278: O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.Eduardo Galeano
Ativador: A definir
Data: 01/06/2018    Local: Tenda Saúde Fazendo Arte    Horário: 15:30 - 17:30
ID Título do Trabalho/Autores
658 Saúde e bem-estar proporcionados pelo brincar: relato de experiência do estágio de Psicologia Institucional na APAE
Anchielle Crislane Henrique Silva, Alana Nami Santos Paes, Silvana dos Santos Silva, Fabiana Regina Da Silva Grossi

Saúde e bem-estar proporcionados pelo brincar: relato de experiência do estágio de Psicologia Institucional na APAE

Autores: Anchielle Crislane Henrique Silva, Alana Nami Santos Paes, Silvana dos Santos Silva, Fabiana Regina Da Silva Grossi

Resumo O presente trabalho consiste num relato de experiência do estágio profissional de Psicologia institucional que está sendo realizado na APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, em uma cidade do oeste da Bahia no período de setembro a dezembro de 2017, durante o qual estão sendo realizadas intervenções individuais e observações coletivas de uma turma de 5 alunos com Transtorno do Espectro Autista e Deficiência Intelectual, com idades entre 9 e 12 anos de idade. As intervenções têm duração de quatro horas semanais, sendo elaboradas propostas de intervenções individual e coletivas antecipadamente pelas estagiárias. Todas as intervenções são realizadas de forma lúdica, as quais envolvem brinquedos pedagógicos, livros e materiais confeccionados pelas próprias estagiarias, como, por exemplo, caderno sensorial ou jogos utilizando recicláveis, pois através do brincar a criança desenvolve a sociabilidade, a criatividade, a imaginação, a agilidade, a coordenação motora e orientação espacial, além de autonomia em atividades da vida diária, por meio da experimentação. Vale ressaltar que as brincadeiras também são importantes no desenvolvimento emocional e da personalidade da criança. As professoras da instituição também desenvolvem seu trabalho através do lúdico, por meio de brincadeiras e jogos, visto que o desenvolvimento da criança não depende somente de conteúdos curriculares, mas de atividades que promovam sua autonomia e independência. A troca de informações com a professora responsável pela turma facilita e muito o desenvolvimento do estágio, no entanto, as famílias não são tão participativas, o que dificulta o processo devido falta de informações mais detalhadas sobre gostos e interesses das crianças.      

734 AGIR EDUCATIVO CUIDATIVO NO COMPLEXO AQUÁTICO DA UEPA CAMPUS SANTARÉM-PA-BRASIL
Juliana Farias Vieira, Franciane de Paula Fernandes, Nathaly Silva Freitas, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Zaline de Nazaré Oliveira de Oliveira

AGIR EDUCATIVO CUIDATIVO NO COMPLEXO AQUÁTICO DA UEPA CAMPUS SANTARÉM-PA-BRASIL

Autores: Juliana Farias Vieira, Franciane de Paula Fernandes, Nathaly Silva Freitas, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Zaline de Nazaré Oliveira de Oliveira

Introdução: A saúde é determinada pelo completo bem estar físico, mental e social. Considerando este contexto, tornou-se importante para o tratamento de qualquer doença justificar o impacto social, físico e psicológico que o quadro de evolução do paciente exige, aumentando assim a preocupação com as repercussões de patologias sobre a qualidade de vida dos indivíduos. Diante disso, temos o exemplo da água como um grande potencial de cura, um veículo de calor ou frio para o corpo. Aplicada a determinadas regiões corporais, opera modificações que atingem em primeiro lugar, o sistema nervoso, o qual, por sua vez, age sobre o aparelho circulatório, produzindo efeitos sobre a termorregularização corpórea, ação esta presente no tratamento hidroterápico. Objetivo: Descrever a experiência da atuação da enfermagem em um projeto de extensão universitária. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência desenvolvido por discentes e docentes da Universidade do Estado do Pará - Campus XII Santarém. A experiência refere-se ao projeto agir educativo cuidativo no complexo aquático da UEPA-Campus XII direcionado para a comunidade acadêmica bem como usuários do Sistema Único de Saúde. Resultados: A educação em saúde (agir educativo) foi desenvolvida com a abordagem interdisciplinar mediante necessidades em saúde evidenciadas através da consulta de enfermagem. O acolhimento humanizado e escuta sensível da equipe de enfermagem oportunizava um cuidado diferenciado. Na consulta de enfermagem (agir cuidativo) foi possível realizar a sistematização da assistência de enfermagem, e suas respectivas evoluções de enfermagem, além da organização e gerenciamento do serviço para o bom andamento das atividades do projeto. Considerações finais: A experiência no projeto de extensão universitária foi de grande valia para a prática de enfermagem além de proporcionar uma integração ensino-serviço-comunidade. O projeto oportunizou momentos de aprendizado pessoal, profissional e uma aproximação com o usuário do sistema único de saúde que relatavam melhora do quadro clínico no decorrer das atividades do projeto. Além disso, como experiência voluntária, a prática do atendimento realizado pelos universitários na hidroterapia contribuiu bastante para o desenvolvimento de técnicas em enfermagem.

