266: Criando redes de formação em territórios de vida: um debate interprofissional
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 09 - Poraquê    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
2578 PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ÚLTIMO ANO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ACERCA DO PROCESSO DE MORTE E MORRER
TANIA MARIA ASCARI, LÍDIA TASCA TOSETTO, KELI FELIPPI

PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ÚLTIMO ANO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ACERCA DO PROCESSO DE MORTE E MORRER

Autores: TANIA MARIA ASCARI, LÍDIA TASCA TOSETTO, KELI FELIPPI

A morte faz parte do ciclo de vida humana tanto quanto o nascer. Como processo biológico ocorre quando os batimentos cardíacos e a respiração cessam. Todavia, com o progresso tecnológico na área de cuidados intensivos, houve um aumento na capacidade de manutenção e suporte ao encéfalo não funcionante por um determinado período de tempo. Dentre os profissionais da área da saúde, o enfermeiro é o que mais se depara com o processo de morte e morrer, portanto, conhecer a percepção dos acadêmicos do curso de enfermagem diante desse processo é relevante. Para a realização da pesquisa, utilizou-se a abordagem metodológica qualitativa do tipo exploratória descritiva. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CEPSH), e aprovado sob CAEE Nº 66039917.2.0000.0118. A coleta de dados se deu no primeiro semestre de 2017 por meio de questionário impresso contendo questões abertas, respondidos individualmente mediante concordância e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Participaram da pesquisa 15 discentes (40% cursando a nona fase e 60% cursando a décima fase) regulamente matriculados no último ano do curso de graduação em Enfermagem de uma universidade pública do Estado de Santa Catarina/SC. O julgamento e interpretação dos dados foram feitos a partir da análise do conteúdo, durante a qual emergiram duas categorias e três subcategorias: 1. A morte como processo biológico X processo espiritual; 2. A temática morte na formação profissional do enfermeiro com as seguintes subcategorias: a abordagem do tema; a vivência da temática durante a graduação e o preparo acadêmico para lidar com a terminalidade e a morte. Constatou-se que os participantes se dividiram em dois grupos; os que veem a morte como um fator biológico, e os que acreditam na morte como uma passagem para outra dimensão. Identificou-se que para 80% dos participantes a morte é definida como uma ‘passagem’, ou seja, acreditam que há ‘continuidade’ da vida em outro plano/dimensão. Os distintos entendimentos de morte, trazem consigo uma bagagem cultural, social, familiar, cognitiva, e religiosa, bem como, pontos relevantes da espiritualidade de cada um. Em relação ao significado de processo de morte e morrer ficou evidenciado que nenhum dos participantes desta pesquisa conseguiu construir uma definição; se restringiram a definir morte. Constatou-se que existe uma deficiência na formação destes futuros profissionais no que tange a abordagem teórica e a vivência dos processos de morte e morrer bem como de falta preparo psicológico. Os participantes acreditam ser importante a abordagem do tema num componente curricular específico, justificando que as vivências são escassas, e quando ocorrem não há reflexões aprofundadas, que se sentem inseguros e pouco preparados diante de situações da finitude humana.  O estudo demonstra que há uma lacuna na formação dos estudantes do curso de enfermagem para vivenciar o processo de morte e morrer; nesse contexto seria importante que a matriz curricular dos cursos tivesse disciplinas específicas sobre o assunto e que as vivências em campos práticos fossem melhor exploradas através de estratégias reflexivas.

1008 FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE ATRAVÉS DO PET-SAÚDE/GRADUASUS
FRANCISCO THALYSON MORAES SILVEIRA, CLEVERTON DE SOUSA

FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE ATRAVÉS DO PET-SAÚDE/GRADUASUS

Autores: FRANCISCO THALYSON MORAES SILVEIRA, CLEVERTON DE SOUSA

APRESENTAÇÃO: O Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) visa estimular a formação de grupos de aprendizagem tutorial por meio da iniciação do trabalho multiprofissional dos estudantes de graduação na área da saúde, o que fortalece a interação ensino-serviço. O objetivo deste estudo foi relatar a experiência vivenciada por um acadêmico de Educação Física - Promoção em Saúde e Lazer no PET-Saúde/UFAM. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência da vivência acadêmica dos 14 meses de concretização do PET-SAÚDE na UBSF Josephina de Melo, localizada no bairro Jorge Teixeira, 3° etapa, Zona Leste de Manaus-AM. Foram realizados: estudo bibliográfico a respeito do SUS e NASF, reconhecimento do território da unidade; 2 – vivências em cada setor, em ato, das atividades relacionadas ao processo de trabalho e cuidado à saúde; 3 – rodas de conversas com os acadêmicos de outros cursos (enfermagem, fisioterapia e medicina), tutores e preceptores; 4 – encontros em que se reuniram todos os envolvidos no PET. RESULTADOS: Houve o reconhecimento da necessidade de inserção da disciplina Saúde Coletiva e da atenção primária na grade curricular do curso de Educação Física Promoção em Saúde e Lazer, e que o profissional de Educação Física pode contribuir de forma significativa no diagnóstico de alguns problemas gerais, ou até mesmo específicos na atenção básica. CONSIDERAÇÕES FINAISE: Necessita-se da aceitação da existência de outras maneiras de pensar a formação em Educação Física em saúde, e desafios como a incompatibilidade curricular e plena integração dos cursos das ciências da saúde.  O profissional de Educação Física deve olhar para a sua atuação profissional de modo a perceber os interesses, desejos e necessidades das pessoas, de entender o contexto social e que elementos fazem sentido para a produção de vida para os indivíduos, e não apenas, fazer do seu conhecimento técnico o único direcionador de suas intervenções. Mergulhar na atenção primária a saúde desde a graduação possibilita aos acadêmicos uma compreensão de um cuidado integral tendo por base os princípios do SUS.

1583 RELATO DE EXPERIÊNCIA: REFLEXÃO SOBRE O CUIDADO CULTURAL E A (DES)ASSISTÊNCIA ÀS POPUAÇÕES RIBEIRINHAS AS MARGENS DO RIO GUAMÁ.
DHIULY ANNE FERNANDES DA SILVA, THAMIRES PALHETA DE SOUZA, ERIKA BEATRIZ BORGES SILVA, ELAINE PRISCILA ÂNGELO ZAGALO, THAIS DA PAIXÃO FURTADO, JOÃO OTÁVIO PINHEIRO BORGES, JULLIANA SANTOS ALBUQUERQUE RIBEIRO, ELISÂNGELA DA SILVA FERREIRA

RELATO DE EXPERIÊNCIA: REFLEXÃO SOBRE O CUIDADO CULTURAL E A (DES)ASSISTÊNCIA ÀS POPUAÇÕES RIBEIRINHAS AS MARGENS DO RIO GUAMÁ.

