270: Os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; ...Tiago de Mello
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: Tenda Saúde Fazendo Arte    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
5378 Pintando as emoções. Curando o coração.
Aguiar Gomes Maria José, Almeida Ribeiro Elinilcia, D’ELIA GAMA DELYANE

Pintando as emoções. Curando o coração.

Autores: Aguiar Gomes Maria José, Almeida Ribeiro Elinilcia, D’ELIA GAMA DELYANE

Apresentação: Esse trabalho é um relato de experiência de alunos do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas,  Campus de Coari /AM, com 12 mulheres em hospital universitário que sofreram Infarto Agudo do Miocárdio e passaram por longos momentos de espera enquanto aguardavam o tratamento. Durante o período de internação observou-se que a espera gerava grande ansiedade nessas pacientes. Apresentavam-se chorosas, apreensivas e pensativas sobre seus diagnósticos de saúde. E mais apreensivas ainda com a possibilidade de cirurgias, o que envolveria um tempo maior de internação. Desenvolvimento do trabalho: Afim de diminuir a ansiedade gerada por essa espera sem fim, ofertou-se as mulheres, mandalas e outros desenhos com lápis de cor para que pintassem, possibilitando o alivio de suas ansiedades, preocupações, diminuição do tempo de espera e principalmente a expressão de suas emoções. Resultados e/ou impactos: Ao abrir as rodas de conversa para expressar o significado de suas “artes”, muitas revelações foram feitas: desde situações afetivas entre seus filhos, seus cônjuges, relações estremecidas com seus pais nos tempos de suas juventudes, violências domésticas verbais ou simplesmente a indiferença, a falta de uma palavra carinhosa que a maioria das jovens sonhadoras dos rios amazônicos espera. Dos laços com novos amigos constituídos no hospital durante a internação, “...Uma nova família, do dotô ao moço da limpeza. Vou levar todos no coração”. Um outro relato revela: “Quando cheguei aqui parecia esse patinho maior, preso pela doença, meu coração estava escuro de tanta tristeza que guardei ao longo da vida, mas nossas ‘conversa’ novas cores foram tomando conta de mim, agora sou esse patinho colorido ao fundo... Ainda tenho pontinhos escuros, mas não vou deixar mais eles tirarem o colorido que ganhei com essa nova chance de vida...”. Considerações finais. Do ponto de vista fisiopatológico, essas mulheres tiveram diminuição das arritmias cardíacas, estabilidade da pressão arterial, diminuição de suas ansiedades. Se mostraram mais otimistas e dispostas para buscar qualidade de vida após alta hospitalar. Essa experiência possibilitou uma reflexão sobre o impacto que emoções ruins reprimidas podem afetar a saúde de uma pessoa de forma grave. Abrir espaço para pacientes internados pode aliviar suas emoções e isso ser um forte aliado junto as condutas terapêuticas adotadas dentro dos hospitais.  

4005 REGIONALIZAÇÃO NAS PRÁTICAS DE PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
BRUNA DAMASCENO MARQUES, JEICE SOBRINHO CARDOSO, MARINA GORETH SILVA DE CAMPOS, THAMYRES BATISTA PROCÓPIO, STELACELLY COELHO TOSCANO DE BRITO, DAIANE DE SOUZA FERNANDES, EVANDRO CESAR NATIVIDADE DE SOUSA, KARINA BARROS LOPES

REGIONALIZAÇÃO NAS PRÁTICAS DE PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Autores: BRUNA DAMASCENO MARQUES, JEICE SOBRINHO CARDOSO, MARINA GORETH SILVA DE CAMPOS, THAMYRES BATISTA PROCÓPIO, STELACELLY COELHO TOSCANO DE BRITO, DAIANE DE SOUZA FERNANDES, EVANDRO CESAR NATIVIDADE DE SOUSA, KARINA BARROS LOPES

