178: Criatividade em jogo, um panorama
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 11 - Murupi    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1490 Estágio Supervisionado no Serviço Integrado de Diagnóstico Oral e Atendimento a Pacientes Especiais- Relato de Experiência.
Natália da Silva e Silva, Bianca Araújo Siqueira, Cássio Gongalves Pinto, Leida Emília da Paixão Favacho, Erick Nelo Pedreira

Estágio Supervisionado no Serviço Integrado de Diagnóstico Oral e Atendimento a Pacientes Especiais- Relato de Experiência.

Autores: Natália da Silva e Silva, Bianca Araújo Siqueira, Cássio Gongalves Pinto, Leida Emília da Paixão Favacho, Erick Nelo Pedreira

Este trabalho trata-se de um relato de experiência resultante do estágio supervisionado no Serviço Integrado de Diagnóstico Oral e Atendimento a Pacientes Especiais (SIDOPE), o qual é conveniado ao Sistema Único de Saúde. E tem como objetivo relatar o diferencial trazido para a formação acadêmica por conta desta vivência, visto que na odontologia a área de pacientes com necessidades especiais ainda é pouco abordada dentro da graduação. O serviço descrito possui quatro cirurgiãs-dentistas, com as especialidades em Endodontia, Odontopediatria, Ortodontia e Clínica-geral, além da capacitação em Odontologia para pacientes com necessidades especiais. Além das cirurgiãs-dentistas, cinco estagiários acadêmicos de Odontologia da Universidade Federal do Pará que se revezam em escalas, duas Assistentes de Saúde Bucal e uma Técnica em Saúde Bucal. As atividades exercidas pelos estagiários são compostas pelo acolhimento dos pacientes e cuidadores, sendo que antes do atendimento são ministradas palestras sobre saúde bucal, seguido sempre da escovação supervisionada; após, os pacientes são conduzidos para o atendimento ambulatorial onde os estagiários auxiliam as cirurgiãs-dentistas e executam procedimentos, sob supervisão. No primeiro contato com os pacientes é realizada anamnese, com ênfase na história médica e odontológica, além de perguntas subjetivas que variam com a idade e compreensão do paciente, tais como: Passatempo favorito, gosto musical, medos, com a finalidade de individualizar o atendimento; dependendo do estado emocional do paciente são realizados procedimentos não invasivos para iniciar a adaptação ao ambiente e equipe. Nas consultas seguintes dá-se início a resolução das necessidades do paciente, seguindo planos de tratamento específicos para cada um. No período do estágio foi possível observar que diversos fatores podem alterar a rotina da clínica, ou seja, um procedimento menos complexo em um paciente pode requerer maior mobilização da equipe, ao passo que, um de maior complexidade pode decorrer tranquilamente em outro; o comportamento de um mesmo paciente também é variável entre consultas e qualquer intercorrência poderá alterar o seu condicionamento. Sabendo disto, cada dia clínico é planejado de acordo com os procedimentos que serão executados para evitar intercorrências. É importante dizer que não só o campo de necessidades especiais é bastante extenso, já que podem ter origem física, intelectual e social, mas pacientes que possuem o mesmo diagnóstico também diferem entre si, pois cada um possui suas peculiaridades, a melhor forma de serem abordados e possuem tempos de adaptação diferentes, com isso a humanização é imprescindível para o condicionamento do paciente e êxito do tratamento. A experiência com esta área da odontologia agrega ao acadêmico, não somente, carga teórica e prática por conta do risco operacional que estes pacientes implicam, mas principalmente a visão além da técnica e o retorno além do financeiro, à odontologia para pacientes com necessidades especiais possibilita compreender que é necessário uma visão holística, onde se cuida de pessoas respeitando suas condições e limites.

1949 Projeto EDUCA-ART SAÚDE promovendo saúde e apoio às mulheres da Casa Rosa através da arteterapia
Jéssica Naiara Silva Vieira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Fabiana Santarém Duarte, Rebeka Santos da Fonseca, Suan Kell dos Santos Lopes, Ana Eliza Ferreira Pinto, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Projeto EDUCA-ART SAÚDE promovendo saúde e apoio às mulheres da Casa Rosa através da arteterapia

Autores: Jéssica Naiara Silva Vieira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Fabiana Santarém Duarte, Rebeka Santos da Fonseca, Suan Kell dos Santos Lopes, Ana Eliza Ferreira Pinto, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A “Casa Rosa” trata-se de uma casa de apoio para as mulheres que estão passando pela fase de tratamento do câncer, ela hospeda mulheres de diferentes regiões, próximas ao município de Santarém-Pará, que estejam fazendo tratamento de câncer em um hospital de média e alta complexidade localizado no município. Como algumas mulheres não tem onde se hospedarem devido serem de comunidades ribeirinhas ou de locais mais afastados, a Casa Rosa é uma ótima proposta para fazer esse processo de acolhimento. Nesse local elas recebem todos os cuidados necessários, desde alimentação a oficinas terapêuticas. A arteterapia alicerçada ao cuidado das mulheres com câncer auxilia em um maior contato com o próximo, a ampliação da habilidade de se expressar, bem como, do valor e do re-valor da vivência por meio do contato com o processo criativo. Outro ponto importante, é a obtenção de atitudes mais ativas e pró-ativas frente as dificuldades enfrentadas na vida. A Casa Rosa conta com a ajuda da Associação “Amigos do Peito”, patrocinadores e voluntariados, todos com o objetivo de promover conforto e ajudar no processo de tratamento oncológico dessas mulheres. Para um município amazônico, como Santarém, rodeado de regiões ribeirinhas, no qual os ribeirinhos quando necessitam ir a cidade hospedam-se em barcos da linha, ter uma casa de apoio como essa a quem necessita, é de elevada importância e relevância. Desenvolvimento do trabalho: Trata – se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, ocorrido com as pacientes que estavam na Casa Rosa “Associação Amigos do Peito”, no dia 11 de março de 2017. Foi realizado ação de arteterapia por meio do projeto EDUCA-ART Saúde, em Santarém – Pará. Os materiais utilizados para desenvolver as atividades foram: papéis A4, lápis de cor, giz de cera, canetinha colorida, espelho, linhas coloridas, tesoura, missangas, argolas com correntes para chaveiro e palitos. O projeto trabalhou com as mulheres e acompanhantes que estavam hospedadas na casa nesse dia, foi proposto primeiro uma atividade “dinâmica do espelho”, na qual as mulheres deveriam se olhar no espelho e desenhar ou escrever como elas se viam, o grupo deixou livre para elas escreverem o que quisessem, seus sonhos, objetivos, suas histórias. Alguns dias anteriores o grupo confeccionou um painel para que tudo que fosse registrado pelas mulheres pudesse ser exposto, para as outras que se hospedassem futuramente, poderiam conhecer um pouco da história de cada uma. Outra técnica apresentada às mulheres foi a confecção da mandala, utilizando-se de linhas coloridas, palitos, missangas para enfeitar e argolas com correntes para confecção de chaveiro com a mandala. A mandala foi outra técnica utilizada, sabe-se que mandala têm como significado “círculo” e que esta tem um perfil geométrico, representando um dinamismo na relação entre o homem e os cosmos. Diferentes mandalas despertam diferentes sensações. Utilizar a subjetividade com as mulheres com câncer, desperta nelas tanto os benefícios da arteterapia, como o acreditar em algo divino. Resultados e/ou impactos: Durante a realização das atividades, algumas mulheres sentiram dificuldades para efetuar o que foi proposto, devido estarem se sentindo indispostas ou fracas, as integrantes do grupo auxiliaram-nas para que todas pudessem participar das dinâmicas. Algumas mulheres choraram ao fazer a dinâmica do espelho, e as participantes do projeto prestaram auxílio através da conversa, deixando-as a vontade para que pudessem desabafar, e iam registrando no papel tudo que as mulheres pediam. As acompanhantes também participaram na produção das mandadas, aquelas mulheres que não conseguiram confeccionar, as voluntárias do projeto montaram para elas, deixando que elas escolhessem as cores dos fios e as decorações. A escolha da cor do fio exprime muitas vezes a subjetividade das mulheres, visto que é disposto na mesa fios de diversas cores, dos tons mais escuros aos mais claros.  As terapias propiciaram um momento descontraído e relaxante para as mulheres, assim como, as aproximou de atividades antes realizadas por elas. As mesmas relataram da importância de ocorrer projetos como esse, visto que muitas vezes se leva mais em conta somente o tratamento efetuado dentro dos hospitais e o em domicilio, o interior e subjetivo como não importante. Isso foi impactante tanto para elas quanto para as acadêmicas, futuras profissionais de saúde. A atividade foi bem aceita por todas, apesar de algumas sentirem dificuldades devido ao seu estado físico, algumas mostram muito entusiasmo por aprender uma técnica nova de artesanato. As técnicas terapêuticas que foram propostas, ainda não haviam sido desenvolvidas por elas em outros momentos. De acordo com as mulheres, realizar atividades diferenciadas auxilia no ócio, visto que, atividades repetidas, as deixam mais monótonas. Considerações Finais: O tratamento do câncer é um processo que causa muito sofrimento a pessoa acometida, além dos problemas físicos causados pela doença e pelos processos de quimioterapia e radioterapia, o indivíduo fica mais fragilizado psicologicamente, precisando de apoio emocional. A proposta de levar atividades artísticas para a mulheres que estão passando por esse processo é uma ótima para que elas possam se distrair, compartilhar suas angustias, socializar e aprender algo novo. É importante enfatizar que o tratamento humanizado não começa somente dentro do ambiente hospitalar, mas também ele se faz a partir de pessoas que tem em mente a vontade de ajudar aqueles que precisam, através do trabalho voluntario, contribuindo para a o processo melhora desses individuos. O voluntariado realizado por acadêmicos da área da saúde incita-os a serem futuros profissionais mais humanizados, e com isso, permite que esses tenham um olhar e escuta mais qualificada, assim como, os aproxima do que de fato é o outro lado da terapêutica, aquele que não é realizado no hospital, mas que contribui para o avanço da terapêutica. A vivência na casa de apoio a mulheres com câncer permitiu que as mulheres pudessem realizar atividades que não fossem diretamente relacionadas ao estar doente, bem como, não enfatizou o fato de isso estar acontecendo, o que de certa forma as aproximou de aptidões que elas já tinham, mas que haviam parado para realizar o tratamento em outra localidade. Foi de grande relevância para as participantes (tanto as mulheres da casa, quanto acadêmicas) a experiência vivenciada como um todo, a bagagem de aprendizagem terapêutica, pessoal e profissional foi como um leque de futuras outras possibilidades.

