22: Aprendizagem no serviço: reflexões sobre as práticas de cuidado
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 01 Sala 02 - Açai    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
2159 VISITA DOMICILIAR COMO UM INSTRUMENTO ESSECIAL NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DO IDOSO
Aldina Iacy Holanda, Amanda Tavares Silva, Agda Moura Santos, Fernanda Serrão Pereira, Nayara Costa Souza, Leidiane Pereira Silva, Camila Carlos Bezerra, Gabriela Barbosa Silveira

VISITA DOMICILIAR COMO UM INSTRUMENTO ESSECIAL NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DO IDOSO

Autores: Aldina Iacy Holanda, Amanda Tavares Silva, Agda Moura Santos, Fernanda Serrão Pereira, Nayara Costa Souza, Leidiane Pereira Silva, Camila Carlos Bezerra, Gabriela Barbosa Silveira

INTRODUÇÃO: No Brasil são considerados idosos aqueles indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estima que até o ano de 2050 o grupo com mais de 60 anos atingirá a quantidade de 64 milhões, representando 24,7% da população. Considerando essas estimativas de aumento da população idosa, percebemos a importância de estudar o processo de envelhecimento e integrar esse assunto na área da saúde desde a academia. O processo de envelhecimento pode se desenvolver de duas formas, como um processo progressivo da diminuição das reservas funcionais dos diferentes sistemas – chamada de senescência –, e através do desenvolvimento de condições patológicas, podendo ser diversas as causas – denominada de senilidade. Uma das formas dos profissionais participarem da vida dos idosos são as visitas domiciliares, considerada como instrumento da atenção à saúde. A assistência de enfermagem realizada através das visitas domiciliares possibilita fortalecer os vínculos com o paciente, além de atuar na promoção de saúde, prevenção, tratamento e reabilitação das doenças e agravos. OBJETIVO: Relatar a prática vivenciada pelos acadêmicos de enfermagem enaltecendo a importância das visitas domiciliares. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem da Escola de Enfermagem de Manaus – EEM da Universidade Federal do Amazonas realizado durante a prática da disciplina Enfermagem na Atenção Integral à Saúde do Idoso no Programa de Atenção à Saúde do Idoso, localizado em um bairro na zona Centro-Sul da cidade de Manaus, no período de 05 de maio a 07 de junho de 2017. Foram realizadas, durante o período de estágio, visitas domiciliares a idosos com idades entre 78 a 84 anos. As primeiras visitas realizadas foram apenas para se ganhar confiança e desenvolver vínculos de relacionamento entre as alunas e os idosos com o objetivo de atingir os resultados esperados. De acordo com a resolução Conselho Federal de Enfermagem n° 0464/2014 que normatiza a atuação da equipe de enfermagem na atenção domiciliar, aplicou-se o processo de enfermagem seguindo as etapas de coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem. Além dessas atividades, também foi realizada educação em saúde de acordo com cada patologia correspondente e jogos educativos para promover o divertimento desses idosos. A sistematização da assistência de Enfermagem foi realizada após a coleta de dados e o levantamento das experiências vivenciadas e implantada para a observação dos resultados esperados. RESULTADOS: Os idosos participantes deste relato tinham a idade entre 78 a 84 anos, de ambos os sexos. Quanto à escolaridade todos possuíam ensino fundamental incompleto. Os agravos no processo de saúde/doença que os idosos apresentavam segundo dados coletados através da anamnese, todos apresentavam Hipertensão Arterial Sistêmica, um apresentava Diabetes Mellitus, um apresentava Artrose e Cardiomegalia. Durante o processo de construção de vínculos nas primeiras visitas domiciliares observou-se que os idosos não apresentaram resistência à presença das acadêmicas, demonstrando, em contrapartida, a necessidade de atenção e de comunicação. Percebemos que uma das idosas demonstrava tristeza, sendo perceptível pelas suas expressões faciais e pelo tom de voz durante as conversas; através de diálogo para fortalecimento de vinculo pôde-se entender que o motivo pelo qual a idosa se encontrava assim era o falecimento do marido há aproximadamente seis meses, e que após esse evento ela passava o dia sozinha em sua residência, visto que a filha passava o dia no trabalho e quem fazia companhia a ela anteriormente era o marido. Percebeu-se que no decorrer das visitas a idosa apresentou-se mais comunicativa, com semblante mais alegre, e que demonstrava ansiedade no aguardo das acadêmicas nos dias marcados para a visita. No decorrer das visitas subsequentes através da coleta de dados, exame físico e da observação do ambiente, firmou-se uma relação prazerosa, de confiança e de trocas de experiências. Os principais diagnósticos de Enfermagem identificados no decorrer das visitas foram: Deambulação prejudicada, dor crônica, eliminação urinária prejudicada, risco de solidão, déficit para autocuidado para alimentação, estilo de vida sedentário, falta de adesão ao tratamento e comportamento de saúde propenso a risco, nutrição alterada: menos que as necessidades corporais e fadiga. As principais intervenções de Enfermagem, baseados nos diagnósticos de Enfermagem levantados, foram: Garantir a posição adequada do paciente para facilitar a mastigação e deglutição, determinar os níveis de mobilidade e as limitações dos movimentos, aplicar compressas frias no local da dor, elevação de membros inferiores, realizar e orientar massagens de conforto, proporcionar ambiente tranqüilo, limpo e arejado, incentivar a prática de pequenas caminhadas de acordo com a possibilidade, controle do peso corporal, alimentação em pequenas quantidades em pequeno espaço de tempo, assistência para o ganho de peso, incentivar ingesta hídrica, investigar se existem fatores contribuindo para dificuldade de eliminação urinária, reduzir as barreiras ambientais, interação em rodas de conversas dentre outros. As orientações realizadas, em sua totalidade, foram relacionadas aos respectivos diagnósticos, bem como referentes, também, à alimentação, horário das medicações, importância da vacinação, prática de exercícios, dentre outros. Com a realização das atividades de recreação como jogos de memória e dominó educativo pôde-se perceber uma maior interação, principalmente de idosos que se mostravam deprimidos, tristes ou passando uma impressão de solidão. Foi possível evidenciar o quanto é importante a prática das visitas domiciliares, levando o cuidado humanizado aos idosos, visto que no âmbito domiciliar é possível traçar diagnósticos de enfermagem e realizar orientações para os idosos juntamente os demais familiares e/ou cuidadores. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Durante a vivência e realizações das atividades, foi evidenciado que a visita domiciliar voltada para o idoso contribui para soluções e/ou reduções de problemas de saúde, levando em consideração que o envelhecimento é um processo natural marcado por alterações fisiológicas que levam ao declínio das potencialidades do indivíduo. Portanto, é importante que a equipe de saúde tome conhecimento das reais condições de vida do individuo assistido e possa aplicar intervenções e propor soluções mediante a realidade existente. Enfatizando a atuação que o profissional enfermeiro tem dentro da Unidade Básica de Saúde, especificamente nas Estratégias de Saúde da Família, torna-se de suma importância a busca ativa de idosos que residam no território de abrangência destas unidades a fim de que haja a prestação de cuidados, não somente dentro das unidades mas também através das visitas domiciliares. Assim, como discentes de enfermagem podemos concluir que a visita domiciliar busca prioritariamente melhorar a qualidade de vida do idoso e de sua família, consequentemente a melhoria da assistência de enfermagem prestada para a população acima de 65 anos, proporcionando uma visão ampla da saúde integral do idoso.

