51: O desafio da interprofissional na formação em saúde
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 07 - Jiquitaia    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
3369 EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA EM UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA NO INTERIOR BAIANO: o papel do profissional não-médico na formação
Márlon Vinícius Gama Almeida, Kátia Cordeiro Antas

EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA EM UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA NO INTERIOR BAIANO: o papel do profissional não-médico na formação

Autores: Márlon Vinícius Gama Almeida, Kátia Cordeiro Antas

APRESENTAÇÃO: Ingressar na docência foi um projeto que se construiu um pouco antes de terminarmos a graduação, sobretudo pela possibilidade de se desenvolver/envolver com o exercício profissional, ao mesmo tempo em que poderíamos contribuir para/na formação de outros pares, ou ainda, aplicando os saberes adquiridos em nossa formação em profissões outras que pudessem dela se beneficiar. O encantamento da docência sempre nos chegou através das relações e dos aprendizados os quais ela possibilita. Contato com os mais variados discentes de diversos lugares e com diferentes perspectivas. Além disso, é preciso dizer, sempre houve uma certa dose de responsabilização pela formação de novos profissionais, fossem eles da psicologia, da enfermagem, ou de outra área a qual estivéssemos em contato. Parafraseamos Chico Buarque para explicar este espaço de encontro que nos permite “ajeitar nosso caminho para encostar no deles”. Dito isso, o presente resumo tem como objetivo relatar o exercício da docência em um curso de graduação em medicina em uma universidade do interior baiano a partir do lugar de profissional não-médico. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Por razões diversas e que não passavam pela ordem do desejo, ambos viemos para o curso de graduação em medicina, em processo de implantação no interior baiano. Funcionando em estrutura provisória, com entrada anual e que, atendendo às novas orientações do Ministério da Saúde (MS) utiliza as metodologias ativas em suas atividades, sobretudo, o método PBL (Problem Basead Learning) ou ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas). Ao chegarmos aqui, no início de 2015, a primeira turma estava no segundo e terceiro semestres, respetivamente. Muitas expectativas em questão, tanto por parte do corpo docente quanto discente, e uma série de elucubrações a serem planejadas, organizadas e colocadas em prática. Dificuldades com infraestrutura, períodos de capacitação e corpo docente em processo de constituição - o que segue até o momento através de concursos para a inserção de novos profissionais. RESULTADOS: Após um longo período exercendo a docência no modelo tradicional de ensino, deparamo-nos com uma nova forma de desempenhar este papel. No nosso caso, em específico, ainda que tenhamos nos encontrado com inúmeras diferenças, também percebemos que várias técnicas já eram por nós utilizadas nas nossas práticas anteriores, a exemplo da aula dialogada e do uso de instrumentos como o portfólio e o diário de campo para acompanhamento dos estudantes e avaliação. Já estamos nesta instituição há quase três anos e, ao longo deste período, entendemos que colecionamos momentos de descoberta e encorajamento, e outros de desapontamento e desterritorialização. Momentos de sentimentos bem positivos e fortalecedores do lugar que ocupamos, e, por outro lado, momentos de incertezas e angústia pelo modo como muitos comportamentos e procedimentos se desdobram neste lugar, sobretudo, quando se fala da classe médica que, em geral, é contaminada por uma gama de vaidades e desinteresses por tudo aquilo que foge ao biológico e se aproxima do social. Isto é, guarda uma compreensão do processo saúde-doença-cuidado equivocada e reducionista, sem se permitir pensar a clínica de maneira mais afetiva e relacional. Nossos desconfortos, se manifestam, sobretudo, por compreender que o processo de ensinagem-aprendizagem deve conter outras dimensões que, infelizmente, não têm sido contemplados neste curso. Em nosso percurso de afetações, houve muitos questionamentos provocados por um grande estranhamento neste papel de professor não-médico. Perguntas como “A quem sirvo? O que faço? Como colaborar? Como melhorar? Como não me afetar sem ser indiferente?” tomam-nos com muita frequência e, dificilmente, encontramos respostas claras e satisfatórias para as mesmas. Uma primeira grande dificuldade foi sair do lugar de formação inicial e disparar um processo de leitura e estudos sobre temas com os quais mantivemos algumas ou poucas aproximações. Outros elementos dificultadores são as relações com pouca troca, pouco diálogo, motivadas, sobretudo, por compreensões de mundo que divergem entre si no que diz respeito ao que é necessário e importante no processo de formação médica. Alguns discentes e docentes não se sentem à vontade com as discussões propostas na atividades que encabeçamos, outros até, entendem que não seria necessário que algumas discussões fossem provocadas. De todo modo, o exercício da docência neste contexto também coleciona momentos de descoberta e encorajamento. Um deles é através da Liga Acadêmica de Produção de Cuidados e Sensibilidades (LAPCS), coordenada por nós, que reúne um grupo de alunos e profissionais diversos, sobretudo da área da saúde, mas que têm, também, a sensibilidade como ponto em comum. Há ainda a confiança de alguns discentes reconhecida no olhar, nas palavras ou num pedido de ajuda, seja de natureza profissional ou pessoal. Ademais, colecionamos novos aprendizados, seja através das novas formas de se exercer a docência, seja pelos depoimentos e vivências com os discentes, seja ainda no enfrentamento de dificuldades diversas que nos arrancam da zona de conforto e nos coloca a pensar em como se reinventar a cada dia. Importante esclarecer que dentre todos esses desafios, entre essas descobertas e encorajamentos, houveram ganhos importantes, como o caso de amizade e a parceria sincera que nasceu entre os autores deste trabalho. Uma relação tecnicamente pouco provável, entretanto, que desafia tais elementos apontando que somos bem diferentes um do outro, mas que, talvez justamente por isso, nos complementamos de modo tão sintonizado. Uma parceria que nos acrescenta profissionalmente, pois sendo de formações diferentes, nós ampliamos nossos pontos de vista sobre o mundo. Essa aproximação também nos auxilia a enfrentarmos as dificuldades impostas pelo curso como um todo, uma vez que ocupamos, também, o lugar de professores não-médicos em uma graduação em medicina. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, a avaliação que fazemos desta experiência de ser docente em um curso de medicina no interior do território baiano é uma vivência repleta de dificuldades, sobretudo pelos modos diferentes de concebermos o próprio processo de formação médica. É uma vivência que está marcada pela diversidade, seja na formação inicial, na identificação com o curso, no modo como cada um cumpre sua carga horária de trabalho, ou ainda na postura ética e conduta profissional que são adotadas neste espaço. É uma experiência que nos força, diariamente, a nos perguntarmos “O que é nosso?” e “O que é do outro?”. Nos intimida a estarmos atentos ao que fazemos nós e ao que fazem os demais, num esforço de que cumpramos nosso papel da melhor forma possível. E isso acontece porque entendemos sermos parcialmente responsáveis pela formação de profissionais médicos que prestarão seus serviços aos mais variados sujeitos. Todavia, acontece principalmente, porque ambos tivemos, nos nossos processos de educação familiar e acadêmica, a compreensão de que nosso exercício profissional, no caso a docência, deve ser realizado com o que temos de melhor a ofertar, valorizando, inclusive, mais o discente do que seu aprendizado, uma vez que entendemos que a sociedade precisa, sobremaneira, de sujeitos inteiros no seu modo de estar no mundo.

3361 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE VIOLÊNCIA NAS FACULDADES PÚBLICAS DE ODONTOLOGIA DO BRASIL
Ana Carolyne Loyanne da Silva Campos, Liliane Silva do Nascimento

AVALIAÇÃO DO ENSINO DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE VIOLÊNCIA NAS FACULDADES PÚBLICAS DE ODONTOLOGIA DO BRASIL

