56: Educação em saúde como tecnologia do cuidado
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 01 Sala 01 - Abacaba    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1261 EDUCAÇÃO EM SAÚDE MULTIPROFISSIONAL DIRECIONADA À SAÚDE DA PESSOA IDOSA
aline oliveira mota, aline oliveira mota, lorena lobo cavalcante, cynara rego nogueira, Luan Gabriel Souza, klicia remigio Martiniano, camila Pinheiro Nascimento

EDUCAÇÃO EM SAÚDE MULTIPROFISSIONAL DIRECIONADA À SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Autores: aline oliveira mota, aline oliveira mota, lorena lobo cavalcante, cynara rego nogueira, Luan Gabriel Souza, klicia remigio Martiniano, camila Pinheiro Nascimento

APRESENTAÇÃO: A presente atividade que se trata de um relato de experiência descreve a educação em saúde desenvolvida durante a semana do idoso por uma equipe de residentes multiprofissional que atua pelo Núcleo de atenção à saúde da família (NASF) em uma unidade básica de saúde (UBS). O objetivo dessa proposta foi o de estimular a prática de atividades de sensibilização e valorização da pessoa idosa, a partir da exposição aos usuários de conteúdos diretamente relacionados à referida população. Para tanto, a equipe composta por psicólogas, assistente social, enfermeira, fisioterapeuta e profissional da educação física, respectivamente, retratou os seguintes temas: sexualidade na velhice, estatuto do idoso, prevenção de quedas, hipertensão e a sua relação com o acidente vascular cerebral (AVC) e educação postural. DESENVOLVIMENTO: Como forma de promoção do envelhecimento ativo e saudável, de transmissão de conhecimentos a respeito dos direitos do idoso, bem como com o intuito de sensibilizar o público frente aos cuidados necessários ao se chegar na senescência, tais considerações se fizeram aos indivíduos da comunidade de variadas faixas etárias que estavam presentes na UBS nos dias em que a semana do idoso foi desenvolvida. Buscou-se, também, mudanças de paradigmas relativos à fase em questão, a qual devido à sua heterogeneidade possibilita inclusive que a velhice não seja vivida de modo igual por todos os sujeitos. Com o aumento da expectativa de vida e consecutivamente envelhecimento populacional, tornam-se mais frequentes as manifestações nesse período de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), apesar disso é possível ter um estilo de vida saudável em prol da qualidade de vida. Para a execução da metodologia foram utilizados slides e folders sobre os assuntos retratados, os quais foram trabalhados uma vez por cada profissional durante o tempo aproximado de 30 minutos, do dia vinte e cinco de setembro ao dia dois de outubro do presente ano, sendo a programação realizada de segunda à quinta-feira, e finalizada na segunda-feira subsequente. Para embasar as informações relatadas dados do ministério da saúde foram utilizados RESULTADOS: Durante e no final das apresentações o público era instigado a participar e refletir sobre os assuntos trabalhados, com isso pôde-se perceber que os conteúdos explanados contribuíram para o conhecimento ofertado a comunidade no que tange a saúde da pessoa idosa. Aproximadamente 60 usuários participaram da programação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, constatou- se a relevância de expor a comunidade os assuntos trabalhados de forma multiprofissional, além de a experiência para a equipe ter sido produtiva a nível de aprimoramento profissional.

1355 ATIVIDADES EXTRACURRICULARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DURANTE A GRADUAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROGRAMA DE EXTENSÃO UEA CIDADÃ
Beatriz Graça de Araujo, Camila Soares Santos, Ester Alves de Oliveira, Marcos Lima do Nascimento, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Yaagho Aurélio Benevides Maia Figueiredo, Iracema da Silva Nogueira

ATIVIDADES EXTRACURRICULARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DURANTE A GRADUAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROGRAMA DE EXTENSÃO UEA CIDADÃ

Autores: Beatriz Graça de Araujo, Camila Soares Santos, Ester Alves de Oliveira, Marcos Lima do Nascimento, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Yaagho Aurélio Benevides Maia Figueiredo, Iracema da Silva Nogueira

Introdução: No Brasil, a desigualdade nas classes sociais afeta diretamente o acesso à saúde pelas comunidades carentes ou isoladas. Isso é comprovado pelas altas taxas de doenças ou agravos em determinadas populações nos diferentes estados brasileiros. No Amazonas, alguns interiores ou comunidades localizadas na periferia de Manaus não possuem serviços de saúde organizados ou preparados para atender a demanda da região. Isso demonstra um grande problema de saúde pública, pois, as famílias, muitas vezes, precisam se deslocar para a capital em busca de atendimento. Nesse contexto, criou-se, em 2009, o Programa de Extensão UEA-Cidadã com o objetivo de promover o contato entre a Universidade e a comunidade.  Esse Programa proporciona espaço para discussões que assegurem o exercício da cidadania para vencer o isolamento ou a discriminação. Os locais das ações são: escolas da rede pública e privada, comunidades indígenas, municípios do Amazonas, igrejas, entre outros. Neste sentido, é importante destacar que as ações de saúde da UEA Cidadã podem ser solicitadas por qualquer pessoa, através de e-mail ou ligações à coordenadora do programa.  A Educação em Saúde é o método utilizado durante as ações para passar o conhecimento à comunidade presente. As atividades desenvolvidas têm foco na prevenção e promoção de saúde. Os participantes do Programa são alunos voluntários da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) dos cursos de Enfermagem, Odontologia, Medicina, Farmácia e Educação Física. Tendo em vista a diversidade dos cursos, os voluntários desenvolvem suas atividades dentro de uma equipe multidisciplinar, onde o respeito, a comunicação e o trabalho em equipe são instrumentos essenciais para o efetivo desempenho das atividades previstas no Programa e, futuramente, no exercício de suas profissões. Por isso, atividades como essa são fundamentais na formação do profissional de saúde. Além disso, o Programa visa destacar a importância da atenção primária para a comunidade, considerando que essa se baseia na prevenção, promoção e proteção à saúde, logo, atua detectando problemas relativamente simples de saúde, evitando que esses se agravem, permitindo melhores condições de vida e diminuindo a necessidade de encaminhamento para a atenção secundária ou terciária, e consequentemente, reduzindo os gastos públicos.  Para se tornar membro do Programa é necessário participar das palestras realizadas na UEA e ser aprovado na prova de seleção. Posteriormente, os aprovados assinam o Termo de Compromisso, no qual é estabelecido, um mínimo de 30 horas de voluntariado dentro de um ano. A prova de seleção é realizada duas vezes a cada ano, uma no primeiro semestre e outra no segundo. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada em ações de saúde oferecidas a comunidades, por meio da participação no Programa de Extensão UEA Cidadã na cidade de Manaus e no interior do Estado do Amazonas, sob supervisão dos líderes de grupo e da coordenadora do Projeto. Metodologia: Trata-se de relato de experiência de caráter descritivo, referente as ações de saúde realizadas entre janeiro a dezembro de 2017, na cidade de Manaus e municípios vizinhos, por discentes do 4º período do curso de Enfermagem e 2º período do curso de Medicina ESA/UEA. Resultados: Após a divulgação dos alunos aprovados foram realizados treinamentos para garantir o correto atendimento da população. No que diz respeito às atividades de prevenção e promoção de saúde, incluiu-se, cálculo do índice de massa corporal (IMC), informações sobre exercício físico e sedentarismo, aferição de pressão arterial, medição de glicemia capilar, informações sobre alimentação e diabetes, aplicação de flúor e realização de palestra sobre saúde bucal, infecções sexualmente transmissíveis, entre outros assuntos sugeridos pelos participantes. Durante a ação, um líder fica responsável pelo material que será utilizado e a distribuição de tarefas aos voluntários, sendo este um discente indicado pela professora coordenadora do projeto, sendo necessário que o mesmo deva ter conhecimento sobre liderança, saber trabalhar em equipe e solucionar problemas. Os alunos voluntários são divididos em grupos, independentemente do curso, para realização das atividades oferecidas pelo projeto.  Aqueles que ficam responsáveis pela saúde bucal implementam atividades educativas com utilização de metodologias ativas, principalmente para crianças, sobre a forma correta de escovar os dentes usando manequins que possibilitam uma melhor demonstração. Posteriormente, as crianças são chamadas para demonstrar o que aprenderam e, após a demonstração, as crianças são organizadas em filas e recebem a aplicação de flúor. Caso essas crianças tenham complicações mais sérias, o líder orienta seus pais e responsáveis e, quando necessário, são encaminhados para atendimento odontológico no Serviço de Pronto Atendimento no bairro onde residem. A equipe responsável pela aferição de pressão arterial atende pessoas maiores de 18 anos de idade e antes de realizar os procedimentos faz questionamentos quanto à saúde da pessoa, doenças que afetam seus familiares e acompanhamento médico. Quando são detectados valores de sístole e diástole elevados são feitas recomendações em relação à alimentação, práticas de vida saudáveis e encaminhamentos para atendimento na Unidade Básica de Saúde. Quando se trata de um paciente hipertensivo reitera-se a importância do tratamento medicamentoso no horário certo, além do acompanhamento com especialistas. Os alunos que ficam responsáveis pelo índice de massa corporal, usam uma balança e fita métrica para fazer a avaliação e têm como principal função o aconselhamento quanto à necessidade de praticar atividades físicas e indicação de uma alimentação adequada. Já os acadêmicos encarregados pela medição de glicemia capilar, explicam ao público o que é diabetes, a importância do tratamento medicamentoso e não medicamentoso e as necessidades da adoção de práticas de vida saudável. Em síntese, o projeto prepara os acadêmicos e futuros profissionais de saúde quanto à relação com o paciente, pois, muitas vezes, quando feita de forma equivocada, prejudica todo o processo de cuidado. Conclusões: A extensão universitária oferece aos acadêmicos, sob adequada supervisão, a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula e ainda proporciona experiência profissional logo nos primeiros períodos da faculdade. O Programa UEA Cidadã garante uma mediação entre os profissionais de saúde em formação e a comunidade, reiterando a importância da atenção primária em saúde. São imensuráveis os benefícios conferidos pelo projeto às comunidades atendidas, principalmente por conta da dificuldade que muitas pessoas encontram de receber um atendimento adequado. É possível afirmar que a UEA Cidadã alcançou seu objetivo de oferecer inclusão social por meio da Educação em Saúde e proporcionou aos voluntários participantes o conhecimento da realidade na prática, permitindo aos mesmos refletir sobre os problemas a serem enfrentados como futuros profissionais. Programas de extensão como este devem ser estimulados em todas as universidades do país, a fim de garantir cada vez mais o contato do futuro profissional com a comunidade e a atenção primária, haja vista que contribui para uma melhor formação, além de reduzir obstáculos e melhorar o atendimento da população.

