19: Integração ensino-serviço: experiências e desafios
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 01 Sala 01 - Abacaba    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1864 Assistência de enfermagem frente aos impactos biopsicossociais de uma pessoa com hanseníase virchowiana
Karina Sayuri Sugano Chiu, Kelly Thiemi Ferreira Kato, Luciana Aparecida da Cunha Borges, Margarete Knoch, Alzira Messias Pedro

Assistência de enfermagem frente aos impactos biopsicossociais de uma pessoa com hanseníase virchowiana

Autores: Karina Sayuri Sugano Chiu, Kelly Thiemi Ferreira Kato, Luciana Aparecida da Cunha Borges, Margarete Knoch, Alzira Messias Pedro

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa negligenciada de notificação compulsória. O agente etiológico é o bacilo Mycobacterium leprae, que afeta a bainha de mielina dos nervos e provoca manifestações clínicas nervosas, cutâneas e sistêmicas. A doença hanseníase é classificada clinicamente em indeterminada, tuberculóide, dimorfa e virchowiana. Esta última apresenta, na maioria dos casos, maior comprometimento cutâneo e dos troncos nervosos, além de complicações nos órgãos internos. Em decorrência, a pessoa com hanseníase pode apresentar incapacidades na face, mãos e pés. Este quadro pode provocar impactos negativos na vida cotidiana e traumas psicológicos, dificultando a interação social, somado ao forte estigma da doença na sociedade. Neste sentido, a assistência à pessoa com hanseníase deve ser integral e humanizada. Objetivo: Realizar assistência integral, aplicando a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a uma paciente com hanseníase virchowiana. Metodologia: Relato de experiência realizado durante as atividades práticas do Curso de Enfermagem - INISA da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em uma UBSF em Campo Grande – MS, no período de janeiro a março de 2017. Resultados: A aplicação da SAE iniciou com o Histórico de Enfermagem, para conhecimento e estabelecimento de vínculo com a paciente que se encontrava em tratamento prolongado de 36 meses e apresentava reações de hiperpigmentação da pele, decorrentes da medicação. Os principais Diagnósticos de Enfermagem identificados foram: Disposição para melhora do autocuidado; Risco de integridade da pele prejudicada; Risco de lesão térmica; Risco de olhos secos; e Risco de dignidade humana comprometida. O Planejamento de Enfermagem teve como objetivos contribuir para o empoderamento e incentivo a autonomia da paciente para a execução do autocuidado; acompanhar a reavaliação clínica. Foram realizadas várias ações para estabelecimento de confiança e co-responsabilidade com a paciente, familiares e equipe. Nesta etapa foi fundamental o acompanhamento da paciente às consultas médicas e exames laboratoriais em um serviço de referência, possibilitando uma abordagem clínica adequada. A implementação da Assistência de Enfermagem compreendeu também atividades de educação em saúde durante as visitas domiciliares sobre as práticas de autocuidado em relação aos olhos e a pele, além do enfrentamento positivo da percepção da autoimagem. Na Avaliação de Enfermagem, observamos a aceitação e adesão da paciente às propostas e o seu conhecimento de estratégias de autocuidado a fim de diminuir os riscos físicos, os impactos psicológicos e auto perceptivos negativos. Considerações finais: O desenvolvimento da assistência de enfermagem demonstrou a eficácia das ações planejadas e executadas, segundo os princípios científicos e éticos. Foi significativo, enquanto cuidadores, compreender o papel do enfermeiro no diagnóstico precoce da doença, prevenção de complicações, deformidades e/ou incapacidades. Destacamos também, o desenvolvimento de estratégias que minimizem, ou mesmo eliminem, o estigma e o preconceito da doença na sociedade, assegurando a qualidade de vida da paciente e tornando-a protagonista das medidas de autocuidado. A atenção a pessoa com hanseníase requer a manutenção de um vínculo profissional-paciente forte para a efetividade de uma assistência integral.

1869 Integração ensino-serviço: uma relação benéfica entre acadêmicos e comunidade.
Natália Bernardes, Giovana Bernardes, Mateus Araújo Silva

Integração ensino-serviço: uma relação benéfica entre acadêmicos e comunidade.

Autores: Natália Bernardes, Giovana Bernardes, Mateus Araújo Silva

• Apresentação: Este trabalho é baseado em vivências de integração ensino-serviço-comunidade realizada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) em conjunto com a Unidade Básica de Saúde (UBS) Luiz Meneghello, ambas localizadas em Uberaba-MG. Os acadêmicos de medicina dos X e XI períodos, ao cursarem o Estágio Supervisionado em Medicina Geral e Comunitária, são convidados a vivenciar o dia-a-dia da UBS, conhecendo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a Estratégia de Saúde da Família (ESF) atuante, seus integrantes e serviços prestados, o território abrangido, a população adscrita e os desafios encontrados. No que tange ao ensino, além do aporte teórico-prático oferecido, são realizadas discussões com os preceptores e, ao final, os alunos são incumbidos de detectar problemas enfrentados na unidade e propor uma solução viável para o principal problema detectado. Tal projeto de intervenção é então apresentado em forma de seminário aos professores e colegas. Desse modo, a integração ensino-serviço-comunidade é promovida. • Desenvolvimento: Ocorreu durante o mês de setembro de 2015 e teve como metodologia: visitar as instalações da unidade; analisar dados obtidos, especialmente o consolidado mensal; conhecer a ESF e acompanhar a rotina dos profissionais, realizando consultas médicas preliminares, visitas domiciliares junto ao médico de família e às agentes comunitárias de saúde (ACS); participar de aulas destinadas à comunidade; acompanhar ativamente as atividades dos grupos complementares; colher informações com os profissionais e usuários da rede. Resultados: A unidade foi fundada em 1982. Possui uma recepção, um arquivo, um almoxarifado, quatro consultórios médicos, sendo um ginecológico e outro pediátrico/fonoaudiológico, um consultório odontológico, uma sala de vacinas, uma sala de nebulização, uma sala de enfermagem, copa, cozinha e dois banheiros. A UBS possui materiais para curativos simples e retirada de pontos, porém não há sala específica para tais tarefas. Também não há material de sutura, por isso os pacientes devem ser encaminhados a um pronto atendimento para realizá-la. Os materiais disponíveis na unidade são: estetoscópio, esfigmomanômetro, balança, régua, fita métrica, otoscópio, sonar, nebulizadores, oxímetro e hemoglicoteste. Há também medicamentos para tratamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM), tuberculose e hanseníase, além de vacinas ofertadas pela rede pública. Na UBS Luiz Meneghello, funciona uma ESF chamada Volta Grande, que foi estruturada em 2002, seis anos após o início da implantação da Estratégia de Saúde da Família em Uberaba. A ESF Volta Grande atende a população dos conjuntos Margarida Rosa Azevedo e Mário Franco, e desde sua formação, atua na referida UBS. No entanto, por falta de espaço físico adequado, algumas atividades são realizadas no salão paroquial da Igreja Cristo Bom Pastor, que fica próxima à unidade. As ESFs, de modo geral, são uma das principais portas de entrada do sistema de saúde, e baseiam-se nos princípios de territorialização, descentralização, intersetorialidade e equidade. Todas as atividades realizadas buscam promoção, prevenção, recuperação e reabilitação de doenças e agravos de saúde. O objetivo da ESF é prestar atendimento de qualidade, integral e humano à população, com atenção centrada na família, para prevenção e promoção da saúde. A ESF Volta Grande é composta por: um médico generalista, uma enfermeira, uma técnica em enfermagem, uma dentista, uma auxiliar de dentista e três agentes comunitárias. Nessa UBS trabalham, além da ESF, dois médicos generalistas, dois ginecologistas e duas psicólogas. As atividades complementares ofertadas na UBS consistem em: HiperDia, semanalmente, para aferição de pressão arterial e glicemia, atendimento médico para esclarecer sobre medicação, dieta, atividade física e checar exames; grupo de tratamento ao tabagismo; grupo de atividade física que realiza caminhadas supervisionadas com a população duas vezes na semana e um grupo de alongamento com fisioterapeuta uma vez por semana. Há também, semanalmente, a atuação do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), responsável pelo matriciamento e atenção à saúde mental. Sobre a população, segundo dados do SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) de 2008, a área de abrangência da ESF Volta Grande, possui 1.079 famílias cadastradas e cerca de 5.000 habitantes, na qual predomina o sexo feminino (53,86%) e faixa etária de 20 a 39 anos. As condições de moradia da região são consideradas boas, com casas de alvenaria. Todo o conjunto possui energia elétrica. A maioria das famílias têm acesso ao saneamento básico e coleta de lixo. Contudo, existem áreas de risco na região como a rodovia BR-050, em que não há passarelas para pedestres. Ao fim das atividades do período, o consolidado mensal foi de: 8 encaminhamentos médicos para atendimento especializado e nenhum para urgência ou emergência; 333 visitas domiciliares, sendo 8 realizadas por médico, 27 por enfermeiros, nenhuma por dentista e 298 por ACS; 148 consultas médicas, sendo 84 com pacientes com idade igual ou superior a 60 anos e 24 com pacientes entre 50 e 59 anos, destas, 111 por demanda agendada e 37 por demanda imediata. Durante as visitas, foram relatadas 5 hospitalizações e um óbito. Notou-se maior demanda da UBS por pacientes idosos e com doenças crônicas, sendo DM e HAS as principais, além de poucos encaminhamento para os níveis de atenção necessários. A partir disso, foi possível aumentar a vivência das teorias explanadas em sala de aula, reconhecer as limitações do SUS e formular alguns diagnósticos situacionais presentes na UBS. Dentre eles, observou-se: infra-estrutura deficiente; quantidade insuficiente de ACS; falha no processo de referência e contra-referência; demanda elevada em atenção à saúde mental. Os acadêmicos priorizaram a atenção à saúde mental, tendo em vista que, apesar do apoio oferecido pelo NASF, a quantidade de serviços ofertados era muito menor que a demanda populacional. Sabendo da escassez de recursos e da limitação de investimentos na área, buscou-se uma solução pautada na iniciativa local e participação da comunidade, independente de órgãos superiores e de questões burocráticas-financeiras, como por exemplo a contratação de mais profissionais para a equipe ou reformas nas instalações. Por conseguinte, desenvolveu-se um projeto de intervenção baseado na criação de "Oficinas de Artesanato” realizadas pelos próprios usuários, nas quais seria possível desenvolver suas capacidades criativas e expressão de sentimentos por meio do trabalho manual e coletivo. Sugeriu-se, que de modo auto-sustentável, houvesse arrecadação de matéria prima reciclada da comunidade, bem como geração de renda através de bazares realizados em parceria com instituições locais. Desse modo, seja por meio da venda da produção das oficinas ou da apropriação pessoal é possível que o usuário, habitualmente rotulado como improdutivo, seja revalorizado de modo sociocomportamental, com melhora da auto-estima, crescimento de suas potencialidades e até redução do uso de medicamentos. Ademais, o desenvolvimento das habilidades artesanais poderia servir como renda complementar. Em suma, a criação das oficinas permite fortalecer as relações interpessoais e UBS-paciente, promovendo saúde a despeito das dificuldades encontradas no sistema de saúde local. •Considerações finais. Este relato de experiências evidenciou que a integração ensino-serviço-comunidade faz-se proveitosa ao gerar mais conhecimento e resolubilidade, e auxiliar na consolidação da teoria com uma visão crítica, contribuindo para o processo de formação profissional na área da saúde, em uníssono com as diretrizes e princípios do SUS. O que é benéfico tanto aos usuários do serviço quanto aos futuros profissionais.

