39: Desenvolvimento do trabalho em diálogo com a diversidade das práticas
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 04 - Curimatã    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
4858 QUALIFICAÇÃO DE AUDITORIAS E OUVIDORIAS DO SUS: uma abordagem dialógica e comunicativa
ROSA MARIA PINHEIRO SOUZA, Francisco Salazar, Maria Moro, Alfredo Schechtman, Adelina Feijão, Patricia Pol

QUALIFICAÇÃO DE AUDITORIAS E OUVIDORIAS DO SUS: uma abordagem dialógica e comunicativa

Autores: ROSA MARIA PINHEIRO SOUZA, Francisco Salazar, Maria Moro, Alfredo Schechtman, Adelina Feijão, Patricia Pol

A Rede Brasileira de Escola de Saúde Pública – REDESCOLA, conta com 49 instituições de ensino distribuídas em todos os estados brasileiros, e tem como missão articular e fortalecer as Escolas e os Centros Formadores em saúde pública, mediante estratégias para o desenvolvimento de políticas e ações no âmbito da educação na saúde, a produção do conhecimento e a qualificação da força de trabalho no SUS. O Curso Nacional de Qualificação de Auditorias e Ouvidorias do SUS é resultado do trabalho articulado entre o Departamento Geral de Ouvidoria do SUS (DOGES) e o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) – da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (SGEP/MS), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e a REDESCOLA. O objetivo central da formação era desenvolver um programa para a qualificação do Sistema Nacional de Auditoria, e do Sistema Nacional de Ouvidoria, que fortalecesse as Ouvidorias e Auditorias do SUS como instrumentos para a gestão e o controle social do SUS, destacando a importância articulação entre esses dois componentes, como previsto pela Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa (ParticipaSUS). A estrutura e a organização do curso foram planejadas em oficinas coletivas que reuniram gestores, trabalhadores, pesquisadores e docentes visando a construção de uma proposta político pedagógica capaz de abranger a envergadura e o ineditismo dessa iniciativa, considerando os pontos de convergências e as especificidades entre as áreas. Buscou-se desencadear ações metodológicas que atendessem as necessidades de cada componente e ao mesmo tempo fossem sinérgicas a ambos e que operassem, sobretudo, no sentido de ampliar a vocalização das necessidades da população e interviessem nas práticas cotidianas dos seus serviços. O material pedagógico coletivamente construído, contou com a participação de trabalhadores das Ouvidorias e Auditorias do SUS, oriundos tanto do Ministério da Saúde quanto das secretarias estaduais e municipais de saúde, além de pesquisadores e docentes da ENSP. O material se encontra disponível na internet para uso público. A concepção pedagógica, inspirada nos pressupostos da educação permanente, associou a abordagem por competências no processo ensino-aprendizagem e as metodologias de aprendizagem reconhecendo a diversidade de sentidos e significados emergentes no encontro entre o mundo do trabalho e o da educação, abrindo espaço para metodologias e estratégias pedagógicas produtoras de diálogo e compartilhamento de diferentes saberes. O Curso qualificou 1.000 alunos, em 27 instituições de ensino integrantes da REDESCOLA, envolveu 548 municípios e mobilizou 184 facilitadores de aprendizagem, além de uma diversidade de atores, que celebraram a potência da gestão participativa e do trabalho em rede para o desenvolvimento de políticas e ações no âmbito da educação na saúde. Finalmente, a experiência e resultados alcançados pelo desenvolvimento, implementação e execução do Curso Nacional de Qualificação das Ouvidorias e Auditorias do SUS representam a potência do diálogo e da cogestão em rede para as estratégias formativas dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde.  

4890 A vigilância sanitária na prática discente: o saber e o fazer como experiência de uma atividade curricular
Ilana Sudária de Oliveira Ribeiro, Igor Peniche Furtado, Márcia Juliana da Silva Sampaio, Maria de Nazaré Alves de Lima, Sabrina Vieira Ricardo da Silva, Simone Gomes da Silva, Vera Lúcia de Azevedo Lima

A vigilância sanitária na prática discente: o saber e o fazer como experiência de uma atividade curricular

Autores: Ilana Sudária de Oliveira Ribeiro, Igor Peniche Furtado, Márcia Juliana da Silva Sampaio, Maria de Nazaré Alves de Lima, Sabrina Vieira Ricardo da Silva, Simone Gomes da Silva, Vera Lúcia de Azevedo Lima