1450 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO MÉTODO DE SENSIBILIZAÇÃO E COMBATE AO DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DE BELÉM – PA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Giovana Karina Lima Rolim, Ana Carolina Ayami Yoshioka Frazão da Graça, Lucas Ferreira Martins, Marcos José Risuenho Brito Silva, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Regiane Camarão Farias, Aliny Cristiany Costa Araújo, Cleide Mara Fonseca Paracampos

A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO MÉTODO DE SENSIBILIZAÇÃO E COMBATE AO DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DE BELÉM – PA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Giovana Karina Lima Rolim, Ana Carolina Ayami Yoshioka Frazão da Graça, Lucas Ferreira Martins, Marcos José Risuenho Brito Silva, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Regiane Camarão Farias, Aliny Cristiany Costa Araújo, Cleide Mara Fonseca Paracampos

Apresentação: O diabetes mellitus tipo 2 é uma alteração crônica do metabolismo de carboidratos e lipídios, caracterizada por hiperglicemia e considerada idiopática, uma vez que sua etiologia não está completamente elucidada. À sua gênese relacionam-se variados fatores, tais como: alimentação inadequada, predisposição genética, sedentarismo, dentre outros. A doença provoca acometimento de diversos tecidos e órgãos e, quando não tratada adequadamente, o paciente pode apresentar grande perda funcional (p. ex. amputação, cegueira, doença renal) e dessa forma causar comprometimento severo em sua qualidade de vida e autonomia.  A DM tipo 2, possui elevada prevalência e provoca sigficativos gastos em recursos financeiros, materiais e humanos por parte dos serviços de saúde; seja pela agudização do quadro ou pelas complicações, que frequentemente levam a hospitalização do individuo ou a necessidade de acompanhamento em variadas especialidades. (SILVEIRA et al. 2014). O acesso à informação sobre a doença é um determinante sobre sua epidemiologia. Tendo em vista que quanto maior o grau de desconhecimento, maior a vulnerabilidade do indivíduo, família e coletividade. A população deve, desta forma, estar bem esclarecida sobre a importância de se manter hábitos de vida considerados saudáveis, bem como fazer acompanhamento médico frequente, mesmo na ausência de sintomatologia. Nesta conjuntura, a educação em saúde possui papel fundamental na assistência, uma vez que é capaz de produzir conhecimentos e promover a apropriação das temáticas em saúde, por parte da população, permitindo assim autonomia e empoderamento do indivíduo nos aspectos relacionados ao seu cuidado (BRASIL, 2012). Dessa maneira, é imprescindível que a atenção primária, enquanto porta de entrada do usuário no Sistema Único de Saúde (SUS), seja a promotora e mantenedora dos programas de prevenção, tratamento e manutenção do processo saúde-doença, além de fortalecer as atividades vinculadas à divulgação dos aspectos inerentes a DM tipo 2. O papel desempenhado pelo profissional de enfermagem, na Estratégia de Saúde da Família, deve ser voltado tanto para o monitoramento dos fatores de risco e de novos casos, para assim evitar a subnotificação, quanto para a construção e disseminação do conhecimento através da educação em saúde na comunidade, para que assim esses indivíduos sejam alertados e sensibilizados quanto aos hábitos de vida que podem se tornar prejudiciais à saúde, além de incentivar o autocuidado como meio de proteção e manutenção da saúde (ROECKER e SILVA, 2011). Objetivo: Relatar a experiência dos pesquisadores a partir da atividade de sensibilização dos usuários de uma estratégia de saúde da família de Belém- PA, através da educação em saúde, acerca de questionamentos pertinentes ao Diabetes Mellitus, tais como: fatores de risco, profilaxia e a influência dos hábitos cotidianos na prevenção do DM tipo 2. Descrição da Experiência: Trata-se de um relato de experiência, realizado a partir de uma ação educativa em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF), localizada no bairro da Pedreira, em Belém- PA. A ação foi desenvolvida, tendo por base questionamentos já levantados e disponibilizados no site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), sob a forma de mitos e verdades. As afirmações foram utilizadas a fim de mensurar o nível de conhecimento do público em relação à diabetes e suas implicações nos hábitos cotidianos, além da influência dos fatores de risco no desenvolvimento e agravo da DM tipo 2. Ao passo que as afirmações eram enunciadas pelos pesquisadores, os participantes deveriam respondê-las por meio da utilização de placas contendo cores indicativas: na cor vermelha, para mito ou na cor verde, para verdade. Com o propósito de tornar a dinâmica mais dialogada e não exaustiva, foram utilizadas apenas dez afirmações, no intuito de cumprir o planejamento da atividade, que consistia em realizar a ação de educação em saúde em um período de 30 a 40 minutos. Os mediadores tinham o propósito de esclarecer as dúvidas ou equívocos e reiterar os acertos. Dessa forma foi possível explorar de uma maneira mais ampla as dúvidas que os usuários possuíam, além de buscar sensibilizá-los quanto a importância da prática do autocuidado como mecanismo de prevenção de DM tipo 2 e permitir a troca de conhecimento por ambas as partes. Ao término da dinâmica todos os participantes receberam brindes, que consistiam em imãs de geladeira contendo o símbolo do dia internacional ao combate de Diabetes Mellitus. O objetivo da utilização dos brindes,foi basicamente para relembrá-los da experiência vivida sempre que abrissem a geladeira, e assim reforçar o assunto explanado e incentivá-los a combaterem os hábitos que pudessem vir a ser prejudiciais a sua saúde. Resultados: Todos os participantes demonstraram uma boa aceitação à atividade que lhes fora solicitada, além de atenção e interatividade no decorrer da dinâmica. Muito se deve a presença de usuários já diagnosticados com DM, descrevendo suas experiências de vida e sua adaptação com as restrições alimentares decorrentes da doença, relatando sobre as mudanças recomendadas para os hábitos nutricionais que os mesmo tinham, além da incorporação de atividades físicas adequadas a cada condicionamento físico. Também foi de extrema relevância para o desenvolvimento da discussão acerca da doença, a descrição dos demais participantes, em relação ao seu conhecimento sobre a temática, além de descreverem métodos fitoterápicos que utilização com frequência e que foram transmitidos por cultura popular.  No fim da ação, todos se mostraram bastante satisfeitos pela atitude dos pesquisadores, e essa satisfação foi conferida por meio de sorrisos, agradecimentos ou reprodução informal do que ouviram durante o diálogo. Considerações Finais: Mesmo não tendo aplicado qualquer tipo de ferramenta formal, para obter a avaliação dos usuários em relação à atividade desenvolvida, foi possível adquirir dados informais, como por exemplo, as contribuições, agradecimentos e elogios. Tais expressões foram capazes de demonstrar a efetividade da ação e o nível de fixação e entendimento dos participantes, quanto ao que lhes foi exposto. Além de ter proporcionado um momento para troca de experiências e conhecimentos, até mesmo com os participantes mais tímidos, a atividade também foi extremamente importante para o fortalecimento da educação em saúde, como meio capaz de alcançar melhorias na qualidade de vida da população, pois, mais do que entender a importância, é necessário que esse público entenda os benefícios que os bons hábitos de vida podem trazer a sua saúde.

