269: A formação disciplinar em discussão II
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 12 - Pavulagem    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
1815 Um problema que pode ser evitado: Suicídio.
Juliana Farias Vieira, Tayana de Sousa Neves, Ana Dirce Ferreira de Jesus, Nathaly da Silva Freitas, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Zaline de Nazaré Oliveira de Oliveira

Um problema que pode ser evitado: Suicídio.

Autores: Juliana Farias Vieira, Tayana de Sousa Neves, Ana Dirce Ferreira de Jesus, Nathaly da Silva Freitas, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Zaline de Nazaré Oliveira de Oliveira

Apresentação: A saúde mental está interligada ao bem estar geral do indivíduo, sendo os problemas sociais e biológicos um dos principais motivos que interferem na mesma. A sociedade de modo geral está adoecendo pelo cansaço, desemprego, renda financeira baixa, egresso precoce em ensino superior, doenças crônicas e terminais entre outros fatores de desgaste emocional e psicológico. O objetivo do relato é descrever a importância da educação em saúde acerca do problema que é o suicídio. Desenvolvimento do trabalho: O trabalho é caracterizado como descritivo do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa e reflexiva. A experiência ocorreu no período de setembro de 2017 através de aulas práticas da disciplina de enfermagem comunitária I do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará campus XII em uma escola pública do município de Santarém, no qual foi abordado o tema suicídio relacionado ao setembro amarelo através de metodologias ativas pelas acadêmicas e monitora da disciplina com o intuito de ministrar de forma reflexiva o conteúdo aos estudantes. Resultados: foi evidenciada uma expressiva participação do público de estudantes quando questionados sobre os motivos que levam ao suicídio e principalmente a participação dos mesmos diante da interpretação que eles obtinham do tema abordado, do mesmo modo a análise da sociedade atual e o acúmulo de atribuições destinadas ao ser humano para alcançar o seu sucesso dentro de todos os aspectos foram questões importantes para reflexão do público ouvinte. Considerações Finais: A educação em saúde foi de suma importância, pois enfatizou um tema que precisa ser abordado em diversos públicos proporcionando uma atenção maior para os sintomas que antecedem ao suicídio, como também a procura de ajuda profissional. Portanto, o objetivo da educação em saúde foi alcançado através da orientação do tema aos ouvintes e participação dos mesmos através de dinâmicas que reforçavam a importância de se dialogar sobre os problemas que mais afligem o ser humano.

4022 O Ensino da Bioética como tema transversal: Um olhar para a graduação em Enfermagem no RJ
Camila de Oliveira Santos, Lilian Koifman

O Ensino da Bioética como tema transversal: Um olhar para a graduação em Enfermagem no RJ

Autores: Camila de Oliveira Santos, Lilian Koifman

Este é um resumo de projeto do curso de doutorado em ética, bioética e saúde coletiva do programa em associação a uerj, uff, ufrj e fiocruz (PPGBIOS). Os objetivos da pesquisa são: Geral:- Verificar como está acontecendo o ensino da ética e da bioética nas graduações de enfermagem no Rio de Janeiro, no âmbito das universidades públicas e privadas. Específicos:-Identificar nos Projetos Político de Curso de graduação em enfermagem as disciplinas de ética e bioética;Analisar a forma que está ocorrendo o ensino das disciplinas e como aparecem na grade curricular; Propor estratégias para o ensino da ética e da bioética de forma transversal na graduação em enfermagem; Comparar o ensino da ética e da bioética nas universidade públicas e privadas no RJ. Este estudo caracteriza-se como qualitativo. Os cenários escolhidos para realizar a pesquisa foram as quatro Universidades públicas localizadas no RJ  que possuem o curso de graduação em enfermagem, e quatro universidades particulares. Os participantes da Pesquisa serão os coordenadores dos cursos de graduação em enfermagem, e docentes das disciplinas de ética e bioética, independente da titulação stricto sensu, mestrado ou doutorado, do turno de atuação; que tenham pelo menos dois anos de experiência na docência superior para profissionais da saúde. O desenho do estudo caracterizar-se-à como pesquisa documental. Em um segundo momento, será feita entrevista semi-estruturada com os coordenadores e docentes pré-selecionados. No terceiro momento faremos a análise de dados utilizando a técnica da Análise temática proposta por Bardin (2003).            

4031 A DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS E SEU IMPACTO NA FORMAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Luciana Costa Pinto da Silva, João Ricardo Rodrigues Maia, Ronaldo Almeida Lidório Júnior, Ana Carolina Queiroz Candido da Silva, Lorena Praia de Souza Bezerra, Vitória Jen, Lucas Edwardo de Souza e Silva, Legildo Soares Liberato Neto

A DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS E SEU IMPACTO NA FORMAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Autores: Luciana Costa Pinto da Silva, João Ricardo Rodrigues Maia, Ronaldo Almeida Lidório Júnior, Ana Carolina Queiroz Candido da Silva, Lorena Praia de Souza Bezerra, Vitória Jen, Lucas Edwardo de Souza e Silva, Legildo Soares Liberato Neto

Apresentação e objetivo: A disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) na graduação de medicina da Universidade Federal do Amazonas busca, por meio de aulas expositivas e metodologias inovadoras, ensinar o conteúdo proposto e, mais do que isso, humanizar e inserir os alunos na realidade de saúde pública amazonense. Assim, durante o segundo semestre de 2017 as turmas práticas sob responsabilidade do médico infectologista João Ricardo foram capazes de compreender, memorizar e aplicar conhecimentos adquiridos relacionados à antibioticoterapia e ao manejo de doentes graves em um hospital de referência na capital. Descrição da experiência: Foi proposto aos acadêmicos de medicina do 6º período pelo professor João Ricardo, em suas aulas práticas da disciplina de DIP, o uso de uma metodologia de ensino por ele desenvolvida. Nesta, a antibioticoterapia e o manejo de doentes graves, como hepatopatas crônicos, são discutidos contextualizados a uma aplicação prática, abordando suas dificuldades e desafios através da criação de gráficos, fluxogramas e métodos de memorização e consolidação do conhecimento. As aulas ocorriam em um hospital de referência em doenças tropicais, onde o conteúdo teórico era ministrado, os gráficos criados e as dúvidas sanadas, sendo em seguida aplicados a casos clínicos do mesmo hospital. Dessa maneira, os alunos foram capazes de discutir a indicação de cada terapia e manejo do doente, sugerindo condutas e analisando parâmetros funcionais. Além disso, o contato com pacientes do hospital e suas histórias de vida permitiu a integração com a população usuária do Sistema Único de Saúde, aproximando os acadêmicos da realidade amazonense e reforçando os princípios de integralidade, equidade e universalidade. Vale ressaltar que as discussões científicas muitas vezes transcendiam as paredes do hospital e não ficavam restritas ao conteúdo da disciplina, visto que o professor apresentou aos alunos vários casos emblemáticos de suas experiências no interior do estado do Amazonas, de forma a complementar o conteúdo ministrado. Ao final do período letivo foi proposta a criação de uma apostila individual, contendo gráficos, fluxogramas e anotações de cada aluno, a fim de refletir a assimilação do conteúdo ministrado e servir para consulta no futuro. Resultados: Verificaram-se as propostas da disciplina e do professor, integrando ensino, cuidado e pesquisa, aproximando os acadêmicos da realidade local e preparando os futuros médicos para lidarem com os desafios de sua profissão, além de habilitá-los ao uso racional de antibióticos  e a discutir cientificamente casos clínicos e suas problematizações. Ademais, o aproveitamento da disciplina foi incrivelmente satisfatório, uma vez que a correlação teórico-prática e a criação de meio livre para discussões e sugestões permitiram o crescimento pessoal e intelectual de cada um dos envolvidos. Considerações finais: A metodologia de ensino empregada na disciplina de DIP participou de maneira significativa na formação acadêmica dos alunos da Universidade Federal do Amazonas, pois dependeu também da discussão de ética, profissionalismo, humanização e aprimoramento contínuo por parte de cada um, buscando a excelência e reforçando o compromisso da profissão.