2051 PROJETO VIDA SAUDÁVEL:Inserção do profissional de educação física nas equipes de saúde e acompanhamento dos resultados pelas equipes de saúde coletiva.
Cristina Desirée Spielmann Foss

PROJETO VIDA SAUDÁVEL:Inserção do profissional de educação física nas equipes de saúde e acompanhamento dos resultados pelas equipes de saúde coletiva.

Autores: Cristina Desirée Spielmann Foss

Cada vez mais , estudos evidenciam a atividade física como recurso importante para minimizar a degeneração provocada pelo envelhecimento , possibilitando ao indivíduo manter uma boa qualidade de vida .Segundo Pescatello (1993), a atividade física é um forte fator de proteção contra doenças coronarianas , a hipertensão , a hiperlipidemia , o diabetes não insulino-dependente e o câncer.A atividade fìsica em grupo , além de proporcionar saúde ao corpo , proporciona o contato com outras pessoas , fazendo amizades novas e estabelecendo/ampliando o vinculo no caso , com a equipe de saúde e entre os usuários da unidade de saúde , o que é muito estimulador e motivador.A atividade física contribui para a manutenção do tônus muscular , da estrutura e funções das articulações e para o desenvolvimentop ósseo na infância e na juventude e , na velhice , auxlia na prevenção e controle de problemas recorrentes da osteoporose , melhora a liberação e captação das endorfinas produzidas pelo cérebro e que regula a emoção e a percepção da dor , ajudando a relaxar e gerando bem-estar e prazer.porém, não se pode deixar que os encontros com estes grupos não tenham o apoio de um profissional de educação física para estimular a prática de exercícios de forma adequada as faixas etárias de cada grupo, ainda evoluindo ,dizer da importância do profissional técnico e dos ACS no monitoramento dos resultados individuais dos participantes do grupo bem como monitorar resultados coletivos .Na USF Bela Vista os encontros acontecem duas vezes por semana , e em 2017 foram 64 encontros , 32 "pesagens", 85 usuárias entre 9 e 87 anos de idade , ente elas 34 hipertensas , 9 diabéticas e 33 usuárias de psicoativos como antidepressivos e estabilizadores de humor .Foram realizadas várias atividades em forma de pesagens , monitoramento de tensão arterial e indice glicênico passeios , festa de São João , cafés da manhã comunitários , emtre outros . Durante os encontros váruios assuntos são abordados como alimentação saudavel , cuidados com doenças crônicas , combate á dengue , bem-estar e saúde mental , saúde da mulher , saúde sexual , hepatites , vacinação , AIDS ,  autocuidado e inclusão social . Como resultados notamos aumento nas coletas de CP, maios procura por mamografias , aumento da procura de testes rápidos na unidade , aumento da cobrtura vacinal em adultos , menores retornos a tratamentos de pacientes portadores de hipertensão arterial e diabetes melitus , redução de internação de pacientes por doenças coronarianas e diminuição das queixas e da procura pela rede nos casos de transtornos decorrentes do sedentarismo , de depressão e outros sofrimentos psicossociais .A equipe diretamente envolvida hoje é compósta por um professor de educação física ,um técnico de enfermagem e duas agentes comunitários de saúde.

2250 Abril Verde: cuidar de si para poder cuidar mais e melhor do outro
Janaína Zatti, Cleber Jaredim, Douglas Coletto, Matheus Vidal de Mendonça, Bianca da Silva Bitencourt de Souza, Andre Salmoria de Andrade, Lilian Martins Iahnke Teles, Marcelina Zacarias Ceolin

Abril Verde: cuidar de si para poder cuidar mais e melhor do outro

Autores: Janaína Zatti, Cleber Jaredim, Douglas Coletto, Matheus Vidal de Mendonça, Bianca da Silva Bitencourt de Souza, Andre Salmoria de Andrade, Lilian Martins Iahnke Teles, Marcelina Zacarias Ceolin

Este relato de experiência discorre sobre as ações de promoção da saúde e do autocuidado e prevenção de acidentes, desenvolvidas junto aos trabalhadores da Fundação Municipal de Saúde de Canoas (FMSC). A FMSC é uma instituição da administração indireta da Prefeitura de Canoas, no processo de cogestão da atenção básica junto a Secretaria Municipal de Saúde. Canoas localiza-se na região metropolitana de Porto Alegre, possui aproximadamente 342 mil habitantes e tem como característica ocupacional o setor industrial, com alto índice de acidentes de trabalho. A rede de atenção básica em saúde do município possui 28 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 66 Equipes de Saúde da Família, 28 Equipes de Saúde Bucal e 2 Núcleos de Apoio à saúde da Família, sendo que compõem essa rede cerca de 700 trabalhadores. Este contexto torna importante o desenvolvimento de ações de conscientização e prevenção dos riscos associados ao trabalho, bem como a promoção de ações que visem a saúde do trabalhador. A FMSC decidiu realizar ações em alusão ao “Abril Verde” considerando que a Organização Internacional do Trabalho (OIT), instituiu o dia 28 de abril como Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. No Brasil, em alusão a mesma data, foi instituído o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Estas ações buscaram estimular práticas de valorização do trabalhador,  promovendo “o cuidar de si para cuidar mais e melhor do outro”, tendo em vista seu protagonismo na produção do cuidado e promoção da saúde nos encontros com os usuários do Sistema Único de Saúde. Durante o “Abril Verde” foram realizadas ações em todas as UBS alertando aos trabalhadores sobre as principais causas de acidentes de trabalho no setor da saúde e sobre a importância da adoção de práticas e comportamentos seguros. Além dessas ações, foi promovido, no dia 28 de abril, um evento com ampla adesão dos trabalhadores, onde foram ofertadas ações como: práticas integrativas e complementares (Auriculoterapia, Reiki, Roda de Terapia Comunitária Integrativa –TCI e Massoterapia), palestras sobre segurança no trabalho e momentos de cuidado com a beleza. A partir desta experiência observamos a importância da realização de atividades que promovam a valorização do trabalhador e seu bem-estar na relação com o trabalho. Ficou evidente, entre os participantes, a satisfação com o evento, despertando o sentimento de pertencimento à instituição e maior aproximação entre a gestão e os trabalhadores. Esta experiência estimulou também a Câmara Municipal de Canoas no desenvolvimento de projeto de lei para instituição do Dia Municipal de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Cuidado à Saúde do Trabalhador. Consideramos que experiência é replicável a outras realidades.

