2: Ensino-aprendizagem: construindo saberes com o serviço
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: CCA - Andiroba    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
448 AÇÃO EM SAÚDE SOBRE OS DIREITOS DAS GESTANTES, DO PROJETO AURORA – HUMAP: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Carolina Lima Stech Fraticelli, Larissa Eufrasio da Silva, Helena Comparini

AÇÃO EM SAÚDE SOBRE OS DIREITOS DAS GESTANTES, DO PROJETO AURORA – HUMAP: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Carolina Lima Stech Fraticelli, Larissa Eufrasio da Silva, Helena Comparini

Introdução: No Brasil, estima-se que 7.5% das gestantes tenham ou desenvolvam o diabetes, caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Em virtude disso, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian desenvolveu o Projeto Aurora (mães docinho), a fim de monitorar e orientar gestantes que possuem diabetes gestacional, que acontece semanalmente. As gestantes permanecem por período integral na maternidade, acompanhadas por uma equipe multiprofissional (enfermeiro, médico, fisioterapeuta, nutricionista), sem atividades planejadas para serem desenvolvidas durante o tempo ocioso. Assim, notou-se a necessidade de abordar assuntos diferenciados ao diabetes, para que estas desenvolvam plena autonomia acerca de sua gestação. As gestantes têm direitos trabalhistas, sociais e de saúde garantidos em toda a gestação, parto e pós-parto. Objetivo: Relatar uma ação em saúde entre as gestantes do Projeto Aurora acerca de seus direitos durante a gestação, parto e pós-parto. Desenvolvimento do trabalho: O conteúdo da oficina foi eleito devido a necessidade que observamos no grupoaurora, através de uma breve conversa, em realizar atividades que não se restrinjam apenas ao diabetes, abordando outros assuntos pertinentes relacionados à gestação em todos os seus contextos, como, por exemplo, seus direitos durante o período gestacional. Posteriormente, o projeto foi apresentado à enfermeira responsável pelo setor para que a mesma autorizasse a ação. Foi utilizada a dinâmica mitos e verdades para a abordagem do tema de forma lúdica. Foi entregue para cada gestante um balão na cor verde e um na cor vermelha, representando respectivamente, verdadeiro e falso. Em seguida, foram realizadas afirmações que abordavam o tema Direitos das Gestantes e as mulheres levantaram os balões de acordo com o que elas conheciam ou imaginavam ser a resposta correta. Em caso de dúvida, poderiam ser levantados os dois balões. Após serem levantados os balões a resposta correta era explicada e debatida. Resultados: O Projeto Aurora conta com cerca de 16 gestantes, mas apenas 7 participaram da ação, devido à ausência (falta) das demais. No momento dos debates, durante o desenvolvimentoda ação, algumas mulheres relataram não ter nenhum conhecimento sobre alguns direitos apresentados e ainda afirmaram que outros não são aplicados no cotidiano. O relato sobre a maior dificuldade encontrada por elas enquanto a aplicação desses direitos no dia a dia foi acerca dos direitos sociais. Conclusão: Notou-se o desconhecimento das mulheres acerca de seus direitos enquanto gestantes. Conclui-se então a necessidade do desenvolvimento de um número maior de educações em saúde no período gestacional para consolidar e aprimorar os conhecimentos dessas mulheres, visando empoderá-las sobre seus direitos para a autonomia em seus atos.

520 O IDOSO E A QUALIDADE DE VIDA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE A INFLUÊNCIA POSITIVA DE UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS.
Christiane Tereza Aleixo Santos, Akyson Zidane Merca Silva, Izabela Cristina Valdevino Silveira, Nathalia Souza Marques, Yanka Macapuna Fontel, Suanne Coelho Pinheiro

O IDOSO E A QUALIDADE DE VIDA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE A INFLUÊNCIA POSITIVA DE UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS.

Autores: Christiane Tereza Aleixo Santos, Akyson Zidane Merca Silva, Izabela Cristina Valdevino Silveira, Nathalia Souza Marques, Yanka Macapuna Fontel, Suanne Coelho Pinheiro

Apresentação:. O trabalho em questão visa relatar experiências de acadêmicos de enfermagem e a percepção destes a respeito da influência positiva de um grupo de convivência e a manutenção da qualidade de vida dos idosos. Fez-se necessário antes discutir alguns conceitos básicos como a qualidade de vida, para compreender as necessidades e as medidas preventivas que melhor se relacionam à promoção de qualidade de vida dos idosos. Dessa maneira, o esforço da nossa pesquisa foi direcionado para um alicerce teórico que nos permitisse a compreensão da qualidade de vida no contexto do envelhecimento a partir da experiência vivenciada em meio aos idosos que participavam de um grupo de convivência. Acredita-se que a temática em questão seja de grande relevância para a enfermagem, para todos os profissionais da área da saúde em geral, e as pessoas que trabalham com idosos, tendo em vista que o crescente número destes no Brasil tem exigido um maior conhecimento sobre suas realidades. É importante conhecer, para que a assistência possa ser oferecida de forma eficaz e satisfatória. O objetivo geral do presente estudo foi relatar a experiência sobre a percepção de acadêmicos de enfermagem a respeito da influência positiva de um grupo de convivência na manutenção da qualidade de vida de idosos. Desenvolvimento do trabalho: O estudo foi elaborado na forma metodológica de relato de experiência vivido pelos discentes da disciplina de Introdução à Enfermagem da Universidade Federal do Pará no dia 14 de abril de 2016.Inicialmente, realizamos a pesquisa bibliográfica a fim de enriquecer nossa percepção a respeito do assunto. Desse modo, foi possível estabelecer uma linha de pensamento que auxiliasse na elaboração de um roteiro para facilitar o desenvolvimento do estudo.Posteriormente, ocorreu a visita à Unidade Básica de Saúde, localizada em Belém-PA no bairro do Guamá, rua Barão de Igarapé Miri, nº 479 onde iniciamos a pesquisa qualitativa, a fim de observar de perto a execução do grupo de convivência e. a interação dos idosos neste grupo para a partir desta vivência relatar informações pertinentes a pesquisa. A presente pesquisa teve como lócus a Unidade Básica de Saúde, localizada em Belém-PA. O estudo envolveu diferentes momentos: Inicialmente, foi estruturado o conteúdo teórico, com base na análise crítica das bibliografias e na extração de conceitos, organizando o modelo da pesquisa. Este conteúdo ofereceu os fundamentos a partir dos quais os principais componentes da pesquisa foram observados e discutidos. Resultados: Atualmente é crescente no número de idosos no Brasil. Mas afinal, será que estes idosos têm envelhecido com qualidade? Com base no que foi observado na vivência, nos relatos dos idosos, e nas leituras bibliográficas realizadas pela equipe, notou-se que por mais que haja o desenvolvimento farmacêutico na busca de desenvolver medicamentos capazes de combater e controlar as doenças crônicas que geralmente os acometem, haja políticas públicas que facilitem o acesso à aquisição destes medicamentos, tanto com a disponibilização em postos quando pelo programa Farmácia Popular, e que haja uma boa aceitação destes medicamentos pelos mesmos, os idosos almejam, principalmente, para uma boa qualidade de vida, a manutenção da saúde. Destacando-se neste contexto à saúde social. Notou-se que a doença social que mais acomete os idosos é a solidão. Durante a interação, quando lhes era perguntado sobre o significado de qualidade de vida, de maneira unânime foi dito “qualidade de vida é ter saúde”. Saúde é o que estes mais buscam. No grupo de convivência, notou-se que esta saúde, nem sempre é a saúde física, não que esta não seja almejado pelos idosos, mesmo com as perdas fisiológicas que são inevitavelmente ocasionadas pelo passar dos anos. Outro ponto observado por todos, foi à importância que estes têm de manter a família unida, e do quão isto lhes traz felicidade, assim como a religiosidade, a presença de um animal de estimação, o ter dinheiro suficiente para as necessidades básicas, o viver livre de estresse, a boa condição de moradia, com boa higiene. Outros aspectos foram observados, porém, ao grupo de convivência estes atribuem a oportunidade de sorrir, serem felizes, amarem e ser amados, saírem para local que lhes traz felicidade. O grupo de idosos apresenta um bom local para convívio, nota-se que estes se sentem satisfeitos em participar e compartilhar as suas vidas com outros idosos e os profissionais da unidade de saúde. E é possível perceber que eles sentem naquele momento, que alguém os tem como ponto central, há pessoas que se importam com eles, e querem vê-los bem, sentindo-se acolhidos. Considerações: Ao realizar este trabalho podemos perceber o quanto os idosos carecem de atenção e a importância do grupo de convívio em restaurar esta atenção. Pode-se compreender que a velhice não é doença, e sim um processo de adaptação às transformações que ocorrem com o passar dos anos, sendo algo natural do ciclo da vida e inevitável. Observou-se que mesmo com o envelhecimento algumas necessidades como a de interação social se mantém as mesmas. É necessário que o idoso busque formas de se manter ativo, e a família e o grupo de convivência são essenciais nesse processo. A família é o alicerce deste idoso, há a necessidade que estes familiares os orientem e faça com que este se sinta importante no contexto familiar. O incentivo a participar dos grupos de convivência é de suma importância, pois estes se reinserem no contexto social e se tornam mais ativos, pois participam de exercícios físicos, fazem novos ciclos de amizade, conhecem coisas novas sobre seu corpo, mudam hábitos em suas rotinas e em especial na alimentação. Dessa maneira, acabam tendo uma vida mais saudável e regrada. A solidão que antes era o um fatores que contribuía para o aparecimento de certas patologias por deixarem de se cuidar acaba perdendo espaço nesse novo contexto. Os idosos do século XXI estão mais preocupados com sua qualidade de vida para assim conseguirem alcançar maior expectativa de vida e permanecerem mais tempo ao lado de quem amam.