1908 Contribuições De Um Projeto Extensionista Para Crianças Hospitalizadas: Um Relato De Experiência
Maria Tatiana Guimarães da Costa

Contribuições De Um Projeto Extensionista Para Crianças Hospitalizadas: Um Relato De Experiência

Autores: Maria Tatiana Guimarães da Costa

Introdução: É inegável que crianças não são adultos em miniatura, diferente disso são indivíduos especiais com mentes, corpos e necessidades únicas. Ao serem hospitalizadas, ocorre uma transformação repentina de toda a rotina em que estão inseridas. Naturalmente, a ansiedade e o estresse são consequências do distanciamento do seu lar, de seus pertences, e de seus familiares, já que a hospitalização também traz consigo a percepção da fragilidade, o desconforto da dor, e acentuadamente para as crianças, o medo da morte. Dessa forma, o brincar na instituição hospitalar vem ocupando um papel importante no que se refere ao processo de humanização da assistência, além de estar ganhando espaço significante no estudo da hospitalização infantil. O Estatuto da Criança e do Adolescente no seu art. 11 destaca que por intermédio do Sistema Único de Saúde, é assegurado o acesso integral às linhas de cuidado voltados à saúde da criança e do adolescente. Diante disso, o enfermeiro possui autonomia e competência suficientes para prestar cuidado integral e humanizado, visando de acordo com a teoria de Peplau a relação enfermeiro-cliente, observando que o cliente é um individuo com uma necessidade, e a enfermagem é um processo interpessoal e terapêutico. Ante o exposto, a criança, como ser singular, necessita da enfermagem no seu mais intrínseco papel. Nesse sentido e apercebendo-se a importância dos projetos extensionistas nesse contexto de hospitalização da criança, o projeto de extensão Terapia Intensiva da Alegria (TIA), vem como eixo para fomentar este papel. Objetivo: Relatar as contribuições de um projeto extensionista de enfermagem que desenvolve ações lúdico-terapêuticas para crianças hospitalizadas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência a partir de vivências no desenvolvimento de ações lúdico-terapêuticas para crianças hospitalizadas, que ocorreu de agosto a dezembro de 2017, no Projeto de Extensão Terapia Intensiva da Alegria (TIA), do curso de Bacharel em Enfermagem, do Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM/ULBRA. O Projeto apresenta-se em hospitais públicos e privados, da cidade de Manaus-AM, e utiliza de brincadeiras e musicoterapia, além de incentivar aos seus membros a busca pela cientificidade das ações realizadas, considerando que o brincar e a música fazem parte de um método eficaz, que contribui verdadeiramente para a recuperação da criança. Resultados: Durante o segundo semestre do ano de 2017 o Projeto de Extensão Terapia Intensiva da Alegria (TIA) apresentou-se em hospitais públicos e privados da cidade de Manaus. Tendo em vista, que a Universidade tem por objetivo fomentar projetos e programas de extensão, e, por conseguinte a extensão universitária é a ação junto à comunidade externa, possibilitando o compartilhamento do conhecimento adquirido, nesses cinco meses foram vivenciadas experiências significativas, que foram de encontro com conhecimentos adquiridos na academia. Muito além disso, a prática de atividades extracurriculares que não dizem respeito apenas à assistência de técnicas e procedimentos dentro do ambiente hospitalar, possibilita a visão de um universo bastante diferente do que se esta acostumado. As brincadeiras e a musicoterapia no contexto hospitalar se mostram como instrumento de intervenção utilizado como forma