25: O cuidado e a formação como espaço-tempo de participação
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 11 - Piracuí    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
812 O CONHECIMENTO SOBRE O HPV ENTRE OS ADOLESCENTES: ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
regina dos santos sousa, Sidicleia dos Santos Souza

O CONHECIMENTO SOBRE O HPV ENTRE OS ADOLESCENTES: ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Autores: regina dos santos sousa, Sidicleia dos Santos Souza

Introdução: O Papiloma vírus humano (HPV) pertence à família dos Papovavírus ou Papovaviridae e é responsável por uma infecção de transmissão sexual, conhecida como condiloma acuminado, verruga genital ou também crista de galo. Há cerca de 120 tipos, sendo que 36 deles podem infectar o trato genital. (1) A transmissão do HPV acontece por contato direto com a pele infectada e dos HPVs genitais, por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no colo do útero, no pênis e ânus. (2) O diagnóstico do HPV é feito pela identificação da presença de verrugas que, caso estejam presentes, devem ser retiradas. Nos casos em que as verrugas não são visíveis a olho nu, é feito o diagnóstico pelos exames de peniscopia no homem, e colposcopia na mulher; esses exames são considerados os melhores testes para o diagnóstico, já que a maioria das lesões (80%) é descoberta por meio deles. Em ambos os exames, é colhido material para análise biológica. (3) Esses dados deixam clara a importância da prevenção da contaminação pelo HPV que se dá, principalmente, pela interrupção da cadeia de transmissão, ou seja, pela prevenção da infecção propriamente dita e pela eliminação das lesões causadas pelo vírus. A informação da população sobre os fatores de risco associados ao comportamento sexual, por meio de atividades educativas, é importante para o controle da transmissão. O uso do preservativo nas relações sexuais é uma das principais formas de reduzir, porém não elimina o risco de contaminação pelo HPV. (4) As vacinas são também muito eficazes na prevenção da infecção por este vírus, principalmente quando administradas no início da vida sexual, pois os adolescentes e pré-adolescentes são sexualmente imaturos e adquirem boa resposta imune. (5) Estas vacinas não alteram o curso da doença preexistente, porém protegem a mulher das cepas às quais não foi exposta. Como a infecção é adquirida após o início da atividade sexual, a vacina é recomendada para mulheres que ainda não iniciaram essa atividade, sendo a idade recomendada os 12 anos, podendo ter início a partir dos nove anos. (5) Objetivo: Diante disso, o objetivo principal deste estudo é identificar o nível de conhecimento entre os adolescentes sobre os fatores relacionado ás IST-HPV, como sintomas, transmissão, prevenção, além de investigar entre esses adolescentes, se aqueles que mantêm relações sexuais praticam sexo seguro. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de natureza observacional, desenvolvido por meio de uma pesquisa realizada no período de agosto a outubro de 2014, na E. E Santa Izabel, Manaus-AM, com adolescentes de 12 aos 19 anos. Foram aplicados questionários com perguntas objetivas, de múltipla escolha, referentes ao nível de conhecimento sobre o HPV, os temas abordados no questionário incluíram definições, modos de transmissão e de prevenção do contágio pelo vírus. O estudo visou avaliar o conhecimento e a importância da sexualidade para os adolescentes, pois esta contribuiu para a formação pessoal e profissional de cada um, com o intuito de minimizar tabus e esclarecer dúvidas, uma vez que os mesmo estão sujeitos a se contaminar e a transmitir ISTs. Resultados e discussões: participaram do estudo 58 adolescentes, todas do sexo feminino, relação à atividade sexual das adolescentes participantes, observou-se que, das 58 entrevistadas, 27 relataram vida sexual ativa; entre essas (59,2%) mantinham relações sexuais há mais de um ano, e (55,5%) as praticavam regularmente. Quanto à prática do sexo seguro, (96,3%) destas 27 entrevistadas relataram praticá-lo por meio do uso de preservativo, no entanto, (29,6%) responderam fazer uso deste ocasionalmente. Quanto ao conhecimento sobre o que significa a sigla HPV, 35 (60,3%) adolescentes relataram saber seu significado. Quando questionadas sobre as formas de transmissão do HPV, (69%) relataram conhecê-las, e apenas (20,7%) disseram saber alguns dos sinais e sintomas do HPV. As 23 adolescentes que referiram não saber o significado da sigla HPV também não sabiam o que o vírus pode causar. Já entre as 35 adolescentes que informaram saber o significado do HPV, (42,9%) revelaram ter obtido esse conhecimento através de informações fornecidas por médicos ginecologistas e em palestras sobre o tema, e Ainda, (54,3%) das adolescentes disseram não saber o que o HPV pode causar. Os resultados do estudo mostraram que as adolescentes entrevistadas mostraram que têm o conhecimento de que o uso do preservativo é sinônimo de sexo seguro, e a maior parte deles relata seu uso na atividade sexual. Entretanto, uma parcela significativa revela que não o faz frequentemente, levando a entender que muitas relações sexuais acontecem sem proteção. Adicionando essas informações às características da amostra, de adolescentes solteiras, com vida sexual e parceiros eventuais, pode-se considerar que estão expostos a um fator de risco importante para o contágio do HPV e de outras DSTs, além da possibilidade de ocorrência de gestações indesejadas. Nesse sentido, estudos demonstram que os adolescentes, em geral, sabem que o preservativo evita doenças e gravidez, entretanto não o utilizam, fato que demonstra a existência de uma enorme falha entre o nível de conhecimento e o uso efetivo da camisinha. (7-8) No estudo, as adolescentes que referiram possuir conhecimento sobre o HPV revelaram que obtiveram esse conhecimento, na sua maioria, em consultas ao ginecologista e palestras. Outro estudo, realizado também com adolescentes, mostrou que pequena porcentagem da amostra referiu ter recebido influência de familiares para a escolha do método contraceptivo. Isso reforça a afirmação de que ainda hoje existem barreiras para o diálogo entre pais e filhos, no que diz respeito às questões de sexualidade. (4) Conclusão:  as possíveis causas de HPV em adolescentes é a falta de conhecimentos e uso dos métodos de prevenção contra essas infecções. Com isso este estudo procurou encontrar novas formas de instrumentalizar os adolescentes para que conheçam melhor as consequências da contaminação pelo HPV e de orientá-los quanto aos fatores de risco para adquirir o vírus. Evidenciando, dessa forma, que deve haver um maior investimento na educação dos adolescentes com intuito na promoção à sua saúde e prevenção de doenças, em particular, as DSTs, com destaque para o HPV. Referencias: 1- Ministério da Saúde (BR). Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica. HIV/aids, Hepatites e outras DST. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006. 2- Ministério da Saúde (BR). Instituto Nacional do Câncer. Comitê permanente de acompanhamento da vacina do HPV. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2010. 3- Alves AS, Lopes MHBM. Uso de métodos anticoncepcionais entre adolescentes universitários. Rev Bras Enferm. 2008 Mar-Abr; 61(2):170-7. 4- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST): manual de bolso. Brasília (DF): Ministério da saúde; 2006. 5- Nadal LRM, Nadal SR. Indicações da vacina contra o Papilomavírus Humano. Rev Bras Coloproctol. 2008 Jan-Mar; 28(1):124-6. 6- Taquette SR, Vilhena MM, Paula MC. Doenças sexualmente transmissíveis na adolescência: estudo de fatores de risco. Rev Soc Bras Med Trop. 2004 Mai-Jun; 37(3):210-4. 7- Cirino FMSB, Nichiata LYI, Borges ALV. Conhecimento, atitude e práticas na prevenção do câncer de colo uterino e HPV em adolescentes. Esc Anna Nery. 2010 Jan-Mar; 14(1):126-34.    

1664 Percepção da assistência de enfermagem de pacientes em tratamento da leishmaniose em uma zona rural de Manaus.
dornele evangelista palheta, Israel Ananias Lemos

Percepção da assistência de enfermagem de pacientes em tratamento da leishmaniose em uma zona rural de Manaus.

Autores: dornele evangelista palheta, Israel Ananias Lemos

A assistência de enfermagem no tratamento de pacientes com leishmaniose desenvolvida na Zona Rural de Manaus, dar-se através da locomoção de uma equipe de enfermagem, designada pelo distrito de saúde responsável pela área de abrangência, até o local de moradia do paciente por meio de carro tracionado devido as circunstancias dos logradouros na região. Essa assistência é prestada principalmente nos feriados e fins de semana, quando a Unidade Básica de Saúde Rural – UBSR está fechada. O objetivo deste trabalho é descrever como os pacientes percebem essa assistência, verificando suas dificuldades (quando não são assistidos em sua moradia) e a eficácia do tratamento após estarem sendo acompanhado por esta equipe de enfermagem.