1473 AMAMENTAÇÃO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SANTARÉM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pablo Stephano Lopes da Silva, Gabriela Oliveira de Nazaré, Rebeka Santos da Fonseca, Adalgisa Azevedo Lima

AMAMENTAÇÃO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SANTARÉM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Pablo Stephano Lopes da Silva, Gabriela Oliveira de Nazaré, Rebeka Santos da Fonseca, Adalgisa Azevedo Lima

Apresentação: O aleitamento materno tornou-se um dos assuntos de grande discussão nas últimas décadas devido ao aumento da morbimortalidade infantil associado ao uso de fórmulas artificiais lácteas após o nascimento. Diversas instituições têm incentivado a política da amamentação afim de resgatar o papel da mulher no processo prático da amamentação, observando assim que no período do pós-parto as mães possuem condições físicas para iniciar a Amamentação Exclusiva (AME) imediatamente ainda na primeira hora do nascimento, porém faz se necessário que toda a equipe multiprofissional ofereça apoio à mãe, para que a mesma sinta-se segura e confiante dos benefícios do AME até o sexto mês do nascimento.  O ato de amamentar na primeira hora de vida possui benefícios tanto para mãe quanto para o bebê, pois, faz-se o vínculo dos laços afetivos, fortalecimento do sistema imunológico, facilita a adaptação do sistema respiratório, digestórios, redução nas internações neonatais e na morbimortalidade infantil, e é uma estratégia de maior custo-benefício para melhorar a saúde infantil afim que se torne uma rotina hospitalar evidente. Este estudo teve como objetivo relatar a experiência de uma educação em saúde sobre a amamentação na primeira hora de vida do recém-nascido, abordando suas vantagens e as principais dificuldades de realização desta prática. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, com abordagem descritiva das aulas práticas de discentes de enfermagem ocorridas no setor obstétrico de um hospital público de Santarém-PA, no período de 19 de setembro a 06 de outubro de 2017. Dos 224 partos ocorridos nesse período, 9 mães foram orientadas pelos discentes quanto a pega correta nessa primeira hora de vida. Resultados: Os partos assistidos pelos acadêmicos foram todos partos vaginais e não cesarianos, por isso a amamentação não ficou comprometida como as mães submetidas a anestesia do parto cesariana. O exausto trabalho de parto e o grande fluxo da sala de parto foram desafios superados pelas mães juntamente com os acadêmicos para a realização das orientações quanto a amamentação correta. É importante dizer que todas as mães atendidas pelos acadêmicos ofereceram mama aos seus recém-nascidos. Notou-se que as mães desconhecem os sinais da boa pega, no ato de amamentar do contato da boca no seio materno, informaram ainda que, durante o pré-natal não participaram de educação em saúde para a promoção do AME como também desconhecem as vantagens do leite materno. Considerações Finais: A amamentação traz benefícios diretos para mãe no pós parto evitando hemorragias, além disso, a amamentação atua como um método contraceptivo natural durante os seis meses do puerpério, e para o bebê, o seu papel está na proteção do seu sistema imunológico com o colostro promovendo um crescimento mais saudável. Dessa forma, o contato pele a pele entre mãe-bebê logo da primeira hora do nascimento é fundamental para atar os primeiros laços afetivos em que promovem amor e saúde nas primeiras gotas do leite materno neste momento sublime.

1482 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DOS BENEFÍCIOS DE ATIVIDADES MANUAIS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Sávio Felipe Dias Santos, Diogo Seichii Umbelino Okawa, Thayná Maria Andrade Silva, Ruth Carolina Leão Costa, Victória Karolina Santos Santana

EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DOS BENEFÍCIOS DE ATIVIDADES MANUAIS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Sávio Felipe Dias Santos, Diogo Seichii Umbelino Okawa, Thayná Maria Andrade Silva, Ruth Carolina Leão Costa, Victória Karolina Santos Santana