2170 ASSISTENCIA PRÉ-NATAL: PREVENÇÃO DA VULVO VAGINITES EM ADOLESCENTES GRAVIDAS.
MARIA TITA SACRAMENTO, Juliana Pereira Pinto Cordeiro, Maíra Sodré Rosário

ASSISTENCIA PRÉ-NATAL: PREVENÇÃO DA VULVO VAGINITES EM ADOLESCENTES GRAVIDAS.

Autores: MARIA TITA SACRAMENTO, Juliana Pereira Pinto Cordeiro, Maíra Sodré Rosário

Introdução: A atenção no pré-natal é um conjunto de ações que devem ser realizadas com o objetivo de um atendimento holístico da saúde da mãe e da criança, este deve ser realizado de forma individualizada buscando a qualidade da assistência e a solução de possíveis agravos na saúde da mãe e do concepto. Objetivos: Identificar conhecimento das adolescentes grávidas sobre vulvovaginites durante o percurso do pré-natal. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativo descritivo exploratório realizado durante um estágio em uma unidade de referência materno- infantil em Belém do Pará. Resultados: Durante o pré-natal, foi percebida a falta de informações sobre corrimento vaginal tanto fisiológico quanto patológico na gestação, sendo que a maioria tinha o exame positivo para vulvovaginite. As adolescentes grávidas informavam que até tinham realizado o tratamento, mas não eram orientadas sobre os agravos que a vulvovaginite poderiam ocasionar durante a gravidez, como doença inflamatória pélvica, ruptura das membranas, aborto espontâneo, natimorto e baixo peso ao nascer entre outros. Bem como não conheciam os meios de prevenção de uma possível reinfecção. Conclusões: As vulvovaginites são causas frequentes de queixas em pré-natais, sendo considerado um problema universal que atinge um número extremamente grande de mulheres em todo o mundo. Dessa forma com o aumento das ocorrências destas infecções têm evidenciado a necessidade de um olhar mais voltado ao mesmo. Considerações finais: o enfermeiro deve desempenhar um papel primordial na prevenção de vulvovaginites, exercendo sua função de maneira eficaz no fornecimento de informações que auxiliarão na prevenção, explicando de maneira clara e objetiva anatomia feminina, higiene pessoal adequada e uso de roupas intimas apertadas, sintéticas, diabetes, gravidez e perimenopausa, são fatores que auxiliam o acometimento de vulvovaginites.  

2229 PROJETO MEDensina: HÁ DEZESSEIS ANOS PROMOVENDO SAÚDE A POPULAÇÃO AMAZONENSE
Marcela Cristina Barros Lopes, Andre Caminha de Figueiredo, Flavio Renan Paula da Costa, Maria Cristina dos Santos

PROJETO MEDensina: HÁ DEZESSEIS ANOS PROMOVENDO SAÚDE A POPULAÇÃO AMAZONENSE

Autores: Marcela Cristina Barros Lopes, Andre Caminha de Figueiredo, Flavio Renan Paula da Costa, Maria Cristina dos Santos

Apresentação: O Projeto MEDensina criado, em 2001, na Pró-Reitoria de Extensão, Universidade Federal do Amazonas, é integrado por acadêmicos da área da saúde e visa à transmissão de conhecimentos, que propicie condições para o desenvolvimento de uma postura crítica e responsável sobre a saúde individual e coletiva, orientando a comunidade sobre assuntos diversos relacionados à promoção da saúde, práticas preventivas e a redução de agravos futuros. Objetivo: O presente resumo visa relatar as experiências vivenciadas por estudantes de Medicina e Odontologia, membros do MEDensina, durante as práticas desenvolvidas ao longo dos 16 anos de existência do projeto. Relato das experiências: Durante o citado período, os integrantes do projeto visitaram  mais de 500 instituições públicas e privadas de Manaus e região metropolitana, levando educação em saúde para a população por meio de exposições, metodologias ativas, palestras breves, dinâmicas adequadas para cada público-alvo (crianças, adolescentes, adultos, idosos e população especial) e sobre os mais diversos temas como: Dengue, Bullying, DST-AIDS, Higiene Pessoal, Drogas, Depressão, Diabetes, Saúde da Mulher, Saúde do Homem, Saúde do Idoso e muitos outros, sempre com o intuito de orientar e informar a população. O projeto conta também com as redes sociais como instrumento para alcançar a população e disseminar as práticas de saúde. Resultados: O projeto atinge em média cerca de 8.000 pessoas/ ano beneficiando a população com as práticas de promoção de saúde e, dessa forma, auxiliando na prevenção de doenças. Além disso, também é muito importante para os membros do projeto, pois além de proporcionar conhecimento acerca de diversos temas importantes, ajuda no desenvolvimento da expressão oral e apresentações acadêmicas em público. Cumpre salientar a grande importância do Projeto MEDensina pela sua contribuição na formação de profissionais de saúde, mais humanizados. Considerações finais: O Projeto MEDensina proporciona, aos seus integrantes, reflexões acerca do contexto sociocultural no qual estão inseridos. Além disso, os voluntários atuam promovendo a saúde por meio das palestras educativas, com abordagem simples e de fácil entendimento pelo público, firmando os princípios do SUS (Sistema Único de Saúde).

2259 O DESCONHECIMENTO COMO FATOR INDUTOR AO AGRAVO À SAÚDE DE PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Cléo Da Costa Araújo, Daiane de Souza Fernandes, Jackeline Chaves Fonseca, Gicelda Pimentel Costa, Thamyres Batista Procópio, Erika Beatriz Borges Silva, Dhiuly Anne Fernandes Da Silva, Elaine Priscila Ângelo Zagalo

O DESCONHECIMENTO COMO FATOR INDUTOR AO AGRAVO À SAÚDE DE PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Cléo Da Costa Araújo, Daiane de Souza Fernandes, Jackeline Chaves Fonseca, Gicelda Pimentel Costa, Thamyres Batista Procópio, Erika Beatriz Borges Silva, Dhiuly Anne Fernandes Da Silva, Elaine Priscila Ângelo Zagalo

APRESENTAÇÃO: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por estudantes do curso de graduação e licenciatura plena em Enfermagem, da Universidade Federal do Pará (UFPA), no período do segundo semestre de 2015, durante estágio na atividade curricular de atenção integral a saúde do adulto e idoso. A experiência ocorreu em uma unidade municipal de saúde (UMS), localizada em Belém-Pará. O desafio de relatar essa experiência é visibilizar a resistência ainda presente em torno da adesão a estilos de vida saudáveis, por usuários do serviço de saúde portador de doenças crônicas, devido o desconhecimento sobre sua situação de saúde, o risco desse desconhecimento na contribuição do agravo a saúde e a importância da educar como fonte de promoção da saúde e preservação da vida. Sendo o objetivo desse relato, descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem quanto sua percepção frente aos fatores que interferem no tratamento ao idoso portador de hipertensão, identificados durante consulta a esse público alvo. DESENVOLVIMENTO: O relato surgiu a partir de consultas da profissional de enfermagem junto aos estagiários do terceiro semestre do curso de enfermagem, realizadas a idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica. No decorrer das consultas estiveram presentes cinco acadêmicos e uma docente de enfermagem, especialista em saúde do idoso. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Durante a prática dos acadêmicos de enfermagem na Atenção Básica, pode-se evidenciar a subordinação dos usuários ao uso do medicamento, sendo em sua grande maioria idosos, que compareciam as consultas em busca, apenas, do receituário, apresentando grande resistência às orientações a mudanças no estilo de vida e outras propostas terapêuticas. Houvera sido identificado o não conhecimento sobre a patologia, pelo usuário de saúde, como um fator diretamente relacionado à busca de atendimento em saúde não por orientações referentes aos cuidados quanto à saúde, mas pelo esforço na busca por receituário como único fator que evitasse o agravo da patologia. Evidenciou-se, com isso, a resistência dos idosos quanto à adesão as propostas terapêuticas orientadas pelos profissionais de enfermagem e outros profissionais da saúde, como alimentação saudável e pratica regular de atividade física, iniciando dessa maneira a conduta de educação em saúde para reverter à situação-problema. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os acadêmicos compreenderam essa resistência à adesão as propostas terapêuticas complementares ao tratamento medicamentoso, a partir da análise do desconhecimento desses idosos quanto à patologia e sua não compreensão sobre os benefícios que os métodos complementares de tratamento orientados por outros profissionais contribuiriam na prevenção de danos a sua saúde. Nesse sentido, a prática da educação em saúde tem o papel primordial na prevenção de agravos, a partir da oportunidade de sensibilizar por meio da informação. Com isso, surgi à necessidade de sensibilizar profissionais para a prática do educar em saúde durante as consultas, bem nas salas de espera das unidades de saúde, a fim de contribuir de forma significativa na preservação da vida desses usuários do serviço de saúde.