3360 A enfermagem e sua participação na formação da equipe interdisciplinar nos cuidados integrais a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual
Jade Barreto, Mayara Cardoso, Mayara Cardoso, André Oliveira, André Oliveira, FABIANA ALCÂNTARA, FABIANA ALCÂNTARA, Tatiana Barreto, Tatiana Barreto

A enfermagem e sua participação na formação da equipe interdisciplinar nos cuidados integrais a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual

Autores: Jade Barreto, Mayara Cardoso, Mayara Cardoso, André Oliveira, André Oliveira, FABIANA ALCÂNTARA, FABIANA ALCÂNTARA, Tatiana Barreto, Tatiana Barreto

O abuso sexual na adolescência, afeta a saúde em todos os âmbitos e persegue sua vítima por toda a vida. Os danos psicológicos, causado por um abuso, é tão grave à vida quanto os físicos. As feridas deixadas no emocional, em especial nos adolescentes, são mais difíceis de tratar e demoram muito a cicatrizar. É inegável a importância da enfermagem nos cuidados desprendidos aos pacientes, padecentes de abuso sexual infantil e suas famílias. O seu lugar na equipe multidisciplinar não pode ser ocupado por outras áreas. Objetiva-se aqui discutir estudos e normas que preconizam o atendimento do enfermeiro, no que diz respeito ao seu papel no processo de enfrentamento psicossocial, da vítima de abuso sexual e sua família. Apesar das frequentes campanhas, os números de abusos continuam alarmantes. Entende-se que a enfermagem, enquanto uma prática social, deve se apropriar de maior conhecimento sobre o referido tema e estabelecer no seu processo de trabalho a dimensão cuidadora na perspectiva do cuidado individual e coletivo. Foi realizado um estudo de referencial bibliográfico de artigos acadêmicos, que abordam o tema do abuso sexual infantil, selecionados a partir de palavras chaves como “cuidado”, “violência sexual” e “enfermagem”, disponíveis em plataformas de trabalhos acadêmicos, como Scielo, Lilacs e BVS. Foram selecionados textos publicados entre os anos 2010 a 2017, acessibilidade gratuita, em conformidade com o tema, texto disponível em língua portuguesa do Brasil e resumo livre a leitura previa. O primeiro tópico traz informações sobre os números de abuso sexuais no Brasil e suas consequências na sociedade, uma vez que esse foi considerado o segundo maior tipo de violência a atingir crianças e adolescentes no Brasil no ano de 2011. Em 2014, houve um total de 14.749 notificações, de acordo como DataSUS; dados questionados por ONGs, como a Childhood, que afirmam que os mesmos não retratam a real extensão do problema. Já o segundo ponto, discute a enfermagem e sua interação com paciente, família e demais profissionais da área da saúde e, por vezes, de outras áreas, como assistência social, e sabe-se que enfermeiros são os protagonistas na atenção básica por todo território nacional, ao ponto dos famosos “postos de saúde” não funcionarem na ausência deste profissional. O terceiro tópico faz uma reflexão sobre as práticas da enfermagem, que deve se colocar de maneira crítica, visando sempre a integridade, conforto e bem-estar geral do paciente. Tratando-se de abuso sexual infantil, esses profissionais devem adotar uma postura não apenas crítica, mas política, visto seu papel enquanto agente social. Observa-se uma defasagem no conteúdo disponível. Observa-se uma defasagem no conteúdo disponível, uma carência de informações que por vezes esbarra em uma grande repetição de dados. Conclui-se assim que há uma urgente necessidade de a enfermagem assumir seu papel de ciência e promover a produção e ampliação de conteúdo.

3979 O USO DA METODOLOGIA ATIVA NA CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Terezinha Oliveira Araújo, Maria Adriana Moreira, Lorena Gama Ribeiro, Nilza Bessa, Liusva López Morales, Joaquim Gomes Fonseca, Wanderson Moreira Araújo

O USO DA METODOLOGIA ATIVA NA CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Autores: Terezinha Oliveira Araújo, Maria Adriana Moreira, Lorena Gama Ribeiro, Nilza Bessa, Liusva López Morales, Joaquim Gomes Fonseca, Wanderson Moreira Araújo

O relato refere-se ao uso da metodologia ativa na capacitação de agentes comunitários de saúde (ACS) em uma Unidade Básica de Saúde, no interior do Amazonas, Tefé. Sabe-se que o ACS é um dos profissional que compõe a equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF), suas principais atribuições são de formar um vínculo entre a equipe e a comunidade, facilitando assim, o trabalho de vigilância epidemiológica e promoção de saúde. Desta forma o trabalho tem como objetivo principal potencializar o trabalho educativo dos ACS por meio da metodologia ativa. O trabalho tem se desenvolvido todas as sextas-feiras, em horário programado durante as reuniões em equipe, estas contam com um grupo de 20 ACS das duas ESF que compõem a UBS. Antecipadamente realizamos uma pesquisa para sabermos quais assuntos geram mais dúvidas para os ACS na hora de passar orientações aos comunitários. Sempre aliando o conhecimento empírico ao cientifico. Sabe-se que o Ministério da Saúde (MS) não exige desses profissionais ensino médio ou superior para exercer suas funções, tampouco que realizem capacitações para exercer a mesma. Desta forma, o conhecimento que estes profissionais tem sobre saúde é limitado, nos impulsionando como gestores a adentrar temáticas que norteiam o cuidado em saúde comunitária. Assim após a seleção dos temas mais pertinentes nas pesquisas, buscamos literaturas que nos embasasse, e distribuímos para uma leitura prévia à discussão. Os temas abordados até a presente dada, pois trata-se de um trabalho contínuo, foram: o que observar durante a visita a puérpera e recém- nascido; sinais de violência intrafamiliar em crianças adolescentes e mulheres; cuidados durante a gravidez; crescimento e desenvolvimento adequado das crianças através de métodos simples de peso e altura; importância do planejamento familiar. A cada encontro discutimos e trazemos casos clínicos para serem avaliados por eles, bem como encenamos a atuação do profissional no encontro ao comunitário antes das instruções e após para averiguar mudança de comportamento e conduta através do conhecimento adquirido durante o encontro. Os agentes trazem testemunhos verídicos vivenciado por eles antes e após as instruções. Os resultados destes encontros tem sido extremamente satisfatórios e efetivos nas condutas subsequentes, uma vez que, estes profissionais trazem para o enfermeiro e médico as necessidades da comunidade de forma eficaz, pois adquiriram conhecimento para identificar alterações no coito umbilical do RN, por exemplo ou na incisão cirúrgica da puérpera. Uma vez tendo entendimento sobre o assunto, eles sinalizam aos profissionais, para que decidam qual será a melhor conduta a ser implementada. Acreditamos por meio da metodologia ativa envolver os agentes comunitários através do conhecimento acerca do cuidado em promoção a saúde, instruindo-os e desmistificando que somente o profissional de nível superior detém o conhecimento. Devendo este ser partilhado entre a equipe, onde o único objetivo é promover saúde ao usuário e comunidade.

5354 FATORES DE RISCO E AVALIAÇÃO DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EM IDOSOS DO MUNICIÍPIO DE GOIANÉSIA DO PARÁ
Rosiane Luz Cavalcante, Karine Ximendes Vericio, Iêda Maria Louzada Guêdes, Ana Carolina de Gusmão, Wanderson Luis Teixeira

FATORES DE RISCO E AVALIAÇÃO DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EM IDOSOS DO MUNICIÍPIO DE GOIANÉSIA DO PARÁ

Autores: Rosiane Luz Cavalcante, Karine Ximendes Vericio, Iêda Maria Louzada Guêdes, Ana Carolina de Gusmão, Wanderson Luis Teixeira

Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica complexa envolvendo anormalidade usualmente súbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia (NINDS, 1995). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população mundial acima de 65 anos está crescendo 9 milhões ao ano, e para o ano de 2025, são projetados mais de 800 milhões de pessoas acima de 65 anos. Esses números são particularmente preocupantes em algumas regiões do mundo, como a América Latina e a Ásia, onde se espera um aumento de 300% na população idosa. Essa seria uma das razões que justificariam a estimativa de que nas próximas duas décadas o número total de óbitos por AVE triplique na América Latina (YACH, 2004). Em 2011, cerca de 55 milhões de pessoas morreram em todo o mundo. Destes, 7 milhões de pessoas morreram de doença cardíaca isquêmica e 6,2 milhões de acidente vascular cerebral (OMS, 2013 No Brasil, a distribuição dos óbitos por doenças do aparelho circulatório vem apresentando crescente importância entre adultos jovens, já a partir dos 20 anos, assumindo o patamar de primeira causa de óbito na faixa dos 40 anos e predominando nas faixas etárias subsequentes. Segundo o Manual do AVC (2006), o AVE é uma doença multifatorial onde a combinação de fatores de risco, mesmo não estando todos presentes, influenciam na ocorrência futuras da doença. Os principais fatores de risco podem ser divididos nas seguintes categorias: Modificáveis: Hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo, dieta (baixo consumo de frutas e verduras), consumo excessivo de álcool, sobrepeso, diabetes; Ambiental: Tabagismo passivo, não acesso a tratamento médico; Não modificáveis: idade, sexo (p. e., idade avançada e sexo masculino estão associados, em muitas populações, a um maior risco), história família (fator genético). A adoção de hábitos saudáveis tende a reduzir a exposição aos fatores de risco, constituindo um fator de proteção a essas doenças. Objetivo: Analisar os fatores de risco, por meio de estudo exploratório com elementos descritivos e quantitativos, e avaliar os riscos de ocorrência de AVE, em uma população idosa no município de Goianésia do Pará, Estado do Pará. Metodologia: Para a realização do presente estudo, esta pesquisa obedeceu aos preceitos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto foi submetido e aprovado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA). Os usuários foram atendidos, em parceria com o Programa de atenção integral da Amazônia brasileira (PAIMAB) vinculado a UFPA, composto por uma equipe multiprofissional de acadêmicos e profissionais, no ano de 2013. Resultados e Discussão: A análise dos questionários dos 116 usuários, permitiu descrever o seu perfil clinico diante dos fatores de risco para o AVE. A partir dos dados que estão dispostos no texto e nos gráficos abaixo, foram verificadas as seguintes variáveis: idade, sexo, diagnóstico nutricional, hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta (baixo consumo de frutas e verduras) e fator genético. Fatores não Modificáveis: No fator idade dentro das faixas etárias encontramos a seguinte disposição no sexo feminino: 60 a 65 anos, encontramos 7 participantes correspondendo a 10,3%; 66 a 70 anos, 20 participantes correspondendo a 29,4%; 71 a 75 anos, 19 participantes correspondendo a 27,9%; 76 a 80 anos, 9 participantes correspondendo a 13,2%; 81 a 85 anos, 10 participantes correspondendo a 14,7%; A partir de 86 anos, 3 participantes correspondendo a 4,4% da população total estudada. Fatores modificáveis: Ao analisarmos os fatores modificáveis, encontramos dentro da amostra 11 participantes com a P.A considerada normal, correspondendo a 9,5%; 44 participantes que possuem a classificação limítrofe, considerada uma pré-hipertensão, correspondendo a 37,9%; 39 participantes apresentam HAS grau 1, correspondendo a 33,6%; 22 participantes foram classificados com HAS de grau 2, correspondendo a 19% da amostra.  Quando os dados acima forma analisados por sexo encontramos os seguintes resultados: 34 participantes do sexo feminino possuem HAS, correspondendo a 55,7% e 27 participantes do sexo masculino, correspondendo a 44,3%. Por meio da classificação de HAS obtivemos os seguintes resultados: 39 participantes são classificados com HAS de grau 1, dividindo-se em 61,5% feminino e 38,5% masculino. Na classificação de HAS de grau 2 encontramos 22 participantes, dividindo-se em 45,5% feminino e 54,5% masculino. Da mostra pesquisada 84 participantes são sedentários, correspondendo a 72,5% e 32 não sedentários equivalente a 27,5%. Dos participantes analisados 14 são tabagistas, correspondendo a 12%, 63 são ex-tabagistas, 54,3% e 39 não são tabagistas e negam ter consumido, 33,6%. Em relação ao consumo de álcool, 8 participantes são etilistas, correspondendo a 6,9%, 50 ex-etilistas, 43,1% e 58 participantes negam o consumo do álcool, 50%. Dentro do fator diagnostico nutricional a população foi analisada segunda as diretrizes brasileiras de obesidade, 4 participantes apresentaram baixo peso, 3,4%, 40 participantes apresentaram classificação eutrófica, 34,4%, 44 participantes considerado pré-obesos, equivalendo 38% e 28 considerados obesos, referente a 24,1%. No item Dieta (baixo consumo de frutas e verduras), 84 dos participantes afirmam consumir em sua dieta frutas, verduras e legumes regularmente, representando 72,4% e 32 participantes afirmam não consumir, equivalendo a 27,6%. Segundo a Classificação de Risco: A partir dos dados obtidos e da análise foi possível classificar a amostra de participantes por um Sistema Eletrônico de Avaliação de Risco Cardiovascular. Para essa classificação usamos os seguintes dados: faixa etária, sexo, tabagismo, pressão arterial sistólica, IMC e DM. O resultado obtido foi de 1 participante classificado com risco baixo, 16 classificados com risco moderado, 30 participantes com risco alto e 69 participantes com risco alto superior a 30%. Considerações Finais: Diante do exposto em toda a pesquisa, conseguimos ter um perfil dos idosos no município de Goianésia, conseguimos visualizar suas dificuldades, desde o acesso aos serviços de saúde até a falta de conhecimento dos fatores de risco que eles possuem. O quadro situacional é preocupante, pois mais da metade dessa população encontra-se predisposta a ter um AVE. O sistema de saúde não abrange como deveria essa população. O estado do Pará contem hoje em sua estrutura 143 municípios, apenas uma parte dela contem esse programa estabelecido. O município de Goianésia faz parte da região abrangida pelo HIPERDIA, conseguimos visualizar a execução do processo, com as dificuldades citadas acima. Causando em sua população uma grande dificuldade de acesso ao serviço e consequentemente ao tratamento. Assim e após estas considerações, podemos finalmente ter uma visão mais ampla do quadro situacional do AVE, como doença e pela identificação dos seus fatores de risco que influenciam na capacidade funcional e consequente dependência dos indivíduos acometidos por ele. Finalizamos essa pesquisa com a convicção de que atingimos os objetivos inicialmente propostos e que serão utilizados para reflexão relacionada a importância da prevenção de AVE, a partir da eliminação de seus fatores de risco por meio de ações como essas e de uma maior efetividade na atenção à saúde da população idosa, pois se faz importante a produção do conhecimento e um maior acesso a ele, objetivando a redução da dificuldades encontradas.

1771 AÇÃO DE SAÚDE E EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO DO CAMPO
MARIA ELIANE DE LIMA, DEUSANETE PINTO MACHADO, Lourival Franco de Sa Neto, MARIA DA PAZ DEMES GONÇALVES, Leidian Coelho de Freitas, Renan da Silva Cunha, Katriene Sousa Martins, Paula Danielle Souza Monteiro

AÇÃO DE SAÚDE E EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Autores: MARIA ELIANE DE LIMA, DEUSANETE PINTO MACHADO, Lourival Franco de Sa Neto, MARIA DA PAZ DEMES GONÇALVES, Leidian Coelho de Freitas, Renan da Silva Cunha, Katriene Sousa Martins, Paula Danielle Souza Monteiro