Apresentação: trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva que visa contribuir por meio da percepção dos estudantes a importância do trabalho multiprofissional na atenção ao idoso. O estudo foi desenvolvido na Unidade Lar Fabiano de Cristo que assiste crianças e seus familiares em condições de vulnerabilidade social. O projeto Idoso Saudável realiza mensalmente atividades com pessoas idosas cadastradas na Unidade Saúde do Guamá, bem como da comunidade em geral. Sobre o Projeto de extensão, a equipe é composta por estudantes de Enfermagem, Terapia Ocupacional e Nutrição, além dos tutores e coordenadores, todos vinculados à Universidade Federal do Pará.  O objetivo é descrever como as festividades culturais podem ser utilizadas como recurso para educação em saúde, promovendo interação social e resgate cultural em um grupo de idosos, com base nas vivências ocorridas no período junino. O processo de envelhecimento constitui uma série de mudanças morfofuncionais decorrentes do passar do tempo, a senescência. O envelhecimento biológico se mantém como algo ativo e irreversível deixando o organismo do indivíduo mais propenso as agressões internas e externas, comprometendo a capacidade funcional de algumas atividades orgânicas. No entanto, ressalta-se que as perdas decorrentes da senescência não se caracterizam como impedimento para um envelhecimento saudável e ativo onde os grupos de convivência para idosos, por exemplo, são maneiras encontradas para estimular os diversos aspectos constituintes do processo de envelhecimento. Tais locais através de suas práticas buscam o aumento da auto-estima dos participantes, uma maior autonomia, interação social e a busca pela saúde. Proporcionar lazer aos idosos constitui-se como uma importante ferramenta de trabalho em atividades com grupos de convivência, nas quais podem envolver experiências de vida, aprendizagem e cultura pertencentes à vida dos participantes. Dessa forma, se torna interessante o desenvolvimento de atividades aliadas à cultura local e pessoal de cada indivíduo, como as festividades ocorridas no período junino, utilizando-as como forma de melhoria da qualidade de vida dos indivíduos idosos. Haja vista que, durante o mês junino ocorrem festas e brincadeiras as quais para a inclusão de muitos idosos requerem um olhar mais sensível as possíveis adaptações e limitações que cada idoso pode apresentar.  Desenvolvimento do trabalho: No mês de junho de 2017 foi realizada uma ação intitulada “Arraiá do Idoso Saudável”, que seguiu as etapas de planejamento em equipe, organização, logística e execução. A programação contou com uma atividade inicial seguindo princípios da Dança Sênior, atividade que envolve música e expressão corporal. Após, foi feita a dinâmica introdutória da temática que consistiu em um jogo de perguntas e respostas sobre o que se pode ou não comer e qual seria a quantidade ideal dos alimentos consumidos durante as festas juninas, sempre associando às patologias mais comuns na velhice como a hipertensão arterial e a diabetes, ratificando que o controle e agravo estão associados também a forma e quantidade que os alimentos são ingeridos. Durante o jogo, os idosos eram direcionados a escolher uma dentre as várias cores de balão que estavam fixados em um suporte, após a escolha o idoso respondia à pergunta contida dentro do balão, partilhando seu conhecimento e experiência de vida de acordo com a temática abordada na pergunta. Em seguida, realizou-se a palestra com o tema “Alimentação saudável nas festas juninas”, a qual foi ministrada por um nutricionista que abordou sobre o preparo correto e consumo adequado das comidas típicas e também esclareceu as dúvidas dos participantes. A realização de todas as atividades perdurou durante todo o período da manhã. Resultados e/ou impactos: A proposta da Dança Sênior utilizando as músicas juninas proporcionou um momento de interação e resgate cultural entre os idosos, demonstrando que é possível realizar atividades físicas de muitas outras formas, além disso, por meio da dança estimulamos também as funções mentais, afetivas e cognitivas. O jogo interativo de perguntas e respostas trouxe contribuições da educação em saúde de forma lúdica. Os participantes sentiram-se motivados à medida que o jogo acontecia, tiveram suas dúvidas esclarecidas, seus relatos ouvidos e a oportunidade de escolha. Tais fatos são de grande relevância, pois possibilita momentos de participação social do idoso, estimulando a autonomia e a amenização da solidão e exclusão. Através da palestra sobre os aspectos nutricionais das preparações típicas da festividade junina, os idosos participantes da atividade, puderam aprender mais sobre alimentação e nutrição e a importância das escolhas alimentares em períodos de festa e como o equilíbrio da alimentação pode permitir que suas escolhas sejam realizadas de forma saudável. A partir de tal ação, acredita-se que os participantes puderam refletir sobre seus hábitos alimentares e a importância de uma alimentação adequada no seu dia-a-dia, para que tais festividades possam ser aproveitadas em todos os seus quesitos culturais, sem deixar de aliar aos alimentos à cultura e a regionalidade. Acredita-se que as diversas atividades realizadas no grupo de convivência de idosos tiveram a total adesão dos mesmos, na qual todos os indivíduos se mostraram sempre ativos e solícitos a respeito da participação nas atividades de lazer e promoção da saúde. Considerações finais: As atividades educativas quando realizadas também com o objetivo de fornecer lazer e diversão, demonstram ser essenciais durante o processo de promoção do envelhecimento ativo e saudável em idosos. Bem como, são responsáveis pela propagação de autonomia, autoestima, lazer e diversão aos que participam de tais dinâmicas. O presente relato fortalece também o pensamento da importância na utilização de recursos que sejam significativos e de acordo com o contexto cultural em que o público alvo está inserido, a temática escolhida para o grupo contribuiu para o envolvimento dos participantes, pois as festas juninas sempre perpassam em um cenário, com alimentos e brincadeiras próprias do seu período e a utilização disso fez com que os idosos ficassem mais motivados. Ademais, se torna imprescindível a participação de profissionais da saúde e outras áreas em ambientes com grupos de idosos, fomentando a produção de ações que visam o fornecimento de saúde e informação a esta faixa etária e a qual passa por diversas transformações naturais e necessita de informação e auxílio para que o envelhecimento ocorra de maneira saudável e feliz.

5318 OCUPA RIS: FAZER/SER SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DA ARTE
Victor Hugo Ribeiro de Sousa, Isnara Soares França, Antonio Wislley Pedrosa Cavalcante, Valeska Macedo Cruz Cordeiro, Daiana da Silva Carvalho, Constantino Passos Neto, Daniele Veloso de Menezes, Sebastião Lucena Lima

OCUPA RIS: FAZER/SER SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DA ARTE

Autores: Victor Hugo Ribeiro de Sousa, Isnara Soares França, Antonio Wislley Pedrosa Cavalcante, Valeska Macedo Cruz Cordeiro, Daiana da Silva Carvalho, Constantino Passos Neto, Daniele Veloso de Menezes, Sebastião Lucena Lima

