35: Desenvolvimento do trabalho: uma estratégia para melhoria do serviço
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 03 - Candiru    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
431 CENTRO DE REFERÊNCIA EM POLÍTICAS SOBRE DROGAS (CRR II) NO PARÁ E A EDUCAÇÃO PERMANENTE DE PROFISSIONAIS DA REDE INTERSETORIAL PARA O ACOLHIMENTO E CUIDADO A PESSOAS QUE USAM DROGAS
José de Arimateia Reis, Pedro Paulo Freire Piani, Ana Cleide Guedes Moreira

CENTRO DE REFERÊNCIA EM POLÍTICAS SOBRE DROGAS (CRR II) NO PARÁ E A EDUCAÇÃO PERMANENTE DE PROFISSIONAIS DA REDE INTERSETORIAL PARA O ACOLHIMENTO E CUIDADO A PESSOAS QUE USAM DROGAS

Autores: José de Arimateia Reis, Pedro Paulo Freire Piani, Ana Cleide Guedes Moreira

O CRR II para Formação em Políticas sobre Drogas da Universidade Federal do Pará é voltado à educação permanente de atores governamentais, não governamentais e lideranças comunitárias que atuam na prevenção, cuidado e inserção social de pessoas com uso problemático de drogas. A experiência formativa realizada buscou uma nova configuração, acionando a participação ativa dos profissionais da rede com as diretrizes da política nacional. Objetivo: Promover formação ativa e pesquisa na perspectiva da política nacional sobre drogas. Metodologia: Realização de 09 processos formativos na região metropolitana de Belém e Ananindeua, 2 oficinas em Santarém e 02 seminários. Etapas dos processos formativos: 1- Teórico-conceitual (com exposições, rodas de conversa e matriciamento da intervenção em rede); 2- Oficinas de Escuta e Oficina de Linguagens. Uma pesquisa está em andamento e avaliará o impacto da formação no acolhimento e no cuidado à população beneficiária da política sobre drogas. Resultados: A participação dos profissionais da rede intersetorial, num total de 643, se deu de forma ativa com envolvimento nas atividades formativas e destaque para as Oficinas de Escuta e Oficinas de Linguagens, que trabalharam os casos atendidos pelos profissionais e o corpo como agente terapêutico capaz de assumir novas perspectivas. A desistência na formação foi de 5%, considerada baixa. As metodologias participativas foram os pontos fortes do processo, promovendo o envolvimento intenso dos trabalhadores, a reflexão crítica e o posicionamento enquanto coresponsáveis por mudanças no acolhimento e cuidado nos serviços às pessoas que usam drogas.

1621 Oficinas de trabalho da Estratégia Amamenta Alimenta Brasil nas Unidades Básicas de Saúde da Zona Leste de Manaus
THAIZE MARIA SILVA LIMA, ROSEANE DIBO DANTAS MUNIZ, VERAMOR VIEIRA FREIRE, JOCILANE LIMA DE ALMEIDA VASCONCELOS

Oficinas de trabalho da Estratégia Amamenta Alimenta Brasil nas Unidades Básicas de Saúde da Zona Leste de Manaus

Autores: THAIZE MARIA SILVA LIMA, ROSEANE DIBO DANTAS MUNIZ, VERAMOR VIEIRA FREIRE, JOCILANE LIMA DE ALMEIDA VASCONCELOS

A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil(EAAB)", foi lançada em 2012, pelo Ministério da Saúde, com o objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica para reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para a efetivação da EAAB é necessário formar os profissionais da Atenção Primária por meio de oficinas de trabalho na Unidade Básica de Saúde(UBS), para posterior certificação da equipe. De 2015 a 2016, 14 equipes do Distrito de Saúde Leste(DISAL)/Secretaria Municipal de Saúde(SEMSA), em Manaus, foram capacitadas e certificadas. Durante o ano de 2017, no Distrito de Saúde Leste(DISAL), as oficinas de trabalho da EAAB foram realizadas em 09 unidades (02 UBS Tradicionais, e 07 UBS da Estratégia saúde da Família-ESF), com todos os profissionais, de diferentes formações e/ou funções. Nestas oficinas os profissionais de cada UBS discutiram a prática do aleitamento materno(AM) e alimentação complementar saudável(ACS) e articulam ações para promover, proteger e apoiar a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável, na realidade local. Cada uma das oficinas foi ministrada por 03 ou mais tutoras da EAAB, em cinco horas, em um turno de serviço, no espaço de cada UBS e incluiu: discussões com perguntas direcionadas, leitura em grupo, dramatização de situações e problemas com AM e ACS, propostas pelo grupo segundo suas vivências. Em todas as oficinas as tutoras observaram que os profissionais, de todas as áreas, ainda tinham muitas dúvidas sobre este tema, e, depois das oficinas, estes referiam melhor comreensão e vontade de praticar e compartilhar no seu território o conhecimento adquirido. Há equipes que imediatamente já incluíram ações de promoção do aleitamento materno e alimentação saudável nas suas atividades coletivas mensais.  No final de cada oficina, as equipes pactuam uma planilha para a realização ações educativas individuais e coletivas, monitoramento dos índices de aleitamento e alimentação dos usuários por meio da ficha de Marcador de Consumo Alimentar do e-SUS, e um fluxograma de atendimento da EAAB específico para UBS da SEMSA, sob supervisão da tutoras locais. As equipes já capacitadas em 2017 têm realizado as ações pactuadas e recebem monitoramento das tutoras, a fim de que em breve seja feita a certificação EAAB destas. De 2015 a 2016, 14 equipes do Distrito de Saúde Leste(DISAL) foram capacitadas e certificadas.

2421 Formação em Lian Gong para trabalhadores de saúde como aposta na ampliação de ofertas ao cuidado dos usuários com dores osteomusculares crônicas: fortalecendo as estratégias de promoção e prevenção na estratégia de saúde da família
Paula Bertoluci Alves Pereira, Claudielle de Santana Teodoro, Rosimary de Oliveira Pedrosa, Cristiane Lopes de Souza, Talita Luíza Faria

Formação em Lian Gong para trabalhadores de saúde como aposta na ampliação de ofertas ao cuidado dos usuários com dores osteomusculares crônicas: fortalecendo as estratégias de promoção e prevenção na estratégia de saúde da família

Autores: Paula Bertoluci Alves Pereira, Claudielle de Santana Teodoro, Rosimary de Oliveira Pedrosa, Cristiane Lopes de Souza, Talita Luíza Faria