1 APRESENTAÇÃO   O Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Rural de Marabá (CRMB) localizado na área rural do Município de Marabá-Pará, tem como missão oferecer aos povos do campo (ribeirinhos, assentados, quilombolas, indígenas e agricultores do sudeste paraense) um ensino a partir dos princípios agroecológicos e sustentabilidade ambiental, com isso os seus profissionais atuam em três eixos centrais de trabalho: ensino, pesquisa e extensão. Considerando a importância do trabalho de extensão, que são atividades estendida a comunidade, profissionais do Departamento de Assistência e Saúde da Comunidade Acadêmica (DASCA) do CRMB, vêm ampliando suas atividades de assistência e saúde que já são desenvolvidas para a comunidade acadêmica interna (servidores e estudantes) do CRMB para a comunidade de origem dos estudantes do Campus. A comunidade escolhida foi do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Assentamento Porto Seguro, a qual tem como lema e missão realizar suas atividades produtivas, visando à sustentabilidade e conservação dos recursos naturais, localizada distante do Campus, cerca de 20 km, possuindo um total de 45 (quarenta e cinco) famílias, sendo a maioria mulheres com idade entre 39 e 55 anos. Os profissionais do DASCA, utilizando de uma perspectiva Freireana no processo de formação, o qual defende que é preciso ouvir os sujeitos para poder planejar as ações, primeiramente a equipe decidiu por ouvir a comunidade a partir de suas demandas de saúde para posteriormente realizar ações interventivas que pudessem contribuir de alguma forma para a melhora da saúde da mesma. Nesse sentido, objetivou-se realizar um diagnóstico de saúde da comunidade, procurando compreender se há e quais são as doenças e queixas de saúde mais presentes, os hábitos alimentares, condições de saneamento local, como se estrutura as redes de assistência à saúde e as principais redes institucionais de apoio à comunidade. Diante das demandas postas em âmbito, a partir do prévio diagnóstico de saúde, em relação aos números de hipertensões, diabetes, problemas de coluna e doenças ginecológicas identificadas. A fim de orientar e prestar maiores esclarecimentos sobre essas doenças apresentadas pela comunidade realizou-se uma ação interdisciplinar pelos profissionais que compõem o departamento de saúde do CRMB como, assistente social, nutricionista, técnica em enfermagem e médico, considerando que a missão desse departamento é realizar ações de cunho preventivo e de promoção à saúde. 2  DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 2.1 MÉTODO DO ESTUDO Inicialmente foi feito articulação com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) por ser uma instituição que realiza trabalhos de assessoria técnica ao PDS Porto Seguro e na ocasião foi informado sobre a proposta da equipe técnica, que era voltada para a saúde e, os profissionais do DASCA não tinham proximidade/relação com o PDS Porto Seguro. Nessa perspectiva, para realizar a ação de saúde a mesma se deu em cinco etapas: a Primeira foi buscar parceria com a CPT, a segunda conhecer através de uma visita e apresentar a proposta da ação para a comunidade, a terceira foi fazer a mobilização da comunidade e para isso contou-se com a participação da líder da associação PDS Porto a Seguro objetivando reunir em um só dia a maioria dos moradores do PDS, pois seria aplicada a quarta etapa que foi o Diagnóstico Rural Participativo (DRP) além do questionário de Saúde e por último a realização da ação posteriormente ao diagnóstico. Para a penúltima etapa, contou-se com colaboração do profissional da diretoria de extensão, o técnico em agropecuária, de nutrição e serviço social do DASCA e, no dia 21 de abril de 2017, no período da manhã foram aplicados os questionários com perguntas abertas e fechadas e, o DRP, por meio do instrumento de coleta de dados, chamado Diagrama de VENN e a Matriz SWOT o que possibilitou compreender sobre as políticas e redes de saúde de assistência da comunidade, além das doenças e queixas de saúde mais presentes bem como os pontos fortes e fracos internos e externos da comunidade. Os dados obtidos através dos instrumentais, posteriormente foram sistematizados avaliadas e, a ação proposta pela equipe interdisciplinar foi baseada nas informações apresentadas pela comunidade. E, baseados nesses dados, profissionais do DASCA, realizaram ainda em abril de 2017 a primeira ação no PDS Porto Seguro, uma oficina sobre boas práticas de manejo da Castanha do Brasil focando práticas de higiene no processo de manipulação do alimento de modo que o mesmo fique em condições higiênico-sanitárias para  o consumo e para a comercialização. É importante citar que a oficina “Boas Práticas de Manejo da Castanha do Brasil” também contou com a parceria do Projeto de Incubação Tecnológica de Empreendimentos Cooperativos e de Econômica Solidária (ITECES) por meio da profissional de nutrição com duração de 5h. A segunda ação foi realizada meses depois, pelos profissionais de serviço social, enfermagem, nutrição e medicina os quais abordaram a temática sobre a prevenção do câncer de colo, e de mama, além de hipertensão, diabetes e as conseqüências do sobrepeso o qual pode gerar uma série de problemas para a saúde da pessoa com duração de quatro horas com a participação de 14 pessoas sendo a maioria mulheres. Destaca-se que, cada profissional, orientou, esclareceu a comunidade de acordo com sua área de conhecimento elencando os principais sintomas, medidas de prevenção e diagnóstico precoce, bem como sobre o funcionamento da rede de saúde e as possibilidades de tratamentos, etc.  3 RESULTADOS No dia da aplicação dos questionários e do DRP das 45 (quarenta e cinco) famílias existentes na comunidade do PDS Porto Seguro, 29 (vinte e nove) participaram respondendo o questionário e dos instrumentais de coleta de dados utilizados. Destes foi possível identificar que há moradores com dores de coluna, casos de hipertensão, diabetes, hérnia de disco, dentre outra queixas que afetam a saúde dos mesmos dificultando em suas atividades laborais. Com relação ao tratamento da água do consumo diário, identificou-se através do questionário que a maioria utiliza a água filtrada clorada ou fervida e os demais não declararam. Ressalta-se que a qualidade da água também influencia na saúde humana, dando-se importância ao tratamento desse dado para na atividade de intervenção. A comunidade participou efetivamente, das atividades e solicitou para que a equipe pudesse desenvolver outras atividades ligadas à prevenção de doenças, uma vez que há ausência de serviços de saúde na comunidade e, quando necessitam precisam se dirigir a cidade de Marabá, distante a quase quinze quilometro da comunidade.  4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando que o trabalho voltado para a promoção e prevenção de agravos a saúde, é fundamental e este é a missão principal da equipe multidisciplinar do DASCA que, alem das atividades realizadas internamente para a comunidade acadêmica do Campus, com palestras, oficinas, dentre outras.  Percebeu-se ainda que, realizar o diagnóstico, foi promissor para as orientações direcionadas aos problemas de saúde identificados. Outro aspecto importante foi às parcerias e estratégias, pois a equipe multidisciplinar pode planejar as ações e intervir de acordo com as demandas apontadas pela própria comunidade.  Ressalta-se que sair dos muros do Campus para realizar uma atividade na comunidade, foi fundamental para também conhecer a realidade dos estudantes e, o trabalho de extensão não classifica em apenas levar conhecimento e sim, trocar conhecimento com a comunidade com suas experiências e vivências.    

2192 NECESSIDADES EM SAÚDE, PRODUÇÃO E EXPECTATIVAS DE CUIDADO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA.
Vanessa de Souza Amaral, Adélia Contiliano Expedito, Milleny Tosatti Aleixo, Marianna Karolina Pimenta Cota, Érica Toledo de Mendonça, Deíse Moura de Oliveira, Nicoli Souza Carneiro

NECESSIDADES EM SAÚDE, PRODUÇÃO E EXPECTATIVAS DE CUIDADO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA.

Autores: Vanessa de Souza Amaral, Adélia Contiliano Expedito, Milleny Tosatti Aleixo, Marianna Karolina Pimenta Cota, Érica Toledo de Mendonça, Deíse Moura de Oliveira, Nicoli Souza Carneiro

