172: Do nascer à luz: a vida em produção com o cuidado e no diverso
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 14 - Jerimum    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
791 AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MATERNIDADE PARA MÃES DE FILHOS/AS COM DEFICIÊNCIA DE UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE BARREIRAS/BA
Kelly Nunes Crisostomo, Fabiana Regina da Silva Grossi, Rafaela dos Santos Souza, Anchielle Crislane Henrique Silva

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MATERNIDADE PARA MÃES DE FILHOS/AS COM DEFICIÊNCIA DE UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE BARREIRAS/BA

Autores: Kelly Nunes Crisostomo, Fabiana Regina da Silva Grossi, Rafaela dos Santos Souza, Anchielle Crislane Henrique Silva

Introdução: As representações sociais da maternidade para mães de filhos/as com deficiência determinam comportamentos, atitudes e práticas de cuidados, haja vista que se apresentam como determinantes na concepção da maternidade, como também de viver e criar um/a filho/a com deficiência, considerando que a mulher ainda é vista como a figura central na relação familiar no cuidado com os/as filhos/as.  Diante disso, objetivou-se analisar as representações sociais da maternidade para mães de filhos/as com deficiência de uma escola pública no município de Barreiras/BA. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. O instrumento utilizado foi à entrevista semiestruturada e a coleta de dados foi realizada com 14 mães, sendo utilizada a teoria das Representações Sociais e análise de conteúdo de Bardin para estudo dos dados obtidos. Resultados: Identificou-se que existe uma busca pelo filho/a “ideal” e a chegada de uma criança com deficiência gera sentimentos negativos, tais como choque, medo e tristeza. Além disso, as mães ainda precisam lidar com as dificuldades em uma sociedade preconceituosa. Conclusão: Portanto, deve-se pensar em intervenções e suporte psicológico a fim de diminuir os obstáculos encontrados, bem como promover melhor qualidade de vida para essas mulheres desde o diagnóstico da deficiência da criança.  

1310 Os efeitos da música como medidas de conforto no processo de parturição
Yara Macambira Santana Lima, Ana Paula Lemos de Araujo, Danyelle Sarmento Costa, Maria Monica Machado de Aguiar, Simone Aguiar da Silva Figueira

Os efeitos da música como medidas de conforto no processo de parturição

Autores: Yara Macambira Santana Lima, Ana Paula Lemos de Araujo, Danyelle Sarmento Costa, Maria Monica Machado de Aguiar, Simone Aguiar da Silva Figueira

INTRODUÇÃO: A gravidez é um momento singular na vida das mulheres, porém ela acarreta mudanças físicas e psicológicas para as mesmas, que lidam com esse processo de formas diferentes, sendo influenciadas pela sua criação e estilo de vida. Deste modo já trazem consigo idealizações do parto, que além de ser um momento significativo, pode ser sofrido e doloroso1. Dessa maneira a dor é o alvo principal no processo parturitivo, podendo gerar consequências desagradáveis para quem a sente. Gerando desconforto, alterações nos sinais vitais e nos demais sistemas fisiológicos do organismo materno, interferindo diretamente no bem estar do bebê, que está ligado a ela através de anexos, como a placenta2. Colaborando para uma saúde mais eficaz, em todos os âmbitos, o Ministério da Saúde através da Portaria n º 569 instituiu o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) que preconiza o direito a assistência a mulher antes, durante e após o parto, possibilitando que a mesma tenha autonomia em seu parto, oferecendo-lhes alternativas não farmacológicas para as mesmas vivenciarem um parto sem intervenções desnecessárias, não deixando de atendê-las em suas peculiaridades3. Deste modo, a música surge como prática não farmacológica, contribuindo para o equilíbrio biopsicossocial da parturiente, uma vez que auxilia na melhora do estado geral, diminui os quadros álgicos e o estresse, regula a respiração, pressão arterial e contribui para o surgimento de laços, principalmente no âmbito enfermeiro-cliente, propiciando um cuidado humanizado no processo de parturição4. O enfermeiro em sua totalidade tem um papel peculiar neste processo, pois tem um maior contato com as pacientes, conhecendo seus anseios e suas particularidades para em seguida fornecer métodos não farmacológicos adequados, propiciando um cuidado simples e natural5.  OBJETIVO: Conhecer os efeitos da música em parturientes da Rede Pública Municipal de Santarém-PA. METODOLOGIA: pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa, no setor obstétrico de uma Rede Pública Municipal de Santarém-PA, fizeram parte da pesquisa mulheres que se encontrasse em trabalho de parto a partir de 3cm de dilatação, que tivessem se queixando de dor ou desconforto e que após avaliação obstétrica tivessem indicação para parto normal, tendo como amostra 20 parturientes. A pesquisa foi realizada em dois momentos, a saber: aplicação da música como prática integrativa e entrevista realizada no pós-parto mediato. A escuta da música foi realizada individualmente através de um fone de ouvido, para que a realização da prática integrativa não influenciasse na rotina do setor. Ressalta-se que o fone era higienizado com álcool 70% após cada uso. A entrevista se deu em um local reservado, em que as parturientes puderam responder perguntas pertinentes ao tema em questão. Os dados coletados foram analisados conforme a Análise de Conteúdo, que visa identificar núcleos com sentidos expressivos e pertinente que formam um enunciado, a fim de que a presença e ocorrência destes infiram em algo para o objeto em estudo. A análise se realizou em três etapas, conforme prevê a Análise de Conteúdo: primeiramente foram agrupadas todas as respostas obtidas para que se tivesse o primeiro com estas, as quais foram organizadas e sistematizadas. Posteriormente, na segunda fase, foram elaboradas hipóteses a partir do conteúdo organizado, uma vez que estes dados precisariam ser consoantes aos objetivos propostos pela pesquisa, com intuito de levantar finalidades relacionadas ao uso dos dados colhidos. Por último, foram criadas as categorias a partir das falas organizadas e hipóteses levantadas. Nesta última etapa, os dados foram inferidos de acordo com a teoria já existente sobre o assunto do qual se tratava nas falas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir das respostas obtidas por meio da Análise de Conteúdo, emergiram duas categorias e subcategorias. Categoria 1: percepção das sensações obtidas pela música; subcategoria 1.1: a música como medida de alívio, relaxamento, tranquilidade e paz; subcategoria 1.2: avaliação da música no período pré-parto; Categoria 2: contribuições da música durante o trabalho de parto. Os resultados mostraram que os efeitos da música como prática integrativa inserida no trabalho de parto foram diversos e bastante positivos. As sensações experimentadas pelas parturientes foram de alívio, tranquilidade, relaxamento, paz, calma, força, distração e conforto, tendo como foco atrativo a música, fazendo com que a dor e os desconfortos perdessem o protagonismo frente à situação. O alívio foi percebido tanto como sensação em meio aos desconfortos e a dor advindos do trabalho de parto quanto como contribuição da música para o momento em evidência, visto que o alívio como principal fala das clientes fez com que o processo parturitivo fosse menos doloroso e mais prazeroso, destacando a mulher como protagonista durante este processo fisiológico. A tranquilidade apareceu como uma das falas principais como sentimento e contribuição para o momento do parto nos discursos analisados. Isso pode ser possível porque a partir da escuta musical as mulheres puderam vivenciar momentos de serenidade, transformando o momento de dor em uma sensação boa e de paz. A música fez ainda com que as parturientes vivenciassem momentos de confiança em si mesmas, obtendo força física e psicológica para serem participantes ativas durante o trabalho de parto, tornando-as, dessa forma, empoderadas frente ao nascimento. Notou-se que algumas clientes, a durante a intervenção musical, puderam experimentar um sentimento de transcendência, no qual as mesmas foram conduzidas mentalmente a “outro mundo”. Este “mundo paralelo” possibilitou às mulheres a vivência de lembranças passadas positivas, recordações de momentos de alegria e de calma, de tranquilidade. Este efeito pode amenizar o medo, a ansiedade e somou como um processo de distração frente aos sentimentos negativos que acompanham o trabalho de parto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: constatou-se que os objetivos desta pesquisa foram alcançados e os efeitos da música durante o trabalho de parto puderam ser observados a partir das falas analisadas, os quais se destacaram o alívio, relaxamento, a tranquilidade, calma e distração. Houve significativa contribuição da música como prática integrativa para o processo parturitivo, pois este instrumento teve como fim aspectos positivos para a vivência do trabalho de parto para as parturientes, as quais experimentaram os benefícios advindos desta prática. Sugere-se que mais estudos e pesquisas sejam realizadas nesse mesmo sentido, visto ser a música um instrumento de forte impacto no biopsicossocial humano e gerador de inúmeros benefícios, contudo pouco explorada ainda no campo da saúde como prática integrativa. Os estudos existentes sobre tal temática são escassos e não possibilitam um estudo integral sobre a prática, ressaltando que as peculiaridades relacionadas à música no campo da saúde devem ser levadas em consideração, juntamente a capacitação do profissional de saúde para a implementação do uso da música como um manejo Não-Farmacológico dentro da rotina das instituições de saúde.      