506 ATUAÇÃO DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM NA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Lie Tonaki, Marcela Catunda de Souza Michiles, Maria Raika Guimarães Lobo, Thays Cristine Torres Martins, Viviane Santana de Andrade

ATUAÇÃO DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM NA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

Autores: Lie Tonaki, Marcela Catunda de Souza Michiles, Maria Raika Guimarães Lobo, Thays Cristine Torres Martins, Viviane Santana de Andrade

Apresentação: A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na sua formação de profissionais de enfermagem, estabelece parcerias com os serviços de saúde pública do Estado do Amazonas, na qual pacientes são assistidos e cuidados pelos acadêmicos, possibilitando a articulação da teoria com a prática. A atuação do acadêmico nesses serviços consolida o aprendizado das competências previstas na atividade profissional, uma vez que as vivências hospitalares proporcionam o desenvolvimento da destreza manual, promovem o contato com o cliente no âmbito hospitalar, favorecendo a interação socioprofissional e o reconhecimento das peculiaridades de cada cliente, assim como também, estimulam ações embasadas com olhar holístico a respectiva família e comunidade que envolvem o cliente. Durante as práticas nos hospitais, os acadêmicos são orientados a realizar suas ações baseadas de acordo com a teoria, por esse motivo, ainda não se identifica vícios adquiridos ao longo do tempo na profissão, sendo este um fator importante que é identificado na assistência prestada pelos discentes, pois há uma particularidade caracterizada pela observação mais detalhada e execução dos procedimentos de forma mais cuidadosa, respeitando técnicas assépticas, proporcionando com isso, uma assistência qualificada. Objetiva-se relatar experiências exitosas da assistência prestada pelos discentes de enfermagem durante as aulas práticas hospitalares. Desenvolvimento do trabalho: Durante a vivência hospitalar, ao longo da graduação, foram executadas atividades propostas de variadas disciplinas, como administração e organização dos medicamentos, na disciplina de Fundamentos de Assistência ao Paciente (FAP), execução da Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE) em Semiologia, realização de curativos, banho no leito e supervisão da clínica em Semiotécnica, onde nestes, foi possível constatar feitos exitosos a todos os envolvidos. Trata-se de um relato de experiência, de caráter qualitativo, acerca da atuação dos discentes na melhoria da assistência hospitalar, sendo baseado em experiências das aulas práticas hospitalares correspondente do 3º ao 5º período da graduação, nos Serviços de Pronto Atendimento e em Hospitais públicos de Manaus - AM. Resultados e/ou impactos: O primeiro contato com o paciente se deu através da administração de medicamentos. Esse procedimento intervém diretamente na vida de uma pessoa, pois possibilita aos acadêmicos compreender a real responsabilidade da conduta, e entender a importância da total atenção em realizar uma tarefa corriqueira, porém essencial na assistência, dispondo de técnicas assépticas corretas e o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Nesse ambiente, também era mostrado a disposição da sala de medicação. Atividades realizadas pelos discentes, como a organização dos artigos utilizados durante a assistência em seus respectivos lugares, servem para reduzir possíveis eventos adversos como administração de medicação errada. Essas atitudes evidenciam a relevância do acadêmico dentro do âmbito hospitalar. Já na execução da SAE e o Processo de Enfermagem (PE), o acadêmico não só verifica o segmento alterado, como também aspectos céfalo-caudal e biopsicossocial, na qual percebem que o estresse, medo e angústia, se tornam relevantes a ponto de interferir no prognóstico do paciente. Desta forma, proporcionou-os o exercício da visão holística, em que é possível afirmar, que ao aplicar este instrumento da sistematização, tornou-se a prática de enfermagem mais humanizada, na qual o cliente é encorajado a disponibilizar dados sobre sua vida, preocupações, dúvidas e aflições, transpassando o cuidado assistencial biomédico, e desempenhando ações terapêuticas para construção do plano assistencial holístico e individual. Além disso, foi possível desenvolver e aprimorar a dialética com os pacientes, adaptando os termos técnicos a linguagem popular para uma melhor compreensão do autocuidado, exercendo com êxito a educação em saúde, em que o último, se mostra ainda, deficiente nos atendimentos em saúde. Evidenciou-se durante as atividades práticas, que os procedimentos semiotécnicos, como realização de curativos em feridas com cicatrização de 1ª, 2ª e 3ª intenção, obtiveram dos pacientes, relatos satisfatórios no qual pôde-se identificar, a singularidade da assistência prestada pelo acadêmico uma vez que por ainda estar aprendendo, realiza-o de modo mais cuidadoso e atencioso, e isso é demonstrado com pequenas atitudes, como: utilização do soro morno durante o procedimento, esclarecimento das coberturas utilizadas e o porquê dessa escolha, dando-lhes orientações necessárias para o autocuidado e não tirando sua autonomia, uma vez que eram questionados a satisfação do procedimento, que somando fazem a diferença na assistência. As ações que apresentaram melhora clínica e evolução terapêutica dos pacientes, foram a realização do banho no leito e a massagem de conforto, que além de retirar sujidades e protegê-los, observou-se conforto, melhora na autoestima, sensação de alívio e bem-estar físico e mental, sendo estimulado o sistema imunológico e circulatório, melhorando o prognóstico dos mesmos. Posteriormente a conclusão dos procedimentos e formulação das evoluções de enfermagem dos pacientes designados, através das anamneses, as informações pertinentes eram repassadas para a enfermeira da unidade, que a mesma já providenciava as intervenções como: contatar serviço de nutrição, de psicologia, do assistente social, solicitava a realização do balanço hídrico e da avaliação médica, com isso, demonstrando um retorno sob as ações dos acadêmicos frente a SAE aplicada. No que diz respeito as experiências na gestão da unidade, exercendo o papel da supervisão da clínica, as atividades prestadas foram o levantamento de materiais e fármacos das enfermarias, verificando validades, estoque, integridade e disponibilidade, o funcionamento dos utensílios hospitalares, e a inspeção do carro de parada, registrando-o em relatório e apresentando o mesmo a enfermeira responsável, que após o cumprimento da atividade, foi possível identificar sondas nasais vencidas, fármacos fora da validade no carro de parada em que se encontravam lacrados na gaveta e com o aviso de vistoriar diariamente pela enfermeira da clínica, falta de materiais e utensílios danificados, no qual, posteriormente, foram tomados as devidas providências. Considerações Finais: Em virtude dos fatos mencionados, evidenciou-se o quão relevante e benéfico foi a atuação dos acadêmicos nas práticas hospitalares para todos os envolvidos: acadêmico, paciente e hospital, promovendo principalmente a segurança do paciente e evitando eventos adversos. Essa parceria entre universidade e serviços de saúde do estado, proporcionou aos acadêmicos, o aperfeiçoamento da destreza manual, pro atividade, prática da observação minuciosa, dialética, tomada de decisões e principalmente compreender a relevância do papel da enfermagem para com o paciente, instigando a autonomia e o crescimento profissional. Já ao paciente, foi obtido tirar várias vezes, relatos verbais de satisfação do cuidado pelos discentes, pela atenção especial ofertado, pela oportunidade de conversar e ouvir e da educação em saúde para com o paciente e família. Foi possível também verificar, a redução dos possíveis eventos adversos iminentes, que percorre desde erros na medicação por desorganização e descuido na atenção, à administração de drogas vasoativas vencidas do carro de parada do setor. Além do mais, as práticas hospitalares vivenciadas pelos acadêmicos, nos traz autonomia, confiança e certeza de que a atuação, da maneira como ela foi abordada durante a teoria, só traz benefícios a aqueles que necessitam de atendimento. 

648 VIVÊNCIA HOSPITALAR NO PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA NO SETOR DE POLITRAUMA
Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Camila Soares Santos, Beatriz Graça de Araújo, Bárbara Juliana Carvalho Costa, Ester Alves de Oliveira, Marcos Lima do Nascimento, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Iracema da Silva Nogueira

VIVÊNCIA HOSPITALAR NO PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA NO SETOR DE POLITRAUMA

Autores: Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Camila Soares Santos, Beatriz Graça de Araújo, Bárbara Juliana Carvalho Costa, Ester Alves de Oliveira, Marcos Lima do Nascimento, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Iracema da Silva Nogueira

