campanha fora realizada como uma ação em conjunto com o comitê da IFMSA-Brazil de Pernambuco, propondo uma parceria na época de visualização do problema. Resultados: Dentre os principais impactos observados, puderam ser observados alguns aspectos como a heterogeneidade de informações do público-alvo sobre o tema com uma graduação entre aquelas com conhecimento pouco, elevado ou nenhum conhecimento sobre as formas de prevenção do vírus Zika. Além disso, algumas pacientes relataram casos de microcefalia de bebês de conhecidas e se mostravam preocupadas com o tema, os riscos da gravidez e as formas de prevenção durante o período gestacional, ocasionando em alguma um fator a mais de estresse durante a gravidez. Ademais, a questão do vírus Zika e epidemia de microcefalia levantou uma série de questões além dos problemas a curto prazo para mãe e recém-nascido como a questão de promoção de reabilitação para as crianças e os direitos reprodutivos em torno de mulheres grávidas. Considerações finais: Dessa forma, percebe-se a importância de ações na área de saúde pública ainda do contexto acadêmico, uma vez que mobiliza atenção para a comunidade bem como alerta através de visibilidade sobre temas da saúde nos quais a prevenção é um dos eixos centrais para a resolução do problema. Com isso, ações em torno da solidificação de políticas públicas precisam ser elaboradas e postas em prática através do estímulo a pesquisas nas áreas de entomologia e ecologia aliadas ao eixo saúde para a melhor compreensão dos mecanismos de propagação das arboviroses.

3634 DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PUÉRPERAS DURANTE A AMAMENTAÇÃO NO ALOJAMENTO CONJUNTO DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA NA CIDADE DE MANAUS-AM– RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fernanda Serrão Pereira, Agda Tainah Moura bezerra, Aldina Iacy Paulain Holanda, Odete de França Vieira, Nayara da Costa Souza

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PUÉRPERAS DURANTE A AMAMENTAÇÃO NO ALOJAMENTO CONJUNTO DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA NA CIDADE DE MANAUS-AM– RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fernanda Serrão Pereira, Agda Tainah Moura bezerra, Aldina Iacy Paulain Holanda, Odete de França Vieira, Nayara da Costa Souza

APRESENTAÇÃO: O presente trabalho relata as práticas das acadêmicas de enfermagem na construção de um relato de experiência voltado às dificuldades enfrentadas por puérperas durante a amamentação no Alojamento Conjunto de uma Maternidade Pública na cidade de Manaus-AM. Vários fatores interfere no sucesso da amamentação como a situação socioeconômica, apoio recebido da família, condições de trabalho, qualidade e quantidade de leite, estresse, sonolência, ansiedade, depressão e dor durante o aleitamento, podendo acarretar dificuldades no aleitamento materno e desconfortos para a mulher influenciando para o desmame precoce. Em virtude desta situação, o profissional deve preparar a gestante para o aleitamento, facilitando sua adaptação na fase puerperal, evitando assim dúvidas, dificuldades e possíveis complicações. É de fundamental importância o trabalho educativo com as mulheres gestantes, em especial com as gestantes primigestas que por não contarem com a experiência prévia, podem estar mais sujeitas às inseguranças decorrentes do não domínio da situação. OBJETIVOS: Descrever a experiência vivenciada durante o estágio de graduação junto à disciplina saúde da mulher. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Escola de Enfermagem de Manaus, durante as práticas no estágio da disciplina de saúde da mulher, no Alojamento Conjunto de uma Maternidade Pública na cidade de Manaus-AM. A participação das acadêmicas no estágio deu-se sob supervisão de professor em todas as fases do desenvolvimento das práticas, englobando desde o planejamento de cuidados, assistência de enfermagem, intervenções bem como à sua execução. Durante toda a prática de estágio foram observadas muitas dificuldades relacionadas a amamentação em mães primíparas, onde o principal enfoque era a falta de informação quanto uma amamentação adequada, principalmente para àquelas mães primíparas, as quais tem pouca experiência quanto a amamentação, onde buscam orientações para que amamentem sem sofrimento, desconforto ou dor tanto para a mãe quanto para o RN. Devido a esses problemas, foi realizado educação em saúde voltadas para as mães primíparas admitidas nas enfermaria da maternidade que não se sentiam seguras quanto ao momento de amamentar seu filho, houve a participação das mesmas e muitas dúvidas e incertezas foram esclarecidas. RESULTADOS/IMPACTOS: No período do estágio, durante práticas de cuidados tivemos a oportunidade de acompanhar e identificar as dificuldades nas técnicas de amamentação, a falta de conhecimento sobre o aleitamento materno e os aspectos fisiológicos das mamas, tais como: a interferência do tipo de mamilo, posição correta para uma boa amamentação e a introdução após os seis meses de líquidos e alimentos na dieta do recém-nascido. Sabe-se que quando se opta por amamentar é uma decisão pessoal, sujeita a muitas influências, resultantes da socialização de cada mulher. Pode-se perceber que através das orientações, e as práticas das técnicas de amamentação e cuidados com as mamas as puérperas puderam tirar suas principais dúvidas sobre as dificuldades apresentadas como problemas mamários representados por fissuras, bico invertido, as fissuras mamilares são rupturas do tecido epitelial e que a maioria surge nos primeiros dias da amamentação, apresentando-se de diferentes formas e localização em diversos pontos da região mamilar, também observarmos que algumas puérperas com mamilos planos ou invertidos têm extrema dificuldade para amamentar, enquanto outras, em situação semelhante, conseguem uma adaptação rápida com o seu bebê. E através de apoio e a intervenção adequados nos primeiros dias, quando a lactação está se estabelecendo, facilitam a pega do bebê ao seio materno e a recuperação da puérpera primípara. Diante disto, deve-se pensar na prevenção desses problemas mamários no âmbito da educação e saúde, sendo o pré-natal o momento adequado. A amamentação é referida por inúmeras mulheres como um momento sublime e prazeroso, desde que não haja dor. Para evitar tais eventos, os profissionais de saúde devem assumir atividades preventivas como suas ações prioritárias, como, intervir reforçando as orientações, buscando solucionar os problemas, prevenindo e ajudando a superar as dificuldades da puérpera e o incentivo ao aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses se apresenta como uma das principais ações para profissionais da atenção básica. No que se refere à primípara, a ação intencional do profissional está relacionada à promoção e apoio à amamentação, ressaltando que não basta orientar: é importante o acompanhamento com diálogo, visando à qualidade do cuidado no processo da amamentação no seu cotidiano, onde suas ações devem ser pensadas, planejadas e executadas no sentido de viabilizar o aleitamento, alertando sobre as dificuldades e complicações. A partir disto, as práticas de estágio supervisionado nos permitiu realizar um levantamento sobre as principais dúvidas e dificuldades que as puérperas, principalmente as primíparas referiram no ato de amamentar por meio de observação e conversa com as mesmas, as quais relataram suas principais dificuldades e interesse em aprender as boas práticas para uma amamentação eficaz. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno são de fundamental importância para o aumento dos índices de amamentação. E para que esse cenário mude ou pelo menos melhore a assistência pré-natal e puerperal deve ser feita de forma humanizada e rigorosamente assistida. Dessa forma ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno são de fundamental importância para o aumento dos índices de amamentação. Todavia, existe um declínio nas taxas de aleitamento materno exclusivo, tendo em vista a falta de apoio dos profissionais da área de saúde. As primíparas têm maior dificuldade para amamentar se comparadas às multíparas, devido a sua inexperiência. Assim sendo, é essencial a educação e preparo dessas mulheres durante o pré-natal. Estudos mostraram que as mulheres que receberam orientações no pré-natal foram menos propensas ao desmame precoce. Na consulta do pré-natal, os profissionais de saúde devem conscientizar as mães dos benefícios da amamentação, que vai muito além da nutrição do seu bebê, focando a promoção em saúde e a qualidade de vida das futuras mamães como a principal meta a ser alcançada. DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PUÉRPERAS DURANTE A AMAMENTAÇÃO NO ALOJAMENTO CONJUNTO DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA NA CIDADE DE MANAUS-AM– RELATO DE EXPERIÊNCIA