Apresentação: A Vigilância Sanitária é uma união de intervenções eficazes que tem por finalidade a promoção, prevenção da saúde e proteção da população por meio de ações que possam eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários resultantes do meio ambiente e da intervenção do homem, ela promove a saúde e previne doenças através de técnicas, ações educativas a comunidade e supervisão. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma instituição que tem por meta promover a saúde, a cidadania e o desenvolvimento, agindo de maneira eficaz, estabelecendo-se como protagonista na elaboração de normas e na execução do controle sanitário. A ANVISA também promove a assistência a todas as áreas de ação da Vigilância Sanitária do país, tais como: Vigilância Sanitária de Alimentos, Vigilância Sanitária de Produtos, Vigilância Sanitária de Serviços. Assim, o presente trabalho visa relatar a experiência de acadêmicos que por meio da execução de uma visita de inspeção buscam compreender os propósitos da Vigilância Sanitária e sua relevância em promover a saúde e prevenir as doenças. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma pesquisa de análise qualitativa do tipo relato de experiência, fundamentada nos conhecimentos teóricos acerca da vigilância sanitária realizada no mês de junho de 2017, no estado do Pará, por um grupo de Acadêmicos de Enfermagem do 2º período da Universidade Federal do Pará (UFPA), como requisito de obtenção de nota na atividade curricular Métodos Quantitativos em Saúde. A importância desse tipo de experiência dá-se em função da aplicação da teoria à prática de modo a aguçar o sentido de observação, proporcionando reflexões sobre o objeto de estudo e as relações das pessoas com este. Portanto, ir ao local de estudo e interagir com os diversos atores envolvidos no local de estudo promove uma reflexão crítica para os futuros enfermeiros e enfermeiras. Assim, foi realizada uma visita   técnica com investigação participativa na feira livre do Complexo Ver-o-Peso em Belém, supervisionados pela docente responsável pela atividade curricular da graduação. O público frequentador local inspecionado foram os usuários da feira e os trabalhadores da mesma. A priori fez-se uma análise rápida no ambiente, por meio da observação ativa, por conseguinte foi aplicado um questionário a 05 frequentadores em que estes responderam às questões por livre e espontânea vontade, expressando sua opinião acerca dos aspectos da feira, quanto a satisfação com a higienização, acessibilidade, instalações, o que precisava melhorar e por que frequentavam aquela feira. Em seguida, foi aplicada uma lista de verificações para investigar o mercado, onde foram avaliados os seguintes elementos: instalações, hábitos higiênicos e vestuários dos manipuladores e higiene dos alimentos. Resultados e/ou impactos: Quanto as instalações, foi observado que há uma área adequada para a estocagem de lixo, entretanto, ainda existe acúmulo de lixo na feira por mais que os profissionais que atuam na limpeza de áreas públicas propiciem a limpeza local e que existam os carrinhos de lixo em pontos da feira, os próprios trabalhadores fazem o despejo de lixo inadequadamente, ocorrendo assim o acúmulo dos mesmos. Observou-se também que o piso, de difícil higienização, encontra-se com buracos e rachaduras, e segundo relatos de entrevistados, ao chover, é   propiciado um odor fétido pelo acúmulo de água nessas áreas juntamente com o lixo. As bancadas são de madeira e não bem higienizadas, apresentando frestas e somando-se a isso, os alimentos são expostos diretamente na madeira na maioria das bancadas, que apresentam sujidades, sendo que alguns feirantes utilizam papelão e/ou saco plástico para a exposição de alimentos, condições insalubres, as quais ficam sujeitos à ações direta de microrganismos patogênicos ou não como poluição ambiental, insetos, entre outros, o que propicia a contaminação dos alimentos. As condições de higiene dos feirantes (manipuladores) de frutas, hortaliças, produtos derivados de animais e outros produtos, deixam a desejar, pois a minoria dos manipuladores usava avental, entretanto, não usavam luvas e gorros e, a maioria dos manipuladores, além de gorros e luvas, não usavam vestimentas apropriadas para a manipulação de alimentos. Quanto a higienização dos alimentos, apesar do local proporcionar a possibilidade de separação dos tipos de produtos, estes são expostos, sem proteção, de forma inadequada à agentes contaminantes como poeira, fuligem de automóveis, raios solares, entre outros. Ocorre também o fato de os alimentos não serem devidamente selecionados, possibilitando a ocorrência da mistura de alimentos contaminados com produtos de boa qualidade. Quanto à segurança, foi relatado por entrevistados que esta melhorou muito depois que foi implementada ronda de policiamento mais frequente e uma base policial próxima à feira, além da implantação de câmeras próximo à rua principal do complexo.  Considerações finais: A vigilância sanitária é de grande importância sob vários aspectos, entre eles promoção da saúde e proteção da população, por meio de procedimentos de regulação, monitoramento e fiscalização de produtos e serviços. Mediante o questionário aplicado e as observações, nota-se inúmeros problemas encontrados, como a precária higienização do local e coleta de lixo. Vale ressaltar que os serviços citados acima, existem, no entanto são ineficazes. Em relação à infraestrutura do local, que apesar de apresentar uma organização estrutural nas divisões por setores, ou seja, por gêneros alimentícios, não possui instalações adequadas e as que existem estão bem deterioradas e sem nenhum tipo de manutenção. A acessibilidade inexiste no local, o que causou surpresa, haja vista que o local é considerado como o principal ponto turístico da cidade. Quanto à segurança, a maioria dos entrevistados se mostrou satisfeito com o serviço. Considerando os resultados, o local carece de melhorias estruturais e de educação na manipulação dos alimentos e acondicionamento dos mesmos, aos trabalhadores. Essa estratégia de ensino serviu para expor que o conhecimento pode ser repassado de diversas maneiras além dos métodos de ensino tradicional. Assim, a forma de ensino escolhida pela docente foi eficaz e se mostrou relevante, pois os discentes puderam observar na prática o quão importante é a vigilância sanitária para assegurar a promoção e bem-estar de todos e uma boa assistência à saúde , uma vez que, os mesmos como futuros enfermeiros serão incumbidos de atuar em prol da promoção e prevenção da saúde da população. 

4897 A clínica como produção de conhecimento e problematizações nos serviços de saúde em Manaus.
Luana Sanches da Costa, Elizabeth Nogueira de Andrade, Marineide Santos de Melo, Izaias Gomes da Silva Junior, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Luciana Costa Pinto da Silva, Elyson Enrique Campos de Moraes, José Victor Santos Neiva

A clínica como produção de conhecimento e problematizações nos serviços de saúde em Manaus.

Autores: Luana Sanches da Costa, Elizabeth Nogueira de Andrade, Marineide Santos de Melo, Izaias Gomes da Silva Junior, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Luciana Costa Pinto da Silva, Elyson Enrique Campos de Moraes, José Victor Santos Neiva

Apresentação: As disciplinas de conteúdo clínico na graduação tem o intuito de prover ao acadêmico problematizações com relação à produção de saúde dos pacientes, colocando os acadêmicos como verdadeiros protagonistas do cuidado no sistema público de saúde. Objetivo: Dessa maneira, a disciplina de Hematologia Clínica, através de metodologias de ensino psicopedagógicas, tem o intuito de inserir o graduando a um leque de problematizações no que tange ao bem-estar do doente na área da Hematologia Clínica, dando ele a liberdade e poder de resolutividade das situações realistas. Descrição da experiência: Foi proposto aos acadêmicos do 5º período do curso de medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) no segundo semestre de 2017 pela disciplina de Hematologia, devidamente supervisionados pela professora da disciplina, monitores e ouvintes, a realizarem buscas pela produção do cuidado e promoção de saúde dos doentes, realizados no Hospital da Universidade (Hospital Universitário Getúlio Vargas-HUGV), juntamente com parceiras à Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON) e à Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), por meio da coleta de dados dos pacientes seja pela entrevista clínica seja pela descoberta e resolutividade da problematização colocada a posto. Por fim, cada aluno produzia seu próprio caso clinico baseado na história clínica do doente, e apresentava, frente à professora, monitores e acadêmicos, a sua resolutividade da escolha, devidamente confeccionada nas regras científicas, médicas e ética da comunidade acadêmica e da saúde e, assim, arquivadas para fins de uso futuro. Resultados: Verificou-se que a proposta, visivelmente pedagógica da disciplina, engloba a ideal interação entre ensino, cuidado, serviço e comunidade, capacitando futuros profissionais médicos a produzirem suas próprias resolutividades frente a uma problematização do cuidado e do acesso à saúde. Assim, a disciplina realiza, junto à Universidade, a capacidade de potencializar o encontro entre a educação e a saúde na formação profissional e no desenvolvimento do trabalho no cotidiano, colocando o acadêmico como autor da construção de serviços em saúde cada vez mais resolutivos. Considerações finais: Cada acadêmico, por meio da metodologia, aprofundou-se numa doença específica como problematização da área da Hematologia, logo, ficando o conhecimento das outras patologias não tão consolidados em comparação com aquela que teve um estudo estritamente individual. Notadamente, houve compartilhamento de aprendizado entre a turma, no entanto, não foi possível, por questão logística, colocar cada acadêmico em diversas problematizações ao mesmo tempo, ficando a produção do conhecimento reservada a uma doença específica. Todavia, é fato que a disciplina mostrou-se verdadeira atuante na produção de conhecimento e na capacitação de futuros profissionais, por isso a importância de estabelecer e disseminar essa metodologia nas outras áreas clínicas na graduação médica da Universidade.