Introdução: No Brasil, tem-se o entendimento que a formação superior, especialmente a universitária, baseia-se em pressuposto cujas finalidades da educação não são simples nem unidimensionais, mas funcionam com um conjunto bastante definido de fins que possuem grande aceitação, na qual, visam buscar por uma formação mais abrangente que garanta o desenvolvimento integral do estudante. Com o intuito de proporcionar os princípios de um crescimento nos aspectos acadêmicos, profissionais e culturais dos estudantes, as universidades têm apresentado um conjunto amplo de propostas de trabalho, compondo os projetos pedagógicos dos cursos, não o restringindo à grade de disciplinas dos cursos. As práticas de atividades multidisciplinares visam oferecer uma formação mais ampla aos estudantes, através de experiências que ampliam a graduação dos mesmos, acrescentando o contato com diversas áreas de conhecimento e experiências, na qual possuem potencial para contribuir no seu processo de formação. Nesse contexto, é de relevância importância para a formação de um corpo de conhecimento bem estruturado a respeito de sua própria área, que o acadêmico de enfermagem possa ter a oportunidade de acompanhar as atividades hospitalares de média e alta complexidade de forma supervisionada, tornando, a referida vivência, uma contribuidora no processo formativo no que tange à formação profissional, pois oportuniza aos participantes conhecer na realidade qual a função do enfermeiro e da equipe de enfermagem no setor de urgência e emergência no contexto hospitalar. Objetivo: Relatar a experiência obtida a partir da vivência acadêmica supervisionada pelo enfermeiro chefe do Setor de Politrauma de um Hospital público da cidade de Manaus. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, que utiliza o método de observação incorporada das atividades desenvolvidas durante os meses de junho a agosto de 2017, por acadêmicos do 4º período do Curso de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O local alvo da experiência relatada faz parte da esfera estadual de assistência à saúde, onde realiza atendimento às vítimas de politrauma, sendo o mesmo, referência em traumas de cabeça e pescoço. Resultados: Inicialmente, houve um convite aos acadêmicos do referido Curso, por parte do enfermeiro chefe do referido Setor, com o intuito de ampliar as vivências hospitalares, proporcionando, assim, uma troca positiva de experiências. Tal convite se deu por ocasião de uma das aulas práticas da disciplina Fundamentos de Assistência ao Paciente, onde os acadêmicos vivenciam suas primeiras experiências no âmbito hospitalar, no que se refere às disciplinas obrigatórias da matriz curricular. As atividades foram desenvolvidas em regime de 12 horas semanais e constituíram-se preliminarmente, em visitas acompanhadas pelo referido enfermeiro, momento em que foi explicado o funcionamento da área de classificação de risco, enfatizando que se baseia na triagem do paciente para definição do tempo de espera para o atendimento médico, priorizando o atendimento de alto risco. Isso foi essencial para ter os fundamentos básicos para o desenvolvimento das atividades no Setor de Urgência e Emergência. Posteriormente, foi vivenciada, sob orientação e supervisão do profissional, o processo de cuidar do paciente de média e alta complexidade. Os procedimentos realizados foram efetuados pelo profissional, e os acadêmicos os observavam, correlacionando com alguns dos conhecimentos teóricos adquiridos na Universidade, o que gerou grande contribuição para a formação de um saber baseado em experiências reais. Esse momento foi essencial para que, com base nos problemas encontrados, os acadêmicos fossem instigados a raciocinar e buscar soluções baseadas em conhecimentos técnicos, científicos, éticos e humanos para garantir assim, uma assistência de enfermagem segura aos pacientes. É importante destacar que todas as ações executadas pelos acadêmicos, jamais foram feitas sem a supervisão contínua do enfermeiro e, sem dúvidas, essas experiências contribuíram de forma positiva para todos os envolvidos, trazendo novos conhecimentos sobre o atendimento ao paciente crítico e o funcionamento hospitalar na prática, indo além do que é explicado dentro dos muros da Universidade. Nesta perspectiva, entende-se que é imprescindível que o desenvolvimento de atividades extracurriculares através de vivências, não somente em hospitais, se mostrem muito benéficas no processo de formação acadêmica Dentre as atividades realizadas, destacam-se: avaliação clínica e funcional, anamnese e exame físico, punção venosa e administração de medicamentos, leitura de exames complementares, admissão de pacientes, curativos, aspiração endotraqueal, sondagem vesical e nasogástrica, além de atividades que permitiram compreender a importância de uma equipe multidisciplinar para o funcionamento de um Pronto Socorro, pois, percebeu-se que a qualidade da assistência à saúde não se faz apenas com uma categoria profissional. A assistência é viabilizada pelo diálogo entre profissionais visando um atendimento livre de danos e riscos para o paciente que busca o atendimento de saúde, já que o processo de trabalho é feito de relações interpessoais e estas podem influenciar de forma positiva ou negativa no dia a dia dos profissionais e usuários do sistema de saúde, podendo gerar dificuldades e relações desfavoráveis e tensas, prejudicando o desenvolvimento das ações na assistência à saúde. Por isso, é indispensável à promoção de relacionamentos saudáveis e harmoniosos com a equipe, para assim, desenvolver e promover o cuidado terapêutico aos pacientes. Conclusão: Considera-se que essas atividades contribuíram de forma expressiva para a complementaridade na formação dos acadêmicos, possibilitando vivenciar a atuação do profissional de enfermagem, contribuindo para o processo de formação e preparando para a futura inserção no mercado de trabalho. Dessa maneira, reitera-se que é necessário o desenvolvimento de atividades extracurriculares, com o intuito de preparar o acadêmico para as reais experiências em sua área, possibilitando a vivência hospitalar além das práticas obrigatórias da matriz curricular do curso, expandindo dessa maneira a interação de ensino. Vale ressaltar que essas vivências propiciam aos alunos inúmeras situações que exigem raciocínio clínico, técnico, cientifico bem estruturado, formado a partir de trocas benéficas de experiências e conhecimentos entre acadêmicos e profissionais assistenciais, enfatizando assim, a importância da integração do ensino e serviço para os acadêmicos da área de saúde. Além disso, a experiência possibilitou constatar a importância e a necessidade dos profissionais de enfermagem, notadamente do enfermeiro, no setor de urgência e emergência, ampliando os horizontes do acadêmico quanto à futura atuação, promovendo assim, uma prática profissional de modo crítico e reflexivo.

674 Educação em Saúde na Atenção Primária: contribuições dos acadêmicos de medicina na promoção da qualidade de vida do trabalhador
Raquel Juliana de Oliveira Soares, Rosana Silva Rosa, Claudia Lima Campos Alzuguir

Educação em Saúde na Atenção Primária: contribuições dos acadêmicos de medicina na promoção da qualidade de vida do trabalhador

Autores: Raquel Juliana de Oliveira Soares, Rosana Silva Rosa, Claudia Lima Campos Alzuguir

Apesar dos avanços técnicos e científicos na formação médica, a visão biológica/mecanicista distanciou o médico do paciente minimizando o olhar integral da pessoa e dificultando a mudança do enfoque hospitalar para a Atenção Primária. A partir da concepção ampliada da saúde e de seus determinantes sociais, a Atenção Primária se fortalece com maior valorização da prevenção e promoção da saúde, desenvolvendo ações educativas com a participação popular. A educação em saúde é uma ferramenta da promoção que estimula a reflexão, a mudança de comportamentos e a melhoria das condições de vida e de saúde. O presente trabalho trata-se de um relato de experiência das atividades educativas realizadas pelos acadêmicos do curso de medicina, na disciplina de Saúde da Família VIII cujo foco é a saúde do trabalhador. O objetivo da atividade educativa foi orientar os usuários sobre algumas doenças relacionadas ao trabalho e promover a qualidade de vida. As atividades aconteceram em uma Clínica da Família no Município do Rio de Janeiro com a seguinte dinâmica: inicialmente a turma foi dividida em grupos para abordarem temas relacionados à saúde do trabalhador como LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/ Doença Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), Dermatose Ocupacional, PAIR (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído) e Depressão Ocupacional. A seguir o grupo organizou a atividade e decidiram sobre o recurso a ser utilizado como banner, folder ou álbum seriado, preparando o material com uma linguagem simples e conteúdo objetivo. A ação educativa foi realizada na sala de espera da Clínica da Família, enquanto os usuários aguardavam a consulta.  A experiência mostrou-se positiva e transformadora destacando-se os resultados produzidos tanto para os usuários como para os discentes, que se surpreenderam com os temas abordados, não comuns nas ações educativas na Estratégia de Saúde da Família. Os usuários mantiveram-se atentos, interagindo e fazendo questionamentos em grupo e em particular, despertando para ações que produzam qualidade de vida no trabalho. Para os acadêmicos, a experiência fortaleceu os objetivos da disciplina quanto a importância da educação em saúde na assistência integral e a relação com a saúde do trabalhador na Atenção Primária, bem como estimulou a reflexão sobre a produção dos saberes coletivos e oportunizou maior interação médico/ usuário.

685 HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO EM USUÁRIOS DO AMBULATÓRIO ARAÚJO LIMA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fernanda de Souza Henrique, Ana Flávia de Souza Henrique, Lucas Ferreira Barbosa de Aguiar, Debora Alencar Itaquy, Lúcia Margareth Barreto Belmont, Jéssica Silva da Cunha, Maria Conceição de Oliveira

HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO EM USUÁRIOS DO AMBULATÓRIO ARAÚJO LIMA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fernanda de Souza Henrique, Ana Flávia de Souza Henrique, Lucas Ferreira Barbosa de Aguiar, Debora Alencar Itaquy, Lúcia Margareth Barreto Belmont, Jéssica Silva da Cunha, Maria Conceição de Oliveira

INTRODUÇÃO: A Hipertensão arterial (HA) se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais, sendo agravada por presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade e diabetes melito. OBJETIVO: Compartilhar o relato de experiência em pesquisa epidemiológica vivenciada durante as atividades práticas da disciplina de Epidemiologia I. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Participaram das atividades práticas 30 alunos do quinto período de Medicina no primeiro semestre de 2015, que cursavam a disciplina de Epidemiologia I. Após orientação e aulas presenciais e teóricas sobre pesquisa científica, estudos dirigidos e informática, os discentes foram divididos em  três grupos, os quais foram encorajados a buscarem temas de relevância pública e científica. Após escolha do tema, e levantamento de hipóteses diretórias, definiu-se os objetivos, e desenvolvimento dos indicadores para atingir os objetivos específicos em função das variáveis de exposição e desfechos. Em um segundo momento, a construção e impressão de um protocolo estruturado e semiestruturado foi providenciado para aplicação entre os usuários do Ambulatório Araújo Lima. O prazo concedido para a aplicação dos referidos protocolos, em número mínimo de 150 por grupo, foi de um mês. Com as questões pode-se avaliar o controle da pressão arterial (PA) e fatores de risco (FR) autoreferido, como idade, sexo, etnia, consumo de sal adicional e alimentos gordurosos, alcoolismo, índice de massa corporal (IMC) e variáveis demográficas. Findando a coleta de dados, esses foram digitados no software Epi Info 7.2.1, tabulados e feito as análises descritivas das informações. RESULTADOS: Dos 150 participantes, 62% foram do sexo feminino. Desses, 42% não souberam informar seus valores de PA habituais, 27% informaram ser ≤ 120/80 mmHg, 19% em estágio de pré-hipertensão e 17% ≥ 140/90 mmHg. Quanto ao hábito de consumo alimentar, 32, 67% da amostra era etilista, 63, 33% afirmou consumir produtos gordurosos. Em relação ao IMC, maior parte da população foi classificada como sobrepeso (38%) seguido do IMC normal (34, 67%); além disso, consumia sal adicional e alimentos gordurosos, de modo a concluirmos a partir dos resultados obtidos que grande parte da população estudada desconhece seus valores de PA e que medidas preventivas sobre o controle da PA e FR ainda precisam da conscientização dos usuários. CONCLUSÕES: A Disciplina Epidemiologia para formação médica amplia o conhecimento para pesquisa científica com interesse público. Somando, a atividade mobiliza ativamente os alunos na aplicação dos conceitos teórico práticos com a produção de inusitados conhecimentos, estimulando-os a aplicar o raciocínio científico durante a graduação.