4152 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A AMAMENTAÇÃO: COMO EDUCAR PARA O ALEITAMENTO MATERNO
ANA CAROLINA GUSMÃO, WANDERSON LUIS TEIXEIRA, ROSIANE LUZ CAVALCANTE, ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO, ANA CARLA MARQUES DE GUSMÃO MARQUES, KARINE XIMENDES VERICEO

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A AMAMENTAÇÃO: COMO EDUCAR PARA O ALEITAMENTO MATERNO

Autores: ANA CAROLINA GUSMÃO, WANDERSON LUIS TEIXEIRA, ROSIANE LUZ CAVALCANTE, ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO, ANA CARLA MARQUES DE GUSMÃO MARQUES, KARINE XIMENDES VERICEO

Introdução: O desempenho da maternidade pela mulher moderna é algo considerado uma carga exaustiva,em especial o ato de amamentar,a amamentação se revelou como um fardo em consequência dos múltiplos papéis desempenhados por essa mulher multitarefas ,fatores como a fadiga da mãe, a falta de auxílio externo e a perda de liberdade, bem como a sobrecarga que a amamentação representa,são geralmente utilizadas como subterfúgio para justificar o desmame precoce.Neste sentido a mulher se sente forçada  a aceitar a intervenção  de pessoas próximas, e acaba por tomar decisões baseadas no empirismo, que em detrimento das interferências externas que essas mulheres sofrem  elas tendem a tomar decisões baseadas nas representações que a sociedade faz da amamentação,e essas interferências contribuem diretamente para o sucesso ou não da amamentação. Objetivo: Perceber através das literaturas disponíveis a relevância das representações sócias no contexto da amamentação e como a enfermagem se insere neste cotexto de maneira educativa para desmistificar as questões sobre o aleitamento materno exclusivo. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, realizado no período de 2010 à 2017, tendo por base de dados as revistas: Scientific Eletronic Library (SCIELO), Literatura Latino Americana e Caribe da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), onde através dos  critérios  de  inclusão  e  exclusão  foram  selecionados  03(TRES)  artigos  que  atenderam  o objetivo do estudo. Resultados e discussões: Dentre os motivos alegados para o desmame precoce as questões populares como insuficiência nutricional do leite materno, a produção reduzida, interferências externas, trabalho, ambiguidade entre o querer/ poder amamentar e entre o fardo/desejo intercorrências de mama puerperal, falta de experiência, inadequação entre as suas necessidades e as do bebê levaram a maioria das mulheres desmamarem seus bebês antes dos seis meses.Conclusão: A questão da amamentação é um evento que é preciso ser compreendido dentro do contexto sociocultural em que a mulher está inserida,com isso  o comportamento da mulher que amamenta pode ser  modificado e influenciado pelo pensamento coletivo, deste modo a enfermagem ao lidar com a saúde da mulher e da criança deve trazer à comunidade medidas efetivas de educação em saúde para promoção dos aspectos   referentes  às questões da amamentação, visando possibilitar uma assistência mais pertinente e humanizada voltada para a realidade das mulheres.