Autores: DHIULY ANNE FERNANDES DA SILVA, THAMIRES PALHETA DE SOUZA, ERIKA BEATRIZ BORGES SILVA, ELAINE PRISCILA ÂNGELO ZAGALO, THAIS DA PAIXÃO FURTADO, JOÃO OTÁVIO PINHEIRO BORGES, JULLIANA SANTOS ALBUQUERQUE RIBEIRO, ELISÂNGELA DA SILVA FERREIRA

Introdução: A cultura pode ser considerada um conjunto de traços distintos, espirituais, materiais, intelectuais, afetivos que caracterizam uma comunidade ou grupo social. Desse modo podemos entender que as populações tradicionais possuem modo de vida especifico, relação única com a natureza e seus ciclos. O Sistema Único de Saúde(SUS) por meio da Política Nacional de Atenção Básica(PNAB) prevê assistência de forma integral á população considerando suas especificidades locais e culturais. O resumo tem como objetivo relatar a experiência e reflexão de acadêmicos de enfermagem frente a (des)assistência do poder público às populações ribeirinhas e as suas especificidades na atenção primária. Descrição da Experiência: Durante os dias 8 de agosto e 3 de outubro de 2017 os acadêmicos participaram de atividades do projeto de extensão que funcionam junto ao programa Luz na Amazônia. O programa é uma parceria da Universidade Federal do Pará e Sociedade Bíblica do Brasil que conta com um barco que navega sobre a bacia amazônica levando assistência à saúde à população ribeirinha. O estudo foi realizado na comunidade Furo do Aurá localizado as margens do Rio Guamá na cidade de Belém do Pará. Durante triagem para coleta de material, pode se observar, a (des)assistência à população pelo poder público, ferindo o previsto no Sistema Único de Saúde. Posteriormente houve uma reflexão dos dados coletados com a finalidade de compreender e reconhecer o conteúdo das informações colhidas. Fez-se necessário ler e refletir sobre os achados usando o que já havia sido registrado, buscando atribuir significados frente a esse aprendizado. Foi possível observar o modo de vida, saneamento básico, planejamento familiar, baixa cobertura de exames de rotina, o início precoce da atividade sexual e também a receptividade da comunidade à equipe. Resultados: Podemos afirmar a relevância dos projetos de extensão desenvolvidos pelas universidades, que deveriam somar á uma assistência que já deveria existir, e não ser único meio de acesso dessa população aos serviços de saúde. Podemos observar também uma real e cruel falta de interesse político no cumprimento da Politica Nacional de Atenção Básica que traz garantia de assistência às diversas populações inclusive comunidades de difícil acesso comuns no estado do Pará. Considerações Finais: Discussões em sala de aula sobre as especificidades culturais, sobre o sistema único de saúde que temos, e a acessibilidade de políticas públicas devem fazer parte da nossa formação profissional, pois somente dessa forma conseguiremos vislumbrar um SUS que dá certo além do papel, e nos entender como protagonistas nesse processo de consolidação. É imprescindível a formação de profissionais com visão ampla que respeitem o conhecimento indígena, intenso na região, de uma população culturalmente rica.

2148 CICLO DE CONVERSA SOBRE IST’s E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA COM OS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO DO IFPA – CAMPUS RURAL DE MARABÁ
Maria da Paz Demes Gonçalves, Célia Silva Nunes, Célia Silva Nunes, Célia Silva Nunes, Lourival Franco Sá Neto, Lourival Franco Sá Neto, Maria Eliane Eliane de Lima, Deusanete Pinto Machado, Maria Eliane de Lima, Deusanete Pinto Machado, Leidian Coelho Freitas, Lourival Franco Sá Neto, Deusanete Pinto Machado, Maria Eliane de Lima, Leidian Coelho Freitas, Leidian Coelho Freitas

CICLO DE CONVERSA SOBRE IST’s E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA COM OS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO DO IFPA – CAMPUS RURAL DE MARABÁ

Autores: Maria da Paz Demes Gonçalves, Célia Silva Nunes, Célia Silva Nunes, Célia Silva Nunes, Lourival Franco Sá Neto, Lourival Franco Sá Neto, Maria Eliane Eliane de Lima, Deusanete Pinto Machado, Maria Eliane de Lima, Deusanete Pinto Machado, Leidian Coelho Freitas, Lourival Franco Sá Neto, Deusanete Pinto Machado, Maria Eliane de Lima, Leidian Coelho Freitas, Leidian Coelho Freitas