INTRODUÇÃO:As dores osteomusculares crônicas (DOC) geralmente são causadas por doenças crônico degenerativas e não infeciosas, tendo impacto na saúde funcional e na qualidade de vida dos indivíduos, sendo importante considerar aspectos epidemiográficos do envelhecimento populacional e também os aspectos laborais e a necessidade de elaboração de novas estratégias para o cuidado dessa população. O cuidado em saúde a estes usuários ainda está pautado em ações médico centradas, com foco na doença, levando ao uso em excesso de medicamentos e do consumo das consultas na atenção especializada, ao invés do fortalecimento do cuidado por meio da estratégia saúde da família (ESF). Considerando a necessidade em produzir novas alternativas de cuidado aos usuários com DOC, a equipe de apoiadores de saúde do território cinco realizou a formação em “Lian Gong 18 terapias parte anterior” aos trabalhadores de saúde de três unidades básicas de saúde (UBS) do território. O Lian Gong é uma prática integrativa corporal (PIC) de origem chinesa e reconhecida mundialmente como estratégia para prevenção e promoção da saúde e faz parte do rol de atividades preconizadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas Corporais do Ministério da Saúde. Este trabalho é parte integrante das ações destinadas à reorganização da linha de cuidado em DOC realizadas ao longo do ano de 2016 no município de São Bernardo do Campo-SP.OBJETIVOS:Formar trabalhadores da saúde das UBS do território cinco em Lian Gong – 18 terapias; Dar subsídios aos trabalhadores das equipes ESF na implantação de grupos de PIC nas UBS;Fortalecer a linha de cuidado aos usuários com DOC, ampliando as ofertas de promoção, prevenção e tratamento na atenção básica, qualificando o acesso e manejo dos mesmos pelas equipes ESF.Potencializar o rol de atuações dos trabalhadores que compõe a equipe ESF, estimulando práticas que não sejam médico centradas.METODOLOGIA:Desde agosto de 2016 os apoiadores em saúde do território cinco vem realizando a prática do Lian Gong nos espaços de educação permanente territorial e nas reuniões gerais e das equipes ESF a fim de sensibilizar os trabalhadores das cinco UBS do território quanto à necessidade de ampliação das ofertas para prevenção e promoção, bem como conhecerem a técnica do Lian Gong enquanto PIC.O curso foi facilitado por duas apoiadoras em saúde do território cinco que possuem a formação em Lian Gong 18 terapias parte anterior e contou com a participação de nove trabalhadores da saúde: quatro agentes comunitários (ACS) da UBS Silvina, um ACS da UBS Leblon, dois ACS da UBS Selecta, um auxiliar de saúde bucal e um dentista da equipe de saúde bucal da UBS Selecta.Ao longo de dois meses, no período de novembro a janeiro de 2016, foram realizados dez encontros com trabalhadores da saúde a fim de capacitá-los para a realização do Lian Gong. Os seguintes temas foram abordados durante a capacitação: problematização sobre a saúde e o manejo das DOC; linha de cuidado das DOC; técnicas de relaxamento, automassagem e alongamento; técnica do Lian Gong 18 terapias parte anterior. Durante a formação, os participantes foram divididos em dois grupos e elaboraram um projeto de intervenção com base na singularidade das UBS em que atuam. Ao final, foi traçado um planejamento em cada UBS com os apoiadores em saúde que facilitaram a capacitação junto aos trabalhadores envolvidos e seus respectivos coordenadores a fim de iniciarem a implantação dos projetos de intervenção os quais envolvem o cuidado em saúde do trabalhador e a ampliação de oferta aos usuários com a criação de grupos de PIC.RESULTADOS:Ao longo da capacitação, os trabalhadores envolvidos sinalizaram que a prática em Lian Gong proporcionou melhora de sua capacidade funcional, com aumento da percepção corporal, flexibilidade, força muscular e concentração, diminuição das dores crônicas, relaxamento muscular e sincronização do ritmo respiratório.A formação promoveu discussões sobre o cuidado em saúde e reflexão acerca das ofertas existentes atualmente em cada serviço, o que vem motivando a construção de novas estratégias para o manejo dos usuários com DOC, bem como ações voltadas para a saúde do trabalhador.A participação de trabalhadores da ESF que não centradas no papel do médico e enfermeiro possibilitou fortalecer a atuação de outros núcleos profissionais, tais como os ACS e equipe de saúde bucal, produzindo novos protagonistas para a ampliação da caixa de ferramentas no cuidado em saúde, bem como a potencialização dos mesmos enquanto agentes multiplicadores das práticas integrativas corporais.Além disso, o projeto de intervenção elaborado pelos mesmos vem mobilizando as equipes ESF de suas unidades de referência na sensibilização e manejo dos usuários com dores crônicas, bem como transversalizando as discussões junto a outras linhas de cuidado, tais como do cuidado materno infantil por meio dos grupos de gestantes, e inclusão em outros grupos existentes nas unidades de saúde como estratégia para diversificar o leque de atividades.CONSIDERAÇÕES FINAIS:Considerando a complexidade no cuidado aos usuários com DOC, bem como a potência das PIC como estratégia para qualificação das ofertas e cuidado em saúde, faz-se essencial produzir novas alternativas de cuidado junto à ESF.A capacitação de trabalhadores que atuam na ESF em técnicas voltadas às PIC vem se constituindo como uma importante estratégia para a qualificação do cuidado em saúde. A implantação de grupos de Lian Gong nas UBS por meio de projetos elaborados pela própria equipe dá sentido ao seu trabalho no cotidiano e garante o papel de prevenção e promoção da saúde no território, enquanto pilares da ESF.Além disso, produz-se o envolvimento de atores da ESF enquanto protagonistas e agentes multiplicadores para potencializar a construção de uma rede de conexões no cuidado aos usuários com dores osteomusculares crônicas, almejando a sua qualidade de vida.  

2497 O Desvelar de casos de sífilis a partir da implantação do teste rápido em uma comunidade no interior do Maranhão: Um relato de experiência
EURINETE CATARINA GUIMARAES DA SILVA, Rizioleia Marina Pinheiro Pina, Anna kelly Martins Lima, Lannaudrey Gonçalves Silva Barros

O Desvelar de casos de sífilis a partir da implantação do teste rápido em uma comunidade no interior do Maranhão: Um relato de experiência

Autores: EURINETE CATARINA GUIMARAES DA SILVA, Rizioleia Marina Pinheiro Pina, Anna kelly Martins Lima, Lannaudrey Gonçalves Silva Barros

A sífilis é uma doença infecciosa crônica, que desafia há séculos a humanidade. Acomete praticamente todos os órgãos e sistemas e, apesar de tratamento eficaz e de baixo custo, vem se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais. Este estudo consiste em um relato de experiência dos profissionais da Estratégia Saúde Família (ESF), no interior do Maranhão ocorrido no mês de outubro de 2016 e teve como objetivo enfatizar a importância da implantação do testes rápido na atenção primária para detecção de Infecções   Sexualmente Transmissíveis (IST) e das atividades de educação em saúde para prevenção das mesmas. O interesse em investigar casos de IST especificamente a sífilis, surgiu em uma roda de conversa com homens e mulheres da área de abrangência de uma Estratégia Saúde da Família, onde discutiu-se os sinais e sintomas das principais IST, incidência, modo de transmissão, agente etiológico e diagnostico. Na ocasião foi apresentada à comunidade a implantação do teste rápido como ação da rede cegonha, inicialmente ofertados apenas a gestantes, o que motivou questionamentos sobre a oferta de teste rápido apenas para as mulheres cadastradas no SIS Pré-natal, haja vista que todos já possuírem vida sexual ativa e susceptíveis a doença.  Houve relatos de usuários presentes no encontro que verbalizaram já ter apresentado as IST, e percebemos através das conversas que os clientes adquiriram as IST, contudo não procuravam a Unidade Básica de Saúde (UBS) por falta de conhecimento sobre a doença, por vergonha e ou por  acreditar saber métodos terapêuticos capazes de curá-los, contudo, após  a roda de conversa e das informações obtidas  no encontro eles sentia necessidade de investigar e saber de fato quais das IST eles eram portadores . Diante da situação todos os presentes foram submetidos a testagem para HIV, sífilis e hepatite C e posterior consulta médica e de enfermagem onde verificou-se um número considerável de casos de sífilis, na maioria entre os  casados, com tratamento inadequado e subnotificados.Obervou-se que a implantação do teste rápido nas UBS fortaleceu o cuidado com as IST ,desde o diagnóstico até as notificações  e ampliou a visão da equipe de ESF de forma a contribui com o desenvolvimento  de estratégias em educação para aproximar usuários dos serviços ofertados na rede .