4193 Especialidade clínica como promotora de autonomia em estudantes de medicina na cidade de Manaus.
Luana Sanches da Costa, Luciana Mendes dos Santos, Juliana Rabelo Balestra, Mariana Borges Dantas, Marineide Santos de Melo, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Izaias Gomes da Silva Junior, Elyson Enrique Campos de Moraes

Especialidade clínica como promotora de autonomia em estudantes de medicina na cidade de Manaus.

Autores: Luana Sanches da Costa, Luciana Mendes dos Santos, Juliana Rabelo Balestra, Mariana Borges Dantas, Marineide Santos de Melo, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Izaias Gomes da Silva Junior, Elyson Enrique Campos de Moraes

Apresentação: Com o intuito de potencializar o encontro entre a educação e a saúde na formação profissional e no desenvolvimento do trabalho em saúde, as especialidades clínicas presentes na graduação médica devem ter o papel de integrar o acadêmico ao campo do ensino, do serviço e da comunidade, seja por meio da produção de saúde seja por meio do conhecimento científico. Objetivo: A disciplina de Dermatologia Clínica da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) buscou tornar o graduando protagonista do seu próprio mecanismo de aprendizagem acerca de problematizações em saúde e ao cuidado em saúde, através da confecção de um portfólio como ferramenta avaliativa no processo de ensino-aprendizagem, permitindo, dessa forma, que o mesmo faça uma reflexão crítica sobre os conteúdos abordados ao longo das atividades. Descrição da experiência: A disciplina de Dermatologia propôs, por meio de 12 atividades práticas no segundo semestre de 2017, a um grupo de 18 acadêmicos do 5º período da Faculdade de Medicina da UFAM, a construção de problemáticas referente à clínica em questão e ao cuidado do doente, por meio da produção individual de relatos acerca de cada paciente atendido, produzindo, desse modo, uma reflexão resolutiva baseada na coleta de dados e história clínica do doente, exame físico e abordagem dos médicos ali presentes, sendo todos devidamente documentados na forma de portfólios, apresentados de maneira mensal a uma das professoras responsável pela disciplina. Resultados: Assim, a disciplina junto à Universidade, possibilita aos estudantes a autonomia para a produção de conhecimento, objetivando, desse modo, a capacitação intelectual, técnica e coletiva para realização de um serviço de saúde cada vez mais ampliado no âmbito do cuidado em saúde e transformando o acadêmico cada vez mais atuante acerca do seu próprio aprendizado médico. Considerações finais: A disciplina cumpriu com o papel de fazer a conexão entre o ensino teórico e prático, contemplando, além do conhecimento, o serviço em saúde pública e a comunidade. Dessa forma, se todas as clínicas médicas na graduação pudessem exercer esse tipo de habilidade, seria muito mais provável que produziríamos profissionais cada vez mais habilitados e críticos quando ao ensino e ao serviço de saúde no país, sobretudo, na cidade de Manaus.

5072 As dificuldades no processo ensino-aprendizagem na disciplina de Bioquímica no curso de Enfermagem: Um relato de experiência.
Carla Daniella Soares Santiago, Roseane Pereira de Sousa Beltrão

As dificuldades no processo ensino-aprendizagem na disciplina de Bioquímica no curso de Enfermagem: Um relato de experiência.