APRESENTAÇÃO: O Brasil vem protagonizando transformações no que se refere a assistência em saúde mental. Na década de 1980, surgem as primeiras manifestações populares em prol da criação de um sistema que garantisse o acesso à saúde a todo cidadão. Nesse contexto, surgem alguns movimentos sociais no sentido de defesa dos direitos dos usuários a uma atenção mais humanizada, propondo uma reformulação das políticas públicas de saúde mental, substituindo o modelo asilar por um que garanta ao usuário a liberdade para o convívio familiar e comunitário, através de ações que considerem o sujeito, e não a doença, desmitificando o imaginário sobre a loucura. Após o II Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental, com o lema “Por uma sociedade sem manicômios”, foi instaurado o 18 de maio como Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Mediante essa necessidade, para romper com os paradigmas do lugar da loucura na contemporaneidade, surge o “Ocupa RIS” que, através das ferramentas da arte, da música, do teatro, da palhaçaria e da Educação Popular em Saúde, busca sensibilizar a população da cidade do Brejo Santo-CE, acerca das novas formas de cuidado em saúde mental. Assim, o objetivo do estudo é relatar a vivência de profissionais residentes nas ações itinerantes de sensibilização sobre a luta antimanicomial, por meio da performance artística cultural. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo qualitativo, do tipo relato de experiência, realizado por 17 profissionais de saúde residentes da Escola de Saúde Publica do Ceará (ESP/CE) sendo eles: assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas, profissionais de educação física e psicólogos, no município do Brejo Santo-CE, no mês de maio e junho de 2017. A performance foi realizada em vários espaços públicos da cidade e bairros de vulnerabilidade onde existe atuação dos residentes. Atingindo servidores públicos e a população circulante das ruas, utilizando a Educação Popular e teatro do oprimido. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Os residentes ocuparam as ruas e dispositivos públicos, caracterizados de palhaços, chamando a atenção da população por meio da interpretação de personas com comportamentos característicos de pessoas em sofrimento psíquico, com questionamentos: “hoje é dia de que? ”, instigando a reflexão sobre o lugar da loucura na sociedade e importância da luta do 18 de maio. Vale ressaltar que a maioria dos indagados não correspondeu de maneira satisfatória ao serem questionados, demonstrando ainda estranheza com o movimento proposto, percebendo-se que a maior parte não possui conhecimento aprofundado sobre essa luta.  CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim sendo, percebe-se a necessidade de ações de educação permanente em saúde mental voltadas aos profissionais, bem como para toda a sociedade, visto que os estigmas relacionados à loucura persistem fortemente enraizados. Infere-se a potência da arte como instrumento de transformação da saúde mental para além dos muros institucionais, indo de encontro as diversas formas de ser e estar no mundo.

3435 Feira da Saúde - Promovendo a Saúde Através da Cultura
Mariana Silva Matos, Heloísa Maria Sartori, Elton Silva Ribeiro, Walter Cascardo Carneiro, Amanda Andrade Mendonça, Igor Almeida Basílio, Randolfo Raiff de Oliveira Aires

Feira da Saúde - Promovendo a Saúde Através da Cultura

Autores: Mariana Silva Matos, Heloísa Maria Sartori, Elton Silva Ribeiro, Walter Cascardo Carneiro, Amanda Andrade Mendonça, Igor Almeida Basílio, Randolfo Raiff de Oliveira Aires

Apresentação: Essa proposta foi realizada através de reflexão a partir da Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ) de uma equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) no território da Maré na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo principal foi ampliar a compreensão sobre o trabalho do NASF e sua proposta de apoio tanto por parte dos profissionais das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), quanto dos usuários. Assim, reafirmando o compromisso de clínica ampliada com trabalhos vinculados ao território e suas potencialidades culturais como ferramentas de cuidado e promoção da saúde.Desenvolvimento do trabalho: foi realizada uma atividade coletiva com dinâmicas e oficinas que retomavam a história da comunidade da Maré, como brincadeiras das últimas décadas; culinária típica do local com as influências de seus imigrantes; atividades corporais e trabalhos artísticos sobre o significado do nome da comunidade e os sentimentos gerados a partir deste. Concomitante a essas atividades, havia uma exposição do acervo do Museu da Maré, com material variado sobre a história local, composto por fotografias, publicações, fitas de vídeo e áudio, jornais e mapas. Essa atividade foi realizada sob a coordenação dos profissionais do NASF e alguns membros da ESF, em parceria com a população e o Museu da Maré.Resultados: Aos participantes da atividade, houve maior compreensão sobre o trabalho do NASF para além de intervenções ambulatoriais, mas como seu importante papel de apoio às equipes da ESF e promoção da saúde junto ao território e sua população. Além disso, o trabalho gerou importantes rodas de conversa entre os profissionais e usuários que refletiam sobre sua realidade, potencialidades e fragilidades, e pensavam articuladamente sobre o cuidado individual, comunitário e ampliado na parceira com a ESF.Considerações finais: Propostas culturais com interlocução com a comunidade mostram-se como ferramentas efetivas no cuidado em saúde. Podem disparar outras intervenções, como essa que repercutiu em planejamento de atividades junto à comunidade, estreitando os laços entre população e a unidade de saúde, tornando-os corresponsáveis pelo seu cuidado e de sua comunidade. Além de provocarem ressignificações de vivências e resgate da cidadania.

5060 Inserção dos estudantes de Medicina nas Atléticas Acadêmicas: promoção de saúde física e mental por meio do esporte, da cultura e da arte
Mariana Borges Dantas, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Luana Sanches da Costa, Luana Sanches da Costa, Marineide Santos de Melo, Marineide Santos de Melo, Flávio Renan Paula da Costa, Flávio Renan Paula da Costa, Lorena Praia de Souza, Lorena Praia de Souza, José Victor Santos Neiva, José Victor Santos Neiva, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo

Inserção dos estudantes de Medicina nas Atléticas Acadêmicas: promoção de saúde física e mental por meio do esporte, da cultura e da arte

Autores: Mariana Borges Dantas, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Luana Sanches da Costa, Luana Sanches da Costa, Marineide Santos de Melo, Marineide Santos de Melo, Flávio Renan Paula da Costa, Flávio Renan Paula da Costa, Lorena Praia de Souza, Lorena Praia de Souza, José Victor Santos Neiva, José Victor Santos Neiva, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo

APRESENTAÇÃO: Em meio ao cenário intenso e desgastante de formação médica, a realização de atividades extracurriculares é motivada, não só pelas horas extras acumuladas, mas sim principalmente pelo reestabelecimento de momentos prazerosos perdidos pela graduação. Dentre as atividades ofertadas, destaca-se para esse fim a participação na Atlética Acadêmica do curso, a qual proporciona a atuação em esportes como: futsal, handebol, vôlei, basquete, natação, dentre outros. Além disso, oferece também a bateria musical com instrumentos rítmicos diversos e danças garantidas pelo grupo de cheerleaders, aliados buscam retomar a cultura local da Universidade que pertencem por meio de apresentações durante eventos estudantis. OBJETIVO: À vista disso, tem-se o propósito de evidenciar a influência positiva da participação dos acadêmicos do curso de Medicina na Atlética Acadêmica do seu curso, por meio da inserção no esporte, na arte e na cultura, em benefício da saúde física e mental. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Dessa forma, realizou-se uma de revisão de literatura de experiências semelhantes de participação de acadêmicos de Medicina em Atléticas de outras Universidades brasileiras, com o propósito de contemplar a análise do relato de experiência dos estudantes imersos na Associação Atlética e Acadêmica Lendária, do curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Observou-se a participação dos estudantes, variavelmente em torno de 15 membros, na Diretoria Atlética, prezando por liderança e comprometimento; além também da bateria musical com ensaios periódicos e prática de esportes variados que tem como resultado a aquisição de diversos prêmios em competições estudantis. RESULTADO: Em razão do exposto, é notório que a participação extracurricular na Atlética Acadêmica garantiu benefícios tanto na saúde física, quanto na saúde mental dos estudantes de medicina, por meio do alívio da tensão gerada pela graduação, maior contato com os semelhantes, fortalecendo e ampliando o ciclo de amizades, como também a descoberta de novas habilidades que garantem aos novos praticantes: plenitude, satisfação pessoal e desejo de continuidade. Além disso, podem também proporcionar maior condicionamento físico e redução dos índices de obesidade. Sobretudo, ressalta-se também a influência no perfil desses acadêmicos, destacando-os pelo espírito de liderança, aumento da responsabilidade e conhecimento sobre a gestão da Universidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entretanto, ainda é uma atividade pouco incentivada pelas Universidades Públicas, já que se destaca em números a implantação das Atléticas nas Instituições de ensino privado, explicado, talvez, pelos altos custos em manutenção e gastos com profissionais para aperfeiçoamento das atividades ofertadas, como treinadores e ritmistas.

474 COTIDIANO, CUIDADO E AUTOCUIDADO DE RIBEIRINHOS COM LEISHMANIOSE CUTÂNEA DESCRITOS ATRAVÉS DA ICONOGRAFIA
Gisele Reis Dias, David Lopes Neto, Anny Beatriz Costa Antony Andrade

COTIDIANO, CUIDADO E AUTOCUIDADO DE RIBEIRINHOS COM LEISHMANIOSE CUTÂNEA DESCRITOS ATRAVÉS DA ICONOGRAFIA

Autores: Gisele Reis Dias, David Lopes Neto, Anny Beatriz Costa Antony Andrade

APRESENTAÇÃO: Considerando o cenário e o cotidiano ribeirinho rural amazônico, na pesquisa intitulada Práticas de Autocuidado de Ribeirinhos com Leishmaniose Cutânea (LC), reproduzirmos a realidade dessa população por meio de ilustrações que retratam o modo de vida, hábitos, costumes e a relação deste grupo populacional com a natureza e, consequentemente, com os vetores (flebotomíneos) causadores da doença leishmaniose cutânea. Por outro lado, as imagens do cuidado em enfermagem elucidam o trabalho do enfermeiro em área rural ribeirinha, atrelado às belezas da região amazônica, desafios e relação do profissional com o cotidiano ribeirinho. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: A arte em pintura se consolidou pelo desenhar de traços simplificados e das formas rústicas de representação social dos ribeirinhos. Cinco fotografias, selecionadas pelo valor ético e êmico foram repassadas ao designer e uma ilustradora, aí iniciava-se a produção artística, a beleza e o retratar da doença e sua relação com o ambiente. O tempo médio para a ilustração e coloração foi de trinta horas, cinco horas de ajustes e trinta horas de pesquisa e planejamento do tema com base na produção científica, a dissertação. As imagens nasceram da matéria prima advinda das cores das tintas guache preta, marrom, branca, verde, azul, amarelo e roxo; pinceladas sobre o papel 300 gramas; Pincéis de numeração n. 266, n. 267, n. 001 e caneta nanquim de ponta 0,3 produziram o alinhamento centralizado da imagem, que teve o padrão de 20x15cm na orientação retrato para o sketch (esboço) da paisagem, o colorir e a finalização artística com nanquim. Objetivando relacionar o cuidado de enfermagem no cenário rural ribeirinho, foram produzidas mais cinco imagens por uma ilustradora, demonstrando a vivência do trabalho de enfermagem junto aos ribeirinhos. As imagens foram projeções de fotografias vivenciadas e relatadas pela pesquisadora responsável pelo estudo, destacando a relação do serviço com a comunidade, às visitas domiciliares e o cuidado de enfermagem ao ribeirinho rural. O nascer das ilustrações emergiram da matéria prima advinha de Lápis de cor faber castell, lápis 2B e papel (Canson), legítimo para desenho, cor creme, tamanho A4 (20x30 cm). Destarte, para dar evidências a característica da imagem utilizou para finalização do produto, micropoint 0.4 mm. O tempo médio para planejamento do desenhar foi de cinco horas, com base no produto científico. Já a ilustração e coloração teve duração de oito horas. Foram treze horas de criação de arte, aperfeiçoamento e ciência para cada ilustração do cuidado ao ribeirinho amazônico. RESULTADOS E IMPACTOS: Imagens reproduzidas, tiveram como fonte de inspiração os registros fotográficos simbólicos do contexto ribeirinho rural articulado às histórias contadas em prosa pelos ribeirinhos no momento das entrevistas. A exposição da arte em imagens foi apresentada à comunidade acadêmica na defesa pública de metrado da pesquisadora em meados de novembro de 2016, os quais obtiveram socialização do conhecimento entre os visitantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso da iconografia para a apresentação do autocuidado de ribeirinhos e do cuidado de enfermagem na leishmaniose cutânea, trouxe significados e projeções da realidade de forma inovadora e dinâmica, servindo como inspiração para estudos futuros.