3080 Gestão em Saúde e Controle Social no processo de formação de profissionais de saúde
Fatima Cristina Alves de Araujo, Luciana Castaneda Ribeiro

Gestão em Saúde e Controle Social no processo de formação de profissionais de saúde

Autores: Fatima Cristina Alves de Araujo, Luciana Castaneda Ribeiro

A gestão dos serviços de saúde no SUS, em sua maioria, é exercida por profissionais nem sempre capacitados para assumir esta função. É conhecido também que apesar da participação popular ser uma diretriz do SUS este processo apresenta uma série de fragilidades. Visando fortalecer o ensino para gestão e valorização do controle social no SUS, os cursos de graduação oferecidos pelo Campus Realengo, do IFRJ – farmácia, fisioterapia e terapia ocupacional – foram organizados a partir de disciplinas que contribuem para este fim. A disciplina Gestão e Controle Social visa proporcionar conhecimentos teóricos e práticos de planejamento, gestão e valorização da importância do controle social no SUS. A forma de ministrar a disciplina vem sendo aprimorada ao longo dos anos a partir de avaliações feita pelos discentes. Atualmente, ela é oferecida visando desenvolver um ensino problematizador e aprendizagem significativa, incorporando componentes de relevância social, e levando à construção do conhecimento com base nos problemas reais enfrentado no dia-a-dia, extrapolando a simples transmissão de conhecimentos técnico-científicos. Em 2017.2 a metodologia proposta previa aulas expositivas, fórum de discussão, simulação e chat. A simulação ocorreu quando se estudou planejamento em saúde. Foram utilizadas ferramentas que permitiram identificar o número de equipamentos e profissionais disponíveis nos municípios em estudo, além dos recursos necessários para organização da rede assistencial. Os encontros presenciais seriam complementados por atividades à distância desenvolvidas no Sistema de Gestão Acadêmica utilizado pelo IFRJ, mas devido a problemas de acesso ao sistema o fórum de discussão foi substituído por Estudo Dirigido, e o chat foi realizado através de um aplicativo de mensagem. A avaliação da disciplina deu-se de forma processual através de exercício de revisão (feito em grupo e composto por questões de concurso) e Estudo Dirigido. Houve também a obrigatoriedade da realização de visita a uma instância de participação popular no SUS, com a confecção de um relatório constando as expectativas, descrição da reunião e considerações sobre como a experiência poderia contribuir para a gestão e controle social no SUS. Ao avaliarem a importância da disciplina no processo de formação os estudantes mencionaram que foi estimulada a capacidade de reflexão e crítica, além de torna-los multiplicadores da importância da participação popular no SUS. A visita a reunião dos Conselhos de Saúde foi vista como grande fonte de conhecimento. O uso de questões de concurso na avaliação foi considerado extremamente positivo e sugerido que a ideia fosse levada para outras disciplinas. Um dos alunos sintetizou a experiência dizendo que: “a forma como a disciplina foi aplicada, para mim foi excelente, por tirar a gente dos muros do instituto e ver como de fato funcionam as coisas na realidade, aspectos positivos e negativos. Como contribuição posso afirmar que atualmente posso dizer que posso disseminar mais do que aprendi em sala de aula, pois era complemente leiga e não sabia dessa interação dos usuários nas reuniões”. Formar para a gestão e valorização do controle social é um processo em constante aperfeiçoamento, mas de importância fundamental para a defesa do SUS.

3113 A (DES)NATURALIZAÇÃO DA FILA: UMA FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Laio Magno, Lilian Fatima F. B. Marinho, Renato Souza

A (DES)NATURALIZAÇÃO DA FILA: UMA FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Laio Magno, Lilian Fatima F. B. Marinho, Renato Souza