Apresentação: Habitar a rua se constitui como um fenômeno social que deflagra um problema de saúde pública em virtude das desigualdades sociais injustas, desnecessárias e evitáveis, também chamadas de iniquidades sociais em saúde. O contexto da rua é marcado por vivências singulares, como o rompimento familiar, vícios, violência, exploração, solidão e medo. Em consequência disso às pessoas que vivem nessa realidade se submetem cotidianamente a uma condição de vulneração, em virtude das circunstâncias concretas de vulnerabilidade a que estão expostas. Comumente essas estão destituídas dos seus direitos sociais básicos, como moradia, saúde, educação, lazer, trabalho, segurança, entre outro o que reforça as iniquidades sociais em saúde. A Política Nacional para Pessoa em Situação de Rua (PNPSR), instituída em 2009, veio para preencher esta lacuna e viabilizar que esse grupo social tenha acesso aos direitos básicos de cidadania, porém após aproximadamente uma década, observa-se empiricamente que esses direitos continuam não sendo assegurados na prática, em virtude dos próprios profissionais e serviços possuírem escassa ou nenhuma formação e experiência para abordar e acolher pessoas em situação de rua. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo compreender as necessidades em saúde da população em situação de rua e a produção e as aspirações de cuidado nesta realidade social. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, que buscou compreender o universo de significados, motivos, crenças, valores e atitudes dos sujeitos diante de uma determinada experiência vivida. O estudo teve como participantes oito pessoas que vivem em situação de rua de um município situado na Zona da Mata de Minas Gerais, com população estimada de 72.220 habitantes. Foi utilizada a técnica metodológica de seleção de participantes denominada snowball sampling (bola de neve). A eficácia desse método vem sendo reconhecida, sobretudo em situações em que são estudadas minorias populacionais, como é o caso da presente pesquisa. Os dados foram coletados por meio de entrevista com questões abertas entre setembro de 2016 a junho de 2017, em dias, horários e momentos em que eram identificadas as pessoas em situação de rua e que estas se mostravam disponíveis e abertas para concederem seus depoimentos. Os dados foram analisados a partir da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. O estudo obteve parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, inscrito sob o parecer nº 1.668.567. Resultados e/ou impactos: Dos oito participantes, sete eram do sexo masculino e um do sexo feminino. A idade dos mesmos variou de 34 a 71 anos, com tempo mínimo na rua de oito meses e máximo de aproximadamente 25 anos. Sete participantes habitam a região central da cidade e um habitava em um bairro, onde possui cobertura da Estratégia Saúde da Família. No tocante às atividades desenvolvidas na rua, a única mulher participante do estudo é aposentada e alega não ter costume de pedir dinheiro na rua. Quanto aos homens, quatro realizam trabalhos informais, especialmente de catadores, sendo que um destes recebe bolsa família. Dois participantes vivem exclusivamente como pedintes e um é aposentado.  A análise dos resultados permitiu a emersão de três categorias temáticas: Necessidades em Saúde da pessoa em situação de rua; A produção do cuidado na rua e Expectativas de cuidado na rua. Em relação às necessidades em saúde da pessoa em situação de rua foi possível perceber que a vivência na rua traz à tona necessidades em saúde relacionadas às necessidades humanas básicas, com destaque para a segurança, dificuldade de obtenção de alimentos, local adequado para sono/repouso e para a realização das necessidades fisiológicas. Essas necessidades que extrapolam o setor saúde, como na questão da segurança, reafirmam que as ações no campo da saúde coletiva requerem um diálogo permanente com atores, setores, programas e políticas que não estão neste setor, mas que afetam sobremaneira a saúde das populações, constituindo-se, portanto, um desafio a ser enfrentado neste campo. Outra necessidade foi o acesso aos serviços de saúde, que é dificultado pela ausência de programas ou serviços voltados para o atendimento desse público e pela ausência de documentos de identificação. Tentativas frustradas de atendimento acabam fazendo com que essas pessoas geralmente busquem ajuda somente em situações emergenciais. Isso denota que este grupo continua sendo invisibilizado, destituído de seus direitos de cidadão, resultado que ratifica a deficiência na operacionalização das políticas públicas no âmbito da promoção da saúde e prevenção de agravos à essa população no universo estudado. A partir das necessidades vivenciadas no cotidiano esses indivíduos tecem redes de relações permeadas por vínculo e afeto, configurando desse modo uma das facetas da produção do cuidado nesta realidade social. Esse cuidado envolve o campo físico-biológico, espiritual e afetivo-social. Em relação ao campo físico-biológico esses indivíduos traçam estratégias para suprir as suas necessidades humanas básicas (higiene, alimentação e abrigo). Considerando que o município estudado não possui albergue, os participantes geralmente recorrem a instituições de caridade, igrejas, estabelecimentos comerciais (como restaurantes e postos de gasolina), além de poderem contar com as amizades e afetos construídos na rua.  Além disso, a produção do cuidado se assenta sob a espiritualidade, onde os entrevistados se amparam na fé para superar os desafios que enfrentam na realidade da rua, e em sua maioria buscam suporte de Deus. No campo afetivo-social destaca-se o vínculo criado na rua, possibilitando que esses indivíduos encontrem pessoas em quem podem confiar para guardar seus pertences e oferecer alimentação e companhia. Um entrevistado também destacou o apoio e o acolhimento que recebe na Unidade Básica de Saúde do bairro onde habita, situação peculiar encontrada na pesquisa, pois o mesmo é o único que habita um espaço coberto pela ESF. Evidencia-se que ainda que se estabeleçam redes de apoio no cotidiano da rua estas não são capazes de suprir todas as necessidades desse grupo social heterogêneo, pois cada indivíduo possui características singulares, como estratégias de sobrevivência e condições de vida. É neste contexto que inscrevem-se as expectativas de cuidado das pessoas em situação de rua. Enquanto alguns desejam ser assistidos por albergues, outros anseiam deixar definitivamente a rua e possuir uma moradia própria. Outra expectativa emergida dos discursos se trata de haver continuidade do cuidado na rua, o que torna-se viável através da ampliação da cobertura da Atenção Básica nas regiões centrais, de programas como os consultórios na rua ou de arranjos específicos das redes de atenção à saúde voltados às singularidades desse público. O Tratamento dos vícios em clínicas de recuperação também foi vocalizado como anseio, e neste contexto o apoio da família é fundamental, devendo atuar em conjunto com os profissionais da assistência social, saúde e áreas afins, no sentido de fortalecer o tratamento e a reintegração da pessoa após a alta da clínica, no seu contexto familiar. Considerações finais: as políticas sociais, com destaque para a saúde e os profissionais que atuam neste setor, devem atuar para o atendimento das necessidades e expectativas de cuidado emergidas nesta investigação. Para tanto, os profissionais devem se valer de uma escuta qualificada bem como promover ações políticas, transformadoras e dotadas de senso de justiça social.

1716 LEVANTAMENTO DOS CASOS NOTIFICADOS DE TUBERCULOSE PULMONAR NO ESTADO DO AMAZONAS ATRAVÉS DO BANCO DE DADOS DO DATASUS, NOS ANOS DE 2007 A 2011.
Higor Queiroz, Anselmo Perea, Kamila Almeida

LEVANTAMENTO DOS CASOS NOTIFICADOS DE TUBERCULOSE PULMONAR NO ESTADO DO AMAZONAS ATRAVÉS DO BANCO DE DADOS DO DATASUS, NOS ANOS DE 2007 A 2011.

Autores: Higor Queiroz, Anselmo Perea, Kamila Almeida

INTRODUÇÃO: A Tuberculose (TB) está presente na humanidade há aproximadamente 8.000 anos, sendo considerada como uma doença grave, porém curável (FUSCO et al, 2017).  É uma doença infecto contagiosa transmitida normalmente por via aérea, de evolução crônica, que compromete principalmente os pulmões e cujo agente etiológico é a bactéria Mycobacterium Tuberculosis, sendo transmitida principalmente por gotículas de pacientes infectados sem tratamento (CHAVES et al, 2017). Dados da Organização Pan-Americana de Saúde alertam para os elevados índices de incidência e de prevalência dessa doença na população de municípios da região norte do país (FILHO, 2008). OBJETIVO: identificar os casos de incidência de tuberculose pulmonar no estado do Amazonas dos anos de 2007 a 2011. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo e descritivo, utilizando dados através de consulta nas bases de dados do SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para evitar erros de retardo de notificação, optou-se por analisar os dados disponíveis até 2011, último ano em que se consta dados completos. RESULTADOS: entre os anos que foram abordados na pesquisa, o número de casos de TB notificados no estado do Amazonas sofreu pequenas variações e o sexo masculino é o mais afetado. Também se pode notar que em alguns casos, a notificação é tardia em relação ao ano do diagnostico da patologia. CONCLUSÃO: Então, julga-se importante a necessidade de informações a população quanto à importância do não abandono do tratamento e cuidados por parte dos doentes, com a propagação da doença, e eficácia e rapidez na notificação dos casos diagnosticados pelos profissionais responsáveis. 

1766 O CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA ENTRE ESTUDANTES DO CURSO DE ENFERMAGEM DE UM DETERMINADO MUNICÍPIO DO EXTREMO NORTE TOCANTINENSE
Martin Dharlle Oliveira Santana, Lilian Natália Ferreira de Lima, Hanari Santos de Almeida Tavares, Jerson Fábio Pereira Oliveira, Nayra Kely Silva Araújo, Jennyfer Soares de Sá, Thiago Ferreira Araújo, Tarcila Cristina Cunha Cavalcante

O CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA ENTRE ESTUDANTES DO CURSO DE ENFERMAGEM DE UM DETERMINADO MUNICÍPIO DO EXTREMO NORTE TOCANTINENSE

Autores: Martin Dharlle Oliveira Santana, Lilian Natália Ferreira de Lima, Hanari Santos de Almeida Tavares, Jerson Fábio Pereira Oliveira, Nayra Kely Silva Araújo, Jennyfer Soares de Sá, Thiago Ferreira Araújo, Tarcila Cristina Cunha Cavalcante