Autores: Ana Carolyne Loyanne da Silva Campos, Liliane Silva do Nascimento

Introdução: A violência está inserida na questão de saúde pública no Brasil e no mundo, em que o cirurgião dentista tem papel crucial no manejo de situações crônicas no diagnóstico e na notificação compulsória de violência, uma vez que na maioria dos casos envolve as regiões de cabeça e face. A notificação da violência em odontologia contribui para o dimensionamento epidemiológico do agravo subsidiando políticas públicas que visem a prevenção e recuperação de danos. O Ministério da Saúde coloca em questão a violência, através da Portaria nº 104/2011, a obrigatoriedade da notificação compulsória, que compreende a comunicação de casos novos de doenças e agravos, incluindo a violência. A notificação sendo obrigatória constitui-se num instrumento fundamental para o conhecimento do perfil da violência, possibilitando a realização de ações para a prevenção do problema. Trazendo à tona não somente o benefício aos casos singulares, como também sendo o meio de controle epidemiológico. A subnotificação presente nesse contexto, relaciona-se com a falta de informações vinculadas ao saber técnico e científico a respeito do tema. Além disto, existem vários obstáculos à notificação de violência no território brasileiro, baseada com a fragilidade das normais vinculadas a procedimentos técnicos, inexistência de procedimentos legais de proteção aos profissionais encarregados de notificar, erro na questão voltada na identificação da violência no serviço de saúde e a quebra de sigilo profissional. O cirurgião-dentista é reconhecido no âmbito clínico, como um dos profissionais da saúde que tem maiores chances de identificar violência doméstica, principalmente a física, por ser a face o local preferencial das lesões, existindo nesse contexto um cumprimento do dever moral de proteger seu paciente é fundamental para o exercício ético dessa profissão.Objetivo: Este trabalho teve como objetivo avaliar como o ensino de notificação compulsória de violência está sendo incorporado nos projetos pedagógicos das instituições públicas de ensino de odontologia no território brasileiro, visando contribuir para um dimensionamento de estudo e análise da notificação compulsória no ensino superior.Método: O trabalho de pesquisa quantitativo tem como base um questionário fechado online na plataforma Docs Google com 16 itens, relacionadas ao tema de notificação compulsória de violência e odontologia. Os dados que foram analisados são referentes ao ano de 2017 e preenchidos por professores e coordenadores acadêmicos das instituições convidadas a participar desta pesquisa. Ao todo foram inseridas na amostra 53 Instituições Públicas Brasileiras para participar da pesquisa. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências de Saúde da Universidade Federal do Pará, seguindo as normas da Resolução nº. 466/12, do Conselho Nacional de Saúde sob o protocolo de número 2.110.022.Resultados: Responderam 15 (28%) das IES. Constatou-se que abordagem do tema da violência contra pessoas na matriz curricular dos cursos de odontologia foi positiva em 66,7%. Sobre a participação docente sobrea a abordagem/ensino da notificação compulsória de violência, 66,7% responderam positivamente. Esta pesquisa, mostrou que a grande maioria das instituições (66,70%) abordam em algum momento o tema de violência, no aspecto relacionado ao o dever do cirurgião dentista de preencher a ficha de notificação compulsória de violência, 93,30% afirmam que sim, enquanto que na relação de obrigação no preenchimento da ficha por profissionais de saúde, 73,30% responderam de forma positiva. No entanto, nas perguntas referentes ao aluno em formação, 80% afirmaram que este não está ciente do seu papel de agente de enfrentamento à violência e como promotor de saúde pública na sociedade. É relevante dizer diante dos dados, que apesar do docente saber sobre a notificação compulsória de violência é uma questão que envolve a área da Odontologia, o aluno em formação na sua visão ainda não está ciente do seu papel de veículo no enfrentamento da violência e no seu papel de prevenção e promoção de saúde pública. A consequência dessa realidade na formação profissional, no âmbito de saúde pública brasileira, é que ainda não se cumpre integralmente a determinação para que profissionais de saúde notifiquem casos suspeitos ou confirmados de violência contra crianças e adolescentes, mulheres e idosos. Algumas das dificuldades mais relatadas pelos profissionais de saúde no Brasil que são barreiras do processo de notificação são: o receio dos profissionais de sofrerem represálias por parte do agressor e posteriores consequências no trabalho; a falta de articulação e comunicação entre a saúde e outros setores da sociedade; a ausência de uma rede de suporte que forneça um respaldo aos profissionais; a falta de formação ou capacitação do profissional para identificar e notificar os casos; o desconhecimento, pelos profissionais de saúde; e o pouco apoio institucional para a realização da notificação. O fato do desconhecimento teórico e prático sobre como proceder em frente à situações clínicas de violência, coloca uma parcela significativa de profissionais na questão de subnotificação ou qualquer reponsabilidade no encaminhamento de um caso de violência. O conhecimento, nas instituições representadas pelos professores e coordenadores acadêmicos dos cursos de odontologia, a respeito do saber teórico da notificação compulsória de violência na formação profissional, revelou que apesar do saber sobre o assunto pelo discente, ainda ocorre que a notificação compulsória de violência enfrenta barreias dentro das próprias faculdades. Estudos publicados relatam, que a educação dos profissionais poderia aumentar em até 5 vezes a possibilidade de reconhecer os sinais de agressão e negligência. A caracterização da notificação compulsória de violência nas faculdades de odontologia do Brasil ainda sofre limitações na formação do profissional de saúde, devido ainda não ter a conscientização do seu papel como sendo um veículo de interferência de casos de violência. Por isso, é importante que as instituições estudem, abordem e gerem reflexão na vivência acadêmica dos futuros profissionais, para que se tenha uma nova realidade de prevenção e promoção de saúde nesse tema que ainda é pouco inserido nas faculdades de odontologia. Nessa visão de violência, o aluno em formação precisa ter a concretização da concepção do seu papel na sociedade, e que suas concepções de saúde pública e bem estar do seu paciente é o que move a sua responsabilidade profissional.Considerações finais: A IES têm trabalhado o tema de notificação compulsória de violência e odontologia, mas não observa-se o vínculo da prática do futuro profissional. A concepção do papel do cirurgião dentista como veículo de interferência nesse tipo de agravo é pouco aceita, assim como o conhecimento da ficha de notificação compulsória e sua importância como mecanismo de vigilância em saúde. Compreende-se ser relevante o envolvimento intersetorial para fortalecimento das ações dentro da odontologia, bem como o envolvimento docente e institucional no atendimento integral dos casos de situações de violência.

3310 USO DE ABORDAGEM QUALITATIVA PARA AUTOAVALIAÇÃO DE UM CURSO DE ODONTOLOGIA
Edilson Carlos Caritá, Neide Aparecida de Souza Lehfeld, Manoel Henrique Cintra Gabarra, Carlos Eduardo Saraiva Miranda, Marcos Serafim dos Santos

USO DE ABORDAGEM QUALITATIVA PARA AUTOAVALIAÇÃO DE UM CURSO DE ODONTOLOGIA

Autores: Edilson Carlos Caritá, Neide Aparecida de Souza Lehfeld, Manoel Henrique Cintra Gabarra, Carlos Eduardo Saraiva Miranda, Marcos Serafim dos Santos

Os processos avaliativos são fundamentais para estabelecer diagnósticos e estratégias de ação para a manutenção da qualidade de serviços ou produtos em todos os segmentos que compõem a sociedade. Na área da educação, os processos avaliativos no nosso País são instituídos como obrigatórios pelo Ministério da Educação (MEC) e, objetivam processos regulatórios e supervisores de cursos superiores. De acordo com a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2014, todas a Instituições de Ensino Superior (IES) devem possuir a Comissão Própria de Avaliação (CPA), que é um órgão responsável pela condução dos processos de avaliação internos da instituição, de sistematização e de prestação das informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Uma das tarefas da CPA é realizar essas avaliações internas para aferir como os alunos qualificam o curso que estão realizando. O objetivo do estudo é apresentar o uso da abordagem qualitativa para autoavaliação de um curso de Odontologia de uma Instituição de Educação Superior (IES) privada do estado de São Paulo.  Tratou-se de estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. A amostra foi constituída, intencionalmente, por dez representantes de sala do curso de Odontologia de uma IES privada do estado de São Paulo. A entrevista foi realizada em uma sala de reuniões, por dois membros da CPA. Inicialmente, esses professores fizeram uma apresentação pessoal, explicaram a natureza da CPA e os seus objetivos avaliativos. Os responsáveis pela condução da entrevista foram estimulando os representantes de sala à descreverem a sua percepção com relação ao processo de ensino-aprendizagem, ao material didático e a bibliografia disponibilizados e/ou indicados pelos docentes, a infraestrutura, as atividades práticas, a carga horária das disciplinas, a coordenação do curso, ao atendimento da secretaria do curso e as oportunidades para participação em atividades de extensão, iniciação científica, eventos técnicos ou científicos internos ou externos. Com o consentimento de todos, a reunião foi gravada e, depois, ouvida e transcrita pelos membros da CPA. Para a análise da entrevista utilizou-se a metodologia de análise de conteúdo. Dessa maneira, após a leitura dos apontamentos colocados pelos discentes, realizou-se as categorizações das respostas considerando-se os temas geradores, que foram, então, agrupados segundo as dimensões do instrumento de avaliação de cursos do INEP/MEC. Após a análise da entrevista, gerou-se um relatório contendo os aspectos positivos e a serem superados pelos discentes. Depois da revisão do mesmo por todos os membros da CPA, o relatório foi encaminhado à coordenação do curso e à pró-reitora de graduação. Na sequência, a coordenação do curso elaborou um plano de ações e metas para mitigar os problemas identificados. Para finalizar o processo de autoavalição do curso, ocorreu uma nova reunião com os representantes de sala e os membros da CPA para a apresentação do plano de ações e metas, sendo este um instrumento de feedback para os discentes. Concluiu-se que o processo de autoavaliação foi satisfatório e eficaz, pois a maioria dos problemas evidenciados foram encaminhados para a resolutividade.