Introdução: O Envelhecimento é caracterizado por um processo de alterações físicas e biológicas, que por vezes debilitam algumas capacidades do indivíduo progressivamente. Uma forma eficaz de prevenir essas debilidades que afetam os idosos é a prática de atividades que estimulem o corpo e a mente, o compartilhamento de conhecimentos e a promoção do bem estar por meio da plasticidade cerebral. Este processo pode ser definido como alterações estruturais no cérebro, resultado de adaptações do indivíduo e/ou estímulos repetidos. Ou seja, a plasticidade é entendida como um mecanismo adaptativo, permitindo que o cérebro crie novas conexões entre neurônios. Atividades manuais que podem ser realizadas no cotidiano são pouco conhecidas por esse público, o que pode dificultar o desenvolvimento saudável. Dessa forma, a criação de estratégias que permitam a prática de dinâmicas educativas para os idosos é de suma importância para o aprimoramento de habilidades, melhora da qualidade de vida e disseminação desse conhecimento para beneficiar a todos. Objetivo: Promover ação educativa por meio de atividades manuais para a divulgação dos benefícios destas para a saúde física e mental do idoso. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no mês de dezembro de 2015, como parte do trabalho de conclusão semestral proposto pela instituição, com acadêmicos do 3º semestre do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Foi desenvolvido em uma unidade não governamental de assistência à comunidade, que desenvolve atividades socioassitencias e socioeducativas, localizada no município de Belém do Pará. O processo deste estudo iniciou-se a partir da observação do local, as atividades desenvolvidas e o público atendido pela unidade. Durante discussão, os coordenadores relataram que os idosos da comunidade participavam de atividades mensais acerca da prevenção de morbidades (diabetes e hipertensão) e que essas atividades eram bem recebidas e exploradas pelos idosos. Considerando estes pontos como relevantes para a produção da ação, constatamos por meio de embasamento científico que a prática dessas atividades estimula a plasticidade cerebral, melhorando assim a qualidade de vida do individuo. A estimulação do cérebro por meio de atividades cotidianas faz com que a plasticidade o permita novas ligações neurais, evita o estresse, contribui para o não desenvolvimento da depressão e potencializa habilidades manuais que muitas vezes são perdidas com o passar dos anos. Assim os acadêmicos decidiram realizar uma ação educativa acerca da promoção de saúde por meio de atividades manuais, para estimular o exercício mental, a destreza manual e promover a interação entre o grupo. Para a organização da ação, foram elencadas atividades acessíveis, com materias que não ofereciam riscos aos participantes e foram definidas como: oficina de origamis, oficina de arte em pinturas, oficina para desenvolvimento da escrita e expressão corporal por meio da dança. A instituição disponibilizou um dia para que os acadêmicos pudessem divulgar a data e horário da ação aos idosos, podendo assim enfatizar a importância da participação de todos. No dia estabelecido para a concretização, o salão da instituição foi cedido aos acadêmicos, e foram organizadas as mesas, cadeiras e os materias. Inicialmente foi feita uma explanação breve sobre os benefícios das atividades que seriam realizadas para a promoção da saúde e prevenção de comorbidades. Foi enfatizada a importância da verificação da pressão arterial e glicemia rotineiramente para controle dos mesmos. Em seguida foram esclarecidas as etapas da atividade e posteriormente os participantes escolheram uma oficina para iniciar. Na oficina de origamis, os papéis foram selecionados em diversas cores e previamente cortados de acordo com as formas correspondentes. Um dos acadêmicos entregou um papel a cada idoso e posteriormente explanou sobre a produção dos origamis. Após esse momento, os idosos foram divididos em grupos de quatro, juntamente com um acadêmico, para que pudessem apreender melhor as etapas de confecção. Quanto à oficina de arte em pinturas, foram distribuídas pétalas de rosas feitas com papelão e cores variadas de tinta a base d’água para que eles pudessem pintar conforme sua preferência. Segundo o mês natalino, oferecemos a oficina para desenvolvimento da escrita, onde os idosos escreviam recados em papeis, escolhidos por eles, a algum familiar ou amigo. Nesse processo, os acadêmicos ajudaram nos esclarecimentos quanto à grafia de algumas palavras, sempre que solicitado pelos participantes. Ao final, entregamos adereços (óculos, colares, chapéus e gravatas) aos idosos e reunimos todos em uma roda para que pudessem interagir por meio da dança. Reunimos uma coletânea de músicas, e deixamos a critério deles a escolha de quais seriam reproduzidas. Resultados e/ou impactos: Foi evidente a participação satisfatória dos participantes durante a ação. Mostraram-se bastante participativos, expondo suas opiniões sobre o tema abordado. A ação contou com a participação de vinte e dois idosos, os quais foram convidados previamente. Pôde-se observar o envolvimento dos mesmos durante toda a atividade. O espaço utilizado favoreceu a organização e melhor interação entre o grupo de discentes e participantes. Dessa forma, puderam interagir nas atividades propostas, aumentando a aquisição de conhecimentos. Os participantes da ação relataram os benefícios que a atividade propôs, por permitir a expressão da arte e concomitantemente a promoção da saúde. Dentre os relatos, após o término da atividade, pôde-se inferir que os participantes apreenderam o conhecimento que foi repassado, tornando assim a ação produtiva e satisfatória. Esclarecimentos foram feitos acerca dos materias utilizados e confecção dos objetos, para assim incentivar a produção destes cotidianamente. Considerações finais: A ação mostrou-se relevante, pois contribuiu na formação dos acadêmicos de enfermagem, reafirmando a importância do enfermeiro no processo de educação. Além disso, a ação proporcionou a compreensão das particularidades e limitações físicas e mentais dos participantes, pelas quais a ação se adaptou para ocorrer. Tal fato demonstrou a variedade de ações que podem ser realizadas para promoção de saúde e qualificação da assistência prestada. É primordial que a abordagem seja feita de forma que favoreça a participação ativa dos idosos, para assim efetivar a formação de vínculos, facilitando o diálogo e interação da equipe com os participantes. Sendo assim necessário que atividades que promovam o bom desenvolvimento da saúde sejam realizadas com maior frequência, a fim de disseminar esse conhecimento e melhorar a qualidade de vida dos idosos. 

1544 Discutindo o Processo de Ensino Aprendizagem na Educação Profissional em Saúde
Marcia Cavalcanti Raposo Lopes, Cirstina Massadar Morel

Discutindo o Processo de Ensino Aprendizagem na Educação Profissional em Saúde

Autores: Marcia Cavalcanti Raposo Lopes, Cirstina Massadar Morel

Tomando por base a formação profissional de trabalhadores da saúde, no que se refere à educação de adultos, observamos que não há um acúmulo expressivo de reflexão sobre o tema do ensino-aprendizagem. Ponto importante a ser estudado, considerando o trabalho desenvolvido nas Escolas Técnicas do SUS. Neste sentido, o objetivo desta investigação é problematizar os processos de aprendizagem na formação técnica em saúde de adultos trabalhadores. Consideramos que a discussão sobre a formação do trabalhador da saúde, deve ter como ponto fundamental ampliar o horizonte dos alunos para além do discurso biomédico e seus parâmetros científicos. Assim, toda a discussão do processo de ensino aprendizagem neste caminho formativo não pode se deter apenas a refletir sobre a pura assimilação de conteúdos e técnicas. Optamos então por abordar a questão da aprendizagem a partir da concepção da cognição inventiva. Nesta perspectiva, a aprendizagem é compreendida como a própria produção de subjetividade, quando aquele que aprende, experimenta novas situações que o transformam de maneira imprevisível, e ao mesmo tempo aciona mecanismos de sedimentação de conhecimentos. Este estudo tem como pano de fundo o Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde desenvolvido na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). O trabalho se desenvolveu a partir de análise de documentos como atas de reunião de professores e de conselhos de classe e registros sobre as atividades pedagógicas alternativas produzidos por docentes e alunos. Estas atividades pedagógicas   consistiram em oficinas e debates em torno de temas atuais, visitas a museus, parques, centros culturais, construções históricas etc.. Nossas análises nos mostram como foram produzidos diferentes disparadores de reflexão e reconfiguração de sentidos – processos essenciais se pensarmos na formação dos trabalhadores do SUS. Tão importante quanto a assimilação dos conteúdos técnicos, esta formação precisa produzir sujeitos-trabalhadores sensíveis e comprometidos com a construção de práticas de saúde para além dos conhecimentos técnicos científicos. A aprendizagem, compreendida como processo de produção de subjetividade, aponta para a transformação operada naquele que aprende. As estratégias pedagógicas exploradas acima, entendidas aqui como dispositivos pedagógicos, mobilizaram nos alunos posturas que favorecem o questionamento da sua condição de vida e de suas práticas profissionais. O trabalho realizado possibilitou que os alunos problematizassem as relações entre educação, cultura e saúde, e as maneiras de promover práticas de saúde. Pode-se afirmar que estas experiências, além de tantas outras às quais foge ao nosso controle precisar, criaram a possibilidade de os alunos “não serem mais os mesmos” e se fortalecerem para a construção do SUS e de uma sociedade mais justa.  