2482 ESPAÇO DE VIVÊNCIAS EM SOCIOEDUCAÇÃO
Kíssia Valéria Cavalcanti Luna, Cláudia Regina Brandão Sampaio, Fernanda da Silva Pereira Calegare, Ênio de Souza Tavares, Nathaly Marcolino Morais

ESPAÇO DE VIVÊNCIAS EM SOCIOEDUCAÇÃO

Autores: Kíssia Valéria Cavalcanti Luna, Cláudia Regina Brandão Sampaio, Fernanda da Silva Pereira Calegare, Ênio de Souza Tavares, Nathaly Marcolino Morais

O Projeto Espaço de vivências em socioeducação consiste numa parceria entre a Coordenadoria da Infância eJuventude do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, por iniciativa, e a Universidade Federal do Amazonas, por intermédio da Faculdade de Psicologia. Sob a forma de extensão interinstitucional, promove encontros com as equipes técnicas dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social de Manaus (Assistentes Sociais, Psicólogos e Advogados), responsáveis pela execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto a adolescentes autores de atos infracionais, com servidores da Coordenadoria da Infância e Juventude e com professores e estudantes da graduação e pós-graduação de Psicologia da Universidade Federal do Amazonas. Manaus conta com uma Vara de Infância e Juventude, com atribuições de conhecimento e de execução das Medidas Socioeducativas. As medidas em meio aberto são de responsabilidade da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos – SEMASDH, operacionalizadas por cinco CREAS, distribuídos em cada zona da cidade (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro-Sul), os quais devem ter suas práticas orientadas pelos pressupostos do ECA e do SINASE. A motivação para essa intervenção surge da necessidade de que o acompanhamento ao adolescente em conflito com a lei esteja em consonância com o Sistema de Garantia de Direitos, que passa pelo trabalho das equipes técnicas, muitas vezes privadas de cuidado e de um espaço que lhes permita a escuta atenta e acolhedora, além de aproximar vivências distintas – universidade, juizado e o atendimento socioeducativo em si – solidifica o compromisso destes segmentos com a temática da socioeducação. Com a proposta de contribuir para a capacitação e aperfeiçoamento das equipes técnicas de modo alternativo às capacitações convencionais, adota uma metodologia grupal dialógica de construção coletiva do conhecimento centrada na perspectiva de formação colaborativa pelos pares. Visa, pois, o aprimoramento da prática profissional através da discussão do cotidiano das experiências, identificação dos desafios, fragilidades e potencialidades. São realizados encontros mensais, cujo planejamento se dá de modo participativo, tendo a equipe da UFAM um papel de facilitadora dos processos. Dentre os resultados já registrados, o espaço tem auxiliado a romper com o isolamento técnico, possibilitando também expressões de sentimentos e percepções próprios da vivência socioeducativa, que muitas vezes produz desesperança e sensação de desamparo devido, sobretudo, às limitações institucionais. Outros desdobramentos do projeto tem sido a apropriação dos termos do SINASE, propostas de construção colaborativa de materiais e procedimentos adequados à realidade vivenciada pelas equipes, estabelecimento de ações em parceria através de estágio supervisionado, visando implementar novas estratégias de atendimento. Esta proposta interventiva reverbera ainda na área jurídica, na medida em que alerta aos aplicadores do Direito sobre a complexidade do atendimento, da aplicação da medida e as dificuldades do acompanhamento. Espera-se, como desdobramento do projeto, a melhoria da prestação jurisdicional aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, bem como colaborar com a formação dos servidores que trabalham na ponta do serviço, de modo a possibilitar trocas de experiências, aprendizagem coletiva, (re)significação de práticas,  empatia, autonomia, criatividade e desenvolvimento de protagonismo dos técnicos das equipes.  

3004 MUTIRÕES DE SAÚDE INTERDISCIPLINARES: PROMOVENDO A SAÚDE NA COMUNIDADE
Christofer da Silva Christofoli, Aline Maciel da Silva, Jaqueline Ribeiro dos Santos Machado, Kátia Valença Correia Leandro da Silva, Márcia Cançado Figueiredo

MUTIRÕES DE SAÚDE INTERDISCIPLINARES: PROMOVENDO A SAÚDE NA COMUNIDADE

Autores: Christofer da Silva Christofoli, Aline Maciel da Silva, Jaqueline Ribeiro dos Santos Machado, Kátia Valença Correia Leandro da Silva, Márcia Cançado Figueiredo

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) busca assegurar a prestação de serviços pautados nos princípios da universalidade, integralidade e equidade. Fragilidades no acesso à saúde, integração atenção primária/outros níveis, bem como a necessidade de ações de promoção e prevenção da saúde no município de Viamão/RS, despertou o interesse da secretaria municipal de saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em realizar mutirões de saúde. OBJETIVOS: Descrever as ações de promoção, prevenção e integração da saúde desenvolvidas no ano de 2017, no município de Viamão/RS durante os mutirões de saúde. MÉTODOS: O projeto de extensão Ações Interdisciplinares em Educação para a Saúde da UFRGS, desenvolveu a partir de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Viamão, no Estado do Rio Grande do Sul, visando desenvolver vivências a partir de ações que incluem o ensino, a pesquisa e a extensão envolvendo duas professoras e acadêmicos dos cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Ciências Biológicas, profissionais das Unidades Básicas de Saúde do município e a comunidade adscrita através da Estratégia Saúde da Família Augusta Meneguine. Os mutirões ocorreram mensalmente aos sábado, foram utilizadas fichas de triagem da UBS local como instrumento para identificação pessoal, clínica e na triagem para direcionamento de cada demanda. RESULTADOS: No ano de 2017 procederam 640 atendimentos de pessoas da comunidade. Foram realizadas ações como: avaliação nutricional (aferição do peso, altura, índice de massa corporal e orientações nutricionais para uma alimentação saudável); aplicação de questionários averiguando o nível socioeconômico e o estilo de vida das famílias atendidas; aferição da pressão arterial e glicemia pela equipe de enfermagem; ações em saúde bucal pela equipe de alunos do ultimo ano de odontologia (orientações sobre higiene oral, escovação e aplicação de flúor, extrações), todas as ações supervisionadas por professores e profissionais da UBS. A partir da identificação de pacientes com alguma demanda especifica foi realizado o encaminhamento para serviços especializados do município, bem como para o Hospital Escola da UFRGS na cidade de Porto Alegre/RS. CONCLUSÃO: O processo saúde/doença se encontra inserido no movimento de transformação econômica, política, social e cultural da sociedade, assim identificou-se a necessidade de fomentar o acesso à saúde e, os mutirões foram uma experiência bem-sucedida de aproximação dos acadêmicos/população, permitindo o conhecimento da realidade na comunidade. A atuação interdisciplinar permitiu a interação de alunos de diferentes áreas, resultando em um atendimento efetivo e integral.

3035 PROMOÇÃO DA SAÚDE NAS ILHAS DA AMAZÔNIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM.
Wagner Felipe dos Santos Neves, Izabela Cristina Valdevino da Silveira, Andreia Pessoa da Cruz, Alana Celeste Campos Dias, João Enivaldo Soares de Melo Júnior

PROMOÇÃO DA SAÚDE NAS ILHAS DA AMAZÔNIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM.

Autores: Wagner Felipe dos Santos Neves, Izabela Cristina Valdevino da Silveira, Andreia Pessoa da Cruz, Alana Celeste Campos Dias, João Enivaldo Soares de Melo Júnior