1197 ARTETERAPIA EM UM CENTRO DE APOIO PSICOSSOCIAL - CAPS II LOCALIZADO EM SANTARÉM – PARÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Françoíse Gisela Gato Lopes, Jéssica Naiara Silva Vieira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Rebeka Santos da Fonseca, Alda Lima Lemos, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

ARTETERAPIA EM UM CENTRO DE APOIO PSICOSSOCIAL - CAPS II LOCALIZADO EM SANTARÉM – PARÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Françoíse Gisela Gato Lopes, Jéssica Naiara Silva Vieira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Rebeka Santos da Fonseca, Alda Lima Lemos, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A arteterapia é um dos instrumentos utilizados para se trazer à tona sentimentos e emoções através da arte, fazendo com que, quem a pratica possa se expressar por meio da produção de objetos artísticos, além disso, permiti um alto grau de autoconhecimento, autovalorização, liberdade e independência de criatividade e expressão. Ela possui várias técnicas que podem ser aplicadas a qualquer faixa etária. Suas atividades envolvem pintura, artesanato, dança, entre outros. Como terapia, o objeto artístico e sua qualidade estética são importantes, porém os sentimentos envolvidos durante e após o “fazer” artístico é que levam de fato a terapia em si, permitindo que o indivíduo descubra seu potencial criativo, traduzindo assim seus sentimentos através da arte. Para tanto, o profissional que utiliza a arte como terapia, deve estabelecer um ambiente calmo, de segurança e confiança psicológica, sem julgamentos e com um vínculo terapêutico para que a prática da arteterapia possa ser eficaz e possa ocasionar de fato efeitos positivos. Dentro do contexto da saúde mental, sua eficácia como método terapêutico é vista como algo que leva o indivíduo a uma melhora de seu transtorno psíquico. Em contrapartida, em pacientes atendidos em instituições de apoio mental, a aplicabilidade dessa terapêutica de formas artísticas vai muito além da fala para pessoas que possuem essas doenças mentais e psíquicas. O intuito nesses ambientes é o de fazer com que elas produzam sua própria arte, dando-lhes autonomia e possibilitando seu auto tratamento. Essas são uma das propostas que a arteterapia possibilita a esses pacientes, o tratamento através da arte. A arteterapia vem ganhando espaço dentro da área da saúde por ser uma ferramenta muito importante em se traduzir e exteriorizar o subconsciente daqueles que a utilizam, em especial da saúde mental, pelo fato de amenizar os efeitos negativos dessas doenças. Promovendo com isso, bem-estar para pessoas com transtornos mentais, uma vez que propicia mudanças perceptíveis nos campos afetivo, interpessoal e grupal, com possível melhora no equilíbrio emocional durante e após o momento arteterapêutico, podendo ocorrer individualmente e/ou em grupo. A arteterapia para pessoas com transtornos mentais é uma forma de lidar com suas dificuldades, conflitos, angústias e medos de uma forma menos sofrida, canalizando positivamente seu processo de adoecimento psíquico através da arte, melhorando significativamente os efeitos negativos que surgem devido à doença, como a agressividade, o estresse, a mudança de humor entre outros sintomas característicos. Associada a terapia, a música, favorece o processo de concentração, socialização, coordenação motora e aprendizagem, além de estimular as capacidades cognitivas e emocionais de pacientes com transtornos psiquiátricos. Dentro dessa perspectiva, o objetivo deste trabalho foi de promover a arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental em um Centro de Atenção Psicossocial localizado em Santarém – PA. Desenvolvimento do trabalho: Trata – se um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado com pacientes do Centro de Apoio Psicossocial – CAPS II, vivenciado em 18 maio de 2017, através do projeto EDUCA-ART Saúde, em Santarém – Pará. Os materiais utilizados foram: papéis A4, lápis de cor, tesoura, giz de cera, palitos, linhas coloridas e livro de registro. A quantidade amostral foi de 30 pacientes diagnosticados com: Esquizofrenia, Depressão, Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), Ansiedade e Transtorno do Pânico. Todos os participantes estavam fazendo tratamento no CAPS II. As terapias utilizadas para a realização do processo terapêutico foram: desenhos, pinturas e mandalas. De início uma das enfermeiras atuantes no centro, fez uma oração e colocou um vídeo motivacional. Ela disse que a maioria dos pacientes são cristãos e que dizem se sentir mais fortes e motivados a continuar o tratamento quando oram, ouvem músicas e palavras relacionados a alguma divindade. Por conseguinte, foi realizada a apresentação do grupo de voluntários para os clientes, na qual também foram apresentadas as técnicas a serem utilizadas. Foi mencionado que eles poderiam optar por qual tipo de técnica utilizar, assim como, poderiam decidir aceitar ou não as atividades ali expostas. Resultados e/ou impactos: No decorrer das atividades realizadas, observou-se que alguns participantes no início da realização da técnica mandala, tiveram dificuldades, devido ao fato de ser uma técnica que exigia a movimentação das mãos. Havia participantes que necessitavam de um voluntário para que os auxiliassem em suas produções, visto que, não conseguia de inicio realizar a atividade e gostariam de participar. Além desses, uma paciente criou um novo método, aperfeiçoando a sua mandala, utilizando-se vários fios ao mesmo tempo, todos de cores diferentes, sendo este um trabalho diferenciado e criativo. Outros dois pacientes escolheram apenas desenhar e pintar. Para os participantes, o projeto possibilitou atividades diferenciadas ao que eles faziam diariamente nesse centro, fazendo com que os pacientes apresentassem suas habilidades. Ademais, foi utilizada a música durante o processo de produção da arte, o que é muito importante, pois estimula o indivíduo a realizar as atividades, bem como, desestressa e torna o ambiente mais descontraindo. As músicas selecionadas eram de acordo com a preferência dos pacientes que participavam das produções artísticas. Considerações Finais: Essa metodologia de terapia, nos mostra que as pessoas podem ir muito além das limitações do adoecimento mental e esta, não será uma barreira para que esta se comunique com o mundo exterior. Possibilitando com isso, a interação social, construção de vínculos e troca de conhecimento. A arte estimula a criatividade daqueles que a praticam, tornando a confecção da mandala uma atividade artística livre, não objetivando a beleza do que é produzido. Essa forma de terapia mostra outros meios de se tratar a doença mental, ela vem como um subsidio para o tratamento medicamentoso e psicoterapias. Por meio desta, os pacientes psiquiátricos podem realizar algo diferente que os ajude em seu tratamento, no sentido de torna-los sujeitos ativos de seu próprio processo terapêutico. Além disso, essas práticas possibilitam uma melhor aproximação entre o paciente o profissional, ajudando no conhecimento a respeito da evolução da doença do usuário. O Brasil já evoluiu muito no campo de saúde mental, os doentes que antes eram tratados como a margem da sociedade, foram ganhando seu espaço através de lutas populares e insatisfação daqueles que não eram adeptos das terapias abusivas que eram feitas com os doentes mentais. Com isso, foi de grande valia a realização de troca de vivências através da arte No CAPS II. A promoção de melhora na qualidade de vida de vida dos indivíduos contribuiu também para que os voluntários pudessem perceber a necessidade de haver uma maior inserção de projetos como esse em centros de apoio psicossocial.