710 A IMPORTÂNCIA DE ESTÁGIOS E VIVÊNCIAS NA FORMAÇÃO DISCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO VER-SUS ENQUANTO DISPOSITIVO ESTIMULADOR E FORMADOR NO CAMPO DA SAÚDE.
Robson Diego Calixto, Fernanda Farago Zanlorenzi, Julio Cezar Sandrini, Cesar José Campagnoli, Marilene da Cruz Magalhães Buffon, Rafael Gomes Ditterich

A IMPORTÂNCIA DE ESTÁGIOS E VIVÊNCIAS NA FORMAÇÃO DISCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO VER-SUS ENQUANTO DISPOSITIVO ESTIMULADOR E FORMADOR NO CAMPO DA SAÚDE.

Autores: Robson Diego Calixto, Fernanda Farago Zanlorenzi, Julio Cezar Sandrini, Cesar José Campagnoli, Marilene da Cruz Magalhães Buffon, Rafael Gomes Ditterich

Os estágios e vivências constituem importantes dispositivos educacionais que permitem aos discentes experimentar um novo espaço de aprendizagem. Viver as rotinas do cotidiano de trabalho das organizações e serviços de saúde, entendido enquanto princípio educativo e espaço para desenvolver os processos de trabalho no campo da saúde, colabora na formação de profissionais comprometidos ético e politicamente com as necessidades de saúde da população. Esse trabalho relata a experiência vivenciada durante o mês de dezembro do ano de 2016 no estado de Alagoas, durante a participação no projeto VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde) do Ministério da Saúde. Este projeto tem como principal problemática a estimulação e a formação inter e multiprofissional dos discentes participantes do projeto, comprometidos eticamente com os princípios e diretrizes do sistema e que se entendam como atores sociais capazes de promover transformações no ambiente onde vivem. A metodologia consistiu em uma imersão teórica, prática e vivencial dentro do Sistema Único de Saúde da cidade de Maceió e seus territórios de abrangência, com estudantes de diferentes locais do país e de diversas áreas. Durante todo o período, ocorreram momentos de diálogo e troca de experiências relacionadas às vivências do dia a dia, seja através de oficinais e/ou a produção de materiais didáticos como recursos opcionais de ensino. Ao final do período de estágio, foi possível perceber que através do projeto, ampliou-se o conhecimento crítico acerca do Sistema Único de Saúde dos participantes, bem como facilitou a compreensão da lógica de funcionamento do SUS, seus princípios e diretrizes, junto à discussão de saúde em seu conceito ampliado em todos os seus âmbitos. Tal estágio e vivência se fez uma destacada ferramenta no que diz respeito à capacitação interdisciplinar e multiprofissional do estudante, onde, permitiu ao mesmo, uma integração ensino-serviço-comunidade-gestão de excelência, coisa que muitas vezes, não se consegue assimilar pela prática diária das Instituições de Ensino.

716 ESTUDANTES DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EM CENÁRIOS DO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ESTÁGIO CURRICULAR NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
Leandro Ribeiro Molina, Fernanda Manzini, Thaiara Dornelles Lago, Maria Lidia Gonzaga Ribeiro, Marina Dutra Soncini

ESTUDANTES DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EM CENÁRIOS DO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ESTÁGIO CURRICULAR NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

Autores: Leandro Ribeiro Molina, Fernanda Manzini, Thaiara Dornelles Lago, Maria Lidia Gonzaga Ribeiro, Marina Dutra Soncini

APRESENTAÇÃO: A reformulação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Farmácia reafirmou a importância da integração ensino-serviço, ao destacar que a formação deverá contemplar as necessidades sociais em saúde com ênfase no SUS. Partindo disso, vários cursos de graduação em Farmácia implementaram disciplinas de estágio e/ou vivência em cenários de práticas do SUS. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é relatar uma experiência de estágio curricular, na perspectiva de vivências de três estudantes do último semestre do curso de Farmácia da Universidade Federal de Santa Catarina, bem como de dois farmacêuticos supervisores locais vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de estágio curricular vinculado à disciplina Estágio Final em Ciências Farmacêuticas, com carga horária de 435 horas, realizado durante o segundo semestre de 2017 em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). A carga horária semanal foi organizada contemplando as atividades de dispensação e gestão da farmácia (60%); participação em reuniões de equipe, visitas domiciliares, atendimentos individuais/interconsultas e grupos de educação em saúde (20%),  planejamento das atividades, estudo e seminário semanal para discussão de temas relacionados à dispensação dos medicamentos dispensados na UBS (20%). Cada estagiária foi vinculada a uma equipe de Saúde da Família (ESF), sendo integrada ao processo de cuidado dos usuários e reconhecendo as possibilidades de atuação e articulação do farmacêutico junto à ESF. Também foram desenvolvidas atividades como territorialização, participação nas reuniões da UBS e elaboração de materiais educativos. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: O estágio proporcionou o desenvolvimento de competências como a comunicação com outros profissionais de saúde e usuários, reforçando a importância do farmacêutico na rede de cuidado. A aproximação com os usuários no momento da dispensação mostrou, na prática, o impacto que a dispensação proporciona para o tratamento e cuidado dos mesmos,  demonstrando ser um serviço importante para o desenvolvimento das ações do farmacêutico dentro da Atenção Básica. A participação das estagiárias em uma ESF proporcionou, também, outras possibilidades: discussões de casos clínicos, onde conceitos técnicos e práticos de cuidado, principalmente relacionados à adesão e continuidade dos tratamentos, se mostraram necessários em diversos momentos. O reconhecimento das equipes com as estagiárias e  farmacêuticos responsáveis foi verificado pela demanda gerada, sendo realizadas consultas farmacêuticas/interconsultas e visitas domiciliares ao longo do estágio, além de dúvidas que eram discutidas cotidianamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estágio proporcionou uma experiência de aprendizado em serviço, possibilitando a vivência do exercício profissional com autonomia e responsabilidade, bem como aplicação de conhecimentos, antes só adquiridos na teoria. As estagiárias puderam reconhecer o lado humano da profissão farmacêutica por meio do contato direto  e acolhimento dos usuários. Os farmacêuticos supervisores locais também avaliam a experiência como extremamente positiva, destacando o convívio com as estudantes e o contato com a academia como um fator importante de estímulo para educação permanente. Assim, este relato ratifica a importância da integração ensino-serviço na graduação em Farmácia, especialmente para formação de profissionais para atuarem no SUS.

4964 A IMPORTÂNCIA DO VOLUNTARIADO EM AÇÕES DE SAÚDE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO ENFERMEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Natalia Guedes, Thays Cristine Torres Martins

A IMPORTÂNCIA DO VOLUNTARIADO EM AÇÕES DE SAÚDE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO ENFERMEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Natalia Guedes, Thays Cristine Torres Martins

APRESENTAÇÃO: A Escola Superior De Ciências Da Saúde DA Universidade do Estado do Amazonas (UEA) apresenta dentro da extensão universitária o incentivo a participação social, através do projeto UEA CIDADÃ, que possibilita e incentiva os acadêmicos a articular o conhecimento adquirido através do ensino com as necessidades da comunidade onde a universidade se insere. A UEA CIDADÃ, um dos projetos de extensão da UEA foi criado em 2007 e hoje conta com cerca de 450 alunos voluntários dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia. O projeto tem a finalidade de promover ações em saúde através do trabalho voluntário desses alunos à comunidade da cidade de Manaus e do interior do Amazonas, principalmente nas áreas carentes, fazendo com que futuros profissionais da saúde se tornem mais próximos da comunidade e desenvolvam desde cedo ações humanizadas, preventivas e habilidades técnicas, beneficiando tanto os acadêmicos quanto a população. Objetiva-se com este trabalho relatar a experiência dos discentes de Enfermagem durante as ações voluntárias do projeto de extensão UEA CIDADÃ no período de 2015 e 2016. DESENVOLVIMENTO: O projeto se dá em parceria com ações sociais que ocorrem dentro das comunidades das zonas rural e urbana do município de Manaus. Tais ações sociais acontecem dentro de ginásios, escolas e igrejas. Os organizadores desses eventos solicitam que os voluntários compareçam como suporte às atividades voltadas à saúde. Durante as ações do projeto os alunos adentram nas comunidades e atuam em atendimentos individuais, realizando testes de glicemia e aferição de Pressão Arterial, aplicação de flúor em crianças, conversam com as pessoas sobre doenças comuns na população como hipertensão e diabetes, fazem as medidas antropométricas e cálculo do IMC e conscientizam as pessoas quanto a importância da boa alimentação e realização de atividades físicas. Em alguns casos também é solicitado aos voluntários que realizem palestras sobre temas variados como câncer de mama, câncer de próstata e IST´s/AIDS. Durante as atividades, o aluno voluntário tem a possibilidade de treinar uma escuta mais sensível e um olhar empático aos problemas reais daquelas pessoas. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: O voluntariado em ações de saúde é importante pois contribui em duas frentes simultaneamente, levando a promoção de saúde para a população alvo, ao mesmo passo que proporciona ao voluntário a aquisição de habilidades que só são possíveis de se aprender na prática. Ao atender vários pacientes, um seguido ao outro, cada um com histórias de vida diferentes, mas que muitas das vezes possuem a mesma doença, o futuro enfermeiro aprende a tratar cada paciente de forma individual, atentando às suas necessidades e demandas e aprendendo na prática que cada paciente é diferente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do que foi relatado, ressalta-se a importância das atividades de voluntariado para a formação acadêmica e afirmação do compromisso social do acadêmico. O projeto UEA cidadã possibilitou aos discentes a aplicação de seus conhecimentos técnicos e proporcionou a aquisição de habilidades que são de suma importância na atuação profissional.