Apresentação: A visualização do cenário amazônico sempre nos remete a riqueza e a diversidade natural, cultural e social, por outro lado o contexto vivido pelas comunidades amazônicas é caracterizado pelo oposto desta visão, uma vez que a escassez de ações das políticas públicas e do acesso aos serviços públicos essenciais, como educação e saúde faz parte do cotidiano dos ribeirinhos da Amazônia. O presente texto trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência vivenciado no projeto de Extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), intitulado de “Rio acima, rio abaixo: a Enfermagem cuidando da pressão arterial dos ribeirinhos da Amazônia”, o qual está incluso no programa “Luz na Amazônia” que consiste em uma parceria da UFPA com a Sociedade Bíblica Brasileira (SBB) promove educação e saúde voltada a prevenção, diagnóstico precoce e controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM) sob o auxílio da dinâmica intitulada “Quiz Hiperdia” e as consultas domiciliares, junto às comunidades ribeirinhas da Amazônia, objetivando garantir melhoria da qualidade de vida à população ribeirinha, uma vez que a carência de políticas públicas em saúde e o contexto vulnerabilidade socioeconômica, além da escassez de informações fazem parte do cotidiano dessas populações e são fatores determinantes para o desenvolvimento de afecções. A motivação deste estudo é relatar a experiência, bem como a importância da promoção das práticas em saúde pública e da Assistência de Enfermagem para as comunidades ribeirinhas da Amazônia. Desenvolvimento do trabalho: As ações do projeto são realizadas mensalmente durante as viagens do programa no decorrer do ano de 2017, no barco “Luz da Amazônia III” a equipe de enfermagem leva às comunidades ribeirinhas (localizadas em ilhas próximas a 40 minutos da cidade de Belém cadastradas no programa “Luz na Amazônia”) ações de Educação em Saúde voltadas para o controle e prevenção do Diabetes Mellitus e da Hipertensão Arterial Sistólica, são doenças crônicas preocupantes em nosso país. Pois estas não tem cura, porém podem ser prevenidas e controladas, com medidas simples que contribuem com a melhora da qualidade de vida dos ribeirinhos. Estas ações são importantes, pois  identificam conhecimento prévio que a comunidade tem sobre as doenças, de forma que os acadêmicos ouvem sendo adequada ou não  esse conhecimento é levado em consideração, pois é uma troca de experiência e enriquecido com as informações de suma importância para o conhecimento das mesmas como os principais sintomas e a forma de prevenção. Por meio da dinâmica intitulada “Quiz Hiperdia”, os acadêmicos abordam conceitos, sinais e sintomas e a prevenção da HAS e DM o modo que seja de fácil compreensão a eles, são realizadas assim atividades lúdicas, pois se percebe que adesão à dinâmica é maior, além da compreensão. Orienta-se como identificar os primeiros sintomas das referidas doenças para que um atendimento especializado fosse procurado, desse modo, os ribeirinhos passaram a conhecer as suas manifestações. Quanto à prevenção, é ressaltada principalmente sobre a mudança de hábitos, tais como: evitar o excesso de álcool, tabagismo, diminuir o consumo excessivo de frituras/gorduras, açúcar e carboidratos, praticar diariamente atividade física, ter cuidado especialmente com os membros inferiores, devido o aparecimento de feridas e enfatizada a importância do tratamento medicamentoso, nas consultas de enfermagem são realizadas aferição de pressão arterial, verificação de glicemia capilar, mensuração das medidas antropométricas e atendimentos domiciliares. Nestas também os ribeirinhos são orientados quanto à importância da alimentação adequada, sem menosprezar sua cultura, a atividade física diária e a importância da consulta regular e tratamento medicamento de forma correta. Os acadêmicos de enfermagem contribuem dessa maneira para o diagnóstico precoce, a prevenção e/ou agravos destas doenças, principalmente nas comunidades ribeirinhas mais afastadas do centro urbano que são desassistidas de saúde, além de serem carentes de informações. Resultados: As práticas em saúde oferecidas pela equipe de Enfermagem tem resultado em impactos positivos para as populações ribeirinhas, uma vez que as ações educativas e orientações realizadas contribuem para o empoderamento destas pessoas sobre a sua própria saúde, uma vez que alguns começam a tomar conhecimento sobre a fisiopatologia, complicações, controle e prevenção da Hipertensão e do Diabetes, isso pode ser comprovado pela participação ativa das famílias atendidas pelo programa durante as ações, fazendo com que no retorno da equipe a comunidade seja possível observar significativas melhorias na qualidade de vida dos ribeirinhos, a exemplo da mudança de hábitos alimentares, controle de glicemia, controle da hipertensão, melhor adesão aos medicamentos em uso, e maior preocupação e envolvimento no autocuidado devido à apreensão do conhecimento anteriormente transmitido pela equipe. Além de levarem consigo o comprometimento de repassarem aos amigos e familiares todo conhecimento adquirido nas viagens. Deste modo a Enfermagem vem ganhando e ocupando o espaço na promoção de saúde às comunidades tradicionais da Amazônia. Considerações finais: O direito à saúde nas comunidades ribeirinhas próximas a cidade de Belém, está distante do que é instituído pela Constituição Federal, uma vez que a escassez de profissionais qualificados, bem como de espaços destinados para a assistência em saúde ilustra e evidencia o déficit das políticas públicas em saúde para as populações tradicionais da Amazônia. A experiência em observar e vivenciar o contexto no qual estão inseridas as comunidades ribeirinhas despertou tanto nos acadêmicos, quanto na docente não só a reflexão sobre a necessidade da implementação das públicas nas comunidades, mas sim a importância da ocupação destes espaços por profissionais de saúde qualificados, assim como da presença da academia/projetos que visem à garantia de uma assistência de qualidade ao povo ribeirinho, bem como na aproximação dos futuros profissionais de saúde a esta realidade tornando-os sensíveis e conscientes do seu papel para com as populações amazônidas, sendo assim uma das possíveis maneiras de se romper este paradigma presente na assistência de saúde na Região Norte do Brasil.

4939 PARCERIA SAÚDE-COMUNIDADE: A Extensão Universitária como instrumento de promoção à saúde
Rocilda Castro Pinho, Lourany Rego Pereira, Marcelo Barros Silva, Mônica Oliveira Silva Barbosa, Paula Santos Brito, Vanessa de Sousa Silva, Hamilton Leandro Pinto de Andrade

PARCERIA SAÚDE-COMUNIDADE: A Extensão Universitária como instrumento de promoção à saúde

Autores: Rocilda Castro Pinho, Lourany Rego Pereira, Marcelo Barros Silva, Mônica Oliveira Silva Barbosa, Paula Santos Brito, Vanessa de Sousa Silva, Hamilton Leandro Pinto de Andrade

Apresentação: Desde a I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Otawa, em 1986, que o conceito de promoção da saúde, partindo da concepção ampliada desta, vem sendo elaborado por diferentes atores, trazendo novas formas de se pensarem as práticas. Desta forma, a promoção de saúde supõe uma concepção que não restrinja a saúde à ausência de doença, mas que seja capaz de atuar sobre seus fatores condicionantes e determinantes que estão relacionados às condições em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem, incluindo o sistema de saúde. Ou seja, incidem sobre as condições de vida da população, e vão além da prestação de serviços clínico-assistenciais, incluindo ainda ações intersetoriais que envolvam a educação, o saneamento básico, a habitação, a renda, o trabalho, a alimentação, o meio ambiente, o acesso a bens e serviços essenciais, o lazer, entre outros determinantes sociais da saúde. Assim, o conceito de promoção da saúde passou a valorizar a articulação entre saberes técnicos e populares e propôs maior diálogo entre instituições e comunidades. Nessa ótica, o presente projeto será aplicado na comunidade Dom Afonso Felipe Gregory, localizada nas adjacências do Campus Bom Jesus, Universidade Federal do Maranhão, visando estabelecer esta integração instituição-comunidade. Esta comunidade localiza-se numa área distante do centro da cidade, o que traz diversos problemas sociais e de saúde para as pessoas que nela residem, como por exemplo, privação dos serviços básicos de saúde, ausência de coleta de lixo, de saneamento básico, acesso dificultado à escola, ao lazer, dentre outras carências, afetando diretamente a qualidade de vida desses moradores, uma vez que a saúde está condicionada a diversos fatores, como os já mencionados anteriormente. Para isso esse estudo objetiva-se aproximar os acadêmicos de Enfermagem da UFMA do seu campo de atuação, utilizando a Relação Ensino-Aprendizagem no ambiente de Extensão Universitária, ou seja, aplicar o conhecimento adquirido em sala de aula e em laboratório para o benefício da comunidade, com isso será possível proporcionar o desenvolvimento de habilidades administrativas e gerenciais nos serviços de enfermagem voltadas às ações de promoção da saúde individual e coletiva, bem como desenvolver a capacidade critica dos estudantes para análise dos conhecimentos e sua aplicabilidade na assistência de Enfermagem. Metodologia: O presente estudo será realizado na Comunidade Dom Felipe Gregori, localizado no município de Imperatriz-MA, por se tratar de uma localidade situada nas áreas adjacentes à Universidade Federal do Maranhão – UFMA, facilitando o acesso dos discentes e docentes participantes do projeto a essa comunidade, bem como a integração da mesma às dependências desta instituição. O trabalho será realizado inicialmente na população adulta, de ambos os sexos, podendo ser incluído também nesse estudo crianças a partir dos 5 anos de idade e adolescentes, pois nesse último, há uma identificação com alguns dos temas propostos que são de grande relevância para a promoção da saúde. Inicialmente, será feito um encontro com a liderança da comunidade e do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), para identificação dos problemas de saúde e psicossociais mais relevantes na comunidade, para que haja um direcionamento especifico das ações a serem realizadas. Depois de identificar as principais demandas da comunidade, iniciar-se-á a execução do projeto contemplando os assuntos referentes aos principais problemas encontrados. Os temas serão abordados por meio de ações educativas na forma de palestras, apresentação de vídeos, peças teatrais, distribuição de materiais informativos, inclusive atividades práticas e atendimentos clínicos, voltados à Enfermagem, como aferição de Pressão Arterial, Frequência Cardíaca e Respiratória, Temperatura e Medidas Antropométricas, Anamnese e Exame Físico Geral. As ações educativas lúdicas como apresentação de vídeos ou peças teatrais poderão ser aplicadas após as palestras, com linguagem adequada ao público/ comunidade de acordo com o assunto abordado no encontro, para melhor fixação e compreensão das informações repassadas. Poderá também ocorrer a entrega de materiais informativos do tipo folders que são distribuídos gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde para o público-alvo, durante as ações e atendimentos, para que haja uma melhor compreensão e entendimento, sobretudo para que a informação possa chegar também aos demais membros da família ou localidade. Ao final de cada atividade será aplicado questionários para coleta de dados úteis para o desenvolvimento de pesquisas científicas e publicações em periódicos, bem como apresentação em eventos da área. Vale ressaltar que, antes da execução das atividades propostas, cada equipe ou discente será devidamente preparados para atuarem com mais efetividade na promoção da saúde. As informações coletadas via questionário serão inseridas em um banco de dados utilizando o programa Microsoft Excel 2016. Os resultados serão apresentados em forma de gráficos e de tabelas. Resultados: Indubitavelmente são múltiplos os desafios de se promover saúde junto à comunidade, devido aos diversos fatores que estão relacionados ao contexto social, cultural, político e econômico, que interferem diretamente na qualidade de vida. A partir desse projeto será possível aproximar os diversos saberes teórico-práticos adquiridos dentro da Universidade, com a realidade da comunidade, aplicando-os com o intuito de minimizar os agravantes ou problemas à saúde, fruto das más condições de vida da população em questão. Espera-se que com essas ações haja a construção de um canal permanente entre os acadêmicos de enfermagem da universidade e a comunidade, atuando para a promoção de saúde individual e coletiva, com a formação de agentes sociais de mudança e a promoção da organização social. Considerações Finais: A promoção da saúde traz a perspectiva da atenção integral às pessoas em suas necessidades, numa relação de dualismo entre ensinar e aprender, proporcionando a reflexão de que há sempre a necessidade de participar ativamente das soluções dos problemas de saúde levantados juntamente com as comunidades. Portanto promover a saúde é buscar a mobilização comunitária, visando à construção de espaços saudáveis, por meio de atividades dirigidas à transformação dos comportamentos dos indivíduos, focando nos seus estilos de vida e promovendo uma modificação na sua maneira de pensar e agir e ainda através de estratégias e ações educativas que contribuam para a disseminação de informações e dos saberes técnicos e populares.  Essa prática é de grande relevância para aplicar o conhecimento adquirido na vivência acadêmica e simultaneamente a própria produção de conhecimento através da atuação na comunidade.

