189: As conexões ensino e serviço na formação profissional em saúde: gerindo aprendizagens com tecnologias leves
Ativador: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 01 - Bacurau    Horário: 15:30 - 17:30
ID Título do Trabalho/Autores
697 VI Estágio Interdisciplinar de Vivência: a inserção da comunidade discente universitária na realidade dos movimentos sociais rurais na Amazônia Paraense
Fabíolla de Cássia Soares Cardoso, Carla Steffane Oliveira e Silva, Cintia Evelyn Pessoa dos Santos, Adriana do Socorro Uchoa da Silva, Landara Furtado de Brito, Marcos Valério Santos da Silva

VI Estágio Interdisciplinar de Vivência: a inserção da comunidade discente universitária na realidade dos movimentos sociais rurais na Amazônia Paraense

Autores: Fabíolla de Cássia Soares Cardoso, Carla Steffane Oliveira e Silva, Cintia Evelyn Pessoa dos Santos, Adriana do Socorro Uchoa da Silva, Landara Furtado de Brito, Marcos Valério Santos da Silva

Apresentação: O EIV é uma ferramenta de destaque nacional construído por estudantes universitários, de diversas áreas do conhecimento. No Pará o estágio interdisciplinar de vivência é desenvolvido desde 25 de agosto de 2007, onde teve sua primeira edição realizada em 2008. Em 2015 o estado construiu sua VI edição, onde os estagiários passaram 17 dias no assentamento Luís Carlos Prestes, em Irituia, localizado no nordeste do Pará.  O objetivo do estágio foi de integrar os discentes com as problemáticas referentes às questões do acesso a terra e da reforma agrária, além de contribuir, para a formação política e profissional destes, com seu processo de conscientização em relação às possibilidades de práticas relativas com o cuidado da saúde das áreas, o acesso a direitos, além de formas de manejo da terra e práticas sustentáveis de produção. Desenvolvimento do trabalho: O VI EIV Pará foi de caráter observacional, sendo este dividido em três etapas: a formação, onde os estudantes participaram de espaços de em plenárias, debates e discussões para construção política; vivência, quando os estagiários, após preparação e acúmulo teórico, foram divididos de acordo com seu perfil e deslocados para áreas do MST para a convivência com as famílias que estavam organizadas nos movimentos do campo entre o nordeste e sudeste paraense; e a retomada, nessa ultima fase os discentes, ao retornarem das áreas ao qual foram destinados, se reuniram para compartilhar suas experiências durante os dias de vivência com suas famílias e, ao final, avaliar o estágio como um todo. RESULTADOS E IMPACTOS: O estágio propiciou aos discentes novas perspectivas a cerca da interdisciplinaridade e desenvolvimento do seu conhecimento sobre a atual conjuntura sócio-política de uma forma regional e nacional, mostrando que seu campo de estudo vai além das salas de aula e contribuindo para sensibilização e despertar de uma responsabilidade social. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O VI EIV-PARÁ proporcionou aos discentes envolvidos, a construção critico-reflexiva sobre a realidade das lutas de classes, a realidade das questões agrárias e opressões sociais. Através do Estágio Interdisciplinar de Vivência podem-se observar aspectos da organização política dos assentamentos, da organização da produção e sua conformação social e cultural. Dessa forma, contribuindo para a formação de um profissional diferenciado, comprometido com a transformação da sociedade, consciente do papel histórico das organizações populares, e, principalmente, dele próprio enquanto agente desta transformação.

4962 Oficinas Práticas na Saúde Coletiva – ampliar o olhar qualificado do futuro profissional
ana lúcia colabone, Vívian Alflen, Rackel Bien, ana Paula Valadares, maria helena sousa, cid andre gomes, adriano rodrigues oliveira

Oficinas Práticas na Saúde Coletiva – ampliar o olhar qualificado do futuro profissional

Autores: ana lúcia colabone, Vívian Alflen, Rackel Bien, ana Paula Valadares, maria helena sousa, cid andre gomes, adriano rodrigues oliveira