2955 O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Risângela Patricia de Freitas Pantoja, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Juliete Nobre dos Santos Silva, Érica de Kassia Costa Gonçalves, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Gabriela Farias de Lima

O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Risângela Patricia de Freitas Pantoja, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Juliete Nobre dos Santos Silva, Érica de Kassia Costa Gonçalves, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Gabriela Farias de Lima

INTRODUÇÃO: A promoção da saúde se faz através da educação, da adoção de modos de vida saudáveis, do desenvolvimento de habilidades e capacidades individuais e da produção de um ambiente saudável. Sendo assim, observa-se uma oportunidade para a enfermagem atuar como educadora em saúde com o objetivo de ensinar o autocuidado, de forma a garantir a promoção da saúde e a prevenção de agravos. Nesse contexto, vê-se a oportunidade de, através da extensão universitária, aproximar o acadêmico à realidade da comunidade na qual a universidade encontra-se inserida, não apenas para colocar em prática seus conhecimentos, mas também para levar este até a comunidade, além de proporcionar o enriquecimento do saber dos alunos através da interação com a população, para que essa interação ocorra. Sousa (2000) afirma que a extensão é o instrumento necessário para que o produto universidade - a pesquisa e o ensino - esteja articulado entre si e possa ser levado o mais próximo possível das aplicações úteis na sociedade e, ainda, que a universidade deve estar presente na formação do cidadão, dentro e fora de seus muros. De acordo com Silva (1996), extensão universitária é a chance que o acadêmico tem de contribuir com a sociedade, socializando o saber diminuindo as barreiras existentes entre a universidade e a comunidade, trata-se da aplicação na prática do conhecimento adquirido em sala de aula. Dessa forma, objetivando a promoção e a prevenção da saúde da criança e consequentemente favorecendo a prestação do cuidado de enfermagem é que desejamos desenvolver atividades educativas a fim de fornecer as crianças participantes do projeto o conhecimento necessário para que aprendam a cuidar de seu corpo, seu ambiente para assim poder contribuir na preservação de sua saúde, dos seus familiares e da comunidade em que vivem. Com o inicio da vida acadêmica a enfermagem proporciona um leque de oportunidades em cujas quais a educação em saúde encontra-se intimamente inserida fazendo parte do cotidiano dos acadêmicos, seja no âmbito da atenção primária, em hospitais de médio e grande porte ou mesmo na academia. Portanto, a enfermagem enquanto educadora em saúde considera necessário a realização de ações educativas sobre saúde afim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade a qual através da extensão esta inserida enfatizando a interação entre a universidade e a comunidade. As ações educativas que são realizadas com a ajuda de atividades lúdicas são fundamentais para o ensino-aprendizagem tanto de crianças quanto de jovens e adultos, por favorecer melhor compreensão de temas propostos além de tratar assuntos complexos que muitas vezes causam demasiado receio na população de forma mais acessível. É através das atividades lúdicas que a criança consegue se desenvolver com mais facilidade, pois existe uma interação e assimilação de determinados conteúdos vivenciados. Essa prática possibilita que os alunos exemplifiquem os contextos adquiridos. A inserção do lúdico no ensino torna-se de fundamental importância e é uma ferramenta imprescindível à qual os profissionais devem aderir com o intuito de conseguir uma produtividade por parte desses alunos recém-chegados a esse mundo (MATOS, 2013, p. 137). Com as atividades lúdicas é possível estimular o pensamento das crianças. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no uso de dinâmica lúdica para estimulação do processo de ensino-aprendizagem em saúde bucal em crianças de 06 a 10 anos de idade que são atendidas pelo projeto de extensão “Criando um espaço para desenvolvimento humano” da Faculdade de enfermagem da Universidade Federal do Pará. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. O estudo foi realizado com crianças, estudantes de uma comunidade católica no bairro de Condor em Belém do Pará. A comunidade faz parte do campo de atuação do projeto de extensão: Criando um espaço para o desenvolvimento humano (PROCEDH) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Onde através de atividade lúdico-educativa foi abordado o tema PARASITOSE INTESTINAL com a utilização de um molde do aparelho digestivo confeccionado em E.V.A e TNT com o formato de uma camisa juntamente com o molde de uma Taenia solium e dois Ascaris lumbricóides em E.V.A para realização de atividade lúdica tipo construção coletiva onde através da dinâmica “A lombriga que todos temos” foram feitas várias perguntas sobre os tipos de parasitas que podem viver no corpo caso a pessoa não tenha bons hábitos de higiene e cuidados com a alimentação, o molde do aparelho digestivo foi vestido como uma camisa onde a solitária e as lombrigas foram coladas conforme eram explicadas as doenças causadas, recurso este que auxiliou com a visualização facilitando sua compreensão e tornando mais dinâmico o processo de ensino-aprendizagem sobre parasitose intestinal. RESULTADOS: Através da dinâmica “A lombriga que todos temos” cuja qual aborda os cuidados necessários para manter a saúde e bem estar do sistema digestivo e a prevenção de doenças como a teníase e a ascaridíase. Através desta dinâmica as acadêmicas evidenciaram um maior interesse pelas crianças cujas quais mostraram-se mais receptivas expressando suas dúvidas, mostrando que apesar da pouca idade (7 a 11 anos) compreendem que cuidar da saúde hoje irá prevenir doenças quando adultos e que cada um pode ser multiplicador de conhecimento. Tornou-se evidente a importância do lúdico no desenvolvimento e avaliação dos conteúdos, uma vez que possibilitou as acadêmicas participar ativamente na construção do conhecimento, através dos conteúdos, da reflexão e interação com as crianças, da mesma forma que podemos observar no estudo de Souza (2017) que considera a utilização do lúdico como ferramenta didática no processo ensino aprendizagem, possibilitando ao estudante o protagonismo na construção do seu conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por se tratarem de crianças em fase escolar todos os temas abordados são desenvolvidos com ludicidade visando a melhor compreensão da criança, incentivando sua interação e a troca de saberes. Extratégia esta que tem se mostrado formidável juntamente com a utilização da metodologia ativa que busca colocar a criança como agente de seu aprendizado favorecendo melhor compreensão. Todas as atividades realizadas são aceitas e desenvolvidas com interação e curiosidade, onde as crianças são estimuladas a praticarem bons hábitos de higiene e estarem envolvidas no cuidada de sua saúde e bem estar. Por parte das acadêmicas, acredita-se que a maior dificuldade tenha sido a melhor forma de desenvolver as ações educativas uma vez que chamar a atenção de crianças na referida faixa etária torna-se deveras complicado considerando que atividades que demandam muito tempo ou que não se mostrem muito interessantes facilitam para o desinteresse não apenas de crianças, mas em outras faixas etárias ocorrendo o mesmo. Uma vez que a dinâmica da atividade encontra-se concluída, sua implementação torna-se deveras prazerosa sobretudo em meio as crianças, pois evidencia-se uma maior aproximação entre teorias e realidade além de evidenciar o real grau de aprendizagem da criança e proporcionar melhor compreensão por parte das acadêmicas acerca dos métodos de ensino.

665 O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Risângela Patricia de Freitas Pantoja, Franciane do Socorro Rodrigues Pantoja, Juliete Nobre dos Santos Silva, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Érica de Kassia Costa, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Gabriela Farias de Lima

O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Risângela Patricia de Freitas Pantoja, Franciane do Socorro Rodrigues Pantoja, Juliete Nobre dos Santos Silva, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Érica de Kassia Costa, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Gabriela Farias de Lima