5140 Construção de consensos sobre as Competências em Promoção da Saúde na formação: revisão da literatura e aplicação com “experts do Brasil.
Rafael Dall Alba, Mônica de Andrade, Mônica de Andrade, Maria do Socorro Dias, Maria do Socorro Dias, Dais Gonçalves Rocha, Dais Gonçalves Rocha

Construção de consensos sobre as Competências em Promoção da Saúde na formação: revisão da literatura e aplicação com “experts do Brasil.

Autores: Rafael Dall Alba, Mônica de Andrade, Mônica de Andrade, Maria do Socorro Dias, Maria do Socorro Dias, Dais Gonçalves Rocha, Dais Gonçalves Rocha

Apresentação A Declaração oriunda do Consenso de Galway e o Projeto Europeu CompHP (Developing Competencies and Professional Standards for Health Promotion Capacity Building in Europe) estruturaram valores e princípios fundamentais, e também a discussão de elementos para formação de um consenso de domínios de competência fundamentais para quaisquer atores que visem a práxis da promoção da saúde. As categorias propostas dessa discussão resultaram nas seguintes competências: produção de mudanças, advocacia em saúde, parcerias, comunicação, liderança, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Esses domínios devem estar sustentados e devem funcionar de forma conjunta com os valores éticos e os conhecimentos em toda a ação de promoção da saúde. (BARRY et al., 2009; BARRY; BATTEL-KIRK; DEMPSEY, 2012; MAHLER, 1986). O CompHP define Competências como uma combinação da essência conhecimento, habilidades e valores necessários para o exercício da promoção da saúde. As Competências essenciais compreendem um conjunto mínimo de elementos que constituem uma linha de base comum para todas as funções de promoção da saúde. Eles são o que todos os profissionais de promoção da saúde devem ser capazes de fazer para trabalhar de forma eficiente, eficaz e apropriada no território. Os estudos abordados na revisão da literatura prioritariamente discutem as competências em promoção da saúde referenciados no contexto europeu, porém as características do modelo de formação profissional praticados no Brasil podem se beneficiar muito com a proposta de competências que o CompHP traz (PINHEIRO et al., 2015). No Brasil a discussão ainda é incipiente e bastante polêmica, pois alguns autores da Saúde Coletiva argumentam que as competências competem com os Núcleos de Saberes e podem impor uma lógica de certificação e endurecimento das categorias da práxis em Promoção da Saúde não só nos âmbitos das matrizes curriculares das graduações em saúde como nas ações no território. Porém a necessidade de incorporação da operacionalização da Promoção da Saúde no âmbito da formação a cada dia se faz mais necessária e a necessidade de um consenso brasileiro acerca das competências se faz urgente. Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo; Para isso organizamos um espaço de encontro para discutir o tema compondo pesquisadores da Promoção da Saúde e Saúde Coletiva no “Seminário Internacional núcleo de saberes e competências em promoção da saúde: o processo ensino-aprendizagem em foco”, realizado em Brasília, de 13 a 14 de novembro de 2017 promovido pelo Grupo de Trabalho de Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável da ABRASCO. Neste encontro realizou-se uma oficina para discussão das competências avaliando o grau de concordância dos participantes acerca das competências propostas em um questionário informatizado. As competências detalhadas podem ser acessadas no endereço virtual https://goo.gl/mUAwYY . Para a formulação do conteúdo do questionário foram revisados os documentos base como a Carta de Ottawa, o Consenso de Galway, e o Projeto Europeu CompHP (Developing Competencies and Professional Standards for Health Promotion Capacity Building in Europe). O questionário de competências em promoção da saúde (CompHP) foi adaptado da tradução de Netto (2016) sendo incorporada a dimensão de Produção do Cuidado. Neste movimento de adaptação entendemos que Produção de Cuidado remete a inversão do modelo de atenção à saúde se constitui como tarefa de difícil execução, pois percorre um caminho não-linear, estabelecendo um processo de mudança que envolve uma política de formação articulada com a prática. Trata-se, portanto, de projetos coletivos, integrados aos cuidados de saúde, em que trabalhadores, gestores e usuários devam ser corresponsáveis no fazer saúde, cotidianamente. A mudança na forma de trabalhar em saúde incide diretamente em valores, cultura, comportamento e micropoderes existentes nos espaços de trabalho de cada um, gerando resistências e possíveis conflitos na produção de saúde. Assim, pensar e agir em saúde numa perspectiva de mudança do modelo requer um novo modo de estabelecer relações e troca de saberes e experiências práticas, envolvendo campos de conhecimento e intervenção interdisciplinares (GUIZARDI; CAVALCANTI, 2010). O objetivo da escala de Likert foi abordar a concordância/relevância dos participantes quanto ao conjunto de competências apresentadas nas conferências do “Seminário Internacional Núcleo de Saberes e Competências em Promoção da Saúde: O processo ensino-aprendizagem em foco”. Para isso foi utilizado a escala de Likert (LOEWENTHAL, 2001)  de 5 pontos marcando a total discordância no extremo indicado por “Não Relevante” e total concordância indicado por “Essencial”. O formulário foi construído através da ferramenta Google Forms em modelo eletrônico sendo disponibilizado o acesso aos participantes da oficina de trabalho. A aplicação do questionário se deu após a formação de grupos de discussão acerca de cada competência, com duração de duas (2) horas. Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa; Como resultados gerais destaca-se que as competências foram avaliadas positivamente pelos 50 participantes remetendo para a classificação de essenciais. Algumas sugestões de alteração do texto da escala de Likert foram apontadas e serão ajustadas para próximas aplicações. Com esse resultado, damos um importante passo para discutir a incorporação de metodologias de indução e fortalecimento da promoção da saúde nas ações de formação quanto de educação permanente nos serviços de saúde. A partir das discussões do seminário ficou evidente a necessidade de estar atento para essa metodologia não limitar a pluralidade da promoção da saúde na heterogeneidade dos territórios no contexto brasileiro e diminuir a potência de ação. Porém é percebida a necessidade de um ponto de partida referenciado para a formação de elementos de capilarização da promoção de saúde tanto nos currículos acadêmicos e serviços de saúde, mais no sentido de aglutinação de uma massa crítica do que mecanismos normativos de padronização. Considerações finais. É fundamental aprofundar a discussão da formação em promoção da saúde no âmbito da graduação no Brasil, a partir de recomendações (consensos) nacionais e internacionais, especialmente, no contexto atual de revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais de todos os cursos. A adaptação do consenso CompHP, a partir do acréscimo da categoria/competência Produção do Cuidado possibilitou aprofundar a reflexão sobre a implementação da promoção da saúde no cotidiano da atenção dos serviços do SUS bem como das tecnologias de cuidado.

