190: Os serviços como cenário de aprendizagem: integralidade e conhecimento significativo em movimento
Ativador: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 06 - Jaraqui    Horário: 10:30 - 12:30
ID Título do Trabalho/Autores
3329 Prática de auriculoterapia em um Centro de Atenção Integrada à Saúde: reflexões para a formação integral.
Ana Carolina Pereira dos Santos, Vitória Lopes Lima, Bárbara Vitorino Pereira dos Santos, Daniela Dallegrave

Prática de auriculoterapia em um Centro de Atenção Integrada à Saúde: reflexões para a formação integral.

Autores: Ana Carolina Pereira dos Santos, Vitória Lopes Lima, Bárbara Vitorino Pereira dos Santos, Daniela Dallegrave

Apresentação: Acadêmicas do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, do 4° período, iniciaram em 2017 um projeto de Extensão em Práticas Integrativas e Complementares (PICs), o qual oportuniza a inserção em um processo de formação em auriculoterapia, proporcionando a vivência prática em um Centro de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) em Goiânia-GO. Trata-se de um relato desta experiência, cujo projeto de extensão está sendo desenvolvido pela faculdade de enfermagem, tendo como objetivo levar as PICs para dentro dos ambientes de saúde, vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Objetiva também a expansão dessas práticas, em consonância com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, dentro das universidades.  A experimentação foi realizada durante novembro e dezembro de 2017, com aplicações de auriculoterapia com periodicidade semanal a pacientes idosos da comunidade do CAIS Campinas. Desenvolvimento: Na prática, o tratamento consistiu na escolha de pontos para as principais queixas relatadas durante os encontros. No primeiro encontro, foi realizada uma anamnese com perguntas como: particularidades do sono, qualidade e quantidade dos alimentos ingeridos, frequência e características das eliminações, emoções habituais, doenças e dores presentes. A partir das respostas, foram colocados os pontos de acordo com o referencial da medicina tradicional chinesa. Ao longo dos encontros, foram aplicados outros pontos ajustando para as necessidades e levando em conta a possibilidade de articular com pontos da reflexologia e da auriculoterapia biomédica. Resultados: foram obtidos através de relato dos idosos, evidenciando-se: diminuição da insônia, aumento da eliminação urinária, redução de edema, alívio da ansiedade e cessação de dor na região torácica. Ademais, conseguir levar as PICs para dentro do ambiente de saúde vinculado ao SUS já apresenta grandes resultados para o projeto. Considerações finais: O aprendizado em auriculoterapia vem proporcionando a oportunidade de aprender a cuidar para além do modelo biomédico. A vivência no CAIS pode colocar em prática essa aprendizagem e propicia a percepção dos resultados dessa forma de tratamento integrativo e complementar, em concordância com a política de saúde vigente, ampliando o acesso a diferentes formas de cuidado e, especialmente, levando à comunidade acadêmica apropriação de conhecimentos, experiência e oportunidade prática.

3356 FACULDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: A EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, UPE, BRASIL
juliana freitas campos, kelle caroline Filgueira da Silva, kelle caroline Filgueira da Silva, Wanderson Lima Dantas e Santos, Wanderson Lima Dantas e Santos, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral, Nadja Maria dos Santos, Nadja Maria dos Santos, Thereza Christina da Cunha Lima Gama, Thereza Christina da Cunha Lima Gama

FACULDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: A EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, UPE, BRASIL

Autores: juliana freitas campos, kelle caroline Filgueira da Silva, kelle caroline Filgueira da Silva, Wanderson Lima Dantas e Santos, Wanderson Lima Dantas e Santos, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral, Nadja Maria dos Santos, Nadja Maria dos Santos, Thereza Christina da Cunha Lima Gama, Thereza Christina da Cunha Lima Gama

