57: Práticas educativas em saúde
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 01 Sala 02 - Açai    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1743 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO A SAÚDE DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Fernando Barbosa, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Marcos José Risuenho Brito Silva, Aliny Cristiany Costa Araújo, Regiane Camarão Farias, Diully Siqueira Monteiro, Giovana Karina Lima Rolim, Adriany da Silva Pereira

A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO A SAÚDE DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Fernando Barbosa, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Marcos José Risuenho Brito Silva, Aliny Cristiany Costa Araújo, Regiane Camarão Farias, Diully Siqueira Monteiro, Giovana Karina Lima Rolim, Adriany da Silva Pereira

Apresentação: Para Brasil (2016) no Brasil o câncer do colo de útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres e o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais incidente em mulheres brasileiras, no entanto esses tumores apresentam o maior potencial de cura e prevenção quando diagnosticados precocemente. Esses tipos de neoplasia ainda são problemas de saúde pública em países em desenvolvimento, como o Brasil, pois alcança altas taxas de prevalência e mortalidade em mulheres de extratos sociais e econômicos mais baixos. O estudo teve como objetivo informar aos usuários de uma ESF sobre os principais exames relacionados a prevenção de câncer de mama, colo de útero, ovários e útero Desenvolvimento do Trabalho: A ação ocorreu por meio de roda de conversa na sala de espera da ESF Pirajá, utilizando como tecnologia educativa folders e cartaz os quais traziam informações sobre os principais exames a serem realizados pelas mulheres (mamografia, PCCU, ultrassonografia pélvica e transvaginal). Resultados e/ou Impactos: Verificou-se que durante a conversa as mulheres percebem o exame de prevenção como uma forma de se cuidar. Algumas demonstravam preocupação e interesse em saber suas condições de saúde. Apesar de reconhecer, no entanto, a importância da prevenção e preservação da saúde como possibilidade de uma vida saudável, algumas mulheres disseram que às vezes em que buscaram assistência foi por apresentarem o aparecimento de sintomas, sendo que foi notável a participação de usuários do gênero masculino que efetuaram questionamento sobre os exames a fim de repassar, as informações adquiridas às mulheres com que convive. Considerações Finais: As tecnologias educativas e as trocas de informações são importantes complementos a promoção e prevenção a saúde, haja vista que por meio destes métodos as informações repassadas aos usuários são compreendidas de maneira mais efetiva. Além de que a educação em saúde deve estar inserida junto às ações de assistência integral e culminar na produção de saberes coletivos, propiciando ao indivíduo autonomia e capacidade de cuidar-se, cuidar de sua família e dos que estão ao seu redor.

3348 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) NA ADOLESCÊNCIA
Keila Cristina Félis, Iel Marciano de Moraes Filho, Tallyta Ribeiro Levergger, Rogério José José de Almeida, Rodrigo Marques Marques da Silva, Osmar Pereira Pereira dos Santos, Ricardo Cezar Cezar Ramalho, Thaynnara Nascimento Nascimento dos Santos

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) NA ADOLESCÊNCIA

Autores: Keila Cristina Félis, Iel Marciano de Moraes Filho, Tallyta Ribeiro Levergger, Rogério José José de Almeida, Rodrigo Marques Marques da Silva, Osmar Pereira Pereira dos Santos, Ricardo Cezar Cezar Ramalho, Thaynnara Nascimento Nascimento dos Santos