Autores: Carla Daniella Soares Santiago, Roseane Pereira de Sousa Beltrão

Apresentação: Os primeiros períodos nos cursos da área da saúde, entre eles o curso de graduação em Enfermagem, possuem uma matriz curricular que abrange as disciplinas bases das ciências biológicas. Essas matérias são de suma importância, pois é por meio desse conhecimento que o enfermeiro em formação irá adquirir embasamento teórico para entender o resultado das técnicas aprendidas. Por meio da aprendizagem de disciplinas como Anatomia, Citologia, Fisiologia, Embriologia e Bioquímica que o acadêmico poderá compreender os processos fisiológicos que ocorrem no corpo humano, permitindo que o mesmo identifique e trate dos desiquilíbrios que por vezes geram patologias, e identifique a dinâmica do tratamento. No entanto, é comum que haja uma dificuldade na assimilação desses conteúdos base pela parte do acadêmico, sobretudo na disciplina de Bioquímica, considerada a que possui os conteúdos mais complexos. Por vezes, essa dificuldade poderá afetar a formação do profissional da enfermagem e de outros cursos da área da saúde, haja vista que Bioquímica é de grande importância para disciplinas como Farmacologia, a qual, por sua vez, é essencial para a formação do acadêmico. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo relatar os principais motivos da dificuldade no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Bioquímica, no curso de enfermagem e relacionar tais motivos.   Métodos Trata-se de um estudo descritivo, em formato de relato de experiência, elaborado no contexto da disciplina de Bioquímica, ministrada durante do 2º (segundo) período do curso de Enfermagem, na Universidade Federal do Amazonas. A disciplina tem como objetivo abordar o estudo das principais biomoléculas, sua importância para a vida humana e, principalmente, as suas funções metabólicas, além dos processos químicos nos quais estão envolvidos. A carga horária da disciplina consiste em 90 horas, divididas em 60 horas de aulas teóricas e 30 de práticas. As aulas teóricas eram do tipo tradicional, nas quais os conteúdos eram apresentados e explicados; nas aulas práticas o assunto era fixado por meio de demonstrações e procedimentos em laboratório. Durante o desenvolvimento da disciplina, ministração das aulas, aplicação das avaliações e por meio da observação da relação dos demais acadêmicos em relação a matéria, foi possível perceber quais eram as principais dificuldades em relação a captação dos conteúdos, e como essas estavam relacionadas e agravavam a condição de assimilação dos conteúdos por parte dos alunos. Resultados e discussões No decorrer das aulas ministradas, diversos motivos pelos quais a disciplina de Bioquímica é considerada uma matéria complexa foram identificados. O primeiro deles está relacionado ao fraco e superficial conhecimento de matérias inerentes ao ensino médio, como Biologia e Química, as quais servem como ponto de partida para a aprendizagem de novos conteúdos. Muitos desses assuntos não são aprofundados antes do ingresso no ensino superior e, ao fazê-lo, o indivíduo depara-se com um ambiente novo, do qual possui pouca ou nenhuma informação. Tais fatos deixam o acadêmico em desvantagem em relação a matéria, haja vista que no ambiente universitário não é possível realizar um nivelamento, devido ao tempo limitado que é suficiente apenas para os assuntos da matéria. Dessa forma, as aulas vão se aprofundar no conhecimento que se espera que o acadêmico possua, como conceitos básicos, princípios químicos, entre outros. Com a ausência desses conteúdos, torna-se difícil para o aprendizado de novos conceitos, e, dessa forma, apenas se acumulam mais dúvidas acerca da matéria. Em segundo lugar, a dificuldade e complexidade dos conteúdos de Bioquímica prejudicam o processo de aprendizagem do aluno. É comum, ao adentrar no curso de Enfermagem, ouvir a respeito da disciplina, como essa sendo uma das mais difíceis de aprender e obter a aprovação. De fato, a Bioquímica possui de grande complexidade por não possuírem um caráter meramente decorativo, mas trata-se de uma disciplina que aborda temas que servem para a compreensão dos processos fisiológicos humanos. Dessa forma, não basta somente decorar as reações e enzimas presentes, por exemplo, no ciclo de Krebs, mas faz-se necessário compreender o porquê de cada reação, o significado de cada uma, além da importância de cada enzima presente e o resultado do seu excesso ou ausência. Com o entendimento do que ocorre na unidade microscópica da célula, o enfermeiro e demais profissionais da área da saúde serão capazes de identificar as alterações em seus pacientes, e a partir disso deduzir suas causas, tendo como base seus conhecimentos em bioquímica. Além disso, o processo de ensino-aprendizagem, para ser eficaz, deve possuir um caráter pedagógico. O aluno, diante de termos de cunho técnico encontrados em livros e durante as aulas teóricas, não capta por completo o que está sendo transmitido, por conta do pouco conhecimento que possui. O ato de ensinar deve estar pautado em uma estratégia pedagógica eficaz, apropriada ao público-alvo, para o melhor aproveitamento, tanto para o que transmite como para o que recebe a informação. Considerações Finais A Bioquímica não se trata de uma matéria que será estudada pelo acadêmico durante o curso e após o término a deixa de lado. Pelo contrário, diz respeito a uma disciplina que o acompanhará durante toda sua vida profissional, como a base para que possa compreender os processos patológicos e a maneira que esses serão tratados. Dessa forma é indispensável que tal disciplina seja assimilada de forma satisfatória, apreendida pelo estudante, não somente no período em que é cursada, mas que permaneça como base para o aprendizado de outros conteúdos. Com este relato é possível observar que a dificuldade no processo de aprendizado da disciplina nos remete ao período pré-universitário, pelo ensino superficial oferecido em muitas instituições de ensino médio. Nesse caso, o acadêmico deve buscar esses conteúdos que lhe faltam e serão essenciais durante sua formação. Acima de tudo, deve-se desmistificar a Bioquímica como uma disciplina “impossível” de se aprender. Fato é que existem as dificuldades e que se trata de uma matéria complexo e de conteúdo extenso, mas na busca por reparar tais dificuldades, descobrir-se-á uma matéria de grande importância e com muitos conteúdos interessantes que enriquecerão o conhecimento do acadêmico em sua formação profissional.  

5083 Curso de Suturas do Programa de Aprimoramento em Cirurgia e Experimentação Animal como um contato inicial de práticas cirúrgicas
Isadora Gomes Mesquita, Ana Julia Wollinger Berri, Amanda Barbosa Hossaka, Evandro Aulice de Peder Junior, Julia Costa Justo, Juan Eduardo Rios, Matheus Felipe Ketes Bergamin

Curso de Suturas do Programa de Aprimoramento em Cirurgia e Experimentação Animal como um contato inicial de práticas cirúrgicas

Autores: Isadora Gomes Mesquita, Ana Julia Wollinger Berri, Amanda Barbosa Hossaka, Evandro Aulice de Peder Junior, Julia Costa Justo, Juan Eduardo Rios, Matheus Felipe Ketes Bergamin

O PACEA: Programa de Aprimoramento em Cirurgia e Experimentação Animal da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas - UFAM realiza semestralmente o Curso de Suturas a fim de disponibilizar a comunidade acadêmica o aprendizado de temas que envolvam situações dentro da teorias e práticas cirúrgicas. Para isso é reservado três dias que envolve a realização de palestras teóricas por médicos convidados pelos integrantes do PACEA, em que alguns temas são: Assepsia, Antissepsia e Paramentação; Tipos de Feridas; Anestésicos Locais; Fios de Sutura; Instrumentos Cirúrgicos e Suturas Contínuas Descontínuas. As escolhas dos temas são apropriadas e selecionadas de acordo com o que será colocado em prática no último dia de curso e assim poder contribuir como embasamento teórico para os estudantes que optaram por participar. No último dia, que é reservado para as práticas, o laboratório de Técnicas Cirúrgicas da faculdade é separado em estações práticas, os estudantes são divididos em grupos e distribuídos por essas estações e assim cada uma tem um objetivo: desde realizar degermação, reconhecer instrumental cirúrgico, aprender aplicar anestesia até realizar as suturas e suas diferentes técnicas em língua de boi, materiais esses fornecidos pelos próprios organizadores do Programa, que também inclui fios, agulhas, luvas, propés, máscaras e capotes. O principal público-alvo de tal curso atingido é principalmente estudantes do primeiro ao terceiro período de diferentes universidades de medicina, mesmo que ele seja aberto para estudantes de todos os períodos. O que se viu com a organização do Curso de Suturas é que os participantes se sentiram muito satisfeitos ao final do mesmo, visto que ele é uma oportunidade de entrar em contato com a Prática Médica no âmbito cirúrgico desde o começo da graduação, já que o ciclo básico não possui disciplinas que os integram nessa área. A disciplina de Técnicas Operatórias, na UFAM, é vista apenas ao final do 2º ano de faculdade e a mesma muitas vezes dá a oportunidade de trabalhar somente com suturas em panos, diferente da proposta do Curso de Suturas. E ao chegar no 4º período, aqueles que participaram percebem que há discrepância entre aprender a suturar nesses diferentes materiais, dando mais fidelidade aquelas suturas realizadas na língua de boi. Além disso, há uma maior facilidade, desses participantes, em executar os diferentes tipos de suturas em relação aos acadêmicos que estariam vendo pela primeira vez na disciplina da universidade. E por fim, o foco do Curso não se resume apenas nas técnicas em si, mas em que situações as utilizar e o porquê, além de ensinar cálculos de anestesia, degermação correta, como calçar luva e o que se espera encontrar dentro de uma sala de cirurgia. Do ponto de vista dos membros ativos do projeto, que supervisionam e possuem um papel fundamental no último dia do curso, tem a oportunidade de rever um conteúdo básico, sendo munição que permite a correção de erros que possa ter passado despercebido, além de contribuir nas habilidades didáticas uma vez que ficam responsáveis por sanar dúvidas dos menos experientes.