1844 O ACOMPANHANTE COMO INTEGRANTE NO CENÁRIO DO PARTO E NASCIMENTO EM UMA MATERNIDADE MUNICIPAL NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Nayra Carla Melo, Daniela Ferreira Borba Cavalcante, Aldrin de Sousa Pinheiro

O ACOMPANHANTE COMO INTEGRANTE NO CENÁRIO DO PARTO E NASCIMENTO EM UMA MATERNIDADE MUNICIPAL NA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Autores: Nayra Carla Melo, Daniela Ferreira Borba Cavalcante, Aldrin de Sousa Pinheiro

Apresentação: O momento do parto é o ápice de uma transformação na vida da mulher, do homem e da família. O acompanhante é um integrante singular e primordial nesse acontecimento, pois inspira segurança, confiança e força a partir do momento em que se posiciona ativamente no trabalho de parto, deixando de ser um mero expectador para participar do processo de parturição. Esse trabalho discorre sobre o projeto de intervenção que objetivou prestar uma assistência humanizada durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato com a participação positiva do acompanhante, uma Maternidade Municipal de risco habitual EM Porto Velho - RO. Desenvolvimento do trabalho: O projeto de intervenção se desenvolveu com gestantes em trabalho de parto ativo e seus acompanhantes, nas seguintes etapas: na admissão na sala de parto foram apresentados os métodos não farmacológicos de alivio da dor disponíveis e orientado aos acompanhantes a sua aplicabilidade, por meio de cartazes, durante a permanência desses atores na sala PPP, registrou-se em formulário a utilização dos referidos métodos assim como a caracterização do parto propriamente dito e finalmente foi anotado o relato das puérperas em relação a assistência prestada e a participação do acompanhante em todo o processo de parto e nascimento. Resultados e/ou impactos: O acolhimento e as orientações fornecidas pelos profissionais de saúde aos acompanhantes sobre como se dá o trabalho de parto e o parto em si, torna-o mais apto a garantir um auxilio adequado para a parturiente, podendo motivá-la durante todo o processo, além de que estando ciente do que irá acontecer, poderá fornecer maior segurança e tranqüilidade. Tal afirmação foi constatada neste projeto, pois no período de Greenberg, as puérperas expuseram sua avaliação em relação a intervenção: 92% das mulheres consideraram que o acompanhante ajudou muito no trabalho de parto e parto fornecendo apoio, força e segurança, o que tornou a experiência do parto exitosa, descrita como boa por 58% e ótima por 42% das entrevistadas. Quanto aos acompanhantes, foi unânime a afirmação de que as orientações fornecidas pela equipe de saúde e o cartaz entregue no ato da admissão na sala de parto foram cruciais para que eles pudessem colaborar com a sua parturiente em todas as etapas trabalho de parto, o que proporcionou um bom desempenho (66%) como acompanhante naquele momento. Além disso, todos os acompanhantes indagados corroboraram que os momentos compartilhados e a assistência recebida tiveram como nota de sete a dez. Considerações finais: Constatou-se que o acompanhante se sentindo respeitado, confiante e ciente de seu papel transmite sentimentos e emoções positivas a parturiente e esta, em resposta a esse suporte consegue realmente ser detentora do seu parto, obedecendo ao seu corpo e perpassando por todas as fases do trabalho de parto e parto com tranqüilidade e segurança.

1939 O CONHECIMENTO DAS PUÉRPERAS ACERCA DA ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA DURANTE O CICLO GRAVÍDICO
Jéssica Naiara Naiara Silva Vieira, Djúlia Soraya Sena Pimentel, Gabriela Amorim Barreto

O CONHECIMENTO DAS PUÉRPERAS ACERCA DA ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA DURANTE O CICLO GRAVÍDICO

Autores: Jéssica Naiara Naiara Silva Vieira, Djúlia Soraya Sena Pimentel, Gabriela Amorim Barreto