1875 ENSINO PERAMBULANTE: UM CHOQUE DE REALIDADE PARA APRENDER MEDICINA
Adilton Correa Gentil Filho, Beatriz Cavalcante de Carvalho, João de João Oliveira Leitão Limeira, Ianca Clara Gomes de Almeida, Tainah Bezerra Pinheiro, Thomás Benevides Said, Vanessa Ribeiro Ferreira, Antônio de Pádua Quirino Ramalho

ENSINO PERAMBULANTE: UM CHOQUE DE REALIDADE PARA APRENDER MEDICINA

Autores: Adilton Correa Gentil Filho, Beatriz Cavalcante de Carvalho, João de João Oliveira Leitão Limeira, Ianca Clara Gomes de Almeida, Tainah Bezerra Pinheiro, Thomás Benevides Said, Vanessa Ribeiro Ferreira, Antônio de Pádua Quirino Ramalho

A aproximação do acadêmico da realidade da população, para favorecer melhor conhecimento das existências singulares das pessoas em face de seus contextos cultural, social e econômico, contribui para uma adequada formação médica.  Um dos marcos da disciplina de Saúde Coletiva IV foi a produzir oportunidades aos alunos de atuarem em “consultórios na rua”, que foram realizados em dois momentos durante o semestre. Esses encontros clínicos carregam o objetivo de expor os alunos à vida como ela é: às adversidades que podem ser encontradas neste ofício e a peculiaridades em que se acham os pacientes vivendo em situação de rua. O primeiro atendimento foi realizado no salão destinado a eventos de uma igreja, localizada no centro da cidade. Separados em grupos, por orientação do professor e dispondo de folhas de encaminhamento e prescrição médica, os alunos iniciaram os atendimentos, os quais foram marcados pela heterogeneidade de casos, exigindo dos estudantes a habilidade de correlacionar a história clínica e o exame físico do paciente com o cenário que estes se encontram, bem como a eficiência em considerar essas circunstâncias na escolha da conduta, o que foi uma das dificuldades apresentadas, visto que essa foi a primeira atividade nesse modelo realizada pela turma. Na segunda atividade, percebeu-se que os acadêmicos estavam mais preparados para a realidade que viriam a enfrentar, atuando melhor nos atendimentos. Essa foi realizada em uma casa onde voluntários prestam apoio a despossuídos. Também divididos em grupos, atendeu-se mais pessoas e houve a impressão de que se conduziu melhor os casos. Foi interessante notar como a abordagem médica deve moldar-se às realidades dos pacientes e dos locais onde nos encontramos. Apesar de ter um modelo como base, cada pessoa necessita de um olhar diferenciado do profissional, um pouco do se pôde praticar durante essa ação. Atender pessoas em situação de rua é, indiscutivelmente, importante para a formação do médico, pois o contato com a população à margem da sociedade destaca, ainda mais, o papel social do profissional. Além disso, a atividade faz uma referência aos consultórios na rua, estratégia da Política Nacional de Atenção Básica, que visa ampliar o acesso à saúde para as pessoas sob condições vulneráveis e garantir a atenção integral. Dessa forma, ao identificar os reais problemas e necessidades desses indivíduos, os acadêmicos são extremamente enriquecidos com a troca de experiências com a comunidade e tornam-se, futuramente, profissionais com olhares mais humanizados. Diante disso, é notável a grande contribuição que o ensino fora dos hospitais pode trazer à formação profissional dos acadêmicos de medicina, pois, assim, eles são capazes de, não somente, ver a realidade da população, como podem observar as doenças e os riscos que as pessoas estão sujeitas em seus territórios. Por fim, conclui-se que atividades como as citadas nesse trabalho devem ocorrer mais vezes, a fim de contribuir ainda mais para formação ética do acadêmico de medicina, ao promover o ensino sobre abordagem a pessoas e não somente o ensino do manejo de doenças. 