da criança construir estratégias de enfrentamento em relação à doença, hospitalização, comunicação e resolução de conflitos. Além dessa perspectiva, e percebendo que a experiência que permeia a hospitalização produz sentimentos estressantes não apenas à criança, mas significativamente também a família, o projeto contribuiu assim nos mais amplos aspectos. O mais relevante e singular, não foi trabalhar o que elas estão impedidas de fazer porque estão doentes e, sim, o que elas podem fazer mesmo estando doentes. É perceptível que brincar e cantar faz-se ganhar vida e a doença torna-se apenas papel de fundo nesse cenário, sem grande significância no momento da brincadeira. O lúdico é peça essencial para a desmistificação da doença pela criança e a música é sem dúvidas a protagonista nessa função. Através da música e utilizando-se de todos os seus elementos – ritmo, som, melodia, timbres e harmonia – os membros do projeto criaram paródias e buscaram levar alegria, de forma criativa e dinâmica. Entende-se dessa maneira que quando se unem as canções às crianças, o objetivo é proporcionar um retorno ao ambiente aconchegante de casa, além de promover o desenvolvimento psicomotor, a expressão de sentimentos e a sensação evidente de ser criança, de brincar e gastar energia. Percebeu-se que através de um relacionamento seguro e construtivo é possível uma atuação adequada da enfermagem, que permitindo a participação do projeto dentro do ambiente hospitalar possibilitou uma vasta gama de experiências aos seus pequenos pacientes e seus familiares. Também foi perceptível que mesmo se tratando de crianças com alguma limitação física ou motora, o brincar não possui limitação, visto que pode ser empregado no próprio leito respeitando a condição da criança e seu estado de saúde. Dessa maneira, não há impedimentos em utilizar o brincar e a musicoterapia, mas sim respeito às limitações que a criança apresenta no momento. É palpável que dentre os vários sentimentos que podem ser presenciados ao participar de um projeto de extensão que potencializa o brincar e a musicoterapia, o que mais se sobressai certamente é a gratidão, e este vem através do sorriso e olhar atento de cada criança, que por determinado momento esquece a experiência fatigante e estressante que é a hospitalização. Considerações Finais: Notoriamente, o brincar é direito da criança, devendo fazer parte da sua rotina de vida, pois proporciona lazer e distração, bem como a interação nos ambientes onde se realizam tais ações. Diante da realidade vivenciada nos cenários onde as crianças estão inseridas, foi possível evidenciar a marginalização das atividades lúdico-terapêuticas. Acredita-se assim que o Projeto TIA fomenta grandes possiblidades de se fazer cumprir esse direito. Visto que a literatura emprega ao brincar no hospital expressiva relevância e devido aos seus benefícios, torna-se importante também compreender a sua utilização no espaço hospitalar, e o que particulariza a intervenção da enfermagem, relacionando com as outras áreas profissionais da saúde, que também utilizam o brincar como recurso terapêutico indispensável para o tratamento da criança em sofrimento. Assim sendo, é neste cenário que a enfermagem precisa se inserir de maneira a tornar o mais agradável possível a estadia da criança no hospital, sensibilizando-se para captar as suas reais necessidades, com a maior paciência possível. Uma maneira de tornar isto factível é permitindo a projetos extensionistas como o TIA a realização de atividades lúdico-terapêuticas com as crianças internadas, visando uma melhor recuperação das mesmas.