Apresentação: A gestação pode ser considerada, por muitos, uma das principais fases da vida de uma mulher. Advindo a esse acontecimento, sentimentos e mudanças únicos dessa fase começam a tomar conta da vida e do corpo dessas mulheres. Algumas transformações anatômicas e emocionais se dão principalmente para abrigar e dar gênese a uma nova vida. Nessa fase, alguns cuidados, em especial, eliminar a probabilidade de esforço excessivo durante a realização de atividades, prevenir quedas e dores é crucial para um período gravídico sem grandes complicações. Uma das principais formas de proporcionar tal assistência é por meio da orientação e acompanhamento de um profissional fisioterapeuta que utiliza seus conhecimentos para garantir que além das quedas e esforço excessivo, as gestantes também sejam orientadas quanto á realização de exercícios para que essa fase seja o mais agradável possível, minimizando episódios que prejudiquem a mãe ou a criança. No entanto, durante o acompanhamento pré-natal realizado, a atuação do fisioterapeuta é pouco vista e valorizada, como consequência, grandes são as queixas relatadas por essas mulheres relacionadas a quadros álgicos que limitam a realização de atividades de vida diária (AVD´s), além do comprometimento da sua qualidade de vida. Por conta dessas complicações, o fisioterapeuta se faz necessário atuando de forma conjunta com uma equipe multiprofissional de saúde, para que essa paciente também possa ser vista de forma holística. A fisioterapia é recomendada em todas as gestações, além de preparar o corpo da mulher para o parto corrobora na eliminação de intercorrência e sofrimentos durante a preparação para o parto, no parto e posteriormente a ele, período este denominado de puerpério. Dentre os benefícios citados, destacamos também, efeitos benéficos ao longo desse ciclo, minimizando sintomas acompanhados de algia e atendendo as necessidades funcionas especificas de cada uma delas, para isso o profissional fisioterapeuta realiza uma avaliação minuciosa de cada paciente atentando-se para a queixa principal e tudo que envolve o bem-estar dessa mulher. É necessário que as condutas baseadas em exercícios específicos contribuam de forma positiva tanto em alterações estéticas, transtornos metabólicos e na diminuição de algias na região abdominal oriundas de adaptações estruturais. Além de condutas técnicas eficazes, atender esse grupo de mulheres com respeito e dignidade contribui de forma significativa proporcionando bem-estar físico, psicológico e biológico durante o processo de parir, transformando esse momento em algo ímpar na dignidade e respeito às parturientes. Baseado em todos os benefícios citados acima, é vital que as gestantes tenham ciência da importância e função do fisioterapeuta, em especial, a sua atuação para promover um parto mais humanizado e seguro para elas. É com foco nesse processo de humanização do parto com o auxílio da atuação do fisioterapeuta que objetivou-se com esse trabalho investigar o nível de conhecimento prévio das gestantes sobre a relevância da fisioterapia durante o ciclo gravídico. Desenvolvimento do trabalho: Este trabalho trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado através de estágio observacional no setor de obstetrícia, realizado no mês de janeiro de 2017 em um hospital no oeste do Pará. Resultados e/ou discussão: Nessa vivência, foi relatado pouco conhecimento prévio sobre a atuação de fisioterapeutas durante as fases do parto. Em sua maioria, as puérperas tinham pouco ou nenhum contato com as condutas fisioterapêuticas, muito menos com os benefícios advindos dessa área de atuação. Muitas pacientes não souberam relatar a importância da participação desse profissional na humanização das condutas relacionadas ao parto. Algumas mulheres que foram questionadas, elencaram em especial, a atuação dos médicos e enfermeiros durante toda a gestação, não relatando como o fisioterapeuta poderia contribuir durante o programa de atendimento ao parto. É importante ressaltar que a falta de conhecimento impossibilita que esse público possa desfrutar dos recursos profiláticos e terapêuticos da fisioterapia o que pode contribuir para melhor qualidade de vida na gestação e menos sofrimento no trabalho de parto. Como foi identificada, grande parte desse público desconhecem o trabalho da fisioterapia apesar de estar bastante desenvolvida na sociedade atualmente, o que leva a um desgaste físico e emocional para as gestantes que poderiam vivenciar um parto mais tranquilo com o auxílio desses profissionais. Geralmente usa-se técnicas de relaxamento e controle da respiração no trabalho de parto, fazendo-se necessário trabalhar com a gestante uma série de exercícios próprios para cada etapa da gravidez, utilizando-se de exercícios e técnicas. Os exercícios respiratórios, por exemplo, são de grande relevância a parturiente, por ter como objetivo auxiliar as mulheres no controle das sensações das contrações durante o trabalho de parto, além de promover alívio de dores lombares causadas pela alteração postural e orientações sobre a melhor posição para dormir, ter relações sexuais, dirigir e trabalhar, sobre a função muscular do assoalho pélvico, posições para aliviar a dor e exercícios respiratórios. A falta de conhecimento dessas mulheres revela que há falta de informação muitas das vezes dos profissionais que são atuantes a mais tempo como o médico e o enfermeiro que não encaminham para o fisioterapeuta deixando as gestantes se prejudicarem pois procuram o atendimento fisioterapêutico em momentos que o problema estão agravados, como por exemplo lombalgia e incontinência urinária que são muito frequentes na gestação. Com isso os serviços de fisioterapia são importantes no acompanhamento da gestação para prevenir e amenizar problemas futuros, o que eu não acontece na prática. Considerações Finais: O fisioterapeuta está cada vez mais se inserindo e se expandindo em seu campo de atuação, através de qualificações, esse profissional busca atender com profissionalismo e humanização, realizando toda assistência necessária, inclusive nas gestantes. No período da gravidez, as mulheres passam por diversas transformações emocionais e físicas. Para melhor atendê-las, com os fisioterapeutas utilizavam-se primeiramente do respeito e da assistência individualizada, bem como, diversas atividades, com auxilio de técnicas de cinesioterapia, mecanoterapia, terapias manuais e respiratórias, para relaxamento e fortalecimento. Além disso, o fisioterapeuta também proporciona a preparação das mamas para a amamentação, a correção da postura, o fortalecimento do assoalho pélvico, uma vez que o mesmo auxilia a mulher no parto normal, visto que, faz dessa musculatura fortalecida e preparada contribuindo para uma melhora da circulação sanguínea. No entanto, o que se observou pelas acadêmicas durante o estágio foi a falta de conhecimento das gestantes/puérperas acerca da atuação da fisioterapia no ciclo gravídico. O que é visto na prática, são profissionais de outras áreas também com falta de conhecimento e informação sobre os benefícios da fisioterapia. Portanto faz-se necessário o trabalho multidisciplinar e interdisciplinar. Apenas em conjunto com a equipe pose-se proporcionar atendimento de qualidade e bem-estar. É de suma importância que se propague o conhecimento de que o fisioterapeuta atua em diversas áreas da saúde de um individuo, inclusive no pré-natal, parto e pós-parto. Muitas gestantes têm atendimento com esse profissional apenas para reabilitação o que leva mais sofrimento a paciente, maior tempo de tratamento, e demora no atendimento. Pode ocasionar, é por meio da inserção de fisioterapeutas durante todas as fases da gestação e atuação de toda a equipe buscando analisar cada mulher de forma única e específica, que conseguiremos contribuir para partos humanizados e dignos as mães de nosso país.