3232 AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO PEDAGÓGICA DA ETSUS/RN NA PERSPECTIVA DOS DOCENTES CAPACITADOS
BÁRBARA CÁSSIA DE SANTANA FARIAS SANTOS, FREDERICO VIANA MACHADO, FLAVIA ANDREA BELARMINO DE MEDEIROS

AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO PEDAGÓGICA DA ETSUS/RN NA PERSPECTIVA DOS DOCENTES CAPACITADOS

Autores: BÁRBARA CÁSSIA DE SANTANA FARIAS SANTOS, FREDERICO VIANA MACHADO, FLAVIA ANDREA BELARMINO DE MEDEIROS

Este trabalho é um desdobramento do Projeto de Intervenção “A importância da avaliação na qualificação dos profissionais de saúde para a prática docente no Centro de Formação de Pessoal para os Serviços de Saúde Dr. Manoel da Costa Souza" – CEFOPE/RN, elaborado por sua equipe técnica-pedagógica como parte integrante do Curso de Especialização em Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação na Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As capacitações pedagógicas ocorrem de forma sistemática para todos os docentes que ministram os cursos oferecidos pela escola e são conduzidas pela equipe técnico-pedagógica, com carga horária de 44 horas, divididas em duas etapas. A primeira etapa compreende 24 horas, quando são desenvolvidos conteúdos sobre os fundamentos pedagógicos da escola e nas 20 horas restantes são planejadas para que os docentes conheçam os registros escolares, os planos de curso e realizem seus planos de aula. Assim, diante da importância que a capacitação pedagógica possui como recurso estratégico, torna-se necessária uma avaliação desse processo, no sentido de saber se ele está atingindo seus objetivos e se há necessidade de adequação e redirecionamento das capacitações. Assim, este trabalho tem por objetivo avaliar, a partir da percepção dos docentes, a primeira etapa da capacitação pedagógica do Cefope/RN. O estudo delineou-se como pesquisa qualitativa de caráter exploratório-descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário com questões abertas com 55 profissionais de saúde docentes e a análise efetivou-se de acordo com a proposta apresentada por Bardin. Os dados utilizados foram coletados pelo Cefope como parte de sua avaliação interna e foram disponibilizados para o desenvolvimento dessa pesquisa. Os resultados indicaram quatro categorias: “Formação pedagógica para o exercício da docência”, “Proposta pedagógica como diferencial”, “Expectativa x Resultado”, “Contribuição da formação”. Os docentes das ETSUS têm responsabilidade de capacitar e formar profissionais de ensino fundamental e técnico que atuam no SUS. Destes, espera-se a compreensão e o domínio de saberes técnicos e pedagógicos para a prática docente. No momento em que responderam o questionário os docentes sabiam qual era o seu papel na escola e deixaram claro suas expectativas e necessidade de capacitação para atuar na área. Este cenário deu origem à categoria “Formação pedagógica para o exercício da docência” na qual os depoimentos nos ajudaram a identificar como estas concepções podem determinar formas de atuação pedagógica no cotidiano da prática docente na educação profissional em saúde. A partir da fala dos docentes foi possível perceber que existe a compreensão com relação ao papel do docente e a necessidade de implicação pessoal para a efetividade das atividades desenvolvidas por eles. A categoria “Proposta pedagógica como diferencial” emergiu da fala dos docentes que consideram a proposta pedagógica como um dos elementos que estimulam e motivam os docentes a entrar em sala de aula, pois estimula o pensamento crítico tanto dos docentes como dos alunos. Ademais, muitos docentes acreditam que a capacitação deveria ter trabalhado mais a atuação prática no cotidiano da sala de aula. Os docentes também puderam avaliar a capacitação quanto aos mediadores, material fornecido e carga-horária. Embora tenham relatado que foi uma excelente capacitação é possível perceber que há, ainda, uma distância entre o nosso discurso e nossa prática. Tal perspectiva sugeriu a criação da categoria “Expectativa Vs Resultado”. Questões como não considerar a singularidade de cada um, permitir que encontros pedagógicos aconteçam em locais inadequados e desconfortáveis, aulas expositivas pouco dialogadas e atividades sem o devido fechamento são pontos que enfatizamos em todos os momentos com os docentes, entretanto algumas falas nos alertaram que devemos aprimorá-los quando do momento da capacitação. Percebeu-se que os docentes consideraram a capacitação cansativa, principalmente aqueles que já foram docentes na escola em outros projetos e que já fizeram a capacitação anteriormente. Quando a Capacitação Pedagógica é planejada, a expectativa é que para cada assunto abordado seja utilizada uma técnica de ensino diferente para que o professor a conheça e para que ele possa usar em suas atividades pedagógicas. Todavia, percebe-se pela fala dos docentes que o que foi planejado não conseguiu ser executado. As respostas do questionário originaram a categoria “Contribuição da Formação”, que permitiu identificar o quanto os professores consideram a formação como essencial para o desenvolvimento da prática docente e o quanto a capacitação pedagógica possibilitou o estabelecimento da experiência devido, principalmente, à capacidade que ela trouxe de formação e transformação. Os resultados apontam para a importância da capacitação na formação docente e da proposta pedagógica do CEFOPE como possibilidade para as transformações dos processos de trabalho no cotidiano dos serviços de saúde. Eles alertam para a necessidade de aprofundar elementos da prática pedagógica, da criação de espaços de visibilidade às experiências vividas no trabalho e do fortalecimento dos processos avaliativos da escola considerando a interrelação entre os diversos elementos que compõe os itinerários formativos dos docentes. Os elementos apontados pelos docentes como positivos na capacitação, como por exemplo, estimular a análise da realidade social, ser dinâmica, comprometida com os desafios do SUS, ser problematizadora, ser capaz de oxigenar os serviços com olhares renovados para problemas comuns nos espaços de trabalho nos levam a identificar, por um lado, que o programa de capacitação tem alcançado seus objetivos, em consonância com as diretrizes da escola e do SUS, mas também que existe uma carência de propostas educacionais que cumpram estes requisitos. Esta análise se funda na constatação de que os docentes selecionados já são profissionais da saúde formados para trabalhar nestes espaços e que necessitam, prioritariamente, de outros saberes profissionais relacionados à sua atuação enquanto docente. Essa avaliação aponta para os desafios que temos pela frente, tais como investir mais na aproximação entre ensino e serviço, entre teoria e prática (não apenas as práticas profissionais nos cenários do cuidado, mas também as práticas docentes) e na utilização de metodologias ativas, que sejam capazes de mobilizar afetos, vivências e produzir experiências transformadoras e capazes de impactar a assimilação de conteúdos de uma forma sinérgica com o cotidiano dos alunos. Pensar a avaliação como parte da formação para ajudar a qualificar e transformar os processos de trabalho e pensar esse processo avaliativo de uma maneira que inclua visões diferentes e juízos divergentes, levando em conta todos os atores envolvidos no cotidiano dos processos da escola, possibilitando a todos o protagonismo da mudança desejada será um grande salto de qualidade para o CEFOPE. Vale ressaltar que uma das limitações da pesquisa refere-se à fragilidade do instrumento, construído e analisado somente pela equipe técnica da escola e não conseguiu alcançar satisfatoriamente os objetivos propostos uma vez que não atingiu uma perspectiva ampliada dos processos que acontecem na escola.

3707 RELATO DE EXPERIÊNCIA COMO DOCENTE NO CURSO DE QUALIFICAÇÃO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE – MÓDULO V INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
Adailton de Jesus Gomes Costa, Teogenes Luiz Silva da Costa

RELATO DE EXPERIÊNCIA COMO DOCENTE NO CURSO DE QUALIFICAÇÃO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE – MÓDULO V INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE.

Autores: Adailton de Jesus Gomes Costa, Teogenes Luiz Silva da Costa

RELATO DE EXPERIÊNCIA COMO DOCENTE NO CURSO DE QUALIFICAÇÃO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE – MÓDULO V INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE. Este trabalho, trata-se de um relato de experiência vivenciado como docente em turma de qualificação para agentes comunitários de saúde, oferecido pela Escola Técnica do SUS do Pará “Dr. Manuel Ayres” no município de Monte Alegre – Pa. No qual relato a  experiência vivenciada  como docente em curso de qualificação para  agentes comunitários de saúde que atuam no município de Monte Alegre, no qual pretendeu-se aprimorar o processo de comunicação, elemento essencial para a realização das atividades deste profissional. Como metodologia foram usados os princípios da educação popular em saúde, os educandos foram vistos como sujeitos ativos no processo de ensino e aprendizagem, neste sentido o docente mediou as rodas de conversa, incentivando que todos pudessem contribuir com o processo, além disso, estimulou-se que as apresentações de trabalhos fossem realizadas de forma lúdica e que os grupos de trabalho fossem o mais diverso possível, reunindo profissionais da zona rural e urbana enriquecendo as trocas de experiências. Os resultados observados foram que, o profissional Agente Comunitário de Saúde é essencial na atenção básica e que sua proximidade com a comunidade muitas vezes os tornam o primeiro contato da população com o sistema único de saúde - SUS, são profissionais comprometidos com a atenção básica e que muito contribuem com a saúde dos territórios nos quais atuam, levando as informações de casa em casa ou na realização de educações em saúde nos programas implantados nas suas unidades de saúde,  promovem saúde e contribuem com melhorias na qualidade de vida dos assistidos. O profissional Agente Comunitário de Saúde, muitas vezes é o primeiro contato da população com o SUS, assim, é preciso que sua formação seja continuada, afim de evitar reproduções de informações incorretas à comunidade. As orientações deste profissional devem ser claras, concisas e objetivas, além disso, é preciso garantir que o orientado tenha de fato entendido aquilo que se quis falar, evitando maus entendidos que em nada contribuem com a saúde da população. Por ser um profissional mais próximo da comunidade, presente em quase todos os territórios do Brasil, em muitos dos quais é o único profissional de saúde atuando, é importante que sejam realizados investimentos na capacitação destes, garantindo assim maior qualidade no trabalho desenvolvido e possibilitando melhorias na promoção da saúde o que certamente contribuiria para a redução de adoecimentos preveníveis.  