3128 A Importância da Neuropsicopedagogia no Brincar com Intervenção do Terapeuta Ocupacional no Desenvolvimento da Criança com Autismo
Daniel Nunes Miranda, Liliane Bento Armond Aguiar, Valéria da Rocha Silveira Bernardo, Leandro dos Reis Lage, Débora da Silva Albani Martins

A Importância da Neuropsicopedagogia no Brincar com Intervenção do Terapeuta Ocupacional no Desenvolvimento da Criança com Autismo

Autores: Daniel Nunes Miranda, Liliane Bento Armond Aguiar, Valéria da Rocha Silveira Bernardo, Leandro dos Reis Lage, Débora da Silva Albani Martins

O estudo tem como objetivo demostrar que os saberes da Terapia Ocupacional, por meio da ferramenta do brincar - condutor lúdico natural e inconsciente - pode trabalhar no indivíduo com TEA, acessos que vão estimulá-lo e envolve-lo de maneira aprimorada e ampla, tornando-o capaz de construir pontes para que consiga alcançar seus objetivos, perpassando os mais diversos espaços na sociedade (família, escola e convívio social). A revisão de literatura foi realizada no período de 20 de fevereiro à 30 de abril de 2017 via eletrônica na Biblioteca Virtual em Saúde - BVS - utilizando os seguintes descritores: “autismo” e “autismo infantil”. Foram utilizados os seguintes filtros para a busca: texto completo, artigo científico e idioma português. Como resultados foi possível observar que o ato de brincar é muito utilizado no processo de aprendizagem terapêutica. Durante a aprendizagem a criança estimula a atenção e concentração, aspectos fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e o motor. O aprendizado depende de outros fatores como estímulos, interesse da funcionalidade das estruturas que irão receber esses estímulos e, principalmente, da atenção que a criança possui. O surgimento de crianças com diagnóstico de TEA tem sido ampliado, assim como a demanda pela procura de tratamentos diferenciados. Existe grande preocupação por parte dos terapeutas quanto à preconceitos e dificuldades sofridas pelos portadores de TEA na sociedade. A conscientização às famílias é fundamental para resultados satisfatórios na orientação e tratamento da criança. É necessário que as crianças, ao apresentarem os primeiros sinais de atitudes e comportamentos incomuns sejam direcionadas à um profissional qualificado. O desenvolvimento e tratamento varia de acordo com as peculiaridades de cada indivíduo. Existe grande frustração por parte dos pais ao obterem o diagnóstico de TEA em seus filhos, o que por sua vez torna ainda mais importante a orientação por um profissional, buscando potencializar o desenvolvimento da criança. Por fim, estudos literários indicam que o TEA não tem cura. E por ser uma patologia com elevados níveis de comprometimento da saúde mental, toda criança possui um plano específico de tratamento que será modificado à medida que consiga alcançar as metas propostas pelos profissionais que a estão assistindo, oportunizando uma qualidade de vida superior à essas crianças. 

3386 Brinquedos de Saúde: BEC Bloco como Território de Redução de Danos e Produção de Saúde
Samara de Castro Milhomem, Bruno Ferreira dos Passos, Larissa Gonçalves Medeiros, Ana Carolina Marceliano Nunes, Wanderson Carvalho Neves, Armando de Mendonça, Vitor Nina, Gilberto Guimarães

Brinquedos de Saúde: BEC Bloco como Território de Redução de Danos e Produção de Saúde

Autores: Samara de Castro Milhomem, Bruno Ferreira dos Passos, Larissa Gonçalves Medeiros, Ana Carolina Marceliano Nunes, Wanderson Carvalho Neves, Armando de Mendonça, Vitor Nina, Gilberto Guimarães

Este trabalho é um recorte de uma pesquisa-extensão , em andamento, nas ruas e outros espaços públicos na capital paraense, que tem como dinâmica de atuação os Brinquedos de Saúde, concebidos pela Associação Viramundo, grupo que atua nas intersecções entre saúde e arte, como práticas territoriais de produção de saúde, que se sustentam na construção de tecnologias leves de cuidado, através da ludicidade, da expressão artística e do intercâmbio de saberes e práticas populares, com o objetivo de produzir potência e mudança no cotidiano de seus participantes.  Em janeiro de 2017, nasce, fruto de uma parceria com o Dirigível Coletivo de Teatro, o Brinquedo de Encontro na Cidade, BEC Bloco, um cortejo percussivo e cênico, bloco de carnaval de todas as épocas, que tem como público-alvo população em situação de rua, usuários e servidores da rede de saúde mental, fazedores de cultura e simpatizantes, tendo como um de seus objetivos provocar o debate à cerca da redução de danos (RD) e da guerra às drogas, utilizando como método a ocupação artística da cidade onde se constitui como um dispositivo poético-político de reconstrução do tecido social, simbólico e afetivo, além de se sustentar enquanto um território de inclusão e sustentação das diferenças, de manifestação livre e brincante pelo direito à cidade e de uma potência micropolítica que opera no detalhe, no fluxo das intensidades, sendo assim uma rede heterogênea composta de crenças e desejos. A RD constitui-se como um conjunto de estratégias de saúde pública que tem por objetivo reduzir, e/ou prevenir as consequências negativas associadas ao uso abusivo de álcool e outras drogas, tornando-se uma alternativa às práticas que têm como meta exclusiva a abstinência de drogas. O BEC Bloco propõe então o estado brincante como uma ferramenta aliada à RD, ao passo que durante o cortejo, produz-se formas de lazer não viciadas, que adiam o consumo das substâncias em questão, produzindo desta forma saúde, atenção e cuidado às populações que estão à margem da sociedade e invisíveis aos olhos do Estado e das políticas públicas de saúde.