  Apresentação: O subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) impacta diretamente a diminuição da oferta de serviços de saúde, ocasionando filas em todos os níveis de atenção - primária, secundária e terciária. As filas para o atendimento parecem estar naturalizadas e habitam o imaginário coletivo sobre o SUS, sendo continuamente abordadas pela grande imprensa. Para além de uma cena comum é preciso problematizar sua existência, do ponto de vista sociopolítico e pedagógico. Conhecer a realidade de um serviço de saúde, para formar profissionais críticos, nos motivou a buscar estratégias pedagógicas mobilizadoras de sentimentos, reflexões, desejos, falsos conceitos, (pré)conceitos e confrontos de significados e experiências. O desafio de articular, no espaço das práticas, os elementos teóricos da Atenção Primária à Saúde (APS), tendo como ponto de partida a perspectiva do usuário, nos motivou a “dialogar” sobre e com as pessoas que vivenciam a fila em uma Unidade de Saúde da Família (USF), em Salvador-Bahia. De um modo geral, o acolhimento das/os usuárias/os nos estabelecimentos de saúde tem sido pensado, com ênfase nos “novos modos de cuidar e novas formas de organizar os serviços” (BRASIL, 2013) sem problematizar a situação de quem não consegue adentrar os serviços. Desse modo, o objetivo deste relato é refletir sobre uma experiência de formação que utiliza o diálogo diário com as pessoas na fila como uma prática pedagógica crítica. Desenvolvimento do trabalho: O diálogo com as pessoas da fila ocorreu no âmbito das práticas do componente curricular Enfermagem na Promoção da Saúde e Vigilância em Saúde, que está alocado no 4º semestre da matriz curricular do curso de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia. Utilizou-se o referencial do Arco de Maguerez (apud PRADO et al., 2007) que compreende: observação da realidade, identificação dos pontos-chave teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade Primeira etapa: observação da realidade O olhar de estranhamento em relação às filas na USF, e as situações de tensões expressas por usuárias(os) do serviço foram os disparadores da nossa observação. A partir daí, buscou-se explorar as potencialidades e pensar os recursos didáticos a serem utilizados para a interação com as/os usuárias/os. A aproximação da realidade foi bastante reveladora de discursos heterogêneos e por vezes contraditórios, num contexto de não direitos à saúde em diversos momentos. Segunda etapa: identificação dos pontos-chave Nas conversas iniciais, feitas de modo assistemático e em pequenos grupos, notou-se a inibição das pessoas, dificultando o diálogo. A partir daí a abordagem passou a ser individual e ancorada em um roteiro. Este aporte foi adotado com o intuito de direcionar a conversa com as(os) usuárias(os) tornando possível ouvir queixas relacionadas ao local da formação da fila,  tempo de espera para a abertura dos portões, desinformação em relação ao funcionamento da USF, mas também elogios diversos e reconhecimento ao trabalho dos profissionais, entre outros Terceira etapa: teorização Os textos de Paulo Freire foram o fio condutor para pensar na importância do cotidiano de um serviço de saúde e a sua relação com os conteúdos do componente curricular. Entender, ouvir e “dar voz” às pessoas a partir da observação direta, e articular com a teoria foi importante para a compreensão da Estratégia de Saúde da Família – direitos, vínculo, longitudinalidade, resolutividade, dificuldades do sistema de regulação e as restrições no acesso, entre outros. A partir dos elementos observados na fila e dos questionamentos apresentados, as discussões aconteceram ao final de cada turno da prática. Aspectos relacionados à: universalidade, integralidade, equidade e participação popular foram os mais recorrentes. Adicionalmente, apoiamo-nos nas categorias apresentadas por Melo, Cecílio e Andreazza (2017) em relação às demandas: “demandas não atendidas”, “demandas atendidas” e “respostas múltiplas para demandas complexas”. Foi possível também introduzir a reflexão sobre a dominação exercida pelos micropoderes existentes nas instituições, por meio de seus agentes, como uma prática social relacional (FOCAULT, 2007) em que, a organização das filas é feita segundo critérios estabelecidos pela gestão local, sem participação das/os usuárias/os dos serviços. Quarta etapa: identificação das hipóteses de solução Inicialmente, o debate sobre possíveis soluções foi circunscrito ao diálogo discente/docente e sinteticamente estão relacionadas a dois grupos de questões: o primeiro diz respeito aos mecanismos institucionais que provocam retorno à fila, sistema de regulação para consulta especializadas e exames, desinformação quanto ao modelo assistencial, e o segundo a prática dos “olhos míopes”, uma metáfora para dizer que a fila compõe o cenário das manhãs sem qualquer problematização. A desconstrução da naturalização da problemática da fila e da percepção da realidade como imutável tornou-se um ponto forte do diálogo discentes/docente. Quinta etapa: aplicação à realidade Paulatinamente, as/os profissionais da USF passaram a ser informados sobre o que fomos acumulando nas sucessivas observações/aproximações. O relato de estudantes, mediado pela docente, vem causando algumas reflexões e discussões importantes, sem, no entanto, implicar mudanças práticas, até o momento. As tentativas de conversa com a direção da USF começam a se aproximar do momento esperado: a transformação na perspectiva dos direitos e da humanização das relações. RESULTADOS OS resultados têm se mostrado surpreendentes no que diz respeito aos entraves que geram a fila, além de estabelecer uma relação dialógica docente-discente ao analisar diferentes percepções e opiniões (FREIRE, 1996). A partir da constatação de que há um ordenamento e obedece a critérios, nem sempre claros a quem frequentemente está na fila, percebeu-se o quanto as pessoas “falam”, “gritam”, propõem e informam sobre a utilização dos serviços oferecidos na USF, e na rede pública ou conveniada. Vislumbra-se com essa ferramenta contemplar dimensões indissociáveis – teoria e prática – na medida em que auxilia a articulação de conteúdos diversos, desenvolve habilidades na abordagem e escuta qualificada, entre outros aspectos. É plausível pensar, a partir dos relatos das pessoas da fila, que discentes e docente na condição de perguntar e ouvir tenham tido a competência de produzir narrativas a partir do vivenciado, e a compreensão da importância da superação do modelo médico-assistencial curativo e hospitalocêntrico. O relato oral diário possibilitou organizar as ideias de modo a deixar claro o que se (trans)formou a partir da experiência vivida. A reflexão produzida pelos grupos de prática, na elaboração de relatórios, mostrou que ao explicar o vivenciado é possível descobrir novos elementos necessários à compreensão dos fatos e o comprometimento com a defesa de um sistema de saúde universal, público e de qualidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS A fila como ferramenta pedagógica possibilita mediar o processo de aprendizagem na APS, de forma ativa, podendo ser explorada em diferentes vertentes, tais como: princípios e diretrizes do SUS, gestão, comunicação e, sobretudo, participação popular. Ao apontar possibilidades de acolhimento (escuta qualificada) das demandas, na perspectiva do direito à saúde, tornou-se possível pensar as filas como espaços de enfrentamento das relações de poder, mas também de afeto por meio de práticas humanistas. As racionalidades e condicionalidades institucionais e políticas podem dificultar a desnaturalização das filas nos serviços de saúde. O resultado autoriza recomendar a utilização da fila para apoiar descobertas e reflexões críticas sobre a realidade.

3416 Formação em Mestrado Profissional em Cirurgia – Relato de Experiência na Amazônia
denise machado duran gutierrez

Formação em Mestrado Profissional em Cirurgia – Relato de Experiência na Amazônia

Autores: denise machado duran gutierrez

Os programas Mestrado Profissional em Saúde tem se proliferado pelo país atendendo novas políticas de formação voltadas para o desenvolvimento tecnológico e melhoria dos sistemas e serviços em saúde.  No entanto, esse esforço não tem dado conta dos desafios para a mudança dos modelos de atendimento em saúde, em especial no que se refere à inclusão de posturas mais humanizadas e modos mais processuais e complexos de ver a saúde-doença. O trabalho exposto aqui busca discutir criticamente uma experiência de troca com alunos do Mestrado Profissional em Cirurgia do HUGV no contexto da disciplina “Stress e Burnout na situação cirúrgica” com 30 horas de duração. A reflexão se pauta na compreensão dos multiplos aspectos não fisiológicos que acompanham a situação cirurgica e interferem nos resultados dos procedimentos, bem como na compreensão da experiência socioemocional dos multiplos atores envolvidos na cena cirúrgica. Como metodologia de análise utilizamos a Análise de Conteúdo aplicada sobre diversos trabalhos em forma de textos escritos e relatos pessoais produzidos pelos alunos ao longo dos anos de 2016 e 2017. Esse material constitui o corpus de análise em discussão. Participaram da disciplina e das Rodas de Conversa desenvolvidas cerca de 21 estudantes de várias profissões ligadas à situação cirúrgica em diversas áreas. Como categorias analíticas resultantes dos núcleos de sentido emergentes a partir dos dados coletados identificamos:  1. Há uma tendência dos sujeitos interpretarem  e reduzirem todos os dados e informações referentes à área socioafetiva dos atores como decorrentes de processos neurofisiológicos a eles associados, o que reforça assim a visão biologicista predominante na área cirurgica, com pouca permeabilidade para mudança; 2. Quando estudos científicos são debatidos os estudantes buscavam identificar as lacunas e falhas metodológicas, antes de qualquer outra ponderação sobre seu conteúdo, mostrando uma visão fortemente orientada para as metodologias mais duras e quantitativas e tendo dificuldade em entender e processar como válida qualquer outra lógica ou paradigma na ciência, 3. Os conteúdos dos materiais estudandos, que apresentam mais claramente aspectos emocionais e sociointerativos incidindo sobre os resultados cirurgicos, tendem a ser vistos como irrelevantes, atravessados por diversas variáveis que os desqualificam, sendo tachados como formas adotadas pelos pacientes e famílias para chamar atenção e manipular as equipes de saúde. Considerando o conjunto de informações expostas fica o desafio para ampliação do conhecimento sobre a vivência de mestrandos de mestrados profissionais na área médica sobre aspectos cognitivos e atitudinais que permitam uma verdadeira revisão do modelo de assistência. Inplicando, inclusive na busca de uma valorização das tecnologias leves e mais relacionais tão importantes na área da assitência à saúde.