2072 Pré-natal do Parceiro: uma inovação para o envolvimento ativo do homem
Marcia Fernanda de Mello Mendes, Greice Laitano, Priscila Lopes, Daniela Poester, Elisangela Martins da Rosa Silveira, Soraya Malafaia Colares

Pré-natal do Parceiro: uma inovação para o envolvimento ativo do homem

Autores: Marcia Fernanda de Mello Mendes, Greice Laitano, Priscila Lopes, Daniela Poester, Elisangela Martins da Rosa Silveira, Soraya Malafaia Colares

Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência do Hospital de Alvorada em Parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Alvorada e a secção da Saúde do Homem da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul na realização do projeto piloto Pré-Natal do Parceiro. Esta ação apresenta-se como uma ferramenta inovadora que busca contextualizar a importância do envolvimento consciente e ativo de homens, (adolescentes, jovens adultos e idosos) em todas as ações voltadas ao planejamento reprodutivo e, ao mesmo tempo, contribuir para a ampliação e a melhoria do acesso e acolhimento desta população aos serviços de saúde, com enfoque na atenção básica. O Pré-Natal do Parceiro propõe-se a ser uma das portas de entrada aos serviços ofertados pela Atenção Básica em saúde a esta população.   Para tanto, escolheu-se a Estratégia Saúde da Família (ESF) Umbu e o Hospital de Alvorada responsável pelo acompanhamento pré-natal de alto risco no município. Para a experiência que acontece no Hospital de Alvorada, convidou-se 15 casais para integrarem um grupo piloto, onde realizou-se consultas de casais com obstetras (no pré-natal e puerpério), consultas individuais para os homens com médico clínico geral, bem como coleta de exames laboratoriais. Outra estratégia do Pré-natal do Parceiro são os grupais psicoeducativos, de frequência mensal, realizados por equipe multiprofissional: psicólogo, assistente social e nutricionista. O projeto está em sua fase inicial, mas tem demonstrado boa aceitação pela comunidade e aderência dos homens ao acompanhamento pré-natal e grupos psicoeducativos. Neste contexto, o Pré-Natal do parceiro pretende romper com valores hegemônicos e transformar o universo reprodutivo, envolvendo os homens em todas as etapas do planejamento reprodutivo e da gestação, podendo ser determinante na criação e no fortalecimento de vínculos afetivos saudáveis. Também, enfatizar ações orientadas à prevenção, à promoção de saúde, ao autocuidado e à adoção de estilos de vida mais saudáveis visando também a redução das taxas de violência social.

2104 Dar á luz em casa: revalorização do parto domiciliar em meio urbano
Naiara Lima Pereira, Isabela Conceição Alves Persilva, Evelyne Marie Therese Mainbourg

Dar á luz em casa: revalorização do parto domiciliar em meio urbano

Autores: Naiara Lima Pereira, Isabela Conceição Alves Persilva, Evelyne Marie Therese Mainbourg

Introdução: O parto domiciliar planejado tem como objetivo resgatar os valores de participação familiar, protagonismo, individualidade, privacidade e autonomia da mulher na ocasião do parto, propiciando todas as condições de um parto seguro e humanizado. A assistência ao parto e nascimento tem sofrido mudanças ao longo dos anos. Atualmente busca-se atribuir à assistência obstétrica novos significados, para que o parto seja novamente compreendido como um evento fisiológico, familiar e social, longe da violência obstétrica dos hospitais. Objetivo: O objetivo deste estudo é refletir sobre a atuação em rede a partir da experiência do acompanhamento de partos domiciliares planejados numa capital. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre os desafios, as percepções e as práticas relativas ao parto domiciliar planejado. Resultados: Nota-se que a procura crescente pelo parto domiciliar, relatada pelas clientes atendidas é motivada pelo medo da violência obstétrica institucional, pela dúvida quanto à qualidade da assistência hospitalar e pela procura pelo parto natural em ambiente acolhedor e familiar. As formas de assistência ao parto no domicílio de maneira planejada foram diversas, tendo em vista que cada nascimento é único no seu desencadeamento e no seu contexto familiar e cultural. A maneira como o parto é conduzido pela equipe amparada pela rede através de planejamento, é um fator importante para tornar essa experiência positiva que vai muito além do ato do nascimento. Conclusão: No atual cenário de crescimento da demanda por parto domiciliar, o planejamento articulado com a rede de saúde permite atender tanto às condições de segurança do parto, quanto à particularidade do contexto familiar e cultural, favorecendo o empoderamento feminino.

4082 A RECORRÊNCIA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO PERINATAL
ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO, Bruna Damasceno Marques, Fábio José Escórcio Pinto, Jessica Fernanda Galdino Oliveira, Lisandra Rodrigues de Medeiros, Marco Antônio Mesquita da Silva Junior, Ruan Rodrigues Felicidade

A RECORRÊNCIA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO PERINATAL

Autores: ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO, Bruna Damasceno Marques, Fábio José Escórcio Pinto, Jessica Fernanda Galdino Oliveira, Lisandra Rodrigues de Medeiros, Marco Antônio Mesquita da Silva Junior, Ruan Rodrigues Felicidade

rmagem obstétrica e pediátrica, da Universidade Federal do Pará. O local do estudo foi um hospital de ensino referência na atenção à gestante de alto risco, em Belém do Pará. A vivência ocorreu na sala de assistência ao pré-parto, parto e pós-parto (PPP). A parturiente apresentava propriedades para parto eutócico, primípara, em fase de transição do trabalho de parto. Contudo durante a fase de dilatação, foi observada por parte dos acadêmicos, o uso de manobra de Kristeller, banida pelo ministério da saúde e OMS, proibida em diversos países, é considerada uma forma de violência obstétrica, considerada agressiva, pois consiste em pressionar a parte superior do útero para acelerar a saída do neonato. Na ocasião, o profissional de saúde usou mãos e cotovelos compelindo a barriga da parturiente, potencializando o risco para lesões graves como: deslocamento de placenta, fratura de costelas e traumas encefálicos para o bebê. Resultados: Durante o trabalho de parto a paciente passou com êxito pelo período expulsivo, sem nenhum acometimento, sendo seu período parto e pós-parto um sucesso, todavia a etapa seguinte mostrou-se vital, pois através dos documentos, como: Histórico de Enfermagem; Evolução de Enfermagem e a Sistematização de Enfermagem (SAE), pudemos registrar o ocorrido, relatando a violência e realizando os devidos diagnósticos e intervenções. Conclusão: A utilização de manobra de Kristeller e de outros métodos desnecessários comprova que a assistência perinatal demanda de condutas humanizadas, condizentes com as recomendações estabelecidas pelo Programa de Humanização do Pré-natal e nascimento, carecendo de uma maior revisão e responsabilização por parte dos profissionais comprometidos com as práticas assistenciais humanizadas, garantindo assim, a qualidade da assistência obstétrica e diminuição dos riscos e agravos do perinatal.