1 APRESENTAÇÃO O Departamento de Assistência e Saúde da Comunidade Acadêmica (DASCA) é um departamento que funciona desde 2011, com o objetivo principal de promover ações que visam a promoção e prevenção dos agravos a saúde no ambiente escolar do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) Campus Rural de Marabá (CRMB). Esta instituição foi criada em 2007 par atender uma demanda dos povos do campo do sudeste paraense e atualmente está localizada a cerca de 35 km da cidade de Marabá, em uma área cedida, dentro do Assentamento 26 de Março. Este ano a equipe de saúde se propôs a realizar atividades de grupo “rodas de conversa” com as turmas do curso técnico em agropecuária integrada ao ensino médio, que iniciaram em 2017, abordando temáticas do cotidiano escolar dos educandos . Considerando que a maioria dos educandos deste curso, encontra-se na fase da adolescência com idade compreendida entre 14 e 17 anos e que ainda, estudam em sistema de internato, por ocasião da metodologia de alternância pedagógica adotada no CRMB, a equipe do DASCA decidiu iniciar suas rodas de conversas abordando o tema das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e da gravidez precoce. Esta fase compreendida como de desenvolvimento do próprio corpo, e novas descobertas e curiosidades e, partindo desse contexto, primou-se pela atividade voltada para as orientações básicas de algumas doenças sexualmente transmissíveis e também foi mais enfatizado a HIV, gonorréia, condiloma, HPV e sobre as cosequências da gravidez na adolescência, levando em consideração também casos de gravidez na adolescência que já houveram no Campus e que na ocasião muitas educandas não conseguiram conciliar a maternidade precoce e as atividades acadêmicas concomitantemente o que desencadeou para a evasão escolar. 2 DESENVOLVIMENTO Previamente foram agendados com a coordenação do Curso Técnico em Agropecuária os dias que seriam realizados as atividades. Os profissionais do serviço social, medicina, enfermagem e Nutrição do DASCA, decidiram começar as atividades com as turmas de Técnico em Agropecuária Integrada 2017 abordando as Infecções Sexualmente Transmissíveis e Gravidez Precoce, considerando principalmente a prevalência de educandos adolescentes. A equipe preparou as atividades para um tempo de 01h40min, as quais foram realizadas através de apresentação de slides e dinâmicas de modo que favorecessem a participação dos e educandos sobre a temática abordada. A atividade foi conduzida em formato de roda de conversa, com explicações por parte dos profissionais, perguntas e respostas durante toda a atividade. O local reservado para a atividade foi à sala de grupo do DASCA, em que foram posicionados os colchonetes em forma de circulo na sala e na medida em que os educandos chegavam, eram convidados a deixar seus calçados e mochilas do lado externo da sala, para que todos ficassem sentados favorecendo um ambiente acolhedor e de interação. Junto deles os profissionais de saúde também entravam na roda, sentados no chão da sala e descalços. A princípio a coordenadora do setor apresentava a equipe de saúde aos educandos, dava boas vindas aos mesmos e explicava o objetivo da atividade e como ela seria desenvolvida. Em seguida os educandos se apresentavam, dizendo nome e idade, assim como qual era seu sonho de vida. Após esse momento de apresentação e entrosamento, a enfermeira e o médico do DASCA apresentavam as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), suas características e forma de prevenção. A equipe de saúde deu ênfase na camisinha como principal método de prevenção de IST’s, fazendo demonstração da forma correta de uso e descarte da mesma. A assistente social dava continuidade na conversa abordando o tema da gravidez precoce entre os adolescentes, riscos e conseqüências para os pais, famílias e crianças. Abrangendo situações de saúde, riscos sociais e principalmente a situação acadêmica dos educandos e educandas. As conversas eram encerradas com uma dinâmica de perguntas e respostas, simulando situações que exigiam uma reflexão e atitude madura e responsável em relação à vida sexual. No final da atividade, foi solicitado a todos os participantes para preencherem uma avaliação das atividades, de modo que pudessem apontar os pontos positivos, negativos e sugestões para as próximas atividades. A atividade foi desenvolvida com as turmas do curso técnico em Agropecuária 2017, conforme cronograma descrito na tabela abaixo. RODA DE CONVERSA SOBRE IST’S E GRAVIDEZ PRECOCE Data Horário Turma 24/10/2017   15:20 as 17:00 Turma G 2017   31/10/2017   15:20 as 17:00 Turma I 2017 07/11/2017 15:20 as 17:00 Turma H 2017     3 RESULTADOS ALCANÇADOS E OBSERVADOS Foram realizadas 03 rodas de conversas, em 03 turmas , com um total de 71 (setenta e um), os quais participaram na integra das palestras. A maioria dos educandos com idade entre 15 e 18 anos de idade, 26 do sexo feminino e os demais do sexo masculino.   CONSIDERAÇÕES FINAIS   As atividades propostas, foram executadas pelos profissionais com muita tranqüilidade, são temas importantes e necessários para serem trabalhados periodicamente, principalmente quando se tem um público grande de adolescente, que cientificamente ainda está na fase de desenvolvimento, de descobertas e de curiosidades. É importante citar que as ISTs, são infecções que trazem danos irreversíveis a saúde da pessoa infetada principalmente se não for tratada adequadamente, com isso o Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte a população quanto às formas de prevenção, principalmente quanto ao uso de preservativo “camisinha” tanto para não transmitir quanto não se infectar. Nesse sentido, são importantes ações que busquem esclarecer sobre as ISTs bem como seus sintomas, conseqüências e tratamentos. Uma vez que o individuo se infecta por ISTs, existem os protocolos de tratamentos e é importante que sejam seguidos corretamente, lembrando que existem aquelas que há curas e outras que não. O importante é se conscientizar que a prevenção é o melhor caminho para evitar ser acometido por algum vírus e doenças infecto- contagiosas. Considerando a missão do DASCA, e o público de educandos deste Campus, atividades sobre ISTs devem ser feitas periodicamente, é preciso relembrar que o cuidado com a sua saúde devem ser sempre, em qualquer etapa da vida e, a prevenção é essencial para uma vida saudável.                                                                                           ANEXO FOTOS DA ATIVIDADE Foto 1: Assistente Social Maria Eliane falando sobre Gravidez Precoce A importância da interdisciplinaridade na realização de um completo atendimento em saúde
Anderson Bentes Mafra, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Raissa Pires de Medeiros, Antônio Sávio Inácio, Sônia Maria Lemos

A importância da interdisciplinaridade na realização de um completo atendimento em saúde

Autores: Anderson Bentes Mafra, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Raissa Pires de Medeiros, Antônio Sávio Inácio, Sônia Maria Lemos

MAFRA, A. B.¹, MEDEIROS, R.P.², INÁCIO, A. S.³, AZUELO, N. C. S.³, LEMOS, S. M.4 ¹ Autor-principal, acadêmico do curso de odontologia da Universidade do Estado do Amazonas ² Acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Amazonas ³ Acadêmicos de Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas 4 Professora da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Promoção e Educação em Saúde/GEPPES. Membro da Comissão local do VER-SUS Amazonas.   Titulo: "A importância da interdisciplinaridade na realização de um completo atendimento em saúde" EIXO 1   Introdução: A vivência proporcionada pelo VER-SUS foi uma ótima oportunidade para ampliar o conhecimento acerca da saúde pública nos locais mais remotos, fazendo com que, levássemos a teoria apreendida sala de aula para a prática. O fato de poder vivenciar a realidade prepara o estudante para o que pode lhe aguardar e também possibilita ampliar sua visão acerca da saúde pública e comunitária.   Objetivos: Induzir o debate acerca dos desafios que os profissionais encontram no cotidiano da promoção de saúde em locais remotos.   Relato: A equipe de profissionais da UBS-Fluvial é composta por duas equipes básicas (16) e a tripulação (4).Fizeram parte da equipe 5 alunos dos cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem. A viagem foi realizada em 6 dias, durante os quais foram assistidas 11 comunidades. Os alunos fizeram um rodizio entre as salas de atendimento  (Consultório médico, farmácia, odontológico, sala de vacinação, pré-natal, e preventivo), e no final de cada dia era feito uma análise em grupo do que foi vivenciado.   Resultados: Pelos relatos da devolutiva dos alunos é possível inferir que o atendimento em saúde não depende apenas do sistema de saúde, ou de um ou outro profissional, mas depende do compromisso de todas e todos que estão envolvidos no processo. Assim é real a possibilidade de fazer acontecer o verdadeiro SUS, ainda que com poucos recursos. A vivência fez com que os alunos tivessem seu conhecimento da prática em saúde ampliado a partir da sua participação nas campanhas públicas de prevenção da Hanseníase e do aleitamento materno, desenvolvidas durante o VER-SUS. É no diálogo interdisciplinar que se constrói o esteio para a compreensão de realidades tão distintas em condições de enormes desigualdades.   Considerações finais: A vivência no que é saúde é de suma importância para promover discussões fundamentadas acerca do SUS, o que leva muito além da teoria aprendida em sala de aula. Na prática podemos ver o que funciona e o que não, os pontos positivos e os negativos, todavia sempre com o olhar crítico sobre as situações para que possa ser útil o debate e assumindo a corresponsabilidade na busca de soluções para as problemáticas identificadas. O VER-SUS oportuniza o debate, mas acima de tudo nos mobiliza como futuros profissionais na promoção de condições melhores em saúde, e no desenvolvimento da cidadania.