3331 OPORTUNIDADES PERDIDAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA CONSULTA GINECOLÓGICA DE ENFERMAGEM
Naraiane Fermino, Jucimar Frigo, ÂNGELA ÂNGELA BARICHELLO, MARIA DE JESUS HERNANDEZ RODRIGUEZ

OPORTUNIDADES PERDIDAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA CONSULTA GINECOLÓGICA DE ENFERMAGEM

Autores: Naraiane Fermino, Jucimar Frigo, ÂNGELA ÂNGELA BARICHELLO, MARIA DE JESUS HERNANDEZ RODRIGUEZ

Introdução: A atenção à saúde das mulheres é uma prioridade do Ministério da Saúde (MS) e também um desafio para os gestores e profissionais. É importante se manter uma coerência no âmbito da rede de atenção à saúde das mulheres, entre as ofertas de atenção e as necessidades de saúde, também em constante transformação. Objetivo: Refletir sobre as oportunidades de educação em saúde perdidas na consulta ginecológica de enfermagem de rotina anual. Método: Elencou-se com base na literatura sobre a temática educação em saúde na consulta ginecológica de enfermagem, sendo discutidos com base na experiência adquirida em atividades teórico-práticas e estágio no Curso de Graduação em Enfermagem. Resultados: Nota-se que em consulta ginecológica de enfermagem de rotina, muitas oportunidades de educação em saúde são perdidas, considerando que nem sempre, o profissional oportuniza o diálogo para assuntos relevantes à saúde da mulher, tais como, sexo, saúde sexual e saúde vaginal.  Logo, alguns assuntos permanecem velados e não costumam ser colocados durante o atendimento ginecológico. A reflexão provê que o profissional enfermeiro ao assumir uma postura linear de orientação heterossexual, não abrir para o diálogo sobre sexo e a sexualidade e saúde vaginal, permitirá a interpretação de sinais e sintomas errôneos, diagnósticos precipitados e conduções inadequadas. A consulta precisa considerar as diferenças de atendimento, oportunizar o diálogo sobre sexo e a sexualidade, reconhecer as usuárias homossexuais, não utilizar como parâmetro de normalidade a heterossexualidade, e não (sub) estimar a capacidade sexual na velhice, somente assim, será possível apreender as especificidades e necessidades da saúde sexual das mulheres. Por conseguinte, além dos motivos concretos da consulta, têm que ser valorizados, outros incômodos “ocultos” decorrentes da condição do gênero. Apesar de um grande número de mulheres buscarem ajuda nos serviços de saúde para problemas referentes ao sexo e à sexualidade, alguns profissionais de saúde ainda tratam como assunto proibido e vergonhoso. Há omissão dos profissionais de saúde, quando se trata da sexualidade feminina, reforça a ausência de direitos das mulheres à informação de como desfrutar a sexualidade. A sexualidade humana é repleta de tabus e preconceitos que, infelizmente, se manifestam na postura dos profissionais de saúde que atendem mulheres. Isso provoca angústia e revela uma violação ao direito de pensar e agir livremente. Conclusão: A oportunidade de agregar conhecimento às mulheres que participam das consultas ginecológicas de enfermagem é fundamental para que possam ter mais autonomia perante suas escolhas e conhecimentos sobre seu corpo e sexualidade. Contudo, é visível a falta de diálogo aberto sobre essa temática, desta forma, rejeitar o discurso assexuado das mulheres é a melhor maneira de promover a saúde sexual deste segmento populacional.  

1614 A sala de espera como espaço para compartilhar o saber em saúde: um relato de experiência.
Ewerton Beckman dos Reis, Andressa Fabiana Ferreira Fonseca, Carla Steffane Oliveira e Silva, João Eduardo Barros Branco, Tayná Esteffane Silva Almeida, Victor Assis Pereira da Paixão, Hilma Solange Lopes Souza, joão Otávio Pinheiro Borges

A sala de espera como espaço para compartilhar o saber em saúde: um relato de experiência.

Autores: Ewerton Beckman dos Reis, Andressa Fabiana Ferreira Fonseca, Carla Steffane Oliveira e Silva, João Eduardo Barros Branco, Tayná Esteffane Silva Almeida, Victor Assis Pereira da Paixão, Hilma Solange Lopes Souza, joão Otávio Pinheiro Borges

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Ela produz alterações dermatológicas severas se não tratada de maneira adequada, o que muita das vezes resulta na segregação do individuo devido às sequelas provenientes do avanço da doença.  O Núcleo de Medicina Tropical (NMT), unidade integrada a Universidade Federal do Pará (UFPA), realiza o diagnostico, tratamento e o acompanhamento dos casos identificados. Nessa unidade, a sala de espera constitui se como importante espaço para estabelecer a educação em saúde através do compartilhamento de saberes quanto à prevenção de doenças, hábitos de vida mais saudáveis além de estabelecer vinculo mais próximo entre profissional e paciente. Objetivo: relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na sala de espera do ambulatório de hanseníase do Núcleo de Medicina Tropical. Trata se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado por acadêmicos de enfermagem da UFPA durante o estágio do modulo “Saúde Coletiva”, realizado no mês de outubro de 2017. A atividade foi feita na sala de espera do ambulatório de hanseníase e contou com 12 participantes. Foi utilizado um álbum seriado com varias imagens e tópicos pertinentes para o conhecimento sobre o agente etiológico; as diferentes formas de manifestações da doença; histórico da patologia, efeitos psico-emocionais-sociais, transmissão, tratamento; a importância de levar os contatos para realizar exames; efeitos colaterais da medicação e prevenção. Durante a atividade houve muitos questionamentos sobre como contrair a hanseníase, os efeitos que ela causaria no corpo e sobre a transmissão entre pessoas próximas. Como o instrumento apresentava imagens das fases da hanseníase, alguns participantes puderam relacionar as manchas da hanseníase a outras dermatoses como pano branco e impinge. Além disso, a questão da moradia foi levantada e permitiu esclarecer a necessidade da casa ser bem arejada para evitar um leque de doenças. Durante a atividade percebeu se que alguns participantes que já faziam o tratamento complementavam a fala dos facilitadores para responder alguns questionamentos feitos no decorrer da atividade. Resultados: a atividade teve um retorno extremamente positivo, pois desde o inicio os acadêmicos, facilitadores da atividade, prezaram por um ambiente horizontal e aberto as experiências dos participantes portadores de hanseníase. Além disso, o fato dos próprios ouvintes compartilharem suas vivências e conhecimentos sobre a doença com os demais membros, tanto aqueles diagnosticados recentemente quanto os que já estavam fazendo acompanhamento por mais tempo, evidencia o potencial daquele ouvinte levar o saber em saúde para uma dimensão extra-ambulatorial. A educação em saúde permitiu um ambiente reflexivo e participativo, um espaço que deve ser incentivado pela comunidade de saúde pela riqueza do dialogo entre o serviço e a coletividade. Conclusão: a sala de espera é muita das vezes subestimada por profissionais e acadêmicos por ser um local de alta movimentação e barulho. Contudo, as atividades que encorajam a participação e o compartilhamento de saberes são excelentes momentos para tornar o ouvinte um elo entre os saberes em saúde e a comunidade.

1624 A UNIVERSIDADE NA CONSTRUÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES NA INFÂNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PRÉ-ESCOLARES
Renan Fróis Santana, Andreza Dantas Ribeiro, Antonia Irisley da Silva Blandes, Brenda dos Santos Coutinho, Cristiano Gonçalves Morais, Herman Ascenção Silva Nunes, Franciane de Paula Fernandes, Sheyla Mara Silva de Oliveira

A UNIVERSIDADE NA CONSTRUÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES NA INFÂNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PRÉ-ESCOLARES

Autores: Renan Fróis Santana, Andreza Dantas Ribeiro, Antonia Irisley da Silva Blandes, Brenda dos Santos Coutinho, Cristiano Gonçalves Morais, Herman Ascenção Silva Nunes, Franciane de Paula Fernandes, Sheyla Mara Silva de Oliveira