4090 Violência Obstétrica na perspectiva da puérpera
ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO, Natalia Fernandes Cunha, Liliani Medeiros Lopes, Luzilene de Carvalho Lira, Elisa da Silva Feitosa, Fabio Feitosa Camacho

Violência Obstétrica na perspectiva da puérpera

Autores: ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO, Natalia Fernandes Cunha, Liliani Medeiros Lopes, Luzilene de Carvalho Lira, Elisa da Silva Feitosa, Fabio Feitosa Camacho

Introdução: A violência obstétrica subtrai de forma brusca a autonomia da mulher, desta forma passando a ser uma mera coadjuvante em uma das fases mais importantes de sua vida onde o profissional de saúde de forma errônea se torna o protagonista de todo o processo assim a parturiente torna-se vulnerável e submissa a uma condição que a agride, descaracteriza e fragiliza. Objetivo: Descrever a percepção das puérperas em relação a violência obstétrica. Método: Estudo do tipo descritivo com abordagem qualitativa, realizada em um hospital de referência em saúde da mulher e da criança do estado do Pará. O estudo teve como amostra dez puérperas. O instrumento para coleta dos dados foi um roteiro de entrevista semiestruturada individualizada com perguntas subjetivas e abertas.A pesquisa foi submetida à avaliação da Plataforma Brasil conforme a resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da instituição Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, conforme o número de Parecer: 2.306.230. CAAE: 75721317.9.0000.5171. Resultados: O estudo evidenciou a falta de informação que a maioria das puérperas tem em relação a violência obstétrica, pois a maioria se quer não sabiam que o termo violência obstétrica existia o que acaba propiciando que as mesmas passem por situações de violência e não percebem o que estão vivenciando. Considerações finais: A violência obstétrica ainda está muito enraizada na assistência prestada à parturiente durante o processo parturitivo. Nesta pesquisa evidenciamos a falta de conhecimento das puérperas frente as situações que caracterizam violência obstétrica, muito se deve também a falta de informação sobre este assunto. A atenção ao parto necessita de mudanças que priorizem a autonomia e o protagonismo da mulher frente a esse período de extrema importância, torna-se então necessário que haja uma transformação no modelo de assistência à saúde da mulher durante a gestação e o parto.

4126 CARACTERIZAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE E AUTOESTIMA DE GESTANTES SUBMETIDAS À UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO
FRANCISCO THALYSON SILVEIRA, RAFAELA GUERREIRO, YAN OLIVEIRA, JARDEL VELOSO, ROSEANNE AUTRAN

CARACTERIZAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE E AUTOESTIMA DE GESTANTES SUBMETIDAS À UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO

Autores: FRANCISCO THALYSON SILVEIRA, RAFAELA GUERREIRO, YAN OLIVEIRA, JARDEL VELOSO, ROSEANNE AUTRAN

INTRODUÇÃO: A prevalência de excesso de peso, elevada ansiedade e a baixo autoestima durante o período gestacional podem potencializar riscos à saúde física e psicológica da mãe e do feto. Nesse sentido, estudos tem reforçado que a prática de atividade física (AF) pode atenuar e promover diversos ganhos em saúde durante e pós período gestacional. A inatividade física durante a gravidez tem demonstrado ser fator contribuinte para o excessivo ganho de peso e desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes gestacional, além de lombalgias e aumento dos níveis de colesterol, gerando riscos à mãe e ao feto. Estudos têm revelado que a prática de exercícios físicos acompanhados por profissionais de educação física e adaptados ao período gestacional têm reduzido as chances para o desenvolvimento das doenças citadas anteriormente e também contribuído para diminuição do trabalho de parto, aumento do bem-estar materno e nascimento de bebês mais saudáveis. Além disso são verificados diversos ganhos psicológicos em grávidas que praticam atividade física no período gestacional, como por exemplo, diminuição da ansiedade, diminuição do estresse e aumento do convívio social. Embora essas evidências tenham crescido nas últimas décadas, ainda são necessárias maiores contribuições para o fortalecimento das mesmas. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo caracterizar os níveis de ansiedade e autoestima de gestantes antes e após a participação em um programa de atividade física. MÉTODO: Foram avaliadas 20 gestantes, destas, seis desistiram por motivos pessoais e duas tiveram alterações no quadro de saúde e foram suspensas das atividades. Assim a amostra final compreende a 12 gestantes. A fase inicial do estudo consistiu na avaliação física e psicológica das grávidas. As participantes realizaram avaliação física e antropométrica (peso, altura e índice de massa corporal - IMC). A idade gestacional e a escolaridade foram avaliadas através de um questionário auto reportado, o IMC foi calculado através da realação peso/altura e classificado de acordo com as recomendações da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO. Foram incluídas gestantes com idade gestacional igual ou superior a 12 semanas e excluídas as que apresentaram restrição médica ao exercício físico e que não apresentaram liberação médica. Para avaliar os níveis de ansiedade e autoestima foram utilizadas as escalas de auto avaliação da ansiedade de Zung e de autoestima global de Rosenberg, respectivamente. Durante o período de três meses as gestantes participaram de diferentes atividades. Os exercícios físicos foram realizados três vezes por semana na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia – FEFF/UFAM. As atividades desenvolvidas foram hidroginásticas, pilates e caminhada orientada, sendo estas modalidades adaptadas ao grupo, além de exercícios de respiração, relaxamento e trabalhos com ênfase na região pélvica. Foram ministradas palestras educativas que ressaltaram a importância de hábitos saudáveis no período gestacional. Antes e após as atividades foi realizada a aferição da pressão arterial. Para a realização das análises estatísticas descritivas foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 24.0, para verificar as associações entre atividade física e variáveis psicológicas foi realizado teste não paramétrico de Wilcoxon e considerando p < 0,05. RESULTADOS: A análise dos dados, altura (mediana = 1,62 e dp = ±0,043), idade gestacional (mediana = 18 semanas e dp = ±4,72 semanas), a faixa etária foi compreendida entre os 29 e os 39 anos (mediana = 34 anos e dp = ±2,92), quanto ao nível de escolaridade, verifica-se que 91,7% das mulheres que compõe este grupo apresenta nível superior. No que diz respeito ao estado civil, 16,7% é solteira e 83,3 é casada ou vive em união estável, 50% rendimento mensal de 4 a 5 salários mínimos, 25% realizavam pré-natal na rede pública e 75% na rede privada, o tipo de gestação das participantes foi classificado como gravidez simples. No que concerne a história obstétrica, 58,3% das gestantes são primigestas, enquanto 66,7 são multíparas. Das 12 que compõem a amostra quatro mencionaram histórico de aborto espontâneo. Quanto ao uso de medicamentos, 91,7% tomavam medicação, sendo que 58,2% consumiam complexos vitamínicos, 25% não foram aconselhadas por um profissional de saúde a praticar atividade física e 83,3% praticavam exercício físico antes da gravidez. Em relação ao IMC no início do programa, evidenciou que 58,3% da amostra apresentaram sobrepeso, 33,3% obesidade e apenas 8,3% apresentaram peso adequado. Dentre os resultados foram verificados que 5,6% apresentaram ansiedade leve e 52,6% das gestantes apresentaram baixa autoestima na primeira avaliação e 83,3% relataram preocupação em relação ao aumento de peso durante a gravidez, 27,3% demonstrou preocupação por causa da imagem corporal, 54,5 pela saúde e 16,7% por outros motivos. Não foram encontrados resultados estatisticamente significativos em relação ao nível de ansiedade e autoestima das gestantes na avaliação final (p = 0,937) e em relação ao IMC final, 50% da amostra apresentou peso adequado, 30% sobrepeso e 20% obesidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados deste estudo sugerem a participação das grávidas em programas de atividade física como medida preventiva objetivando o controle do peso, já que a probabilidade de trabalho de parto prolongado é maior em gestantes obesas provavelmente devido a um menor tônus miometrial, e existe uma associação direta entre IMC e o risco de macrossomia, fatores psicológicos potencializados e associação do exercício físico com diminuição da ansiedade, contudo poucos estudos avaliam este efeito na gravidez. O peso materno é um fator de risco independente para pré-eclâmpsia, assim evidências comprovam que o risco de pré-eclâmpsia dobra a cada aumento de 5 a 7 kg/m2 no IMC pré-gestacional.  Gestantes obesas também estão expostas a maior risco de parto pós-termo e infecções do trato urinário durante e gestação. Por outro lado, as obesas têm menor risco de parto pré-termo e anemia. De acordo com a situação nutricional inicial da gestante (baixo peso, peso adequado, sobrepeso ou obesidade) há uma faixa de ganho de peso recomendada por trimestre e é importante que na primeira consulta a gestante seja informada sobre o peso que deve ganhar. Para além disso estudos adicionais devem ser conduzidos, comparando as respostas hemodinâmicas (pressão arterial e frequência cardíaca) associadas a diferentes estratégias para a relação entre o esforço e a recuperação da gestante durante o exercício físico para verificar possíveis efeitos no crescimento e batimento cardíaco fetal e também o estudo reforça a importância da existência de suporte social para a presença de menor sintomatologia de ansiedade, depressão e stress, quer para uma maior vinculação materna.