2266 A LINHA DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÙDE
Luiz Carlos Costa de Souza, Weslley dos Passos Verissimo, Tayná Lívia do Nascimento, Paulo Sérgio da Silva, Laerte de Oliveira Teixeira

A LINHA DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÙDE

Autores: Luiz Carlos Costa de Souza, Weslley dos Passos Verissimo, Tayná Lívia do Nascimento, Paulo Sérgio da Silva, Laerte de Oliveira Teixeira

Introdução: No intuito de atender as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), as instituições superiores de ensino, têm pensado cada vez mais em um modelo de formação no domínio da Enfermagem que inclua dimensões assistenciais e gerenciais de atenção em saúde baseado em linha de cuidado (LC). Linhas, que pressupõem a existência de uma rede de serviços que suporte as ações necessárias, o projeto terapêutico adequado à pessoa que transita pelos serviços de saúde na rede SUS. Objetivo: Descrever as experiências de estudantes de enfermagem com aplicação da LC como instrumento pedagógico durante o período da formação universitária. Método: Trata-se de um relato de experiência orientado por vivências de três estudantes universitários de enfermagem nos cenários práticos de ensino-aprendizagem junto a LC que compõem a rede de saúde de um município, localizado na região serrana do estado do Rio de Janeiro. O relato está atrelado a um curso de graduação em Enfermagem orientado por metodologias ativas de ensino que utiliza a LC como instrumento pedagógico para formação de enfermeiros. Resultados: Os relatos foram organizados em uma categoria, intitulada: “experiências de estudantes de enfermagem nos cenários de prática profissional orientado pelas LC”. A discussão sobre a formação de enfermeiros baseado no encontro do estudante com a realidade foi desafiador, sobretudo porque abarcou vivências que perpassaram pelos seguintes cenários do cuidado: Unidade Básica de Saúde, domicílio, ambulatório e unidade hospitalar. As experiências concretas envolveram o percurso dos estudantes na rede de saúde com usuários com doenças crônicas não transmissíveis e gestantes. A LC como instrumento pedagógico possibilitou aos estudantes observarem a lógica de funcionamento da rede de saúde, desenvolvimento de habilidades psicomotoras, atendimento de necessidades básicas de saúde do indivíduo-família-comunidade, avaliação dos determinantes de saúde e observação do papel do enfermeiro junto à equipe interdisciplinar em saúde em diferentes contextos. Sem dúvidas, a linha de cuidado é um potente instrumento para atender as necessidades e problemas de saúde da população contribuindo fortemente na formação de enfermeiros que devem realizar uma escuta qualificada, acolher a pessoa que precisa de cuidados e  ser resolutivo em suas ações. Conclusão: Falar em LC como instrumento pedagógico para formação de enfermeiros para o SUS é descrever o “caminhar na rede de saúde" realizado por estudantes junto com as pessoas com saúde ou seus desvios e isso inclui um apreensão de saberes e práticas em saúde.

2328 VISITA MULTIPROFISSIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lays Oliveira Bezerra, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Cristiano Gonçalves Morais, Mariane Santos Ferreira

VISITA MULTIPROFISSIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lays Oliveira Bezerra, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Cristiano Gonçalves Morais, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: A unidade de terapia intensiva atende pacientes gravemente enfermos, que necessitam de cuidados complexos e, portanto, de maior atenção dos profissionais atuantes na equipe multidisciplinar. Com os avanços provenientes do novo modelo de atenção, busca-se constantemente a produção do cuidado tendo em vista a integralidade e humanização, incluindo metodologias assistenciais inovadoras, tais como a visita multiprofissional, esta proporciona uma visão mais ampla do estado do paciente, expandindo a comunicação entre a equipe da UTI e otimizando o serviço. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de campo, descritivo, transversal, do tipo relato de experiência, vivenciado por docente e discentes de enfermagem, durante as atividades supervisionadas no setor da UTI – adulta de um hospital público, do município de Santarém, Pará, no período de dezembro, do ano de 2017. Resultados e/ou Impactos: A equipe multidisciplinar que se fez presente durante a visita dos leitos era composta por: médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, enfermeiros, farmacêutico, assistente social e técnicos de enfermagem. Foi possível observar que a atuação destes diferentes profissionais oportuniza meios para o alcance dos objetivos propostos no início da terapêutica do cliente, nos diferentes contextos de atuação de cada um destes trabalhadores como na avaliação clínica, observação de indícios sintomatológicos de melhora ou piora do quadro clínico, acompanhamento da evolução clínica, modificação da medicação conforme as necessidades, respostas e satisfação do paciente ao esquema medicamentoso e da dieta utilizada. Por se tratar de um dos setores hospitalares mais críticos com a presença frequente de pacientes graves e possível óbito, foi observado o cuidado com a avaliação de sinais de ansiedade e depressão nos pacientes, além de possíveis meios para intervenção seja através da prescrição de medicamentos ou através de intervenções não-farmacológicas. A interação entre os diferentes profissionais oportunizou o planejamento de ações e intervenções mais rápidas e especificas para cada paciente, além disso, notou-se que a interação destes diferentes profissionais com os clientes facilitou o entendimento e a adesão dos pacientes ao tratamento sugerido. Considerações Finais: A avaliação holística e integral do paciente é uma das principais metas a serem alcançadas no ambiente hospitalar, principalmente no setor da UTI. Assim, diante deste contexto e sob a experiência supramencionada acima notou-se que a visita diária multiprofissional é um fator que contribuí para a promoção da saúde do enfermo bem como da diminuição da mortalidade em UTI, além da minimização do tempo de permanência do indivíduo neste setor. Concomitantemente, outro fator observado e de extrema importância para a integralidade do cuidado, e está relacionado ao protagonismo que cada profissional exerce durante a realização deste procedimento, haja a vista, que cada um menciona sua opinião, discute e analisa os fatos, e as medidas aplicadas a cada paciente, facilitando desta maneira, a comunicação, a relação e o fortalecimento da equipe multiprofissional com o paciente.