O consumo de bebidas alcoólicas entre os estudantes universitários tem se tornado uma preocupação crescente nos últimos anos, a ausência de políticas públicas e programas eficazes para este seguimento populacional e a dificuldade no diagnóstico e tratamento desses usuários resultam na necessidade de realizar um estudo no âmbito do Ensino Superior para avaliar o consumo de álcool entre estudantes, considerando que o seguimento acadêmico é a porta de entrada para a formação de um profissional. O presente estudo tem como principal objetivo identificar a prevalência de alcoolismo entre universitários do curso de enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior de um município do extremo Norte do Tocantins. Diversos estudos mostram que o consumo de bebidas alcoólicas entre estudantes universitários é um fator preocupante em várias partes do mundo e o uso e abuso dessa droga vêm aumentando em ritmo acelerado. Diante disso, surgiu a necessidade de realizar uma pesquisa sobre esse tema. Trata-se de estudo transversal, com abordagem quantitativa, com uma amostragem de 70 universitários matriculados. O instrumento de coleta de informações foi um questionário, constituído por 14 questões sendo, objetivas e subjetivas, aplicadas entre os acadêmicos do segundo ao oitavo período. As mesmas perguntas referentes a dados pessoais, familiares e relacionados ao uso de bebidas alcoólicas.  A aplicação dos questionários foi feita entre os dias vinte e nove de outubro e quatro de novembro de 2014. Os alunos foram devidamente informados sobre os objetivos da pesquisa e sobre o processo de seleção amostral, sendo convidados a responder o questionário, individualmente, em sua própria sala de aula, assim assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Na análise dos dados, se obteve predominância de acadêmicos do sexo feminino com 83% do total. O estudo também demonstrou que 81% da amostragem consomem bebidas alcoólicas, na qual o primeiro contato com substâncias alcoólicas foram na faixa etária de 15 a 17 anos com 60% da amostra e que 70% deles tiveram influencia de amigos. Sendo que 81% desse público sabem os problemas causados pelo consumo excessivo de álcool, informando assim no quantitativo de 41% que provocam acidentes de transito e 29% cirrose hepática. Portanto, sugere-se uma conscientização por meio de educação em saúde, envolvendo a mídia e escolas junto a esse tipo de seguimento populacional, sobre os riscos e maléficos que o consumo de álcool exacerbado pode trazer no futuro destes jovens.

1853 AÇÕES DE PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE NAMORO NA ADOLESCÊNCIA: relato de experiência
ROSANA ALVES DE MELO, FLAVIA EMÍLIA CAVALCANTE VALENÇA FERNANDES, LAISE FERREIRA LOURENÇO, MARIANA BARROS LACERDA NUNES, INGRID ISABELLE ROCHA DA SILVA

AÇÕES DE PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE NAMORO NA ADOLESCÊNCIA: relato de experiência

Autores: ROSANA ALVES DE MELO, FLAVIA EMÍLIA CAVALCANTE VALENÇA FERNANDES, LAISE FERREIRA LOURENÇO, MARIANA BARROS LACERDA NUNES, INGRID ISABELLE ROCHA DA SILVA

Introdução: Violência entre parceiros íntimos é uma questão de saúde pública, com implicações negativas para a saúde física e mental dos indivíduos e está presente, quer na fase de namoro, quer entre parceiros que coabitam ou na relação maritalmente constituída. Autores apontam que a violência conjugal tem início, em sua maioria, no namoro e pode determinar um padrão de relacionamento ao longo do ciclo vital, além de ser um precursor para agressões mais graves após a transição para coabitação ou casamento. A violência no namoro é definida como qualquer comportamento para controlar ou dominar o parceiro, por meios físicos, psicológicos ou sexuais, gerando sofrimento e danos para a saúde e o desenvolvimento. Pode ocorrer em relações de curta (como o “ficar”) ou longa duração (como o noivado). Essa forma de violência se con­figura como um precursor da violência intrafamiliar e está as­sociada a outros danos à saúde mental, para parceiros de ambos os sexos, como abuso de drogas, depressão e transtorno de estresse pós-traumático. A perpetração da violência no namoro e a vitimização compartilham, em parte, os mesmos fatores de risco, como testemunhar violência entre os pais, ser vítima direta de violência pelos pais, sofrer abuso sexual, conviver com amigos que são violentos com seus parceiros íntimos, ter crenças sexistas, aceitar a violência como meio natural de resolução de conflitos e ter déficits em ha­bilidades sociais assertivas, de manejo da raiva e autocontrole emocional. A formação do estilo de vida do adolescente é crucial, não somente para ele, mas também para as gerações futuras. É uma fase da vida cheia de repercuções emocionais que permitem mudanças rotineiras de comportamentos, e nesse cenário, e o espaço escolar se coloca como facilitador das situações diversas vivenciadas pelos jovens, sendo que essas incluem a violência de todos os tipos, inclusive a afetiva. Assim, a escola se constitui em um espaço privilegiado para a implementação das políticas públicas, especialmente de educação em saúde, possibilitando, dentre outras ações de saúde, trabalhar na prevenção da violência que pode se perpetuar nas relações afetivas de namoro.  Dessa forma, esse relato de experiência tem como objetivo descrever a vivência acadêmica em atividades de extensão desenvolvidas em um escola pública estadual de um município do Interior de Pernambuco, sobre prevenção de violência nas relações de namoro na adolescência. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência de um projeto de extensão universitária, desenvolvido por duas docentes do curso de graduação em Enfermagem da Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina/PE, e três graduandas do referido curso. As atividades de extensão tiveram como público-alvo 100 adolescentes estudantes de uma escola pública estadual, que frequentavam a escola em período vespertino, e cuja idade variava de 14 a 18 anos. O projeto foi desenvolvido de maio a dezembro de 2017, e foi devidamente submetido a edital para concorrer a bolsa, sendo contemplado com uma aluna bolsista e duas voluntárias.  O desenvolvimento das atividades cumpriu a carga horária de 04 horas semanais, impreterivelmente, desenvolvidas nas sextas-feiras, com o propósito de fornecer orientações sobre a prevenção da violência nas relações de namoro, visando relações saudáveis e livre de violência. Essas temáticas foram abordadas através de dinâmicas educativas e palestras, sendo que após o desenvolvimento de cada ação educativa, houve um momento para discussão e para esclarecimento de dúvidas e questionamento por parte dos adolescentes. Antes e após cada ação, foram aplicados testes, para avaliar a assimilação ou não das mensagens propostas. Resultados e/ou impactos: As atividades consistiram em levantar a discussão sobre os temas transversais que envolvem a violência afetiva, sendo iniciado pelo tema da sexualidade, o qual incluiu esclarecimentos sobre a dinâmica corporal a partir da puberdade, posicionamentos e manejos nas relações sexuais, doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos. Em seguida, fizemos a abordagem sobre as relações de namoro, onde enfatizamos como se processa as relações afetivas, formas de se relacionar, expressões de carinho, mitos e tabus em uma relação, o que podemos considerar como ato violento nas relações de namoro. E por fim, finalizamos com atemática da violência, fazendo um contraponto desse fenômeno com a afetividades entre os pares. Nessa perspectiva, foi levantado questionamentos que incluía informações sobre os tipos de violência, as repercussões desse fenômeno na saúde física e mental dos indivíduos, locais e situações de perpetuação da violência, e as formas de prevenção e combate a qualquer tipo de ato violento. Todas essas temáticas foram exploradas de forma contextualizada, com a participação efetiva dos adolescentes-alvos, onde os mesmos foram seduzidos a participar desse processo de construção do conhecimento de forma pausada e bem discutida. Através das atividade realizadas foi possível perceber o interesse dos participantes sobre os temas em discussão a partir da interação destes com as alunas extensionistas, assim como entre eles, o que possibilitou a vivência de um espaço para resolução de dúvidas, bem como, para troca de experiências, tornando-os mais informados e seguros para vivência de relações afetivas, duradoras ou não, mais saudáveis e livres de violência, e dessa forma, mais emponderadas. Pode-se perceber também o fortalecimento dos conhecimentos das graduandas envolvidas no projeto, tanto na busca de informações a literatura, quanto na vivência durante as ações, de forma que puderam compartilhar suas experiências e assimilar informações importantes para suas vidas. Reitera-se que o desenvolvimento das ações de extensão, com foco na prevenção de violência no namoro entre os adolescentes, se mostrou bastante válida e possibilitou levantar questionamentos que permitiram ser devidamente debatidos e esclarecidos junto aos envolvidos nas atividades. O desenvolvimento do projeto trouxe benefícios para a população adolescente da escola pública onde realizou-se as ações de extensão, permitindo que se tornem multiplicadores daquilo que absorveram de positivo, e permitam favorecer a ocorrência de relações afetivas livre de violência a longo prazo. Os discentes tiveram participação assídua e souberam aproveitar de forma efetiva das ações elaboradas, tendo assim, boa receptividade do público-alvo. A relação das atividades de ensino, pesquisa e extensão é fundamental no comprometimento acadêmico. Refere-se à uma interlocução entre a Universidade e a Sociedade, que vem trazendo cada vez mais demandas da população, envolvendo os desafios colocados para o desenvolvimento do país, para o centro da pesquisa e destes para a sociedade. À vista disso, Comunidade e Universidade trocam saberes e ampliam seus conhecimentos, havendo a promoção da interdisciplinaridade nos problemas sociais. Considerações finais: Sabemos da importância de uma sociedade livre de violência, em todos os contextos, porém existem dados que nos mostram que ainda persistem diversos casos de violência, principalmente afetiva, que envolve homens, mas principalmente mulheres em todas suas fases de vida. Nesse sentido, compreendemos como relevante o desenvolvimento desse projeto como estratégia para garantir um impacto positivo na saúde e educação de adolescentes, visando conscientizar sobre a não perpetuação da violência afetiva. Além disso, a participação efetiva da Universidade, por meio do compromisso de discentes e docentes com a prevenção da violência e promoção de medidas de combate efetivas, é um estímulo para um maior engajamento por parte de outros profissionais de saúde da rede de ensino público, possibilitando uma mudança positiva da realidade existente