INTRODUÇÃO: A promoção da saúde se faz através da educação, da adoção de modos de vida saudáveis, do desenvolvimento de habilidades e capacidades individuais e da produção de um ambiente saudável. Sendo assim, observa-se uma oportunidade para a enfermagem atuar como educadora em saúde com o objetivo de ensinar o autocuidado, de forma a garantir a promoção da saúde e a prevenção de agravos. Nesse contexto, vê-se a oportunidade de, através da extensão universitária, aproximar o acadêmico à realidade da comunidade na qual a universidade encontra-se inserida, não apenas para colocar em prática seus conhecimentos, mas também para levar este até a comunidade, além de proporcionar o enriquecimento do saber dos alunos através da interação com a população, para que essa interação ocorra. Sousa (2000) afirma que a extensão é o instrumento necessário para que o produto universidade - a pesquisa e o ensino - esteja articulado entre si e possa ser levado o mais próximo possível das aplicações úteis na sociedade e, ainda, que a universidade deve estar presente na formação do cidadão, dentro e fora de seus muros. De acordo com Silva (1996), extensão universitária é a chance que o acadêmico tem de contribuir com a sociedade, socializando o saber diminuindo as barreiras existentes entre a universidade e a comunidade, trata-se da aplicação na prática do conhecimento adquirido em sala de aula. Dessa forma, objetivando a promoção e a prevenção da saúde da criança e consequentemente favorecendo a prestação do cuidado de enfermagem é que desejamos desenvolver atividades educativas a fim de fornecer as crianças participantes do projeto o conhecimento necessário para que aprendam a cuidar de seu corpo, seu ambiente para assim poder contribuir na preservação de sua saúde, dos seus familiares e da comunidade em que vivem. Com o inicio da vida acadêmica a enfermagem proporciona um leque de oportunidades em cujas quais a educação em saúde encontra-se intimamente inserida fazendo parte do cotidiano dos acadêmicos, seja no âmbito da atenção primária, em hospitais de médio e grande porte ou mesmo na academia. Portanto, a enfermagem enquanto educadora em saúde considera necessário a realização de ações educativas sobre saúde afim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade a qual através da extensão esta inserida enfatizando a interação entre a universidade e a comunidade. As ações educativas que são realizadas com a ajuda de atividades lúdicas são fundamentais para o ensino-aprendizagem tanto de crianças quanto de jovens e adultos, por favorecer melhor compreensão de temas propostos além de tratar assuntos complexos que muitas vezes causam demasiado receio na população de forma mais acessível. É através das atividades lúdicas que a criança consegue se desenvolver com mais facilidade, pois existe uma interação e assimilação de determinados conteúdos vivenciados. Essa prática possibilita que os alunos exemplifiquem os contextos adquiridos. A inserção do lúdico no ensino torna-se de fundamental importância e é uma ferramenta imprescindível à qual os profissionais devem aderir com o intuito de conseguir uma produtividade por parte desses alunos recém-chegados a esse mundo (MATOS, 2013, p. 137). Com as atividades lúdicas é possível estimular o pensamento das crianças. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no uso de dinâmica lúdica para estimulação do processo de ensino-aprendizagem em saúde bucal em crianças de 06 a 10 anos de idade que são atendidas pelo projeto de extensão “Criando um espaço para desenvolvimento humano” da Faculdade de enfermagem da Universidade Federal do Pará. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. O estudo foi realizado com crianças, estudantes de uma comunidade católica no bairro de Condor em Belém do Pará. A comunidade faz parte do campo de atuação do projeto de extensão: Criando um espaço para o desenvolvimento humano (PROCEDH) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Onde através de atividade lúdico-educativa foi abordado o tema PARASITOSE INTESTINAL com a utilização de um molde do aparelho digestivo confeccionado em E.V.A e TNT com o formato de uma camisa juntamente com o molde de uma Taenia solium e dois Ascaris lumbricóides em E.V.A para realização de atividade lúdica tipo construção coletiva onde através da dinâmica “A lombriga que todos temos” foram feitas várias perguntas sobre os tipos de parasitas que podem viver no corpo caso a pessoa não tenha bons hábitos de higiene e cuidados com a alimentação, o molde do aparelho digestivo foi vestido como uma camisa onde a solitária e as lombrigas foram coladas conforme eram explicadas as doenças causadas, recurso este que auxiliou com a visualização facilitando sua compreensão e tornando mais dinâmico o processo de ensino-aprendizagem sobre parasitose intestinal. RESULTADOS: Através da dinâmica “A lombriga que todos temos” cuja qual aborda os cuidados necessários para manter a saúde e bem estar do sistema digestivo e a prevenção de doenças como a teníase e a ascaridíase. Através desta dinâmica as acadêmicas evidenciaram um maior interesse pelas crianças cujas quais mostraram-se mais receptivas expressando suas dúvidas, mostrando que apesar da pouca idade (7 a 11 anos) compreendem que cuidar da saúde hoje irá prevenir doenças quando adultos e que cada um pode ser multiplicador de conhecimento. Tornou-se evidente a importância do lúdico no desenvolvimento e avaliação dos conteúdos, uma vez que possibilitou as acadêmicas participar ativamente na construção do conhecimento, através dos conteúdos, da reflexão e interação com as crianças, da mesma forma que podemos observar no estudo de Souza (2017) que considera a utilização do lúdico como ferramenta didática no processo ensino aprendizagem, possibilitando ao estudante o protagonismo na construção do seu conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por se tratarem de crianças em fase escolar todos os temas abordados são desenvolvidos com ludicidade visando a melhor compreensão da criança, incentivando sua interação e a troca de saberes. Extratégia esta que tem se mostrado formidável juntamente com a utilização da metodologia ativa que busca colocar a criança como agente de seu aprendizado favorecendo melhor compreensão. Todas as atividades realizadas são aceitas e desenvolvidas com interação e curiosidade, onde as crianças são estimuladas a praticarem bons hábitos de higiene e estarem envolvidas no cuidada de sua saúde e bem estar. Por parte das acadêmicas, acredita-se que a maior dificuldade tenha sido a melhor forma de desenvolver as ações educativas uma vez que chamar a atenção de crianças na referida faixa etária torna-se deveras complicado considerando que atividades que demandam muito tempo ou que não se mostrem muito interessantes facilitam para o desinteresse não apenas de crianças, mas em outras faixas etárias ocorrendo o mesmo. Uma vez que a dinâmica da atividade encontra-se concluída, sua implementação torna-se deveras prazerosa sobretudo em meio as crianças, pois evidencia-se uma maior aproximação entre teorias e realidade além de evidenciar o real grau de aprendizagem da criança e proporcionar melhor compreensão por parte das acadêmicas acerca dos métodos de ensino.

676 “Construindo Enlaces”: uma Experiência de Formação em Saúde Mental no SUS com Estudantes do Curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, campus Macaé-RJ
Alessandra Aniceto Ferreira de Figueiredo

“Construindo Enlaces”: uma Experiência de Formação em Saúde Mental no SUS com Estudantes do Curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, campus Macaé-RJ

Autores: Alessandra Aniceto Ferreira de Figueiredo

Macaé está localizada no interior do estado do Rio de Janeiro, Brasil, situada a 180 quilômetros a nordeste da capital, sua população consta de 244.139 habitantes em 2017, segundo dados do IBGE. O município tem práticas pioneiras em saúde mental, destacando-se pela implantação de ações no território, mesmo antes do desenvolvimento de políticas a nível nacional, como ocorreu com a implantação da equipe de saúde mental na atenção básica no ano de 2002, sendo essa anterior a publicação da portaria do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), em 2008, que tem em uma de suas atribuições o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção em saúde mental junto as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Pensando na interface entre a educação em saúde e a formação de profissionais para o SUS, tomando por base as diretrizes curriculares nacionais de 2014, propostas para os cursos de medicina no Brasil, os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ tem realizado a formação dos estudantes de medicina, prioritariamente, nos serviços de saúde públicos da rede de saúde do município de Macaé, desde os períodos iniciais do curso. Atentando para as especificidades desse município, em especial no pioneirismo das práticas em saúde mental, esse trabalho tem como objetivo apresentar uma experiência de formação em saúde no SUS com estudantes do curso de Medicina do oitavo período da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, campus Macaé. A vivencia em questão diz respeito às aulas práticas da disciplina de Saúde Mental, que estão sendo realizadas com equipes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF 1) no município de Macaé-RJ, sendo este núcleo específico para o desenvolvimento de ações de saúde mental na atenção básica. No município, há cinco NASFs, acompanhando as equipes de saúde da família com atividades de visita domiciliar, interconsulta, realização de grupos educativos, operativos e terapêuticos, reuniões em equipes para discussão de casos clínicos, além de atividades de matriciamento. Os estudantes acompanham os profissionais do NASF 1 (saúde mental), que é composto por psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e um médico psiquiatra, em todas as atividades realizadas pela equipe. Após a observação das ações desenvolvidas pelos profissionais, são discutidas as atividades realizadas. Ao final do semestre, é apresentado um plano de ação, proposto pelos estudantes, que é discutido com a equipe do NASF e das estratégias acompanhadas, para as ações em saúde mental a serem desenvolvidas no território, seja a implementação de novas ações ou o fortalecimento de práticas já desenvolvidas. A realização de vivencias teórico-práticas no contexto do SUS pelos estudantes de medicina, contribui para pensar a formação desses, a partir de uma processo de aprendizagem crítico e implicado com a transformação social e com o entendimento de saúde como direito de todos. Além disso, a experiência com profissionais de diversas categorias, contribui para que esses estudantes possam dialogar com diversos saberes, respeitando a multiplicidade das práticas em saúde, em especial em saúde mental, e possibilitando uma abertura para compreender o sujeito como todo.

2767 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Stephany Siqueira Braga, Mattheus Lucas Neves de Carvalho, Bianca Leão Pimentel, Ivanete Miranda Castro de Oliveira, Tatiana Noronha Panzetti, Beatriz Duarte de Oliveira

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Stephany Siqueira Braga, Mattheus Lucas Neves de Carvalho, Bianca Leão Pimentel, Ivanete Miranda Castro de Oliveira, Tatiana Noronha Panzetti, Beatriz Duarte de Oliveira