4960 RELAÇÃO ENTRE A DEPENDÊNCIA QUÍMICA E A GRAVIDEZ EM UM MUNICÍPIO DO PARÁ
Sílvia Maria Farias dos Santos, Nicole Guedes Barros, Antenor Matos de Carvalho Junior, Lane Souza da Silva, Rodrigo Ruan Costa de Matos, Ana Paula Costa Diniz, Filipe Augusto Oliveira da Silva

RELAÇÃO ENTRE A DEPENDÊNCIA QUÍMICA E A GRAVIDEZ EM UM MUNICÍPIO DO PARÁ

Autores: Sílvia Maria Farias dos Santos, Nicole Guedes Barros, Antenor Matos de Carvalho Junior, Lane Souza da Silva, Rodrigo Ruan Costa de Matos, Ana Paula Costa Diniz, Filipe Augusto Oliveira da Silva

O uso abusivo de substâncias psicoativas, sejam lícitas ou ilícitas, vem sendo um importante obstáculo na área da saúde pública desde o início do século XX. Atualmente é considerado uma enfermidade recorrente, crônica e objeto de grande preocupação global. O aumento do uso de drogas pelo público feminino tem se transformado no fator preponderante para a incidência de gestantes dependentes químicas, uma vez que a maioria dessas mulheres encontra-se em idade fértil. O presente estudo tem como objetivo estabelecer a relação entre o uso de drogas lícitas e ilícitas durante a gestação e as repercussões para a saúde materno-fetal.  Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, onde a coleta de dados foi realizada por meio de uma avaliação documental, obtida através dos prontuários das pacientes gestantes e usuárias de drogas tratadas no CAPS AD-Santarém, no período de 2014 a 2017. A partir do levantamento de dados foi analisado o perfil sócio demográfico e de saúde dessas pacientes considerando a idade, ocupação, estado civil, tipo de drogas usadas, índice de infecções sexualmente transmissíveis (IST), prostituição, sinais e sintomas manifestados, adesão ao pré-natal, uso de medicamentos, ocorrência de abusos sexuais, evasão do tratamento, a fim de investigar se essas pacientes estão em situação de risco e precisam de maiores cuidados. Notou-se no espaço amostral a recorrente incidência de mulheres com idade de 30 anos ou mais, desempregadas e com uso predominante de crack (87,5%). Outros aspectos sociais levantados neste trabalho ajudam a traçar o perfil socioeconômico dessas pacientes que foram comparados com trabalhos existentes na literatura, mostrando que esse perfil se repete em outros grupos analisados. Espera-se que esses dados possam subsidiar novas pesquisas sobre o tema, uma vez que os resultados encontrados mostram uma variedade de consequências geradas pela drogadição no período gestacional.

4967 PERCEPÇÃO DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM SOBRE O PARTO VAGINAL LATERALIZADO EM UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA DE SANTARÉM-PA
Mayana Silva dos Remédios Matos, Gabriela Oliveira de Nazaré, Rebeka Santos da Fonseca, Pablo Stephano Lopes da Silva, Adalgisa Azevedo Lima

PERCEPÇÃO DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM SOBRE O PARTO VAGINAL LATERALIZADO EM UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA DE SANTARÉM-PA

Autores: Mayana Silva dos Remédios Matos, Gabriela Oliveira de Nazaré, Rebeka Santos da Fonseca, Pablo Stephano Lopes da Silva, Adalgisa Azevedo Lima

Apresentação: A adoção da posição lateralizada é pouco utilizada entre as enfermeiras obstetras, que preferem a posição litotômica, por ser uma posição historicamente usada em larga escala. Entretanto, a posição lateralizado, baseada em evidências científicas, melhora a perfusão placentária por conta da diminuição da compressão nos vasos pélvicos, seguem ainda relatos preferencialmente em decúbito lateral esquerdo. Considerando essa posição, tanto para primigestas e multigestas o que torna desnecessária a prática da utilização da episiotomia para o período expulsivo, e, consequentemente mantém-se a integridade do períneo após a expulsão. Dentro desse contexto, o objetivo desse trabalho consiste em descrever as vantagens do parto lateralizado. Desenvolvimento: O presente trabalho consiste em um relato de experiência que ocorreu no período de 19 de setembro a 06 de outubro de 2017 em uma instituição de saúde pública de Santarém-PA durante a aula prática de enfermagem obstétrica, a preceptora enfermeira especialista na área, nos apresentou a abordagem do parto lateralizado, como carro chefe de sua assistência. Resultados: Durante a vivência na obstetrícia, ocorreram 224 partos vaginais, desses, somente 9 foram assistidos pelos discentes em posição lateralizada e, das assistidas por esta equipe, as mulheres mantiveram o períneo íntegro. Mediante as vivências, observou-se, que a aplicação do parto lateralizado se mostrou eficaz por promover a melhoria do ritmo respiratório materno, melhor aporte de oxigenação materno fetal, prevenindo dessa forma a hipotensão supina. Além disso, observou-se a mulher suportar a dor sacrolombar neste período pelo fato da posição lateral permitiu a realização de massagens suaves e monitoramento da expulsão do feto reduzindo a pressão sobre o períneo e ruptura do mesmo, evitado assim, o uso da episiotomia ou laceração perineal natural. Com a preservação da integridade da genitália externa e interna, repercute na rápida recuperação da parturiente. Considerações finais: Portanto, pode-se perceber que a lateralização das gestantes durante o trabalho de parto mostrou inúmeras vantagens, facilitando a expulsão fetal e diminuição do número de procedimentos, a exemplo, episiotomia. A partir dessa experiência, a posição em decúbito lateral foi considerada uma posição protetora do períneo e melhor avaliação da escore de Apgar dos nascituros. Assim, faz-se necessários mais práticas desse método bem como de sua divulgação entre os enfermeiros obstetras.