4272 A PRESENÇA DE ACOMPANHANTE NO PARTO: DIREITO DA GESTANTE E REFLEXÕES SOBRE A SUA EFETIVAÇÃO.
Kelly Regina Ribeiro de Souza, Luciano Pereira de Souza, Marcelo Lamy, Fernando Reverendo Vidal Akaoui

A PRESENÇA DE ACOMPANHANTE NO PARTO: DIREITO DA GESTANTE E REFLEXÕES SOBRE A SUA EFETIVAÇÃO.

Autores: Kelly Regina Ribeiro de Souza, Luciano Pereira de Souza, Marcelo Lamy, Fernando Reverendo Vidal Akaoui

APRESENTAÇÃO O objetivo do presente trabalho é discutir/demonstrar a necessidade da gestante ser devidamente orientada durante a assistência pré-natal a escolher substituto para o caso de impossibilidade da presença do seu acompanhante por ocasião do parto, especialmente quando se tratar de parto natural.  Essa necessidade de orientação pré-natal quanto à escolha de ao menos dois nomes pela gestante surge como exigência para a efetivação de direitos fundamentais da mulher, como também para o cumprimento da legislação brasileira e atendimento do programa nacional de humanização do pré-natal e do parto no âmbito do SUS. O trabalho também pretende estabelecer diálogo interdisciplinar entre as ciências da saúde e o direito, na medida em que busca fundamentos jurídicos para uma ação de saúde baseada em evidências científicas que reconhecem os benefícios da presença do acompanhante durante o trabalho de parto. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO A proposta deste trabalho surgiu a partir de estudo de caso da autora principal, realizado por ocasião de estágio de formação em especialização na área de enfermagem obstétrica. No caso em referência a parturiente foi admitida em centro de parto natural desacompanhada, pois a única pessoa que escolheu para acompanhá-la estava incomunicável e não se fazia presente por ocasião da admissão. Tratava-se de gestante em situação de vulnerabilidade (adolescente de baixa renda, moradora em periferia de grande centro urbano, “menor aprendiz”, atingida pela violência – seu companheiro e genitor do RN fora vítima de homicídio) que se viu privada de acompanhante e do seu correspondente direito durante boa parte do trabalho de parto, situação que poderia ter sido evitada se a gestante tivesse sido orientada no pré-natal a escolher acompanhante e seu substituto. Utilizando técnica de pesquisa bibliográfica e documental foi realizada análise interpretativa da legislação em vigor, de atos normativos do Ministério da Saúde e documentos da OMS - Organização Mundial da Saúde. O procedimento argumentativo e o método dedutivo foram empregados para validar a afirmação de que a presença de acompanhante no trabalho de parto, além de ser indicada pelas ciências da saúde, é um direito fundamental da gestante e, como tal, constitui dever do Estado e dos serviços particulares de assistência à saúde, por força da eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Por fim, como forma de dar efetividade a este direito e a partir da análise de caso concreto foi discutida a necessidade de se orientar a gestante a escolher acompanhante e substituto.   RESULTADOS A pesquisa revelou que a OMS reconhece como prática violadora dos direitos humanos da mulher, entre outras, a restrição de acompanhante durante o trabalho de parto. No Brasil, a Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, que alterou a chamada Lei Orgânica da Saúde, estabelece no âmbito da rede própria e conveniada do SUS a obrigação de “permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato” (Artigo 19-J, caput), cabendo à parturiente a indicação desse acompanhante (Artigo 19-J, §1º); A lei em comento estabelece ainda que o Poder Executivo definirá, por meio de regulamento, “as ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos” instituídos pela lei em comento (Artigo 19-J, §2º), o que foi feito, ao menos em parte, por meio da Portaria nº 2.418, de 02 de dezembro de 2005, do Ministério da Saúde. A portaria ministerial, além de estabelecer o período de pós-parto imediato como o lapso temporal de 10 dias após o parto, salvo intercorrências, a critério médico, também inclui as despesas com acomodação adequada e as principais refeições ao acompanhante, observados os procedimentos formais para o pagamento/reembolso do estabelecimento de saúde pelo SUS, de acordo com valores das tabelas vigentes. Para a efetivação desse direito da parturiente a lei acima citada estabeleceu o dever de informar por parte do serviço de saúde, tornando obrigatória a manutenção de aviso nas dependências dos hospitais de todo o país, em local visível, informando sobre o direito da parturiente estar acompanhada por acompanhante (Artigo 19-J, §2º). O cumprimento dessa obrigação de fornecer informação ostensiva poderia ser objeto de outro estudo, uma vez que não se costuma visualizá-la nos serviços de saúde. Também se observou que uma das condições necessárias para a realização do parto humanizado, é justamente “assegurar condições para que as parturientes tenham direito a acompanhante durante a internação, desde que a estrutura física assim permita”, conforme estabelece a Portaria nº 569, de 1º de junho de 2000, que dispõe sobre o Programa de Humanização ao Pré-Natal e Nascimento no âmbito do Sistema Único de Saúde. O parto humanizado, conforme a OMS, pressupõe a adoção de condutas e procedimentos que observem o processo natural de nascimento e evitem riscos desnecessários para a mãe e o nascente. CONSIDERAÇÕES FINAIS A humanização no cotidiano do serviço de saúde, pelo que se viu nesse trabalho, exige reflexão contínua e avaliação constante das práticas adotadas, inclusive a partir de referenciais teóricos e de conhecimentos interdisciplinares. Assim, como a lei impõe aos estabelecimentos de saúde o dever de informar a parturiente sobre o seu direito ao acompanhante, constitui corolário lógico dessa regra legal o dever dos profissionais da saúde ofertarem essas informações durante o pré-natal, esclarecendo a parturiente a respeito dos benefícios da presença do acompanhante, conforme o preâmbulo da Portaria MS 2418/05, a saber, “reduz a duração do trabalho de parto, o uso de medicações para alívio da dor e o número de cesáreas, a depressão pós-parto e se constitui em apoio para amamentação”. Isso é necessário para que a gestante saiba com antecedência que pode se fazer acompanhar por pessoa da sua escolha durante o trabalho de parto, o parto e o pós-parto, tendo a oportunidade de avisar o seu acompanhante e um substituto, para o caso de impossibilidade do acompanhante. De muito pouco adianta outorgar um direito, sem assegurar as condições necessárias para o seu exercício, incluindo, mas não somente, o deve de prestar informação. Aliás, a informação adequada, completa e compreensível sobre uma intervenção médica ou outro atendimento na área da saúde constitui condição necessária para preservar outro direito fundamental, que é a liberdade de autodeterminação do paciente.