2461 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS USUÁRIOS QUE EVOLUIRAM PARA ÓBITO POR AIDS/TUBERCULOSE EM PORTO VELHO-RO, PERÍODO DE 2006 – 2010 .
Aline Costa Ferreira

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS USUÁRIOS QUE EVOLUIRAM PARA ÓBITO POR AIDS/TUBERCULOSE EM PORTO VELHO-RO, PERÍODO DE 2006 – 2010 .

Autores: Aline Costa Ferreira

INTRODUÇÃO: A coinfecção HIV/TB tem se tornado problema de saúde pública nas últimas décadas,principalmente nos países em desenvolvimento, uma vez que a tuberculose é a principal causa de óbitos entre os doentes de aids. Objetivos: Caracterizar o perfil sóciodemográfico, clínico e epidemiológico dos usuários que evoluíram para óbito por aids/tuberculose em Porto Velho-RO, período de 2006 a 2010.Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram colhidos da base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da SecretariaMunicipal de Saúde de Porto Velho (SEMUSA), do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), dasdeclarações de óbitos e dos prontuários dos usuários. Utilizou-se como instrumento um formulário específico com questões direcionadas aos objetivos do estudo. Resultados: Foram registrados no períodode 2006 a 2010, 16 óbitos por aids/TB. Prevaleceu o sexo masculino 68,75%. A faixa etária mais acometida foi de 41 a 50 anos para homens 50% e de 31 a 40 anos para mulheres 31,25%. Estudaram de 1a 3 anos 31% e a ocupação mais freqüente foi dona de casa 25%. Todos os usuários 100% residiam em área urbana, 37% destes moravam na zona leste de Porto Velho. Quanto ao estado civil 62,50% eram solteiros. Clínico e epidemiologicamente 81% eram heterossexuais e o provável modo de transmissão se deu principalmente por contato sexual 88%. Fizeram uso de antirretrovirais 75% dos usuários e 75% usaram esquema anti TB. Predominou a forma pulmonar da tuberculose 87% com um tempo de sobrevida entre o diagnóstico e o óbito menor que dois meses 50%. Conclusão: Percebe-se que a forte relaçãodessas duas doenças, demanda a interação das ações de controle desenvolvidas pelos programas de TB ede HIV/aids os quais permitirão melhor gerenciamento dos recursos direcionados para treinamento depessoal, para o diagnóstico dos dois agravos na perspectiva de e para controlar, a redução do abandonodos respectivos tratamentos e consequentemente a redução da quantidade de óbitos no Município.

3654 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS USUÁRIOS QUE EVOLUIRAM PARA ÓBITO POR AIDS/TUBERCULOSE EM PORTO VELHO, RONDÔNIA, BRASIL PERÍODO DE 2006 – 2010 .
NERY Aline Ferreira

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS USUÁRIOS QUE EVOLUIRAM PARA ÓBITO POR AIDS/TUBERCULOSE EM PORTO VELHO, RONDÔNIA, BRASIL PERÍODO DE 2006 – 2010 .

Autores: NERY Aline Ferreira

INTRODUÇÃO: A coinfecção HIV/TB tem se tornado problema de saúde pública nas últimas décadas, principalmente nos países em desenvolvimento, uma vez que a tuberculose é a principal causa de óbitos entre os doentes de aids. Objetivos: Caracterizar o perfil sócio demográfico, clínico e epidemiológico dos usuários que evoluíram para óbito por  aids/tuberculose em de Porto Velho-RO, período de 2006 a 2010. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram colhidos da base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho (SEMUSA), do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM),  das declarações de óbitos e dos prontuários dos usuários. Utilizou-se como instrumento um formulário específico com questões direcionadas aos objetivos do estudo. Resultados: Foram registrados no período de 2006 a 2010, 16 óbitos por aids/TB. Prevaleceu o sexo masculino com o percentual  68,75%. A faixa etária mais acometida foi de 41 a 50 anos para homens com o percentual de 50% e de 31 a 40 anos para mulheres com o percentual de 31,25%. Estudaram de 1 a 3 anos 31% e a ocupação mais frequente foi dona de casa 25%. Todos os usuários 100% residiam em área urbana, 37% destes moravam na zona leste de Porto Velho. Quanto ao estado civil 62,50% eram solteiros. Do ponto de vista clínico e epidemiológico 81% eram heterossexuais e o provável modo de transmissão se deu principalmente por contato sexual 88%. Fizeram uso de antirretrovirais 75% dos usuários e 75% usaram esquema anti TB. Predominou a forma pulmonar da tuberculose 87% com um tempo de sobrevida entre o diagnóstico e o óbito menor que dois meses 50%. Considerações finais: Percebe-se que a forte relação dessas duas doenças, demanda a interação das ações de controle desenvolvidas pelos programas de TB e de HIV/aids os quais permitirão melhor gerenciamento dos recursos direcionados para treinamento de pessoal, para o diagnóstico dos dois agravos na perspectiva de e para controlar, a redução do abandono dos respectivos tratamentos e consequentemente a redução da quantidade de óbitos no Município.

1997 AS ESTRATÉGIAS DE LIDERANÇA UTILIZADAS PELO ENFERMEIRO COORDENADOR FRENTE À VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO EXTREMO NORTE DO TOCANTINS
Martin Dharlle Oliveira Santana, Victor Fernando Matos de Almeida, Lilian Natália Ferreira de Lima, Hanari Santos de Almeida Tavares, Jennyfer Soares de Sá, Thiago Ferreira Araújo, Tarcila Cristina Cunha Cavalcante

AS ESTRATÉGIAS DE LIDERANÇA UTILIZADAS PELO ENFERMEIRO COORDENADOR FRENTE À VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO EXTREMO NORTE DO TOCANTINS

Autores: Martin Dharlle Oliveira Santana, Victor Fernando Matos de Almeida, Lilian Natália Ferreira de Lima, Hanari Santos de Almeida Tavares, Jennyfer Soares de Sá, Thiago Ferreira Araújo, Tarcila Cristina Cunha Cavalcante

Todo líder deve instruir, treinar e preparar sua equipe, para que todos tenham uma boa produtividade, preparando todos para um melhor desenvolvimento de suas obrigações, obtendo bons resultados na execução dos seus deveres em conjunto a um ritmo calmo e equilibrado de trabalho. É necessário que haja um profissional de enfermagem que tenha o perfil de um líder, e que possua amplo conhecimento administrativo e de gestão em saúde, possuindo competências como planejar e executar objetivos específicos naquela comunidade que abrange o posto de saúde, além de alcançar as metas que lhes são propostas, sabendo assim, influenciar sua equipe de modo que todos trabalhem em conjunto e propriamente atendendo todas as necessidades cabíveis que lhe é repassado. O presente estudo teve como objetivo principal o de investigar a atuação do Enfermeiro Coordenador da Unidade Básica de Saúde, avaliando o processo de liderança desenvolvido no seu âmbito de trabalho. Trata-se de um estudo de natureza exploratória com abordagem qualitativa, identificando as competências essenciais requeridas pelo enfermeiro líder para coordenar. O estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde de um município localizado no extremo Norte Tocantinense. A população do estudo foi os profissionais que fazem parte da equipe de saúde dessa Unidade Básica de Saúde, composta por uma Técnica de Enfermagem e seis Agentes Comunitários de Saúde. Foi utilizado como instrumento de pesquisa um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas proporcionando ao informante a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. Os dados foram tabulados no Microsoft Office Excel, e analisados através de tabelas e gráficos, mostrando percentuais de que 71% dos entrevistados convivem com o coordenador do local por 05 anos em média, na qual 57% afirmam sempre estar motivado para execução dos seus objetivos, o mesmo percentual de 57% informam que participam das tomadas de decisões e em torno de 71% dos participantes da pesquisa afirmam que o enfermeiro coordenador é democrático. A liderança é um fator importante no trabalho dos coordenadores, pois ela acaba se tornando essencial para eficácia das atividades diárias na unidade básica de saúde, a liderança é usada como uma ferramenta para conseguir influenciar os profissionais de uma equipe, em que todos possam atingir com efetividade o seus objetivos e obrigações.