2743 PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ACERCA DO USO DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS
TANIA MARIA ASCARI, RAQUEL RIBEIRO NOGUEIRA, MARTA KOLHS, SARA PICCOLI, ROBSON LOVISON, TAINÁ APARECIDA VENDRUSCOLO, LAURA FREITAS BARD, GEISA PERCIO PRADO

PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ACERCA DO USO DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS

Autores: TANIA MARIA ASCARI, RAQUEL RIBEIRO NOGUEIRA, MARTA KOLHS, SARA PICCOLI, ROBSON LOVISON, TAINÁ APARECIDA VENDRUSCOLO, LAURA FREITAS BARD, GEISA PERCIO PRADO

O consumo de medicamentos psicotrópicos tem aumentado significativamente nos últimos anos, com início de uso cada vez mais precoce. Um fator que leva os indivíduos a usarem medicamentos psicotrópicos é a busca do fortalecimento da sua capacidade no enfrentamento de situações cotidianas. Este estudo teve objetivo de conhecer o perfil dos estudantes de enfermagem de uma universidade pública acerca do uso de medicamentos psicotrópicos. Trata-se de uma pesquisa quantitativa epidemiológica transversal, realizada entre março a maio 2016 com acadêmicos de enfermagem de uma Universidade pública do Estado de Santa Catarina. A coleta de dados foi realizada através de questionário adaptado da versão virtual do questionário Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos sob parecer CAAE Nº: 53535816.6.0000.0118. No primeiro momento os pesquisadores foram a sala de cada fase, nesta abordagem explicou-se objetivos e metodologia da pesquisa. Em seguida os participantes foram encaminhados para sala de informática para o preenchimento do questionário. Utilizou-se como ferramenta o Google Formulários para a coleta de dados. As informações obtidas foram avaliadas por meio de análise descritiva simples. No semestre 2016/1 estavam matriculados 199 acadêmicos no curso de enfermagem. Participaram do estudo 151 (76% do total). Na caracterização sociodemográfica constatou-se que são: adultos jovens entre 18 a 22 anos de idade (76,15%), solteiros (83,4%), sem filhos (90%), do sexo feminino (91%), de raça étnica caucasoide (86,76%), grande parte católicos (67,54%), moram em república, com amigos (35%) ou sozinho (15%) e satisfeitos com o seu curso de graduação (91%); grande parte dos participantes estavam no segundo ano do curso (27,81%). Quanto ao uso dos medicamentos psicotrópicos, 30% afirmaram que já utilizaram esse tipo de medicamento em algum momento na vida. No período da coleta de dados 11,2% utilizavam antidepressivos, alguns casos associados a ansiolíticos ou estabilizantes de humor. Esse dado sugere que há um número que pode ser considerado significativo de participantes da pesquisa que sofre de algum transtorno depressivo. Chama atenção o percentual de participantes que usam antidepressivos, pois esse índice se caracteriza em mais que o dobro da prevalência da depressão no Brasil, apontada pela OMS. Os antidepressivos mais utilizados foram a classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) com 70,6%, seguido pelos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRSN) COM 17,6% e por último os Tricíclicos (ADT) com 11,8%. Acerca dos ansiolíticos, a única classe utilizada foi dos benzodiazepínicos. O Topiramato foi o estabilizante de humor mais utilizado correspondendo 50%. Os resultados obtidos, apontam para a importância da implantação de reflexões e propostas de ações preventivas na Universidade, como a realização de oficinas com a participação de diversas áreas de conhecimento para abordar sobre a temática do sofrimento mental nas suas diversas nuances. Cabe ainda implementar estratégias de cunho educativo, proporcionando maior conhecimento aos acadêmicos quanto ao uso, efeitos colaterais e terapêuticos dos psicotrópicos, com a finalidade de modificar o atual cenário apresentado.

3129 A SAÚDE NO CONTEXTO LGBTI: PROMOÇÃO DE UM SIMPÓSIO COMO ESTRATÉGIA POLÍTICO-EDUCACIONAL
Eberson Luan dos Santos Cardoso, Christian Boaventura dos Santos, Ieda Maria Louzada Guedes

A SAÚDE NO CONTEXTO LGBTI: PROMOÇÃO DE UM SIMPÓSIO COMO ESTRATÉGIA POLÍTICO-EDUCACIONAL

Autores: Eberson Luan dos Santos Cardoso, Christian Boaventura dos Santos, Ieda Maria Louzada Guedes

Introdução: A tradição proporcionada pelo tipo de cultura ao qual o Brasil, ao longo de sua história desenvolveu, gerou produtos praticados pela sociedade, diariamente. As ações, a forma de pensar, aspectos críticos, comportamentais, geralmente seguem a mesma linha de raciocínio e a mesma tendência em relação as diversas problemáticas que surgem com o contexto da diversidade. Ideologias heterossexistas provenientes da cultura patriarcal constituem pensamentos que ferem de forma grotesca os direitos e deveres de personagens que não se encaixam e/ou identificam com a vivência heterossexual, portanto, praticar diversos tipos de violências, a exemplo da exclusão social, opressão, discriminação, agressão física, chantagem, etc. que acabam por constituir um processo exercido de forma comum e representa um assunto banalizado pela sociedade, por não agregar a mesma força nos debates em relação a outras temáticas comumente discutidas, mesmo possuindo dados e estatísticas que comprovam os seus malefícios para o ser humano vítima de todos estes descasos. Objetivo: Descrever a vivência de organização e fomento um espaço educacional a cerca da saúde LGBTI e outros contextos políticos diversos. Descrição da experiência: A experiência ocorreu durante a construção e execução um espaço de formação e troca de saberes, na modelo de simpósio, intitulado “EU SOU PORQUÊ EU EXISTO!”, realizado na Universidade Federal do Pará, no dia 13 de setembro, com duração de 12 horas, iniciando as 08hrs e finalizando as 20hrs. Foram convidados várixs palestrantes pertencentes aos diversos segmentos da comunidade LGBTI e em suas falas foram transmitidas várias vivências e experiências aos ouvintes, sendo que, foram exploradas várias temáticas, envolvendo saúde, família, mercado de trabalho, inclusão nas IES e militância nas ruas. Após as falas de todos os componentes da mesa foi aberto um momento de interação com os ouvintes, a fim de solucionar as dúvidas a respeito do que foi discutido. Resultados: Alcançamos, a partir da atividade, o fomento à contribuição para novas experiências e práticas comportamentais sobre os assuntos debatidos. Por tratar-se de um público em que a maioria se constituiu de discentes das diversas áreas do conhecimento, foi fundamental somar, também, na construção política destes alunos, repercutindo de forma positiva enquanto profissionais que estarão inseridos em diversos contextos da sociedade. Possibilitar novas visões a respeito da condução de costumes interpessoais. Garantir a diversidade e o respeito aos argumentos discutidos no evento. Agregar uma nova face ao programa de educação tutorial, como agente transformador em causas sociais.  Conclusão: O Brasil vive uma intensa carência no que diz respeito a promoção de políticas públicas, principalmente quando são direcionadas a comunidade LGBTI, que se demonstram quase inexistentes. O desamparo social reverbera em uma série de descasos que envolvem contextos de saúde e fere os próprios direitos constitucionais enquanto direito à vida, por exemplo. Organizar e realizar espaços como esses significam estratégias que, mesmo de forma simples, minimizam os efeitos colaterais aos quais estão expostos através da educação primária na forma da educação em saúde.

3182 Relato de Experiência do VI Estágio Interdisciplinar de Vivência no Pará ( EIV-PA): Alternativas e acesso á saúde de uma comunidade de assentados do MST-PA.
Cintia Evelyn Pessoa dos Santos, Fabíolla de Cássia Soares Cardoso, Adriana do Socorro Uchoa da Silva, Landara Furtado de Brito, Marcos Valério Santos da Silva

Relato de Experiência do VI Estágio Interdisciplinar de Vivência no Pará ( EIV-PA): Alternativas e acesso á saúde de uma comunidade de assentados do MST-PA.