1281 ARTETERAPIA APLICADA À COMUNIDADE ACADÊMICA DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Suan Kell dos Santos Lopes, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Rebeka Santos da Fonseca, Jéssica Naiara Silva Vieira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

ARTETERAPIA APLICADA À COMUNIDADE ACADÊMICA DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Suan Kell dos Santos Lopes, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Rebeka Santos da Fonseca, Jéssica Naiara Silva Vieira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A Arteterapia é um método de tratamento terapêutico que utiliza diversas técnicas expressivas a fim de melhorar a saúde do indivíduo. As vantagens deste método consistem em auxiliar no desenvolvimento motor, nos relacionamentos afetivos e no raciocínio, além de estimular a criatividade para se atingir níveis mais elevados de bem-estar, e apresenta-se como uma ferramenta capaz de minimizar conflitos internos, podendo ser realizado de forma individual ou em grupo. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi descrever uma atividade terapêutica realizada com acadêmicos de uma instituição pública no município de Santarém-PA através da arteterapia. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicos de Enfermagem e Fisioterapia de uma instituição pública do município de Santarém-PA, através do Projeto intitulado “Educa-Art Saúde”, durante a semana de Enfermagem por 2 anos seguidos (2016 e 2017). As técnicas utilizadas foram: mandala com linha simples e em 3D, pinturas com tinta e lápis de cor, confecção de chaveiros, filtro dos sonhos, pulseiras e colares de macramê, além da apresentação de música ao vivo, o que proporcionou maior concentração e sensação de bem-estar. Resultados: O ambiente universitário é caracterizado por correria, estresse e falta de tempo para dedicar-se a si mesmo e a sua própria saúde mental, a partir desta percepção, foi possível a realização de arteterapia, a fim de proporcionar a comunidade acadêmica uma atividade relaxante e diferenciada em seu cotidiano, promovendo saúde e bem-estar.  As técnicas foram desenvolvidas em um ambiente acolhedor e agradável, com exposição de pinturas com tintas/lápis e mandalas confeccionadas, a fim de instigar a curiosidade, a partir da produção de suas artes. Os acadêmicos relataram as sensações obtidas durante aplicação das técnicas, ressaltando a importância de ter mais momentos como este. Considerações finais: A academia tem a função de preparar cidadãos para que exerçam com excelência as suas competências técnicas e cientificas dentro da sociedade, no entanto, percebe-se que há uma fragilidade na formação em relação ao autocuidado do profissional de saúde, que com frequência acabam por negligenciar o psicossocial que pode ocasionar implicações na saúde mental. Dessa forma, é de fundamental importância, que haja um cuidado mais atento para a saúde dos futuros profissionais, não somente no fator biológico, mas também no fortalecimento do seu psíquico, onde a arteterapia associada à musica podem atuar como ferramentas importantíssimas na recuperação tanto de problemas físicos como emocionais.