5442 NARRATIVAS DE PROFESSORES: A DOCÊNCIA NO PRÓ-SAÚDE E PET-SAÚDE
Sylvia Batista, GEOVANNIA MENDONÇA

NARRATIVAS DE PROFESSORES: A DOCÊNCIA NO PRÓ-SAÚDE E PET-SAÚDE

Autores: Sylvia Batista, GEOVANNIA MENDONÇA

APRESENTAÇÃO: Desenvolver e avaliar propostas de desenvolvimento docente na área da Saúde que privilegiem a prática docente, assumindo o desenvolvimento docente como um processo continuado e institucional, é um desafio que está posto para todos os envolvidos na formação em saúde. Neste contexto, expressam-se diferentes desafios, destacando-se a docência no cenário das políticas indutoras de formação em/para a saúde, a relação na tríade ensino-serviço-comunidade e o papel de mediação exercido dentro deste campo de formação. O Programa de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (PRÓ-SAÚDE) objetiva incentivar a transformação do processo de formação na perspectiva da abordagem integral do processo saúde-doença. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE), uma das ações potencializadoras do PRÓ-SAÚDE, objetiva fomentar grupos de aprendizagem tutorial em áreas estratégicas para o SUS, ancorando-se na integração ensino-serviço-comunidade. Este trabalho apresenta as trajetórias, concepções e expectativas de professores atuantes no PRÓ-SAÚDE e PET-SAÚDE de campi de uma universidade pública federal do sudeste brasileiro. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: a produção e análise de dados abrangeu narrativas de 9 professores, transcriadas a partir de entrevistas semiestruturadas. Para análise dos dados empreendeu-se uma análise de conteúdo do tipo temática, na qual se propõem a leitura crítica do material e categorização das falas em unidades de contexto e registro afim de apreender os sentidos e questões do discurso analisado. RESULTADOS: no processo de análise das narrativas foram apreendidas 83 unidades de contexto e 133 unidades de registro que permitiram a construção de categorias referentes aos eixos orientadores Motivações, Formar em Saúde, Docência em Saúde, Pontos Fortes, Fragilidades e Possibilidades. É possível apreender, a partir das análises realizadas, que os professores atuantes no PRÓ-SAÚDE e no PET-SAÚDE dos campi são, além de profissionais de saúde definidos por suas titulações, mulheres e homens comprometidos com a saúde e com a garantia de acesso aos direitos da população, trazendo consigo um rico repertório de experiências que remetem a um preparo ético e político para o exercício de um cuidado ampliado na saúde.A docência surge para eles como algo inerente ao campo da prática, potencializada por experiências ao longo de seus trajetos como o contato com alunos nos serviços, aproximação do campo da docência na pós-graduação e oportunidades correlatas. É também uma via pela qual através da formação, de acordo com as falas, podem contribuir ativamente no processo de construção do SUS.A partir das trajetórias de formação apresentadas, é possível inferir que eles aprenderam a ser docentes exercendo a docência nas experiências que lhes foram apresentadas e a partir disto, e de suas referências anteriores, deram vida ao modelo de docência que acreditam, da forma como acreditam. Ao relatarem ausência de formação para a docência desconsideram que em suas inserções estavam sendo preparados para este exercício, uma vez que implicados à temática e comprometidos com a formação em/para a saúde. Os professores identificam o PRÓ-SAÚDE e PET-SAÚDE como potente estratégia para o desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva. Contribui também para a implantação de serviços que não existiam ou que não funcionavam da forma como deveriam além de promover mudanças no modo como os profissionais se relacionam entre si, com os usuários e com a rede, com os alunos e docentes. Uma questão importante é que os docentes que participaram deste estudo vivenciaram as diversas mudanças políticas e sociais que ocorreram no país entre os anos 80 e 90, tendo sido formados, em sua maioria, no “modelo pré-SUS”. São docentes comprometidos com a sociedade, e em seus percursos formativos estiveram envolvidos em movimentos estudantis e sociais, próximos a questões histórico-políticas motivados por diferentes causas.Estas aprendizagens no campo das políticas públicas parece favorecer a atuação docente a favor da construção e defesa do SUS, superando a marca do especialista.  Neste sentido, promover experiências de formação docente que incorporem, também, questões referentes à história da saúde no Brasil, poderia ser um meio de sensibilizar os docentes quanto ao reconhecimento da implicação ético-política de seu trabalho como professor. É necessário ressaltar os dois diferentes cenários dentro dos quais as narrativas foram construídas, apesar da consonância entre as falas dos docentes. No campus de expansão, cujo Projeto Político Pedagógico preconiza a formação interdisciplinar e multiprofissional, os docentes se referiram ao PRÓ-SAÚDE/PET-SAÚDE como uma ferramenta que corrobora para o fortalecimento de um projeto já em execução, mas dependente de uma aposta coletiva - atualmente vive um período frágil por conta das diferentes concepções entre os docentes. No campus que originou a universidade, questões referentes à interação entre os diferentes cursos, espaços comuns no currículo e trocas ainda são pouco discutidas. Neste cenário, o PRÓ-SAÚDE/PET-SAÚDE tem contribuído para que ocorram mudanças e para que parte do corpo docente esteja sendo sensibilizado para este novo modo de produção de cuidado em saúde que prioriza a Interprofissionalidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para os docentes que atuam no PRÓ-SAÚDE/PET-SAÚDE dos campi investigados não há dúvida de que para uma efetiva transformação, além de trabalho e tempo, são necessárias mudanças curriculares e institucionais que envolvam não apenas as questões referentes ao modo como os discentes são formados, mas também sobre condições e oportunidades aos docentes, afim de que seja possível suscitar, naqueles que ainda não se sensibilizaram, um maior comprometimento com a formação em/para a saúde. As políticas indutoras seriam, desta forma, meios para promoção de uma formação ampla, privilegiando todos aqueles que, envolvidos com o processo, formam e estão em processo de formação. O PRÓ-SAÚDE e PET-SAÚDE foram, de maneira geral, descritos como potenciais espaços de Educação Interprofissional, no entanto fica clara a necessidade de que iniciativas como o PET-SAÚDE possam ser ampliadas a mais estudantes, profissionais e docentes, configurando uma inserção curricular estruturante da formação. Os movimentos analíticos das narrativas permitem reconhecer a importância da formação in loco, a valorização do trabalho docente em detrimento da supervalorização da pesquisa como métrica central da avaliação docente, a formação de cidadãos e profissionais para atuarem no SUS e a integração entre universidade, serviço e comunidade como pilar fundamental para o desenvolvimento de projetos que tenham como objetivo a reorientação da formação em saúde nos diferentes espaços e para diferentes atores.

4511 INTERAÇÃO NA BASE REAL I: reflexões iniciais sobre um componente curricular híbrido
Teógenes Luiz Silva da Costa, Juliana Gagno Lima, Wilson Sabino, Rui Massato Harayama, Hernane Guimarães dos Santos Junior, Heloisa do Nascimento de Moura Meneses, Annelyse Rosenthal Figueiredo

INTERAÇÃO NA BASE REAL I: reflexões iniciais sobre um componente curricular híbrido

Autores: Teógenes Luiz Silva da Costa, Juliana Gagno Lima, Wilson Sabino, Rui Massato Harayama, Hernane Guimarães dos Santos Junior, Heloisa do Nascimento de Moura Meneses, Annelyse Rosenthal Figueiredo