Autores: Cintia Evelyn Pessoa dos Santos, Fabíolla de Cássia Soares Cardoso, Adriana do Socorro Uchoa da Silva, Landara Furtado de Brito, Marcos Valério Santos da Silva

Relato de experiência do VI Estágio Interdisciplinar de Vivência no Pará (EIV-PA): Alternativas e acesso à saúde de uma comunidade de assentados do MST-PA.APRESENTAÇÃO: Apesar de ser constitucional que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, e dos grandes avanços na oferta de serviços da rede básica de saúde, ainda é um desafio ter acesso à esses serviços. Principalmente por alguns povos, em especial os do campo, que encontram-se afastados das cidades, onde geralmente se localiza hospitais e unidades de saúde. Assim, levando-os a buscar alternativas para prevenção e tratamento de doenças de suas famílias. DESENVOLVIMENTO: o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de participantes do VI EIV-PA, no qual, consiste em atividades desenvolvidas com estudantes de diversas áreas e que está dividido em 3 etapas observacionais, sendo elas: formação, vivência e retomada/socialização. Onde na etapa vivência, foi proporcionando o contato com os assentados do MST-PA, que é o momento em que os estagiários podem ver de perto a realidade dos mesmos, mas sem nenhuma atitude de intervenção. RESULTADOS E IMPACTOS: com todas as experiências vividas e adquiridas no estágio, foi possível para os estagiários, obterem uma visão sensibilizada e humanizada das famílias de assentados qual puderam fazer parte. Assim, contribuindo para a percepção da realidade delas, onde em amplos sentidos se tem uma vida em situações difíceis, em especial relacionada a saúde, reiterando a dificuldade de acesso à esse. No entanto, observando que a prática de atividades populares, como a fitoterapia, é bastante pressente e valorizada, uma vez que na maioria das vezes é a única forma de obtenção de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Levando em consideração todo o exposto, é de grande importância que se implemente políticas públicas e atividades relacionadas à educação em saúde, sendo elas, voltadas para os povos do campo.

3442 FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES NA PREVENÇÃO DE DST/AIDS EM SANTARÉM, PA
João Allan Figueira Bandeira, Soraia Valéria de Oliveira Coelho Lameirão, Hernane Guimarães dos Santos Jr

FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES NA PREVENÇÃO DE DST/AIDS EM SANTARÉM, PA

Autores: João Allan Figueira Bandeira, Soraia Valéria de Oliveira Coelho Lameirão, Hernane Guimarães dos Santos Jr

Segundo os últimos Boletins Epidemiológicos de HIV/AIDS, do Ministério da Saúde, desde 1980 até 2015, foram registrados 786.366 casos de AIDS no Brasil, afetando 65% dos homens e 35% das mulheres, onde os primeiros casos se concentravam nas regiões Sul e Sudeste. De 1995 a 2004, verificou-se um alastramento da doença principalmente nas capitais das regiões Nordeste e Centro-Oeste e também no Norte, mais especificamente em Belém-PA e Manaus-AM, constatando a interiorização da doença. Ainda, o Boletim mostra a tendência de juvenização da AIDS, que vem se consolidando desde os primeiros casos no Brasil. A infecção de indivíduos entre 15 e 19 anos mais que triplicou, entre 2005 e 2014, enquanto a maior concentração da doença está nos indivíduos entre 25 e 39 anos. Devido ao avanço das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), de uma forma geral, são exigidos diferentes meios para combater estas de forma eficaz, diminuindo o número de notificações – sobretudo, em jovens cujo comportamento de risco os tornam mais vulneráveis à IST/AIDS – e a educação entre pares no âmbito escolar é o mais bem-sucedido e documentado. A partir dessas informações, visou-se um estudo acerca do assunto em questão, tendo como base os jovens de duas escolas públicas de Santarém-PA, sobretudo, a formação de multiplicadores no sentido de retransmissão de conhecimentos enfatizando a importância da saúde sexual. Identificar o perfil de vulnerabilidade à IST/AIDS em estudantes de escolas públicas, capacitando-os a serem multiplicadores de informações em uma estratégia de educação preventiva entre seus pares no ambiente escolar. 1. Identificar o perfil de vulnerabilidade à IST/AIDS dos adolescentes participantes deste projeto; 2. Realizar oficinas de capacitação sobre os temas relacionados à AIDS; 3. Propiciar o planejamento e a realização de atividades de mobilização para a retransmissão dos conteúdos abordados nas oficinas. Para a realização da capacitação, foram construídas oficinas com o objetivo favorecer a reflexão e análise crítica dos temas relacionados à IST/AIDS. Nestas, foram abordados assuntos referentes ao conhecimento do corpo, sexualidade, métodos contraceptivos e infecções sexualmente transmissíveis, com ênfase em AIDS. Tais oficinas tiveram ampla aceitação tanto dos alunos, quanto do corpo técnico do educandário. Encerrado esse ciclo, os participantes planejaram e repassaram os conteúdos em uma atividade de mobilização, onde os jovens retransmitiram aos seus pares todo o conhecimento adquirido ao longo dos encontros, feita através do desfile em comemoração à semana da Pátria. Durante o tempo de execução, o projeto cumpriu com seu objetivo, pois os alunos puderam entender a importância da manutenção dos métodos de repasse de informações corretas bem como sua importância nesse ciclo de multiplicação. Conclui-se que a formação de multiplicadores na prevenção de DST/AIDS é uma ferramenta auxiliar importante em ações de identificação e absorção da problemática, quanto à prevenção e promoção à saúde, como também se faz necessária a manutenção e desenvolvimento de mecanismos que reduzam a vulnerabilidade entre jovens.

3491 AÇÃO EDUCATIVA SOBRE SUICÍDIO E VALORIZAÇÃO DA VIDA PARA ESTUDANTES DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Thamires Panferro Carvalho, Jean Ribeiro Leite, Sara Ingrid Rezende Ferreira, Taiana Gabriela Barbosa Souza, Thauane Oliveira Silva, Mahara Carvalho Moreira, Priscila Maria Marcheti Fiorin, Bianca Cristina Ciccone Giacon

AÇÃO EDUCATIVA SOBRE SUICÍDIO E VALORIZAÇÃO DA VIDA PARA ESTUDANTES DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM

Autores: Thamires Panferro Carvalho, Jean Ribeiro Leite, Sara Ingrid Rezende Ferreira, Taiana Gabriela Barbosa Souza, Thauane Oliveira Silva, Mahara Carvalho Moreira, Priscila Maria Marcheti Fiorin, Bianca Cristina Ciccone Giacon

Introdução: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida por ano no mundo. No Brasil, acontecem, em média, 11 mil suicídios em 12 meses, de acordo com levantamento do Sistema de Informação sobre mortalidade. A Liga Acadêmica de Saúde Mental em Enfermagem (LASME) preocupada com o aumento de suicídio realizou várias atividades educativas durante o setembro amarelo. Objetivo: Realizar uma ação educativa aos alunos do curso técnico de enfermagem sobre dados epidemiológicos referentes ao suicídio e sobre a valorização da vida. Desenvolvimento da ação: Este é um relato de experiência realizada com alunos de um curso técnico de enfermagem no mês de setembro de 2017. Uma revisão de literatura nas bases de dados da cartilha BVS,foi elaborado um cartaz interativo com a frase “o que te motiva a viver” onde os alunos participaram escrevendo seus pensamentos, em seguida foi apresentado dados epidemiológicos sobre o tema exposto onde surgiu várias perguntas. Para finalizar a ação entregamosuma fita amarela para ser colocado nos braços das pessoas com a frase “sua vida vale a pena”. Cada um amarrava no braço do seu colega e dizia a ele o quanto a vida vale a pena ser vivida e reforçava suas qualidades. Resultados Alcançados:Foi realizado um ação educativa, onde utilizando métodos ativos de aprendizagem foi possível discutir sobre o suicídio e a valorização da vida entre estudantes de técnico em enfermagem..Percebemos que alguns desconheciam sobre a importância do assunto, e relataram que irão multiplicar as informações discutidas nesta ação. 