2333 Práticas de cuidado integral no Distrito Sanitário Cabula-Beirú em Salvador-BA: uma experiência de integração ensino-serviço-comunidade
Laio Magno, Carolina Pedrosa, Márcia Rebeca Rocha de Souza, Mary Galvão, Tânia Bispo, Thadeu Borges, Bárbara Perez

Práticas de cuidado integral no Distrito Sanitário Cabula-Beirú em Salvador-BA: uma experiência de integração ensino-serviço-comunidade

Autores: Laio Magno, Carolina Pedrosa, Márcia Rebeca Rocha de Souza, Mary Galvão, Tânia Bispo, Thadeu Borges, Bárbara Perez

Introdução: As Equipes de Saúde da Família (eSF) compõem a Atenção Básica à Saúde, um nível de complexidade que abrange os cuidados primários à saúde em territórios bem delimitados. Neste nível de atenção, a família é a unidade central de cuidado, bem como o ambiente físico e social que a envolve e, portanto, o foco primordial das eSF. Desse modo, temos como objetivo relatar a experiência de cuidado integral à família desenvolvido no âmbito da integração ensino-serviço-comunidade no território do Distrito Sanitário Cabula-Beirú (DSCB). Metodologia: Trata-se de um relato crítico e descritivo da proposta de uma estratégia de cuidado integral à saúde da família, no âmbito do componente curricular Estágio Supervisionado I do curso de enfermagem, em três Unidades de Saúde da Família (USF) do DSCB: USF Arenoso, USF Barreiras e USF Pernambuezinho. A estratégia utilizada para o cuidado integral das famílias foi o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que tem como o objetivo levantar problemas, demandas, necessidades e intervenções de saúde, juntamente com as pessoas assistidas, tornando-as sujeitos ativos do cuidado. Relato de experiência: Foram acompanhadas 9 famílias, distribuídas nas três USF (3 em Arenoso, 3 em Barreiras e 3 em Pernambuezinho). Em um primeiro momento, a proposta de cuidado integral a partir do PTS foi discutida com estudantes, profissionais de saúde e docentes em reuniões específicas. Logo após, conjuntamente, identificamos indivíduos e famílias com problemas, demandas e necessidades complexas para as eSF. Foram realizadas visitas domiciliares, juntamente com agentes comunitários de saúde, enfermeiras e outros profissionais de saúde, com o objetivo de levantar problemas, demandas e necessidades de saúde dos sujeitos e das famílias. Além disso, foram realizadas intervenções de saúde, com a participação dos sujeitos assistidos, com o foco no cuidado integral. Conclusão: A prática de cuidado integral a partir do PTS foi uma estratégia pedagógica importante para o fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade no DSCB, bem como para o estreitamento de laços entre as alunas de enfermagem e a comunidade. Além disso, promoveu relevantes intervenções na saúde da população deste distrito.

2345 ESTÁGIO VOLUNTÁRIO EXTRACURRICULAR COMO FERRAMENTA PARA A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA GRADUAÇÃO
Filipe do Vale Monteiro, Naiara Ramos de Albuquerque, Marliane Sales Pinheiro, Marilaine Martins Soares

ESTÁGIO VOLUNTÁRIO EXTRACURRICULAR COMO FERRAMENTA PARA A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA GRADUAÇÃO

Autores: Filipe do Vale Monteiro, Naiara Ramos de Albuquerque, Marliane Sales Pinheiro, Marilaine Martins Soares

Introdução: Na graduação são realizadas atividades, internas ou externas, que visam  ampliar os conhecimentos extracurriculares da formação do estudante. Uma dessas atividades podem ser os estágios que existem em duas categorias, o estágio remunerado e o estágio voluntário, os quais são realizados pelo acadêmico, sem obrigatoriedade, e que são acompanhados por profissionais da área de atuação. Essas atividades proporcionam a realidade da vida profissional futura. Objetivo: Descrever a experiência acadêmica durante o estágio voluntário no setor de na Gerência de Parasitologia da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre o estágio extracurrilar na Gerência de Parasitologia da FMT-HVD que é referência em tratamento de doenças tropicais e infectocontagiosas da cidade de Manaus. A área da saúde é um ramo que exige conhecimento e habilidade, com o estágio na FMT-HVD adquirimos conhecimentos importantes para a nossa profissão. Resultado: Foi possível aprender como são desenvolvidas as técnicas para o diagnóstico dos parasitos intestinais, parasitos oportunistas e dos helmintos sanguíneos.  Durante o estágio foram realizadas as técnicas para o diagnóstico parasitológico de fezes, tais como o método direto, a pesquisa do sangue oculto, sedimentação espontânea Hoffman, Métodos de Ritchie, Willis, contagem do número de ovos por grama de fezes Kato-Katz, pesquisa de Larvas, coloração para o diagnóstico de parasitos oportunistas, pesquisa de leveduras e piócitos, pesquisa de microfilárias no sangue periférico, aprender também a fazer leitura das laminas. Com esses procedimentos realizados tivemos a oportunidade de identificar os parasitos com maiores e menores prevalentes dos usuários da FMT-HVD. Considerações finais: O estágio voluntário é uma ferramenta que possibilita aos acadêmicos das áreas biológicas ampliarem o conhecimento para identificar os agentes intestinais causadores das doenças tropicais que acometem os usuários do Sistema Único de Saúde – SUS. O estágio também proporciona aos orientadores atuarem como agentes multiplicadores e exercitar o importante papel na formação profissional do aluno na área de saúde. 

2378 Reflexões sobre a construção de um instrumental como mecanismo de aproximação a integralidade do cuidado as pessoas em situação de rua
Thinally Ribeiro Abreu, Maria Elisabeth Sousa Amaral, Talita de Lemos Araujo, Erica Maria Alves do Nascimento, Raiane Xavier Madeira Chaves

Reflexões sobre a construção de um instrumental como mecanismo de aproximação a integralidade do cuidado as pessoas em situação de rua

Autores: Thinally Ribeiro Abreu, Maria Elisabeth Sousa Amaral, Talita de Lemos Araujo, Erica Maria Alves do Nascimento, Raiane Xavier Madeira Chaves