Apresentação: O curso de Fisioterapia da implantou oficinas presenciais no período de estágio visando  o desenvolvimento de atividades que tem como objetivo: Valorizar o saber e o fazer dos futuros profissionais da saúde  interagindo partir da reflexão das práticas de saú­de, baseada no significado da aprendizagem e na perspectiva de transformação das práticas profissionais. Evidenciar práticas e experiências inovadoras na saúde na construção do aprendizado, proporcionando a gestão do conhecimento produzido. Desenvolvimento do Trabalho: Os temas abordados 1. Oficina de atendimento em grupo – primícias de atendimento 2. Oficina de elaboração de técnicas para prevenção e promoção de saúde 3. Oficina de ferramentas de avaliação de qualidade de vida 4. Oficina de reconhecimento de unidades públicas de saúde 5. Oficina sobre conhecimento e aplicação da Classificação Internacional de Funcionalidade 6. Oficina de Matriciamento Sequência Didática da Metodologia aplicada Atividade 01- Oficina de Atendimento em Grupo – Primícias de Atendimento Organização/ Disposição da Sala – Em plenária Apresentação individual Dinâmica do Reforço Positivo/Elogio – entre os alunos - Cada aluno receberá uma folha onde deverá pontuar um elogio ao amigo mesmo sem conhecê-lo, realizar a dinâmica com todos os colegas. Intuito: salientar a importância do reforço positivo tanto com os colegas de trabalho, como com os pacientes e treinar a capacidade de não exercer pré-julgamentos. Após a pesquisa e leitura de artigos, cada grupo irá apresentá-lo salientando os principais pontos, posteriormente serão discutidos os temas e realizada uma reflexão com as seguintes perguntas: 1 – Qual a importância da construção de um grupo de saúde? 2 – Quais os componentes necessários para a construção de um grupo? 3 – Pontue uma ordem de atividades para a construção de um grupo e aponte as devidas funções e a importância de cada uma delas. Questão prática – os mesmos grupos se dividirão novamente e cada um ficará responsável por apresentar de maneira sucinta os seguintes temas: Aquecimento global; Fortalecimento, Relaxamento. Discutir a importância do aquecimento, porque realizá-lo, para que serve, tempo ideal, porque realizar o relaxamento, comando de voz, a importância de explicar o exercício para o usuário, correções, posicionamento do usuário e do terapeuta, fortalecimento repetições x objetivos, intervalo entre as repetições, correção e etc. O porque realizar, como realizar, tempo... Pontuar o que estava correto e sugerir propostas ao que não estava adequado. Posteriormente, salientamos a importância dos aspectos biopsicossociais, a importância do olhar ampliado, a procura de espaços na comunidade, mesmo que o equipamento de saúde tenha um espaço próprio, propostas de ações partilhadas e compartilhadas com outros profissionais. Dinâmica de sensibilização: “De profissional de saúde a usuário do sistema”; Emprestar do AIS-VM sob autorização da Coordenadora do Ambulatório Dra. Luciene Mendes, alguns dispositivos como: tala, bengala, muletas, cadeira de rodas, dentre outros para que os alunos usem e sintam como é ser um portador de necessidades especiais. Intuito: Colocar-se no lugar do usuário do Sistema de Saúde. Para finalizar: uma reflexão em relação as atividades propostas.   Atividade 02- Oficina de elaboração de técnicas para prevenção e promoção de saúde Pontuar na lousa os conceitos de Prevenção de Doenças e/ou Agravos e Promoção de Saúde. Eleger 03 temas para que os alunos desenvolvam a atividade. Por exemplo:  Grupo 01: Doenças Crônicas;  Grupo 02: Quedas,  Grupo 03: Sedentarismo. Cada grupo ficará com um tema. Nos três temas, solicitar para que eles discorram sobre o tema pontuando: - O que é? (Conceito/Definição); Tratamento; Promoção de Saúde, Intervenção Fisioterapêutica. Elaborar material didático sobre o tema abordado anteriormente, como folder, cartazes entre outros.   Dinâmica da “Caixa Surpresa”: O animador  pede que todos fiquem em pé, formando um círculo. Enquanto segura a caixa de papelão explica que dentro da caixa existe uma tarefa para cumprir.Deve explicar que a tarefa tem de ser cumprida sem reclamações e sem ajuda de ninguém. Ao som da música a caixa vai sendo passada e quando a música pára o animador questiona a pessoa que tem a caixa na mão se de facto quer abrir a caixa ou continuar a dinâmica. Dependendo da resposta continua-se ou passa-se ao momento de abrir a caixa e para surpresa de todos encontra-se um chocolate!O principal objetivo desta dinâmica é mostrar como somos inseguros diante de situações que representam perigo ou vergonha e que devemos aprender que podemos superar todos os desafios que são colocados à nossa frente. Desafios podem representar boas surpresas e não necessariamente más notícias. Atividade 03- Oficina de Ferramentas de avaliação de qualidade de vida Pesquisa – qual o significado de qualidade de vida para você e /ou algum conhecido? Artigos de proposta para avaliação em qualidade de vida Listar com o grupo os Instrumentos e pontos positivos e negativos, comparando-os   Dinâmica: “Foco no Usuário do Sistema de Saúde X Pressão Profissional e Pressão Pessoal”. Dinâmica: construção de uma teia com o barbante: cada aluno fala um sonho e um medo, enquanto joga o barbante, dois dos colegas farão o papel dos “opressores”, estourando bexigas e falando com tom de voz alterado ao redor, enquanto falam de seus medos e sonhos, os alunos deverão passar uma bola com os pés ao colega ao lado, “a bola representará os usuários do sistema de saúde”, ou seja, o grande foco profissional. Atividade 04- Oficina de Reconhecimento das Unidades de Saúde Dinâmica da Dança Sênior – Boas Vindas A importância do Acolhimento em uma unidade de saúde Pontos fortes e fracos em uma unidade de saúde e comparar os desafios entre as unidades atendidas Elaborar material que divulgue como é a Unidade de saúde do grupo e sua estrutura organizacional e atividades desenvolvidas Apresentação das unidades   Atividade 05- Oficina de Conhecimento e Aplicação da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) Simular como representação teatral uma patologia de base (exemplo osteoartrose) associada à gravidade, localização, comprometimento, fator emocional, facilitador e barreira. Apresentar sobre a CIF – histórico, objetivos, aplicação, componentes, diferenças da CID-10 (doença X função) e papel do fisioterapeuta. Elaborar caso cínico e classificar. Atividade 06- Oficina de Matriciamento Falar sobre os serviços de saúde e o desempenho da equipe Vocabulários específicos dentro da saúde pública – comunicação Dinâmica para finalizar: “A importância do trabalho em equipe” - Dinâmica: abrir o pirulito sem usar uma mão e a boca. Intuito: mostrar a importância do trabalho em equipe, do pensamento coletivo, da importância de saber pedir ajuda quando necessário e do olhar ao próximo. Resultados: As oficinas foram muito produtivas, os alunos são colaborativos e estão dispostos a aprender com essa nova proposta de atividades.  Produção de conhecimento científico através de trocas das experiências e desafios vivenciados nas Unidades de Saúde. Elaboração de materiais de divulgação nas atividades em grupo com a finalidade de prevenção e promoção de saúde. Índice de absenteísmo reduzido, devido ao elevado grau de comprometimento com o aprendizado do aluno Considerações Finais Projetos já implementados que tenham como base evidências sobre a formação e qualificação dos futuros profissionais de saúde e que apresentam contribuições para a melhoria da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).