4968 AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO ATO DE AMAMENTAR PELA PRIMIGESTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
JOSE LENARTTE DA SILVA, MOAN JFTER FERNANDES COSTA, Maria da VILANIR, Ana maria martins pereira, RAFAELA CAROLINI OLIVEIRA TÁVORA, Dafne PAIVA RODRIGUES

AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO ATO DE AMAMENTAR PELA PRIMIGESTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: JOSE LENARTTE DA SILVA, MOAN JFTER FERNANDES COSTA, Maria da VILANIR, Ana maria martins pereira, RAFAELA CAROLINI OLIVEIRA TÁVORA, Dafne PAIVA RODRIGUES

AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO ATO DE AMAMENTAR PELA PRIMIGESTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Introdução: O leite materno é apresentado não apenas pelos artigos científicos, mas também em reconhecimento pela Organização Mundial da Saúde como o alimento mais completo e essencial para o crescimento saudável do lactente, sendo considerado como o único alimento mais acessível para acabar com a desnutrição infantil, pois além de fornecer a quantidade energética sobre todos os nutrientes necessários, ainda apresenta fatores anti-infecciosos (menores taxas de diarreia, otites, infecções respiratórias) e de crescimento, aumentando também a relação afetiva entre mãe e bebê devido a intimidade gerada no processo natural de amamentar. Para a OMS, é imprescindível que haja o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e a partir deste complementado com outros tipos de alimentação até a idade aproximada dos 24 meses. Ao longo do tempo o aleitamento materno tem sofrido mudanças positivas para com as mães, devido a sensibilidade gerada em torno do ato, graças ao trabalho de educação continuada realizado nos hospitais e nas Unidades Básicas de saúde, bem como a humanização no parto, que incentiva e apoia à mulher a amamentação ainda na sala de parto. Objetivo: busca-se identificar na literatura as dificuldades em amamentar encontradas pelas primigestas e como o apoio dos profissionais e da família pode contribuir positivamente nesta fase. Método: A metodologia adotada baseou-se nos processos de revisão de literatura na qual obtiveram-se os dados da pesquisa em bases científicas eletrônicas (Scielo e PubMed), sites de relevância sobre o objeto de estudo e busca em manuais de citações nas publicações inicialmente encontradas através de busca ativa pelos descritores “amamentação”, “desmame precoce” e “enfermagem”. O levantamento bibliográfico foi norteado pelo seguinte questionamento: “Identificar as dificuldades encontradas no ato de amamentar pelas primigestas”, tendo como critérios de inclusão: ser artigo de pesquisa completo, estar disponível eletronicamente, publicado no idioma português, estar relacionado com a temática e publicados de 2009 a 2015. Foram encontrados 20 artigos dentro das normas iniciais adotadas para a revisão, finalizando com nove publicações específicas sobre estudos de incentivo a amamentação voltada para as primigestas. Resultados e Discussão: É prioridade em toda a literatura encontrada para esta revisão sobre amamentação tratar o aleitamento materno exclusivo como fundamental e o alimento mais completo para o recém-nascido até os seis meses de vida. Contudo, percebe-se que faltam incentivos para que esta prática seja amplamente aceita e divulgada entre as mães primigestas por inúmeros fatores: insegurança, medo, dores, falta de apoio familiar e orientações incorretas ou não apropriadas fornecidas pelos profissionais de saúde responsáveis pelo acompanhamento. A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ao entender a amamentação como um problema de saúde pública e imprescindível para o crescimento saudável dos recém-nascidos, formularam uma política de incentivo a amamentação foi implementada em 1980 através dos “dez passos para o sucesso do aleitamento materno”, do qual foi produzido a Declaração de Innocenti que  resgata o direito da mulher de aprender e praticar a amamentação com sucesso. Dentre esses passos e o que gera mais resultados é colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães imediatamente após o parto, por no mínimo uma hora e encorajar as mães a reconhecerem quando seus bebês estão prontos para serem amamentados, oferecendo ajuda se necessário. Os benefícios deste contato são inúmeros a curto e longo prazo, além do vínculo mãe-filho, também mantém o bebe aquecido através do calor do corpo da mãe o que evita a hipotermia, ajuda na expulsão da placenta e estimula a procura   do peito para a sucção de forma natural. Para este momento é fundamental que o profissional da enfermagem considere a mãe, seus medos e suas inseguranças, como ente de aprendizado, aconselhando e acompanhando neste primeiro momento que servirá para reprodução do que foi aprendido em casa quando estiver sozinha, o que não pode ser feito de forma mecânica, mas sim dentro dos requisitos de uma assistência humanizada para que as primigestas se sintam seguras e confortáveis diante das orientações fornecidas. Muitos fatores estão relacionados com as dificuldades da amamentação exclusiva até os seis meses de vida, além da falta de conhecimento da mãe, as crenças, os aspectos socioculturais, o suporte do pai, da família e da sociedade, como também a falta de preparação dos profissionais de saúde no apoio as complicações que acontecem no puerpério, além de uma grande atuação da mulher no mercado de trabalho, onde fica claro a falta de políticas públicas na promoção do aleitamento materno. Inúmeros são os problemas que surgem no puerpério, como a lesão mamilar, que é decorrente do posicionamento e a pega incorreta da criança durante a amamentação. Outros motivos de desmame precoce é a introdução de novos alimentos como chás, que ainda é um habito cultural, pois tem uma função terapêutica, agua, leite não materno e introdução precoce da chupeta, o que demostra que é necessário constantemente capacitar, informar e orientar de forma atualizada os profissionais de saúde por meio de políticas públicas de saúde de incentivo a amamentação exclusivo, para que sejam replicadores efetivos de informação. Diante desta realidade percebe-se que as mães primíparas são as mais vulneráveis, pois algumas precisam de apoio, incentivo, orientação, pois vem o sentimento de insegurança, de grande expectativa, diante de um desafio que é novo em sua vida, onde surge sentimentos de medo, conflito na vida pessoal e familiar que podem influenciar e ampliar na pratica da amamentação exclusiva, sendo pra isso, extremamente importante que a família também se faça presente como apoiadora e responsabilizadora do ato de amamentar. Assim, devemos considerar a amamentação não apenas como um ato instintivo, mas no direito da mulher como ente que deve ser respeitado, salientando que qualquer que seja sua decisão, seu papel como mãe estará perpetuado pela existência do filho, de toda forma, o profissional da enfermagem necessita ouvir essas mulheres para compreender de modo empático, sem preconceitos o que passa no seu cotidiano e trabalhar o incentivo ao aleitamento materno com, acompanhamento, diálogo franco e aberto, com ações pensadas de modo compreensiva e preparando essas mães para as dificuldades da amamentação e o grande benefício para o seu filho. Conclusão: Percebe-se que apesar das novas implantações governamentais para o sucesso e adesão ao aleitamento materno, ainda existem muitas dificuldades, falta de apoio e políticas públicas, além da falta de incentivo das nutrizes e a falta de motivação e capacitação dos profissionais de saúde, sendo de grande importância que os profissionais de saúde, principalmente o profissional da enfermagem no seu desempenho e efetividade a frente da assistência, tenha segurança e uma abordagem organizada no que diz respeito à orientação acerca da amamentação e um bom treinamento no atendimento a essas nutrizes. Palavras-chave: Gestantes. Aleitamento materno. Enfermagem em saúde comunitária.