Apresentação: O cuidado integral à saúde, nas últimas décadas, destaca-se pela busca em garantir qualidade e cientificidade aos serviços prestados, e a enfermagem, assim como as demais profissões, depara-se com a necessidade de aprimorar o seu processo de trabalho. A incorporação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) mostra-se como um método cientifico fundamental para melhorar a qualidade da assistência de enfermagem, promovendo um cuidar de qualidade, humanizado, contínuo, e consequentemente dá-se direcionamento para o desempenho das atividades realizadas pela equipe de enfermagem. A aplicação da SAE exige do enfermeiro, além de conhecimento científico, habilidades e capacidades cognitivas, psicomotoras e afetivas, que ajudam a determinar o fenômeno observado e seu significado no Processo de Enfermagem (PE). A SAE ao paciente oncológico demanda múltiplas e complexas ações de cuidado, envolvendo o indivíduo em sua totalidade. No contexto dos cuidados paliativos oncológicos (CCPO), é considerado que as ações de assistência à saúde, sejam pautadas na promoção da qualidade de vida e no conforto do cliente e seus familiares, que enfrentam juntos o processo de doença que já se encontra em estado terminal, na prevenção e alívio dos sintomas e apoio as necessidades biopsicossociais. A abordagem neste cenário admite o engajamento da equipe de saúde, por meio da interdisciplinaridade, assistir as reais necessidades de cuidado do cliente-família, mediante as possibilidades, inseguranças, instabilidade do quadro clínico do cliente e a proximidade da morte. Sendo assim, acredita-se que a prática sistematizada de enfermagem, contribui para identificação de problemas de saúde manifestadas ou referidas pelos clientes e familiares, delineamento do diagnóstico de enfermagem, construção de um plano de cuidados, implementação das ações planejadas e avaliação, sendo possível a partir disto, realizar a articulação com os demais membros da equipe, para efetivação das ações em prol de uma prática centrada no indivíduo e não somente nas tarefas. Considerando as especificidades dos cuidados paliativos oncológicos, o presente relato tem como hipótese fundamental que a SAE em CCPO facilita e auxilia a assistência à saúde, direcionando as ações de enfermagem para as reais necessidades do indivíduo. Destarte, esse trabalho objetiva relatar a experiência assistencial a um paciente em cuidados paliativos oncológicos, traçando um plano de cuidados mediante a SAE. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, como requisito avaliativo do Componente Curricular Enfermagem Clínica e Cirúrgica, do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA). A atividade se desenvolveu durante as aulas práticas, tendo como local do estudo um hospital universitário, referência em oncologia, situado em Belém do Pará, realizado no mês de Novembro de 2017. Para desenvolver o relato de experiência, aplicou-se o processo de enfermagem. Os dados coletados foram analisados e posteriormente foram identificados os diagnósticos de enfermagem, analisadas as intervenções de enfermagem necessárias e verificado os resultados esperados, utilizando a taxonomia da NANDA, NIC e NOC. Ao primeiro contato com o paciente, foram coletadas informações sobre o seu estado atual e o histórico do paciente, condições de chegada, motivo da internação, tratamento realizado e evolução do quadro clinico. Ao final, elaborou-se um plano assistencial de cuidados que contemplasse as reais necessidades afetadas. Resultados: Por meio da elaboração do plano de cuidados, foi possível estabelecer os principais Diagnósticos de Enfermagem referentes as necessidades do cliente, sendo: a) Deambulação prejudicada relacionada a presença de tumor vegetante, caracterizada pela capacidade prejudicada para percorrer as distâncias necessárias. Sendo os resultados esperados: promover autonomia quanto à deambulação e as intervenções de enfermagem: assegurar uso correto dos auxiliares de deambulação (p.ex: bengalas, cadeiras de roda) e orientar o familiar sobre a necessidade dos exercícios passivos; b) Volume de líquidos deficiente relacionado à desidratação, caracterizado por pele e mucosas secas. Com resultado esperado de Regularização do padrão da ingesta de líquidos e como intervenções: planejar uma meta de ingesta para cada 8 horas, monitorar a ingesta; garantir no mínimo 1.500 ml de líquidos por via oral a cada 24 horas e pesar diariamente com o mesmo tipo de roupas na mesma hora; c) Risco de infeção relacionado à enfermidade crônica, procedimento invasivo, defesas primárias e defesas secundárias, e destruição de tecidos. Tendo como resultado esperado detecção e controle do risco de infecção e como cuidados de enfermagem: aplicar e monitorar o uso de terapias antimicrobianas e realizar as troca de curativos com as técnicas assépticas adequadas; d) Integridade tissular prejudicada relacionada a fatores mecânicos e mobilidade física prejudicada, caracterizada por tecido lesado. Tendo como resultado esperado: cicatrização de feridas e promoção da integridade da pele por meio das intervenções de enfermagem: realizar troca de curativos com as técnicas assépticas adequadas, utilizar produtos adequadas no local afetado e instruir o cliente e família quanto à higienização adequada; e) Desesperança relacionada a deterioração da condição fisiológica, caracterizada pela decepção ao tratamento, autopercepção e queixas verbais. Os resultados esperados: manutenção do equilíbrio emocional e os cuidados: transmitir empatia com o intuito de promover a verbalização, por parte do cliente, procurando entender suas dúvidas e discutindo seus medos e suas preocupações; f) Síndrome do estresse por mudança relacionado ao estado de saúde comprometido e mudança de um ambiente para o outro, caracterizado por frustração e saudosismo de sua residência. Resultado esperado: Adaptar-se a mudança e como intervenções: reduzir o estresse por mudança e encorajar o cliente e a família a discutirem as preocupações a respeito da mudança. Considerações finais: A SAE é um método que proporciona qualidade ao cuidado e que denota cientificidade ao exercício de enfermagem, tornando esta experiência no âmbito educacional, fonte de experiências que preparam os acadêmicos para desenvolverem ações holísticas, de acordo com as reais necessidades do cliente. Sendo imprescindível sua incorporação em pacientes de CCPO, visando o cuidado pautado no cliente e não na doença. Além disso, a identificação dos diagnósticos de enfermagem permitiu o conhecimento das necessidades de cuidados de enfermagem e o direcionamento da assistência, possibilitando o estabelecimento do plano de cuidados individual. É importante ressaltar que para o sucesso desta metodologia de cuidado é necessário não somente o engajamento dos profissionais, mas em especial, as inciativas por parte das instituições de saúde no sentido de promover as condições necessárias para realizar o cuidado integral.

5181 As repercussões do Estágio em Saúde Pública do Núcleo Brasil-Cuba na Formação do Estudante de Medicina
Luís Felipe Jacinto Rêgo, Sônia Maria Lemos, Eduardo Jorge Sant´Ana Honorato

As repercussões do Estágio em Saúde Pública do Núcleo Brasil-Cuba na Formação do Estudante de Medicina

Autores: Luís Felipe Jacinto Rêgo, Sônia Maria Lemos, Eduardo Jorge Sant´Ana Honorato

Apresentação: O Núcleo Brasil-Cuba (NBC) é um estágio em Saúde Pública oferecido através de um acordo bilateral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM) com a Federacíon Estudantil Universitária (FEU), que tem como objetivo promover uma imersão de estudantes de medicina brasileiros no sistema de saúde cubano, bem como a de estudantes de medicina cubanos no sistema de saúde brasileiro. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de um estudante que participou desse estágio, elucidando como ele impactou e repercutiu no entendimento da sua formação e futura profissão. Desenvolvimento do trabalho: O NBC promove uma vivência contínua durante 21 dias, em que o estudante passa por estágios majoritariamente observacionais, perpassando os três níveis de atenção à saúde. Nesse processo, o aluno também compreende como se dá a formação médica dos cubanos e, principalmente, como os contextos político e social estão intimamente relacionados em sua configuração, tanto da formação dos profissionais de saúde, quanto do funcionamento do sistema de saúde e de como ele interage com a população. Os estágios são totalmente organizados pelos estudantes que compõem a FEU da Universidade de Ciências Médicas de Havana, e desde o primeiro momento já se destaca a maneira como o protagonismo estudantil é extremamente valorizado na educação cubana, visto que o movimento estudantil dispõe de ampla confiança e abertura dos setores institucionais para gerir os estágios da melhor maneira possível. Outro aspecto marcante da vivência como um todo, é de como o NBC é uma construção coletiva desde o primeiro momento, uma vez que a ilha, com todas as suas limitações, estimula que os estudantes se entrosem e se organizem, mas sobretudo troquem experiências e percepções expostas ao final de cada dia de vivência, em reuniões e confraternizações, nas quais se percebia como a pluralidade de ideologias, de interpretações e de bagagens culturais constituíam diferentes percepções que se somavam. Para além disso, o estágio promoveu contatos com a sociedade cubana através de diversas atividades e visitas, nas quais pôde-se notar a importância das organizações sociais no controle da saúde, e também a maneira como essa sociedade entende a conceituação de saúde. Os mecanismos de controle social mais significativos foram os Comitês de Defesa da Revolução (CDRs) e a Federação das Mulheres Cubanas (FDC), essas entidades tem uma importância histórica extrema para Cuba, estando intimamente relacionadas com a construção do sistema de saúde e ao seu modelo atual. No que se refere aos estágios propriamente ditos, os que eram voltados a atenção primária foram três, e se tratavam de estágios em Medicina de Família e Comunidade em consultórios e policlínicas de três ambientes diferentes, um bairro rural, um periférico e um que se localizava em um bairro considerado mais estruturado, na qual também foram relacionadas visitas domiciliares junto com o médico de família e comunidade. Visitou-se um dos Centro de Salud Mental da Havana, na qual se verificaram muitas similaridades ao modelo de Centro de Atenção Psicossocial que se dispõe no SUS, o Hogar Materno, um local de assistência e acolhimento para gestantes, e a casa de Abuelos, uma casa, onde idosos podem fazer diversas atividades ao longo do dia. Na atenção secundária, visitou-se os hospitais gerais Calixto Garcia e Salvador Allende. E na terciária, visitou-se dois institutos especializados, o Instituto de Cardiologia y Cirurgía Cardiovascular e o Instituto Nacional de Oncologia y Radiologia. A vivência no NBC contou também com a visita das principais faculdades de medicina pertencentes a Universidade de Ciências Médicas de Havana, foram ministradas palestras para elucidar o funcionamento do sistema de saúde e de como ele está inserido num contexto organizacional na qual o controle social é muito atuante, bem como os reflexos do sistema socialista nesse contexto, pautando sobretudo críticas aos prejuízos dramáticos causadas pelo embargo econômico. Foi evidenciada a eficácia e a importância das faculdades de medicina estarem atreladas não ao Ministério da Educação, mas ao Ministério da Saúde, o que resulta em uma formação que é, de maneira nítida, socialmente referenciada e gerida de maneira a suprir as necessidades de saúde da população cubana, fomentando um curso de medicina mais democratizado, acessível e bem distribuído por todo país. O panorama de estágios e observações também passa pela própria imersão uma cultura cubana, e na formação cultural que deriva tanto das percepções adquiridas do cotidiano e da convivência diária com o povo cubano, quanto das visitas aos museus e dos debates promovidos pelos coordenadores da FEU e da DENEM. Outras atividades também envolveram visitas a Escola Latinoamericana de Medicina, um projeto que evidencia muito do internacionalismo que o país emprega na sua formação médica. Resultados/Impactos: Os impactos da vivência no NBC foram muitos. A experiência do contato com uma realidade tão diferente, mas que ao mesmo tempo apresenta similaridades tão marcantes em termos de sistema de saúde e identidade latino-americana, acrescenta muito a formação médica no sentido de levantar o questionamento de toda a macroestrutura na qual a formação superior em medicina está configurada, bem como do funcionamento do Sistema Único de Saúde, e mesmo do projeto de sociedade que se deseja. O grande impacto do NBC está na constatação de que a consolidação de um sistema de saúde gratuito, de qualidade e com ampla cobertura é possível, mesmo em situações de mais profunda adversidade. Um sistema de saúde pautado no fortalecimento absoluto da atenção primária como se vê em Cuba, é a prova de que um projeto de prevenção é muito mais efetivo, e atua como elemento de congregação da sociedade. Não somente, a atenção primária cubana tem na multidisciplinaridade algo muito evidente, uma vez que as Policlínicas oferecem serviços diversos, na qual as práticas de medicina alternativa são muito recorridas e respeitadas. Em contrapartida, verificou-se alguns problemas relacionados a dificuldade de abastecimento de materiais, sobretudo nas atenções secundária e terciária, falta de alguns profissionais de saúde como enfermeiros, devido a desvalorização salarial, e, sobretudo, dificuldade na obtenção de novas tecnologias médicas devido ao embargo, o que obriga Cuba a negociar tecnologias muito mais caras e a enfrentar uma dificuldade no abastecimento de remédios, dependendo muito da produção local de medicamentos. No entanto, tais fatores tornam-se pouco evidentes diante da efetividade com que a atenção primária consegue manejar o sistema, sobretudo quando se verificam a magnitude do alcance e controle dos programas de vigilância em saúde e de assistência materna e infantil. Considerações finais: Por fim, a experiência de vivenciar a realidade de saúde de uma ilha socialista, que mesmo com todas as suas contradições, com uma parca economia baseada na exportação de açúcar e tabaco e que, mesmo diante de um embargo econômico de longa data, continua a prover sua população com uma saúde pública de qualidade e gratuita é, por si só, algo que gera profundas mudanças na percepção com que se encaram as dificuldades de saúde brasileira e a maneira que se quer conduzi-la. O NBC foi uma experiência fundamental na mudança da maneira como se compreende a saúde e, certamente, continuará a fomentar reflexões acerca do que se espera da saúde pública, do projeto de sociedade que se almeja e dos rumos que se deseja conduzir a profissão médica. 