492 RELEVÂNCIA DA DISCIPLINA SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM
Antônio Sávio Inácio, Maria Raika Guimarães Lobo

RELEVÂNCIA DA DISCIPLINA SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores: Antônio Sávio Inácio, Maria Raika Guimarães Lobo

Apresentação: A humanidade tem acumulado, através dos séculos, uma gama de conhecimentos, possibilitando progresso técnico-científico. Atualmente, acredita-se que essa evolução ocorra quando há reflexão crítica sobre o passado e flexibilidade para mudanças. (1) Tais fatores são frequentes no processo de formação acadêmica em Enfermagem, e são instigados e levados a discussão sempre que possível no decorrer das aulas na disciplina de Semiologia e Semiotécnica. A inserção da disciplina de Semiologia e Semiotécnica nos cursos de enfermagem tornou-se obrigatória com a reestruturação curricular ocorrida no ano de 1994, proposta por meio da portaria nº1721 de 15 dezembro de 1994, a qual pode abordar conteúdos específicos ou integrar-se a outras disciplinas, de acordo com a necessidade e realidade de cada curso onde estiver inserida. Tal disciplina possibilita o desenvolvimento de habilidades na execução de procedimentos teórico-práticos, necessários à assistência de enfermagem, com foco ao indivíduo, família e comunidade, sendo de fundamental importância para o desenvolvimento das atividades de enfermagem. (2) A semiologia constitui o cerne do curso, caracterizando-o como momento ímpar de construção de uma teoria/prática capaz de preparar os enfermeiros para o cuidado humanístico. (1) Os desafios relacionados à educação para o século XXI nos remetem a uma preocupação, na qual o docente deve constantemente repensar, reavaliar, e reconstruir sua prática pedagógica, refletindo, criticamente, acerca do processo educativo, tendo o educador e o educando um papel ativo. (3) Desse modo, é preciso reconhecer que o ensino necessita da interação entre os protagonistas estudante/professor. O docente de disciplina introdutória deve estar preparado para acolher o estudante e ajudá-lo a superar suas dificuldades, vencer seus medos, amortecer os impactos neste momento de situação estressante e de riscos e muitas vezes de decisão em relação a sua própria profissão. (3) Objetivo: Relatar a experiência acadêmica em Enfermagem sobre a disciplina de Semiologia e Semiotécnica e sua relevância no processo de formação acadêmica e profissional do discente de Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência que permite a descrição de experiências vivenciadas de natureza qualitativa. O mesmo foi realizado com base nas experiências de discente da disciplina de Semiologia e Semiotécnica para Enfermagem no período de fevereiro a julho de 2016. Resultados: Acreditamos como acadêmicos que existem dois pontos fundamentais no sucesso da formação acadêmica, o primeiro seria a qualidade e a absorção eficaz do conteúdo teórico/prático, o segundo ponto é a relação de confiança entre docente e discente, tais fatores são importantíssimos no crescimento do aluno. Observa-se, que a relevância da disciplina para o curso de enfermagem é ressaltada por todos os docentes envolvidos, ainda, como suporte para a assistência de enfermagem abordada em disciplinas posteriores. Para tanto, o docente deve buscar novas estratégias de ensino que despertem a consciência crítica no aluno, privilegiando situações de aprendizagem e que possibilitem atitudes criativas, críticas e transformadoras. (1) Neste momento, a qualidade da didática em sala de aula é primordial. Desta forma, os professores de disciplinas que introduzem o estudante de Enfermagem na prática clínica devem ter uma maior sensibilidade para entender as dificuldades e também os sentimentos que o estudante iniciante apresenta ao desenvolver seus primeiros procedimentos, a fim de não bloqueá-lo e sim torná-lo um sujeito ativo do processo ensinar/aprender.(3) É nesse contexto que se faz imprescindível a boa relação entre os dois protagonistas do processo ensino/aprendizagem, professor e aluno devem trabalhar juntos, pois ambos são reflexos um do outro. Ressaltamos que um gesto do professor pode levar à autoconfiança ou insegurança do estudante, e na formação docente não devemos nos preocupar apenas com a repetição mecânica do gesto, mas também compreender o valor dos sentimentos, quando substituímos a insegurança e o medo pela segurança e a coragem.(3) No nosso entendimento, todos os professores e especificamente os de disciplinas introdutórias do curso, como Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem, precisam ser acolhedores, ter paciência pedagógica com seus estudantes, ter amorosidade nas relações educativas, enfim, ter um envolvimento apaixonado com o processo ensinar/aprender. Vale ressaltar que esses estudantes, em suas primeiras experiências com o cliente, apresentam tremores, palidez, sudorese, pele fria e úmida, muitas vezes desmaio, choro e descontrole emocional, expressados pelos sentimentos de medo, insegurança, ansiedade, angústia. Alguns referem distúrbios intestinais e urinários como diarreia e polaciúria; outros se recusam a realizar os procedimentos, (3) e a sensibilidade do professor é fator determinante no desenvolvimento deste aluno. Neste contexto, as aulas práticas no curso de graduação em enfermagem, sejam em laboratórios ou em unidades de saúde, são instituídas como maneira de quebrar a resistência inicial, o tornar essa experiência em algo natural e cotidiano para o discente. Desta forma, visam subsidiar a formação profissional através da construção diária de práticas que culminam com o enfrentamento de problemas e tomada de decisões que estimulam o desenvolvimento de um profissional crítico-autônomo- reflexivo.(2) As aulas práticas proporcionam o aperfeiçoamento do potencial acadêmico, bem como, das habilidades técnicas de enfermagem, desenvolvendo a destreza manual, a segurança, a ética, a capacidade de observação, conhecimento, maior afinidade como o manuseio de materiais/equipamentos, memorização dos conteúdos estudados, do conhecimento adquirido durante o ensino em sala de aula, correlacionando assim, a teoria com a prática. E, desta forma tornando os acadêmicos mais confiantes ao entrar em contato com o paciente, durante as aulas teórico-práticas e estágio nas instituições de saúde, como hospitais, unidades de saúde, clínicas, ambulatórios e demais serviços.(4) Em virtude do que foi mencionado e confirmado por meio da literatura, constata-se a evidente importância da disciplina de Semiologia e Semiotécnica na formação profissional, seja ela derrubando barreiras e medos do aluno, como o fazendo conhecer realmente a profissão escolhida, projetando o futuro que terá dentro da Enfermagem, A disciplina propõe a mudança, promove o crescimento e desenvolvimento do aluno, mas cabe a cada um buscar por êxito e sucesso, conforme já citado anteriormente com o apoio do quadro docente e disponibilidade para aprendizagem a qualidade acadêmica e profissional deixa de ser fator determinante e torna-se apenas uma consequência do trabalho realizado. Considerações Finais: Conclui-se desta forma, o estudo com um saldo positivo em relação à relevância da disciplina no processo de crescimento acadêmico e profissional, onde se acredita que a mesma é pilar essencial na formação do Enfermeiro, e na descoberta de suas reais intenções com a profissão, compreende o momento acadêmico onde entendemos de verdade o que é a Enfermagem e se realmente queremos segui-la, nos põem frente a frente com o paciente e nos convida a libertarmos de nossos medos e inseguranças por meio do contato com o paciente leito a leito.  Referências: 1- Dias MSA, Machado MFAS, Silva RM, Pinheiro AKB. Vivenciando uma proposta emancipatória no ensino de semiologia para a enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2003 maio-junho; 11(3):364-70. 2- Carvalho, IS et al.  Monitoria de Semiologia e Semiotécnica para a Enfermagem: um relato de experiência. Rev Enferm UFSM 2012 Mai/Ago;2(2):464-471 3- Gomes, CO e Germano, RM. Processo ensino/aprendizagem no laboratório de enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem 2007;28(3):401-8. 4- Schmitt, MD et al. Contribuições da monitoria em Semiologia e Semiotécnica para a formação do enfermeiro: relato de experiência. Universidade do Estado de Santa Catarina, 2015.