5086 A EXPERIÊNCIA E A SATISFAÇÃO DE PUÉRPERAS QUE TIVERAM PARTOS ASSITIDOS POR ENFERMEIRAS (OS) OBSTÉTRICAS (OS): RESSIGNIFICANDO UM CUIDADO IDEAL
Oracio Carvalho Ribeiro Júnior, Tatiane Silva de Araújo, Geysiane Rocha da Silva, Maria Auxiliadora Pires Pond, Maria Suely de Sousa Pereira, Semírames Cartonilho de Souza Ramos

A EXPERIÊNCIA E A SATISFAÇÃO DE PUÉRPERAS QUE TIVERAM PARTOS ASSITIDOS POR ENFERMEIRAS (OS) OBSTÉTRICAS (OS): RESSIGNIFICANDO UM CUIDADO IDEAL

Autores: Oracio Carvalho Ribeiro Júnior, Tatiane Silva de Araújo, Geysiane Rocha da Silva, Maria Auxiliadora Pires Pond, Maria Suely de Sousa Pereira, Semírames Cartonilho de Souza Ramos

Introdução: O ciclo gravídico-puerperal é constituído por uma série de modificações fisiológicas, psicológicas e sociais que permeiam a vida da mulher e as relações desta no seu território. Estas modificações tendem a alterar a percepção da mulher no que diz respeito a sua posição nas relações sociais, principalmente no que diz respeito à interação com os demais membros familiares. Estas alterações são progressivas durante toda e gestação e têm seu clímax por ocasião do trabalho de parto e parto, quando a mulher adentra em uma fase decisiva e de transição para o desempenho do papel de mãe. È um momento de muita instabilidade e que demanda necessariamente um cuidado prestado de forma segura, com características acolhedoras e resolutivas, sem a perda do protagonismo feminino, bem como, livre de violência obstétrica, garantindo o nascimento de uma criança saudável sem prejuízos para a saúde materna. Durante muitos anos os eventos envolvidos no trabalho de parto e parto foram considerados como integrantes do ciclo de vida da mulher, sendo vivenciado em caráter privativo, na maioria das vezes, compartilhado dentro de um contexto feminino, através da partilha de saberes entre as parturientes, assim como na figura das parteiras e outras mulheres que eram inseridas neste ciclo de eventos. Este modelo buscava em cada situação e contexto, reiterar o papel da mulher como protagonista da gestão dos acontecimentos relacionados ao seu organismo durante a geração de um novo ser, sendo secundário o desempenho de papéis dos demais atores inseridos no processo. Este modelo foi progressivamente perdendo espaço a partir de meados do século XVII com a inserção da figura do homem, em especial do médico, como o mais adequado profissional para garantir um parto seguro. Estas mudanças no modelo assistencial foram reforçadas pela invenção do fórceps e a expansão das escolas de medicina, que fizeram um movimento de retirada da autonomia da mulher, com institucionalização da assistência ao ciclo gravídico-puerperal, ao mesmo tempo em que houve um forte questionamento sobre as competências da parteira para acompanhar a assistência obstétrica. Estes acontecimentos deram origem a uma nova fase de assistência obstétrica no Brasil e no mundo, baseada na medicalização do parto e nascimento, com protagonismo do médico. Como resultado deste cenário, tem-se no Brasil, ainda hoje, indicadores de assistência materno-infantil considerados catastróficos, com altas taxas de mortalidade materna e perinatal, elevadas taxas de cesarianas, uso indiscriminado de ocitocina, episiotomia de rotina, dentre outros. Em face deste cenário tecnocrático e medicalizado de assistência obstétrica, vários movimentos vem surgindo no mundo inteiro, inclusive no Brasil, com fortes críticas a este modelo de cuidado, trazendo a máxima de sua não conformidade para se alcançar uma assistência segura e satisfatória para a mulher e seus familiares. Diante disso, seguindo recomendações internacionais, o Ministério da Saúde vem incorporando, desde meados da década de 90, a presença do enfermeiro obstétrico como uma das principais estratégias para a humanização da assistência obstétrica e redução das taxas de cesarianas no país. Neste contexto, a humanização na assistência obstétrica é vista como um conjunto de ações que visam promover um parto e nascimento saudáveis e a prevenção da mortalidade materna e neonatal, com intervenções criteriosas e menor utilização de tecnologias invasivas disponíveis. Além disso, o trabalho de parto e parto despertam na mulher um conjunto de sentimentos muitas vezes desconhecidos, fato que gera grandes expectativas na mesma, requerendo uma assistência baseada em conhecimentos técnico-científicos e que compreenda as percepções e individualidades daquela, tornando o processo mais fisiológico e humanizado possíveis. Nesta perspectiva, o enfermeiro obstétrico figura como um profissional com a assistência distinta, que transmite segurança e respeito à parturiente, conferindo autonomia à mesma, proporcionando um bem-estar físico e emocional, fatores propícios para uma boa evolução do trabalho de parto e parto. Porém, ainda é muito forte a resistência para que este modelo assistencial em obstetrícia possa ser consolidado no Brasil, requerendo entre outras estratégias de enfrentamento, o fazer conhecer o quão positiva é a vivência da parturição acompanhada do enfermeiro obstétrico na perspectiva de humanizar o parto e o nascimento. Assim, este estudo tem por objetivo descrever as experiências e satisfação de puérperas que tiveram o parto assistido por enfermeiro obstétrico em um centro de parto normal na cidade de Manaus, Amazonas. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo documental, com abordagem qualitativa. O cenário de pesquisa foi uma maternidade pública situada na cidade de Manaus, Amazonas, referência em obstetrícia. A maternidade conta com um Centro de Parto Normal Intra-hospitalar (CPNI) onde as parturientes classificadas como de risco habitual são assistidas por enfermeiras (os) obstétricas (os) durante todo o trabalho de parto e parto, através de tecnologias não invasivas. Ao final do parto, as puérperas são convidadas a relatar as experiências com a assistência recebida em um livro próprio do setor. Os dados foram coletados do livro de registro de experiências anteriormente citado. Foram utilizados neste estudo, 12 registros do ano de 2017, segundo critério de saturação de dados. Para a análise dos dados utilizou-se a análise do conteúdo como referencial metodológico. Foram realizadas as seguintes etapas: pré-análise, codificação e categorização, inferência e interpretação dos dados. Neste estudo foram respeitados os princípios da pesquisa com seres humanos preconizados na resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Da pré-análise e codificação emergiram três categorias de análise, a saber: ser parturiente em ambiente de cuidado diferenciado, onde as usuárias reconhecem na própria ambiência do CPNI um fator gerador de qualidade no cuidado realizado por proporcionar individualidade e distanciar o cuidado de um caráter hospitalar; a presença da enfermeira (o) obstétrica (o) como dispensador de cuidados diferenciados, onde as mulheres colocam suas impressões sobre a forma como se dá o cuidado realizado pelo enfermeiro durante o trabalho de parto e parto, buscando implementar cuidados de forma criteriosa, respeitando a feminilidade da mulher e sempre na perspectiva do saber compartilhado que transmite segurança e satisfação em relação ao cuidado recebido; ser parturiente protagonista do processo de parto e nascimento, onde as usuárias reconhecem no cuidado da enfermeira (o) obstétrica (o) a possibilidade de expressarem seus sentimentos, da percepção dolorosa das contrações e da livre movimentação durante o trabalho de parto e parto, além das decisões compartilhadas sobre as ações desenvolvidas. Considerações Finais: As experiências e satisfação de puérperas em relação a assistência pela enfermeira (o) obstétrica (o) durante o trabalho de parto e parto é representada a partir de um cuidado em ambiente diferenciado, prestado de forma diferenciada pelo enfermeiro e que proporciona à mulher ser protagonista da assistência obstétrica. Estes achados reforçam a importância do papel do enfermeiro obstétrico na assistência ao parto e nascimento, a mesmo tempo que não esgota o tema abordado, uma vez que satisfação e experiências são processos dinâmicos que têm comportamentos mutáveis ao longo do tempo.