3782 CONTRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO PARA SAÚDE MENTAL DE IDOSOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPIS)
IAGO ROQUE ROLIM DOS SANTOS, TEREZINHA QUEIROZ ALMEIDA, MIRIAN MORAES FEITOSA, LÍZIAS CLAUDIA SAMPAIO QUINTELA, SAMYA COUTINHO DE OLIVEIRA, MARIA CÉLIA DE FREITAS

CONTRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO PARA SAÚDE MENTAL DE IDOSOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPIS)

Autores: IAGO ROQUE ROLIM DOS SANTOS, TEREZINHA QUEIROZ ALMEIDA, MIRIAN MORAES FEITOSA, LÍZIAS CLAUDIA SAMPAIO QUINTELA, SAMYA COUTINHO DE OLIVEIRA, MARIA CÉLIA DE FREITAS

APRESENTAÇÃO: Um dos principais desafios da atualidade que vem trazendo crescentes demandas sociais e econômicas, para todos os países, é o envelhecimento populacional. O número de pessoas com mais de sessenta anos, no mundo inteiro, está em elevação constante com tendência a continuar crescendo e, mais rápido que todos os outros grupos etários, devido à redução da taxa de fecundidade e o aumento da longevidade. Atualmente, o Brasil tem em média uma população de 18 milhões de pessoas com idade acima de sessenta anos, o que representa 12% da população brasileira. Pesquisas indicam que, nos próximos vinte anos, a população idosa brasileira poderá exceder a trinta milhões de pessoas, chegando a representar quase 13% da população total (DIAS, 2015). Diante desse cenário, houve a necessidade do surgimento de modalidades de atenção ao idoso que pudessem abrigar essa demanda em diversas modalidades, como: casa-lar, república de idosos, centro ou grupo de convivência, centro-dia, etc. Todos caracterizados de Instituição de Longa Permanência para idosos (ILPIs). Dentre estas modalidades, as (ILPIs) são aquelas que apresentam peculiaridades similares as residenciais. Esses tipos de instituições geralmente são vinculadas às instituições de saúde, porém voltados à moradia. Os idosos de modo geral são assistidos em serviços de saúde, onde recebem assistência médica e de outros profissionais, e em casos mais complicados são encaminhados aos hospitais quando necessário. Eles se abrigam em uma espécie de residência coletiva, que acolhe tanto idosos independentes com renda própria quanto os que não têm renda alguma, mas são dependentes, na maioria das vezes de cuidados prolongados e permanentes. A admissão do idoso em uma ILPIs pode gerar em alguns deles grande satisfação, no entanto, para outros pode provocar conseqüências visíveis como, angústia, solidão, saudades da família desesperança e depressão, especialmente, nos primeiros meses de adaptação por considerarem-se abandonados pela família.  Nessa questão, o enfermeiro tem um papel muito importante frente ao encorajamento dos idosos em lidar com as mais distintas adversidades. Este profissional pode contribuir, também, estimulando à valorização das opiniões dos idosos e buscando promover uma assistência de qualidade que seja capaz de atender às necessidades humanas básicas do mesmo, alem de minimizar os efeitos devastadores da ausência e do distanciamento familiar, ajudando aos idosos em sua adaptação, aceitação da nova condição de vida e enfretamento dos problemas advindos da institucionalização. O objetivo desse estudo foi relatar a história clínica de uma idosa e entender a contribuição do enfermeiro para a saúde mental de idosos abrigados em Instituições de Longa Permanência (ILPIs). DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O estudo do tipo relato de experiência foi realizado no município de Fortaleza, numa instituição de longa permanência (ILPIs) para idosas, em novembro de 2017, nos estágios da disciplina de Enfermagem Gerontogeriátrica. A amostra contemplou uma idosa que reside na instituição e onde foi realizado o Mini Exame do Estado Mental e a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage. RESULTADO E/OU IMPACTOS: A experiência foi com uma idosa de 77 anos, sexo feminino, aposentada, natural de Jaguaretama-CE. Tem dois filhos com histórico de três abortos espontâneos. Foi casada por 50 anos e está separada há 10. Formada em pedagogia pela Universidade Federal do Ceará e pós-graduada em metodologia do ensino superior. Relatou que aos 11 anos foi morar em Quixadá e engajou-se em uma “escola de irmãs”. Posteriormente foi morar em Crato por um ano e depois veio morar em Fortaleza, aonde reside até hoje. A idosa relatou que sempre gostou de uma vida ativa, sendo estudiosa e determinada em tudo que faz. Na sua trajetória profissional afirmou ter tido boas colocações em cargos, chegando a ganhar mensalmente 60 mil reais. Porém, se por um lado a carreira ganhava espaço dentro e fora do estado, seu casamento era apenas uma procrastinação de um sofrimento para ela e para os filhos. Tinha uma relação conflituosa com seu esposo, por saber que o mesmo tinha “outras mulheres” e “não fazia questão de esconder”. Em meio a esses conflitos internos, chegou a perder o emprego por questões políticas na época da ditadura militar. Em 1996 foi diagnosticada com câncer de endométrio em estágio avançado sendo necessário fazer a histerectomia radical. Passados noves meses dessa descoberta, a idosa soube que o câncer havia se disseminado para outros órgãos em forma de metástase. Um médico amigo e de confiança lhe deu a notícia e revelou que sua estimativa de vida não ultrapassaria aos três próximos meses. Diante dessa situação, a fé e a sua espiritualidade falaram mais alto. Na certeza e confiança de que o único que podia salvá-la era “Jesus”, voltou toda a sua expectativa de vida a Ele. Como era rica, fez um “voto de pobreza”, repassando todos os seus bens materiais para os outros e dedicou-se a ajudar pessoas e a buscar mais de Deus cotidianamente. Considera-se curada, pois há seis anos não tem mais câncer em nenhum local do seu corpo. Hoje ela é uma idosa feliz e diz se sentir muito bem abrigada na ILPIs em que vive. Relatou que tem atualmente uma boa relação com seu ex-esposo e seus filhos o que a deixa satisfeita e feliz com a vida “mansa” que leva. Seu quadro clínico atual é: PA: 12x90, FC: 79; FR: 14irpm; é hipertensa, tem artrose nos joelhos e relatou laceração de dois tendões da perna esquerda. Tem osteoporose, cifose e tonturas freqüentes. É consciente, orientada no tempo e no espaço, mas deambula com dificuldade (usa órtese); foram utilizados dois instrumentos para avaliar a saúde mental da idosa, a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage e o Mini Exame do Estado Mental. A primeira escala é composta de várias perguntas, onde a idosa revela satisfação com sua vida encontrando-se comumente de bom humor e feliz na maioria das vezes. Afirma sentir-se maravilhada por está viva. Assumiu não ter muita energia e que gosta de repousar. Na maioria das suas respostas revelou está satisfeita com sua condição/estado de vida. A escala mostrou NORMAL (3). No Mini Exame do Estado Mental (34 pontos), revelando que a idosa tem uma mente saudável segundo os quesitos avaliados. Alguns diagnósticos foram elencados: deambulação prejudicada, caracterizada pela artrose (joelhos) e pelo rompimento dos tendões, o segundo diagnostico foi disposição para bem-estar espiritual melhorado. Como intervenção, foi: estimular a prática de exercícios leves podendo ser realizados quando a mesma estiver deitada ou sentada, buscando não enrijecer a articulação e melhorar a circulação. Reforçou-se o estimulo para a fé e espiritualidade, com elogios e busca por grupos de orações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, conclui-se que o enfermeiro pode contribuir, positivamente, na saúde mental de idosos através da conversa, do estímulo a espiritualidade e da escuta terapêutica. Nesse papel de ajuda mútua, o próprio profissional é beneficiado, pois um relato de vida e experiência não acrescenta seu currículo, mas traz consigo um aprendizado para vida e para o coração.