Apresentação A prática docente nos proporciona experiências e, a partir destas, reflexões teóricas riquíssimas, contexto que motiva este escrito é um exercício de sistematizar algumas destas reflexões, pautadas na vivência docente. O componente curricular Interação na Base Real (IBR), parte do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) Bacharelado Interdisciplinar em Saúde – BIS, do Instituto de Saúde Coletiva – ISCO, na Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, configurando-se como uma “peça” de importância ímpar na formação em saúde. O referido componente curricular, é ministrado em quatro etapas, correspondente a uma por semestre: IBR I, II, III e IV. Tal disciplina representa sozinha algo em torno de 10% de toda a carga horária do curso – ressalta-se que o BIS possui carga horária total de 2.490 horas, deste total, somente IBR configura 240 horas aulas. Esse dado é significativo quando se explora a natureza deste componente curricular. Dito isto, ressalta-se que o objetivo deste texto é dar visibilidade à experiência educacional na formação acadêmica em saúde, a partir da vivência docente por nós experimentada em 2017, tendo por base, especificamente, IBR I. Cabe salientar que essa experiência foi realizada por dois educadores que acompanharam duas turmas (turnos integral e noturno, respectivamente) de recém-ingressos nos cursos de Farmácia e BIS. Tal componente curricular é aqui concebido como híbrido em razão de sintetizar duas dimensões de conhecimento, a prática (ou experiência) cotidiana, e a teoria na formação de em saúde.   Descrição da experiência Inserido num contexto de “nova universidade”, que valoriza cursos de graduação interdisciplinares, o BIS se propõe formar indivíduos com conhecimentos diferenciados em saúde. A ideia central do curso é que os egressos sejam capacitados a partir de uma aproximação com a realidade de comunidades locais, pois são estas que prioritariamente mais utilizam os serviços do Sistema Único de Saúde – SUS. É neste sentido, o da busca por estreitar laços entre acadêmicos e comunidade, que o componente IBR desempenha papel de destaque, pois desde a primeira etapa (IBR I) os educandos são direcionados a irem às comunidades na intenção de desenvolverem conhecimentos e habilidades necessários à prática profissional que exige competências específicas no que diz respeito à demanda característica do usuário do SUS. Assim, esta produção foca na experiência docente no mencionado componente curricular desenvolvida durante o ano de 2017. A ementa relativa à IBR I aponta que a intenção do componente é desenvolver: “Análise da realidade local e sua problematização através de discussões sobre os principais determinantes sociais da saúde no Oeste do Pará. Este componente tem como finalidade central possibilitar aos discentes visitas às comunidades com suas lideranças e às famílias com o objetivo de desenvolver a escuta e o vínculo através de uma prática comum aos diversos profissionais da saúde”. Analisar e problematizar a realidade do oeste do Pará somente é possível fazendo-se uso de ferramentas específicas para tal finalidade. No intuito de atingir tais objetivos, foram oferecidas aos educandos “ferramentas” teóricas (disponibilizadas em aulas expositivas) que intencionava auxiliá-los nas visitas de campo. Privilegiou-se centrar as discussões em sala numa questão primordial, a observação, tematizada a partir de dois pontos: saber ouvir e olhar. Destaca-se que em sala, nos encontros teóricos, baseamo-nos no texto do antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira, “O Trabalho do Antropólogo: Olhar, Ouvir, Escrever” para demonstrar que a observação em campo se dava em múltiplas dimensões, especificamente no olhar e ouvir o cotidiano dos comunitários. Vale ressaltar que somente após alguns encontros em sala de aula nos direcionamos às comunidades. Desse modo, apenas após ampla teorização, à luz dos conhecimentos em Ciências Humanas e Sociais, reforçou-se a importância de desenvolver habilidades observacionais, em que educadores e educandos realizam visitas, previamente “construídas” juntamente a lideranças comunitárias, à comunidades (que podem ser rurais e ou urbanas) no município de Santarém, Amazônia, Pará. As visitas a campo, prioritariamente, foram realizadas a partir da divisão das turmas em duplas. Tendo em vista haverem dificuldades de horário, especificamente, na turma noturna, tentou-se mesclar os participantes dos dois turnos. A atividade foi acompanhada por dois educadores que se preocuparam apenas em observar se o exercício de visita ocorria sem transtornos à comunitários e/ou aos próprios educandos. Priorizou-se a não interferência dos educadores no processo de observação. Apenas em caso de dificuldades no momento de “apresentação” entre educando e moradores é que há “intervenção”. Nesta perspectiva, as visitas em campo são o ponto central do componente IBR I, pois esta experiência sintetiza aprendizados teóricos (adquiridos em sala tendo por base a teoria social em saúde) e práticos (construídos nas comunidades visitadas de forma transversal entre educandos, educadores e comunitários).   Resultados e/ou impactos Como o modelo educacional brasileiro exige mecanismos avaliativos dos processos de aprendizagem específicos, o componente IBR I usa os relatos escritos das experiências em campo como indicativo de aprendizagem. Desse modo, os educandos são estimulados a construírem e manterem um “diário de campo” no qual são anotados dados adquiridos no processo de observação nas comunidades. Este diário subsidia a produção de um relatório de visita desenvolvido por cada dupla. Indica-se que no relatório sejam escritas informações referentes às visitas, mas também uma descrição conceitual, que toma por base os conteúdos teóricos e a vivência prática, no que concerne à compreensão sobre a “observação” enquanto importante “ferramenta” profissional. São estas anotações, usadas como conteúdo avaliativo, que embasam as reflexões aqui apresentadas. Tais dados são de significação imensurável, pois demonstram uma percepção bastante aguçada da realidade experimentada, de tal modo que os educadores evidenciaram que as observações, tais como as relativas a ambientes insalubres, por exemplo, são tratadas especificamente em componentes curriculares posteriores, a exemplo de Determinantes Sociais em Saúde.   Considerações finais A partir do conteúdo anteriormente exposto, considera-se que IBR I é um importante instrumento na formação de um “novo profissional” em saúde, haja vista sua “natureza” híbrida, teórica e prática. As visitas a comunidades é parte fundamental da formação em saúde, a realização destas a partir de um componente disciplinar possibilita que haja transversalidade entre conhecimentos práticos e teóricos. No entanto, salientamos que a presença dos educandos nas comunidades deve ser o menos “impactante” quanto possível. Desse modo, foi dado destaque ao papel, enquanto educandos, nas comunidades deveria ser apenas de observadores, que foram “auscultar” os comunitários buscando desenvolver e aprimorar habilidades as quais serão de vital importância na formação em saúde, principalmente quando se pensa que uma parte significativa dos profissionais em saúde atuam na atenção básica, locus muitas vezes reclamado como desfalcado de “humanização”. Acreditamos ainda que estimular a observação, através da “escuta” e do “olhar” (como sugerem os conhecimentos antropológicos) da realidade de agrupamentos sociais, marcadamente usuários do SUS, propicia aos educandos que sejam cada vez mais protagonistas no processo de construção de conhecimento e na sua respectiva formação acadêmica.

1487 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A FORMAÇÃO MÉDICA EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA NO INTERIOR DO AMAZONAS
Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva, Hiago Leite da Silva, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A FORMAÇÃO MÉDICA EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA NO INTERIOR DO AMAZONAS

Autores: Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva, Hiago Leite da Silva, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque

Introdução:O curso de medicina da UFAM – campus Médio Solimões foi implantado em 2016 através do programa Mais Médicos e segundo as novas diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina – Resolução nº 03 de 20 de junho de 2014, o qual tem seu eixo norteador a inserção do estudante nas práticas médicas, principalmente voltadas à atenção primária em saúde desde o início da sua formação.Objetivo: Relatar as experiências e perspectivas do ingresso no curso de medicina a partir das práticas da disciplina Família e Comunidade I, na qual o conhecimento é adquirido de forma ativa através da observação do território, dos protagonistas do SUS e da assimilação com a teoria sobre a rotina em uma unidade básica de saúde no município de Coari e ratificar a importância do curso no interior do Amazonas, justificando sua relevância para a sociedade. Descrição da Experiência:Percebe-se que a maioria dos ingressantes no curso de medicina espera um ensino hospitalocêntrico e tradicional em que o alunos têm aulas expositivas desde o ciclo básico até o clínico. No entanto, essa prática está sendo substituída nas escolas médicas, haja vista a importância de se estudar não somente as doenças, mas o indivíduo como todo, e com isso, relacionar os processos de saúde e doença devido aos fatores condicionantes e determinantes que são vistos nas práticas da rotina médica. Desta forma, os discentes são estimulados a desenvolverem uma conduta mais humanizada, pois se deparam com a população mais humilde nas visitas domiciliares, que são realizadas juntamente com os Agentes Comunitários, Médicos e Enfermeiros.Assim as práticas em atenção primária despertam o olhar crítico dos alunos para o real problema da população mais desfavorecida. Além disso, motiva também, a permanência de médicos nos interiores do Estado, contribuindo para o fortalecimento do sistema em regiões descobertas.  Após as práticas na UBS, os alunos se reúnem em uma roda de discussão para avaliar os resultados do dia, relacionando a teoria ministrada na sala de aula com a prática na UBS. Dessa forma, o processo de aprendizagem vai se solidificando, pois todos expõem seus pontos de vista e o professor fecha o conteúdo da semana com o embasamento teórico. Resultados:É importante ressaltar o diferencial das novas metodologias no ensino médico, pois aproximam os alunos de uma realidade que muitos desconhecem, devido a sua posição social, sensibilizando-os aos problemas mais prevalentes na sociedade que utiliza a atenção primária, e despertar um possível interesse na atuação da medicina da família e Comunidade. Considerações finais:O curso no interior do Amazonas é importante tanto para os alunos, que se deparam com as necessidades de populações desassistidas, como também para a sociedade, que passa a contar com os serviços prestados pela universidade, principalmente com os projetos de extensão e futuramente com a formação de profissionais que se interessem em serem agentes da mudança na atenção primária.