3628 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL
Francisca Fátima Santos Freire, Vânia Barbosa Nascimento, Cosmo Hélder Ferreira Silva, Antonio Germane Alves Pinto, Ana Linhares Pinto, Francisco Arlyson Silva Veríssimo, Ana Kelly Oliveira, July Grassiely Oliveira Branco

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL

Autores: Francisca Fátima Santos Freire, Vânia Barbosa Nascimento, Cosmo Hélder Ferreira Silva, Antonio Germane Alves Pinto, Ana Linhares Pinto, Francisco Arlyson Silva Veríssimo, Ana Kelly Oliveira, July Grassiely Oliveira Branco

O projeto intitulado: “O brinquedo como instrumento de cuidado e humanização na Clínica” é uma atividade da proposta da Disciplina de Bases Psicológicas, ofertada no IV- Semestre do Curso de Bacharelado em Enfermagem e se caracteriza na modalidade de extensão universitária da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. Defende-se, que a internação hospitalar causa inúmeras implicações emocionais para criança e família que vivenciam o evento, gerando impacto no processo saúde-doença durante o período de internação hospitalar e um profundo desafio para aqueles que cuidam. A experiência que ora relatamos tem como objetivo geral implementar o espaço da brinquedoteca do Hospital São Lucas, minimizando a ansiedade e sofrimento causado pelo processo de internação e adoecimento promovendo a humanização na clínica. Dentre os objetivos específicos propiciar espaço de vivência do acadêmico com as crianças hospitalizadas, família e profissionais da saúde, bem como ofertar a oportunidade do fortalecimento do vínculo: Criança/ família. Utilizou-se com metodologia a pesquisa-ação, por entender que uma importante estratégia para qualquer processo investigativo, no qual se aprimora a prática pela oscilação sistemática entre agir no campo da prática e investigar a respeito dela. O cenário do estudo foi a pediatria do Hospital São Lucas, localizado nos sertões do Ceará, o mesmo é referência para 11 municípios. Foram respeitados os princípios éticos recomendados pela resolução 466/ 12 do CONEP (Comissão Nacional de Ética na Pesquisa). No período de agosto a outubro de 2017. No primeiro momento ciclos de debates em sala sobre a temática, estudo diagnóstico da pediatria do Hospital de referência e visita á instituição. No segundo momento planejamento das ações conforme a faixa etária dos internos (29 dias a 11anos e 11 mêses) para utilizarmos o processo de enfermagem na assistência a criança, familiares e profissionais durante o período de hospitalização. No terceiro momento os alunos apresentaram os circuitos em sala apresentando material confeccionado, bem como respaldo teórico e para encerrarem a ação apresentaram a atividade no espaço hospitalar para as crianças, familiares e profissionais de saúde. Da experiência identificou-se que durante o cuidado de crianças hospitalizadas, o brinquedo tem valor terapêutico, influenciando diretamente no restabelecimento físico e emocional, pois pode tornar o processo de hospitalização menos traumatizante, fornecendo melhores condições para a recuperação. A utilização do brincar em Enfermagem Pediátrica serve como meio de comunicação entre os profissionais e a criança, detectando a singularidade de cada uma, contribuindo para a redução da ansiedade associada à doença e à hospitalização. Considera-se oportuno que esse projeto possa incorporar novas ações de promoção de saúde mental, transformando a extensão universitária em uma prioridade do ensino dos cursos de graduação na área da saúde da Faculdade Princesa do Oeste.

3754 VIVÊNCIA E PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRÁTICA DE CME: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Teniles Erika Vale de Oliveira, Lisbeth Lima Hansen, Taianny Amazonas Lopes, Josineide de Oliveira Novo França

VIVÊNCIA E PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRÁTICA DE CME: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Teniles Erika Vale de Oliveira, Lisbeth Lima Hansen, Taianny Amazonas Lopes, Josineide de Oliveira Novo França

APRESENTAÇÃO: Durante todos os períodos da graduação são ofertadas diversas oportunidades de se adquirir conhecimento além da sala de aula, uma dessas formas se encontra no bloco prático das disciplinas. O objetivo é relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de enfermagem durante as aulas práticas da disciplina Processamento de Artigos e Superfícies Hospitalares, presente na estrutura curricular do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). DESENVOLVIMENTO: A experiência envolveu acadêmicas do quinto período do curso de enfermagem da UFAM, em 3 dias de aulas práticas, das 07:00 às 12:00h, em um hospital e pronto-socorro da rede pública em Manaus-AM, no Centro de Material e Esterilização (CME), local definido pela RDC ANVISA 15/12 (BRASIL, 2012) como uma ''unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde'' e duas visitas técnicas, uma no CME de um hospital universitário, e outra à uma empresa processadora. RESULTADOS: A oportunidade de vivenciar o dia a dia de um CME foi importante para a formação das acadêmicas. A seriedade e o cuidado para com o preparo e esterilização do material foi o que mais chamou a atenção, pois o trabalho em CME é um serviço onde tudo procura funcionar como o previsto, seguindo normas e diretrizes, tais como as RDCs, para regulamentar seu funcionamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após essa experiência passa-se a valorizar mais o trabalho do CME e sua importância para o desenvolvimento das atividades em outros setores, pois, sem o material devidamente esterilizado e pronto para uso, não seria possível a realização de uma assistência de qualidade. O enfermeiro tem o dever de se preocupar com a sua equipe, saber dos problemas e encontrar estratégias para modificá-los. A equipe de enfermagem é o espelho do seu enfermeiro coordenador.