Pretende-se pensar as determinações do processo de saúde-doença como elementos cruciais na atenção à saúde, realizada em uma unidade hospitalar em Fortaleza, que atende pessoas com doenças infecciosas. Além disso, esta é regulamentada pela Secretaria de Saúde do Ceará como uma instituição de referência estadual no tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids. Assim, atribui-se esta percepção sobre tais determinantes, devido a uma multiplicidade de perfis epidemiológicos que emergem de distintas populações usuárias. Dentre estas, se encontram, com relevante incidência, as pessoas em situação de rua que se apresentam imbuídas por especificidades sócio-históricas essenciais ao campo do cuidado. Neste sentido, este estudo aponta a construção de experiências na produção de instrumentos e análises, no contexto de estágio, orientadas de sucessivas aproximações às refrações desta complexa realidade na qual estes sujeitos estão imersos. Destaca-se que desta esfera emanam múltiplas dimensões da desigualdade social, imbricadas as origens de classe desta população, que se caracteriza por sua imersão num contexto de extrema pobreza, pelo rompimento ou fragilização dos vínculos familiares e pela ausência de possibilidade de moradia. Estas pessoas, que se encontram, preponderantemente, nos centros urbanos, resistem a incessante exposição às variações climáticas, à violência, ao preconceito e a condições de acesso inconstantes no cuidado de si. Tais aspectos desencadeiam recorrentes suscetibilidades a doenças e agravos que precisam ser apreendidos no atendimento integral à saúde. Destarte, a percepção destes como sujeitos de direitos e a construção de políticas públicas que visam o seu atendimento revelam-se como frutos da luta desta população em superar as concepções sob traços higienistas, repressivos e assistencialistas, quando não os enquadram na invisibilidade. No que concerne ao campo da saúde tais garantias são asseguradas pelo caráter universal acerca do acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, a efetivação de tais conquistas devem ser reafirmadas no cotidiano das ações e serviços do implementados dentro deste cenário hospitalar. Nesta perspectiva, investigar as singularidades que se desvelam no cotidiano destes usuários permite a identificação e o alcance de suas demandas. Possibilita a estruturação de efetivas formas de intervir mediante ao processo de promoção, proteção e recuperação da saúde. Questiona ainda a eficácia dos tratamentos instituídos sob moldes, restritamente, biólogos e as definições de diagnósticos desconectadas da totalidade do real. Para tanto, se faz essencial uma atuação interdisciplinar que contemple a saúde em seu sentido ampliado ao não esgotar-se na superação imediata das doenças, mas que atente de modo integrado, as demandas e especificidades sociais, físicas, ambientais e mentais. Dentro deste prisma, o Serviço Social deve reformular, de maneira contínua e coletiva seu fazer profissional ao considerar que atuar na viabilização de direitos, frente expressões da questão social, requer um olhar crítico acerca dos processos de trabalho. Portanto, estes devem ser vistos em permanente reconfiguração, estabelecendo novas possibilidades mediante as necessidades dos usuários da política de saúde pública que estão em situação de rua. Acerca da produção da instrumentalidade do Serviço Social, foi implementada uma experiência que procurou qualificar caráter investigativo e interventivo na atenção a este seguimento populacional, superando as lentes do conservadorismo e resignificando categoriais nas seis unidades de internação do hospital, com seus cento e vinte leitos. Entende-se que a instrumentalidade, imersa neste espaço sócio-ocupacional, não se restringe apenas a instrumentação técnica, mas fundamenta-se nas dimensões teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativa em meio a uma processualidade dialética transpassadas por movimentos contínuos de construção, rupturas e continuidades do cotidiano. Salienta-se ainda que esta permite que os assistentes sociais materializem suas intencionalidades a partir de respostas profissionais orientadas por um projeto político coletivo. Esta tessitura abriu precedentes para a produção de um instrumental específico para embasar outros instrumentos como a linguagem e a escuta qualificada no cotidiano de atuação profissional do Serviço Social. Este foi construído e pensado, junto a profissionais, por bolsistas do Programa de Bolsa de Incentivo à Educação na Rede da Secretaria de Saúde do Ceará (PROENSINO - SESA), sob a supervisão das assistentes sociais do setor. Tais bolsistas atentaram-se para esta demanda devido ao fluxo constante de pessoas em situação de rua internadas no hospital que apresentavam um longo histórico no equipamento. Assim, foram pensados pontos centrais que responderiam as investigações inerentes às demandas sociais a partir dos instrumentais existentes que se referiam aos usuários, de modo abrangente ao momento da internação, foram realizados contatos e visitas a instituições da Assistência Social, como o Centro para População em Situação de Rua, com vistas a conhecer os percursos intersetoriais em que os usuários são vinculados e com isso ampliar os campos de apreensões do conhecimento acerca dos protagonistas deste estudo. Foram identificadas como relevantes a inserção do nome, nome social, identidade de gênero, idade, naturalidade, procedência, raça e etnia, considerando que estas devem ser autodeclaradas. Foram pensados também o estado civil, escolaridade. No tocante ao cotidiano na rua foram pensadas análises sobre a religião e aos endereços, serviços e instituições de referência. Também foram pontuados discussões sobre os vínculos familiares e as configurações da renda e do trabalho, pensando se estes se estabelecem de forma instável ou contínua. Ressaltou-se a existência de vínculos previdenciários e sobre a ocorrência de recebimentos de auxílios e benefícios públicos e privados. No que concerne às questões de saúde e doença, foram destacados os históricos de internação referentes a está ou a outras instituições. Assim, pretende-se incitar um diálogo sobre as motivações destas internações, indagar acerca dos diagnósticos, do período de conhecimento destes, uso de medicação, para entender sobre processos de adesão e abandono de tratamentos. Ainda colocaram questões pertinentes ao uso de substâncias psicoativas, caso existam, devem ser tratadas em uma perspectiva que adentre nas possibilidades voltadas a redução de danos. Pondera sobre documentações e formas de articular contatos com pessoas de referência para o usuário. Por último, sinaliza para colocações sobre informações complementares, procedimentos e encaminhamentos. Ao longo do processo constitutivo do instrumental este foi exposto em reunião administrativa do setor na qual as assistentes sociais o estudaram e teceram ponderações que foram inseridas nas reflexões de produção. Logo após foi estabelecido um período de teste no qual alguns pontos foram reanalisados. Em seguida, este foi alocado na dinâmica de atuação. É válido ressaltar que o instrumental é de uso privativo do Serviço Social, deve ser realizado de forma associada a admissão social e as evoluções decorrentes aos cursos do atendimento e deve ser arquivado, em virtude de possíveis reinternações, pensando a formulação de um acúmulo de informações referentes aos usuários, em revisitar os processos de trabalho ocorridos anteriormente e na construção de vínculos com estes sujeitos que tendem a enfrentar, diariamente, um arcabouço de violação de direitos. Este instrumental pretende contribuir no enfrentamento a estas violações que se evidenciam neste cenário de retração dos direitos sociais e que provocam a intensificação do imediatismo e da fragmentação do fazer profissional que se distanciam das necessidades dos usuários das políticas públicas da Seguridade Social. Dessarte, a produção deste instrumental reafirma que os sentidos da atenção à saúde devem emanar da luta pela universalidade e equidade previstas no SUS que foram preconizadas no Movimento de Reforma Sanitária e que estabelecem a defesa do acesso a sujeitos que se encontram em diferentes processos de realidade.

2383 O CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADO NA PRÁTICA ACADÊMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Djúlia Soraya Sena, Jéssica Naiara Vieira, Jéssica Naiara Vieira, Gabriela Amorim Barreto, Gabriela Amorim Barreto

O CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADO NA PRÁTICA ACADÊMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Djúlia Soraya Sena, Jéssica Naiara Vieira, Jéssica Naiara Vieira, Gabriela Amorim Barreto, Gabriela Amorim Barreto