3737 CONHECIMENTO DE GESTANTES EM ACOMPANHAMENTO NO PRÉ NATAL SOBRE DEPRESSÃO PÓS PARTO
Alisson Salatiek Ferreira de Freitas, Ingrid Bittencourt Soares, Luzy Hellen Fernandes Aragão Martins, Maria Simone da Costa Freitas, Lueyna Silva Cavalcante, Ingrid Martins Leite Lúcio, Antônio Rodrigues Ferreira Junior

CONHECIMENTO DE GESTANTES EM ACOMPANHAMENTO NO PRÉ NATAL SOBRE DEPRESSÃO PÓS PARTO

Autores: Alisson Salatiek Ferreira de Freitas, Ingrid Bittencourt Soares, Luzy Hellen Fernandes Aragão Martins, Maria Simone da Costa Freitas, Lueyna Silva Cavalcante, Ingrid Martins Leite Lúcio, Antônio Rodrigues Ferreira Junior

Apresentação: A gestação é um período na vida de uma mulher, que envolve muitas mudanças e alterações bioquímicas, um acontecimento que gera modificações nas áreas psicológica, cultural e social da mulher. O puerpério é um período no qual o corpo da mulher se recupera do desgaste físico da gravidez e do parto, e pode estar mais vulnerável à manifestação de transtornos mentais. Dentre os transtornos psíquicos da puerperalidade, destaca-se a depressão pós-parto (DPP), que caracteriza-se pela presença de humor deprimido ou perda de interesse e prazer por quase todas as atividades, e  que se manifesta duas semanas após o parto. Nessa perspectiva, quando o pré-natal é feito de forma qualificada e contextualizada proporciona além do acompanhamento clínico, a prevenção de intercorrências, a atuação em face das necessidades socioculturais, econômicas e emocionais. Sendo assim, a consulta de pré-natal é importante na vida da mãe e do filho e o enfermeiro tem um papel fundamental nesse momento, pois ele tem maior contato com todas as modificações que ocorre no corpo e na mente da gestante. Assim, o trabalho tem como objetivo identificar o conhecimento das gestantes, durante o pré-natal, sobre a depressão pós-parto. Desenvolvimento do trabalho: O presente estudo consiste em uma pesquisa descritiva, de campo e com abordagem qualitativa. A unidade de saúde escolhida para realização da pesquisa situa-se em um bairro da periferia de Fortaleza-Ceará, onde três equipes da Estratégia Saúde da Família atendem cerca de 15 mil pessoas. Participaram da pesquisa dez gestantes acompanhadas na unidade lócus do estudo, sendo os critérios de inclusão: grávidas independente da idade gestacional e que já tivessem tidos no mínimo três consultas de pré-natal. Para obtenção dos discursos foram realizadas entrevistas no período de setembro a novembro de 2017.  Os dados gravados foram submetidos à Análise Temática. A pesquisa obteve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa, sob a aprovação Nº 2.375.840. Resultados e/ou impactos: Participaram da pesquisa dez gestantes de diversas idades, sendo que 60% das entrevistadas encontram-se na faixa etária acima de 26 anos. Quanto ao estado civil, 60% referiu viver em união estável. Quando indagadas a respeito de suas profissões, 70% das gestantes afirmaram ser Do Lar.  Sobre o histórico obstétrico das gestantes, 90% das entrevistadas possuíam três ou menos gestações, ao passo que 80% nunca sofreu um aborto. Enquanto 70% afirmaram ter sido a gravidez atual planejada, 50% relataram ter tido algum problema, sendo os citados: infecção urinária e doença hipertensiva específica da gestação (DHEG). Para melhor organização dos dados empíricos, formulou-se uma categoria temática a partir da análise das falas intitulada de “Conhecimento das gestantes sobre DPP”. Apesar de a depressão acometer ambos os sexos, há um predomínio no sexo feminino, sendo muitas vezes precedida por eventos vitais marcantes, como a gestação, o parto e o período pós-parto. Há uma estimativa de que pelo menos 20% das mulheres apresentam depressão em algum estágio de suas vidas, fato que implica tanto em um impacto na saúde da mulher, como na de seus familiares e outras pessoas de seu convívio. Ao observamos os conceitos trazidos pelas gestantes, percebemos que apesar de ser um assunto que pode estar inserido no seu convívio,  as gestantes revelam uma ter percepção equiparada sobre a DPP, como podemos evidenciar nas seguintes falas: “Eu acho que a depressão leva você a desistir de tudo, da sua vida, é tanto que ela não quis nada com o bebê dela (falando da vizinha).” (Gestante 3);  “Mas eu acho que é... pelo que eu vi nos programas a pessoa fica agressiva, fica estressada, pensa muita besteira, acaba