Apresentação: O acelerado envelhecimento populacional tem demandado práticas diferenciadas de atenção à pessoa idosa nos diversos níveis de atuação. Para além das instituições de saúde, o setor de ensino é corresponsável pela produção do cuidado e pela inserção social das pessoas idosas, bem como produção de conhecimento nesse campo e resgate de sua cidadania. A experiência empírica mostra que as instituições de assistência à pessoa idosa não têm atendido satisfatoriamente o crescimento das demandas desse grupo. Para tanto, é importante e necessário desenvolver estratégias que promovam a participação e o empoderamento dessas pessoas para vivenciar o envelhecimento de forma ativa, por meio de ações que contribuam com a melhoria da qualidade de vida. Com base nisso, o Faculdade Aberta à Terceira Idade (FATI) foi idealizado e é desenvolvido como um projeto de extensão permanente, onde são realizadas ações de educação popular, possibilitando uma abordagem global, interdisciplinar e multidimensional, de forma inclusiva, através do diálogo, da troca de experiências e por meio de metodologias ativas. O objetivo desse estudo é relatar experiência de acadêmicos/as de enfermagem de uma Universidade Pública do Estado de Pernambuco, Brasil, na participação do FATI. Desenvolvimento do trabalho: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado a partir das atividades do FATI, um projeto de extensão da Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Petrolina (FACAPE), desenvolvido em parceria com a UPE e o Instituto Federal do Sertão de Pernambuco (IFSertão), para pessoas acima dos 50 anos. As ações são organizadas em Módulos, de forma que os monitores de Enfermagem atuam no Módulo Saúde, junto a discentes dos cursos de Fisioterapia, Nutrição e Serviço Social. As ações são desenvolvidas em sala de aula da UPE, a carga horária semanal dos monitores é de 12 horas. O público alvo foi idosos/as inscrito/as na FATI no módulo da saúde e a linha pedagógica utilizada é predominantemente metodologias ativas de educação em saúde. As temáticas e ações foram definidas e planejadas pelos monitores e docentes orientadoras, levando em consideração a demanda do grupo de idosos/as. Participaram três discentes do 5º período do curso de Enfermagem da Universidade de Pernambuco Campus Petrolina, vinculados ao FATI como monitores. As atividades foram desenvolvidas no período de Março a Novembro de 2017. Elegeu-se a Oficina de Reflexão como método de abordagem dos temas, houve produção de painéis temáticos e posterior exposição e debate crítico-reflexivo pelos idosos e monitores. Resultados: no período citado, realizou-se 6 encontros com o grupo de idosos/as, onde foram trabalhadas as temáticas- Cuidados e prevenção de doenças mais prevalentes na pessoa idosa; Questões fisiológicas do envelhecimento; Sexualidade na Terceira Idade; Espiritualidade e Religiosidade na Terceira Idade e influências na qualidade de vida; Cuidados com a pele na terceira idade. Entre os temas trabalhados, os que mais se sobressaíram foram o de Sexualidade e o relacionado à Espiritualidade. Ambos despertaram bastante interesse, tendo os grupos demonstrado a necessidade de aprofundamento nessas questões sempre associando-as ao processo de envelhecer com saúde. Ao passo que a riqueza das reflexões realizadas durante as oficinas permitiram aos monitores e instrutores a produção científica para divulgação das ações desenvolvidas e seus resultados. Assim, houve elaboração por parte da equipe de resumos e materiais de cunho científico que foram divulgados em eventos locais e regionais. Considerando o que foi dito, a ação com idosos/as do FATI sobre Espiritualidade e Religiosidade mostrou que estes/as entendem que desenvolver sua fé e é essencial para manutenção da qualidade de vida e as ajuda no enfrentamento positivo do envelhecimento. Apesar de alguns idosos/as do grupo terem afirmado não ter um sistema de prática religiosa definida, expuseram que desenvolver a espiritualidade é um exercício, sobretudo, de fé e afirmaram que é um dos elementos auxiliares para a vida e que dá mais sentido à existência. Ao trabalhar as diferentes concepções religiosas, alguns desconheciam o ateísmo, o espiritismo e o candomblé, apresentando experiências com conceitos divergentes dessas crenças. Já a ação que abordou Sexualidade, trouxe à reflexão o entendimento habitual de que a terceira idade é uma fase em que predomina a inexpressividade nesse campo, na qual o sentido da palavra é atribuído ao ato sexual e, falar do ato no grupo, ao mesmo tempo que gerou constrangimentos, também promoveu o esclarecimento de dúvidas. Na ótica dos graduandos a experiência promoveu produção de novos conhecimentos, troca de experiências, crescimento pessoal e acadêmico, além de facilitar a associação entre conteúdos teóricos e práticos. Além disso, houve o desenvolvimento de habilidades no campo das metodologias ativas e da educação popular, o que enriquece a formação para o trabalho individual e coletivo seja com grupos da terceira idade ou outros públicos. A adoção da oficina de trabalho como instrumento de intervenção na saúde coletiva cria espaços para a consciência crítico-reflexiva. Entre os seus princípios norteadores encontra-se o empoderamento, concebido como fortalecimento da capacidade e autonomia para decidir de forma responsável e consequente. Nesse processo, as pessoas ampliam o poder de controle sobre sua vida no contexto da participação no grupo, visando a transformação da realidade, entendida como espaço social e político. Os resultados desse relato são corroborados por outras experiências de discentes extensionistas descritas na literatura, em que ações executadas demonstram desempenho satisfatório de grupos com criação de vínculos, permitindo aceitação das propostas metodológicas utilizadas, conforme ocorreu no FATI. A atividade proposta pelo projeto possibilitou aos extensionistas a interação com a comunidade e a troca de experiências com os idosos, pois o que alicerça a extensão universitária é a troca de saberes acadêmicos e populares. Em um processo de construção de conhecimento que enriquece e transforma todos os envolvidos. Considerações finais: O FATI é uma experiência inovadora e inclusiva que promove aproximação e integração de monitores, idosos e docentes envolvidos, dinamizando a troca de conhecimentos e experiências sobre Educação em Saúde e envelhecimento ativo. Os idosos que participam de grupos educativos, estendem suas relações e aumentam seu suporte social. A manutenção da saúde e autonomia na velhice, identificada como boa qualidade de vida física, mental e social, é o horizonte desejável para se preservar o potencial de realização e desenvolvimento nesta fase da vida, considera-se que a experiência proporcionada pelo FATI caminha nesse sentido.