4911 Del monólogo biomédico al diálogo en la Salud Mental Colectiva: la Guía de Gestión Autónoma de la Medicación (Guia GAM) como estrategia formativa para profesionales.
Mercedes Serrano Miguel, Marilia Silveira

Del monólogo biomédico al diálogo en la Salud Mental Colectiva: la Guía de Gestión Autónoma de la Medicación (Guia GAM) como estrategia formativa para profesionales.

Autores: Mercedes Serrano Miguel, Marilia Silveira

Presentación En un contexto mundial de creciente medicalización del sufrimiento mental y amplio avance del modelo biomédico en la atención a la salud mental, han comenzado a (re)surgir entre los profesionales voces críticas en referencia a los procesos y prácticas de atención ejercidas sobre las personas en situación de sufrimiento mental. En este marco de actuación surge la propuesta de investigación y trabajo en torno a la guía GAM (Guía de Gestão Autônoma da Medicação).  La Guía GAM es una experiencia de investigación de carácter cualitativo llevada a cabo conjuntamente por usuarios y profesionales del ámbito de la salud mental e investigadores universitarios. Desarrollada originariamente en Québec (Canadá) en los años 90, en 2009 esta experiencia de trabajo fue llevada a Brasil a través de un convenio de colaboración denominado “L’Alliance Internationale de Recherche Universités, Communautés, Santé Mentale et Citoyenneté” (ARUCI-SMC) firmado entre la Universidad de Montreal, bajo la coordinación de la doctora Lourdes Rodríguez del Barrio y varias universidades brasileñas: la Universidad Federal Fluminense (UFF), la Universidad Federal de Rio de Janeiro (UFRJ) y la Universidad Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), coordinadas por la Universidad Estadual de Campinas (UNICAMP) en la figura de la profesora Rosana Onocko. Desde el 2017 se han unido a este proyecto más de 20 universidades brasileñas, reunidas bajo el grupo de investigación “Observatório Internacional de Práticas da Gestão Autônoma da Medicação”. A partir del 2017 la experiencia GAM ha comenzado también a desarrollarse en el contexto español a través de un proyecto de investigación Recercaixa avalado por la URV (Universitat Rovira i Virgili) y la UOC (Universitat Oberta de Catalunya) denominado “Guía de Gestión Colaborativa de la Medicación” (Guía GCM). La propuesta que presentamos aquí gira en torno a los dos proyectos y las experiencias propias de las dos autoras como investigadoras en los dos contextos específicos de Porto Alegre (RS) y Barcelona (Cat). La Guía GAM aborda inicialmente la cuestión de la medicación antipsicótica y la posible gestión compartida del tratamiento por parte de los actores implicados. La metodología utilizada en la guía, busca propiciar abrir un espacio de diálogo en relación al tratamiento farmacológico principalmente, pero además quiere configurarse como una herramienta que permita poder alterar las posibles relaciones de poder existentes en el ámbito de la atención a la salud mental. Todo ello, facilitando la participación y la implicación efectiva de los afectados en la toma de decisiones, en relación con su proceso de atención. Los grupos GAM están compuestos por un número reducido de personas, no más de 10 a 15 en total. Para cada grupo se requiere la presencia de uno o dos conductores que pueden ser profesionales o usuarios que ya hayan pasado por la experiencia previa del trabajo bajo la misma metodología.  El trabajo grupal se apoya en la lectura y reflexión en torno al material escrito y elaborado a partir de la investigación inicial. La Guía utilizada está estructurada en apartados sucesivos a partir de los cuáles la persona es invitada a reflexionar sobre diferentes aspectos de su trayectoria vital, incluyendo los relativos a su enfermedad y el tratamiento de la misma. Mediante este ejercicio se pretende que el individuo localice y detecte aquellos puntos clave de sí mismo que cree necesario trabajar para mejorar su vida. Las temáticas abordadas en el texto incluyen cuestiones sobre calidad de vida, redes sociales, relaciones interpersonales, derechos de los usuarios, conocimiento de los fármacos utilizados y el papel de dicha medicación en la vida de cada persona La propuesta de trabajo que presentamos va dirigida específicamente a los profesionales implicados en la atención a las personas en situación de sufrimiento mental y se centra en intentar resolver algunas de las dificultades y problemáticas manifestadas por ellos/as en las sesiones de trabajo en torno a las diferentes guías. Buscamos así el configurar un espacio formativo y también de trabajo conjunto basado principalmente en el diálogo, en la escucha mutua y en el reconocimiento del saber del otro. Una propuesta formativa en la línea que presentamos, buscaría mantener las premisas básicas de la metodología utilizada en la creación de la GAM. Por ello, consideramos fundamental el reconocer los diferentes saberes implicados como expertos en su esencia: por un lado la experiencia del profesional desde su formación académica y por otro la experiencia de la persona en situación de sufrimiento mental desde su vivencia del malestar en primera persona. Enmarcada en el paradigma de la Salud Colectiva, dicha acción formativa estaría dirigida a los diferentes profesionales de la red de atención en salud mental y podría aplicarse tanto al contexto brasileño como español. Objetivo El objetivo de nuestro trabajo es presentar una propuesta formativa, elaborada a partir de las experiencias GAM Brasil y GCM España, que pueda ser utilizada por los profesionales de los diferentes dispositivos de atención en salud mental de ambos países. Desarrollo del trabajo y metodología La investigación en torno a la Guia GAM / Guia GCM se ha llevado a cabo a partir de una  metodología cualitativa de carácter participativo, desarrollando grupos focales y entrevistas en profundidad. Dicha metodología nos ha permitido acceder a las narrativas de los profesionales implicados, su posición y sus preocupaciones frente a la intervención y las prácticas de cuidado. Es ahí donde pudo constatarse también como la cuestión de la prescripción farmacológica y la gestión de la misma, a pesar de los avances de la Reforma Psiquiátrica, acarreaba para los implicados numerosas dificultades. La prescripción, erigida como principal estrategia terapeutica en muchos casos y la imposición de la misma como condición al tratamiento, acaba impidiendo el establecimiento de un posible diálogo profesional-paciente necesario para una atención de calidad. Se ha de decir que estos impedimentos para establecer una práctica de cuidado basada en la comunicación, afectan en muchos casos al conjunto de profesionales y no únicamente a aquellos que tradicionalmente prescriben los fármacos. Por ello, la acción formativas que proponemos pretende ser amplia y mantener una perspectiva multiprofesional. La propuesta formativa que queremos presentar se asentará en los siguientes puntos a nivel metodológico: La implicación e integración en la propia formación, de las personas en situación de   sufrimiento mental como parte de los equipos docentes. Para ello se trabaja desde la perspectiva del empowerment en su vertiente ético-política. El posibilitar e incentivar procesos de transformación de los discursos y metodologías de intervención de los profesionales mediante la construcción conjunta de parte de los contenidos. Introducir la supervisión continuada para evitar sesgos en las intervenciones que puedan surgir a partir de la aplicación de la guía, de forma que se puedan mantener los objetivos iniciales de la misma. Para ello se busca trabajar en colaboración con las diferentes universidades implicadas, facilitando la producción de redes de apoyo y cuidado hacia los profesionales. Integrar en el proceso formativo la cuestión del acceso a la salud como derecho del conjunto de la ciudadanía y mantener la perspectiva de defensa de derechos humanos en el tratamiento de las personas en situación de sufrimiento psíquico. Debido al carácter internacional de la propuesta, se contempla la posibilidad de llevar a cabo una tarea de formación online, tanto para la formación per se como para la supervisión de prácticas.