523 Viagem educacional e oficinas temáticas como estratégia de formação interdisciplinar em Psicofarmacologia numa perspectiva clínica
Mússio Pirajá Mattos

Viagem educacional e oficinas temáticas como estratégia de formação interdisciplinar em Psicofarmacologia numa perspectiva clínica

Autores: Mússio Pirajá Mattos

Apresentação: O desenvolvimento de experiências interdisciplinares no processo ensino-aprendizagem implica em romper hábitos e acomodações e contribuem para uma formação mais crítica, humanística, criativa e reflexiva que permite formar estudantes que aprendam a correlacionar teoria e prática. O enfoque interdisciplinar possibilita maior significado em relação aos conteúdos teóricos contribuindo para uma formação mais consistente e responsável para os desafios cotidianos. As obras cinematográficas permitem a aprendizagem baseada na análise crítico-reflexiva através das emoções e as oficinas temáticas visam potencializar as habilidades voltadas a criação e difusão de instrumentos de suporte didático-pedagógico ao processo de ensino-aprendizagem. Objetivo: Relatar a experiência do uso da viagem educacional e oficinas temáticas na disciplina Psicofarmacologia Clínica para o curso de Psicologia de forma interdisciplinar e inovadora. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência sobre a utilização da viagem educacional e oficinas temáticas como ferramentas no processo de formação interdisciplinar em saúde. Foram utilizados disparadores que nortearam as atividades antes da exibição dos filmes como: Quais os principais aspectos clínicos observados? Como podemos avaliar a relação dos familiares com o paciente? Como podemos observar o cuidado humanizado? Como o profissional deveria agir para resolução das necessidades de saúde dos pacientes? Como podemos avaliar a relação com as equipes de saúde? Qual o significado do título do filme? Quais os principais aspectos éticos envolvidos? Quais os principais aspectos sociais, culturais e tecnológicos envolvidos? Qual abordagem interdisciplinar poderia ser desenvolvida para ampliar o cuidado ao paciente? No final foram realizados discussões entre os educandos e o professor responsável, visando mediação e esclarecimento das situações. Os educandos, também, foram instruídos a confeccionar instrumentos didático-pedagógicos que auxiliassem na compreensão da Psicofarmacologia Clínica e apresentarem esses materiais em oficinas que permitiram extrapolar essa atividade de extensão para estudantes, docentes, profissionais da saúde e comunidade. As oficinas temáticas possibilitaram a produção de materiais relacionados à Doença de Parkinson, Depressão, Alzheimer, Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, Esquizofrenia e Drogas de abuso. Os materiais construídos foram: Banners, folders, caixas de medicamentos, cápsulas de isopor, neurônios em biscuit demonstrando uma situação normal e patológica, alimentos protetores do sistema nervoso, jogo da memória, material educativo, brindes temáticos e teatro para identificação dos sintomas relacionados aos transtornos mentais. Impactos: As obras cinematográficas permitiram ampliar a relação ensino-aprendizagem com disparadores que contribuíram com debates, reflexões e discussões que abordaram aspectos culturais, tecnológicos, fisiopatológicos, farmacológicos e sociais, além da abordagem familiar, humanização e aplicabilidade da clínica numa perspectiva ampliada. As oficinas temáticas permitiram o desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas com o compartilhamento de ideias, trabalho em equipe, aproximação da realidade, além de despertar a capacidade de planejamento e execução. Considerações finais: Os educandos mostraram-se satisfeitos e relataram a importância da vivência do tripé ensino-serviço-comunidade para o desenvolvimento da aprendizagem. A utilização da viagem educacional e oficinas temáticas associado a conteúdos teóricos foi uma forma de sofisticar a abordagem pedagógica, sendo importantes recursos para ampliar o conhecimento de maneira interdisciplinar e que motivou os educandos a trabalharem com problemas reais, criatividade e compromisso.

2504 A importância da disciplina Língua Brasileira de Sinais na matriz curricular do curso de Enfermagem da UEA
Andreza Ramos Bessa Dantas, Nany Camila Sevalho Azuelo, Marcos Roberto dos Santos

A importância da disciplina Língua Brasileira de Sinais na matriz curricular do curso de Enfermagem da UEA

Autores: Andreza Ramos Bessa Dantas, Nany Camila Sevalho Azuelo, Marcos Roberto dos Santos