3014 Afetando-se com afeto: experiência viva e vivida entre o centro e brejo em São Pedro do Piauí/PI
Letícia Presser Ehlers

Afetando-se com afeto: experiência viva e vivida entre o centro e brejo em São Pedro do Piauí/PI

Autores: Letícia Presser Ehlers

Apresentação: A dimensão da experiência de viver uma outra realidade dentro de seu próprio país abre portas e janelas para construção de outras formas de afetar-se com o que está entre aqui e o mais além de nós mesmos. Ao aventurar-se, desprendemo-nos do centro para a vida na periferia, ao lado de Hermes, em seus (des)caminhos.  Nesta seara, objetiva-se narrar a experiência de uma rondonista universitária gaúcha, da Operação Velho Monge, na troca de vivências e afetos nas oficinas, na cidade e com seus habitantes, entre o brejo (bairro mais distante) e o centro da cidade de São Pedro do Piauí/PI. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência de uma rondonista universitária aberta a novos modos de produzir-se no encontro entre oficinas, lanches compartilhados, conversas por olhares, sensibilidade com a escuta. Ao re(contar) histórias, produzo-me com elas, tornam-se outras, eu também desdobro-me em outros, suas marcas em mim salgam os caminhos até hoje. O encontro com a cidade com suas peculiaridades culturais e locais permite desconhecer-se a si mesmo. São Pedro do Piauí e seus habitantes receptivos aos amarelinhos (o amarelecimento enquanto processo da alquimia que não permite distanciamento e desprendimento com a dimensão do vivido) que, abaixo de chuva, estavam na busca de interessados em compartilhar memórias e histórias, e de reinventá-las. Entre dificuldades de liberação de algumas pessoas de seus serviços, havia aberturas no viver contracorrente e contra o tempo, chuva ou sol, na esquina o encontro com único alimento que a família compartilhava com todos da equipe. A coprodução do cuidado e da saúde encontram lugar ao viver o patrimônio histórico da cidade com uma câmera na mão e outra no afeto, revivendo-a a cada passo nos desvios da sabedoria ancestral, que se retroalimenta nas lembranças dos idosos. Nas oficinas, a sensibilidade com o choro do outro ao ver-se no espelho, a resposta para uma morte de um familiar e a vida como potência de re-existir no brejo. A periferia como possibilidade de caotizar os campos na produção de si. Impactos: Ao buscar afetar-se com o outro, está-se em contato com a sensibilidade em relação ao mundo, ao problematizar os modos de existência, a preocupação é com a estética da existência. O exercício da alteridade sustenta-se e fortalece-se na abertura ao desconhecido, na dissolução dos significados que nos constituíram até então, encontramo-nos com a dimensão do risco e da inventividade. Ao vivermos as potencialidades, os fracassos, as esperas, a lotação do espaço, o compartilhar e o aventurar-se por entre ruas e pessoas na dimensão do afeto, o encontro com um abraço; da presença, a simplicidade de um sorriso. Considerações Finais: É na desterritorialização dos sentidos que desestabilizam-se as fronteiras. Entre Héstia (centro) e Hermes (periferia), o trilhar acompanha os pés e o olhar, ao encontrar fogo, foco, ar e movimento volátil, há a possibilidade de re-existências na arte de viver com e na comunidade (interna e externa), reinventando-se.