Apresentação: Promover a cura por meio das plantas é uma prática antiga repassada de geração em geração, que até hoje, tem forte influência na vivência dos povos. O conhecimento sobre plantas medicinais (PM) simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades, principalmente por serem acessíveis e popularmente aplicadas às diversas enfermidades. As espécies vegetais para uso medicinal têm recebido atenção especial pelos importantes papéis que estas assumem em nossa sociedade como um recurso biológico e cultural. São empregadas no desenvolvimento de novas drogas, como possível fonte de recursos financeiros, através de sua comercialização, além de também serem importantes no resgate e fortalecimento da identidade cultural e como acesso primário à saúde para muitas comunidades. As plantas medicinais representam a principal matéria médica utilizada pelas chamadas medicinas tradicionais, ou não ocidentais, em suas práticas terapêuticas, sendo a medicina popular a que utiliza o maior número de espécies diferentes. Em geral, o conhecimento popular é desenvolvido por grupamentos culturais que ainda convivem intimamente com a natureza, observando-a de perto no seu dia a dia, e explorando suas potencialidades, mantendo vivo e crescente esse patrimônio pela experimentação sistemática e constante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) planta medicinal é definida como sendo “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos”. Nas regiões mais pobres do país e até mesmo nas grandes cidades brasileiras, as PM são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais. Na região Amazônica foram catalogadas em duas comunidades que vivem nas margens da Baía de Marajó-PA 260 plantas, entre nativas e cultivadas; 1200 são comercializadas no mercado Ver-o-Peso e outras 242 espécies são cultivadas em quintais residenciais na capital Belém-PA. O estudo de PM, a partir de seu emprego pelas comunidades, é de fundamental importância para os cursos que envolvam a saúde como foco de estudo, pois, apesar dos grandes benefícios das plantas medicinais , é relevante ressaltar que a falta de conhecimento sobre os efeitos medicinais e tóxicos das plantas são fatores preocupantes da automedicação. Desta forma, orientações de educação em saúde tornam-se essenciais durante o acompanhamento dos pacientes na prática de estágios durante formação acadêmica, para que nessa fase de preparação para carreira profissional, o acadêmico possa entrar em contato com as mais diversas práticas de tratamento dos pacientes. É de suma importância que os acadêmicos tenham conhecimento sobre plantas para fornecer subsídio para o uso seguro e apropriado das plantas. Por meio desse estudo objetivou-se, narrar por meio de um relato de experiência, a aplicabilidade do saber acadêmico acerca do uso das PM por parte dos pacientes para que por meio desse conhecimento prévio se possa orientar quanto ao uso e dosagem desses ativos. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado durante estágio observacional do curso de Fisioterapia da pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), vivenciado no período de agosto a dezembro de 2017 em clínicas, hospitais e unidades básicas de saúde (UBS) sendo estes campos de estágio das autoras desse resumo. Durante as vivências foram coletados relatos dos pacientes, todos adultos, faixa etária entre 18 e 62 anos, cujas descrições eram anotadas, e posteriormente orientações sobre uso de plantas medicinais eram repassadas aos pacientes que realizavam tratamento fisioterapêutico nos locais citados acima, com base em conhecimento prévio das acadêmicas e pesquisas em literatura. Resultados e/ou discussão: Através do conhecimento sobre as plantas medicinais, a população tem o direito de escolha sobre qual terapia usar. Mas, muitas vezes, o uso das PM não é resultado de uma escolha, mas o único recurso disponível. Dentre as inúmeras vantagens das PM sobre outras terapêuticas, destacamos o fácil acesso, o menor custo, menores efeitos adversos, atingindo, portanto, a maior parte da população e favorecendo o uso de tal prática. O presente trabalho possibilitou as acadêmicas explorar seu conhecimento prévio quanto ao uso de PM e poder repassar orientações aos pacientes sobre os efeitos dessa prática, observou-se que muitos relatavam fazer uso de chás a partir de plantas como “capim santo”, também chamado de capim limão, boldo, camomila, erva cidreira, geralmente aplicados como analgésicos e em decorrência de mal-estar, além, uso tópico de “babosa” (aloe vera) para cicatrização de lesões cutâneas. Todas as PM citadas a cima eram de conhecimento prévio das pesquisadoras, desta forma foi possível que orientações principalmente quanto ao uso de chás.  Foi preconizado, baseado em manual da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que doses diárias fossem administradas com cautela, utilizando a idade como parâmetro para dosagens dos remédios caseiros na ausência de recomendações específicas para os chás. Portanto, na amostra que em sua maioria consta-se de adultos o manual preconiza que sejam administradas de 3 a 4 vezes ao dia atentando-se para que esse quantitativo não seja ultrapassado no intuito de evitar efeitos colaterais. Conclusão: Com base na vivencia de estágios observacionais muito se pode ser conhecido acerca da realidade de cada paciente. Muitos deles não têm acesso a medicamentos nem a serviços de saúde em sua comunidade, fazendo do uso de recursos naturais a única alternativa de tratamento de suas enfermidades. É de suma importância que o acadêmico tenha conhecimento e se aprofunde nas pesquisas para orientar e poder intervir quando necessário nas práticas curativas relatadas pelos pacientes. Algumas delas, podem corroborar com os atendimentos feitos por profissionais da saúde, no entanto, se em excesso ou administrada de forma incorreta, podem trazem inúmeras complicações ao indivíduo. É notável que frequentemente atribua-se a cura as PM, fitoterápicos e outros produtos naturais, e não aos serviços prestados pelos fisioterapeutas. Muitos pacientes atribuem sua melhora as crenças nesses ativos e desvalorizam o trabalho realizado durante a fisioterapia. Por conta disso, é imprescindível que fisioterapeutas em formação saibam a ação e possam discernir a implicação dos produtos naturais em suas condutas, passando orientações e explicações aos seus pacientes sobre os benefícios de tudo que será empregada na recuperação do mesmo. Por fim, compreender a cultura dos indivíduos atendidos é imprescindível para a formação de profissionais mais humanizados. Palavras-chaves: Plantas medicinais; conhecimento profissional de saúde; medicina tradicional.  

2245 Autocuidado nas Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: relatos de usuários de uma Unidade Básica de Saúde
Ivan Wilson Hossni Dias, Virginia Junqueira

Autocuidado nas Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: relatos de usuários de uma Unidade Básica de Saúde

Autores: Ivan Wilson Hossni Dias, Virginia Junqueira

INTRODUÇÃO A construção de sujeitos ativos no próprio cuidado representa desafio clínico assistencial de portadores de Doenças Crônicas no contexto da Atenção Básica à Saúde. A caracterização dos modos de andar a vida e das necessidades de saúde, resultantes de um processo histórico, dinâmico e social, constitui-se ponte necessária para o alcance do êxito terapêutico e satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde. Diante da significativa prevalência das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, principalmente a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 (Não-Insulino Dependente), verifica-se a importância de caracterização das práticas de autocuidado utilizadas no tratamento destas morbidades cujos obstáculos e dificuldades identificados devem ser considerados em suas singularidades socioculturais a fim de balizar ações de promoção da saúde e aprimoramento do cuidado em saúde. OBJETIVO Caracterizar os obstáculos no cuidado em saúde realizado por usuários da Atenção Básica à Saúde portadores de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. MÉTODOS Estudo de delineamento qualitativo cuja técnica de coleta de informações consistiu na realização de cinco entrevistas semi-estruturadas de usuários selecionados aleatoriamente na Unidade Básica de Saúde Vila Campestre, localizada no município de São Paulo. Foram considerados como critérios de inclusão o acompanhamento regular na UBS caracterizado pela presença em atividades comunitárias e/ou consultas médicas e/ou enfermagem nos últimos seis meses antecedentes à entrevista; faixa etária dos 18 aos 79 anos e diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus superior a um ano. A análise das entrevistas consistiu na identificação de excertos representativos do cuidado em saúde e dos obstáculos e dificuldades evidenciadas. Consideraram-se as categorias apriorísticas baseadas no trabalho de Cyrino e Shraiber (2016) como referencial para análise e problematização desses excertos. RESULTADOS Observamos a representatividade das experiências prévias no condicionamento do cuidado, bem como a importância do apoio familiar na construção de sujeitos ativos em promover sua própria saúde. Percebe-se o estabelecimento de circuitos causais reforçados pelo automonitoramento glicêmico, frequentemente realizado após experiências sabidamente associadas ao incremento glicêmico (estresse e alimentação). Por se tratar de doença crônica, o DM está representado de forma personificada neste e nos demais relatos realizados nesta atividade, colocando-o como uma entidade com vontades e necessidades próprias muitas vezes em conflito com a própria pessoa. Como podemos observar, o planejamento terapêutico está associado às condições familiares, existenciais, aos estressores previsíveis e imprevisíveis de uma determinada família e principalmente sua capacidade de superação e resiliência. CONSIDERAÇÕES FINAIS As necessidades de saúde dos usuários portadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis demonstram-se vinculadas ao contexto sociocultural e às experiências prévias do adoecimento na construção de sujeitos ativos no próprio cuidado. Haja vista tais relatos, consolida-se aqui a insuficiência dos parâmetros biocêntricos como único caminho à promoção do autocuidado sendo, pois, necessários novos estudos para se avaliar a incorporação de modelos explicativos centrados na pessoa para a compreensão e atuação no processo singular de adoecimento.