Apresentação A comunicação é essencial na vida do ser humano. Quando se trata de ambientes da saúde e profissionais que lidam em seu cotidiano diretamente com pacientes, essa necessidade é primordial para o bom desenvolvimento do trabalho e o bem estar do paciente. Desta forma, se faz necessário que o profissional, principalmente o assistencial, já saia do seu processo de formação acadêmica preparado para prestar seus serviços a todo tipo de público com todas as suas diversidades, tendo em vista as diretrizes do SUS, o qual é necessário que haja um atendimento integral, universal e com equidade. Tais reflexões se potencializaram durante a disciplina optativa de Língua Brasileira de Sinais (Libras), na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a qual possibilitou aos discentes do curso indagações sobre como o acesso à saúde está sendo ofertado aos cidadãos surdos no Amazonas, pois, de acordo com os dados do IBGE de 2010 o número de pessoas surdas e que apresentam déficits de audição neste Estado é de 132.958. Por ser uma parcela expressiva da população amazonense e pelo fato das políticas de inclusão social também estarem sendo muito impulsionadas, este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão sobre a importância da Libras no contexto educacional da saúde, bem como o impacto da aquisição dessa língua na relação paciente e enfermeiro. Este trabalho se trata de uma revisão bibliográfica com abordagem qualitativa, pois é possível estabelecer o diálogo do fenômeno observado com o conhecimento científico à partir de dados imensuráveis. Desenvolvimento Já é histórica a dificuldade dos surdos de se inserirem na sociedade e desenvolverem uma rotina normal, nem sempre foram concebidas como cidadãos. Na Antiguidade (4000 a.C a 476 d.C) os surdos eram segregados por serem considerados defeituosos, não se encaixando nos padrões que a sociedade estabelecia, pois havia muitas batalhas para conquista de territórios e, as crianças surdas eram sacrificadas pois nada poderia ser esperado delas.  Durante a Idade Média (476 d.C a 1453 d.C) havia a concepção de que todos eram criação de Deus, logo os surdos eram rejeitados por não conterem o estereótipo de perfeição divina, sendo então considerados pecadores que jamais poderiam se remir de seus pecados por não conseguirem se confessar. Já na Idade Moderna (1453 a 1789) houve uma evolução na educação onde havia a necessidade de compreensão da Bíblia para obterem a salvação. Os monges beneditinos foram incumbidos da missão de educar os surdos para estes receberem a salvação, assim, os surdos começaram a ser mais incluídos na sociedade. Diferente da Idade Moderna, a Idade Contemporânea (1789) relaciona a surdez a fatores fisiológicos que estavam diretamente ligados a saúde sob a óptica de que a surdez era uma deficiência, reduzindo ao contexto biológico. Assim, no final da década de 1980 se obteve uma nova concepção da surdez, a sócioantropológica, a qual tem relevância os movimentos sociais dos surdos e a Libras. De acordo com o parágrafo único do artigo 1º da Lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002 a Libras é a forma com que os surdos se comunicam, a qual se constitui em um “sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.” Sendo assim, a Libras é a segunda língua oficializada no Brasil. É importante destacar que o conceito de surdez e deficiência, ainda é pouco discutido, visto que ainda há falta de informação e conhecimento referente a esta cultura, podendo ser observado que é histórica a dificuldade de abrangência sobre a temática, visto que ao conhecer mais sobre, é nítido identificar que há um conceito biológico relacionado ao termo “deficiente auditivo” e que ao termo “surdo” se abrange todos os aspectos biopsicossociais do indivíduo. Assim, de acordo com o artigo 2º do Decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 2005 “considera-se pessoa surda àquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais.” Neste decreto é possível observar que não é mencionado o termo deficiência auditiva e sim perda auditiva. Ainda nos dias atuais há dificuldade em se empregar, estudar, interagir, dialogar e se expressar para ouvintes que desconhecem a Libras, ou seja, é uma barreira que necessita ser rompida. A relativa facilidade que aprendemos a falar oralmente está diretamente ligada a capacidade de ouvirmos, já o surdo aprende a se comunicar por sinais e tem grande dificuldade de aprender a oralidade. Portanto, cabe ao ouvinte e da área da saúde aprender a se comunicar com o surdo, pois este tem maior facilidade de aprender a se comunicar por sinais do que um surdo a pronunciar palavras que ele nunca ouviu como se pronuncia. Levando isso consideração é de grande relevância que haja humanização também nesse quesito, para cumprir com a Resolução 311/2007 do COFEN, a qual diz em seu artigo 5º que o profissional da enfermagem deve “exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.” Para realizar um atendimento com estes princípios ao paciente, é necessário que o profissional conheça sobre o universo surdo e, principalmente, adquira conhecimentos, no mínimo, básico sobre sua língua. Estas competências devem ser iniciadas na instituição de ensino para facilitar a relação entre o paciente surdo e enfermeiro ouvinte, havendo investimentos na formação de profissionais para a abordagem. Considerações Finais Partindo da premissa de que o surdo é uma pessoa comum e dotado de subjetividades, a comunidade surda se torna relevante, visto que ainda faltam muitas barreiras para serem ultrapassadas. A comunicação é uma das barreiras mais importantes, pois ao procurar uma unidade básica ou outro setor da área da saúde, o surdo se defronta diretamente com esta barreira, o que dificulta a qualidade do atendimento. É importante ressaltar que esta temática deve ser discutida na sociedade, visto que perante os surdos essa falta de comunicação pode ser considerada como desinteresse e descaso dos profissionais da saúde. Desta forma, acaba-se por não haver a assistência que o cidadão surdo deve ter por direito, como por exemplo, tomada de decisões sobre sua saúde e direito à informações atualizadas referentes ao seu diagnóstico, prognostico e afins, ou mesmo ter a presença de interpretes, já que nem todos os profissionais sabem a Libras. A disciplina de Libras na matriz curricular no curso de Enfermagem da UEA vai para além de aprender uma outra língua, mas possibilita uma formação profissional humanizada e qualidade de vida para a comunidade surda amazonense. Como a disciplina é optativa, é importante que se faça uma mobilização para que os acadêmicos dos cursos de saúde participem ou que a disciplina seja incorporada como obrigatória na matriz curricular para que haja uma comunicação satisfatória entre o paciente surdo com a equipe de enfermagem, pois somente assim haverá qualidade no atendimento e os cuidados necessários para que o paciente surdo tenha o acolhimento digno no serviço público de saúde.

3394 PSICOLOGIA SOCIAL E INCLUSÃO ESCOLAR DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: O CURRÍCULO E O PARADIGMA INCLUSIVO.
Rosangela Porfírio Bastos, Cláudia Regina Brandão Sampaio

PSICOLOGIA SOCIAL E INCLUSÃO ESCOLAR DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: O CURRÍCULO E O PARADIGMA INCLUSIVO.