4942 EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Clécia Pereira da Silva, Rossana de Araújo Barboza Bento, Gicely Regina Sobral Monteiro, Ivanilde Maria Carvalho Moura, Inês Patrícia Ferreira Guedes, Wellington Bruno Araújo Duarte, Ana Lúcia da Hora e Sá, Talita Helena Monteiro de Moura

EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Clécia Pereira da Silva, Rossana de Araújo Barboza Bento, Gicely Regina Sobral Monteiro, Ivanilde Maria Carvalho Moura, Inês Patrícia Ferreira Guedes, Wellington Bruno Araújo Duarte, Ana Lúcia da Hora e Sá, Talita Helena Monteiro de Moura

A educação continuada é um processo dinâmico de ensino-aprendizagem, ativo e permanente, destinado a atualizar e melhorar a capacitação de pessoas, ou grupos, face à evolução científico-tecnológica, às necessidades sociais e aos objetivos e metas institucionais (OGUISSU, 2000). Entendendo-se, ainda, que a mesma faz parte do desenvolvimento dos recursos humanos, caracterizando-se como um esforço sistemático de melhoria do funcionamento dos serviços por meio do aprimoramento de seu pessoal. Nessa perspectiva, a educação continuada, quando trabalhada no âmbito da saúde, tem o objetivo de contribuir para mudanças na forma de execução do exercício profissional, e consequentemente, na vida da população assistida, uma vez que, proporciona à aquisição de novos conceitos e atitudes, essa realidade é capaz de gerar transformações no quadro político e prospectivo da formação dos profissionais envolvidos (BRASIL, 1990). Sendo, então, considerada uma ferramenta essencial para a melhoria da qualidade da assistência e serviços de saúde. Este relato de experiência descreve uma atividade de educação continuada com Agentes Comunitários de Saúde, realizada pela Gerência de Atenção Básica do município do Jaboatão dos Guararapes, localizado no estado de Pernambuco. Segundo a lei 11.350, de outubro de 2006, para exercer o cargo de Agente Comunitário de Saúde, é necessário que o candidato tenha concluído o ensino fundamental, e ainda, que tenha cursado, com aproveitamento, um curso introdutório de formação inicial e continuada. Assim, a necessidade da realização desta atividade surgiu a partir da convocação dos novos Agentes Comunitários de Saúde, advindos de concurso público realizado no município no ano de 2015, visto que, muitos, não tinham nenhum tipo de formação na área da saúde. O curso foi realizado para um público de 70 pessoas, durante o período de agosto de 2017 a janeiro de 2018, garantindo uma carga horária total de 100 horas.  Essa carga horária total do curso foi dividida da seguinte forma: 40 horas no módulo Curso Introdutório para Agentes comunitários de Saúde (ACS), disponibilizado pela plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem-Sistema Único de Saúde (AVA-SUS); 20 horas de formação para a utilização dos tablets e 40 horas de atividades desenvolvidas pela Gerência da Atenção Básica do município, em parceria com residentes dos Programas de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família do Jaboatão dos Guararapes/PE e Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva do Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ. As atividades desenvolvidas foram organizadas em quatro módulos teórico-práticos, com a formação de duas turmas de 35 pessoas cada. O curso foi mediado pela metodologia ativa, abordagem pedagógica reflexiva e questionadora, onde o discente é conduzido a assumir uma postura de autonomia ao longo do seu processo de aprendizado, possibilitando, assim, uma aprendizagem mais significativa e eficaz. Foram desenvolvidas ao longo do curso; encenações teatrais, jogos, estudos de casos com o auxílio de textos, discussão de vídeos, rodas de conversas, conteúdo expositivo, etc. No primeiro momento, buscou-se conhecer os participantes, bem como suas experiências anteriores e expectativas. Neste módulo foram trabalhados os seguintes temas: Sistema Único de Saúde (SUS) e sua forma de organização; O que é saúde e doença? Os determinantes sociais e sua influência no processo saúde e doença; A Saúde Pública como um direito Social e a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB). Explicitando assim, o objetivo de apresentar a esses profissionais o SUS como um direito social, conquistado por vários setores da sociedade; a atenção básica com uma lógica de cuidado mais próximo do usuário e de sua realidade social com foco na promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde; bem como os conceitos de vulnerabilidade e situação de risco. No segundo módulo buscou-se fortalecer o reconhecimento da área de atuação prática e das atividades desenvolvidas nas unidades, bem como os serviços prestados à comunidade e a importância do vínculo com os usuários. Em seguida, iniciamos as discussões das seguintes temáticas: Mapeamento/Territorialização; Visita Domiciliar e ferramentas para o trabalho; Como realizar visita domiciliar; Escala de Risco; Os vários tipos de família; Estrutura familiar/genograma e ecomapa; O trabalho em equipe; Atribuições dos profissionais da equipe; e Ações Programáticas em saúde desenvolvidas pela Equipe de Saúde Família. Aqui, os futuros ACS’s tiveram a oportunidade de conhecer seus instrumentos de trabalho. No terceiro módulo foram discutidos os princípios do acolhimento na atenção básica e apresentado o fluxograma de acolhimento nas unidades do município, além de toda a rede atenção à saúde do município. Foram abordados de forma mais detalhada as principais ações programáticas em saúde nos seguintes grupos: criança, idoso, mulher e homem; como também as principais doenças negligenciadas hanseníase e tuberculose, e as doenças crônicas predominantes no âmbito da atenção básica, diabetes e hipertensão; ambas discutidas com estudo de casos.  Nesse momento, foram apresentados os fluxos assistenciais na rede, e a organização do acolhimento nas equipes, sendo, o Agente Comunitário de Saúde um dos profissionais que participam desse processo. Com o intuito de introduzir o conhecimento da educação popular nas práticas profissionais cotidianas desses Agentes Comunitários de Saúde, e assim enriquecer a rede de atenção à saúde de Jaboatão dos Guararapes com esse perfil de profissionais, o quarto e último módulo, que ocorrerá em meados de janeiro de 2018, abordará essa temática.  A proposta é de resgatar o trabalho já desenvolvido por profissionais da rede, incluindo Agentes Comunitários de Saúde, para potencializar as discussões sobre educação em saúde nos dispositivos da Atenção Básica. É importante ressaltar que ao longo do curso, ao final de cada dia de discussão dos módulos, realizou-se um momento de avaliação das atividades desenvolvidas pelos participantes e facilitadores quanto à participação individual, coletiva, conteúdo e facilitadores. A avaliação teve grande relevância, pois oportunizou a identificação dos pontos negativos e positivos, contribuindo também para a melhoria dos módulos subsequentes. Ressaltamos que todos os temas abordados no curso foram pautados no Manual do Agente Comunitário de Saúde, além de outras publicações consideradas relevantes do Ministério da Saúde.  A partir dessa experiência, foi possível sensibilizar a todos os envolvidos, desde os profissionais que atuam na gestão até o público alvo do curso, o quão é fundamental investir em ações sistemáticas de capacitação para os profissionais da rede, em especial, os Agentes Comunitários de Saúde que se caracterizam como principal elo da equipe de saúde da família com os usuários do Sistema Único de Saúde. Diante da complexidade da atuação profissional do Agente Comunitário de Saúde e da necessidade de inserir os convocados no concurso na rede de atenção básica, é imprescindível que o processo de educação seja contínuo e coerente com a realidade do município.       