Apresentação: A formação dos hábitos alimentares advém da infância e incluem determinantes internos e externos. Ao considerar que as crianças estão sendo colocadas cada vez mais cedo e num período maior de tempo em instituições de educação infantil é ressaltada a responsabilidade conjunta dessas unidades com as famílias para a construção de boas práticas em saúde. Em vista disso, o objetivo do estudo foi relatar a experiência de docentes e discentes do curso de graduação em Enfermagem em uma ação destinada aos pré-escolares de uma Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI).  Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência referente à ação educativa sobre alimentação saudável, desenvolvida por docentes e discentes do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus XII, com pré-escolares em uma UMEI no município de Santarém, estado do Pará, no mês de outubro de 2015, mediante solicitação de parceria da Unidade para com a Universidade. Resultados e/ou impactos: Durante a ação educativa foi enfatizado que o saudável também pode ser divertido, desse modo, cada criança teve a oportunidade de montar seu próprio “palito saudável”, a partir da oferta de frutas cortadas em pedaços e da farinha de aveia para ser misturada com as frutas, além disso, foram utilizados fantoches para estabelecer a comunicação com as crianças através de histórias que retratavam os efeitos da carência ou do excesso de determinados alimentos. Percebeu-se a participação e o entusiasmo das crianças durante toda a ação realizada, ressalta-se também que a oportunidade das crianças de prepararem seu próprio alimento saudável influencia positivamente no seu consumo alimentar. Considerações finais: As atividades efetuadas colaboraram para a construção de bons hábitos alimentares nas crianças, visto a sua importância para o desenvolvimento e crescimento infantil, além de representar um dos fatores de prevenção de algumas doenças na fase adulta. Ademais, é notado que a unidade procura exercer sua função na construção de boas práticas em saúde nas crianças através de parcerias com a universidade.

1642 RELATO DE AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE SOBRE O TEMA DAS IST JUNTO À POPULAÇÃO DA PENITENCIÁRIA FEMININA DE MANAUS
Andressa Evelin Vasconcelos Costa, Pedro Máximo de Andrade Rodrigues

RELATO DE AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE SOBRE O TEMA DAS IST JUNTO À POPULAÇÃO DA PENITENCIÁRIA FEMININA DE MANAUS

Autores: Andressa Evelin Vasconcelos Costa, Pedro Máximo de Andrade Rodrigues

Apresentação: Este relato visa apresentar a vivência do tema das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), no contexto do Projeto de Extensão Asas da Esperança da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), voltado à população interna da Penitenciária de Manaus (PFM), no período de 2016 a 2017.  O Asas da Esperança visa contemplar as dimensões da educação e do apoio aos serviços de saúde no âmbito do sistema prisional feminino de Manaus, AM, por meio de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde dessa população, visando o fortalecimento da autoestima e da autonomia pessoal por meio de boas práticas voltadas ao fortalecimento do autocuidado para a saúde física e psicossocial das internas, de forma suplementar às ações públicas de saúde. Descrição da Experiência: A ação educativa teve como tema as IST, e foi realizada no dia 01 de setembro de 2017. A organização do conteúdo se deu a partir de revisão de literatura sobre o tema, e foi apresentado na forma de uma palestra com estímulo ao diálogo constante com o público participante. Os assuntos tiveram foco na sexualidade, métodos de transmissão, sinais e sintomas, prevenção, consequências e tratamento. A temática foi motivada pela elevada taxa de prevalência de HIV/Aids entre a população prisional comparada à população em geral. Impacto: Por meio dessa vivência, pôde-se conhecer a realidade da população feminina carcerária do município. A maioria do público possuía um perfil jovem e baixo nível de escolaridade. Foi possível destacar o interesse das participantes diante dessa questão, bem como ficou evidenciada a escassez de conhecimento a respeito dos riscos que uma relação sexual desprotegida pode acarretar. Considerações finais: A experiência educativa sobre o tema das IST relatada pode ser resumida em uma palavra: gratidão. Foi perceptível o quão agradecidas as mulheres se apresentaram ao final da palestra. Esta experiência proporcionou um olhar mais humano e empático como profissional, diante de uma população carente de atenção e cuidados, a qual detém uma imagem muitas vezes camuflada pelo cotidiano, normalmente desassistida pelas ações de saúde pública e que correspondem a um dos principais grupos de risco para esse grupo de doenças, evidenciando assim a necessidade e a relevância da sua realização.   REFERÊNCIAS: 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.2. DEPEN. Departamento Penitenciário Nacional. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – INFOPEN – Dezembro 2014. Ministério da Justiça.

1545 Educação em saúde: uma revisão bibliográfica
Marcia Cavalcanti Raposo Lopes

Educação em saúde: uma revisão bibliográfica

Autores: Marcia Cavalcanti Raposo Lopes

Este estudo é parte de uma pesquisa maior que pretende problematizar como os ACS aprendem e qualificam suas práticas de educação em saúde. Com o intuito de definir melhor as bases e os objetivos do trabalho de educação em saúde e construir parâmetros para analisar tais práticas, este trabalho se propõe a investigar as discussões trazidas sobre o tema pela produção acadêmica dos últimos 5 anos (de 2012 a julho de 2016). Para tanto, foi feito um levantamento dos artigos da base de dados bibliográfica scielo a partir dos descritores “educação em saúde” e “educação e saúde”. Mesmo considerando que o tema da educação em saúde pode aparecer a partir de outros descritores, julgamos que o uso destes dois permitiu o levantamento de um conjunto significativo de artigos que propiciou atingir nossos objetivos. Consideramos também que, embora haja outras bases de dados importantes de artigos científicos, as revistas inseridas no scielo são representativas da produção na área. Menos do que percorrer toda a produção sobre o tema, nossa proposta se desenhou de forma a permitir uma aproximação com a forma como tem sido abordada a questão e como vem sendo definido o trabalho de educação em saúde. A partir dos objetivos propostos para o trabalho e de uma primeira leitura dos artigos, foram definidas quatro questões para a construção da análise dos artigos: 1) a relação do trabalho do ACS com a atividade de educação em saúde; 2) a forma como se desenvolve a discussão sobre educação em saúde e seu referencial teórico; 3) a relação da atividade de educação em saúde com  uma concepção de promoção de saúde; 4) a análise  do desenvolvimento da educação em saúde nos serviços. O estudo aponta claramente como a discussão da educação em saúde está enraizada na Atenção Básica. Cerca da metade dos artigos tratavam deste nível da atenção, sendo que o trabalhador ACS aparece na maior parte destes. Além disso, a partir da análise dos artigos foi possível perceber uma importante influência das discussões de Paulo Freire sobre o debate da educação em saúde, sendo que a Educação Popular em Saúde (EPS) é citada em quase um terço dos artigos selecionados. A importância de uma relação dialógica na atividade educativa, em contraposição a uma atitude mais vertical e autoritária dos educadores é ressaltada em grande parte dos artigos. Entretanto, quase todos os textos que analisam as práticas nos serviços de saúde apontam a dificuldade dos profissionais em construí-la. A prevenção de doenças e a promoção da saúde aparecem explicitamente como relacionadas a atividades de educação em saúde na ampla maioria dos artigos. Contudo, há muito pouca discussão crítica sobre o caráter normativo e autoritário das ações preventivas e quase nenhuma reflexão sobre as questões sócio-políticas que envolvem o conceito de promoção da saúde.