713 EDUCAÇÃO CONTINUADA SOBRE PRIMEIROS SOCORROS: experiência de processos educativos em enfermagem.
Thais Aleixo, Anderson Aragão, Lisandra Barbosa, Geyse Dias

EDUCAÇÃO CONTINUADA SOBRE PRIMEIROS SOCORROS: experiência de processos educativos em enfermagem.

Autores: Thais Aleixo, Anderson Aragão, Lisandra Barbosa, Geyse Dias

Apresentação: A qualquer momento de nossas atividades do cotidiano podemos nos deparar com situações que podem afetar a nossa integridade física e/ou de outrem, as quais podem por em risco nossas vidas, um exemplo que podemos citar são as quedas, muitas vezes agravadas em fraturas e/ou hemorragias. Grande parte dessas situações acidentais ou mesmo provocadas podem ser evitadas, porém, quando infelizmente ocorrem, alguns conhecimentos sobre as técnicas de primeiros socorros são fundamentais, visto serem cuidados imediatos que devem ser prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada. Desse modo, saber prestar primeiros socorros possui vital importância à prestação de atendimentos emergenciais. Observou-se durante as experiências acadêmicas nas atividades de prática, que a população carece de conhecimento a respeito da propedêutica adequada a serem realizadas em situações de emergência. Diante da importância que as Técnicas Primeiros Socorros possuem, nos foi solicitado por funcionários de um estabelecimento filantrópico a execução de uma atividade que abordasse o assunto em virtude de ter havido diversos acontecimentos que demandou tais saberes parcialmente desconhecidos por eles. Desse modo, identificou-se a necessidade de orientar e treinar uma equipe de funcionários a respeito dos primeiros socorros, por meio de uma oficina educativa que objetivou instruir o público-alvo acerca das ações a serem realizadas diante das situações acidentais que venham a ocorrer no local, bem como em qualquer outro ambiente. Esta oficina foi ministrada seguindo pressupostos metodológicos presentes nas concepções pedagógicas, humanista e cognitivista, sendo a primeira relacionada ao fato dos executores serem facilitadores do processo de ensino e aprendizagem, proporcionando ao público melhor compreensão do tema abordado por meio da comunicação, interação e valorização de seus conhecimentos prévios. A segunda, por sua vez, refere-se a interação em equipe a fim de incentivar a troca de experiências e a cooperação entre os participantes com seus saberes e/ou acontecimentos já vivenciados, ou mesmo que já tenham ouvido falar sobre a temática proposta. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular Processos Educativos em Enfermagem I, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará. O local de realização da atividade educativa foi um estabelecimento filantrópico que atende famílias em situação de risco e vulnerabilidade social e econômica. O público alvo foram os funcionários dessa instituição, que já haviam se deparado em situações acidentais que demandaram conhecimentos de primeiros socorros. Para a realização da atividade foram utilizados os seguintes recursos: projetor multimídia, computador, e objetos que simularam os utilizados para atendimento profissional de urgência e emergência. A oficina ocorreu por meio de uma simulação de acontecimentos voltada para três situações, sendo a primeira, o engasgo, a segunda, queda, resultando em hemorragias e fraturas, e a terceira, choque cabeça com cabeça implicando em desmaio, parada cardiorrespiratória e convulsões. No primeiro momento buscou-se a partir de cada situação problema conhecer quais as prováveis ações tomadas por cada envolvido com o intuito de prestar o socorro imediato a vítima, bem como quais ações de primeiros socorros ou tentativa do mesmo eles já haviam presenciado. Subsequentemente foi explanado de forma clara e objetiva com o auxílio da projeção de slides as devidas ações a serem executadas em cada situação baseada em evidências científicas. Por fim, com o intuito de treinar os envolvidos, bem como avaliar o entendimento sobre a temática, foi simulado o atendimento imediato a vítimas, de cada situação mencionada anteriormente, e por meio dessa interação o conhecimento foi construído. Vale ressaltar que enfatizamos a importância da aplicação prática do aprendizado apenas nos casos em que se sentir apto e seguro, bem como antes de iniciar o socorro avaliar a cena e certificar-se de que os riscos são mínimos, assim como, orientar alguém próximo a chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para atendimento especializado principalmente em situações de fraturas, hemorragias graves e parada cardiorrespiratória. Ressalta-se ainda que nessas situações em primeiro lugar deve-se procurar manter a calma, verificar se a prestação do socorro não trará riscos para o socorrista, visando presta-lo sem agravar ainda mais a saúde da(s) vítima(s). Resultados: Como esperado, observamos diferentes equívocos no que concerne a compreensão sobre as técnicas de primeiros socorros, visto que inicialmente o público socializou diversas situações de tentativa na prestação de primeiros socorros, que não colaboravam com a manutenção das funções vitais e elevavam o agravamento de futuras complicações a vítima, como por exemplo: bater com as mãos nas costas de vítimas de engasgo e se for possível sacudi-las preferencialmente de cabeça para baixo; carregar imediatamente vítimas de traumas e hemorragias levando-as ao estabelecimento hospitalar mais próximo sem avaliar o grau das lesões, sem estancar a hemorragia e sem imobilizar as partes lesionadas; aproximar álcool ou outra substância com odor forte próximo as narinas de vítima de desmaio, iniciar a reanimação cardiopulmonar com técnica ineficaz, conter bruscamente o indivíduo em convulsão, entre outras. Todavia, durante a explicação expositiva-dialogada, a respeito da propedêutica da técnica de primeiros socorros indicada para cada situação apresentada, bem como na demonstração prática mediante a simulação de cada situação problema, observou-se por parte do público uma atenção especial ao que estava sendo exposto, somada a uma participação efetiva e contínua que resultou em uma compreensão satisfatória da temática, sendo oportunizado um processo reflexivo sobre os equívocos cometidos ou já presenciados em decorrência do desconhecimento do assunto, o que contribuiu muito para o aprendizado. Considerações finais: Considera-se notória a importância da experiência vivenciada, pois despertou ainda mais o nosso interesse como acadêmicos, em entender e propagar conhecimentos por meio da prática educativa em enfermagem, além de ser fundamental à construção de um aprendizado significativo através da educação continuada em saúde, visto que a temática abordada é importante no que se refere à prestação de cuidados imediatos mínimos a vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, sendo uma ação individual ou coletiva, dentro de suas devidas limitações em auxílio ao próximo, até que o socorro avançado esteja no local para prestar assistência mais minuciosa e definitiva. Conhecimentos simples muitas vezes diminuem o sofrimento, evitando complicações futuras e podem, em muitos casos, salvar vidas.