5022 Cuidados de enfermagem para o paciente com diabetes mellitus: um relato de experiência
Joao Lucas Moraes Souza, Heloize de Souza Machado, Igor Peniche Furtado, Márcia Juliana Sampaio, Mayra Costa Barros, Renata Lafaiete Cardoso Paes, Andréia Pessoa da Cruz

Cuidados de enfermagem para o paciente com diabetes mellitus: um relato de experiência

Autores: Joao Lucas Moraes Souza, Heloize de Souza Machado, Igor Peniche Furtado, Márcia Juliana Sampaio, Mayra Costa Barros, Renata Lafaiete Cardoso Paes, Andréia Pessoa da Cruz

Apresentação: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que se caracteriza por níveis elevados de glicose no sangue, provenientes de déficits na secreção e/ou na ação da insulina trazendo complicações para a vida da pessoa acometida se não for tratada de maneira correta. No entanto, a implementação do Processo de Enfermagem (PE) (instrumento amparado pela resolução nº 358/2009, do Conselho Federal de Enfermagem, que sistematiza o atendimento do enfermeiro), desenvolvido por Wanda Horta, direciona o exercício do profissional nos cuidados do paciente dentro dos ambientes de saúde, sendo primordial no cuidado ao paciente com DM. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará, ao desenvolverem a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a um paciente com DM. Desenvolvimento do trabalho: O estudo foi realizado no mês de junho, de 2017, durante dois dias, como requisito avaliativo da atividade curricular Introdução à Enfermagem, dentro de um hospital público na cidade de Belém – PA, respeitando as questões éticas e bioéticas dispostas pela resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, com uma paciente portadora de DM. Para a seleção dos diagnósticos de enfermagem, utilizou-se a taxonomia da North American Nursing Diagnost Association (NANDA International). Resultados e/ou impactos: Um plano de cuidados, baseado nos problemas encontrados durante a anamnese e exame físico da paciente, foi criado buscando solucionar tanto as problemáticas decorrentes das patologias de diagnósticos médicos, quantos as outras que envolvem o seu contexto psicossocial. Dentre os diagnósticos selecionados estão o Risco de glicemia instável, o Risco de desequilíbrio hidroeletrolítico e o Medo da morte. Considerações finais: Evidenciamos a importância do plano de cuidados no reestabelecimento da qualidade de vida do paciente a ser tratado, e a obtenção de novas experiências que são adquiridas exclusivamente por meio da dinâmica que as vivências nas aulas práticas oportunizam. Além de como a atuação do profissional pode ser melhorada quando sua assistência tem a SAE como base, tornando o processo mais dinâmico, com uma melhor estruturação de prioridades e holístico.

5091 Reflexão acerca da qualificação de futuros profissionais de saúde em relação à prevenção e promoção de saúde no âmbito da atenção básica no estado do Amazonas
Synaha Rachel Romao De Almeida, Flávio Renan Paula da Costa, Tainá Afonso de Almeida, Dayanna Lopes da Silveira, Fabio Rodrigo da silva pinheiro, Brenda Kerolayne Batista Serrão, Luana Sanches da Costa

Reflexão acerca da qualificação de futuros profissionais de saúde em relação à prevenção e promoção de saúde no âmbito da atenção básica no estado do Amazonas

Autores: Synaha Rachel Romao De Almeida, Flávio Renan Paula da Costa, Tainá Afonso de Almeida, Dayanna Lopes da Silveira, Fabio Rodrigo da silva pinheiro, Brenda Kerolayne Batista Serrão, Luana Sanches da Costa

Introdução: A atenção básica ou primária a saúde é considerada a porta de entrada no sistema de saúde público brasileiro, sendo o setor com a maior quantidade de pacientes e o responsável pelo encaminhamento destes a outros níveis de complexidade. A promoção e a prevenção da saúde são fundamentais na redução do processo de referência, ou seja, quando o paciente passa de um nível de menor complexidade para um nível de maior. Assim, evidencia-se a importância do conhecimento sobre o sistema de saúde público para a melhoria da qualidade de vida da população. Obejetivo: Levantar uma crítica acerca da deficiência de algumas disciplinas de ensino médico na abordagem de práticas de prevenção e promoção de saúde bem como o incentivo de profissionais mais humanizados na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Descrição da experiência: Na disciplina de Atenção Integral à Saúde, ministrada no primeiro período durante o ciclo básico da UEA, foi realizado uma atividade prática, na qual a turma de 60 graduandos se dividiu em grupos de aproximadamente 10 componentes. O intuito da atividade é sensibilizar a população por meio da promoção e prevenção da saúde acerca do câncer de mama e próstata sendo realizada durante o período de outubro a novembro, visto que nesses meses são realizadas campanhas voltadas à prevenção e tratamento dessas doenças. A atividade foi realizada em vários ambientes públicos para o alcance de um maior número de pessoas. Resultados: a atividade proposta e realizada através da disciplina de Atenção Integral à Saúde foi extremamente importante, pois despertou nos graduandos criatividade para elaborar novas formas de abordar e ganhar a atenção do paciente facilitando a forma de promover saúde, além de fortalecer a relação médico-paciente e capacitar o graduando desde o início do curso, trazendo maior segurança em suas habilidades profissionais cotidianas. Conclusão: No entanto, durante três anos da graduação em medicina na UEA, apenas uma atividade prática envolvendo a promoção e a prevenção da saúde foi realizada durante o ciclo básico. Logo, percebe-se uma deficiência na matriz curricular do curso de medicina e a falta da inserção de práticas de promoção e prevenção da saúde nas ementas disciplinares tanto do ciclo básico quanto do ciclo clínico. Além disso, ressalta-se a importância da formação de profissionais mais humanizados para atuar na resolução das iniquidades as quais a população está suscetível.