2764 EDUCAÇÃO EM SAÚDE A CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS
ROCILDA Castro Pinho, Mônica Oliveira Silva Barbosa, Vanessa de Sousa Silva, Maricélia Tavares Borges Oliveira

EDUCAÇÃO EM SAÚDE A CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS

Autores: ROCILDA Castro Pinho, Mônica Oliveira Silva Barbosa, Vanessa de Sousa Silva, Maricélia Tavares Borges Oliveira

Apresentação: A infância apresenta questões inerentes à construção do indivíduo, por esse motivo tornou-se objeto de estudo para profissionais da saúde e acadêmicos, que desenvolvem um olhar holístico nos cuidados dispensados em todo o seu ciclo. Contudo, quando a criança é submetida a situações de privações severas, seja a nível emocional ou material, o seu potencial de desenvolvimento pode não se realizar de maneira natural, prejudicando o processo de desenvolvimento infantil. Situações com esse contexto podem ser percebidas em crianças institucionalizadas, fazendo com que estas, além dos diferenciais psicossociais, desenvolvam alterações relacionadas ao processo saúde/doença, higiene e autocuidado, tornando-as mais vulneráveis a patologias, inclusive as infectocontagiosas. Mediante a situação de vulnerabilidade, que essas crianças estão expostas, o estudo teve como objetivo implementar ações educativas para estimular a socialização e a promoção de saúde de crianças institucionalizadas, buscando reduzir os agravos e favorecer a qualidade de vida para estes indivíduos ao longo do seu processo de desenvolvimento, contribuindo com a integralidade do cuidado. Metodologia: O presente estudo consiste em um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão a partir de visitas feitas à uma Instituição que abriga crianças numa cidade do interior do Maranhão, durante as atividades práticas da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento, no período de 01 a 14 de julho de 2016. Respeitando a peculiaridade das crianças foram utilizados de recursos educativos como teatro de histórias infantis, com personagens caracterizados como forma de atrair a atenção do público infantil, com também músicas, danças, jogos, dinâmicas e brincadeiras trazendo a temática da higiene oral, lavagem de mãos, conhecimentos acerca do autocuidado e preservação da saúde. Foi ainda utilizada como estratégia de incentivo, a distribuição de kits de higiene bucal exemplificando o correto uso de todos os materiais. Resultados: As atividades de educação em saúde contribuíram para estimular a promoção de saúde, a prevenção de doenças e a participação dessas crianças nos assuntos relacionados à saúde e a qualidade de vida. As ações visaram ensinar e sensibilizar não só as crianças institucionalizadas, mas também os profissionais responsáveis pelo cuidado de todas elas, pois sem o apoio destes, a continuidade das práticas ensinadas e os resultados esperados não seriam alcançados.  Considerações Finais: O desenvolvimento deste trabalho contribuiu para valorização da importância de se trabalhar a educação em saúde entre crianças institucionalizadas, a fim de minimizar a incidência de doenças relacionadas à falta de higiene pessoal, além de proporcionar uma melhor interação dessas crianças com intuito de amenizar os impactos psicológicos decorrente do histórico familiar e o ambiente de inserção das mesmas. Sobretudo, compreendendo que a interrupção brusca, permanente ou não dos laços afetivos interferem no processo de desenvolvimento e no seu estado de saúde emocional, comportamental e física.

5348 CRESCENDO SEM CÁRIE: PROMOÇÃO DA SAÚDE COM EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL EM CRECHES MUNICIPAIS DE MANAUS-AM.
Shirley Maria de ARAÚJO-PASSOS, Adriana Beatriz Silveira PINTO, Mayara Costa SOUSA, Anderson Andrade PIRES, Alessandra Andrade PIRES, Lauramaris de Arruda Regis ARANHA, Angela Xavier Monteiro, Brigitte NICHTHAUSER

CRESCENDO SEM CÁRIE: PROMOÇÃO DA SAÚDE COM EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL EM CRECHES MUNICIPAIS DE MANAUS-AM.

Autores: Shirley Maria de ARAÚJO-PASSOS, Adriana Beatriz Silveira PINTO, Mayara Costa SOUSA, Anderson Andrade PIRES, Alessandra Andrade PIRES, Lauramaris de Arruda Regis ARANHA, Angela Xavier Monteiro, Brigitte NICHTHAUSER