1626 Práticas de educação em saúde para o empoderamento da mulher no período da amamentação
Josimeire Cantanhêde de Deus, Adriana Dias Silva, Jackeline Félix de Souza, Daniela Ferreira Borba

Práticas de educação em saúde para o empoderamento da mulher no período da amamentação

Autores: Josimeire Cantanhêde de Deus, Adriana Dias Silva, Jackeline Félix de Souza, Daniela Ferreira Borba

Tema/Titulo: Práticas de educação em saúde para o empoderamento da mulher no período da amamentação Apresentação: Compreende uma proposta de intervenção elaborada durante a graduação em Enfermagem, na disciplina de Enfermagem, Educação e Saúde, em que a partir de evidências científicas foi possível detectar o crescente índice de desmame precoce. Frente a tais achados foram elaboradas ações de educação em saúde com o objetivo de melhorar a adesão ao aleitamento materno. Desenvolvimento do trabalho: a intervenção educativa foi desenvolvida para ser trabalhada com mulheres no período da lactação. Para a metodologia as seguintes etapas foram desenhadas: formar roda em formato de meia lua com até 20 mulheres entre gestantes e puérperas; demonstração do vídeo “Decote vs Amamentação em Público (Experimento Social)” apresentado no primeiro momento com intuito de suscitar a discussão sobre o preconceito existente na sociedade sobre o ato de amamentar, a erotização do corpo da mulher e as influências sociais na amamentação; para um segundo encontro, é necessário o uso de recorte de imagens, papéis e lápis, para a montagem de um álbum seriado. Este álbum será elaborado por todas as integrantes do grupo, e tem por objetivo a escolha de imagens ou a livre expressão para a representação da amamentação como algo doloroso, prazeroso, natural, erótico, vergonhoso. A partir disso, inicia-se uma discussão a cerca das diferentes escolhas que podem ser tomadas individualmente a respeito do tema, e por consequência constrói-se conhecimento sobre aceitação corporal, sexualidade, intercorrências mamárias, desmame precoce e influências culturais, sociais e familiares; neste momento também são utilizadas frases disparadoras para o constructo e a representação sobre amamentação. Para um terceiro encontro será utilizada uma boneca para que sejam trabalhadas questões como toque, sensibilidade, construção do vinculo, contato, pega, posicionamento e intercorrências como forma de apoiar as mulheres para o sucesso na amamentação. Ao final da intervenção serão distribuídos fluxogramas, cujo objetivo é compilar todas as informações repassadas ao grupo em tópicos breves, sucintos e esclarecedores, uma vez que a finalidade da proposta em si é emponderar esta mulher enquanto pessoa e no papel de mãe a enfrentar quaisquer influências externas e intercorrências que impeçam o aleitamento materno exclusivo com complementação alimentar após seis meses, bem como evitar o desmame precoce e o uso inadequado de chupetas e mamadeiras. Resultados e/ou impactos: espera-se que essa proposta de intervenção possa contribuir para a sensibilização de mulheres, e ao mesmo tempo apoio para o enfrentamento e empoderamento destas frente ao desmame e sua atuação na causa deste, não apenas no efeito, de modo que possam obter êxito no aleitamento e minimizar assim os efeitos do desmame. Considerações Finais: a proposta de intervenção poderá contribuir positivamente para diminuição dos índices de mortalidade infantil decorrente de doenças diarreicas e respiratórias, caracterizadas como preveníveis, e atuar na promoção da saúde na área da atenção primária integrando todos os componentes da equipe da Estratégia de Saúde da Família, ou seja, a equipe multiprofissional tem a oportunidade de atuar em conjunto para efetivação de um cuidado integral.

1550 RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR PARA LEIGOS: Conhecer para Aplicar
Indira Silva dos Santos, José Ricardo Ferreira da Fonseca, Tamiris Moraes Siqueira, Nayara da Costa de Souza, Naiara Ramos de Albuquerque, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Amanda Marinho da Silva

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR PARA LEIGOS: Conhecer para Aplicar

Autores: Indira Silva dos Santos, José Ricardo Ferreira da Fonseca, Tamiris Moraes Siqueira, Nayara da Costa de Souza, Naiara Ramos de Albuquerque, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Amanda Marinho da Silva

Apresentação:Umas das principais causas de mortes anualmente no Brasil e no mundo estão relacionadas às doenças cardiovasculares, em sua maioria as cardiopatias isquêmicas. O índice de óbito em ambiente extra – hospitalar chegam a 80% quando não há um reconhecimento dos sinais, sintomas e da gravidade em que se encontra. Essa falta de conhecimento além de diminuir a chance de sobrevida da vítima, pode ocasionar o atraso do atendimento especializado. Com isso nota – se a importância do atendimento precoce e adequado da parada cardiorrespiratória (PCR), aumentando a sobrevida de uma vítima que sofreu parada cardíaca. A participação da população leiga no atendimento à PCR configura fundamental importância, uma vez que grande parte delas ocorre em ambiente extra-hospitalar, como residências e em comunidade onde o acesso à profissionais é restrito, realidade de muitos interiores do Amazonas. Dados epidemiológicos nacionais apontam que, entre as doenças cardíacas, a insuficiência cardíaca e o infarto agudo do miocárdio foram as principais causas de morte em 2014. Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referem ainda que do total de mortes por doenças cardíacas 9,7% ocorreram no território nacional, representando um problema substancial de saúde pública. A principal causa de morte fora dos hospitais é a falta de atendimento e a segunda é o socorro inadequado. Os indivíduos morrem pois as pessoas não realizam nenhum procedimento ou realizam de maneira inadequada. O atendimento a uma vítima de mal súbito ou trauma, é denominado de Suporte Básico de Vida (SBV). Esse atendimento visa à manutenção dos sinais vitais e à preservação da vida da vítima, além de evitar o agravamento de lesões existentes, até que uma equipe especializada possa assumir o atendimento. Qualquer pessoa, sendo ela orientada com um treinamento de SBV, será capaz de agir corretamente perante a ocorrência de uma PCR contribuindo significativamente. Um estudo realizado na cidade de Campinas SP apresentou que o principal motivo dos leigos não realizarem a RCP são o desconhecimento do que fazer, dificuldade em compreender as diretrizes e não saber como chamar o Serviço Médico de Emergência (SME). Portanto, ao treinar a população leiga quanto ao rápido reconhecimento da PCR, o início imediato da RCP e acionar o SME aumenta significativamente a taxa de sobrevivência do indivíduo, mostrando que a atuação de um socorrista leigo é importante pois geralmente as RCPs ocorrem em local sem a presença de auxilio especializado. O público leigo deve ser capacitado de forma a tentar simplificar as diretrizes e fixar de forma sistemática as recomendações, para aplicar os conhecimentos quando necessário, sempre sendo orientados quanto à necessidade de acionar o Serviço Médico de Emergência, que é uma etapa frequentemente negligenciada devido à falta de informação ou nervosismo no momento da parada. Portanto, este trabalho trata-se um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, que tem por objetivo socializar a vivência em uma Atividade de Extensão Curricular (ACE), que foi criada para instruir pessoas leigas na realização da Ressuscitação cardiopulmonar, conforme os procedimentos e diretrizes da American Heart Association ( AHA) de 2015. Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo As atividades ocorreram no período de julho a dezembro de 2017, e contou com a participação de 10 acadêmicos de enfermagem e um tutor. Foram realizadas reuniões semanais, onde foi executado o treinamento com os alunos, tendo como base as diretrizes da American Heart Association de 2015. As ações de treinamento e instrução da população quanto a RCP de qualidade foram realizadas em pontos estratégicos da cidade de Manaus, em locais onde há grande fluxo de pessoas, para que se atingisse um grande número de transeuntes e uma melhor diversidade populacional. A cada ação, foi instalado um posto de referência com uma barraca contendo faixas, e todo suporte necessário, como bonecos para simulação realística, cadeiras, para melhor conforto ao público e banners. Os indivíduos participaram de forma vonluntária das ações tanto por meio de convites em redes sociais, quanto por espontaneidade e curiosidade ao ver a movimentação do grupo de acadêmicos no local. As conversas foram feitas em ciclos para melhor acomodar a comunidade, onde cada exposição tinha duração de 30 minutos. Em um primeiro momento foi perguntado aos participantes o que sabiam sobre a RCP e foi elencado a importância de ter este conhecimento. As estratégias de ensino escolhidas foram exposição dialogada, roda de conversa e simulação realística. Como recursos didáticos foi utilizado albúm seriado e folders contendo a cadeia de reanimação extra-hospitalar de forma simplificada. Para a avaliação das atividades os participantes foram convidados a responder um questionário contendo perguntas sobre o tema abordado, tendo também espaço para sugestões e críticas. Foi distribuído ao final de cada explanação marca textos com dicas importantes na realização de uma RCP. Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados no estudo O projeto alcançou cerca de 170 pessoas e esta experiência foi ímpar para os acadêmicos de enfermagem, que tiveram a oportunidade de participar desde a elaboração do projeto à sua concepção. O aprendizado foi necessário no diz respeito a se pensar em cada ponto específico, com uso de linguagem acessível, imagens autoexplicativas e o estudo de estratégias de ensino participativas em que o saber popular pudesse ser valorizado. Esta prática também incentivou os acadêmicos na readaptação das atividades e tarefas, buscando sempre a melhor forma de compreensão e aceitação do público. Pode-se comprovar que educação é uma importante ferramenta para promover a saúde e desenvolver estratégias de prevenção, tornando-se essencial disseminar pela população, informações que possam contribuir com a atuação nas situações de emergência. Além disso, investir na educação em primeiros socorros, entre eles a RCP, é uma maneira de minimizar os gastos na saúde pública, pois, com o atendimento imediato, lesões graves bem como os tratamentos de alto custo poderão ser evitados. Considerações Finais: A experiência relatada reafirma a importância que o enfermeiro tem no processo de educar, pois o horizonte da enfermagem, não se restringe somente a sujeitos em situação de doença, como se pode ver neste projeto. A educação é uma ferramenta essencial para a melhoria da qualidade de vida da população. Portanto, é necessário que esta competência seja valorizada e incentivada desde a formação acadêmica  de enfermagem.