3649 PLANTAS MEDICINAIS NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA: VISIBILIZANDO A POLÍTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Daniele Vasconcelos Fernandes Vieira, Aluísio Kennedy De Sousa Filho, Ákilla Jerônimo Guimarães, Quincas Chavez Moreira Maia, Raul Guilherme Oliveira Pinheiro, Maria das Graças Barbosa Peixoto, Yêrêcê Athaíde Pimentel, Márcia Oliveira Coelho Campos

PLANTAS MEDICINAIS NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA: VISIBILIZANDO A POLÍTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Autores: Daniele Vasconcelos Fernandes Vieira, Aluísio Kennedy De Sousa Filho, Ákilla Jerônimo Guimarães, Quincas Chavez Moreira Maia, Raul Guilherme Oliveira Pinheiro, Maria das Graças Barbosa Peixoto, Yêrêcê Athaíde Pimentel, Márcia Oliveira Coelho Campos

Apresentação: Objetivou-se relatar o início do processo de implantação da cultura de uso das plantas medicinais e de fitoterápicos para potencialização dos tratamentos de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), em caráter integrativo e complementar aos alopáticos por estudantes de medicina em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde. Descrição da Experiência: A experiência de implantação da cultura de uso das plantas medicinais e dos fitoterápicos por estudantes do primeiro semestre do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (UECE) em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde do município de Fortaleza, localizada na área de abrangência da Coordenadoria de Saúde da Regional IV (CORES – IV), foi pensada no contexto das Visitas Técnicas planejadas e realizadas pela Disciplina de Introdução à Saúde Coletiva, por meio da qual os 40 estudantes passaram os últimos 05 dias de aula, no período de 07/11, 14/11, 21/11, 28/11, 05/12/17, no horário de 07h às 11h30, divididos em grupos, imersos no território das UAPS e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), entrando em contato com o SUS, identificando no campo das relações entre profissional-usuários-gestão, das interações no serviço, da organização, dos fluxos, das ações, atividades e dos programas ofertados, os princípios doutrinários e organizacionais do SUS expostos e dialogados nas aulas teóricas no transcorrer do semestre, bem como alicerçando em suas observações as diretrizes preconizadas pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), apontando desafios, valores, superações. Esta experiência relatada foi vivenciada por um grupo de 04 acadêmicos, sob a supervisão de uma professora, em parceria, negociação e participação constante da gestão, funcionários, trabalhadores e usuários do serviço. No primeiro dia de imersão no território, os estudantes com o estímulo da professora supervisora, buscaram sentir as necessidades, as singularidades, as potencialidades do território, realizando, para esse fim, uma observação sistemática, direcionados por um roteiro elaborado pelo corpo docente da disciplina, apreendendo as informações necessárias para construção de seus relatórios como produto final das visitas técnicas e, posterior, compartilhamento e discussão em sala de aula, na ocasião do encerramento do semestre. Contudo, considerando a flexibilidade estrutural do relatório, transpuseram os direcionamentos estabelecidos e traçaram novas rotas. Partiu de uma inquietação do grupo de estudantes, junto com a professora, elencar informações sobre o uso ostensivo de medicamentos alopáticos para o controle da Hipertensão, Diabetes Mellitus e Ansiedade. Com base na escuta realizada com as enfermeiras, com os médicos, com os Agentes Comunitários de saúde (ACS) e com o Auxiliar de Farmácia, montou-se uma oficina de plantas medicinais e fitoterápicos com a finalidade de dialogar sobre o potencial terapêutico das plantas em caráter integrativo e complementar ao tratamento de Hipertensão, Diabetes e, também de Ansiedade, a qual, embora não seja uma DCNT, foi solicitada sua inclusão pela enfermeira do serviço, tendo em vista a ampla demanda por ansiolíticos na Unidade. Como segundo momento do planejamento da oficina, os estudantes realizaram uma leitura aprofundada nos manuais, guias e livros sobre o Programa Farmácias Viva, sobre a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, atentando para os benefícios, indicações, contraindicações, modos de cultivo, preparo, consumo, fornecimento de Fitoterápicos, articulando a presença fundamental dos profissionais de saúde no acompanhamento e monitoramento desse uso, evitando a prática indiscriminada e prevenindo os riscos, de