2873 O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Risângela Pantoja, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Juliete Nobre dos Santos Silva, Juliete Nobre dos Santos Silva, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Érica de Kassia Costa, Érica de Kassia Costa Gonçalves, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Gabriela Farias de Lima, Gabriela Farias de Lima

O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Risângela Pantoja, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Juliete Nobre dos Santos Silva, Juliete Nobre dos Santos Silva, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Érica de Kassia Costa, Érica de Kassia Costa Gonçalves, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Gabriela Farias de Lima, Gabriela Farias de Lima

INTRODUÇÃO: A promoção da saúde se faz através da educação, da adoção de modos de vida saudáveis, do desenvolvimento de habilidades e capacidades individuais e da produção de um ambiente saudável. Sendo assim, observa-se uma oportunidade para a enfermagem atuar como educadora em saúde com o objetivo de ensinar o autocuidado, de forma a garantir a promoção da saúde e a prevenção de agravos. Nesse contexto, vê-se a oportunidade de, através da extensão universitária, aproximar o acadêmico à realidade da comunidade na qual a universidade encontra-se inserida, não apenas para colocar em prática seus conhecimentos, mas também para levar este até a comunidade, além de proporcionar o enriquecimento do saber dos alunos através da interação com a população, para que essa interação ocorra. Sousa (2000) afirma que a extensão é o instrumento necessário para que o produto universidade - a pesquisa e o ensino - esteja articulado entre si e possa ser levado o mais próximo possível das aplicações úteis na sociedade e, ainda, que a universidade deve estar presente na formação do cidadão, dentro e fora de seus muros. De acordo com Silva (1996), extensão universitária é a chance que o acadêmico tem de contribuir com a sociedade, socializando o saber diminuindo as barreiras existentes entre a universidade e a comunidade, trata-se da aplicação na prática do conhecimento adquirido em sala de aula. Dessa forma, objetivando a promoção e a prevenção da saúde da criança e consequentemente favorecendo a prestação do cuidado de enfermagem é que desejamos desenvolver atividades educativas a fim de fornecer as crianças participantes do projeto o conhecimento necessário para que aprendam a cuidar de seu corpo, seu ambiente para assim poder contribuir na preservação de sua saúde, dos seus familiares e da comunidade em que vivem. Com o inicio da vida acadêmica a enfermagem proporciona um leque de oportunidades em cujas quais a educação em saúde encontra-se intimamente inserida fazendo parte do cotidiano dos acadêmicos, seja no âmbito da atenção primária, em hospitais de médio e grande porte ou mesmo na academia. Portanto, a enfermagem enquanto educadora em saúde considera necessário a realização de ações educativas sobre saúde afim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade a qual através da extensão esta inserida enfatizando a interação entre a universidade e a comunidade. As ações educativas que são realizadas com a ajuda de atividades lúdicas são fundamentais para o ensino-aprendizagem tanto de crianças quanto de jovens e adultos, por favorecer melhor compreensão de temas propostos além de tratar assuntos complexos que muitas vezes causam demasiado receio na população de forma mais acessível. É através das atividades lúdicas que a criança consegue se desenvolver com mais facilidade, pois existe uma interação e assimilação de determinados conteúdos vivenciados. Essa prática possibilita que os alunos exemplifiquem os contextos adquiridos. A inserção do lúdico no ensino torna-se de fundamental importância e é uma ferramenta imprescindível à qual os profissionais devem aderir com o intuito de conseguir uma produtividade por parte desses alunos recém-chegados a esse mundo (MATOS, 2013, p. 137). Com as atividades lúdicas é possível estimular o pensamento das crianças. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no uso de dinâmica lúdica para estimulação do processo de ensino-aprendizagem em saúde bucal em crianças de 06 a 10 anos de idade que são atendidas pelo projeto de extensão “Criando um espaço para desenvolvimento humano” da Faculdade de enfermagem da Universidade Federal do Pará. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. O estudo foi realizado com crianças, estudantes de uma comunidade católica no bairro de Condor em Belém do Pará. A comunidade faz parte do campo de atuação do projeto de extensão: Criando um espaço para o desenvolvimento humano (PROCEDH) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Onde através de atividade lúdico-educativa foi abordado o tema PARASITOSE INTESTINAL com a utilização de um molde do aparelho digestivo confeccionado em E.V.A e TNT com o formato de uma camisa juntamente com o molde de uma Taenia solium e dois Ascaris lumbricóides em E.V.A para realização de atividade lúdica tipo construção coletiva onde através da dinâmica “A lombriga que todos temos” foram feitas várias perguntas sobre os tipos de parasitas que podem viver no corpo caso a pessoa não tenha bons hábitos de higiene e cuidados com a alimentação, o molde do aparelho digestivo foi vestido como uma camisa onde a solitária e as lombrigas foram coladas conforme eram explicadas as doenças causadas, recurso este que auxiliou com a visualização facilitando sua compreensão e tornando mais dinâmico o processo de ensino-aprendizagem sobre parasitose intestinal. RESULTADOS: Através da dinâmica “A lombriga que todos temos” cuja qual aborda os cuidados necessários para manter a saúde e bem estar do sistema digestivo e a prevenção de doenças como a teníase e a ascaridíase. Através desta dinâmica as acadêmicas evidenciaram um maior interesse pelas crianças cujas quais mostraram-se mais receptivas expressando suas dúvidas, mostrando que apesar da pouca idade (7 a 11 anos) compreendem que cuidar da saúde hoje irá prevenir doenças quando adultos e que cada um pode ser multiplicador de conhecimento. Tornou-se evidente a importância do lúdico no desenvolvimento e avaliação dos conteúdos, uma vez que possibilitou as acadêmicas participar ativamente na construção do conhecimento, através dos conteúdos, da reflexão e interação com as crianças, da mesma forma que podemos observar no estudo de Souza (2017) que considera a utilização do lúdico como ferramenta didática no processo ensino aprendizagem, possibilitando ao estudante o protagonismo na construção do seu conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por se tratarem de crianças em fase escolar todos os temas abordados são desenvolvidos com ludicidade visando a melhor compreensão da criança, incentivando sua interação e a troca de saberes. Extratégia esta que tem se mostrado formidável juntamente com a utilização da metodologia ativa que busca colocar a criança como agente de seu aprendizado favorecendo melhor compreensão. Todas as atividades realizadas são aceitas e desenvolvidas com interação e curiosidade, onde as crianças são estimuladas a praticarem bons hábitos de higiene e estarem envolvidas no cuidada de sua saúde e bem estar. Por parte das acadêmicas, acredita-se que a maior dificuldade tenha sido a melhor forma de desenvolver as ações educativas uma vez que chamar a atenção de crianças na referida faixa etária torna-se deveras complicado considerando que atividades que demandam muito tempo ou que não se mostrem muito interessantes facilitam para o desinteresse não apenas de crianças, mas em outras faixas etárias ocorrendo o mesmo. Uma vez que a dinâmica da atividade encontra-se concluída, sua implementação torna-se deveras prazerosa sobretudo em meio as crianças, pois evidencia-se uma maior aproximação entre teorias e realidade além de evidenciar o real grau de aprendizagem da criança e proporcionar melhor compreensão por parte das acadêmicas acerca dos métodos de ensino.