5215 AUSÊNCIA DE ESPAÇOS DE DISCUSSÃO ENTRE OS SERVIÇOS DE SAÚDEMENTAL E REABILITAÇÃO QUE ATENDEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS
Rosemary Ribeiro, Ângela Malaquias Da Silva Da Silva, Danielle Cristina Santos, Felipe Canellas Storino, Michele Rosa de Carvalho, Nilzete De Araújo Ribeiro Costa, Simone Barbosa Lopes Alves, Vera Mansera

AUSÊNCIA DE ESPAÇOS DE DISCUSSÃO ENTRE OS SERVIÇOS DE SAÚDEMENTAL E REABILITAÇÃO QUE ATENDEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS

Autores: Rosemary Ribeiro, Ângela Malaquias Da Silva Da Silva, Danielle Cristina Santos, Felipe Canellas Storino, Michele Rosa de Carvalho, Nilzete De Araújo Ribeiro Costa, Simone Barbosa Lopes Alves, Vera Mansera

Apresentação: O presente estudo refere-se à criação do projeto aplicativo com a finalidade de criar espaços de discussão entre os serviços de saúde mental e reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias. No início do curso percebemos a existência de um número significativo de profissionais da saúde mental e da reabilitação que atendem a clientela específica e que todos apresentavam uma inquietude em relação as falhas de comunicação entre os serviços e a falta de critérios na realização dos encaminhamentos de acordo com o perfil de cada unidade e qual a melhor terapêutica ou serviço a ser oferecido ao usuário. Aplicamos a experiência baseada em metodologias ativas de ensino-aprendizagem e com este projeto, se espera alcançar como resultado a integralidade do cuidado oferecido a clientela infanto juvenil do município, dar visibilidade aos serviços de saúde que atendem este público como espaços de ensino/aprendizagem , explorar novos campos para encaminhamentos a partir da mutabilidade de cada caso e garantir o acesso e o tratamento para crianças e adolescentes com transtorno/deficiência mental em seu território. Objetivo: Criar espaços de discussão entre os serviços de saúde mental e reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias. Método: No início do ano de 2017 o município de Duque de Caxias teve a oportunidade de sediar o Curso de Especialização “Preceptoria no SUS”, projeto educacional desenvolvido em parceria pelo Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês. Esta iniciativa educacional visa à qualificação dos profissionais de saúde no exercício da preceptoria através da experiência baseada em metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Tivemos dificuldade para definir nosso macroproblema. O macroproblema se constituiu na medida que relacionamos as principais questões que dizem respeito ao atendimento de crianças e adolescentes nas unidades de saúde onde trabalhamos, identificando dificuldades do cotidiano das unidades que apontaram para falhas na comunicação entre os serviços. Muitas crianças e adolescentes, em suas necessidades de atendimento em saúde, demandam ações que dizem respeito à área da saúde mental e da reabilitação, dificultando a percepção, por parte dos profissionais, do melhor a ser oferecido, seja ou não na área da saúde. Na prática é possível perceber que os usuários são encaminhados de um serviço para o outro sem que critérios importantes estivessem estabelecidos. Defendemos que a decisão de um usuário ficar em uma ou outra unidade vai depender do estabelecimento claro do que cada unidade pode oferecer, as ofertas de atendimento precisam ser baseadas no que é o melhor para o usuário e entendemos que isso só pode acontecer na discussão de cada caso. Após diversas dinâmicas concordamos que o macroproblema equivaleria: a ausência de espaços de discussão entre os serviços de saúde mental e reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias. Realizamos uma dinâmica para a priorização dos problemas onde utilizamos a ferramenta “matriz decisória” para identificação do macroproblema mais relevante e elaboração de um plano de intervenção. A matriz decisória define que cada problema apresentado deve ser avaliado de acordo com alguns critérios como: magnitude, valorização, vulnerabilidade, custos, relevância, urgência, factibilidade e viabilidade. O grau de magnitude atribuído a um problema refere-se ao tamanho do problema, ou seja, quanto mais pessoas afetadas, maior é a importância. A valorização faz referência a importância que os atores sociais atribuem ao problema. Em relação a vulnerabilidade o grau atribuído refere que se tendo os recursos será fácil resolver o problema. Por custos entende-se que se houver recursos suficientes haverá resolução do problema, isto é, quanto menor o custo de intervenção mais é indicativo desta possibilidade. Entende-se por relevância a importância do problema e por urgência a quão imediata é a necessidade de resolução do problema. Já por factibilidade e viabilidade entendemos que é a capacidade de intervenção e execução das ações, respectivamente. Após a avaliação desses critérios definimos as prioridades para enfrentar o macroproblema dentro das nossas circunstâncias. O segundo macroproblema obteve maior pontuação, apontando para sua maior factibilidade e viabilidade. Pareceu-nos também que, do ponto de vista da preceptoria, há a necessidade de estabelecer, tanto nos serviços de saúde mental quanto nos serviços de reabilitação, um ambiente que oportunize a formação de profissionais capazes de dialogar com suas práticas com as necessidades específicas de crianças e adolescentes com transtorno de saúde mental. Nesse contexto, decidimos por trabalhar com o segundo macroproblema. Seguimos para o mapeamento dos atores sociais e partimos da proximidade que eles tinham em relação à instituição, segundo seus valores e interesses. Para isso utilizamos uma matriz de valor e interesse diante do problema priorizado. Após a priorização do problema e o mapeamento dos atores sociais construímos a árvore explicativa onde identificamos os descritores, as causas e as consequências a partir do macroproblema elencado: “Ausência de espaços de discussão entre os serviços de Saúde Mental e Reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias”. A partir deste ponto identificamos os descritores que contribui para a construção do plano de ação. Considerações Finais: O estudo nos possibilitou estabelecer uma linha de cuidado que inclui uma diversidade de caminhos para alcance de uma atenção qualificada, que vise a garantia da produção do cuidado continuado, comunitário e territorial, incluindo atenção básica, ambulatório especializados, Centro de atenção psicossocial, Centros de Reabilitação. Assim como a necessidade do trabalho em rede, tanto da saúde, como intersetorial a Criação de espaços de educação permanente tem a finalidade de garantir acesso e tratamento para criança e adolescente com transtorno/deficiência mental em seu território, possibilitando assim direcionar esta clientela de forma responsável e mais adequada, melhorando assim a comunicação entre as equipes. Com isso haverá possibilidade de aumentar o atendimento da clientela nos ambulatórios, reduzindo os encaminhamentos inadequados e podendo garantir a execução do protocolo elaborado. Esperamos alcançar como resultado a integralidade do cuidado oferecido a clientela infanto juvenil do município e dar visibilidade aos serviços de saúde que atendam criança e adolescente com transtorno/deficiência mental. Como a criação dos espaços de ensino/aprendizagem. As ações esperadas seria a sensibilização dos gestores para implantação/implementação do plano, estimular a participação dos profissionais e fortalecer o grupo de trabalho da saúde mental e reabilitação como espaço permanente de discussão e definição de temas, como também as capacitações e criação de fórum da infância e adolescência.            