1513 CONHECIMENTO DE PROFESSORES ACERCA DAS MANOBRAS DE RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Tatiane Lima da Silva, Brenda dos Santos Coutinho, Andreza Dantas Ribeiro, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Lara Monteiro Cardoso, Herman Ascenção Silva Nunes, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

CONHECIMENTO DE PROFESSORES ACERCA DAS MANOBRAS DE RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Autores: Tatiane Lima da Silva, Brenda dos Santos Coutinho, Andreza Dantas Ribeiro, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Lara Monteiro Cardoso, Herman Ascenção Silva Nunes, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: No Brasil, assim como em todo o mundo, as principais causas de mortalidade da população devem-se as doenças cardiovasculares. A falta de reconhecimento dos sintomas e o desconhecimento da sociedade acerca de como agir em uma situação de risco iminente à vida ocasiona um aumento expressivo no número de mortes súbitas. Em vista disso, observa-se a importância do leigo em detectar uma parada cardiorrespiratória (PCR) e saber como atuar a fim de auxiliar na sobrevida da vítima. Desse modo, é possível conceituar o suporte básico de vida (SBV), como sendo as primeiras etapas de abordagem da vítima, incluindo a desobstrução das vias aéreas, ventilação e circulação artificial. Entretanto, apesar de ser reconhecido o potencial da realização da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) precoce, um número ínfimo de vítimas recebe o salvamento de um individuo próximo ao ocorrido. Em vista disso, a American Heart Association (AHA) recomendou que as escolas tivessem o zelo de realizar o treinamento em RCP, tanto dos educadores quando dos educandos. Tal orientação pressupõe uma afirmação verdadeira, isto é, de que as escolas representam o ambiente ideal para alcançar o maior número de indivíduos capacitados no SBV. O que já é observado na Noruega, que aplica o ensino compulsório do SBV desde a idade escolar. Considerando o exposto, o objetivo do estudo foi verificar o conhecimento prévio e posterior à oferta de uma oficina teórico-prática dos professores de uma escola municipal acerca das técnicas de RCP. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado por acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), em associação com a empresa agrícola Cargill em uma escola municipal em Santarém, estado do Pará, em maio de 2017. A pesquisa foi efetivada por meio de três etapas, sendo que na primeira houve a aplicação de um questionário a fim de identificar o conhecimento prévio dos educadores sobre a PCR e a RCP, após foi realizada uma oficina teórico-prática com esses profissionais, com o objetivo de informar acerca dos princípios básicos da RCP, utilizando para este fim um manequim adulto destinado ao treinamento em RCP, sendo explanados os preceitos teóricos da ressuscitação, com posterior demonstração, além disso, todos os professores foram convidados a realizar as manobras. Na terceira e última etapa, o questionário foi reaplicado com o intuito de verificar se houve efeito positivo com a realização da educação teórica e prática acerca da RCP. A análise dos dados se deu pela estatística descritiva, com auxilio do software Excel® 2016. Resultados e/ou impactos: Participaram do estudo 11 educadores, 72,7% eram do sexo feminino, na faixa etária de 26 a 53 anos, idade média de 40,2 ± 6,6. Quanto ao vínculo com a instituição de ensino, 72,7% eram concursados e 27,3% contratados. Foi observado que a maioria dos professores participantes trabalhava na Educação de Jovens e Adulto (EJA) (90,9%), destes, 80% há mais de 5 anos. Antes da oficina teórico-prática em RCP, 46,2% afirmaram saber o que era RCP e 46,2% não, sendo que 7,7% não informaram. Após a prática, 90,9% informaram saber do que se tratava e 9,1% não responderam. Outra pergunta relacionada foi se os pesquisados já tinham presenciado alguma situação em que foi necessária a realização da RCP, 76,9% indicaram que não e 23,1% que sim. Um dado interessante foi que após a oficina, percebeu-se que o quantitativo dos que relataram ter visualizado a RCP aumentou para 36,4%. Quando os professores foram questionados acerca de qual seria o procedimento correto da escola em uma situação de PCR, 61,5% apontaram que seria chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) 192 ou o corpo de Bombeiros, 30,8% responderam que seria iniciar as compressões torácicas e 7,7% que transportaria por conta própria até o local de socorro à vítima. Posterior à ação, 54,5% inteiraram que seria iniciar as compressões e 45,5% chamar o SAMU/ corpo de bombeiros. Cabe ressaltar dentro desse contexto que a AHA destaca que na PCR extra-hospitalar, o passo inicial deve ser o reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência e após a RCP imediata e de alta qualidade, o que pode colaborar para que ambas as respostas sejam consideradas corretas. Acerca de como seria o procedimento para identificar uma PCR, 61,5% disseram que seria examinar o nível de consciência, pulso e respiração; 23,1% apontaram que seria aferir pulso e respiração e 15,4% responderam que não sabiam. Em seguida à oficina, 90,9% indicaram que seria analisar o nível de consciência, pulso e respiração e 9,1% verificar somente pulso. No que condiz a posição em que a vítima deveria está para se realizar a RCP, 76,9% apontaram que deveria ser deitada de costas em uma superfície plana e dura; 15,4% deitada de costas e 7,7% não sabiam. Após a ação, 90,9% informaram que seria de costas em uma superfície plana e dura e 9,1% referiram que seria deitada de costas. Quanto ao local do corpo adequado para se realizar a RCP, 38,5% confirmaram não saber, 23,1% apontaram que deveria ser dois dedos antes do fim do osso que está no meio do peito (esterno), 23,1% no meio do peito e 15,4% no meio do coração. Após, todos informaram que seria dois dedos antes do fim do osso que está no meio do peito (esterno). Respectivo à relação entre compressões e respirações na manobra de RCP, isto é, os ciclos, 46,2% disseram que este seria de 15:1; 23,1% de 30:2; 15,4% de 12:8 e 15,4% não sabiam. Posterior, 81,8% disseram que seria 30:2, 9,1% de 45:3 e 9,1% não informaram. Percebeu-se que a resposta de muitos anteriores a prática foi intuitiva. A respeito da questão de realização da respiração boca a boca em uma pessoa desconhecida vítima de PCR, 53,8% proferiu que faria; 38,5% não e 7,7% não referiu. Após, 90,9% aludiram que não e 9,1% que sim. No que concerne à realização de massagem cardíaca sem realizar respiração boca a boca, 46,2% responderam que fariam; 46,2% que não e 7,7% não informaram. Após, 90,9% compreenderam que esta ação seria eficaz para a vítima e protetora para o socorrista e 9,1% que não. Respetivo ao momento adequado de cessar as manobras de RCP, 69,2% indicaram que seria com o retorno dos batimentos cardíacos e 30,8% com a chegada do SAMU/ Corpo de bombeiros. Após, 63,6% ratificaram que seria quando retornarem os batimentos cardíacos e 36,4% quando chegasse o SAMU/ Corpo de bombeiros. Considerações finais: Observou-se que a atividade programada foi capaz de ressaltar algumas características inerentes a RCP, visto que muitos dos educadores não sabiam o que seria essa manobra ou como realizá-la, todavia, é importante destacar que essas ações deveriam ser contínuas e obrigatórias, tanto para os educadores quanto para os educandos, visto que estaria contribuindo para a formação de uma sociedade mais autônoma e afetaria positivamente no quantitativo de mortalidade por doenças cardiovasculares. Em virtude disso, a escola deve reconhecer o seu papel social perante o SBV, sendo ideal a capacitação dos educadores e a inserção obrigatória desse tema no currículo escolar.  

1774 AVALIAÇÃO DO ESTRESSE OCUPACIONAL EM DOCENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA- GO
Iel Marciano de Moraes Filho, Osmar Pereira dos Santos, Bruna Luiza de Souza Araújo, Danyara Vaz Gomes, Viviane Santos Pires, Rodrigo Marques da Silva, Keila Cristina Félis, Aneci Neves Da Silva Delfino

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE OCUPACIONAL EM DOCENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA- GO

Autores: Iel Marciano de Moraes Filho, Osmar Pereira dos Santos, Bruna Luiza de Souza Araújo, Danyara Vaz Gomes, Viviane Santos Pires, Rodrigo Marques da Silva, Keila Cristina Félis, Aneci Neves Da Silva Delfino