2260 Integração ensino-serviço-comunidade: redução da dicotomia teoria e prática e a aproximação com o Sistema Único de Saúde na formação em farmácia.
Larissa de Freitas Bonomo, Clarissa Campos Barbosa de Castro, Paulo Henrique Dias de carvalho, Ianka Araújo Almeida, Jaíne Costa Chaves, André Alves Tavares, Daniel Victor Montes de Melo, Leonardo Meneghin Mendonça

Integração ensino-serviço-comunidade: redução da dicotomia teoria e prática e a aproximação com o Sistema Único de Saúde na formação em farmácia.

Autores: Larissa de Freitas Bonomo, Clarissa Campos Barbosa de Castro, Paulo Henrique Dias de carvalho, Ianka Araújo Almeida, Jaíne Costa Chaves, André Alves Tavares, Daniel Victor Montes de Melo, Leonardo Meneghin Mendonça

Apresentação: Uma estratégia potencial na perspectiva da formação de profissionais de saúde capacitados para atuação em equipes multiprofissionais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e preocupados com a assistência integral e humanizada à população corresponde às experiências de integração ensino-serviço-comunidade no processo de formação. Nesse sentido, relataremos as ações desenvolvidas pelos estudantes do projeto de extensão em interface com a pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares (UFJF/GV), intitulado “Descarte de medicamentos para a promoção do uso racional e seguro”, que teve como objetivo geral fortalecer a integração ensino-serviço-comunidade no município de Governador Valadares, reduzindo a dicotomia entre teoria e prática e aproximando estudantes do curso de Farmácia das práticas no SUS. As atividades propostas no projeto visam à promoção do cuidado em saúde, diminuição do armazenamento inadequado de medicamentos, melhoria da adesão medicamentosa, redução da automedicação, e à diminuição da poluição ambiental. Desenvolvimento do trabalho: O projeto “Descarte de medicamentos para promoção do uso racional e seguro” iniciou suas ações em abril de 2017 com previsão de término para março de 2018, e conta com a participação de quatro estudantes de Farmácia da UFJF/GV, além de docentes coordenadores, colaboradores e farmacêuticos do município. Os estudantes estão desenvolvendo ações nas nove farmácias distritais e na Farmácia Central, sendo que em todos os locais foi realizado um aprimoramento dos pontos de descarte, em que medicamentos sólidos e líquidos vencidos e/ou não utilizados são coletados em um recipiente plástico identificado para cada caso e, posteriormente, são analisados mensalmente pelos estudantes no momento da triagem. Ao final do processo, os medicamentos são recolhidos pela empresa cadastrada no Programa de Gerenciamento de resíduos sólidos de saúde (PGRSS) do município. Os discentes iniciaram a contagem e classificação dos medicamentos considerando que nenhuma ação de conscientização tivesse sido realizada com a população, uma vez que o município se inclui em um cenário em que não há programas ou projetos que objetivam a orientação da comunidade sobre o descarte correto de medicamentos. Em comemoração ao dia nacional do uso racional de medicamentos, os estudantes realizaram entre os dias 1 e 5 de maio uma semana de conscientização no Restaurante Universitário (RU), na qual orientaram discentes, docentes e técnicos administrativos quanto ao descarte correto de medicamentos. Para tanto, os discentes elaboraram o material de divulgação das campanhas por meio da construção da arte gráfica de folhetos informativos e cartazes. A dinâmica orientou-se em formato de conversa, na qual fez-se uma triagem em que os estudantes questionaram, aos que se voluntariaram a participar, sobre seu curso, período do curso ou cargo ocupado na UFJF/GV, além do local onde costumavam descartar medicamentos vencidos e/ou não utilizados. Após serem respondidos, os estudantes orientaram os participantes quanto ao descarte adequado de medicamentos e entregaram os folhetos informativos. Um segundo momento de conscientização foi realizado no dia 30 de setembro, em uma praça central do município, e contou com o apoio do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG) e do Grupo de Pesquisa em Síndrome Metabólica (GP-SíndroMe) da UFJF/GV, no qual foi realizada uma ação de educação em saúde com orientação à população quanto ao descarte correto de medicamentos e quanto aos aspectos da síndrome metabólica, além da aferição da pressão arterial e glicemia capilar. No presente momento, os estudantes encontram-se na fase de capacitação de pessoal para o recebimento e triagem de medicamentos por meio de oficinas educativas, com intuito de integrar a equipe e orientar para o recebimento adequado dos medicamentos, seguido de instruções e orientações aos usuários/pacientes que estiverem sendo atendidos nos postos de recebimento. Os discentes iniciaram as oficinas educativas com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pois o grupo entende que estes são cruciais na orientação aos usuários/pacientes. A ação de capacitação com os ACS das Estratégias de Saúde da Família (ESF) onde estão alocadas as farmácias distritais foi realizada por meio de um “quiz” de perguntas. A dinâmica foi planejada de maneira que os estudantes, acompanhados por docentes colaboradores, leram paulatinamente cada questão para os participantes, explicaram alguma dúvida conceitual, e em seguida, estabeleceram um tempo para que as equipes formadas, ou os participantes individualmente, levantassem as placas específicas, caso considerassem a questão verdadeira ou falsa. Durante a dinâmica, os ACS foram orientados com informações sobre o descarte correto de medicamentos, possibilitando que estes profissionais estejam preparados diante das dúvidas advindas dos pacientes/usuários no que concerne ao tema, ou mesmo, para que estejam capacitados para orientá-los durante as visitas domiciliares. Os estudantes finalizaram as ações de capacitação dos ACS em dezembro de 2017 e estão planejando as atividades de educação em saúde voltadas à orientação da população na sala de espera e nos grupos operativos de hipertensos e diabéticos nas ESF. A triagem mensal dos medicamentos continua sendo realizada e, ao final do projeto, os estudantes poderão avaliar o quantitativo e qualitativo dos medicamentos considerando o momento pré-campanha, durante a campanha e pós-campanha, o que trará subsídios para a formulação de projetos de intervenção cujo o foco seja a efetiva resolução dos problemas relacionados ao uso de medicamentos das comunidades envolvidas. Resultados e/ou impactos: As atividades desenvolvidas durante o projeto permitiram que os estudantes se inserissem nos cenários de prática do SUS no âmbito da Atenção Primária, conhecessem o papel desempenhado pelo farmacêutico na dispensação, avaliassem os medicamentos que são descartados pela população e fizessem associação entre as classes avaliadas e as condições de saúde dos pacientes/usuários. Os discentes relataram que aprenderam muito sobre farmacologia e sobre as patologias diabetes e hipertensão arterial, que estão associadas ao uso de antihipertensivos e hipoglicemiantes orais, pois o maior quantitativo de medicamentos recebidos em todas as distritais estava dentro dessas duas classes terapêuticas. Os estudantes entenderam que o fato do descarte estar concentrado majoritariamente nas classes de medicamentos supracitadas é extremamente preocupante e relevante, visto que estes são usados para o tratamento de doenças crônicas e que necessitam de cuidado permanente. Segundo um dos estudantes (sic), "os resultados mostram que, muitas vezes, o paciente não toma o medicamento corretamente ou então, abandona o tratamento". Considerações finais: Pôde-se perceber o impacto que o estreitamento da integração ensino-serviço-comunidade exerce sobre a formação discente. Os acadêmicos participaram de atividades socioeducativas de prevenção e promoção da saúde, cuja abordagem esteve centrada no cuidado em saúde no que concerne ao uso racional de medicamentos. Tão importante quanto o envolvimento dos discentes nesse processo foi o debate e a orientação da população quanto aos riscos ambientais gerados pelo descarte inapropriado. Esta vivência contribuiu para o desenvolvimento de competências, destacando-se a atuação em ações de prevenção, promoção e reabilitação da saúde na prática do cuidado; iniciativa e participação crítica nas tomadas de decisões; e habilidade de comunicação, uma vez que estiveram efetivamente integrados às equipes multiprofissionais de saúde e ao público em geral. Finalmente, engajados no processo de aprender a aprender, puderam levar para a sala de aula as experiências vividas na prática e vice-versa, garantindo o compromisso com a educação permanente e com a sustentabilidade das propostas de melhoria do processo de aprendizagem e dos serviços prestados pelo SUS.