5274 Sobre a formação técnica do Agente Comunitário de Saúde: o que dizem os atores envolvidos nessa formação
Luciana Carnevale, Fracieli Rafaela dos Santos

Sobre a formação técnica do Agente Comunitário de Saúde: o que dizem os atores envolvidos nessa formação

Autores: Luciana Carnevale, Fracieli Rafaela dos Santos

Apresentação: A questão da “Educação em Saúde” ocupa atualmente um lugar central na Política do Sistema Único de Saúde. Esta pesquisa dirigiu seu foco para a formação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), profissionais cujo trabalho é considerado relevante na Atenção Básica. Parte-se do entendimento de que a maioria dos problemas e necessidades que afetam as pessoas pode ser acolhida nesse “nível”, a partir de ações e procedimentos de baixo custo, do desenvolvimento de tecnologias leves, de natureza relacional, aspecto esse, que também contribui para reunir argumentos em direção à valorização da formação desses profissionais. A temática da educação em saúde, embora pouco explorada no campo da Fonoaudiologia, é de grande importância para o fonoaudiólogo, principalmente quando se considera a importância do caráter interdisciplinar do trabalho no SUS. O objetivo deste estudo foi conhecer a formação de Agentes Comunitários de Saúde atuantes em uma UBS de um município do interior do Paraná. Desenvolvimento: A pesquisa observacional, transversal e analítica teve caráter qualitativo. Participaram do estudo três Agentes Comunitárias de Saúde egressas do curso técnico em agente comunitário de saúde oferecido pelo município. Os dados foram coletados a partir de entrevista semidirigida, cuja realização foi orientada por um roteiro semiaberto de questões. Cada entrevista foi áudio gravada e seu material posteriormente transcrito e analisado. Por meio desse instrumento foi possível obter informações específicas acerca do curso técnico de formação de agentes comunitários, das impressões dos participantes entrevistados sobre o desenvolvimento e a efetividade do mesmo para a prática dos egressos, bem como da rotina de seu trabalho e da valorização de sua profissão. Foi realizada a “análise de conteúdo” de caráter interpretativo a partir de três eixos temáticos: 1. O perfil profissional; 2. A formação e suas implicações na prática diária e 3. A (des)valorização do ACS. Resultados: Eixo 1. No que diz respeito ao perfil, as participantes da pesquisa, com idades entre 44 e 50 anos, afirmaram residir no mesmo bairro onde trabalhavam e possuir o ensino médio completo. Inicialmente foram contratadas para o trabalho no SUS por meio do PSS sendo, posteriormente, efetivadas por meio de concurso público. Apenas uma entrevistada afirmou que a atuação na área da saúde foi fruto de uma escolha prévia. Eixo 2. Em relação à formação das ACSs, os depoimentos contrariam o discurso oficial do Ministério da Saúde que enfatiza a importância da capacitação dos profissionais de saúde com base na ‘formação permanente’ para subsidiar as equipes na organização de seus processos de trabalho. As três participantes afirmaram terem iniciado a atuação no SUS sem receber nenhum conhecimento prévio para exercerem sua função. O curso, ministrado cerca de quatro anos após o inicio das atividades das ACSs teve um caráter eminentemente técnico impeditivo do aprofundamento teórico e prático condizente com a complexidade dos problemas a serem enfrentados no primeiro nível da atenção à saúde. Outra questão mencionada foi o distanciamento de docentes do curso em relação ao “chão dos serviços”. Nesse sentido, as participantes relataram sobre a ‘falta de espaço’ para a discussão de aspectos tratados apenas teoricamente, que, segundo elas, se distanciavam de sua vivência cotidiana. Eixo 3. Constatou-se neste estudo, a desvalorização dos trabalhadores ACSs, pela via de sua baixa remuneração, bem menor quando comparada aos colegas de equipe, e a vulnerabilidade. Alguns depoimentos expressaram o fato de que as ACSs lidam, no seu cotidiano, com casos bastante complexos e delicados. No entanto, não recebem, por via de regra, nenhum suporte adequado para lidar com o impacto emocional dessas situações. Considerações Finais: Este estudo destacou a importância da atuação do ACS na Atenção Básica, os dilemas de sua formação, atuação e a desvalorização atribuída a esses profissionais no cotidiano dos serviços. Tal conhecimento permite ao fonoaudiólogo dimensionar ações conjuntas que potencializem o papel desses profissionais enquanto elo de comunicação entre equipe e comunidade. A inserção do fonoaudiólogo na Atenção Básica é incipiente e pesquisas, na área, direcionadas à atuação da Equipe da Estratégia Saúde da Família devem ser intensificadas.

5293 RELATO DE EXPERIÊNCIA: AS VISITAS DOMICILIARES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAUDE (ACS) COM OS DISCENTES DA DISCIPLINA SAUDE COLETIVA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM.
marilena costa vasques, MARILENA COSTA vasques, Francilene Xavier Ferreira

RELATO DE EXPERIÊNCIA: AS VISITAS DOMICILIARES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAUDE (ACS) COM OS DISCENTES DA DISCIPLINA SAUDE COLETIVA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM.

Autores: marilena costa vasques, MARILENA COSTA vasques, Francilene Xavier Ferreira

Apresentação: O presente estudo é um relato de experiência das visitas domiciliares realizadas pelos  Agentes Comunitários de Saúde-ACS em Unidade Básica de Saúde da Família, situada na Zona Norte no município de Manaus, vivenciado no estágio de Saúde Coletiva II pelos discentes de graduação do Curso de Enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo das Visitas Domiciliares dos ACS e dos discentes do curso de enfermagem aos comunitários. Os comunitários foram selecionados pela enfermeira e pelos  ACS, tendo como critérios aqueles com maior vulnerabilidade e/ou em tratamento continuo de alguma morbidade.Desenvolvimento: Foram visitados 6 domicílios. As visitas acompanhadas seguiram o planejamento dos programas saúde do adulto, como pessoas com Hipertensão e Diabetes tipo IIe idosos acamados. Fora observado que o cuidado deve ser integral ao doente e a sua família pois segue um processo que vise a aceitação da doença, a qualidade de vida e autonomia. Observamos que o ACS pode atuar junto às pessoas que não têm o diagnóstico de hipertensão, mas possuem os fatores de risco através da educação em saúde enfatizando o tema como obesidade, má alimentação e como as atividades da vida diária (AVDS) e que a maioria é sedentária, ou seja, não pratica nenhuma atividade física. Segundo as Diretrizes da Atenção Primária/Saúde da Família a qual preconiza que deve-se oferecer ao idoso, seus familiares e cuidadores uma atenção humanizada, com orientação, acompanhamento e apoio, no domicílio e na Unidade Básica de Saúde. Quanto aos idosos visitados pelos ACS e discentes, foi realizado a visita aos acamados ambos portadores da doença de Alzheimer, com idade entre 96 a 98 anos, onde foi realizado palestra em educação em saúde sobre prevenção de lesões por pressão (LPP) devidos as condições que se encontram e orientações aos seus familiares e durante a visita foram cadastrados novos membros da família e marcações de consultas médicas e de enfermagem pré-agendado. A sensibilização feita para os comunitários sob os 10 minutos de combate ao Zika Vírus, pois segundo a Política Nacional de Atenção Básica, devemos orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde, promover a prevenção das doenças e agravos e de vigilância a saúde. Resultados:É importante relatar nesta experiência que é um desafio para os ACS, poder ajudar os comunitários em mudar seu modo de viver, pois foram detectados vários conflitos sociais familiares, sendo que esperamos que aos poucos e com o acompanhamento, essas famílias visitadas devam aprender o autocuidado ou até mesmo negligenciar essas ações de sua rotina. Dessa forma receber orientação pelos agentes pode influenciar como um fator positivo como disseminadores de conhecimento.Considerações Finais: Concluímos ser importante a atuação do ACS em sua micro área e a compreensão do seu papel de disseminador de informações em saúde são pertinentes acerca das temáticas vivenciadas em saúde coletiva na comunidade.    