Apresentação :O pressuposto trabalho avaliou o nível de estresse em docentes da área da saúde de uma Instituição de Ensino Superior (IES) da região metropolitana de Goiânia- GO. Trata-se de uma pesquisa transversal, analítica e quantitativa, realizada entre os meses de setembro a novembro de 2017. Os dados foram coletados a partir do Questionário sociodemográfico e profissional, e através da Escala de Estresse no Trabalho (EET) após a aplicação dos instrumentos, foi confeccionado um banco de dados utilizando o software IBM SPSS Statistics 20. O estudo constatou que cerca de 48,1% dos colaboradores apresentaram nível acentuado de estresse. O estresse está relacionado à algumas profissões que apresentam riscos ocupacionais, como a docência, porém, pode se diferenciar de acordo com as características e personalidades individuais, uma vez que cada indivíduo possui maneiras diferentes para interpretar diferentes situações. Objetivo: Avaliar a intensidade do estresse ocupacional dos docentes em uma IES situada na região metropolitana de da cidade de Goiânia-GO. Desenvolvimento : O Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, criado em 2004, no Brasil, avalia as Instituições de Ensino Superior, nas três dimensões: organização didática-pedagógica, infraestrutura, corpo docente e tutorial; Paralela a essa nova realidade de avaliação do curso superior, observam-se uma grande quantidade de profissionais docentes sobrecarregados pelas suas funções apresentando altos níveis de estresse, o que os leva a posturas rígidas, irracionais, controladoras e desumanas impedindo o aprendizado acadêmico. Quando o docente do ensino superior é da área da saúde, o problema é mais profundo, haja vista, o profissional não possuir em sua formação básica, ou seja, na graduação matérias que são voltadas para a docência, além de muitos virem de uma atividade assistencial, ou seja prática clínica, gerando estresse na transição desta para o ensino. O estresse é uma tríade dividida em três grandes estágios: alerta, resistência e exaustão que possui vários fatores engatilhadores chamados de estressores, que podem ser tanto físicos, químicos, ou ainda psicológicos.Materiais e métodos: Como Instrumentos foram utilizados: a) Questionário sociodemográfico ocupacional que avaliou as variáveis tais como: idade, sexo, cor, estado civil, escolaridade, ocupação, renda pessoal, tempo de experiência profissional, local de trabalho, nível hierárquico, dentre outros; b) Escala de Estresse no Trabalho (EET) que fora construída por meio de análise da literatura sobre os estressores organizacionais de natureza psicossocial e reações psicológicas ao estresse ocupacional. A EET é composta por 23 itens dispostos em escala tipo Likert de cinco pontos, em que: 1) discordo totalmente, 2) discordo, 3) concordo em parte, 4) concordo e 5) concordo totalmente. A partir da soma das pontuações assinaladas em cada item, obtêm-se os escores de estresse, sendo que quanto maior a pontuação maior o estresse. O mesmo fora aprovado na Comissão de ética e pesquisa da faculdade União de Goyazes com o protocolo e aprovada pelo o número 020/2017.O instrumento foi utilizado com o objetivo de quantificar a influência das variáveis situacionais e individuais, sobre as reais condições laborais visando extrair as maiores variáveis possível de fatores determinantes para o estresse na perspectiva do trabalho. Análise dos dados após a aplicação dos instrumentos, foi confeccionado um banco de dados utilizando o software IBM SPSS Statistics 20. Foi realizada uma análise descritiva das variáveis utilizando-se média, frequência e desvio padrão. Foram calculados os escores de cada questão da EET, bem como o escore de estresse global. O teste utilizado para avaliar a existência ou não de diferença estatisticamente significativa (p≤0,05) entre amostras independentes e múltiplas variáveis foi a análise de variância. Resultados: Foram entrevistados 57 docentes de uma IES da região metropolitana de Goiânia, os quais 31 (54,4%) são do sexo feminino, sendo que destes, 17 (54,8%) apresentou alto nível de estresse. E 26 (45,6%) são do sexo masculino, destes 11 (42,4%) apresentam alto nível de estresse. As mulheres estão mais susceptíveis a desenvolver o estresse ocupacional. Porém ambos apresentam níveis elevados de estresse e representam um grupo coorporativo de profissionais em processo de adoecimento. As variáveis podem ser explicadas pelo fato de que a mulher necessita se dividir entre a jornada de trabalho; à família; e outras atividades e situações domésticas. Uma das explicações plausíveis seria de que o organismo feminino possui uma liberação hormonal mais intensa do que o organismo masculino. Questionados quanto a religião, 29 (50,9%) afirmam ser católicos, dentre estes, 11 (37,9%) apresentaram alto nível de estresse, 7 (12,3%) são espíritas, onde 5 (71,4%) apresentam nível de estresse baixo. Entre os evangélicos, 3 (5,3%), 2 (66,7%) apresentam alto nível de estresse. Os agnósticos encontram-se presente em, 14 (24,6%) afirmam não terem religião, e 5 (9%) variam entre cristão, protestante, budistas e não especificaram. Avaliado o nível de estresse, dos 14 profissionais que se declararam não seguir a uma religião, 11 (78,5%) apresenta alto nível de estresse. Em relação a religiosidade, foi possível identificar um alto índice de estresse naqueles profissionais que não possuem religião, ou seja, praticam o agnosticismo Indivíduos que não possuem um contato com a religião, estão mais predispostos a situações e pensamentos negativos, enquanto, aqueles que possuem um contato maior, presenciam descobertas positiva. Os resultados também demonstraram que, estes profissionais possuem em média o tempo de trabalho na docência ou na IES variando em média 1 a 4 anos, resultando na falta de vínculo com a instituição, falta de instabilidade profissional gerando assim estresse ocupacional e sofrimento moral, o qual se manifesta diariamente com a dificuldade de executar situações moralmente adequadas. Entre os 57 entrevistados 34 (59,6%) não receberam treinamento de atuação para exercer o cargo contratado, apresentando 16 (47,1%) alto nível de estresse, e 23 (40,4%) receberam treinamento no ato da contratação, 12 (52,2%) alto nível de estresse. A falta de treinamento causa ao profissional uma instabilidade e ansiedade ocasionada pelo novo e o desconhecimento do que será enfrentado sem uma orientação e capacitação previa do ambiente corporativo. Entre os profissionais 36 (63,2%) afirmam que: a área da docência apresenta risco pessoal, os quais 18 (50%) apresentaram alto nível de estresse, porém dos 57 entrevistados, 41 (71,9%) afirmaram estar satisfeito em relação ao trabalho realizado na instituição, sendo que destes 22 (53,6%) apresentaram alto nível de estresse. Considerações finais: Após avaliação dos fatores estressores, observou-se que os docentes da IES, que colaboraram com o ensino, pesquisa e extensão estão em adoecimento neuropsicosocial, constatado em escala de Class Stress com alto nível de estresse em 28 (49,1%) dos 57 profissionais avaliados. Fora observado que o estresse ocupacional varia de acordo com cada indivíduo e sua forma de lidar e resolver impasses corriqueiros, sendo que se inclui, gênero; estado civil; provedor do lar; vínculo religioso; remuneração; escolaridade; satisfação pessoal e profissional; carga horária de trabalho; vínculo institucional e regime de trabalho, intervindo para o aumento do nível de estresse ocupacional. Desta forma os profissionais da IES precisam de um acompanhamento para lidarem com os fatores estressores, isto se dará pelo remodelamento da gestão para com os professores oferecendo lhes programa de atenção e promoção a saúde do trabalhador e ajuda para aliviar tais fatores corroborando de maneira direta para a melhoria do ensino e qualidade do egresso da IES que fora alvo do estudo.  

1776 A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DOCENTE ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Nancy Baia Baia

A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DOCENTE ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Autores: Nancy Baia Baia

APRESENTAÇÃO A extensão Universitária pode definir-se como a mola propulsora da universidade, ela reafirma o compromisso social da mesma através da promoção de ações de inserção social por meio de programas e projetos, de acordo com as demandas das comunidades. Assim como a universidade é regida por um tripé, a extensão também o é.  Ela é composta de: professor, aluno e comunidade, sem eles a extensão não existe, e é por isso que a universidade precisa não apenas conviver com outras modalidades de educação não formal, informal e profissional, mas também articular-se e integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados para um novo tempo. É com este propósito que o Programa Ação Comunitária Ulbra um gesto de amor, objetiva oferecer à comunidade em questão conhecimentos Teórica -Práticos- Científica sobre educação, família, economia, saúde, esporte, música, artesanato, pintura, informática e ética cristã, a fim de resgatar a cidadania de crianças, jovens e adultos. DESENVOLVIMENTO O Projeto consiste basicamente na realização de atividades onde os acadêmicos dos cursos envolvidos, professores e voluntários, desenvolvem atividades de ensino- aprendizagem, atividades sociais, culturais e oficinas profissionalizantes voltadas ao atendimento de uma população menos privilegiada. Com isso as famílias atendidas desenvolvem habilidades cognitivas e sócio-educativas e aprendem a responsabilizar-se pelo seu processo de aprendizagem e resgate da cidadania para a efetivação da melhoria da qualidade de vida e inclusão social. RESULTADOS O Projeto atende uma média de 30 mães cadastradas por semestre, cujo  empenho e participação é notado no resultado das produções feitas por elas, visto que as mesmas melhoraram consideravelmente a renda familiar através da venda de seus produtos no comércio local, na região e até no exterior ( Espanha). CONSIDERAÇÕES FINAIS Os Professores que coordenam o Projeto têm a plena consciência dos problemas, econômicos e sociais dessas famílias, visto que muitos fogem a capacidade de atendimento e de acompanhamento sistemático que necessitam, já que a proposta do Projeto proporciona apenas o encaminhamento para resoluções de problemas imediatos, porém sabem do desafio que se faz presente, pois a Extensão Universitária através do corpo docente, discentes e voluntários, representa o diálogo e a reformulação coletiva das práticas formativas e inovadoras de outro tipo de sujeito a ser educado.    