1909 Práticas na disciplina de interação ensino, serviço e comunidade: construção do ensino-aprendizagem crítico-reflexivo na atenção primária em saúde
Ana Paula Garcez Amaral, Daniele Feliciani Taschetto

Práticas na disciplina de interação ensino, serviço e comunidade: construção do ensino-aprendizagem crítico-reflexivo na atenção primária em saúde

Autores: Ana Paula Garcez Amaral, Daniele Feliciani Taschetto

Apresentação: Para formar profissionais de saúde preparados para atender as novas exigências da sociedade e cuja prática atenda aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), nas formulações pedagógicas das universidades devem ser consideradas: a capacidade de análise do contexto das práticas que realizam; a compreensão do processo de trabalho em saúde; o exercício da comunicação no cuidado em saúde; a atenção a problemas e necessidades de saúde; o senso crítico com relação às intervenções realizadas; e o permanente questionamento sobre o significado de seu trabalho. Além disso, a formação ainda necessita centralizar a promoção da saúde, trabalhando o conceito de saúde como qualidade de vida, o processo de trabalho na interdisciplinaridade, o desenvolvimento de habilidades para a ação social e a capacitação para a educação em saúde, a fim de formar, ao mesmo tempo, bons profissionais e bons cidadãos (VILLARDI, 2015). Dessa maneira, o curso de Medicina possui dentro de sua grade curricular as atividades práticas da disciplina de Interação Ensino, Serviço e Comunidade até o 8º semestre. Estas têm por objetivo a compreensão do processo saúde-doença em uma comunidade real, onde são realizadas práticas dos programas de saúde existentes no SUS e atividade clínicas na Estratégia Saúde da Família (ESF) e Unidade Básica de Saúde (UBS), considerando a Atenção Primária em Saúde (APS). Além disso, são enfatizados os princípios do SUS, o que possibilita a abordagem de questões complexas, como a relação médico-paciente e a ética profissional (MEDICINA UNIFRA, 2016). Neste contexto, o presente artigo tem por objetivo relatar a experiência de acadêmicos de Medicina, ao longo do segundo semestre de 2017, ao acompanhar as atividades de uma ESF e de uma UBS em uma cidade no sul do Brasil. Desenvolvimento do trabalho: Para modificar as relações de trabalho que compõem o SUS, faz-se necessário que se modifique a maneira de ensinar os acadêmicos da área da saúde. Assim, as novas diretrizes curriculares do curso de Medicina priorizam uma aprendizagem ativa baseada em problemas, com a intenção de que os alunos desenvolvam uma visão crítico-reflexiva sobre o que vivenciam. O papel do professor, nesse sentido, constitui em instigar o aluno a refletir sobre a realidade em que está vivendo sua formação profissional, tendo como finalidade à elaboração dos desempenhos para a construção da autonomia no processo de busca das informações e transformação delas em conhecimento, além da formulação do pensamento crítico (CHIRELLI, 2004). Como consequência, exercitar com os alunos uma pedagogia crítica, gera a possibilidade de solução dos problemas e, saber considerar as vantagens e desvantagens em que cada uma pode acarretar para a situação em questão. Ademais, o aluno torna-se um participante ativo da realidade em que está inserido, emitindo sua opinião e sabendo como apresentá-las para a equipe e para a comunidade, além de exercer seu poder de argumentação. Habilidades, estas, construídas ao longo do curso (CHIRELLI, 2004). O profissional que trabalha dentro da APS no SUS deve saber trabalhar em equipe, buscando soluções conjuntas para os problemas identificados. Assim, faz-se imprescindível desenvolver a capacidade de saber lidar com as situações que surgirem, mobilizando conhecimentos, habilidades e atitudes. Resultados e/ou impactos: Nos campos de prática, inicialmente, a equipe multiprofissional demonstrou dificuldade de entrosamento e receptividade com os alunos. Nesse sentido, no primeiro momento, não disponibilizaram informações sobre o funcionamento da UBS. Isso ocorreu provavelmente porque se trata de um contato novo, onde vínculos precisam ser construídos na busca da real inserção dos acadêmicos no serviço. Na última semana de prática, um breve vínculo com a equipe se consolidou e foi possível dialogar sobre o funcionamento das unidades. Na ESF, local com mais tradição em receber acadêmicos de diferentes áreas da saúde, a recepção foi mais atenciosa. Na ESF ocorreu a oportunidade de aprender sobre a Gestão Autônoma da Medicação – GAM. Segundo esta metodologia, usuários de fármacos psiquiátricos devem ser estimulados a conhecer e reconhecer os efeitos desses medicamentos, a doença que possuem e a respectiva interação entre eles. Isso proporciona que o próprio usuário, de modo responsável, possa contribuir com o médico na prescrição e tratamento. Busca, ainda, que os usuários conheçam quais são seus direitos e que saibam que podem decidir se aceitam ou recusam as diferentes propostas de tratamento. Assim, dois princípios importantes da GAM são: o direito à informação e o direito a aceitar ou recusar os tratamentos. Para a GAM, a participação das pessoas nas decisões sobre os seus tratamentos é algo central (GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃO, 2014). Infelizmente, muitas políticas que existem dentro do cotidiano dos serviços de saúde não são trabalhadas dentro das salas de aula, o que mostra que é fundamental a vivencia prática para complementar o ensino teórico. Outrossim, observamos o atendimento de um menino de 2 anos extremamente parasitado por Ascaris Lumbricoides. A criança foi acolhida pela equipe de enfermagem e a médica recebeu informações sobre a criança da equipe e receitou uma medicação que a farmácia do SUS não oferece. Por essa razão, alguns profissionais preocuparam-se com a possibilidade da família não adquirir o fármaco em razão de seu baixo poder aquisitivo e do elevado valor do fármaco. No dia posterior à consulta, uma agente comunitária de saúde visitou a família e soube que a criança havia recebido a medicação. No último contato, soube-se que o acompanhamento estava sendo planejado para criança e sua família. Desta forma, fica claro a importância do trabalho em equipe da APS e de conhecer a realidade da população que é atendida. Durante as práticas, há encontros com o professor e os demais colegas que estão nas práticas em outras UBS/ESF. Essas reuniões constituem em espaços onde se compartilham as vivências e, com auxílio do professor, entende-se melhor determinadas situações, como, por exemplo, o funcionamento e a organização das equipes da APS. Considerações finais: Vivenciar a rotina dos serviços de saúde permite perceber suas peculiaridades e diferenças. Assim, auxilia na construção da formação profissional, ao passo que se conhece e aprende a lidar com diferentes aspectos, desde questões com foco exclusivamente prático e de cunho acadêmico até questões mais complexas que envolvam pessoas, suas crenças, expectativas e sistematização. O espaço de diálogo com colegas que realizam práticas em outros campos nos faz refletir sobre as peculiaridades das diversas regiões da cidade e, também, nos apresenta novas visões sobre o que é APS, sua eficácia e fragilidade. Referências: CHIRELLI, Mara Quaglio; MISHIMA, Silvana Martins. O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM CRÍTICO-REFLEXIVO. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 3, n. 57, p.326-331, jun. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n3/a14v57n3.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017. GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃO – Guia de Apoio a Moderadores. Rosana Teresa Onocko Campos; Eduardo Passos; Analice Palombini et AL. DSC/FCM/UNICAMP; AFLORE; DP/UFF; DPP/UFRGS, 2014. Disponível em: <http://www.fcm.unicamp.br/fcm/laboratorio-saude-coletiva-e-saudemental-interfaces>. Acesso em: 02 de novembro 2017. PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MEDICINA. Vanilde Bisognin; Léris Salete Bonfanti Haeffner; Carina Kilian et al. Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina, 2016. Disponível em: <http://wwww.unifra.br/site/pagina/conteudo/27>. Acesso em: 02 de novembro 2017.  