A partir da promoção de saúde e prevenção é possível que um indivíduo chegue a idade adulta sem ter qualquer experiência de cárie e doença periodontal, que são doenças da cavidade oral de maior prevalência na sociedade e podem ser prevenidas pelo controle mecânico do biofilme (escovação dental e uso do fio dental). As crianças são susceptíveis a serem livres de cárie se o hábito de higiene bucal for iniciado nos primeiros meses de vida, tendo os pais como principais responsáveis.  As doenças bucais infectocontagiosas podem ser prevenidas quando medidas preventivo-educativas são empregadas, pois a cárie dentária, doença de maior prevalência nas comunidades, pode ser prevenida pela desorganização do biofilme bacteriano. Neste contexto, o Programa Crescendo sem Cárie, desenvolvido via Universidade do Estado, como extensão, tem sido executado por professoras da UEA, 01 aluno bolsista e 03 alunos voluntários, desde Agosto de 2014, até a presente data. Atualmente, as 13 (treze) creches municipais da prefeitura de Manaus atendem cerca de 2.000 crianças de 1 a 5 anos, e possuem papel fundamental no desenvolvimento integral dessas crianças. É necessário aprofundar o conhecimento dos pais e professores, sobre a etiologia da doença cárie e as formas de controle, porque nesta faixa etária, as crianças requerem que os pais e professores realizem e estimulem sua higiene oral. O Programa Crescendo sem Cárie tem como objetivo principal promover a saúde bucal com educação em saúde e escovação dental supervisionada em crianças de 1 a 3 anos de idade matriculada em seis creches públicas no município de Manaus-Am, a saber: Creche Municipal Ana Lopes Pereira, Creche Municipal Gabriel Corrêa Pedrosa, Creche Municipal Magdalena Arce Dao, Creche Municipal Escritor Manoel Octavio Rodrigues de Souza, Creche Municipal Profa. Eliana de Freitas Moraes e Creche Municipal Profa. Virgínia Marília Mello de Araújo. As crianças recebem acompanhamento semanal, onde são observadas na sua rotina diária, a alimentação e a higiene bucal. As crianças participam da educação em saúde geral e saúde bucal e escovação supervisionada, com atividades que buscam educação em saúde, como pinturas, colagens e escovação em macromodelos. Os pais e responsáveis, bem como os professores participam das rodas de conversa realizadas pelos alunos de graduação do curso de Odontologia da UEA e pelas professoras orientadoras. As atividades propostas são realizadas, semanalmente, em cada creche. É realizada orientação para os professores e os pais das crianças matriculadas nas creches sobre higiene oral com educação em saúde por meio de rodas de conversa, nestas são abordados diversos temas. A orientação sobre a higiene bucal consiste em: orientações sobre a importância dos dentes, higiene bucal, escovação dental, uso do fio dental, limpeza da língua e a freqüência de higienização. Diversos temas são abordados nas rodas de conversa, dentre eles: orientação sobre a influência da dieta na evolução da cárie dentária, e quanto a importância de estabelecer hábitos alimentares saudáveis, com dietas menos cariogênicas e horários regulares; primeira Janela de infectividade; conhecimento por parte dos pais, responsáveis e professores, sobre  sua responsabilidade pela construção da saúde bucal da criança; a importância do aleitamento materno para o desenvolvimento físico e emocional após a erupção dos primeiros dentes; placa bacteriana x higiene bucal (o que é, como removê-la); importância da dentição decídua; cárie dentária e doença periodontal; controle do uso de dentifrícios; medicamentos: presença de sacarose, flúor; orientação sobre a importância da amamentação, os hábitos inadequados (sucção de dedo, mamadeira, chupeta, posturas noturnas, respiração bucal) e sua influência no desenvolvimento das arcadas. A higiene bucal é um componente fundamental da higiene corporal das pessoas. Para realizá-la adequadamente requer aprendizado. Uma das possibilidades para esse aprendizado é o desenvolvimento de atividades de higiene bucal supervisionada. Esta visa à prevenção da cárie e da gengivite, através do controle continuado de placa pelo indivíduo, adequando a higienização à motricidade do indivíduo. Sua finalidade é a busca da autonomia com vistas ao autocuidado. Na etapa da escovação dental supervisionada, os pais e professores (em 02 tempos) realizam a higiene bucal das crianças, sob supervisão dos alunos graduandos bolsistas e voluntários, e é avaliando o aprendizado correto da escovação, ajustando, quando necessário. Nesta etapa são utilizados creme dental e escova dental infantil para as crianças e escova dental adulta, para os pais e professores. Coloca-se uma porção de creme dental (tamanho de uma ervilha) na escova dental e em seguida pede-se para fazer a escovação, conforme demonstrado. O Material didático utilizado na educação em saúde com as crianças, rodas de conversa com pais e professores, e nas escovações dentais supervisionadas, são: bonecos, escova e arcada dentária (macromodelos); álbuns seriados; creme e escovas dentais infantis e adultas; material de pintura; material de colagem; Folders e Datashow. Os professores, os pais e 830 crianças recebem orientações sobre higiene bucal, educação em saúde e temas relacionados a esta faixa etária por meio de rodas de conversas. Considerando que as crianças em idade pré-escolar estão começando a aprender conceitos e princípios que farão parte de sua formação, a educação alimentar e em saúde bucal, como qualquer outra atividade deve ser introduzidas o mais precocemente possível pelos pais e professores. Com isso faz-se necessário o conhecimento, dos pais e professores, sobre etiologia, patogenia, tratamento e controle das doenças dentárias, motivação, instrução em higiene bucal, destreza manual e adequação dos instrumentos de limpeza, desígnio a que este programa tem se proposto. Os professores de ensino pré-escolar são as pessoas de maior contato com as crianças depois da família, tornando-os agentes promotores de saúde essenciais na fase escolar, onde são responsáveis na ação de higienização até que ela tenha condições de, com este estímulo, elas mesmas poderem desenvolver ações de auto-cuidado. Com este programa pretende-se aprofundar o conhecimento dos pais e professores, sobre a etiologia da doença cárie e as formas de controle, porque nesta faixa etária, as crianças requerem que os pais e professores realizem e estimulem sua higiene oral. As atividades desenvolvidas no programa Crescendo se Cárie visa, principalmente, desenvolver a promoção de saúde, bucal e geral, para as crianças das creches onde temos trabalhado, e transmitir orientações sobre higiene bucal, alimentação, amamentação e problemas causados pela doença cárie. Porém, o ganho que temos tido, ultrapassam o passar de conhecimento científico sobre saúde geral e bucal às crianças, pais e professores. Há neste caminhar, principalmente, a troca de aprendizado obtido entre nós e os professores das creches, quanto à didática e metodologia de ensino a crianças de 1 a 5 anos, e também a troca de experiências com os pais, em relação à inserção desses hábitos na família das crianças. Com o desenvolvimento de hábitos e alimentação saudáveis se obtém uma melhor qualidade de vida. No início o programa era desenvolvido em quatro creches, atualmente seis creches são alcançadas com o programa, 830 crianças são alcançadas, bem como seus familiares. O programa Crescendo sem Cárie já está em sua terceira versão, o ideal seria expandir este projeto para todas as creches municipais em Manaus, a fim de que diminua os altos índices de cáries e perdas dentárias em crianças nos primeiros anos de vida.

2533 Implantação de um Projeto de Ginástica Laboral no Hospital Regional de Tefé
Sinval Sousa da Costa Neto

Implantação de um Projeto de Ginástica Laboral no Hospital Regional de Tefé

Autores: Sinval Sousa da Costa Neto

Título: Implantação de um Projeto de Ginástica Laboral no Hospital Regional de Tefé. Introdução O presente trabalho vem relatar a experiência da implantação de um programa de ginástica laboral (GL) no Hospital Regional de Tefé (HRT). Este projeto foi elaborado pela equipe do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Tefé, a pedido da gerência do HRT, com o intuito de valorizar os funcionários e suas condições de trabalho no ambiente hospitalar, prevenir e minimizar as DORT (Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), incentivar a prática de atividades físicas e formar multiplicadores para que pudessem aplicar a GL em seus setores de trabalho.   Desenvolvimento Foi feita a apresentação do projeto no auditório do hospital para os funcionários onde se falava da importância da GL e seus benefícios no combate às DORT. Posteriormente, foi distribuído um questionário de investigação sobre dores aos funcionários do HRT para que os mesmo o respondessem e entregasse. Foi constatado que, dos questionários recebidos (85), 89,4% dos trabalhadores sentiam dores e apenas 10,5% não relatavam sentir nenhuma dor; além disso, mais da metade (53,9%) dos que disseram ter dores relatam que sentem diariamente e que 81,5% dizem que essa dor é de moderada à forte, de acordo com a escala visual analógica de dor (EVA). O questionário também perguntava sobre os locais mais acometidos pelas dores O programa teve duração de 3 meses.O modo escolhido foi a GL Preparatória, realizada antes de se começar a trabalhar, com acompanhamento direto pelo fisioterapeuta do CEREST e realizada3 vezes na semana com sessões de 15 a 20 minutos de duração. Além dos exercícios físicos, eram realizadas dinâmicas de interação para descontração e divertimento. Usavam-se os espaços do auditório e do pátio externo do HRT para aplicação da GL. O número de participantes variava de 10 a 15 participantes, um número muito pequeno se comparado com o número de funcionários do HRT. Dentre as justificativas dadas pelos funcionários para não realizar a GL estavam a falta de interesse em atividade física e não poder se ausentar do posto de trabalho no momento da GL.   Resultados Ao final dos 3 meses de GL, os funcionários relataram melhoras nas dores que sentiam e mais disposição para trabalhar: os mesmos já ansiavam pelos dias de GL. Além disso, foi possível promover a interação entre trabalhadores de diferentes setores e muitos começaram a praticar outras atividades físicas.   Considerações Finais Apesar dos benefícios apresentados pela GL, sua adoção pela maioria dos funcionários ainda é insatisfatória tendo como barreiras relatadas “a falta de interesse” e a “falta de tempo” para participar. Infelizmente, em visitas posteriores, constatamos que os assíduos do programa não se tornaram multiplicadores da GL, não a realizando no seu setor de trabalho com os colegas. A GL apenas era realizada com a presença do fisioterapeuta.   Palavras-chave: ginástica laboral, hospital, DORT.     Autor: Sinval Sousa da Costa Neto. Fisioterapeuta. Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória.

2785 PALHAÇO HOSPITALAR E A FINITUDE DA VIDA: REFLEXÕES DURANTE AÇÃO DE EXTENSÃO
Karoline Costa de Souza, Aderlaine da Silva Sabino, Arinete Véras Fontes Esteves, Isabelle Vasconcelos de Sousa, Nayara Costa de Souza

PALHAÇO HOSPITALAR E A FINITUDE DA VIDA: REFLEXÕES DURANTE AÇÃO DE EXTENSÃO

Autores: Karoline Costa de Souza, Aderlaine da Silva Sabino, Arinete Véras Fontes Esteves, Isabelle Vasconcelos de Sousa, Nayara Costa de Souza