1148 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA INFANTIL
regina sousa, heloisa jessica sousa

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA INFANTIL

Autores: regina sousa, heloisa jessica sousa

A Terapia nutricional (TN) foi descrita pelo Ministério da Saúde como um conjunto de procedimentos terapêuticos com finalidade de manter ou recuperar o estado nutricional do paciente. A nutrição hospitalar é reconhecida por sua relação com a melhoria do tratamento aos pacientes, em conjunto com outros cuidados de saúde (SOUSA et al.,2013). O cuidado nutricional é considerado pela American Dietetic Association, como um processo de ir ao encontro das diferentes necessidades nutricionais de uma pessoa, pois inclui a avaliação do estado nutricional do indivíduo, a identificação das necessidades ou problemas nutricionais, o planejamento de objetivos para cuidados nutricionais que preencham essas necessidades (PEDROSO et al., 2011). Portanto, o nutricionista no âmbito hospital tema função de acompanhar o paciente a fim de recuperar ou manter o bom estado nutricional do paciente, não só levando em consideração os aspectos científicos, mas também a humanização no serviço, o que facilitará para a melhora do quadro do paciente. A hidrocefalia é uma patologia com maior prevalência em crianças, presente na forma congênita com incidência de 3 a 4 1000 nascidos vivos (CAVALCANTE; SALOMÃO, 2003). É uma doença que resulta na dilatação dos ventrículos cerebrais devido ao desequilíbrio na produção do liquido cefalorraquidiano e a absorção (OLIVEIRA et al.,2013). Segundo Alcântara (2009), a hidrocefalia é considerada uma doença de alta prevalência e que afeta o desenvolvimento motor das crianças. A hidrocefalia pode ter causas genéticas, ambiental, pode ser categorizada como congênita quando diagnosticada ao nascimento ou pouco após, é comum o diagnóstico durante o pré- natal a partir do segundo trimestre de gestação, através de avaliações do tamanho ventricular, do tamanho do átrio ventricular e da sua relação com o plexo coroide. As isoladas, em geral, podem ser decorrentes, ou estar associadas a malformações do SNC, ou a infecções congênitas, especialmente a toxoplasmose (CAVALCANTE; SALOMÃO, 2003). Os sintomas da doença nos recém-nascido, é irritabilidade, letargia, vômitos e um crescimento anormalmente rápido da calota craniana. No lactente e até o final do 2º ano de vida. Uma desproporção craniofacial, abaulamento da fontanela independente da posição do paciente, congestão venosa superficial no couro cabeludo e face, sinal do sol poente e estrabismo (CAVALCANTE; SALOMÃO, 2003). O liquido cefalorraquidiano (LCR) é formado no interior das cavidades ventriculares do sistema nervoso central nos plexos coroides, na mesma localização do cerebelo e da medula espinhal. O liquido é formado por 99% de água e pequenas quantidades de magnésio, cloro, glicose, proteínas, aminoácidos , acido úrico e fosfato, a produção diária é em media de 500 mL/ dia (LEITE et al.,2016). A função principal do LCR é de proteger de forma mecânica o encéfalo e a coluna espinha dorsal, atuando como um amortecedor  em casos de  choques e pressão (DIMAS; PUCCIONI-SOHLER, 2008). Paciente RAH, sexo feminino, 2 anos e 7 meses, 11.1 kg, etnia indígena, internada no dia 28 de setembro de 2017, diagnosticada com pneumonia, tendo como doença de base a hidrocefalia. A paciente deu entrada no hospital Pronto Socorro da Criança da Zona Sul após apresentar os seguintes sintomas: febre alta e tosse produtiva. Seu hábito intestinal é normal, consome pouca água, pois não gosta de consumir. A mãe RAH, 22 anos, relatou que tratou dos sintomas em casa, após dois dias sem perceber melhoras ela então procurou atendimento especializado. A paciente foi diagnostica com pneumonia. A doença foi tratada e a criança segue internada devido sua doença de base (hidrocefalia) que é considerada uma doença de risco. Os sintomas iniciais da pneumonia ainda são recorrentes, pois ainda há presença de tosse produtiva e a febre tem sido frequente durante a noite. Dias antes da internação a paciente foi submetia ao procedimento DVP que é utilizado para aliviar a pressão do cérebro. RAH nasceu de parto cesariano, com 47 cm de altura, 2.9kg, e perímetro cefálico (PC) de 33 cm. Após um mês de seu nascimento foi diagnostica com Hidrocefalia, neste período foi constatada a cegueira e a atrofia dos membros inferiores e superiores (pernas e braços). Aos quatro meses de idade o PC era de 60 cm , aos seis meses 62 cm, atualmente o perímetro cefálico é de 99 cm. Aos 8 meses a mãe precisou interromper o aleitamento devido as crises de convulsões que estavam se tornando frequentes, neste período o peso da paciente era variável, pois nos fases críticas a criança tinha o apetite reduzido. Ao ser questionada sobre o histórico pregresso de doenças da família a mãe da paciente informou não haver nenhuma ocorrência. No período de internação o peso da paciente sofreu variações devido a resistência na aceitação da dieta servida. A indicação da dieta era livre, porém por algumas semanas só lhe foi ofertado alimentos em consistência pastosa e houve rejeição por parte da criança. Além da baixa aceitação, a paciente tinha febre corrente, o que também inibia seu apetite. Seu peso ao chegar no hospital foi de 11.2 kg e pouco antes da alta sofreu redução de 700 gramas no peso. Este fato deveria ser avaliado com maior atenção, visto que a paciente encontrava-se em estado de desnutrição moderada. O tratamento medicamentoso eliminou a tosse produção, no 31º dia de internação não havia mais o sintoma, porém em quase todas as noites a paciente teve febre de 38º C. Mesmo com indicação de anemia através dos exames laboratoriais a paciente só recebeu o medicamento para o tratamento no 32º dia de internação. A paciente recebeu alta no dia 31 de outubro de 2017, após 33º dia de internação. O peso da paciente foi aferido no dia da internação, ela chegou ao local pesando 11.2 kg, e no momento da alta hospitalar seu peso era de 10.5 kg, a perda de peso foi classificada em significativa. A medida Circunferência do Braço permitiu dar o diagnóstico nutricional da paciente, segundo a fórmula proposta pela OMS a paciente foi classificada com desnutrição moderada. Utilizando os parâmetros do SISVAN de Peso para Idade (P/I), a paciente foi considerada Eutrófica, porém, neste caso deve-se levar em consideração o Perímetro encefálico que é muito aumentado devido o acúmulo de liquido. Na vivencia do estágio o aluno tem a possibilidade de conhecer os desafios enfrentados pelos profissionais da área da saúde nos hospitais, também nos é permitido traçar planos para tentar resolver ou quando não for possível, amenizar o sofrimento do paciente da melhor forma possível. Visto que uma atenção mais detalhada a pesar de a demanda de atendidos ser alta, é possível. Como destacado neste trabalho, o Nutricionista tem como principal objetivo reverter os casos de desnutrição e outros transtornos para que o paciente consiga se recuperar o mais rápido possível. Portanto, o cantato com o paciente é indispensável, é necessário que se visite diariamente para ver o progresso, e não apenas acompanhar no prontuário o tipo de dieta à ser serviço, mais também atentar-se para o tipo de medicamento que está sendo utilizado, pois muitos interagem com os alimento e também, a a possibilidade de causar náuseas e falta de apetite, reduzindo o progresso do paciente. Em todas as profissões um atendimento humanizado é muito importante, pois quem está acamada está em sofrimento, uma atenção a mais e atentar-se para as preferencias do paciente é fundamental para seu processo de cura.