com as pessoas, com a vida, pensa que não vai sobreviver, em tudo bota dificuldade.” (Gestante 4). A característica da rejeição do bebê bem como a perda do sentido de viver, relatada pela gestante 3, são sinais importantes para a investigação e o diagnóstico médico para depressão que ocorre no período pós-parto. É importante enfatizar que a DPP é uma perturbação emocional, humoral e reativa, podendo apresentar seus sintomas ainda na gestação, o que torna fundamental a atuação do profissional enfermeiro no esclarecimento dos sinais e sintomas da doença. Um outro aspecto apresentado pela fala da gestante 4 é que a mídia é uma importante fonte de informação, que pode trazer percepções adequadas ou não. A baixa escolaridade é um dos fatores que compromete a compreensão do processo de adoecimento quanto a DPP e ainda predispõe a ocorrência dessa doença, por isso é necessário conhecer o que as gestantes entendem por DPP ainda na gestação, para que estas sejam capazes de identificar precocemente os sinais e sintomas da doença. Podemos notar que a capacidade de reconhecer esse quadro não evidenciado nas falas, tendo apenas uma citação de uma gestante quando ela relata: “Quando eu tive meu primeiro filho, na enfermaria que eu estava, a moça do meu lado estava com depressão pós-parto.” (Gestante 3). Aproximação de fatos e experiências traz, para mulher um sinal maior de observação e curiosidade pelo assunto. É nesse aspecto que é importante enfatizar que a percepção e o reconhecimento da depressão durante a gestação é bastante visto em casos que a mulher já teve depressão antes da gestação, e as que adquirem a depressão na gestação, não são bem assistidas pelo companheiro, pela família ou pela equipe de saúde que acompanha o pré-natal. Entende-se que a gestação é um momento muito delicado, que o acompanhamento bem feito em um pré-natal é essencial, tanto para o profissional de saúde poder identificar sinais de depressão na gestante, quanto como o relacionamento dela com a família e com o companheiro, para assim, reconhecer logo no início um possível caso de DPP e poder oferecer o suporte necessário para essa gestante. “Ela passava a maior parte do tempo amarrada e no dia em que soltaram ela, ela queria pular da janela, e a gente estava no 3° andar.” (Gestante 3); “No caso, ela ficava estática, porque ela tomava muito remédio, eram várias enfermeiras para aplicar o medicamento nela.” (Gestante 3). A agressividade e a tentativa de suicídio são um dos sintomas mais indicativos da DPP, aumentando a vulnerabilidade da puérpera e comprometendo sua autoestima materna, assim como, a capacidade de amar outro ser gerado por ela. A grávida maltratada, que sofre violência psicológica durante a gestação, acarreta um maior nível de estresse. Ocasionando outros sintomas, como: baixa estima isolamento, suicídio, agressividade. Esses sintomas são extremamente prejudiciais para sua saúde e a saúde do bebê. Tendo assim, a assistência pré-natal, um momento privilegiado, sendo uma única oportunidade de intervir nessa situação. A identificação antecipada de sintomas sugestivos de depressão, pode dar um desfecho mais favorável para o binômio mãe-filho. Intervindo com ajuda psicológica, proporcionando a essa mãe uma ajuda imediata, antes de não conseguir reverter esse caso de DPP. Considerações finais: A pesquisa demonstrou que DPP não é muito debatido nas consultas de pré-natal, evidenciando assim, um baixo conhecimento da temática. Fica notório que a realização de educação em saúde no pré-natal voltada para identificação precoce de sinais da DPP é imprescindível, e que o profissional deve estar preparado para oferecer suporte tanto para essa mulher como para sua família, na perspectiva da redução de danos e agravos causados pela DPP.

3048 Grupo de grávidas: Uma Proposta Multidisciplinar de Educação em Saúde no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
Cynara Rego Nogueira, Aline Oliveira Mota, Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Klicia Martiniano Remigio, Lorena Cavalcante Lobo, Luan Gabriel de Souza

Grupo de grávidas: Uma Proposta Multidisciplinar de Educação em Saúde no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

Autores: Cynara Rego Nogueira, Aline Oliveira Mota, Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Klicia Martiniano Remigio, Lorena Cavalcante Lobo, Luan Gabriel de Souza