APRESENTAÇÃO: A inserção precoce do discente de graduação em projetos de extensão universitária relacionadas à humanização oportuniza ao mesmo interação entre a academia e a sociedade, como também conhecer um dos seus futuros campo de atuação profissional. As ações referentes à extensão permitem vivências e a construção de conhecimento ainda não vivenciado pelo acadêmico antes de estágios obrigatórios presentes na matriz curricular. O projeto O Brincar no Hospital é um verdadeiro “divisor de águas” na vida do voluntário, independente de sua área de atuação, pois quando vivenciado em sua plenitude, esse trabalho de aspecto lúdico no ambiente hospitalar possibilita o desenvolvimento do acadêmico durante seu processo de formação. A vida universitária para os jovens que ingressam no Curso de Enfermagem representa uma fase de transição, o qual traz potenciais repercussões sobre o conhecimento do processo saúde doença dos indivíduos em relação ao enfrentamento da dor ao lidar com pacientes portadores de leucemia, inevitavelmente, buscando dessa forma oferecer apoio emocional ao paciente e seus familiares. Além disso, diversas vezes o próprio profissional de saúde necessita desse amparo por parte do discente voluntário, por lidar diretamente com a responsabilidade da vida humana em seu cotidiano. No ambiente hospitalar tudo é diferente, no que refere especialmente aos pacientes oncológicos com leucemia, uma vez que o câncer leva à incerteza sobre o amanhã de maneira muito intensa, sendo necessária a adaptação aos novos momentos de sua vida durante um tratamento específico. O objetivo do presente relato consiste em discorrer sobre experiência em um projeto de extensão universitária “O Brincar no Hospital”, realizado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em um hospital de referência no município de Manaus, Amazonas. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre a percepção do discente de graduação sobre a finitude da vida de pacientes leucêmicos. As práticas lúdicas relacionadas ao brincar estão relacionadas ao alívio da dor durante o tratamento de patologias através da busca pelo resgate da autoestima e bem estar de pacientes e seus acompanhantes. O projeto tem importância fundamental no momento de resgatar as esperanças do ser humano, independente da localidade ou época de sua execução, a missão do palhaço hospitalar sempre será fundamental no processo de enfrentamento dos desafios diante de procedimentos invasivos e dolorosos relacionados ao câncer. Para a execução das atividades lúdicas ocorre uma preparação dos voluntários, realizada pelos membros mais antigos e ativos no projeto através de uma oficina de treinamento. Os aspectos abordados nas oficinas de treinamento consistem em: responsabilidade, respeito à dor do paciente, aspectos lúdicos e até mesmo o enfrentamento da morte. Como forma de entretenimento do público alvo, encontram-se brinquedos (exclusivamente para o público infantil), peças teatrais baseadas no improviso e interação com acompanhantes, música e dança. Antes do início de cada visita um aluno fica responsável por adentrar em todas as enfermarias identificando se os pacientes aceitam a visita do projeto, além disso, consultam a equipe de saúde do dia sobre pacientes que não podem receber visitas por conta de agravo do seu quadro de saúde. Para a execução das atividades, os voluntários se dividiam em grupos para enfermaria masculina e feminina de adulto e enfermaria infantil. As estratégias mudam de acordo com idade do paciente, estado de saúde e se está sendo ou não realizado algum procedimento na enfermaria; respeitando as normas hospitalares e a dor do outro. Constantemente são realizadas capacitações para que os voluntários possam discutir aspectos nos quais precisam melhorar. É comum a todos os palhaços a caracterização completa prezando a segurança para todos. Quanto à frequência da realização das visitas, os discentes voluntários frequentam o hospital semanalmente, o que torna inevitável o envolvimento com os pacientes tratados. Nesse momento vale salientar que o palhaço hospitalar precisa estar pronto para a perda do paciente caso ocorra um tratamento sem sucesso.  RESULTADOS E IMPACTOS: O projeto contribui diretamente no amadurecimento pessoal dos voluntários envolvidos, por dar a oportunidade de lidar com desafios tão precocemente. O estudante que participa do brincar logo após seu ingresso na Universidade, possui mais maturidade para enfrentar a finitude da vida em seus campos de prática e vida profissional no ambiente hospitalar. A possibilidade de desenvolver laços afetivos com pacientes e acompanhantes é fundamental para a recuperação da autoestima dos mesmos, pois diversas vezes sofrem com o abandono das pessoas que não compreendem a importância do apoio frente a nova situação de vida, o que adiante desse momento os pacientes oncológicos que apesar da situação, ainda necessitam do relacionamento interpessoal com o outro. A empatia e o cuidado na forma de carinho e atenção são fundamentais não somente em casos descobertos recentemente quanto em pacientes terminais. Até a morte precisa ser tratada com dignidade e o palhaço hospitalar pode ser um sujeito que proporciona distração levando alegria e causa felicidade. No caso das crianças atendidas é bem perceptível que há mudança em seu aspecto, as lágrimas são substituídas por momentos de risos e alegria. Com os adultos a abordagem é mais delicada, pois possuem plena consciência do que está acontecendo em sua vida e esses pacientes têm mais medos, ao mesmo tempo mais vontade de viver para ajudar sua família. Ambos precisam de carinho e compreensão por parte dos voluntários do projeto. Até mesmo se ocorrer o óbito do paciente, o palhaço tem a missão de transmitir respeito e carinho à família. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O projeto é fundamental na vida acadêmica do voluntário por mostrar a realidade da vida em seu pior aspecto: o sofrimento. O palhaço hospitalar está na enfermaria pra evidenciar que independente do quadro de saúde, o paciente deve ser tratado como alguém que merece fazer planos para o futuro e sentir-se bem na medida do possível durante seu tratamento. Afinal, o brincar é uma forma de cuidado. Essa extensão da universidade preza a gratidão, fazendo com que o aluno se dedique com mais paixão a sua futura profissão. Os palhaços levam motivação a cada criança, jovem, idoso e adulto internado. Por conseguinte, é fundamental reconhecer o papel do voluntário no processo de tratamento.

2943 Descrição e Relação dos Indicadores Socioeconômicos e da Saúde Geral Bucal de Familias em Situação de Pobreza Extrema Residentes na Vila Augusta do Município de Viamão, RS,Brasil
Christofer da Silva Christofoli, Aline Maciel da Silva, Jaqueline Ribeiro dos Santos Machado, Kátia Valença Correia Leandro da Silva, Márcia Cançado figueiredo

Descrição e Relação dos Indicadores Socioeconômicos e da Saúde Geral Bucal de Familias em Situação de Pobreza Extrema Residentes na Vila Augusta do Município de Viamão, RS,Brasil

Autores: Christofer da Silva Christofoli, Aline Maciel da Silva, Jaqueline Ribeiro dos Santos Machado, Kátia Valença Correia Leandro da Silva, Márcia Cançado figueiredo

Introdução: Para proporcionar ações efetivas na busca pela saúde bucal, o acesso à saúde deve ser singularizado conforme as necessidades da população e, isso deve ser planejado a partir de levantamentos e estudos que evidenciem o perfil da comunidade e, que sirvam de parâmetro para o planejamento de futuras ações. Objetivos Descrever a condição de saúde geral e bucal e correlacioná-la com o perfil socioeconômico de famílias da Vila Augusta Meneguine do município de Viamão, RS. Metodologia: Foram colhidos e relacionados dados de saúde geral e bucal (placa visível, sangramento gengival, dentes cariados extraídos e restaurados) e de nível socioeconômico (tipo de casa, renda, escolaridade, numero de moradores por domicílio) de 450 pessoas durante visitas domiciliares realizadas aos sábados por acadêmicos de medicina, odontologia, enfermagem, assistente de saúde bucal (ASB), técnico de saúde bucal (TSB), medicina veterinária, agentes comunitários de saúde (ACS) em parceria com os gestores municipais. Resultados 42% das pessoas viviam com menos de 1 salário mínimo e 48,6% moravam com 3 a 5 pessoas por casa. A presença da cárie dentária foi expressiva, sendo verificada em quase 70% da população estudada. As perdas dentárias ficaram em 66% para o segmento de adultos jovens. Altos índices de presença de placa visível e sangramento gengival foram encontrados em mais da metade da amostra (75% e 63% respectivamente). Houve uma associação significante entre: renda familiar de até 1 salário mínimo e mais de 3 ingestões de açúcar entre refeições, de 3 a 5 salários mínimos e 2 ingestões de açúcar entre refeições; tipo de domicílio (alvenaria) e de 2 a 3 vezes higiene bucal por dia (Teste Exato de Fischer (p<0,05). 54% das crianças estão acima do peso, e de estatura baixa e 32% dos adultos são hipertensos.  Conclusões: Através deste levantamento, foi possível identificar um perfil caótico de saúde bucal e de nível socioeconômico da população estudada: - baixa remuneração, definindo-a como uma população que vive na pobreza extrema com baixa escolaridade; apresentam altos índices de placa visível, sangramento gengival, cárie e perdas dentárias e uma relação significativa entre o nível socioeconômico e saúde bucal; - o referido trabalho contemplou a construção de novas práticas de ensino e de educação no campo da saúde, produzindo uma discussão  dentro da multiprofissionalidade que permitiu compreender/dimensionar avanços em direção à desconstrução da fragmentação do conhecimento e do trabalho em saúde, do individualismo social e da naturalização da saúde ainda presentes no meio acadêmico.