Autores: Rosangela Porfírio Bastos, Cláudia Regina Brandão Sampaio

Rosangela Porfírio Bastos[1] Cláudia Regina Brandão Sampaio[2]   A Conferência Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) preconizaram as diretrizes que subsidiaram, de um modo geral, as políticas públicas de inclusão das pessoas com deficiência no Brasil, visando a ampliação da oferta da Educação Especial na escolas regulares, sob o cerne da Educação Inclusiva. Com a Lei 12.764/2012 a pessoa com transtorno do espectro autista passa a ser reconhecida em sua deficiência para fins legais, facilitando sua inclusão às diversas dimensões da vida social. Neste trabalho, objetivamos apresentar um panorama das produções acadêmico-científicas sobre a inclusão escolar da criança com autismo e o papel da Psicologia Social Crítica. Para tanto, realizamos um levantamento que se insere na fase exporatória de nossa pesquisa sobre a referida temática e que vincula-se ao Laboratório de Intervenção Social e Desenvolvimento Comunitário/LABINS do Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal do Amazonas/UFAM. Deste modo, realizamos o levantamento nas seguintes bases de dados Scientific Electronic Library Online – SciELO/Brasil; Periódicos Eletrônicos de Psicologia/PePSIC e portal dos Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/CAPES. Os critérios de inclusão consistiram na pertinência ao tema da inclusão da criança com autismo, situar-se temporalmente no período de 2006 a 2016 e, por fim, constar do título e/ou do resumo um ou mais termos como autismo, transtorno global do desenvolvimento, síndrome de Asperger, inclusão, educação inclusiva e escolarização agregados do operador and. Foram, assim, selecionados 44 produções onde identificamos que 16 (36,37%) compreendem teses e dissertações que se originaram de pesquisa de campo. O restante das produções 28 (63,64%) consistem em artigos, sendo 18 resultantes de pesquisa de campo e 10 de produções teóricas. Do ponto de vista da área do conhecimento, as produções se concentram predominantemente no campo da Educação/Educação Especial que contribuiu com 20 produções (45,46%) entre artigos, teses e dissertações. A Psicologia contribuiu com 14 produções (31,82%) e o restante (22,74%) destas se distribuem nas seguintes áreas: Ciências Naturais e Matemática; Fonoaudiologia; Distúrbios do desenvolvimento; Docência para a Educação Básica; Psicanálise; Psicanálise e educação; e Saúde e interdisciplinaridade. A vertente Social da Psicologia contribuiu com 3 produções (21,44%) e o restante (78,56%) correspondem às produções da Psicologia Clínica; Psicologia Cognitiva e Comportamental; Psicologia do Desenvolvimento; Psicologia Educacional e Escolar e Psicologia Institucional. Vale destacar o caráter transversal que caracteriza o campo da inclusão escolar, identificado pela contribuição de estudos interdisciplinares visando descrever, explicar ou compreender os aspectos inerentes que perpassam essa temática. As produções da Psicologia, de um modo geral, focalizaram um ou mais aspectos do processo de inclusão escolar da criança com TEA tais como comportamento, habilidades escolares, mediação, habilidades sociais, interação, etc., o que evidencia um caráter reducionista e linear relacionado ao paradigma tradicional predominante no país até a década de 1970, período de efervecência política pela redemocratização do país e que influenciou a crítica às produções da Psicologia baseadas no modelo tradicional. Em uma revisão Ferreira (2010) identificou a preferência entre os psicólogos brasileiros pela Psicologia Social Crítica, em detrimento de outras vertentes como a Psicologia Social Sociológica e a  Psicologia Social Psicológica de base européia e norte-americana, respectivamente. Tal preferência se insere no movimento de adesão a tal perspectiva crítica, identificado entre psicólogos de outros países latino-americanos, a partir do final da década de 1970, influenciados por estudos de autores mais críticos como Martín-Baró. Em nossa análise, identificamos uma lacuna a ser preenchida pela Psicologia Social Crítica acerca dos debates sobre a inclusão escolar da criança com autismo. A tímida representatividade da Psicologia Social relacionada à temática é um aspecto que precisa ser considerado pelas Universidades e seus centros de pesquisa no país, pois sinaliza a necessidade urgente de reformulação dos currículos na formação do psicólogo em relação às políticas públicas de inclusão. Outro aspecto importante que emergiu, no levantamento realizado, é a necessidade de incremento da produção acadêmico-científica com um viés mais crítico da Psicologia Social. O que corresponde com nosso olhar que é inter e transdiciplinar, dialogando com referenciais epistemológicos e teóricos da Psicologia da Libertação de Martín-Baró, Montero e Lane; da Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski e a Teoria da Subjetividade de González Rey; a Educação Libertadora de Paulo Freire e as contribuições de autores latino-americanos sobre resiliência na relação com o outro e as instituições, tais como Murtagh, Ojeda. Além disso, consideramos valiosa a contribuição teórica de Cyrulnik que parte de um referencial psicanalítico articulado às condições socioculturais, destacando aspectos como afetividade, vínculo, historicidade como fatores prepoderantes para a promoção da resiliência. Portanto, reafirmamos a necessidade de pesquisas que tenham como foco a inclusão escolar na Perspectiva crítica da Psicologia Social que possibilitem a produção de conhecimento sobre estratégias de enfrentamento aos desafios da inclusão da diversidade, em especial, da criança com TEA no contexto da escola pública sob os impactos de ações/programas de caráter neoliberal e que não condizem com as realidades educacionais tão desiguais.. Psicologia Social Crítica ;  Inclusão escolar;  Transtorno do Espectro Autista/TEA. [1] Psicóloga do Centro Municipal de Atendimento Sociopsicopedagógico/CEMASP polo I da Secretaria Municipal da Educação de Manaus/AM, cursando mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Amazonas/UFAM, email: rosareis1284@hotmail.com. [2] Professora do Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal do Amazonas/UFAM, Pós-doutora em Psicologia Social e Comunitária pela Manchester Metropolitan University /MMU.

4118 Reflexão acerca da capacitação de futuros profissionais médicos em relação ao cuidado em saúde de povos indígenas do Amazonas sob a ótica de uma Instituição de Ensino.
Luana Sanches da Costa, Antonio de Pádua Quirino Ramalho, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Andrew Georg Wischneski, Marineide Santos de Melo, Flávio Renan Paula da Costa, Mariana Borges Dantas, Luigi Bruno Peruzo Iacono

Reflexão acerca da capacitação de futuros profissionais médicos em relação ao cuidado em saúde de povos indígenas do Amazonas sob a ótica de uma Instituição de Ensino.

Autores: Luana Sanches da Costa, Antonio de Pádua Quirino Ramalho, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Andrew Georg Wischneski, Marineide Santos de Melo, Flávio Renan Paula da Costa, Mariana Borges Dantas, Luigi Bruno Peruzo Iacono

Apresentação: Recentemente a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) foi considerada pelo jornal digital Nexo a Instituição de ensino Superior com o maior número de estudantes indígenas no Brasil. Objetivo: Desse modo, a saúde coletiva, por meio de sua prática de campo a uma associação de mulheres indígenas, teve o intuito de prover reflexão, discussão e crítica acerca do atual currículo educacional para acadêmicos de medicina com relação ainda a existente ausência e/ou lacuna de uma disciplina específica e única de saúde indígena na Universidade. Descrição da experiência: Supervisionados pelo professor, monitores e ouvintes da disciplina de Saúde Coletiva IV, 56 graduandos do 4º período do curso de medicina da UFAM foram estimulados a conhecer, por meio de práticas de campo, conjunturas sociais, políticas e culturais de populações específicas, em especial de mulheres indígenas. Em meio a prática, construiu-se, por parte dos próprios participantes, uma reflexão e crítica acerca da preparação desses acadêmicos com relação à saúde indígena, pois, na Universidade não há uma disciplina especifica para essa área. Resultados: Assim, a disciplina de Saúde Coletiva IV, através da interação entre ensino, serviço e comunidade, promoveu, inerentemente nesses graduandos, a construção de uma mentalidade acerca das lacunas existentes no currículo educacional da Faculdade de Medicina com relação as análises sobre concretas ações de saúde direcionadas aos povos indígenas, sobretudo, no que tange à implementação de políticas de saúde pública, pois é incompreensível uma Instituição de Ensino médico estabelecida no meio da Amazônia e, acima de tudo, uma das grandes representantes do povo amazônida não ter uma disciplina específica de saúde indígena no seu currículo de graduação de futuros profissionais médicos. Considerações finais: Logo, como graduandos, verificou-se uma falha, por parte da própria Universidade, como principal provedora de ensino, ciência e cidadania, no que se refere à capacitação de futuros profissionais e promotores da saúde para trabalhar com esse tipo de população específica, o que representa um retrocesso no que tange ao ensino e a uma saúde pública inclusa, democrática e com equidade e também no que se refere aos princípios do próprio Sistema Único de Saúde.