1841 GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM: A AÇÃO DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO EM UM NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
Aryanne Lira dos Santos Chaves, Alexandre Tadashi Inomata Bruce, Gabriella Martins Soares, Indira Silva dos Santos, Nayara da Costa de Souza, Naiara Ramos de Albuquerque, Eliana Brasil Alves

GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM: A AÇÃO DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO EM UM NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Autores: Aryanne Lira dos Santos Chaves, Alexandre Tadashi Inomata Bruce, Gabriella Martins Soares, Indira Silva dos Santos, Nayara da Costa de Souza, Naiara Ramos de Albuquerque, Eliana Brasil Alves

Introdução: Segurança do Paciente envolve ações promovidas pelas instituições de saúde para reduzir a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prioriza dois desafios globais na área de Segurança do Paciente: reduzir a infecção associada ao cuidado em saúde, por meio de campanha de higienização das mãos e, promover a cirurgia mais segura. Além de demais metas internacionais para que o paciente não sofra algum tipo de dano que poderia ser evitado através de estratégias de prevenção para Segurança do Paciente. No Brasil, as metas para Segurança do Paciente baseadas nas metas internacionais da OMS, são coordenadas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante as práticas da disciplina Gestão em Enfermagem, acerca do papel da enfermagem no gerenciamento no Núcleo de Segurança do Paciente. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo tipo relato de experiência dos acadêmicos da Universidade Federal do Amazonas. Os acadêmicos conheceram protocolos implantados no hospital, fichas de notificação de casos e realizaram investigação de notificações. Como contribuição gerencial realizaram diagnóstico situacional e utilizaram a ferramenta 5W3H para elaborar um plano de ação. Resultados: Como ganho de conhecimento sobre gestão em enfermagem a vivência junto ao enfermeiro gestor foi primordial para a formação acadêmica. Realizar o diagnóstico situacional demonstra a importância da disciplina na preparação dos futuros profissionais. O envolvimento do enfermeiro na gestão na Segurança do Paciente é basilar à implantação de estratégias seguras para o paciente, profissionais e para instituição atuando como articulador das diversas unidades do hospital que gerenciam riscos e promovem ações de qualidade dos serviços. Conclusão: Para que a segurança do paciente se torne uma realidade são necessárias ações de diferentes naturezas e a importância da inserção deste tema na formação do enfermeiro para que possa contribuir com a qualidade da assistência.

2026 EXPERIENCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II DE ENFERMAGEM - 2016
Genice Lemos Campos, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Cássia de Oliveira Moraes, Adriene Araújo Fernandes, Êmille Beltrão dos Santos, Lainara Castelo dos Santos, Roberto Divino Batista

EXPERIENCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II DE ENFERMAGEM - 2016

Autores: Genice Lemos Campos, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Cássia de Oliveira Moraes, Adriene Araújo Fernandes, Êmille Beltrão dos Santos, Lainara Castelo dos Santos, Roberto Divino Batista

Apresentação: A formação de um profissional para o mercado de trabalho não pode ser marcada apenas pela teoria, é preciso que ele conheça seu espaço de atuação e é no estágio supervisionado que se encontra a oportunidade do mesmo expandir conhecimentos, associando a teoria à prática. Portanto, é no estágio supervisionado que se obtém a chance de relacionar-se de maneira profissional com os funcionários da instituição e com os próprios colegas, desempenhando uma atividade essencial no trabalho em enfermagem, que é o trabalho em equipe. O estágio supervisionado é componente curricular obrigatório das estruturas curriculares dos cursos de graduação da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. A disciplina de Estágio Curricular II realizada no Instituto de Saúde e Biotecnologia é desenvolvida nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, dentro do Programa de Estratégia de Saúde da Família, e tem como objetivo a realização de ações por parte do aluno que demonstrem o seu conhecimento nas competências e habilidades (técnicas e interpessoais) necessárias ao enfermeiro da rede básica de saúde. Desta forma, este trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada pelos acadêmicos de Enfermagem da UFAM, através do Estágio Supervisionado II referente ao décimo período, desenvolvido junto a Unidade Básica de Saúde Henrique Octávio Pool, localizada no bairro Duque de Caxias no município de Coari - AM, no período de 20 de junho a 19 de agosto de 2016. Desenvolvimento do trabalho: Seguindo a rotina da unidade e o cronograma de atendimento de enfermagem da mesma, nos organizamos de modo para que todos passassem por todos os setores relevantes. Dentre as ações realizadas, destacaram-se prestação de assistência aos usuários com consultas previamente agendadas e também demanda espontânea, bem como controle, organização e acompanhamento das frequências de consultas nos programas funcionantes na UBS, visitas domiciliares, realização de busca ativa, educações em saúde e para a saúde, solicitação de exames quando necessário, prescrição e solicitação de novas consultas para avaliação de resultados, entre outros. Resultados: Este estágio nos proporcionou a oportunidade de praticar tudo aquilo que viemos aprendendo ao longo de cinco anos, nos deu autonomia quanto a frente de algumas situações, além de nos oferecer o amadurecimento como profissionais atuantes de uma UBS, nos preparando para o futuro mercado de trabalho. Pudemos colocar em prática nossos próprios projetos, observar como a rotina de uma unidade possui suas próprias particularidades, metodologia utilizada, complexidade, e trabalho em equipe diversificado, uma vez que o problema de uma pessoa na comunidade não é só do enfermeiro e sim de todos que trabalham nesta atenção, otimizando o trabalho multiprofissional, e sabendo a hora de intervir frente as adversidades. Considerações Finais: Assim concluímos que observar de forma geral e particular as necessidades dos indivíduos, saber como intervir e orientar foi uma experiência gratificante e enriquecedora para todos os envolvidos, além de conhecer sobre a dinâmica de um local como este, aprender a desenvolver cada um sua própria identidade profissional, foram algumas das lições citadas desta interação.  

2029 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I DE ENFERMAGEM – EXPERIÊNCIA DO TEATRO COMO FORMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS
Genice Lemos Campos, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Cássia de Oliveira Moraes, Raylesson de Oliveira da Silva, Lainara Castelo dos Santos, Evelyn Janaína Barão, Êmille Beltrão dos Santos

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I DE ENFERMAGEM – EXPERIÊNCIA DO TEATRO COMO FORMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS

Autores: Genice Lemos Campos, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Cássia de Oliveira Moraes, Raylesson de Oliveira da Silva, Lainara Castelo dos Santos, Evelyn Janaína Barão, Êmille Beltrão dos Santos

Apresentação: A disciplina Estágio Curricular I faz parte da grade curricular obrigatória do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, referente ao nono período do curso de Bacharel, que ocorre sob a supervisão de docentes enfermeiros, tendo o objetivo de proporcionar o desenvolvimento de habilidades, competências humana e técnico-cientifico para o desenvolvimento da assistência de enfermagem integral à saúde dos usuários além de uma visão ampla e concreta de sua futura profissão. Este trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada pelos acadêmicos de Enfermagem da UFAM, através das aulas práticas desenvolvidas em Janeiro de 2016 na ala da pediatria do Hospital Regional de Coari-AM, Dr. Odair Carlos Geraldo em uma parte do Estágio Curricular I. Desenvolvimento do trabalho: Durante o decorrer do mesmo foram apresentadas palestras, peça teatral, orientações e outros, tanto para as crianças quanto para seus responsáveis com o objetivo de promover atividades de Educação em Saúde, destacando-se aqui a parte teatral voltada para as crianças, fazendo-se presente neste contexto como estratégia pedagógica lúdica, com um enfoque criativo, facilitando à aproximação, o diálogo, despertando curiosidade, e firmando o compromisso com a saúde não só na área técnica, mas também na preventiva; inicialmente foi realizado um levantamento com as principais causas de internações pediátricas no local, e observou-se que em sua maioria decorriam por gastroenterocolite aguda, sendo direcionada desta forma a temática da peça, intitulada Corpinho Saudável, mostrando de forma dinâmica a importância da higienização dos alimentos, das mãos, do ambiente, dentre outros, para que todos conseguissem assimilar e praticar hábitos saudáveis. Resultados: A prática realizada neste período ajudou para a inserção dos estudantes na rotina de trabalho da equipe de saúde, experiência para desenvolver atividades de acordo com cada especificidade, auxiliando desta forma no seu amadurecimento crítico, criativo, autônomo, responsável e de trabalho em equipe. Considerações Finais: Formando assim, profissionais humanizados que além da prestação de serviços técnicos preocupam-se com a melhoria da condição social em que o usuário se encontra, desenvolvendo ações primordiais para uma saúde de qualidade.