2360 SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE A COMUNICAÇÃO EFETIVA E O PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO NA ATENÇÃO BASICA DE SAÚDE
CAMILA LEÃO DO CARMO, ADRIANY DA SILVA PEREIRA, BRUNA RENATA FARIAS SANTOS, FERNANDO KLEBER MARTINS BARBOSA, KAIO DMITRI DOS SANTOS AGUIAR, JACKELINE LEITE DE OLIVEIRA, GIOVANA KARINA LIMA ROLIM, REGIANE CAMARÃO FARIAS

SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE A COMUNICAÇÃO EFETIVA E O PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO NA ATENÇÃO BASICA DE SAÚDE

Autores: CAMILA LEÃO DO CARMO, ADRIANY DA SILVA PEREIRA, BRUNA RENATA FARIAS SANTOS, FERNANDO KLEBER MARTINS BARBOSA, KAIO DMITRI DOS SANTOS AGUIAR, JACKELINE LEITE DE OLIVEIRA, GIOVANA KARINA LIMA ROLIM, REGIANE CAMARÃO FARIAS

Apresentação: A Segurança do Paciente é um tema que vem ganhando mais importância no cenário mundial e no Brasil, principalmente depois de 2013, ano em que foi publicada o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), um de seus protocolos básicos é comunicação efetiva no ambiente dos serviços de saúde. Tal protocolo básico contribui para facilitar a troca de informações entre a equipe multiprofissional, auxiliando no processo de transferência do usuário de uma unidade a outra e promove um cuidado mais eficaz. Um dos instrumentos que deve ser observado para contemplar o que o PNSP preconiza acerca da comunicação efetiva é o prontuário do paciente, que é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento da assistência, pois nele ocorre o registro de informações pelos profissionais alem da avaliação do cuidado prestado. A utilização e registro adequado no prontuário minimizam riscos de intercorrência no processo de assistência ao paciente, promovendo a segurança do mesmo tanto em ambiente hospitalar quanto na atenção básica de saúde. Segundo informações disponibilizadas por Brasil (2010) a atenção básica constitui-se como o principal ponto de acesso ao SUS a partir deste contato inicial ocorrerá a comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. De tal modo o conteúdo presente no prontuário do usuário atendido pela ESF, deve conter todas informações relevantes a saúde do mesmo, já que essas informações perpassarão por todo o processo de assessoramento disponibilizada pelo SUS, de modo que um erro de preenchimento ou falta de dados pode comprometer toda a assistência à saúde do usuário. Baseado nos conceitos acerca da segurança do paciente notou-se o quão nocivo para a saúde do usuário poderia ser a negligencia ou a utilização inadequada do prontuário para a assistência prestada ao usuário mesmo em ambientes em que a assistência a saúde não requer uma alta complexidade tecnológica, como no caso da atenção básica. Apresentando, portanto, como objetivo principal deste estudo ressaltar a importância de executar ações efetiva para promover a segurança do usuário, abordando assim a necessidade da utilização correta do prontuário a fim de evitar situações que comprometam a saúde dos indivíduos assistidos pela ESF. Descrição da experiência: Tal estudo foi desenvolvido durante as aulas práticas do componente curricular Enfermagem Comunitária II em uma ESF localizada em Belém – PA. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência Realizado embasado pela metodologia da problematização fundamentado pelo arco de Marguerez como estratégia de ensino e aprendizagem constituída por cinco etapas (Observação da realidade, Definição dos pontos-chave, Teorização, Hipóteses de solução e Aplicação à realidade). Na primeira etapa (observação da realidade), foi observado que havia erros em alguns prontuários utilizados para dar continuidade ao registro da assistência à saúde dos pacientes. Tais erros consistiam em: caligrafia ilegível, rasuras, ausência de dados, papel danificado, excesso de grampos, ausência de CRM ou COREN, símbolos e abreviações inadequadas, desobediência da ordem cronológica das evoluções, evolução de um paciente feita em prontuário de outro paciente. Na segunda etapa (Definição dos pontos-chaves) foi feita uma reflexão e escolhido alguns assuntos a serem pesquisados. Na terceira etapa (teorização) foi feita levantamento da literatura vigente sobre Segurança do paciente, comunicação efetiva e registro no prontuário. Na Quarta etapa (hipótese de solução) Com base no que foi anteriormente observado e na teorização formulou-se a hipótese de solução a partir da utilização do check-list sobre o preenchimento e utilização adequada dos prontuários. Na quinta etapa (aplicação da realidade) A partir de uma capacitação dos profissionais da ESF que incluíram enfermeiras, Agentes comunitários de saúde e estudantes de medicina, foi realizada uma ação educativa na ESF com intuito de sensibilizar os profissionais de saúde com relação à importância de preencher corretamente o prontuário do usuário, evitando rasuras, símbolos e qualquer outro elemento que dificulte a consulta deste documento pela equipe multiprofissional ou até mesmo por acadêmicos para fins de pesquisa, além disso, o prontuário também serve como respaldo legal e é essencial para a segurança do paciente. Os materiais utilizados foram um cartaz com check-list e folders confeccionados exclusivamente para esse trabalho. Sendo a ação educativa dividida em três momentos, iniciando a explicação com a importância da comunicação efetiva, repassou-se as informações presentes no check-list por meio de marcadores de livro distribuídos aos profissionais presentes na ação. Em consequência da explicação ocorreu um debate havendo troca de informações e por último cartazes foram expostos em locais de fácil acesso para os profissionais consultarem o material posteriormente. Resultados: A participação dos profissionais da ESF na ação de capacitação foi fundamental, pois eles interagiram com os facilitadores da ação, compartilhando suas experiências a respeito da importância de realizar o preenchimento adequado do prontuário a fim de evitar riscos ao usuário assim como para o próprio profissional, que ao realizar as evoluções possui documentação sobre as ações efetuadas ou não por ele. Notou-se também que as enfermeiras presentes apresentavam conhecimento sobre a funcionalidade e importância da utilização adequada do check-list, sendo as maiores duvidas e indagações realizadas pelas agentes comunitárias de saúde, em relação a elas poderem está fazendo também evolução/anotações no prontuário do paciente referente à visita domiciliar que eles frequentemente realizam. A resposta dada a elas pelos facilitadores foi baseada no que esclarece o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2015) no qual todos os membros da equipe da ESF devem responsabilizar-se pela orientação e discussão das questões de saúde do usuário, assim como pelo acompanhamento das informações coletadas pelo ACS. Podendo O agente Comunitário de saúde ter acesso ao prontuário familiar para leitura, preenchimento e atualização da ficha de cadastro e demais fichas devendo assinar os dados lançados. Considerações finais: A partir do estudo efetuado e das informações obtidas por meio do estudo, foi possível concluir que o prontuário é fundamental como ferramenta de assistência integral e multiprofissional, pois fornece informações importantes para o processo de assistência ao paciente as quais contribuirão para a efetuação adequada da consulta realizada por todos os profissionais da unidade. Sendo necessário que haja uma sensibilidade da equipe multiprofissional como um todo a realizarem os registros no prontuário de forma completa, clara e coerente. Ressaltando também que o preenchimento de todas as informações referentes ao paciente e a realização dessa prática de forma adequada deve ocorrer integramente na atenção básica. A promoção da segurança do paciente depende de inúmeros fatores, e que a comunicação efetiva, mesmo que muitas vezes ficando em segundo plano e não sendo valorizada é uma medida extremamente eficaz, evitando erros de conduta dos profissionais, pois estes prestarão assistência ao paciente, convictos do que estão realizando e tendo conhecimento das restrições possuídas pelo paciente.