1153 ATITUDES E SENTIMENTOS DE MULHERES QUE REALIZARAM PARTO DOMICILIAR EM MANAUS - AM
Pamela Rodrigues da Silva, Fabiana Vilar Carneiro, Geliane Raposo Fontinelle, Jeane de Souza Sampaio, Igor Castro Tavares, Maryângela Araújo da Costa

ATITUDES E SENTIMENTOS DE MULHERES QUE REALIZARAM PARTO DOMICILIAR EM MANAUS - AM

Autores: Pamela Rodrigues da Silva, Fabiana Vilar Carneiro, Geliane Raposo Fontinelle, Jeane de Souza Sampaio, Igor Castro Tavares, Maryângela Araújo da Costa

Tratou-se de uma pesquisa exploratória realizada com oito (8) mulheres que pariram em seu domicilio, desenvolvido por acadêmicas de enfermagem como componente da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso. Entretanto, dentro dessa pequena parcela de partos não realizados em ambiente hospitalar existe uma crescente proporção de nascimentos que são assistidos por profissionais de saúde habilitados e que são planejados antecipadamente para acontecerem em domicílio. Apesar de representar uma discreta parcela quando comparada ao total de partos institucionalizados, o domiciliar tem sido alvo de crescentes discussões na mídia, nas redes sociais, entre os conselhos profissionais de saúde e entre os mais diversos setores da sociedade nos últimos anos. Objetivo: conhecer as atitudes e sentimentos de mulheres que realizaram parto domiciliar na cidade de Manaus no estado do Amazonas. Descrição Metodológica: Tratou de um estudo qualitativo onde foram emitidas as informações acerca das experiências das mulheres através do método História de Vida que procurou conhecer as informações contidas na história particular da mulher, elas tinham a liberdade para contar sobre a sua experiência através do formulário do Google. Na pesquisa foram realizadas perguntas abertas e fechadas. No primeiro momento foi realizado contato com as mulheres através de enfermeiras obstétricas (Equipe Celeste Parteria) que assistem ao Parto Domiciliar em Manaus - AM. No segundo andamento iniciamos o contatos através de e-mail e contato telefônico para enviar o formulário a ser respondido e o terceiro momento realizamos a analise dos dados respondidos pelas mesmas. Resultados e Impactos: a Idade que predominou nos resultados foram de mulheres com a faixa etária de 30 anos. Das oito (8) mulheres que responderam cinco (5) já tiveram a vivência do parto e todas relataram que foram acompanhadas 100% por uma equipe composta de: Enfermeira, Técnica de Enfermagem e Doula no Parto Domicilar. Obtivemos alguns depoimentos como os reais motivos para a escolha do Parto Domiciliar Planejado foram: “Sonho, segurança, pois um parto domiciliar é muito seguro sendo ele acompanhado por profissionais capacitados! E em casa eu me senti mais completa e a vontade” (M1); “Medo de sofrer violências obstétricas na maternidade e ter o tempo de nascimento do meu filho respeitado” (M2) “Eu e meu marido escolhemos o Parto Domiciliar Planejado para ter toda tranquilidade possível e para fugir de violências obstétricas ou procedimentos desnecessários como episiotomia e nitrato de prata”(M3); “Medo de violência obstétrica e cair numa cesárea desnecessária (M4); “A tranquilidade e a segurança que ele oferece, pois tem uma equipe exclusiva para a gestante. O medo da violência obstétrica e por ter pesquisado durante anos sobre ele” (M5); “Medo da violência obstétrica”(M6) “Violência obstétrica em hospital” (M7); “Experiência traumática com violência obstétrica no hospital no primeiro parto” (M8). Quando a escolha ao PARTO foi compartilhado aos familiares: “Ficaram assustados, e disseram que eu era doida! Porém depois apoiaram” (M1); “Aceitaram de boa, afinal minha avó era parteira” (M2); “Informamos nossos pais um dia antes do parto e eles reagiram tranquilamente, minha mãe em si ficou mais preocupada, mas os familiares distantes só souberam após o nascimento do nosso filho, pois acreditamos que a escolha deve ser apenas do casal e também pelo fato das pessoas sempre quererem fazer você mudar de ideia, independente da via de parto” (M3); “Ficaram um pouco inseguros com a possibilidade de haver alguma intercorrência e não estarmos no hospital” (M4); “Não houve boa aceitação, ficavam tentando fazer eu mudar de ideia, dizendo que era perigoso” (M5);  “Apoiaram” (M6); “Demoraram a aceitação do parto” (M7); “No início houve um pouco de ansiedade e preocupação, mas depois, munidos de mais informações e conhecimento sobre o parto domiciliar, todos apoiaram” (M8). As Recomendações a cerca de o Parto Domiciliar foram: “Por que é seguro, a mulher se senti mas a vontade em casa “(M1); “Com certeza que sim. Uma experiência única, nascimento rodeado de muito amor e principalmente respeito, as lembranças desse dia tão especial são as mais lindas possíveis” (M2); “Ter um bebê em casa é resgatar o protagonismo da mulher nesse momento tão importante, e estar cercado da sua família e de todos que te amam é sem duvidas um dos melhores privilégios” (M3); “Pois acrescenta um brilho a mais a gestação, o nascimento do nosso bebê não é tratado como “mais um”. Saber quem estará conosco e que seremos respeitadas da mais tranquilidade para esperar a hora do nosso bebê nascer” (M4); “Sim, sem dúvida. O parto é um evento familiar, então porque não ser em casa? Existem evidências científicas de que o PDP é mais seguro que o hospitalar. (Lembrando que é indicado apenas para gestantes de risco habitual). O fato de não ter pressa, saber que o momento certo será esperado, que você terá sua vontade respeitada, que seu bebê não sofrerá com procedimentos desnecessários e dolorosos, que ele não será separado de você. Ah... isso não tem preço. Fora a sensação de prazer.É difícil externalizar, mas é uma experiência realmente transformadora. Você perceber seu corpo trabalhando para trazer o bebê ao mundo e você só precisa mergulhar nas sensações e permitir que a natureza tome conta de tudo” (M5); “Porque o bebê nasce em um ambiente seguro e cheio de amor!” (M6); “Com certeza, o parto humanizado deveria ser referência por que parto humanizado é respeito, é segurança, é tranquilidade e a gente pari a vontade” (M7); “Sim, recomendaria para todas as mulheres com gestação de baixo risco porque o parto domiciliar ... foi a experiência mais forte e sublime que já vivemos. Nenhuma intervenção desnecessária, hora de ouro sentindo o calor de minha bebê recém parida nos meus braços... Me sinto mais forte depois desse protagonismo redentor.Minha filha chegou ao mundo no dia que escolheu, quando estava preparada para nascer. Foi recebida com muito amor e muito respeito!” (M8).Considerações Finais: O principal motivo foi o medo da violência dos profissionais ou seja o excesso de intervenções, o desrespeito ao protagonismo da mulher, a falta de conforto, privacidade e apoio familiar e o parto domiciliar planejado para mulheres de risco habitual é tão seguro quanto o parto hospitalar, porém as mesmas relatam que no domicilio elas possuem uma maior liberdade de movimento, pouca ou nenhuma intervenção, a presença de familiares que é muito importante e que faz diminuir a tensão e ansiedade, dando apoio emocional.  