1747 Oficina de autorretrato como instrumento de reflexão sobre autoestima em mulheres amazônicas com câncer na cidade de Manaus, Amazonas
Raquel Rodrigues Ferreira Rocha de Alencar, Samyra Ghaleb Hasan Zureiq, Juliana de Jesus Rodrigues Ramos, Bruno Vianei Real Antonio, Maria da Conceição Felix dos Santos, Rosana Pimentel Correia Moysés, Rosana Maria Leite

Oficina de autorretrato como instrumento de reflexão sobre autoestima em mulheres amazônicas com câncer na cidade de Manaus, Amazonas

Autores: Raquel Rodrigues Ferreira Rocha de Alencar, Samyra Ghaleb Hasan Zureiq, Juliana de Jesus Rodrigues Ramos, Bruno Vianei Real Antonio, Maria da Conceição Felix dos Santos, Rosana Pimentel Correia Moysés, Rosana Maria Leite

Apresentação: O presente trabalho consiste em um relato de experiência de uma oficina terapêutica sobre autoestima na vida de mulheres amazônicas com câncer que moram no Lar das Marias, instituição de apoio social localizada na cidade de Manaus. Esta oficina foi realizada pela equipe multiprofissional composta por acadêmicos de medicina, de enfermagem e psicólogos integrantes de um projeto de extensão. Este relato tem como objetivos descrever a reflexão das mulheres sobre sua autoestima a partir do diagnóstico do câncer, buscando perceber qual o impacto do adoecimento na autoestima das mesmas. Desenvolvimento do trabalho: Foi realizada a oficina de autorretrato, que utiliza como instrumentos 1 espelho e 3 bonecas, sendo uma boneca vestida com roupas de esporte, outra de bailarina, a terceira com um vestido fino de festa. No primeiro momento organizou-se as mulheres do Lar das Marias e a equipe multiprofissional em uma roda de conversa. Em seguida, as participantes foram questionadas sobre qual boneca cada uma delas se identificou mais, se alguma das bonecas recordava algum momento de suas vidas ou se alguém tinha vontade de ser uma das bonecas. No segundo momento as participantes eram orientadas a olhar no espelho, de modo que confrontassem sua própria imagem e refletissem sobre como se percebem atualmente. Resultados e/ou impactos: Um total de 22 mulheres participaram da atividade. Destas, 15 queriam ser a boneca bem vestida para ir a uma festa, 5 indicaram que a bailarina trouxe recordações de sua juventude, quando tinham um corpo bonito, e 2 quiseram ser a boneca esportista, pois sonhavam em praticar esportes. A maioria participou ativamente da oficina e referiu desejo de ter mais vaidade e cuidados com a beleza antes do diagnóstico e tratamento do câncer, pois agora não se sentiam mais motivadas a fazê-lo. Outras afirmaram nem se olhar mais no espelho após a doença, sentindo-se muito tristes por isso. Uma das mulheres, entretanto, indicou que após o diagnóstico de câncer passou a se cuidar mais, fazendo questão de maquiagem e roupas bonitas, demonstrando resiliência e esperança para lutar contra a doença. Considerações finais: A oficina de autorretrato permitiu as narrativas dos sentimentos destas mulheres, demonstrando que o adoecimento  tem impactos na sua autoestima e autoconfiança.  Contudo, a vaidade e a vontade de se cuidar não deixaram de existir, sendo a autoestima um fator relevante no processo de adoecer e de tratamento da doença, uma vez que influencia diretamente na qualidade de vida, na adesão ao tratamento e no bem-estar físico, social e mental das mulheres acometidas pelo câncer. Por fim, a participação multiprofissional na oficina fortalece a leitura do adoecimento a partir de diversas perspectivas de cuidado. 

2113 ARTETERAPIA UMA FERRAMENTA COADJUVANTE PARA SAÚDE
Suely Silva, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Irineia de Oliveira Bacelar Simplicio

ARTETERAPIA UMA FERRAMENTA COADJUVANTE PARA SAÚDE

Autores: Suely Silva, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Irineia de Oliveira Bacelar Simplicio

Apresentação: A arteterapia tem se configurada com ciência que utiliza-se da arte em geral como forma terapêutica através da expressão artística e do processo criativo. A lei nº 2.759, de Agosto de 2015, traz em seu bojo a valorização dos recursos expressivos de artes visuais, música, dança, canto, teatro, literatura, como elementos capazes de favorecer o processo terapêutico, buscando o autoconhecimento, a criatividade, a prevenção de estresse, bem como pode auxiliar no tratamento de pessoas com sofrimento mental, tem se mostrado tão eficiente que foi incluída como política pública através da aportaria nº 849, de 27 de março de 2017. Dessa forma objetivo deste estudo é descrever experiência da arteterapia desenvolvida pelo projeto EDUCA-ART Saúde na orla da cidade de Santarém. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, vivenciado por discentes e docente que integram o projeto EDUCA-ART Saúde, em uma ação do projeto UEPA na comunidade desenvolvido em meados de outubro de 2017.  Para estrutura utilizou-se de: uma tenda, dez colchonetes, duas mesas e oito cadeiras. Para o desenvolvimento da atividade terapêutica fez-se uso de fios de algodão de diversas cores palitos, tesouras par construção de mandala, papel e caneta para registro de sentimentos e sensações. A análise se deu por meio da observação participativa e analise critica reflexiva. Resultados e/ou impactos: Durante o desenvolvimento da arteterapia oferecido pelo projeto EDUCA-ART Saúde, evidenciou-se que o processo terapêutico teve bastante aceitação da comunidade, observado através da expressão facial de satisfação e alegria ao contempla sua criação; relato verbal de desestresse marcado pela descontração do mento criativo; depoimento escritos no livro de registro e registro fotográficos, a partir da descrição vimos como a arte tem contribuído para satisfação pessoal, embora sua utilização seja relativamente recente, tem se estabelecido como um excelente método terapêutico Outra constatação foi a participação de público bem diversificado agregando adultos, jovens, crianças e idosos. Considerações Finais: Percebeu-se que a arteterapia vem conquistando espaço com terapêutica alternativa e coadjuvante na prevenção e tratamento de agravos relacionados aos desconfortos da alma. Participar do Projeto voltado para arte e relacioná-lo a saúde, tem sido uma experiência extremamente gratificante, pois favorece benéficos mutuo para o usuário, como também ao profissional de saúde em formação, por fim favorece uma reflexão técnico-cientifico para discente.