Introdução: A adolescência é uma fase da vida onde ocorrem transformações no corpo e há um despertar para o sexo na vida do indivíduo. Há necessidade de informações sobre essas mudanças, muitas vezes a família não aborda essa temática deixando o jovem em condição de vulnerabilidade exposto à contaminação das patologias do grupo de infecções sexualmente transmissíveis (IST). Os meios de comunicação como a televisão e a internet exercem influência marcante na vida sexual do adolescente, que tem se iniciado cada vez mais cedo. Com propagandas, músicas e programas dirigidos a essa faixa etária trazendo como conteúdo mensagens onde o sexo tem finalidade econômica e exploração com teor de sensacionalismo e vulgaridade, essa banalização da sexualidade dificulta as ações educativas e as estratégias que têm por objetivo resguardar os adolescentes para um desenvolvimento pleno de sua saúde por meio de promoção, proteção e prevenção da sua saúde, demonstrando a associação saudável de sexo a afetividade. A enfermagem inicia a prevenção ao contágio do HPV por meio das ações primárias na esfera da educação ao paciente adolescente. A maioria desses jovens já ouviu falar sobre HPV, porém, possui um conhecimento limitado à respeito do assunto em relação a transmissão do vírus, desenvolvimento da doença e as formas de prevenção. Sendo assim, as realizações de estratégias para orientação são importantes. Planejar e efetivar palestras nas escolas, podem minimizar o problema. O acesso à informação é essencial para diminuir gastos com o tratamento de doenças e pode salvar vidas. Objetivo: Apresentar a atuação da enfermagem para a prevenção ao contágio pelo HPV entre os adolescentes, esclarecendo formas de contágio e tratamento, prevenindo a infecção do papiloma vírus humano. Método: Esse estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica em periódicos publicados de 2007 a 2017.  Resultado: A vida sexual desses indivíduos tem tido seu início cada vez mais cedo. A temática sexo é explorada pelos meios de comunicação de modo equivocado com sensacionalismo e banalidade, dificultando as ações educativas. A contaminação pelo papiloma vírus humano tem acometido um número maior de adolescentes demonstrando que esse público demonstra desconhecimento sobre prevenção. Considerações Finais: Concluiu-se que por meio de ações educativas, a enfermagem poderá facultar ao adolescente as informações necessárias para se proteger e evitar o contágio, bem como prevenindo o desenvolvimento de patologias oriundas do HPV. A enfermagem, por meio de ações educativas ao adolescente terá uma relevante atuação na prevenção do contágio ao papiloma vírus humano, contribuindo para a saúde desse indivíduo.

1860 PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE SOBRE GÊNERO, SEXUALIDADE, DIREITOS HUMANOS, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.
Ednaldo Gomes barbosa Junior, Silene Nogueira de Oliveira Arantes, Tirza Almeida da Silva, Eduardo Jorge Sant´Ana Honorato, Sônia Maria Lemos, Darlisom Darlisom Sousa Ferreira

PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE SOBRE GÊNERO, SEXUALIDADE, DIREITOS HUMANOS, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.

Autores: Ednaldo Gomes barbosa Junior, Silene Nogueira de Oliveira Arantes, Tirza Almeida da Silva, Eduardo Jorge Sant´Ana Honorato, Sônia Maria Lemos, Darlisom Darlisom Sousa Ferreira

O presente relato de experiência é um trabalho de conclusão de curso da especialização Psicologia da Saúde, da Universidade do Estado do Amazonas. Levados a ampliar nossa capacidade reflexiva e observadora no que se trata de realidade social, constatamos a necessidade de discutir sexualidade, gênero, direitos humanos, álcool e outras drogas com universitários do curso de psicologia de um universidade privada de Manaus, visto que estes prestam serviços supervisionados à comunidade, e dentre as diversas demandas temos o atendimento à população usuária de substancias psicoativas e a população LGBT – Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis e aos usuários de álcool e outras drogas. Com o foco em práticas de educação em saúde, vislumbrou-se uma reflexão crítica sobre as temáticas, construindo o saber por meio do diálogo, baseado no repertório de experiências vividas por cada indivíduo e pelo conhecimento científico. Tivemos como objetivo preparar e ampliar multiplicadores, que tratem os temas propostos de maneira livre, sem tabus e preconceitos evitando ou potencializando o sofrimento psíquico dessas populações. A metodologia aplicada para o ciclo de oficinas foi a separação dos temas: Álcool e Outras Drogas e Sexualidade, Gênero e Direitos Humanos. Participaram das atividades todos os alunos do curso de psicologia dos 2º, 4º, 6º, 8º e 10º períodos, totalizando sete turmas. As oficinas aconteceram em 10 encontros, cada um com cerca de 2h30m de duração, com ação facilitadora de três psicólogos. Ao falar de sexualidade e gênero a aceitação aconteceu de forma gradual e rodeada de muitas expressões de surpresa, de espanto e de indignação. Houve expressões que velavam posicionamentos preconceituosos e de repudio. Percebeu-se a deficiência de vocabulário e de entendimento de muitos termos usados no atendimento à população LGBT. Nas oficinas de álcool e outras drogas, podemos ver de uma forma clara a não aceitação sobre o tema. Percebeu-se a falta de conhecimento de alguns alunos quanto as formas de tratamento disponíveis no Brasil e como orientar usuários, e pessoas que venham ter algum tipo de contato com alguma substância psicoativa no futuro. A participação dos alunos revelou um posicionamento empático, ou a tentativa deste. O termo incômodo se fez presente nas oficinas, quando se falava de comportamento sexual e identidade de gênero, as expressões físicas deixavam claro o quanto esse conteúdo trazia desconforto. Esse mesmo desconforto se fez presente também nos conteúdos de redução de danos e o uso de substâncias psicoativas. Ao final, foi perceptível que as oficinas trouxeram o empoderamento de um conhecimento construído entre os participantes através do saber científico e particular dos alunos. Isso resultou em uma nova postura frente à sociedade e há uma promessa na práxis, com base na desconstrução diária de ideologias, preconceitos e julgamentos, visando sempre a propagação do conhecimento e de novas maneiras de promover saúde.  