2725 LUDICIDADE NA SAÚDE E O CONHECER PARA COMBATER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÕES DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Sheyla Mara Silva de Oliveira, Andreza Dantas Ribeiro, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Brenda dos Santos Coutinho, Isabela Maria da Costa Buchalle, Isabela Maria da Costa Buchalle, Renan Fróis Santana, Renan Fróis Santana, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Franciane de Paula Fernandes, Franciane de Paula Fernandes, Marcelo Silva de Paula, Marcelo Silva de Paula

LUDICIDADE NA SAÚDE E O CONHECER PARA COMBATER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÕES DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autores: Sheyla Mara Silva de Oliveira, Andreza Dantas Ribeiro, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Brenda dos Santos Coutinho, Isabela Maria da Costa Buchalle, Isabela Maria da Costa Buchalle, Renan Fróis Santana, Renan Fróis Santana, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Franciane de Paula Fernandes, Franciane de Paula Fernandes, Marcelo Silva de Paula, Marcelo Silva de Paula

Apresentação: Dengue, chikungunya e zika são arboviroses transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, à vista disso, o combate ao transmissor pela população torna-se fundamental. Logo, a educação em saúde com abordagem lúdica apresenta-se como vantajosa e efetiva ferramenta para o público infantil, promovendo maior participação das crianças na promoção em saúde, além de tornar esse público, futuros adultos conscientes à causa. A partir do exposto, o objetivo do estudo foi relatar a experiência de docentes e discentes do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) em ações de saúde na educação infantil. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência referente à ação educativa de cunho lúdico, desenvolvida por docentes e discentes de enfermagem da UEPA, Santarém, estado do Pará, durante as atividades práticas da disciplina de enfermagem comunitária II, acerca da relevância no combate ao mosquito Aedes aegypti, realizada por meio de uma peça teatral, efetivada em três locais distintos com os alunos das respectivas instituições: uma Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI), uma Escola de Ensino Fundamental pública e uma particular, no município de Santarém – Pará, no mês de maio de 2016. Resultados e/ou impactos: A utilização de uma peça teatral trouxe a associação de conhecimento e brincadeira, observado que o educar em saúde possui especificidades dependentes do seu público alvo. A encenação teatral consistiu em uma história sobre os locais que funcionam como criadouro para o Aedes aegypti, como caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, pneus, garrafas, lixo a céu aberto e entre outros, com o intuito compartilhar as práticas de combate ao vetor da dengue, febre chikungunya e febre do zika vírus por meio de atitudes simples que podem ser realizadas pelos próprios escolares ou incentivadas por eles para que sejam concretizadas por seus responsáveis. Entretanto o desígnio basilar era demostrar a importância de tais práticas, além disso, foi observado que a maioria conhece os meios de prevenção do vetor, contudo não reconhece sua seriedade. Ao final foi concedido um folder educativo aos escolares, contendo alguns procedimentos que podem ser efetivados no ambiente doméstico, a fim de impedir a proliferação do mosquito transmissor e explicado que os mesmos deveriam ser entregues aos seus responsáveis. A atividade executada proporcionou aos escolares conhecer características novas acerca do vetor e das doenças transmitidas pelo mesmo, bem como sensibiliza-los que todos devem exercer seu papel social no combate as arboviroses, independente de sua faixa etária. Considerações finais: Os escolares apresentam a sua especificidade no processo de ensino-aprendizagem, no qual atividades lúdicas ganham espaço, dessa forma, estes se tornam protagonistas das ações e multiplicadores dos saberes promotores de saúde.  

2728 ATUAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Larissa Marti Marques, Elisa Brosina de Leon

ATUAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Larissa Marti Marques, Elisa Brosina de Leon

INTRODUÇÃO O processo de envelhecimento tende a ser progressivo e complexo, e se caracteriza por perdas funcionais e cognitivas que geram alterações no âmbito socioeconômico, ambiental e fisiológico, dificultando a realização de atividades de vida diária. A institucionalização desencadeia vários prejuízos como perda de autonomia e identidade, favorecendo sentimento de rejeição, abandono, exclusão, solidão, evoluindo para depressão, e muitas outras patologias particulares que aceleram o envelhecimento patológico. Assim, compreende-se a importância de se práticar atividades, sejam elas físicas ou recreativas. A atuação da fisioterapia em idosos institucionalizados busca desenvolver uma maior independência do idoso para as atividades de vida diária, buscando diminuir as consequências das alterações fisiológicas e patológicas do envelhecimento, assim como assegurar uma melhoria da mobilidade e uma qualidade de vida mais favorável. Assim, o presente resumo relata a experiência vivenciada em um projeto de extensão teve como objetivo a implantação de um programa de reabilitação física integrado à equipe de saúde visando à restauração de funcionalidade global. METODOLOGIA Trata-se de um relato de experiência em projeto de extensão vivenciado por acadêmicos do terceiro e quinto período do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em uma instituição de longa permanência da cidade de Manaus. As atividades foram desenvolvidas por acadêmicos de fisioterapia, no período de julho a novembro de 2017. Os atendimentos foram realizados individualmente, com os pacientes independentes (mediante a mensuração pela Escala de Katz). Inicialmente os alunos foram apresentados ao lugar e aos idosos residentes da instituição que foram selecionados para participar do programa. Os idosos foram submetidos a uma avaliação fisioterapêutica, sendo o ponto chave na elaboração de condutas para o tratamento. Após o conhecimento de todas as incapacidades dos pacientes, foi elaborado um plano de tratamento, com objetivos e condutas que pudessem atender as necessidades individuais. As condutas realizadas tinham como objetivo estimular dinamicamente as atividades físicas, que pudessem de alguma forma acarretar o aumento ou manutenção da amplitude de movimento das articulações, ganho ou manutenção da força, melhora do equilíbrio e marcha, da cognição, menor dependência para realização de atividades diárias e significativa melhora da qualidade de vida, além de oferecer momentos de lazer e socialização entre os atendimentos. As atividades contemplaram em: aferição dos sinais vitais, seguido de treino cardiovascular moderado, realizado em bicicleta estacionária utilizando-se a escala de Borg para avaliação de fadiga ou dispneia e cinco minutos de repouso após o exercício. Em seguida, era realizado o atendimento individualizado dos pacientes, de acordo com a conduta proposta por cada aluno para o seu paciente avaliado. Após a aplicação de 4 meses da intervenção, para melhor mensuração dos resultados alcançados com a ação de extensão, aplicou-se um questionário de avaliação da capacidade institucional para a atenção às condições crônicas – ACIC, o qual foi respondido pelos acadêmicos. Esse instrumento foi desenhado para o monitoramento da capacidade institucional de uma rede de atenção à saúde. O resultado visa a apoiar gestores e equipes de saúde a melhorar a atenção às condições crônicas. O questionário subdivide-se em 7 componentes, sendo que a pontuação máxima em cada um deles é 11. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados foram obtidos mediante análise das intervenções realizadas na Fundação no período de julho a novembro de 2017. A intervenção foi realizada com 5 idosos, de faixa etária entre 60 a 80 anos, sendo três homens e duas mulheres. Foi observado que todos os idosos conseguiram responder os questionários da ficha de avaliação e foram considerados independentes para a realização de atividades de vida diária, mesmo com seus devidos comprometimentos da capacidade funcional. A manutenção da capacidade funcional dos idosos gera uma melhora na qualidade de vida dessa população. Portanto, incentivar a prática de atividades físicas é um ponto para se alcançar esse objetivo, tendo que ser estimulada ao longo da vida, especificamente nessa faixa etária, para que se possa desencadear uma infinidade de benefícios à saúde do idoso. São amplas as participações do fisioterapeuta na saúde desses idosos, seja na prevenção de doenças, na promoção de saúde ou reabilitação, e as atividades realizadas proporcionaram não só isso, mas também levaram a uma interação entre os membros da Fundação, através dos diálogos para a melhoria do bem-estar dos idosos. Além disso, foi evidente a boa recepção das intervenções por parte dos idosos, que demonstravam gostar dos atendimentos, principalmente quando associadas a conversas do dia-a-dia, onde socializavam e interagiam com os alunos e os demais da instituição, e apresentaram melhora do estado emocional, assim como também do estado cognitivo e funcional, através da realização dos exercícios. De acordo com os resultados obtidos por meio da aplicação do questionário ACIC, o sistema de saúde da instituição obteve uma pontuação geral de 4,7 pontos. Interpreta-se esse escore como um serviço com prestação de suporte básico para cuidados de doenças crônicas. O item do questionário que apresentou melhor pontuação (5,8 pontos) diz respeito ao desenho do sistema de prestação de serviço. O resultado indica a existência de fluxos, funções e tarefas para garantir o acesso à atenção, bem como às informações necessárias, para pacientes e provedores, sobre o estado de saúde dos primeiros. CONCLUSÃO A partir da experiência que nos foi vivenciada, observa-se que há uma melhora significativa do estado funcional e psicológico dos idosos, quando as atividades foram realizadas a partir de conversas e vivências em que os mesmos se sentissem a vontade de praticar. Portanto, torna-se fundamental a parceria entre a instituição e a universidade, para que ocorra essa troca de benefícios entre a população idosa e a comunidade acadêmica, ajudando não só na formação, mas também no favorecimento de uma velhice saudável, dentro dos padrões em uma instituição de longa permanência. Espera-se que, com o desenvolvimento de um plano de ação em longo prazo, a pontuação ACIC aumente, resultando num melhor entendimento da equipe de da instituição do que deve envolver um bom sistema de prestação de saúde. À medida que a compreensão sobre a atenção integral aumenta, a equipe deverá continuar a implementar mudanças efetivas.