3704 Integração universidade - serviço de saúde - comunidade: formação em atenção farmacêutica para preceptores do curso de Farmácia da UFJF-GV
Simone de Araújo Medina Mendonça, Larissa Nunes de Assis, Luisa Assis Sentinele, Mariana Cristina de Assis Ramos, Clarissa Campos Barbosa de Castro, Paulo Henrique Dias de Carvalho, Larissa de Freitas Bonomo, Tiago Marques dos Reis

Integração universidade - serviço de saúde - comunidade: formação em atenção farmacêutica para preceptores do curso de Farmácia da UFJF-GV

Autores: Simone de Araújo Medina Mendonça, Larissa Nunes de Assis, Luisa Assis Sentinele, Mariana Cristina de Assis Ramos, Clarissa Campos Barbosa de Castro, Paulo Henrique Dias de Carvalho, Larissa de Freitas Bonomo, Tiago Marques dos Reis

Apresentação: É de responsabilidade do farmacêutico atender as necessidades farmacoterapêuticas dos pacientes por meio da resolução e prevenção de problemas relacionados ao uso de medicamentos (PRM). Essas ações podem ser concretizadas nos sistemas de saúde com a oferta dos serviços de Gerenciamento de Terapia Medicamentosa (GTM), os quais têm apresentado resultados clínicos, econômicos e humanísticos satisfatórios. Ao prover o serviço de GTM, o farmacêutico deve fazer uma avaliação integral do paciente, tanto em relação ao modo de utilização de medicamentos, como na identificação dos efeitos que estes causam na sua saúde. Deve elaborar planos de cuidado de forma compartilhada com o paciente, realizando intervenções que visam o sucesso da farmacoterapia, assim como monitorar os resultados alcançados pelo paciente. Uma das possibilidades de integrar serviços de GTM no Sistema Único de Saúde é a provisão deste serviço por farmacêuticos do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), uma vez que o Ministério da Saúde preconiza que os mesmos devem desenvolver atividades assistenciais em apoio às equipes da Estratégia Saúde da Família. O município de Governador Valadares – MG conta atualmente com oito farmacêuticos atuando no NASF, porém a prática clínica dos mesmos não está sistematizada, o que dificulta a avaliação de seu impacto na saúde da população. Visando contribuir com melhorias nessa situação, assim como qualificar os processos de trabalho de potenciais preceptores da graduação em Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora, campus Governador Valadares, uma equipe de docentes, técnicos e discentes propôs parceria com a secretaria de saúde para oferecer formação e apoio técnico-científico para a sistematização da prática clínica dos farmacêuticos do NASF, tendo o GTM como referência. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um projeto de extensão universitária em interface com pesquisa. As ações de extensão estão em execução desde agosto de 2017, sendo estruturadas da seguinte forma: * Curso teórico-prático em atenção farmacêutica: Para a formação inicial em atenção farmacêutica, docentes, técnicos administrativos em educação e estudantes de graduação em Farmácia organizaram casos clínicos como estratégia didática para a qualificação. Tais casos foram o ponto de partida para o ensino do processo racional de tomada de decisões em farmacoterapia, da saúde baseada em evidências e da prática centrada no paciente. Foram quatro encontros ao longo do segundo semestre de 2017, sendo um encontro por mês com duração de 4h. No intervalo entre os encontros, os participantes puderam ter acesso a materiais do curso, enviar atividades e ter contato com a equipe da universidade por meio de um ambiente virtual de aprendizagem. As estudantes do projeto de extensão foram responsáveis por administrar tal ambiente. As atividades do semestre foram encerradas com um evento em que tanto a equipe da universidade quanto os farmacêuticos do serviço de saúde puderam aprofundar os estudos teóricos sobre a prática, contando com a presença de docente de outra instituição, expert na área. O projeto terá continuidade em 2018, tendo como base a teoria da aprendizagem experiencial. Para isso, a equipe da universidade oferecerá apoio in loco aos farmacêuticos do NASF, exercendo funções assistenciais nos campos de prática, envolvendo-os de forma gradual e com responsabilidades crescentes no cuidado direto ao paciente. Paralelo às atividades práticas, serão desenvolvidos encontros na universidade para reflexão e conceituação abstrata