5355 Por uma formação dos profissionais de saúde comprometida radicalmente com o SUS universal, público, integral e equânime
PAULETTE Cavalcanti de Albuquerque

Por uma formação dos profissionais de saúde comprometida radicalmente com o SUS universal, público, integral e equânime

Autores: PAULETTE Cavalcanti de Albuquerque

Há muito tempo discute-se esta questão. A Reforma Sanitária estava sendo forjada na práxis dos movimentos sociais, dos técnicos e das academias quando já estava clara a importância da formação dos profissionais de saúde, da qualidade desta e do seu necessário compromisso com os princípios do novo Sistema. No entanto, apesar dos avanços do Pró-Saúde, do PET, do VerSUS e de tantos outros programas e políticas, a formação dos profissionais de saúde ainda está distante do que necessita o SUS. O objetivo desse trabalho, síntese de várias pesquisas e estudos, é analisar a formação a nível da graduação, residências multiprofissionais e cursos de pós-graduação lato sensu no seu potencial de produzir profissionais comprometidos com a Reforma Sanitária ainda em curso. Foi feita uma análise de duas teses de doutorado e três dissertações de mestrado, tendo a interprofissionalidade como tema-condutor. As duas teses de doutoramento versavam sobre o processo de trabalho no NASF e as dissertações discutiam a residência multiprofissional, o VerSUS e a formação de graduação em medicina e saúde coletiva. A Educação Permanente em Saúde e a Educação Popular foram referenciais teóricos de três dos quatro documentos. Os resultados destacam ser a convivência e o trabalho em equipe multiprofissional um desafio importante que, tenciona no sentido da abertura dos técnicos para a troca de saberes, para o respeito ao saber do outro, para a construção coletiva de ações, atividades e conhecimentos, bem como para o necessário desvelamento do papel do poder corporativo de cada profissão. A crença de que uma ou outra profissão é mais importante tende a cair por terra à medida em que cresce a cooperação interprofissional. Destaca-se o papel do PET Saúde da Família, das residências multiprofissionais e do VerSUS na sensibilização dos profissionais para um maior compromisso com a Reforma Sanitária, especialmente na perspectiva deste(s) último(s) de incluir os movimentos sociais no processo formativo. O agente comunitário de saúde inserido desde o início do curso de graduação teve destaque, entre todos os profissionais, como formador e educador de uma maneira ampla, que inclua o conceito ampliado de saúde tão caro à reforma sanitária. Por fim, a descoberta de que a ampla maioria dos profissionais de saúde não curam, e tem como meta garantir uma melhor qualidade de vida foi considerada chave para a mudança no enfoque dos currículos e da formação em todos os níveis, desde o técnico até a pós-graduação. Conclui-se que há ainda várias mudanças a serem promovidas na formação em saúde e que a interprofissionalidade, o trabalho em equipe, a inclusão do agente comunitário de saúde e dos movimentos sociais são elementos fundamentais a serem promovidos para garantir um profissional de saúde realmente comprometido com a Reforma Sanitária e um SUS universal, equânime, integral e público.

5400 CURSO DE ACOLHIMENTO EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE: INTEGRANDO E COMPARTILHANDO SABERES.
Margarida Araújo Barbosa Miranda, Liana Barcelar Evangelista, Jamison Pereira Nascimento, Maria Helena Pereira Lopes, Anna Nunes Pereira Neta Farias, Malaquias Júnior de Lacerda Nascimento, Rosemeire Vieira Pereira Aquino, Sinvaldo dos Santos Moraes

CURSO DE ACOLHIMENTO EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE: INTEGRANDO E COMPARTILHANDO SABERES.

Autores: Margarida Araújo Barbosa Miranda, Liana Barcelar Evangelista, Jamison Pereira Nascimento, Maria Helena Pereira Lopes, Anna Nunes Pereira Neta Farias, Malaquias Júnior de Lacerda Nascimento, Rosemeire Vieira Pereira Aquino, Sinvaldo dos Santos Moraes

Apresentação – Trata-se de uma experiência integrada de qualificação de profissionais da saúde com o objetivo de implantar e/ou implementar o acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades e o acolhimento com classificação de risco na Rede de Atenção à Saúde do Tocantins, de acordo com a Política Nacional de Humanização. Sendo uma demanda dos gestores municipais, por meio do Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde/PAREPS. Desenvolvimento – Utilizou-se de metodologias ativas, tendo como princípio estruturante a relação entre processo de trabalho e formação, com valorização do contexto e da prática dos profissionais. Foi realizado na modalidade presencial, com carga horária de 80h, contudo houveram momentos de atividades no território, fomentando processos de educação permanente. As turmas foram organizadas de modo regionalizado, contemplando profissionais dos diferentes pontos de atenção da Rede. A condução ocorreu de modo integrado entre a Escola Tocantinense do SUS Dr. Gismar Gomes/ETSUS, Assessoria de Humanização e outras áreas afins. Além de conteúdos previstos pela Política Nacional de Humanização, entre outros, incluiu-se estudos sobre o Protocolo Único de Acolhimento com Classificação de Risco na Rede de Urgência e Emergência do Tocantins. Resultados – Desde o início do Projeto, em 2016, até o ano de 2017, foram contemplados 720 profissionais de municípios que integram as 08 Regiões de Saúde do Estado. Dentre os principais produtos e desdobramentos do Curso, além da integração e compartilhamento de saberes, experiências entre os profissionais, bem como a ampliação do grau de comunicação entres estes, cita-se o Plano de Ação para Implementação/Implantação do Acolhimento com Avaliação de Riscos e Vulnerabilidades e o Acolhimento com Classificação de Risco nas Redes de Atenção à Saúde do SUS no Tocantins, os Consensos pactuados nas CIR Ilha do Bananal e Bico do Papagaio e a Coordenação Colegiada do Curso que envolve a participação de áreas afins com a temática do Curso . Considerações Finais – A proposta de uma qualificação de modo integrado, envolvendo profissionais de diferentes categorias (Agentes Comunitários de Saúde, Enfermeiros, Médicos, Técnicos de Enfermagem, Assistentes Sociais, Psicólogos, Cirurgiões Dentistas, entre outros), dos diversos pontos da Rede de Atenção (Unidades Básicas de Saúde da Família, Unidades de Pronto Atendimento, Hospitais, Centros de Atenção Psicossocial, Serviços de Atendimento Médico de Urgência, entre outros), contribuiu para a ampliação no grau de comunicação e por conseguinte, para o fortalecimento das ações que visam o Acolhimento com Avaliação de Riscos e Vulnerabilidades e da Classificação de Riscos na Rede de Atenção à Saúde do Tocantins.

4173 A integração do ensino e serviço de uma Liga Acadêmica sob a ótica do trabalho em saúde pública na população idosa na cidade de Manaus.
Luana Sanches da Costa, Brena Silva dos Santos, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Marineide Santos de Melo, Mariana Borges Dantas, Flávio Renan Paula da Costa, Izaias Gomes da Silva junior, Elyson Enrique Campos de Moraes

A integração do ensino e serviço de uma Liga Acadêmica sob a ótica do trabalho em saúde pública na população idosa na cidade de Manaus.