2753 A disparidade das práticas hospitalares adiante a teoria na perspectiva de acadêmicas de enfermagem: um relato de experiência
Eunice Beatriz Ribeiro Bastos, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Sonia Rejane de Senna Frantz, Sonia Rejane de Senna Frantz

A disparidade das práticas hospitalares adiante a teoria na perspectiva de acadêmicas de enfermagem: um relato de experiência

Autores: Eunice Beatriz Ribeiro Bastos, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Sonia Rejane de Senna Frantz, Sonia Rejane de Senna Frantz

Introdução: Partindo do princípio que a Enfermagem não é mais vista somente como uma arte de cuidar, mas também como ciência e evidência. Durante a formação tomamos conhecimento de teorias que embasam a ação profissional a serem desenvolvidas para que haja um raciocínio clínico na prestação de assistência ao paciente e atuamos em aulas práticas laboratoriais para posteriormente ter contato com o paciente, e é no ambiente hospitalar que é exercido o que foi aprendido e ocorre a interação com a realidade dessa unidade de saúde. Objetivo: Descrever a percepção das autoras sobre a experiência teórico-prática da disciplina de Semiologia e Semiotécnica II de Enfermagem. RELATO: Nos meses de Agosto a Novembro de 2017, foi realizado o desenvolvimento da disciplina Semiologia e Semiotécnica II, com enfoque nas Necessidades Humanas Básicas (NHB) do adulto e idoso. Primeiramente houve a participação em aulas teóricas e práticas laboratoriais, em seguida fosse realizada a prática em um hospital público de Manaus. Em alguns momentos as estudantes foram divididas em duplas para prestar assistência aos pacientes, os quais eram procedimentos diversos a serem realizados para que atendesse as NHB dos mesmos. Ao final de cada prática nos reuníamos para discutir sobre nossas impressões do dia. RESULTADOS: A importância da prática laboratorial e hospitalar – Durante as aulas teóricas e práticas laboratoriais aprendemos sobre procedimentos, materiais a serem utilizados e o objetivo da realização de tais para uma atuação segura.  E é no âmbito hospitalar que podemos ter uma interação com o paciente, aplicar tudo o que nos é ensinado, prestar a assistência e lidar com um ser humano biopsicossocial em sua integralidade. Devido a isso, adquirimos novos conhecimentos e aprimoramos nossas habilidades para uma assistência holística ao paciente. Desafios da prática hospitalar – Ao adentrar no ambiente hospitalar temos contato com diversos profissionais que estão acostumados a uma rotina de trabalho, quando nos deparamos com os mesmos, estes podem ter reações sendo desde a aceitação a rejeição dos acadêmicos tornando isso um receio dele com o profissional e vice-versa, podendo gerar um impacto negativo na prestação do serviço. Durante a realização de alguns procedimentos, notamos a escassez de material no qual aprendemos ser necessário na teoria para a execução dos mesmos e frente a isso utilizamos a criatividade para poder prestar um cuidado de qualidade que atendesse as NHB do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos conhecimentos teórico-práticos, foi possível observar disparidades encontradas no decorrer das atividades executadas, como a falta de material, o real contato com o paciente e a relação acadêmico-profissional, desta forma é perceptível a relevância da vivência hospitalar na formação do acadêmico tratando-se de um contato com a realidade hospitalar que temos que enfrentar para conhecer e entender o trabalho de um enfermeiro, sua rotina e seu ambiente de serviço. Portanto, ao participar de tais práticas foi possível compreender que além de termos que exercer a assistência, temos que estar e capacitados para encarar situações que não estão na teoria devido ao contexto em que o paciente está inserido.

1861 CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NUM CAMPO DE PRÁTICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Vivianne Brandt Pereira Brasil, Tereza Cristina de Araújo Ramos, Ana Carolina Scarpel Mocaio

CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NUM CAMPO DE PRÁTICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Vivianne Brandt Pereira Brasil, Tereza Cristina de Araújo Ramos, Ana Carolina Scarpel Mocaio

RESUMO – APRESENTAÇÃO: sabe-se que o profissional de enfermagem possui além do conhecimento cientifico, a destreza e habilidades no qual a maior parte é adquirida na academia, que gradua um profissional com perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, disposto a atuar como um promotor da saúde para a população. O objetivo do presente trabalho é descrever a importância da vivência do primeiro campo de atividades práticas junto a um hospital público para acadêmicos de enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior do Estado do Amazonas durante a disciplina de Semiologia e Semiotécnica, justificado pelo Projeto Pedagógico de Curso da enfermagem atendendo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem emanadas pelo Conselho Nacional de Educação. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: trata-se de um relato de experiência, sobre a vivência de acadêmicos de enfermagem no seu primeiro contato com o público estagiando em um hospital público de Manaus - AM, nos setores de pronto atendimento e clinica cirúrgica ortopédica, ocorrido entre outubro a novembro de 2017. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: As descobertas realizadas durante o período de vivência no hospital foram primordiais para que os acadêmicos tivessem a oportunidade de pôr em prática os conhecimentos teórico/científicos adquiridos durante a disciplina de Semiologia e Semiotécnica. A problematização da vivência no campo prático se deu devido o contraste observado entre o conhecimento teórico/científicos adquiridos e a realidade vivenciada durante o campo de práticas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: as atividades realizadas durante a vivência em campo prático colaboram para a formação de enfermeiros cidadãos, generalistas com competência para prestar assistência integral, sistematizada, exercer funções de promoção e manutenção da saúde, prevenção, reabilitação e tratamento de doença/enfermidade, no contexto das necessidades do ser humano, atuando na assistência, ensino e pesquisa, com compreensão da necessidade de buscar qualificação e atualização permanente.

2041 PRECISAMOS FALAR SOBRE SUICÍDIO NA TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Daniele Rodrigues Silva, Lays Nunes Da Silva, Samantha Modesto de Almeida, Paula Emannuele Santos do Amaral, Widson Davi Vaz de Matos, Mario Antônio Moraes Vieria, Kethully Soares Oliveira, Iara Samily Balestero Mendes

PRECISAMOS FALAR SOBRE SUICÍDIO NA TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Daniele Rodrigues Silva, Lays Nunes Da Silva, Samantha Modesto de Almeida, Paula Emannuele Santos do Amaral, Widson Davi Vaz de Matos, Mario Antônio Moraes Vieria, Kethully Soares Oliveira, Iara Samily Balestero Mendes