modo que o saber acadêmico científico possa somar ao saber popular, sem causar rupturas com os hábitos pré-existentes na população, mas, pelo contrário, reconfigurando uma forma de potencialização dos tratamentos. No terceiro momento, obteve-se as mudas de Plantas Medicinais e as Bulas de Fitoterápicos produzidas pelo Horto Medicinal Professor Francisco José de Abreu Matos da Universidade federal do Ceará (UFC), quais sejam, a planta de colônia para a hipertensão, a erva-cidreira, o capim-santo para ansiedade e hipertensão; e a pata-de-vaca para diabetes mellitus. No quarto momento, produziu-se um material educativo, no formato de banner, o qual foi exposto na UAPS, contendo fotos e informações acessíveis para melhor identificação das plantas pelos usuários, próximo ao local onde as mudas foram plantadas. Concluído o planejamento, atribuiu-se o nome de “Oficina de Saberes sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos”, realizada no mesmo espaço do Acolhimento, no último dia da Visita Técnica, com participação dos usuários, profissionais da Unidade, estudantes de outros cursos da área da saúde e de diferentes Instituições de Ensino Superior (IES), que se encontravam em estágio supervisionado e internato. Realizou-se a oficina concomitante à distribuição de chás, com tempo de duração total de 1h40min, tendo em vista a alta dinamicidade da movimentação dos usuários, em decorrência de suas próprias agendas da manhã. Foi possível congregar neste espaço um total de 30 participantes. Resultados: Durante a oficina, os usuários e profissionais, teceram perguntas, comentários, relataram sobre como utilizam as plantas e para quais os fins; relataram os resultados positivos em seus lares e ambientes frequentados pelos mesmos referente ao uso de chás medicinais; contextualizaram também os casos que não tem efeitos, segundo suas perspectivas, ocasião em que os estudantes puderam explicar os motivos pelos quais não conseguiram resultados favoráveis; perguntaram sobre a possibilidade de utilização desses chás mesmo sob o efeito de medicações alopáticas. Os profissionais, por sua vez, compartilharam sobre seu desconhecimento a respeito dessas plantas e sobre as formas de interação com os alopáticos; apontaram ainda os receios de prescrição e indicação sem uma formação adequada para essa prática; Assegurados nas discussões que emergiram, idealizou-se um curso de capacitação para o cuidado com plantas medicinais e fitoterápicos na Atenção Primária em Saúde, como fruto da parceria entre o Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará, intermediado pelo Campo da Saúde Coletiva, tendo como ponto de partida a Disciplina de Introdução à Saúde Coletiva, a Unidade de Atenção Primária em Saúde (UAPS) participante da Oficina, o Conselho Local de Saúde e o Programa Farmácia-Vivas da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para finalização, os estudantes, inspirados na metodologia da Formação Holística de Base (FHB), incentivada pela professora supervisora, fecharam a experiência com uma “Obra Prima”, ou seja, com sua contribuição para o Planeta e para a Humanidade, onde plantaram junto com a professora os usuários, crianças, adultos, idosos e demais participantes, as novas mudas, compartilhando com a comunidade os pilares da Consciência Ecológica Pessoal e Social, da Vida Sustentável, do Contato com a Natureza para o bem-estar e promoção da saúde. Considerações Finais: A oportunidade de conhecer o território de produção do cuidado em nosso Sistema Único de Saúde, sob a referência da porta de entrada, ainda no primeiro semestre, possibilitou-nos apurar a visão na prática de como se faz girar a roda de cuidado, no sentido do fortalecimento e da visibilidade das Políticas fundamentais como a das Plantas Medicinais e Fitoterápicos em nossa rede, por meio da percepção das necessidades e das potencialidades do Território. O processo de planejamento da Oficina reforçou a relação de corresponsabilidade formativa entre o Ensino e o Serviço na implantação de novas estratégias referente ao tratamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis e da Ansiedade, através da Cultura de uso das Plantas Medicinais, abrindo espaços para que a Política seja implementada efetivamente, com o envolvimento dos diferentes atores sociais em todas as suas fases. Espera-se que se torne uma cultura permanente e com impactos positivos na dinâmica de cuidado da população, havendo ativa participação dos profissionais de saúde no monitoramento e na avaliação contínuos da experiência.