1874 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SEXUAL PARA ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Maria Carolina Ferreira Chan, Diego Ernandes Barbosa Guimarães, Karolaine Lima Souza, João Victor de Oliveira Cavalcante, Yasmin de Fatima Aragão Mano

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SEXUAL PARA ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Maria Carolina Ferreira Chan, Diego Ernandes Barbosa Guimarães, Karolaine Lima Souza, João Victor de Oliveira Cavalcante, Yasmin de Fatima Aragão Mano

APRESENTAÇÃO Diante da realidade endêmica de adolescentes grávidas e portadoras de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) em um bairro pobre da cidade de Boa Vista-RR, estudantes de Medicina, Enfermagem e Psicologia (cerca de 40 voluntários) iniciaram a campanha intitulada ADOLESCER, por intermédio da International Federation of Medical Students’ Associations of Brazil (IFMSA – Brazil) pelo Comitê Permanente em Saúde Sexual e Reprodutiva incluindo HIV/AIDS (SCORA) com o intuito de levar informações sobre saúde sexual à escola estadual Maria Sonia de Brito Oliva, localizada nesse bairro. O objetivo da campanha era explanar a necessidade de melhor preparar voluntários para ações em saúde sexual e deliberar sobre o problema estrutural da educação em saúde sexual.   DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO A campanha abordou cerca de 300 alunos entre 13 e 16 anos em rodas de conversa, durante as quais os voluntários passaram informações sociais (utilizando modelos de situações cotidianas para discussão) e biológicas (ensinando a utilizar preservativos) sobre saúde sexual e sexualidade, com o objetivo de criar vínculos e facilitar a comunicação. Durante a abordagem foram detectadas situações graves de bullying, histórico de violência doméstica, preconceito e pouco ou nenhum conhecimento sobre saúde sexual. Os alunos encontravam-se agitados e pouco concentrados e, em alguns casos, pouco interessados. Uma minoria se recusou a participar da ação, outros desejavam participar, porém se sentiam acuados pelos colegas.   RESULTADOS E/OU IMPACTOS Os voluntários perceberam a importância de melhor conhecer o público-alvo, otimizando a qualidade da informação transmitida, bem como a falta de conhecimento sobre sexualidade na comunidade atendida pela escola. Houve dificuldade para transmitir informações pela imaturidade e diferença de idade e de experiência de vida dos estudantes, além da necessidade de uma melhor capacitação para os voluntários saberem como acalmar o grupo, focar sua atenção e serem capazes de passar naturalidade e tranquilidade ao falar sobre sexo. CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação sexual ainda é um tabu em todos os níveis sociais, etários e instrutivos. Em uma roda de conversa com os voluntários da campanha e o Orientador, pôde-se observar uma falta de maturidade por parte dos próprios voluntários, pois ao serem indagados sobre suas respectivas vidas sexuais, houve reações similares (considerando as devidas proporções) às dos adolescentes. Dessa forma, fica claro que o problema da falta de educação sexual é estrutural e cultural, e apenas alguns encontros com esses adolescentes não resolvem problemas na educação que a família e a escola transmitem, muitas vezes de forma insuficiente.  