Apresentação: A Organização Mundial de Saúde vem alertando para o fato de, em cada ano, existir quase um milhão de mortes por suicídio, o que corresponde aproximadamente a um suicídio em cada quarenta segundos. Esses dados tendem acompanhar o crescimento demográfico dos últimos anos afirmam as literaturas, tornando assim, o suicídio um verdadeiro problema de Saúde Pública. O suicídio entre idosos é ainda mais preocupante, pois culturalmente é visto como um tabu na sociedade, em que todos sabem que existem, mas sobre o qual não se discuti, pois se torna na maioria das vezes paradoxal na terceira idade, já que grande parte da sociedade tem a visão de que a pessoa idosa nessa fase já superou todo sofrimento da vida e por isso não teria motivos para cometer tal ato. As estatísticas, porém, alertam que isso precisa ser mudado, pois em todo o mundo, as maiores taxas de tentativas e atos consumados estão nas faixas etárias mais avançadas. De acordo com estudos recentes, o suicídio em pessoas que estão na faixa etária dos 60 anos pode chegar, em alguns países, a ser 50% superior aos valores verificados em outras idades, há oito suicídios por 100 mil habitantes, taxa maior que a registrada entre outros grupos etários. Em 2015, foram 11.736 notificações de casos, os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde em alusão ao Setembro Amarelo, alertam para a alta taxa de óbitos entre os idosos acima de 70 anos, principalmente homens. Um dos fatores que levam muitos idosos a anteciparem o fim da vida está relacionado às perdas principalmente da saúde, autonomia, produtividade, papéis sociais, de cônjuges, amigos, etc. Além disso, a pessoa idosa é mais suscetível a passar pelo processo de depressão que tem um papel importante nessa escolha, assim como as questões de aspectos sociais da terceira idade como o próprio isolamento social. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi sensibilizar o público alvo para mudança de postura diante da realidade do suicido na terceira idade e fazer com que reflitam e criem possibilidades para reduzir o sofrimento mental e busquem ajuda para prevenção do suicídio. Desenvolvimento do trabalho: Este trabalho é fundamentado na teoria do Arco de Maguerez, baseado na problematização da situação, onde foi observada a realidade dos idosos que participam do Projeto Universidade da Terceira Idade em Belém/PA e ressaltaram-se os pontos chaves para aplicar a educação em saúde através de rodas de conversa e dinâmicas, que puderam nortear a conscientização sobre a prevenção do suicídio. Sendo o primeiro contato realizado pela coordenadora do projeto que realizou o convite para os membros da Liga Acadêmica Paraense de Saúde mental para contemplar esse grupo com a campanha setembro amarelo que tem como objetivo a prevenção do suicídio. Foram colhidas informações sobre o perfil do grupo a fim de conhecer a realidade dos idosos e levantamento dos principais problemas que estes relatavam no que concerne à saúde mental. Posteriormente, em outubro de 2017, desenvolveram-se atividades com um total de 40 idosos, iniciando uma breve palestra sobre os fatores que levam os idosos anteciparem o fim da vida, o processo de envelhecimento, autocuidado e saúde mental. Logo em seguida foi realizada uma roda de conversa onde foram distribuído para todos pedaços de papel com a seguinte pergunta: “O que você diria para uma pessoa que estaria pensando em suicídio?” Foi discutida a forma de prevenção que estava presente em todas as repostas, que se mantiveram anônimas. E por fim foi realizada uma dinâmica em que se deu o nome de “Coloque para fora” em que eles tinham que encher um balão pensando na primeira palavra triste que vinha a mente com o intuito de depositar dentro da bexiga todo sentimento ruim que existia e o rompimento do objeto seria o símbolo que aquilo foi externalizado. Resultados: Observou-se que os idosos tinham bastante interesse pelo assunto, mas ainda consideravam algo que não se podia falar abertamente por ainda ser um tabu. Muitos idosos tinham duvidas sobre: quando buscar ajuda, quem procurar, onde procurar assistência e como funcionava a rede de atenção psicossocial. Também foi observado que os idosos que já passaram por algum problema psicossocial demoraram a ter algum tipo de assistência devido aos fatores burocráticos do Sistema Único de Saúde o que fez a desistirem de iniciar o tratamento e que a maioria estava passando por alguns problemas citadas pela literatura como sendo um dos principais fatores que levam idosos a cometerem suicídio. Sobre a primeira dinâmica executada com a pergunta “O que você diria para uma pessoa que estaria pensando em suicídio?” os efeitos percebidos decorrentes da experiência foram que as respostas dadas pelos idosos estavam ligadas a cunho religioso e a maioria tinha conhecimento que a espiritualidade tinha influência na saúde mental dos indivíduos, por isso grande partes das respostas faziam referencias a Deus. Também se analisou que os idosos conseguiram compreender o que foi explanado e as respostas estavam diretamente ligadas com a fala dos membros sobre procurar atendimento profissional e obtiveram outras respostas valorizando a pessoa em si e a vida. Com isso, obtivemos um interesse notório dos idosos, que demonstraram compreender o assunto repassado, assim como responderam a vários questionamentos, e ficaram entusiasmadas com as possibilidades de ajudarem outras pessoas a procurarem ajuda profissional. No final da palestra foi realizado um relato de tentativas de suicídio por uma idosa, na qual fez sua fala se baseando na palestra dada no inicio e acabou se usando como exemplo de superação e luta contra sofrimento psíquico e incentivando quem estivesse passando pelos mesmos problemas procurassem o mais rápido ajuda profissional e familiar para manter a saúde mental em dia. Todas as falas foram valorizadas e eram aplaudidas no final de cada uma.  A participação no Projeto Universidade da Terceira Idade também foi citada como uma forma de prevenção do adoecimento psíquico, já que busca atualizar as pessoas idosas sobre seus direitos, discutir questões sociais que fazem parte do cotidiano desses idosos, compreender o processo de envelhecimento para que eles sejam sujeitos de direitos e possam lutar por uma velhice digna. Considerações finais: Em relação às contribuições para a enfermagem, o estudo em questão destaca a importância da atuação da enfermagem no campo da prevenção do suicídio e demonstra de que forma somos precursores da promoção à saúde mental. As atividades realizadas se mostraram de grande valia para o publico da terceira idade de maneira que os conhecimentos foram compreendidos e possivelmente repassados, sendo assim, foi demonstrado que a educação em saúde pode interferir no processo saúde-doença, e também sensibilizar os idosos a cuidarem de suas saúdes mentais, visto que falar sobre suicídio facilita a prevenção. A avaliação da realidade observada no grupo de idosos nos remota à alta necessidade de políticas públicas voltadas à promoção da saúde, as quais incluem campanhas que objetivem a difusão da educação voltada para saúde mental do idoso, não somente como auxiliadora no processo de conscientização, mas também como incentivadora de iniciativas tomadas pelos mesmos, na tentativa de amenizar os problemas que os assolam, levando em consideração que a informação é uma ferramenta bastante útil em mudanças comportamentais e que a prevenção é bastante eficaz na promoção de saúde.

1922 TUBERCULOSE NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Vivianne Brandt Pereira Brasil, Tereza Cristina de Araújo Ramos, Ana Carolina Scarpel Mocaio

TUBERCULOSE NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Vivianne Brandt Pereira Brasil, Tereza Cristina de Araújo Ramos, Ana Carolina Scarpel Mocaio