APRESENTAÇÃO: Os cuidados durante a gestação são essenciais para manter a saúde da mãe e do bebê, devendo este começar logo após a descoberta da gravidez, pois o acompanhamento precoce permite mitigar possíveis problemas de saúde que podem surgir durante este período. Neste processo, o conhecimento sobre a gestação e cuidados específicos torna-se primordial para a manutenção de um tratamento eficaz.  Assim, visando à efetivação do direito a saúde e a construção de um acompanhamento efetivo, este estudo propõe descrever, através de um relato de experiência, a proposta de educação em saúde realizada pela equipe multidisciplinar de residentes que atuam no Núcleo de Atenção em Saúde (NASF) e equipe na Unidade Básica de Saúde (UBS) Josephina de Melo. DESENVOLVIMENTO: Participaram da execução e planejamento das reuniões uma profissional da enfermagem, duas assistentes sociais, duas psicólogas, uma fisioterapeuta e um profissional da educação física. Ao todo, foram realizados três encontros de duração aproximada de uma hora e meia, com a participação em média de dez grávidas por ciclo de encontros, pelo período de setembro a dezembro.  As reuniões aconteciam uma vez por semana, com início na primeira quarta feira do mês, pela manhã, sendo o terceiro encontro, realizado à tarde.   Foi afirmada a possibilidade da realização de qualquer questão durante a apresentação dos temas em todos os encontros, que foi prontamente efetuado por elas no decorrer das explanações. Na primeira sessão, foram ministradas palestras sobre os assuntos: alimentação saudável, sexualidade na gravidez e fisioterapia pélvica. Ao final deste encontro, os profissionais distribuíram folhetos que continham questionamento em escala Likert sobre a satisfação em relação à palestra, assim como requisição de sugestões. No segundo encontro foram abordados os temas: aleitamento materno, vínculo entre mãe e bebê e depressão pós-parto, sendo este último sido solicitado pelas próprias gestantes a partir das discussões levantadas.  A última sessão foi realizada pela assistente social e contou com os seguintes temas: violência obstétrica, parto e pós-parto e maternidade de referência. RESULTADOS: A participação ativa das grávidas no processo demonstrou que estas não apenas construíram conhecimentos acerca da gestação, refletindo sobre seus hábitos, como também desenvolveram sua autonomia em relação ao próprio cuidado, contribuindo para a construção de uma postura mais participativa e cidadã.  O contato estreito que o espaço de discussão entre profissionais e gestantes proporcionou, foram determinantes para o estabelecimento do vínculo com a equipe, sendo este um fator essencial para afirmação da continuidade do atendimento. A participação nos grupos também foi importante para o amadurecimento dos profissionais, posto que o diálogo estabelecido com as usuárias possibilitou um melhor entendimento das necessidades destas, permitindo assim, que os profissionais envolvidos aperfeiçoassem o atendimento prestado a essa população. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir deste processo de desenvolvimento de conhecimento, foi possível contribuir para a construção de uma concepção ampliada de saúde, na qual não possui apenas como meta o tratamento, cura e reabilitação, mas que propõe um conceito de saúde positivo e dinâmico que inclui prevenção e promoção da qualidade de vida, autonomia e a participação dos sujeitos.

3814 Psicologia da saúde e vivências em um grupo de gestantes: um relato de experiência.
Maria Isabel Filgueira Souza, Fabiana Regina da Silva Grossi, Kelly Esméria Tavares Barbosa

Psicologia da saúde e vivências em um grupo de gestantes: um relato de experiência.

Autores: Maria Isabel Filgueira Souza, Fabiana Regina da Silva Grossi, Kelly Esméria Tavares Barbosa

O grupo é definido pela participação de dois ou mais indivíduos com intuito de alcançar um objetivo. Sendo assim, o grupo no serviço de atenção básica, interage de modo dinâmico, fortalecendo os vínculos e valorizando a saúde. Quando trata-se de grupos de gestantes o foco se dar na garantia de suporte extra ao atendimento das consultas, direcionando-as as práticas de saúde corretas, entender melhor o processo pelo qual estão passando devido a própria gravidez, além de aproximar os profissionais ao público gravídico contribuindo para o serviço humanizado. O presente trabalho refere-se a um relato de experiência em estágio profissional em Psicologia da Saúde, durante o sétimo e oitavo semestre, em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), no município de Barreiras, Bahia. O objetivo dos encontros realizados no grupo se baseava na prevenção de doenças e promoção da saúde Os encontros de grupo eram realizados semanalmente, tendo uma média de duas participantes. As gestantes que ficavam na recepção à espera do atendimento para o pré-natal eram convidadas a participar do grupo. As idades das gestantes variavam entre 23 a 30 anos. O período de realização dos grupos foi de Março a Outubro de 2017. Foram trabalhados temas relevantes para esse período da vida da mulher de grandes transformações, como: vínculo mãe-bebê, a importância da amamentação, cuidados com o recém-nascido, tipos de parto, depressão pós-parto, entre outros. No decorrer do trabalho, alguns profissionais de enfermagem, médico da própria unidade de saúde se dispuseram a colaborar com informações bastante relevantes vinculadas a esse período, bem como foi possível à realização de atividades até mesmo fora da unidade. Notou-se maior aproximação que passou a existir entre as usuárias da ESF e os profissionais de saúde, a partir da construção do vínculo. Esta situação facilita o aprendizado das gestantes, visto que, há uma participação na construção da prática, com uma troca de saberes.  Sendo assim, o grupo de gestantes dentro da ESF tem importância primordial pois é no período gestacional que ocorre as maiores mudanças hormonais consequentes a esse, a mudança emocional, física, bem como as preocupações com a saúde de si e a saúde do bebê que estar por vir. É também durante esse período que todas as expectativas são postas em evidência, bem como as opiniões de familiares principalmente e, também de todo contexto social o qual a gestante estiver envolvida, podendo ser um fator positivo ou negativo a depender da qualidade desse discurso. Todavia é preciso ainda que mudanças sejam feitas no âmbito do atendimento para que o mesmo possa ser o mais humanizado possível, pois todos merecem um atendimento de qualidade. Além do atendimento diferenciado há um fator extremamente necessário, o vínculo formado entre comunidade e profissional, que uma vez formado e frequentemente fortalecido, torna o trabalho mais fácil e com um raio de alcance maior, em especial na psicologia, que descontrói o modelo clínico-individual.