sobre as vivências, com retorno à prática, de forma espiralada, no intuito de transformar a experiência clínica em conhecimento clínico. Simultaneamente, haverá a realização de simulações e treinamento de habilidades, conforme necessidades educacionais percebidas na prática. * Grupo de Estudos em Gerenciamento da Terapia Medicamentosa: Também em 2018 está prevista a instituição de encontros quinzenais para discussões de casos clínicos, protocolos e diretrizes terapêuticas, além de textos que deem embasamento teórico para as atividades em desenvolvimento. A gestão dos serviços de GTM ofertados pelos farmacêuticos do NASF também será alvo de estudos neste grupo. Pretende-se formalizar, junto à Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares, o caráter de programa de educação permanente do referido grupo, respaldando a contabilização do tempo de participação no mesmo como carga horária de trabalho dos farmacêuticos do NASF. Tal estratégia permitirá maior adesão dos profissionais à ação de extensão, possibilitando a plena efetivação da mesma. Vale ressaltar que a participação da equipe da universidade na rotina de trabalho do profissional está sendo planejada de forma conjunta, evitando interferir negativamente na mesma e preocupando-se em manter o máximo possível a organização da unidade de saúde onde as ações serão desenvolvidas. As ações de pesquisa visam gerar conhecimentos sobre o processo de formação em atenção farmacêutica de profissionais já inseridos no sistema de saúde, como os farmacêuticos NASF, os quais não tiveram formação clínica em seus currículos de graduação. Logo, compreender como se dão processos educacionais que tenham potencial de gerar mudanças no exercício profissional em benefício de pacientes e do sistema de saúde é um tipo de conhecimento de grande relevância. Além disso pretende-se compreender o processo de definição de atribuições dos diferentes atores envolvidos na integração universidade - serviço de saúde - comunidade, estratégia ainda pouco explorada nas graduações em Farmácia no Brasil. Para atingir tais objetivos, está sendo utilizada a pesquisa qualitativa com emprego do método de observação participante durante os encontros presenciais do curso. Tal escolha se justifica pela potencialidade das análises qualitativas em compreender e interpretar de forma holística fenômenos como aqueles que são objeto dessa investigação. O mesmo será feito em 2018, nas atividades de apoio in loco e nos encontros na universidade. Serão ainda realizadas entrevistas semi-estruturadas e grupos focais com todos os participantes (farmacêuticos e equipe da universidade), com posterior análise temática dos dados. As ações de pesquisas serão financiadas com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), via edital Pesquisa Para o SUS (PPSUS). Resultados e/ou impactos: Um dos principais resultados alcançados até o momento é o engajamento dos farmacêuticos do serviço de saúde nas atividades propostas, com nítido desenvolvimento das competências iniciais pretendidas. Outro resultado que já podemos observar é a melhor integração entre as equipes da universidade e do serviço de saúde, uma vez que os encontros têm permitido momentos não apenas de formação profissional, mas de estreitamento de laços e fortalecimento da noção de corresponsabilidade pelo sucesso do sistema de saúde. Esperamos que as ações previstas para 2018 promovam o avanço no desenvolvimento de competências clínicas pelos farmacêuticos, assim como incremente ainda mais a cooperação interinstitucional. Considerações finais: Ao buscar a aproximação com o serviço de saúde e a comunidade, a equipe deste projeto pretendeu melhorar os processos de trabalho dos farmacêuticos do SUS, melhorando consequentemente a formação dos estudantes de Farmácia e gerando benefícios para os pacientes no presente e no futuro. Acreditamos que a missão da universidade é promover a formação de futuras gerações de profissionais, interferindo também nos processos educacionais dos atuais trabalhadores do sistema de saúde. Assim, completa-se um ciclo em que o aprendiz pode espelhar-se e almejar a carreira de excelentes profissionais da rede, e não somente de professores e outros profissionais da própria universidade. O que é ensinado na universidade deixa de ser utopia para se tornar algo palpável e factível no mundo real.