RESUMO – APRESENTAÇÃO: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa grave que acompanha a humanidade há milênios, e a Organização Mundial da Saúde, em suas publicações mais recentes, tem chamado atenção para a negligência crônica da doença na faixa pediátrica. E, mesmo sendo responsável por uma porcentagem alta na notificação de casos, a tuberculose infantil é negligenciada também no Brasil. O foco do Programa Nacional de Controle da Tuberculose é a identificação da tuberculose em adultos, deixando os menores de 15 anos à margem dos estudos, diagnóstico e tratamento. E sendo a forma pulmonar a apresentação clinica mais frequente da doença que independe da faixa etária; aquela cujo baciloscópia positiva é responsável pela transmissibilidade da doença. A propagação do bacilo da tuberculose ocorre por meio de gotículas aerolizadas contendo os bacilos expelidos por um doente com tuberculose pulmonar bacilífero ao tossir, espirrar ou falar e, entre as medidas tomadas para o controle da doença encontra-se a prevenção, o diagnostico precoce e o tratamento correto dos doentes. As crianças e adolescentes diagnosticados com tuberculose frequentemente apresentam uma sintomatologia mais grave que em adultos, pois a identificação do agente por meio de bacterioscopia e cultura de escarro são prejudicadas pela dificuldade técnica em se obter material de adolescentes e principalmente crianças por meio de expectoração e também pelas lesões não cavitárias nos pulmões serem pouco baciléferas. Dificuldades de diagnóstico, situação socioeconômica desfavorável e precariedade de informação e de acesso a serviços de saúde são fatores que envolvem frequentemente a tuberculose nessa faixa etária, tornando as crianças e adolescentes mais susceptíveis a um tratamento inadequado ou até mesmo repetidamente vitimas de infecção por tuberculose. O presente trabalho tem por objetivo analisar a literatura científica nacional e internacional, cujo foco seja a identificação e controle da tuberculose infanto-juvenil no contexto brasileiro. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: trata-se de uma revisão integrativa, a qual foi pautada em seis fases: identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa para a elaboração da revisão integrativa; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos, amostragens e busca na literatura; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados e  categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; e, apresentação da revisão e síntese do conhecimento. A questão que norteou a busca foi “o que tem sido produzido no meio científico na identificação e controle da tuberculose em crianças e adolescentes até 18 anos no Brasil na última década?” As buscas foram realizadas na base de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), com o auxílio de descritores cadastrados no Descritores em Ciências da Saúde (DECS) da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tuberculose, criança, adolescente e Brasil, tendo como critério de inclusão artigos no idioma português e inglês, artigos originais disponibilizados online, entre os anos de 2007 a 2017. Foram excluídos artigos científicos sobre coinfecção da tuberculose/HIV em crianças e adolescentes no Brasil, manuais, dissertações e teses. RESULTADOS E/OU IMPACTO: Foram identificados 25 artigos, aos quais foram organizados nas seguintes categorias “A”, “B”, “C”, onde “A” reúne artigos que abordam a tuberculose no contexto saúde da família, onde é evidenciada a percepção, assim como o conhecimento sobre a doença e o sentimento da família durante o processo saúde/doença da criança e do adolescente, “B” contem artigos que tratam da prevenção e controle, bem como a dificuldade na identificação da doença em pacientes devido à situação socioeconômica, situação de vulnerabilidade e dependência de crianças e adolescentes até 18 anos, “C” que engloba os artigos que abordam o aspecto epidemiológico da doença no território brasileiro, desde a atenção primária como a cobertura vacinal até a incidência registrada em crianças e adolescentes. Os resultados demonstraram que a complexidade na identificação da Tuberculose em crianças e adolescentes se dar devido à dificuldade em correlacionar os sintomas em adultos com os sintomas infanto-juvenis que ocorre de maneira diferenciada nessas faixas etárias. A situação socioeconômica e a falta de conhecimento técnico da população com relação à tuberculose infanto-juvenil agrava a situação, levando a uma detecção tardia do diagnostico. A piora do nível socioeconômico, com aumento da desnutrição, intimamente relacionado à tuberculose, tenha sido um fator causal para o aumento da morbimortalidade da tuberculose na faixa pediátrica. Outros certamente contribuíram, como a deterioração do serviço público de saúde, com falha na distribuição de drogas antituberculosas e falta de pessoal treinado para o diagnóstico, notificação e acompanhamento do paciente tuberculoso, principalmente pediátrico. A prevenção da tuberculose baseia-se na imunização com a vacina BCG (elaborada a partir do bacilo de Calmette e Guérin - BCG) e no tratamento da infecção latente por tuberculose ou tratamento preventivo com medicação específica. Porém não se deve desprezar a dificuldade de tratamento que em muitas vezes é prejudicada pela adoção de diversas práticas realizadas no contexto familiar por razões de crença religiosa ou cultural da população, como é o caso da população indígena, porém não isolado, que fazem uso dessas práticas para a cura ou prevenção de doenças, mesmo antes da procura pelos serviços de saúde. A diversidade cultural da sociedade brasileira, da qual participam elementos da cultura indígena nativa e valores trazidos pelos colonizadores, propicia a adoção de diversas práticas realizadas baseadas no conhecimento empírico da população. Pode-se dizer que, portanto o desafio é realizar a promoção em saúde no combate a Tuberculose em crianças e adolescentes, além de coordenar cuidados terapêuticos específicos, sem desprezar a detecção precoce de agentes responsáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É de grande relevância encontrar estudos e pesquisas científicas que direcionam para o controle e na promoção da educação em saúde com o tema tuberculose direcionada para crianças e adolescentes, no entanto poucos são os achados científicos atualizados que são direcionados para a atenção da saúde da criança e do adolescente, mesmo que esta seja uma população que se encontra na zona de perigo da infecção da tuberculose. A falta de conhecimento da gravidade da doença por membros da família também é um fator prejudicador e corrobora para o crescente índice de casos de crianças e adolescentes com tuberculose.

2913 A disparidade das práticas hospitalares adiante a teoria na perspectiva de acadêmicas de enfermagem: um relato de experiência
Eunice Beatriz Ribeiro Bastos, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Sonia Rejane de Senna Frantz

A disparidade das práticas hospitalares adiante a teoria na perspectiva de acadêmicas de enfermagem: um relato de experiência

Autores: Eunice Beatriz Ribeiro Bastos, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Sonia Rejane de Senna Frantz

Introdução: Partindo do princípio que a Enfermagem não é mais vista somente como uma arte de cuidar, mas também como ciência e evidência. Durante a formação tomamos conhecimento de teorias que embasam a ação profissional a serem desenvolvidas para que haja um raciocínio clínico na prestação de assistência ao paciente e atuamos em aulas práticas laboratoriais para posteriormente ter contato com o paciente, e é no ambiente hospitalar que é exercido o que foi aprendido e ocorre a interação com a realidade dessa unidade de saúde. Objetivo: Descrever a percepção das autoras sobre a experiência teórico-prática da disciplina de Semiologia e Semiotécnica II de Enfermagem. RELATO: Nos meses de Agosto a Novembro de 2017, foi realizado o desenvolvimento da disciplina Semiologia e Semiotécnica II, com enfoque nas Necessidades Humanas Básicas (NHB) do adulto e idoso. Primeiramente houve a participação em aulas teóricas e práticas laboratoriais, em seguida fosse realizada a prática em um hospital público de Manaus. Em alguns momentos as estudantes foram divididas em duplas para prestar assistência aos pacientes, os quais eram procedimentos diversos a serem realizados para que atendesse as NHB dos mesmos. Ao final de cada prática nos reuníamos para discutir sobre nossas impressões do dia. RESULTADOS: A importância da prática laboratorial e hospitalar – Durante as aulas teóricas e práticas laboratoriais aprendemos sobre procedimentos, materiais a serem utilizados e o objetivo da realização de tais para uma atuação segura.  E é no âmbito hospitalar que podemos ter uma interação com o paciente, aplicar tudo o que nos é ensinado, prestar a assistência e lidar com um ser humano biopsicossocial em sua integralidade. Devido a isso, adquirimos novos conhecimentos e aprimoramos nossas habilidades para uma assistência holística ao paciente. Desafios da prática hospitalar – Ao adentrar no ambiente hospitalar temos contato com diversos profissionais que estão acostumados a uma rotina de trabalho, quando nos deparamos com os mesmos, estes podem ter reações sendo desde a aceitação a rejeição dos acadêmicos tornando isso um receio dele com o profissional e vice-versa, podendo gerar um impacto negativo na prestação do serviço. Durante a realização de alguns procedimentos, notamos a escassez de material no qual aprendemos ser necessário na teoria para a execução dos mesmos e frente a isso utilizamos a criatividade para poder prestar um cuidado de qualidade que atendesse as NHB do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos conhecimentos teórico-práticos, foi possível observar disparidades encontradas no decorrer das atividades executadas, como a falta de material, o real contato com o paciente e a relação acadêmico-profissional, desta forma é perceptível a relevância da vivência hospitalar na formação do acadêmico tratando-se de um contato com a realidade hospitalar que temos que enfrentar para conhecer e entender o trabalho de um enfermeiro, sua rotina e seu ambiente de serviço. Portanto, ao participar de tais práticas foi possível compreender que além de termos que exercer a assistência, temos que estar e capacitados para encarar situações que não estão na teoria devido ao contexto em que o paciente está inserido.