4027 A CONFECÇÃO DE UM LIVRO E SEU IMPACTO NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA
Luciana Costa Pinto da Silva, Mirlane Guimarães de Melo Cardoso, Ana Carolina Queiroz Candido da Silva, Giovana Coimbra Luzeiro, Louise Makarem Oliveira, Legildo Soares Liberato Neto, Lucas Edwardo de Souza e Silva, Lorena Praia de Souza Bezerra

A CONFECÇÃO DE UM LIVRO E SEU IMPACTO NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA

Autores: Luciana Costa Pinto da Silva, Mirlane Guimarães de Melo Cardoso, Ana Carolina Queiroz Candido da Silva, Giovana Coimbra Luzeiro, Louise Makarem Oliveira, Legildo Soares Liberato Neto, Lucas Edwardo de Souza e Silva, Lorena Praia de Souza Bezerra

Apresentação e objetivo: A disciplina de Tópicos Avançados em Farmacologia 1 (TAF 1) objetiva a discussão e exposição de fármacos utilizados no alívio e controle da dor e imunomodulação, através de metodologias ativas, discussão de artigos e aulas expositivas, permitindo que os estudantes sejam protagonistas de sua formação e assimilem o conhecimento de maneira mais eficaz. Um dos trabalhos propostos foi a confecção de um livro acerca do uso de opioides no tratamento da dor, desafiando e inserindo os graduandos no meio científico. Descrição da experiência: Foi proposta aos acadêmicos do 5º período pela disciplina de Tópicos Avançados em Farmacologia 1 a realização de uma revisão de literatura acerca do uso de opioides nos cuidados paliativos e controle da dor, sob orientação e supervisão da professora da disciplina. A confecção do livro baseou-se em uma revisão de literatura feita pelos alunos, que se encarregaram de analisar e construir sua própria visão acerca dos temas discutidos. A pesquisa imergiu os estudantes no meio científico, onde buscaram por informações, artigos e relatos em bases de dados, além de aprimorarem a utilização da metodologia científica e desenvolverem rigor na seleção de trabalhos. Somadas a isso, estão as experiências com a criação de mídias, fluxogramas, boxes e design do livro, também realizadas inteiramente por acadêmicos. Ao final do trabalho, o livro digital foi divulgado entre os alunos da turma para que pudessem utilizá-lo como consultor de bolso quando frente a um paciente que se encaixasse nos critérios para a terapia com opioides. Desde então, diversas foram as ocasiões em que o livro produzido e os conhecimentos adquiridos foram buscados, como na disciplina de Reumatologia, por exemplo, onde alguns pacientes portadores de artrite reumatoide iniciaram a opioterapia através da sugestão de acadêmicos a seus preceptores, promovendo discussão acadêmica avançada e cientificamente embasada. Resultados: Verificou-se e expandiu-se a proposta da disciplina, contemplando ensino, pesquisa e extensão, por meio da capacitação e incentivo de acadêmicos e futuros profissionais da saúde a produzirem material científico e aplicá-lo frente a problematizações. Foi passível de observação, ainda, a desmistificação da opiofobia, permitindo seu enfrentamento e sensível redução. Além disso, a devolutiva por parte da turma foi extremamente satisfatória, tendo em vista que a segurança ao discutir temas médicos aumentou sensivelmente. Considerações finais: O emprego desta metodologia de ensino na disciplina de TAF 1 atuou de maneira significativa e desafiante na formação acadêmica individual e coletiva, visto que para a realização do trabalho foi necessária a interação em grupos, a divisão de tarefas, responsabilidades e estudos dirigidos, o uso de meios tecnológicos, a expansão da criatividade e o amadurecimento pessoal de cada aluno. Além disso, também foram reforçados os valores éticos e morais, o compromisso com a saúde pública, o profissionalismo e o papel do médico na sociedade. Espera-se que mais trabalhos como este sejam desenvolvidos e que os cuidados paliativos ganhem relevância nas discussões acadêmicas e na área médica.

2727 Anatomia para a melhor idade: saber para prevenir
Isadora Gomes Mesquita, Bruna de Moura Moraes, Maria Polyanna Ferreira Rebouças, Júlia Costa Justo

Anatomia para a melhor idade: saber para prevenir

Autores: Isadora Gomes Mesquita, Bruna de Moura Moraes, Maria Polyanna Ferreira Rebouças, Júlia Costa Justo

Através do programa de atividade curricular de extensão - Anatomia para a melhor idade: saber para prevenir - os estudantes do 2º, 3º e 4º período de Medicina da Universidade Federal do Amazonas realizaram duas palestras com os temas, Doença de Alzheimer e Osteoporose, voltadas para a terceira idade. Ambas apresentações foram adaptadas ao público, sendo necessário a adequação da linguagem, a modificação dos métodos de ensino, o dinamismo e exemplos práticos, para um melhor aprendizado e aproximação do idoso com os estudantes. A atividade foi bastante positiva tanto para o público-alvo quanto para a equipe que a preparou, pois houve troca de conhecimentos, como era o esperado, envolvendo muitos questionamentos e dúvidas dos ouvintes.  Os discentes puderam ter a oportunidade de orientar os idosos sobre questões preventivas, sintomáticas e também as correlações anatômicas com as doenças palestradas. Ao final de cada palestra foi realizado também anamneses simples, associadas a medição da pressão arterial dos idosos. Posterior a isso, abriu-se espaço para o Coffe Break organizado pelos próprios estudantes, que se atentaram em levar alimentos saudáveis como frutas e sucos naturais. Os alunos puderam mostrar que o processo de envelhecimento não deve ser visto como um problema, e sim como evento natural. Envelhecer não significa deixar de realizar atividades sendo elas físicas, sexuais, laborais, espirituais ou cognitivas, priorizando sempre a qualidade de vida. Tentou-se, portanto, evidenciar que as limitações provenientes dessa fase da vida podem ser evitadas, tratadas, monitoradas e amenizadas com algumas práticas simples ao longo do dia-a-dia, como foi incentivado pelos discentes durante as palestras: a realização de práticas de leitura, caminhadas, palavras-cruzadas e dança, a fim de elevar consideravelmente a qualidade de vida dessas pessoas e diminuir os prejuízos.