4279 A importância das vivências práticas no serviço de saúde para a graduação
Sofia Barcelo Oliveira, Pedro Toteff Dulgheroff, Fernanda Oliveira Magalhães, Veruska Vitorazi Bevilacqua

A importância das vivências práticas no serviço de saúde para a graduação

Autores: Sofia Barcelo Oliveira, Pedro Toteff Dulgheroff, Fernanda Oliveira Magalhães, Veruska Vitorazi Bevilacqua

Apresentação: Este trabalho trata-se de um relato de experiência de uma graduanda de medicina que, através do PET-Saúde/GraduaSUS, realizou vivência de férias em uma Unidade de Saúde na cidade de Uberaba - MG. O objetivo é evidenciar o quão importante a realização dessa experiência contribuiu para a concretização de conceitos diversos relacionados à saúde e para a formação de pensamentos e reflexões críticas em relação às situações vivenciadas pela população. Contribuiu ainda para ampliar a compreensão da relevância contexto pessoal e familiar e a necessidade de aprofundar-se nas questões relativas à gestão em saúde, entre outros. Desenvolvimento do trabalho: A estudante frequentou uma Unidade de Saúde Rural durante vinte e um dias no mês de julho de 2017. Além de acompanhar consultas, realizou visitas domiciliares, observou procedimentos e participou das atividades de educação continuada. Teve a oportunidade de conversar com todos os integrantes da equipe sobre os mais diversos assuntos, como, por exemplo, a diferença existente entre a realidade vivenciada e a teoria do Sistema Único de Saúde (SUS), as potencialidades e fragilidades do SUS, os pontos que necessitam de melhorias, as falhas na gestão, entre outros aspectos. Resultados e/ou impactos: Esta experiência oportunizou o conhecimento dos problemas e desafios enfrentados pelos profissionais da unidade para fornecer o melhor atendimento às pessoas, apesar das intempéries que os usuários do sistema passam diariamente para conseguir cuidar de si mesmos e de suas famílias. A vivência teve um impacto muito significativo na forma da acadêmica pensar e ver as diversidades do SUS e revelou como a saúde de cada indivíduo está entrelaçada a diversas realidades que não podem ser dissociadas ou esquecidas, pois, são constantes influenciadoras, diretas ou indiretas, da vida de cada um. Considerações finais: A acadêmica pode perceber que para a formação de um médico generalista capacitado para atuar atenção primária à saúde é necessário não apenas aprender a teoria através de aulas expositivas, ou conhecer apenas a técnica dos procedimentos. É de suma importância conhecer a realidade como ela é e, sobretudo, saber lidar com ela, com desenvolvimento de reflexão crítica e atitudes proativas, a fim de conseguir melhorias concretas na formação de profissionais capacitados e, acima de tudo, cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.