2326 VISITA TÉCNICA EM DOIS CAPS DA CIDADE DE MANAUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA
NAARA MACEDO NASCIMENTO, Andrezza Mendes Franco, Bárbara Letícia Silva Costa, Déborah Figueira da Costa, Maria Victória Emanuelli Queiroz, Thaís Inês Uchôa Marques, Vitor Matheus Orlando Sampaio, Luciana Barros de Lima Matuchewski

VISITA TÉCNICA EM DOIS CAPS DA CIDADE DE MANAUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA

Autores: NAARA MACEDO NASCIMENTO, Andrezza Mendes Franco, Bárbara Letícia Silva Costa, Déborah Figueira da Costa, Maria Victória Emanuelli Queiroz, Thaís Inês Uchôa Marques, Vitor Matheus Orlando Sampaio, Luciana Barros de Lima Matuchewski

Introdução Os Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) são Centros que oferecem atendimento as pessoas que sofrem de transtornos mentais, foram implantados por meio da Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/01, que busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental de maneira mais inclusiva. Como forma de integrar os acadêmicos de Medicina da turma 98, da Universidade Federal do Amazonas à estes Centros, foram realizadas as visitas técnicas que também faziam parte da disciplina de Saúde Coletiva II. Objetivo Relatar a experiência sobre duas visitas técnicas realizadas no CAPS como parte da disciplina de Saúde Coletiva II. Metodologia Trata-se de um relato de experiência a partir de visitas realizadas no dia 25/08/2017, no CAPS III Silvério Tundis e no CAPS ad Dr Afrânio Soares, com dois grupos de 10 acadêmicos cada, sendo um grupo para cada CAPS. As visitas foram guiadas por funcionários dos Centros que orientavam quanto as informações técnicas dos locais; na oportunidade foram aplicados questionários voltados ao gestor e ao usuário. Os demais acadêmicos realizaram o debate de um itinerário na Plataforma Virtual da UFAM, o EAD. Resultados Observando a classificação de cada CAPS visitado, pode-se notar características exclusivas de cada Centro. No CAPS III atende-se pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, a maioria advindos do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro ou das Redes Municipal e Estadual, durante a visitação foi possível perceber que através de uma abordagem multidisciplinar (psiquiatria, psicologia, farmácia, enfermagem, assistência social, terapia ocupacional, artesãos, entre outros) e de uma oferta variada de atividades pela unidade, é possível atingir aos poucos a meta de reabilitação e reinserção dos usuários. No CAPS ad atende-se pessoas com dependência de álcool e drogas psicoativas, que chegam por livre demanda, durante a visita notou-se que o serviço conta com uma equipe multiprofissional semelhante à equipe do CAPS III, além de atividades como dinâmicas em grupo, jogos educativos, rodas de leitura e de conversa, dentre outras. Quanto ao debate gerado no itinerário, os principais pontos levantados foram: as poucas unidades de CAPS em Manaus, a dificuldade de acesso ao serviço e sua precariedade, a capacitação e formação de profissionais que atuem no CAPS, uma melhor divulgação dos serviços e a visão errônea e marginalizada que a sociedade tem a respeito da saúde mental. Considerações finais A visita ao CAPS trouxe ao acadêmico de medicina uma vivência de conhecimento teórico – prático, em relação ao convívio e tratamento de pessoas com transtorno mental, além disso, mostra o quão necessário é a participação de outras entidades acadêmicas, além da atuação de enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas, auxiliares de limpeza, dentre outros. É, de fato, um aprendizado de cooperatividade e extensão de conhecimentos. Sendo assim, pôde-se observar a partir das visitas e da discussão no EAD, que apesar da quantidade de CAPSs não ser o suficiente para atender a população, há um esforço por parte das equipes em fazer um bom trabalho, para que resulte na reinserção dos usuários à sociedade.

2152 MATERNIDADE TARDIA DE 35 A 45 ANOS: NOVO PARADIGMA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
MARIA TITA PORTAL SACRAMENTO, Cintya Simone Silva Magalhães, Cristiane Ribeiro, Ivone Carlos Lima, Juliana Pereira Pinto Cordeiro

MATERNIDADE TARDIA DE 35 A 45 ANOS: NOVO PARADIGMA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Autores: MARIA TITA PORTAL SACRAMENTO, Cintya Simone Silva Magalhães, Cristiane Ribeiro, Ivone Carlos Lima, Juliana Pereira Pinto Cordeiro

Este estudo traça um viés analítico que contempla a maternidade tardia de 35 a 45 anos, evidenciando suas principais características e os aspectos econômicos, sociais e culturais que levam à decisão de engravidar tardiamente. Nesse sentido, foi lançado o seguinte questionamento como problema de pesquisa: quais os aspectos sociais, econômicos e culturais que levam à gestação em idade tardia de 35 a 45 anos, às mulheres contemporâneas? OBJETIVOS: analisar os aspectos sociais, econômicos e culturais que levam às mulheres contemporâneas, à maternidade tardia de 35 a 45 anos. Verificar as causas que levam a mulher a optar por ter uma maternidade tardia, entre 35 a 45 anos. METODOLOGIA: Revisão Integrativa da Literatura científica. Foram escolhidos como critérios de inclusão os artigos publicados no período de 2009 a 2012, em língua portuguesa, contendo textos completos, publicados Lilacs, Medline, Pubmed, Bireme, Scielo e outros e, o critério de exclusão foi os artigos e publicações anteriores a 2009 e posterior a 2012. A descrição dos dados foi pontuada a partir dos descritores selecionados e a explicação permeou a evolução do tema proposto. RESULTADO: sobre os fatores sociais, destacam-se as transformações nos padrões de comportamento e na atribuição de valores sociais às mulheres; em relação aos fatores econômicos, evidenciou-se a maior participação da mulher no mercado de trabalho e a conquista da independência financeira; sobre os fatores culturais, salienta-se o acesso da mulher a um maior nível de escolaridade e a uma mudança na configuração de seu papel do lar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: há necessidade de estudos mais abrangentes, envolvendo contextos sociais, familiares e culturais, de modo a subsidiar uma atenção de qualidade à mulher e à família, e, também, os serviços de saúde voltados para esse “novo público”.