2855 COMPREENSÃO DE UM GRUPO DE ADOLESCENTES SOBRE SAÚDE E DOENÇA
TANIA MARIA ASCARI, GICÉLIA PITTIGLIANI JORGE, MARILEI MARIA KIELB, ANDREA NOEREMBERG GUIMARÃES, MARIA LUIZA BEVILÁQUA BRUM

COMPREENSÃO DE UM GRUPO DE ADOLESCENTES SOBRE SAÚDE E DOENÇA

Autores: TANIA MARIA ASCARI, GICÉLIA PITTIGLIANI JORGE, MARILEI MARIA KIELB, ANDREA NOEREMBERG GUIMARÃES, MARIA LUIZA BEVILÁQUA BRUM

A adolescência é uma etapa da vida entre a infância e a vida adulta, marcada pelo desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pela maneira com que o adolescente busca alcançar os objetivos diante das expectativas culturais da sociedade em que vive. Este estudo é um recorte da pesquisa intitulada “Vivências e entendimentos de adolescentes sobre saúde, doença e drogadição” e teve como objetivo elucidar a compreensão de um grupo de adolescentes sobre saúde e doença. Para isso foram entrevistados 30 adolescentes, que participavam do Programa de Oficinas Educativas da Organização Não Governamental (ONG) ‘Verde Vida’, do município de Chapecó (SC) que atua desde 1994, desenvolvendo um trabalho social, educacional e ambiental. A ONG está situada no Bairro São Pedro, onde vivem aproximadamente quinze mil famílias. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo exploratório-descritivo; as informações foram coletadas nos meses de março a maio de 2014 por meio de entrevistas semiestruturadas individuais com perguntas abertas e fechadas; utilizou-se o método de análise temática proposta por Minayo para tratamento dos dados. Foram observadas as exigências éticas e científicas sobre a pesquisa envolvendo seres humanos, conforme a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e aprovado com CAAE Nº 19748614.6.0000.0118. Do total de 30 adolescentes participantes, 19 eram do sexo masculino e 11 do sexo feminino com idade entre 10 a 17 anos. Em relação a escolaridade dos adolescentes, 3% estavam no 5º ano; 17% no 6º ano; 43% no 7º ano; 17% no 8º ano e 7% no 9º ano do ensino fundamental; 13% estavam cursando o 1º ano do ensino médio. A maioria dos adolescentes participantes (58%), eram oriundos de famílias nucleares, morando com os pais e os irmãos, 14% moravam com família extensa ou ampliada, sendo tios, primos e avós, 28% moravam somente com um dos progenitores (monoparental) e metade desse percentual relataram que os pais são separados. A partir da análise dos dados coletados, emergiram três categorias: Saúde e doença como processos biológicos; Causas de danos à saúde: vulnerabilidades sociais e ambientais; e O autocuidado como fator de proteção da saúde e prevenção à doença. Verificou-se que para alguns adolescentes, saúde e doença são definidas como um processo biológico e natural do ser humano, mas que por vezes os processos patológicos aparecem quando o indivíduo descuida de seu estado corporal e sofre influência do ambiente onde vive, ou o estilo de vida inadequado que levam, não favorecem a saúde dos mesmos. Observou-se que os adolescentes, ao discorrerem sobre o assunto, associaram saúde com alimentação saudável, boa higiene corporal e bucal, prática regular de atividades físicas e estar inserido em um meio ambiente saudável. Ao mencionarem a doença, os adolescentes relataram sobre o processo de adoecimento pessoal e familiar. Os adolescentes expressaram sua compreensão sobre as causas de danos à saúde e as vulnerabilidades sociais e ambientais que fazem parte de seu cotidiano; apontaram que as vulnerabilidades se manifestam em violências cotidianas, no contexto familiar, escolar e na própria comunidade. Constatou-se que, para os adolescentes a saúde e a doença são resultantes da ação de inúmeros fatores relacionados ao cuidado de si e as vulnerabilidades à que estes estão expostos, englobando aspectos biológicos, sociais e ambientais. Foi possível evidenciar que os adolescentes têm conhecimento de que a vulnerabilidade social e ambiental, podem ser fatores causadores de doenças, bem como reconhecem que vivenciam essas situações no seu cotidiano. Ficou evidente que alguns adolescentes participantes atribuem ao autocuidado, um conhecimento prévio relacionado com o modo de vida, a educação recebida e a cultura praticada; relacionam o autocuidado com o que aprendem no seu cotidiano; sendo que este aprendizado se dá por meio do conhecimento empírico, com base no que observam e aprendem em casa, com a família e  por vezes associados ao conhecimento científico, aprendido na escola através dos conteúdos trabalhados pelos professores e também em Unidades Básicas de Saúde, por meio de palestras, bem como os meios de comunicação e nas oficinas da ONG Verde Vida.  Contatou-se que os participantes têm prévio conhecimento acerca de alguns cuidados preventivos, e o reconhecimento de que algumas atitudes como o uso abusivo de drogas e álcool, associados ao início da vida sexual precoce, bem como a necessidade de afirmação grupal, envolvendo-se em comportamentos de experimentação arriscada, os torna mais suscetíveis às infecções sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e ao risco de tornarem-se quimicamente dependentes. Nota-se que o cuidado consigo mesmos tem grande influência externa, de onde se pode deduzir que as construções sobre ser saudável ou não, se relacionam diretamente com o conhecimento sobre as práticas e cuidados vivenciados. Desta forma, compreende-se que os adolescentes devem ser incentivados para se tornarem sujeitos ativos de seu próprio cuidado, no entanto, para que este empoderamento aconteça, a educação e prevenção em saúde são necessários. Cabe ressaltar que esse papel de educar para o cuidado de si, tem seu início em casa com a família, na escola, nas Unidades Básicas de Saúde e nesse caso específico no Verde Vida, que têm a missão de estimular e fortalecer o entendimento dos adolescentes como protagonistas de seu autocuidado. Percebe-se a importância de práticas educativas que sensibilizem e fortaleçam os adolescentes no desenvolvimento de hábitos saudáveis. Desta forma, destacamos que esta compreensão dos adolescentes acerca do processo saúde e doença é de grande importância para as ações a serem planejadas e desenvolvidas por meio de diálogos, formação de facilitadores em estratégias de educação e saúde, para que os mesmos encontrem respostas e que tornem o processo uma oportunidade de aprendizado. Constata-se a importância de práticas educativas que sensibilizem e fortaleçam os adolescentes no desenvolvimento de hábitos saudáveis, pois a educação em saúde, se torna ferramenta essencial ao considerar que o adolescente já tem conhecimentos e que, por vezes, este precisa ser trabalhado para assim construir e/ou aprimorar suas práticas.  O enfermeiro tem o papel de instrumentalizar, a partir da individu­alidade de cada adolescente, ou seja, ir além da transmissão de conhecimentos científicos e por vezes, deve compreender a essência da educação em saúde e, desta forma, exercer o cuidado sob o aspecto de uma educação crítica e transformadora favorecendo o bem-estar e contemplando em suas ações, tanto individuais quanto coletivas, as necessidades biopsicossociais específicas dessa população. Neste sentido, o adolescente pode ser protagonista do seu cuidado, quando estabelece vínculos de confiança nos serviços de saúde, por intermédio de uma relação paralela com os profissionais, deste modo vai construindo sua identidade, sua independência e criando autonomia, sendo ele próprio promotor de hábitos saudáveis. Diante disso, acredita-se que este estudo oportunizará aos profissionais que atuam com adolescentes refletirem sobre essa temática, auxiliando-os em suas práticas e ações de cuidado no atendimento a esse público.