Autores: Luana Sanches da Costa, Brena Silva dos Santos, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Marineide Santos de Melo, Mariana Borges Dantas, Flávio Renan Paula da Costa, Izaias Gomes da Silva junior, Elyson Enrique Campos de Moraes

Apresentação: A percepção dos futuros profissionais de saúde como promotores da saúde pública, especificamente, em relação à produção do cuidado no que tange ao bem-estar social da população idosa, vistos, desse modo, como sujeitos e repletos de singularidades, é direcionada para a construção de um sistema de saúde cada vez mais voltado para o cuidado em saúde de maneira longitudinal e multidisciplinar. Dessa forma, a partir da percepção, verifica-se que a saúde desse grupo específico ainda continua aquém de um envelhecimento saudável, sobretudo, no que se refere à saúde pública no Amazonas. A partir disso, nota-se o aparecimento de sintomas e crises depressivas cada vez mais frequente entre esses sujeitos, assim, enfatiza-se para tal problema de saúde pública, por isso a importância de prover ações de promoção de saúde e acesso através da Estratégia Saúde da Família como porta de entrada. Objetivo: À vista disso, evidencia-se a importância da produção do cuidado nos níveis de assistência à saúde em idosos com sintomas depressivos, exercido por meio de habilidades empáticas, ou seja, através do exercício da humanização no cotidiano do serviço, a fim de minimizar e fornecer suporte às dificuldades psicológicas e psiquiátricas que possam comprometer a capacidade funcional dos mesmos. Descrição da experiência: Integrantes e ouvintes da Liga Amazonense de Medicina de Família e Comunidade (LAMFAC) realizaram 4 visitas semanais na Unidade Básica de Saúde (UBS) Morro da Liberdade em Manaus no primeiro semestre de 2017, com o intuito de construir experiências inovadoras na execução da promoção e assistência à saúde em diversos cenários em saúde, assim, acompanharam o atendimento voltado aos idosos na UBS e em alguns domicílios, devidamente supervisionados por uma médica de família da própria UBS. Resultados: Desse modo, na percepção dos integrantes e ouvintes da LAMFAC, observou-se que os idosos apresentavam, além de outras comorbidades de saúde, sintomas depressivos de causas como: luto, isolamento e abandono social. Assim, a Liga Acadêmica, por meio de suas práticas, produz o intencional impacto da educação permanente e continuada no cotidiano do serviço, assim como integração ensino-serviço sob a ótica do trabalho. Considerações finais: Portanto, a LAMFAC com o intuito de prover uma integração do ensino e serviço sob a ótica do trabalho em saúde pública, tem o papel de capacitar futuros profissionais cada vez mais voltados para o exercício de políticas em saúde pública devidamente direcionadas, profissionais esses ainda mais comprometidos com um serviço de saúde democrático e de inclusão, além de objetivar na produção de habilidades e percepções empáticas, que são ações fundamentais para o bem-comum desse grupo especifico e de suas famílias.

2857 Saúde Coletiva: produção de saúde, ensino e ciência
LUANA SANCHES DA COSTA, Ana Paula de Souza Lima, Douglas Borges da Costa Filho, Flávio Renan Paula da Costa, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Mariana Borges Dantas, Marineide Santos de Melo, Antonio de Pádua Quirino Ramalho

Saúde Coletiva: produção de saúde, ensino e ciência

Autores: LUANA SANCHES DA COSTA, Ana Paula de Souza Lima, Douglas Borges da Costa Filho, Flávio Renan Paula da Costa, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Mariana Borges Dantas, Marineide Santos de Melo, Antonio de Pádua Quirino Ramalho

Introdução: Atualmente, mesmo em meio a uma desestruturação das instituições públicas de saúde, a saúde coletiva, enquanto área do conhecimento, busca imergir o estudante no campo da saúde. Com a diversidade de iniciativas em diferentes cenários sociais, políticos, geográficos e culturais, tem procurado aproximar e produzir formas de cuidar das saúdes das populações específicas. Objetivo: O propósito parece, por meio de vivências na formação médica e no desenvolvimento do trabalho em saúde em comunidades, querer potencializar a união entre ensino e serviço, com a intenção de preparar acadêmicos e futuros profissionais ainda mais críticos e mobilizados por uma saúde pública inclusiva e democrática. Descrição da experiência:  A disciplina Saúde Coletiva IV da Universidade Federal do Amazonas no primeiro semestre de 2017, sob a ótica da interação entre ensino, serviço e comunidade, oportunizou ao total cinco práticas de campo com efeito psicopedagógico direcionadas para abordagens iniciais a populações, atendimento médico e (re)conhecimento da realidade local. Supervisionadas pelo professor, monitores e ouvintes da disciplina, práticas essas feitas com uma turma de 56 graduandos do 4º período do curso de medicina estimulados a conhecer as diversas realidades em alguns grupos populacionais da cidade de Manaus, sobretudo, de grupos mais vulneráveis quanto à situação social, incluindo, feirantes, moradores de rua, profissionais do sexo, dependentes químicos, pacientes psiquiátricos, ribeirinhos, mulheres indígenas e comunidades de produtores rurais. Isso causou provocação no sentido de formar acadêmicos-cidadãos cada vez mais mobilizados por uma ética coletiva em saúde que ajude a enfrentar as iniquidades reconhecendo-as concretamente, nessas atividades práticas, para além de toda teoria vista em sala de aula. Em virtude disso, a disciplina aproximou a universidade dos contextos em que devem se dar as políticas públicas e, principalmente, de sujeitos que as demanda de que mais delas dependem, enriquecendo ainda a experiência dos alunos com aspectos da economia, da cultura e da história local da cidade. Resultados: As experiências educacionais inovadoras inclusas em projetos pedagógicos dos cursos de graduação cada vez mais direcionadas à saúde coletiva, como práticas de vivência na graduação médica, são visivelmente positivas e essenciais, visto que se trata de verdadeira produção de saúde, ensino e ciência, sem falar que submete o graduando às diferentes realidades sociais e aos antagonismos da saúde pública no Brasil, em especial no Amazonas. Desse modo, a Saúde Coletiva IV tem a necessidade de inserir o estudante precocemente em atividades práticas relevantes para a sua futura vida profissional, além de utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem permitindo ao aluno conhecer e vivenciar situações variadas para intervenção e, assim, formar verdadeiros médicos mobilizados por uma saúde coletiva e inclusiva. Considerações finais: Assim, destacada a importância da saúde coletiva como produtora de saúde, ensino e ciência, alerta-se para a necessidade de colaboração e disseminação da nova metodologia ativa pela Instituição de Ensino, perpassando, se possível, por todas as saúdes coletivas inclusas no currículo educacional da Universidade, já que as ações foram uma iniciativa isolada da disciplina em parceria aos estudantes.