1783 Estágio em docência: Uma experiência multicultural
MARIA LAURA REZENDE PUCCIARELLI, ESRON SOARES CARVALHO ROCHA, MARIA LUIZA GARNELO PEREIRA

Estágio em docência: Uma experiência multicultural

Autores: MARIA LAURA REZENDE PUCCIARELLI, ESRON SOARES CARVALHO ROCHA, MARIA LUIZA GARNELO PEREIRA

Apresentação: O presente resumo aborda a experiência do estágio em docência, realizado na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) no curso de Enfermagem na disciplina de Saúde das Populações Amazônicas. Objetivo: Descrever a experiência da realização do estágio em docência na disciplina de Saúde das populações Amazônicas. A óptica dessa descrição é a de encontro cultural, que abarca tanto o encontro entre o aluno que está, ao cursar o mestrado, se preparando para a vida docente, quanto o encontro cultural entre os profissionais de enfermagem e suas práticas, com a população indígena. Desenvolvimento do Trabalho: O trabalho foi desenvolvido através do acompanhamento da disciplina de Saúde das Populações Amazônicas. Foram construídos dois diários, o primeiro com informações pertinentes à construção de uma disciplina, em termos teóricos, práticos e burocráticos, sendo esse o encontro cultural de uma aluna de mestrado que se prepara para, futuramente, assumir o papel de professora. E o segundo com minhas impressões pessoais relacionadas ao comportamento da turma frente a disciplina e o encontro cultural com a população indígena. Resultados: A construção de uma disciplina é um processo composto por etapas e as mesmas, ainda que planejadas sofrem modificações ao longo do caminho. O início da construção de uma disciplina contempla o desenvolvimento de documentos como: plano de aula, calendário e ementa. Esse é o momento mais solitário do professor e no qual são criadas expectativas com relação à receptividade da turma frente às atividades propostas. O segundo momento está centrado na preparação das aulas, realizada em duas partes, a primeira, teórica e a segunda prática. A teórica é centrada na organização de como o conhecimento será apreendido e reconstruído pelos alunos, a partir da maneira de apresentação da bibliografia, ao longo do curso. É uma etapa solitária do ponto de vista prático, uma vez que a bibliografia escolhida e o como ela será apresentada é uma escolha do professor, mas o objetivo é o estabelecimento da produção de sentidos daquele conhecimento para o aluno, e assim o professor busca textos e estratégias objetivando que os alunos sejam seduzidos pelo conteúdo, bem como pela forma de apresentação. A parte teórica, conduzida em sala de aula, é um território mais confortável para os alunos, mas ainda assim demanda bastante trabalho para o professor que busca mais artifícios para manutenção do interesse e interação da turma com os assuntos da disciplina. A estratégia adotada para o envolvimento dos alunos com a cultura indígena, em sala de aula, foi muito boa, uma vez que a turma foi dividia em três grupos e cada grupo correspondia a uma etnia diferente junto à qual atua o DSEI Manaus. A responsabilidade do grupo ia além de apresentar os dados de saúde, buscando comprometer-se com a exploração e exposição da cultura geral da etnia. Essa atividade mostrou que o cuidado em saúde demanda da abertura a um encontro cultural e isso também foi relatado pelos alunos após a realização da parte prática da disciplina.  A parte prática demanda dos professores a construção de uma rede de relações políticas com os órgãos e atores envolvidos na autorização para que os alunos fizessem visitas ao Distrito de Saúde Especial Indígena (DSEI) e a Casa de Saúde do Índio (CASAI). O professor precisa coordenar essa rede de relações com as instituições afetas ao tema da disciplina, o que muitas vezes modifica os planos iniciais, exigindo tempo e dedicação. A parte prática foi composta por visitas ao DSEI e a CASAI. A visita à cada local auxiliou na exploração de como o enfermeiro consegue exercer seu papel em diferentes locais dentro da rede de prestação de assistência.  Na perspectiva dos alunos a parte prática é mais livre, e especialmente nessa disciplina, por ser realizada fora da escola e a população estudada apresentar uma cultura diferente. Esse contexto gera uma maior curiosidade e, em alguma medida, certo receio de não atingir o objetivo de promover o cuidado em saúde. Então nas aulas práticas o professor é mais solicitado. O professor no campo, é procurado na busca de consulta sobre posturas diversas de alunos e usuários e esclarece dúvidas e até aprovação do trabalho que o grupo está realizando. Durante as aulas práticas foram observadas diversas situações em que o grupo de alunos expunha para o professor as experiências ocorridas durante a comunicação e assistência a população indígena, buscando auxílio para refletir sobre as situações ocorridas que, de alguma forma, eram mediadas pelas diferenças culturais, para além de dúvidas técnicas. Durante esse processo observa-se que a relação entre professores e alunos também é mediada por um conjunto de símbolos culturais que são construídos e modificados ao longo de cada disciplina. A postura com relação à prazos  e trabalhos é um exemplo disso, no qual o aluno sempre busca um aumento do prazo, não importando qual a complexidade do trabalho. Durante a parte teórica da disciplina foi minha responsabilidade ministrar uma aula. O processo de preparação dela foi permeado de pesquisa, para apropriação do assunto e tentativa de explorar de forma enfática os assuntos de modo a envolver a turma. Foi uma experiência desafiadora e enriquecedora, por ter sido a primeira aula para uma turma de graduação em uma área diferente da minha formação de base.  Assim, a disciplina desenvolveu-se em diferentes vertentes, contando com aulas teóricas, apresentação de trabalhos dos alunos e aulas práticas nas quais os grupos de alunos aplicavam e refletiam sobre suas práticas e o encontro cultural com o diferente, desenvolvendo a capacidade de estabelecer diferentes tipos de relação de alteridade com o outro, que demanda o cuidado de saúde, bem como com o professor e com os outros alunos.  Considerações finais: O mestrado é um caminho escolhido por aqueles inclinados à área de docência. Essa inclinação decorre de diferentes experiências e crenças que se concretizam e se alteram durante esse período de estágio em docência. Nessa experiência pude perceber os grupos culturais formados dentro da sala de aula, as posturas do professor em diferentes momentos e como essa flexibilidade é importante. Pude perceber ainda as negociações que existem entre os professores e alunos e entre os próprios alunos nas tomadas de decisão. Foi uma experiência enriquecedora que contribuiu muito na minha formação para a futura docência.

2263 Docência no ensino superior: principais desafios encontrados na contemporaneidade
Jackson Celso Pereira Pires, Matheus Eduardo Horta da Costa, Andréa Reni Mendes Mardock, Taianne Kaiena Frota Oliveira, Ademir Ferreira Sousa, Alex de Freitas Marques

Docência no ensino superior: principais desafios encontrados na contemporaneidade

Autores: Jackson Celso Pereira Pires, Matheus Eduardo Horta da Costa, Andréa Reni Mendes Mardock, Taianne Kaiena Frota Oliveira, Ademir Ferreira Sousa, Alex de Freitas Marques

Apresentação: No cenário da revolução das Tecnologias de Informação e Comunicaçãoidentificamos que novos desafios surgem no espaço – tempo “aula” onde e quandoacontece integradamente a formação dos profissionais e a docência universitária. Refletir sobre os desafios da docência no ensino superior na atualidade se faz necessário para que o professor possa entendê-los claramente e melhor atuar. Objetivo. Analisar através de uma revisão bibliográfica as principais dificuldades e deficiências durante o processo de ensino aprendizagem no ensino superior enfrentado por docentes das universidades do Brasil. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo elaborado através de uma revisão bibliográfica de artigos científicos publicados a partir de 2013, nas principais plataformas online. Resultados: Para se realizar uma docência voltada para a formação profissional é preciso ter como base a formação profissional condizente com o século XXI, para isto é necessário superar alguns novos desafios que surgiram no último século, tais como: aprender a ensinar por meio de maneiras pelas quais não foram ensinados e aprender atrabalhar em equipes com seus colegas. Nesse contexto, surge a importância do planejamento das disciplinas com: aulas teóricas com muito peso e valor; parte prática; estágio supervisionado; acoplamento/integração de duas ou mais áreas de conhecimento; novas áreas de conhecimento; avanço da ciência e tecnologia e equipe multiprofissional. Considerações finais: De acordo com os artigos analisados concluímos que a docência no ensino superior precisa passar por várias revisões em seus aspectos metodológicos, tornando estes cada vez mais ativos e participativos, mas principalmente no perfil profissional dos docentes, que precisam ser incentivadores e mediadores do aprendizado dos alunos para que possam ser formados profissionais com senso critico de sua profissão e da sociedade.

3484 FORMAÇÃO DOCENTE E DISCENTE: REFLEXÕES E DESAFIOS EDUCACIONAIS
Ivana Annely Cortez da Fonseca

FORMAÇÃO DOCENTE E DISCENTE: REFLEXÕES E DESAFIOS EDUCACIONAIS

Autores: Ivana Annely Cortez da Fonseca

O objetivo deste ensaio foi refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem instituído em escolas de graduação em enfermagem de nível superior, à luz de inquietações, observadas neste mundo acadêmico. A discussão inicia-se pela contextualização do cenário, perscrutando os caminhos da compreensão sobre a prática de ensinar e aprender. Salienta-se então a necessidade de implementação de práticas pedagógicas inovadoras, no intuito de que docente e discente construam o novo conhecimento através e experiências prévias, com vistas à ampliação do mundo acadêmico além da sala de aula, rumo a novos modos de aprender, apreender, ensinar, assistir e cuidar. Assim é proposto ao final que a formação contínua e permanente direcione o manejo em sala de aula, na perspectiva de ação – reflexão – ação como forma de resgatar a qualidade da educação profissional em saúde.