2678 CARACTERIZAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FEDERAL DO NORTE DO BRASIL
Dhiuly Anne Fernandes da Silva Pontes, Jouhanna do Carmo Menegaz, Anderson Junior dos Santos Aragão, Victoria Malcher Silva, Nathalia Karen Araújo Martins, Maria Clara Costa Figueiredo, Luciana Cristina Paiva Leal, Thais de Fátima Aleixo Correa

CARACTERIZAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FEDERAL DO NORTE DO BRASIL

Autores: Dhiuly Anne Fernandes da Silva Pontes, Jouhanna do Carmo Menegaz, Anderson Junior dos Santos Aragão, Victoria Malcher Silva, Nathalia Karen Araújo Martins, Maria Clara Costa Figueiredo, Luciana Cristina Paiva Leal, Thais de Fátima Aleixo Correa

Apresentação: A era da globalização exige cada vez mais das organizações, agilidade e otimização dos seus recursos. Para tanto é necessário que haja modernização na dinâmica de trabalho. Deste modo, o cenário atual requer modelos de gestão com mais ênfase nas pessoas, pois organizações são constituídas por grupos de pessoas que se unem em prol de atingir determinados objetivos comuns, ou seja, as pessoas são as principais responsáveis pelos resultados organizacionais. Pensando nas pessoas, mas desta vez não nas que estão dentro da organização, mas as a quem a organização atende, ressalta-se a pertinência de modelos de gestão que também estejam em consonância com as necessidades dos usuários dos serviços públicos, que buscam cada vez mais, qualidade, eficiência e transparência nas ações da Administração Pública. Na perspectiva de oferecer qualidade ao usuário através de um modelo de gestão que enfatiza as pessoas como o principal capital transformador, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), criada em 2011 pelo governo federal, vem modernizando a administração dos hospitais universitários federais, proporcionando ao gestor ferramentas que permitem conhecer o perfil dos servidores, e mediante isso criar estratégias para conduzi-los ao alcance dos objetivos e metas organizacionais. Tais estratégias dialogarão com a introdução da gestão por competências e da educação permanente em saúde.  Nesse contexto, caracterizar a formação e o trabalho dos profissionais é de extrema relevância para o serviço, como um primeiro passo deste processo, pois permite reconhecer elementos do estado atual capaz de orientar a criação de estratégias que visem a construção do comportamento profissional ideal desejado pela a organização e necessário para a execução das funções dos trabalhadores. Neste trabalho apresenta-se a caracterização profissional de enfermeiros, categoria profissional de maciça presença, que atua direta e indiretamente na promoção e recuperação à saúde dos pacientes que necessitam de atendimento nas diversas especialidades oferecidas por um hospital universitário de grande porte. Neste sentido, este trabalho objetiva caracterizar enfermeiros quanto ao tempo de experiência profissional em um hospital universitário federal do norte do Brasil. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de recorte de estudo exploratório com abordagem quantitativa que compõe o macroprojeto intitulado “Gerenciamento em enfermagem: novas abordagens de formação e trabalho em universidade pública e hospitais de ensino”. Dentre os objetivos do projeto destaca-se: caracterizar a formação e trabalho dos enfermeiros e mapear as competências necessárias ao enfermeiro que atua no hospital universitário. A amostra que forneceu dados para a construção deste resumo foi de conveniência, pois o levantamento dos dados aqui apresentados ocorreu durante a construção de um rol de competências.  Quarenta enfermeiros responderam questionário com questões abertas e fechadas no mês de maio de 2017. Foram variáveis de interesse: o tempo de formado e o tempo de atuação como enfermeiro no hospital universitário. Vale ressaltar que no presente estudo utilizou-se a amostra por conveniência, técnica que consiste em selecionar uma amostra do público-alvo da pesquisa que seja acessível, selecionados em decorrência de sua disponibilidade, interesse e aceitabilidade em colaborar com o trabalho cientifico proposto. A análise dos dados empregada foi a estatística descritiva, com cálculos de frequência absoluta e relativa. Resultados: Antes da descrição das variáveis, serão apresentados alguns dados gerais da amostra constituída por 40 enfermeiros, com idade que variou entre 25 a 62 anos. No que concerne ao gênero, 87,5% (35/40) pertenciam ao feminino enquanto que apenas 12,5% (05/40) era masculino. Separando-se a amostra por cargo de atuação no hospital, obteve-se dados referente a enfermeiros assistenciais que representam 75% (30/40) da amostra absoluta, e dados referente à enfermeiros que assumem cargo de gerencias, o equivalente à 25% (10/40) do total absoluto. Referente aos enfermeiros assistenciais, o tempo de formação destes profissionais varia em quatro intervalos: 0-10 anos, 11-20 anos, 21-30 anos e 31- 40 anos, sendo que a proporção de profissionais que se inseriram em cada intervalo foram: 13,33% (4/30); 56,66% (17/30); 13,33% (4/30); e 16,66% (5/30), respectivamente. Destes, 43,33% (13/30) possuíam entre 11-20 anos  de experiência profissional na instituição pesquisada,  sendo que os demais 56,66% (17/30) possuíam tempo de experiência profissional entre os intervalos 0-10 anos, 21-30 anos e 31-40 anos, distribuídos em termos quantitativos em 33,33% (10/30), 16,66% (05/30) e 6,66% (02/30), nessa ordem. Para análise dos enfermeiros gerentes seguiu-se a mesma distribuição de intervalos de tempo anterior: 0-10 anos, 11-20 anos, 21-30 anos e 31- 40 anos, sendo o quantitativo proporcional inserido em cada intervalo equivalente a: 10% (1/10), 40% (4/10), 40% (4/10) e 10% (1/10), nesta ordem. Em termos de experiência profissional na instituição, 50% (5/10), 40% (4/10) e 10% (1/10) referiram possuir entre: 11-20 anos, 21-30 anos e 0-10 anos de experiência, respectivamente. Considerações Finais: Os dados relativos à caracterização profissional dos enfermeiros de um hospital universitário federal revelam população heterogênea em relação a idade, com predominância de profissionais do gênero feminino. Ao analisarmos o tempo de formação profissional observamos que o de enfermeiros gerenciais estão formados a mais tempo quando comparados aos enfermeiros assistenciais, visto que apenas 29,99% (9/30) dos enfermeiros assistenciais possuem mais de 20 anos desde sua última formação, valor numérico que se eleva para 50% (5/10) quando referente aos enfermeiros gerenciais. Quando comparamos o tempo de experiência profissional na instituição nota-se que 66,66% (30/30) dos enfermeiros assistenciais possuíam mais de 10 anos de experiência,  valor quantitativo ainda menor quando confrontado com o obtido dos enfermeiros gerenciais, nos quais apenas 90% (09/10) possuem mais de 10 anos de serviços prestados na área de atuação no hospital em questão. Nesse âmbito, vale ressaltar que é através da formação acadêmica e profissional somada à experiência profissional na instituição que o indivíduo como pessoa e profissional irá desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para se prestar assistência de qualidade aos usuários e/ou criar um ambiente propício para o exercício da enfermagem. Desse modo, no âmbito das competências exercidas pelos enfermeiros, a pesquisa em questão possui grande relevância no que tange ao gerenciamento do capital humano, ao pensar nas pessoas, tanto interna da organização, como as que a organização atende, visto que proporciona um norte que irá subsidiar o aprimoramento da gestão de qualidade por meio de estratégias que perpassaram pela introdução e aplicação da gestão por competências e da educação permanente em saúde.