3061 OFICINA DE ARTETERAPIA COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA UTILIZADA COM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Stephanie Grazielly Rodrigues Mercado, Jaqueline Jaqueline Simionatto

OFICINA DE ARTETERAPIA COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA UTILIZADA COM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Autores: Stephanie Grazielly Rodrigues Mercado, Jaqueline Jaqueline Simionatto

Introdução: A Arteterapia é um dispositivo terapêutico, inovador e eficaz que utiliza a expressão da arte como recurso para a promoção da saúde. Fundamentada na criação artística dos indivíduos que estimula os canais de percepção, comunicação e sensibilidade, e assim contribui para melhorar as dimensões de saúde e a qualidade de vida dos idosos. Objetivo: estimular a auto expressão e criatividade; melhorar funções cognitivas e físicas funcionais; desenvolver/resgatar habilidades dos idosos moradores de Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), em Campo Grande/MS. Metodologia: Foram realizadas 48 Oficinas de Arteterapia (OA) de julho a dezembro 2017, frequência de duas vezes/semana, com 20 idosos de uma ILPI. Os participantes foram convidados a realizar produções livres artísticas e/ou pinturas utilizando diversos materiais como lápis de colorir, canetinhas e giz de cera, na qual era oferecida uma folha com desenho impresso para colorir, onde os idosos eram estimulados a pintar ou ate mesmo desenhar. A equipe da OA, acadêmicos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS e técnicos da ILPI, estimulavam e auxiliavam a participação dos idosos nas atividades. Ao final da OA, a produção artística foi exposta na ILPI. Resultados: Foram altamente relevantes e positivos para todos. Com relação aos participantes, observou-se melhora nas dimensões cognitivas mentais ­­(elevação da auto estima, memória e interações sociais) e na físico-funcional (coordenação motora, execução das AVDs), além do resgate de habilidades dos idosos. Para a equipe, o conhecimento das potencialidades e habilidades pessoais, podem nortear ações individualizadas para a melhoria do cuidado e da assistência, além de proporcionar novas vivências pessoais que contribuíram para a formação profissional. Para a ILPI e moradores, a OA, constitui-se em um espaço de liberdade de expressão, resgate de reminiscências, reconstrução da integração e socialização. Considerações Finais: OA mostrou ser como um espaço de troca de conhecimentos fundamental para todos os atores do cenário da ILPI. Para além do bem-estar mental e físico, tornou-se um espaço para reflexão de novas práticas para promoção à saúde, prevenção de declínios da senescência, resgate de identidade e reintegração à sociedade.

5234 PINTANDO ATRÁS DAS GRADES: A ARTE DA PINTURA PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO HOMEM ENCARCERADO
Purdenciana Ribeiro de Menezes, Odaléia de Oliveira Farias, Camila Teixeira Moreira de Vasconcelos

PINTANDO ATRÁS DAS GRADES: A ARTE DA PINTURA PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO HOMEM ENCARCERADO

Autores: Purdenciana Ribeiro de Menezes, Odaléia de Oliveira Farias, Camila Teixeira Moreira de Vasconcelos

Apresentação: A promoção da saúde, considerada atualmente um campo conceitual e de práxis, tem influenciado a organização do sistema de saúde de diversos países e regiões do mundo. O trabalho coletivo incita a elaboração de programas educacionais, envolvendo artes para a promoção da saúde voltados à população carcerária. Nesse âmbito, cabe à educação em saúde promover hábitos de vida saudáveis ao articular saberes técnicos e populares e mobilizar recursos individuais e coletivos, promovidos através da pintura. O trabalho coletivo incita a elaboração de programas educacionais para a promoção da saúde voltados à população carcerária. O presente trabalho norteia-se pelo objetivo de relatar a experiência da aplicação de ações para promoção da saúde para homens encarcerados. Desenvolvimento do Trabalho: Este estudo consiste em um relato de experiência vivenciado pela equipe de saúde prisional, de um presídio do estado do Ceará. Refere-se neste relato, às ações educativas realizadas no período de janeiro à junho de 2017. As ações são repassadas para os internos, pela equipe de saúde do presídio, composta pela enfermeira, técnica de enfermagem, dentista, auxiliar de dentista, auxiliar de farmácia, e, médico. Para tanto, forma-se grupos que se reúnem para elaborar as ações, sendo um período para cada temática e após escolha aleatória do grupo inicia-se a apresentação. Enquanto um grupo apresenta a oficina, os demais discentes participam observando e anotando os aspectos que acreditem ser relevantes para a discussão que ocorre no final da apresentação. Resultados: Durante o processo de construção das oficinas pedagógicas educativas em cada ação, observou-se que alguns internos apresentavam uma resistência a metodologia utilizada, demonstrando dificuldade em construir coletivamente o conhecimento acerca do emponderamento e da co-responsibilização. Entretanto, no decorrer das oficinas essa postura deu lugar a uma construção coletiva prazerosa e de grande relevância para todos, pois eles passaram a identificar suas fragilidades dos seus conhecimentos e a partir daí começaram a compreender que o importante não são os conhecimentos ou ideias nem os comportamentos corretos, mas o aumento da capacidade do interno como agente de sua própria transformação social, para detectar os problemas reais e buscar soluções originais e criativas. Considerações Finais: É importante abordar a promoção da saúde para pessoas encarceradas, através da arte da pintura, pois, observa-se que há uma predominância do modelo biomédico de atenção à saúde para os homens encarcerados. Consideramos que esta pesquisa aborda práticas e saberes em um campo ainda pouco explorado. Ressalta-se a necessidade de avançar nesta temática, pois este trabalho pretende se somar aos conhecimentos sobre a saúde de homens presos e suas interfaces.