677 ABORDAGEM SOBRE A NECESSIDADE EM SE TER A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ATUAÇÃO DO PARTO HUMANIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jéssica Naiara Silva Vieira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Ana Flávia Ribeiro Nascimento, Gabriela Amorim Barreto

ABORDAGEM SOBRE A NECESSIDADE EM SE TER A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ATUAÇÃO DO PARTO HUMANIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Jéssica Naiara Silva Vieira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Ana Flávia Ribeiro Nascimento, Gabriela Amorim Barreto

Apresentação: O parto se torna uma experiência única quando há o cuidado humanizado e a assistência adequada que respeite as singularidades de cada mulher gestante. De acordo com a Organização Mundial da saúde (OMS), o parto humanizado consiste em um conjugado de procedimentos e condutas que tem como objetivo à promoção do parto e também do nascimento com saúde. A prevenção da morbimortalidade perinatal é outro ponto que visa a organização. As intervenções devem ser cuidadosas quanto a dinâmica ao respeito do processo fisiológico de cada parturiente e o nascimento do seu bebê. Os excessos devem ser evitados e os recursos de tecnologias devem estar disponíveis, porém, só deverão ser utilizados quando muito necessários. O pai não deve ser considerado acompanhante. Este faz parte do parto e por lei é assegurado sua permanência junto a gestante. Toda assistência dada a esse público contribui de forma a proporcionar bem-estar físico, psicológico e biológico durante o processo de parir, transformando esse momento em algo ímpar na dignidade e respeito às parturientes. Partindo do princípio de humanização dos profissionais de saúde, estes são apontados como importantes mediadores no trabalho de tornar tal proposta uma realidade, dando autonomia à mulher para que ela decida sobre o seu parto, que tenham um acompanhante de sua escolha e que sejam informadas sobre todos os procedimentos a que serão submetidas. Tendo assim, o seu direito de cidadania respeitado. O objetivo deste estudo foi o deobservar a atuação da equipe multiprofissional no setor de obstetrícia em um hospital municipal do Oeste do Pará, através da vivência em estágio observacional e identificar presença das características do parto humanizado no atendimento das gestantes e puérperas. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado através de estágio observacional no setor de obstetrícia, realizado no mês de Janeiro de 2017 em um hospital no baixo Amazonas. Durante o estágio observou-se que no nascimento estão presentes no setor de obstetrícia o médico, enfermeiro e técnico em enfermagem, gestantes/puérperas não recebem serviços de outros profissionais que poderiam estar beneficiando seu parto e pós-parto. Durante o atendimento faz-se uso de medicamentos para dor, contração e episiotomia. Também foi observado a inquietação e sentimento de abandono por parte das grávidas por não receberem maio atenção e não sanarem muitas dúvidas com relação a seu quadro de saúde ou de seus bebês. Resultados e/ou impactos: Durante o estágio houve o acompanhamento dessas mulheres que entravam no serviço de obstetrícia no hospital. Nessa vivência, as acadêmicas observaram que muitas situações  as gestantes/puérperas reclamavam do atendimento dos profissionais e da maneira como eram tratadas na processo de parto e pós-parto. Quando se falava de outros profissionais da saúde como, por exemplo, o fisioterapeuta muitas não sabiam qual a atuação desse profissional e/ou que fazia parte do programa de atendimento ao parto. Para muitos profissionais que atuam em programas de gestação e nascimento é importante ter atenção e observar a maneira como tratam estas mulheres sendo necessário se preocupar com os sentimentos das parturientes, pois geralmente as mulheres nesse momento de gestação, parto e pós-parto, ficam à mercê do profissional de saúde, submetendo-se às normas e rotinas impostas pelo hospital. A escolha pelo tipo de parto muitas vezes não é feita pela gestante. Não há informações de pós e contras da opção a escolher. De fato algumas mulheres por serem classificadas com gestação de risco, não podem escolher. Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde, no mundo, há um índice alarmante de cesárias, o que é bastante preocupante. Segundo o que foi relatado por uma puérpera a mulher não é preparada durante o pré – natal, para ter a consciência de que a dor é algo que vai ocorrer durante o parto normal. Muitas vezes, elas são – infelizmente, induzidas por alguns profissionais da saúde a escolherem o tipo de parto mais vantajoso financeiramente ao sistema em que estão inseridos. Considerações Finais: O corpo é muito mais do que físico, biológico e fisiológico, principalmente na vivência do parto. Muitos profissionais pensam que é como uma máquina, mas existe mais. Há o corpo que tem sentimentos, que mostra por gestos, gritos, choro, silêncio, apertos, gemidos; exacerba como vivência e reage a essa ocasião, tão singular na vida de uma mulher e sua família. Apesar desse momento ser único para cada mulher, apresentar reações, comportamentos semelhantes, advindas principalmente das dores, das contrações, é considerado um período de muito medo por parte das grávidas, principalmente. Isso por que, culturalmente, o atendimento à mulher que vai ao hospital para parir não é tão humano, chega a ser tão metódico, que se aproxima a um trabalho mecanizado, na maioria das vezes. Por isso a importância do acompanhamento desde o pré natal com todos os profissionais do programa do parto humanizado, para orienta-las em todos os aspectos, tendo acompanhamentos do profissional psicólogo por ser uma mudança muito grande na vida dessas mulheres, para que no momento do parto estejam preparadas com conhecimentos acerca do que vai ocorrer. A mulher grávida não pode mais ser vista por alguns profissionais de saúde como um ser que não tem conhecimento e que tem que aceitar piadas destrutivas. Isso não pode mais ocorrer em um país que tem como meta diminuir a quantidade de cesáreas ocorridas. O que foi visto no setor de obstetrícia do hospital foram características que fogem do conceito de parto humanizado. Os profissionais precisam interagir uns com os outros com mais respeito e dignidade, diferentes experiências, personalidades, corpo, mente, diferentes mulheres que lhe exige uma postura mais humana, compreendendo o ser humano, tentando assim estabelecer com ele uma relação de empatia, de ajuda, o que pode amenizar a situação vivenciada por elas.O papel da equipe de saúde é extremamente importante, quando se tem por meta a humanização no processo de parto, parto, pós parto e puerpério.