1548 AÇÕES EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO
Indira Silva dos Santos, Nariani de Souza Galvão, Tamiris Moraes Siqueira, Nayara da Costa de Souza, Amanda Marinho da Silva, Aryanne Lira dos Santos Chaves

AÇÕES EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO

Autores: Indira Silva dos Santos, Nariani de Souza Galvão, Tamiris Moraes Siqueira, Nayara da Costa de Souza, Amanda Marinho da Silva, Aryanne Lira dos Santos Chaves

Apresentação: Uma das principais consequências que o paciente acamado é acometido, são as lesões de pele. Que surgem, em decorrência da combinação de vários fatores de risco, que propiciam a incidência dessas lesões. Dentre eles, destaca-se a idade avançada e a restrição no leito. A aplicação de medidas preventivas pode ser utilizada nesses pacientes, a fim de diminuir o surgimento das lesões de pele, principalmente as LPs. Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel, no EUA, a prevalência de LP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7%. Recentemente no Brasil, a prevalência de LP, afeta aproximadamente 9% de todos os pacientes hospitalizados, principalmente os idosos, e 19,1% a 23%, entre os pacientes acamados e em cuidados domiciliares. Estima-se que aproximadamente 600 mil pacientes em hospitais, evoluam a óbito a cada ano em decorrência de complicações secundárias à LP. Gerando altos custos para a instituição no tratamento de LP. Diante disso, torna-se necessário implementar ações educativas, relacionadas as medidas de prevenção das LP em pacientes acamados, tais como: cuidados com a pele, com a perda de urina e fezes, mobilização, posicionamento, alimentação e hidratação, dentre outros. Essas medidas requerem uma abordagem sistemática, iniciada com a avalição do paciente, considerando os riscos presentes e prosseguindo com a adoção das medidas preventivas apropriadas, envolvendo toda a equipe de saúde e os cuidadores responsáveis. O envolvimento do cuidador, seja ele familiar ou não, ajuda na prestação da assistência e aplicação das medidas de prevenção da LP. Mas, para que essa assistência ocorra de maneira correta, e sem interferência de ditos populares, que é comum devido o baixo nível de escolaridade e a fragilidade causada pela presença da doença do parente, no caso dos cuidadores familiares, é necessário, que o profissional de saúde repasse para esses cuidadores, orientações atualizadas e necessárias, sobre a prevenção de LP. Entretanto, o sistema público de assistência à saúde do país apresenta dificuldades para atender as demandas e não está devidamente preparado para assessorar os cuidadores. Acarretando dúvidas no cuidador, devido essa falta de comunicação e vínculo com o profissional de saúde. Sendo assim, faz-se necessário a introdução de educação em saúde sobre a prevenção de LP, nos cuidadores familiares ou não, bem como, a elaboração de manual, a fim de proporcionar e propagar informações sobre o tema, minimizando as lacunas encontradas. Diante do exposto, este trabalho trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem quanto ao Programa de Atividade Curricular de Extensão – PACE,  no âmbito da Educação em Saúde, cujo objetivo é socializar a experiência de  ações que visam a prevenção de Lesões por Pressão (LP) em uma instituição hospitalar de saúde. Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo: A experiência aconteceu no período de julho a dezembro de 2017, em um hospital universitário da cidade de Manaus, duas vezes na semana, nas enfermarias da Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Clínica  Neurológica e Clínica Ortopédica, cujo objetivos específicos foram: 1) Identificar o nível de conhecimento dos cuidadores familiares ou não, sobre conceito e as medidas de prevenção de LP; 2) Realizar atividades educativas, no ambiente de saúde, referentes a prevenção de LP; 3) Elaborar um manual educativo para os cuidadores de pacientes, com atividade e mobilidade prejudicadas, de modo a instrui-los sobre a prevenção adequada da LP. Para o alcance dessas propostas, os acadêmicos levaram atividades educativas sobre as medidas de prevenção da LP para servidores, cuidadores familiar e acompanhantes, dos pacientes internados nas dependências do hospital. Para as estratégias de ensino foram escolhidas exposição dialogada, rodas de conversas e composição de paródia sobre o tema. Como recursos didáticos foram utilizados projeção de vídeos e cartazes, um álbum seriado, elaboração e entrega de folders e manuais de prevenção de LP. Para a avaliação das atividade foi criado um questionário de satisfação e sugestões entregue ao final de cada abordagem nas enfermarias. Ao final da explanação, foi entregue para as pessoas que participaram da atividade brindes contendo hidratantes, como forma de estimular o cuidado e inspeção diária da pele.  O cronograma do projeto ocorreu na seguinte forma: em Julho ocorreu reuniões com os alunos do projeto para planejamento das atividades, em agosto foram realizadas aulas sobre Medidas Preventivas de LP e Elaboração dos folders, cartazes e manual sobre as medidas de prevenção de LP. De agosto à novembro foram realizadas as Atividades Educativas nas dependências do Hospital Universitário e  dezembro se deu a Avaliação das atividades e Elaboração do relatório final.     Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados no estudo: As atividades, durante os três meses, tiveram um alcance de 100 pessoas, sendo estas, acompanhantes, pacientes e servidores do hospital. A experiência vivenciada permitiu que acadêmicos de enfermagem elaborassem atividades de forma adequada e com linguagem acessível para o público, e a cada apresentação, pôde ser revisto quais as facilidades e dificuldades encontradas para a que os ouvintes pudessem assimilar cada vez melhor os conteúdos propostos pelos acadêmicos. Os acadêmicos também tiveram a oportunidade de aprender a reconhecer e respeitar o saber popular, pois quando este é entendido e associado com o saber científico, se torna mais fácil a adoção de novas condutas e atitudes, preservando a autonomia do cliente. Outro ponto a ser enfatizado foi a elaboração de ferramentas lúdicas para o aprendizado, como música (paródia) e álbum seriado, fato que tornou mais atraente as explanações para o público. Considerações finais: Para alcançar um nível adequado de saúde, as pessoas precisam saber identificar e satisfazer suas necessidades básicas. Devem ser capazes de adotar mudanças de comportamentos, práticas e atitudes, além de dispor dos meios necessários à operacionalização dessas mudanças. Neste sentido, a experiência de educação em saúde relatada pôde contribuir com os pacientes, acompanhantes e servidores na aquisição de autonomia  para identificar e utilizar as formas e os meios para preservar e melhorar a sua vida. Além disso, pode-se esclarecer sobre o conceito da LP, focando principalmente nas medidas de prevenção. Proporcionando também aos acadêmicos, a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre o tema, e aproximando-o mais da comunidade, com estratégias de ensino participativas.