2099 EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRECIONADA À PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
Jhennifer Pereira Rodrigues, Georgeane Souza de Azevedo, Leticia de Santana Chaves, Vilma Regina Ferreira Rodrigues, Ana do Socorro Maia de Moraes

EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRECIONADA À PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO

Autores: Jhennifer Pereira Rodrigues, Georgeane Souza de Azevedo, Leticia de Santana Chaves, Vilma Regina Ferreira Rodrigues, Ana do Socorro Maia de Moraes

Apresentação: O câncer do colo de útero é o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres, sendo a infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) um dos fatores de riscos mais associado à progressão da patologia. O risco de desenvolvimento do câncer aumenta com o avançar da idade, com incidência a partir de 20 anos. Por sua vez, o exame Papanicolau ou PCCU é um meio de prevenção e controle da patologia em questão devido ser possível detectar células cancerígenas ou anormais. Com isso, o objetivo da pesquisa foi descrever a promoção de educação em saúde de mulheres em um Centro Saúde Escola relacionada à realização do exame PCCU como um meio de prevenir o câncer do colo de útero. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo relato de experiência realizado em um Centro Saúde Escola em Belém - PA por acadêmicas do curso de enfermagem. Foi adotada a metodologia da problematização de Charles Maguerez, que é dividida em cinco etapas: observação da realidade, pontos-chave norteadores da problemática encontrada, teorização, hipóteses de solução, e aplicação à realidade.O retorno foi realizado no mesmo local,consistindo na realização de uma palestra com a abordagem sobre o câncer do colo de útero e o exame PCCU como meio de prevenção, onde estavam presentes vinte e sete mulheres,sendo entregue às mesmas, folders feitos pelo INCA contendo a temática em questão.Resultados: As participantes durante a palestra interagiram entre si,algumas realizaram a leitura de determinadas partesdo conteúdo contido no folder, na qual, as dúvidas apresentadas foram esclarecidas. Dentre as mulheres presentes, algumas desconheciam as seguintes informações: as causas que podem levar ao desenvolvimento do câncer do colo de útero; que o exame PCCU é realizado para prevenir esta patologia; quando deveriam fazer o exame; retorno após a realização do exame para pegar o resultado na data estabelecida e levá-lo à consulta médica. A partir disso, durante a palestra, observou-se que as mulheres estavam satisfeitas com a temática abordada, compreenderam o conteúdo explanado e algumas pediram mais folder para entregá-lo aamigas e parentes para instruí-las acerca do conhecimento adquirido.Conclusão:Desse modo, foi possível orientar as mulheres presentes na ação através da educação em saúde quanto à importância da realização do examePCCU para prevenir o câncer do colo de útero, bem como o seu diagnóstico precoce. Além disso, a realização de uma educação em saúde com o tema proposto faz com que profissionais e clientes se aproximem e criem vínculo estabelecendo respectiva confiança, sendo um ganho quanto à prevenção e ao diagnóstico precoce desta patologia.

3388 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Isabele Pacheco Barros, Higor do Nascimento Pereira

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Isabele Pacheco Barros, Higor do Nascimento Pereira

Descrição da experiência: As políticas públicas destinam-se a coadjuvar para melhorias na qualidade de vida dos indivíduos, para que tais pessoas alcancem expectativa de vida maior e com melhor qualidade de saúde, proporcionando, portanto, um envelhecimento ativo e saudável. Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas durante atividade desenvolvida em um centro de convivência de idosos, localizado no município de Manaus, Amazonas. As atividades ocorreram através de cinco encontros durante os meses de agosto a setembro de 2017 no turno da manhã com os idosos, e houve  troca de experiências durante  a execução das ações com base nas temáticas estabelecidas pelos coordenadores do referido local. Diante disso, no intuito de disseminar informações referentes à saúde do idoso e compreender a realidade vivenciada por eles, foram realizadas rodas de conversa e palestras sobre os temas: hipertensão, diabetes, alimentação saudável, acidentes domésticos e sexualidade. Resultados alcançados: O centro de convivência foi uma área favorecida para estes encontros, por se tratar de um ambiente organizacional de relações favoráveis à promoção da saúde da melhor idade, que busca o estabelecimento de atividades que possibilitem uma educação contínua. Esta experiência permitiu a ampliação das ações desenvolvidas que visam a atenção integral da saúde do idoso e proporcionou a troca de conhecimentos com a participação do público alvo e os colaboradores. Considerações finais: As ações em saúde contribuem para reflexões e discussões no processo de ensino e aprendizagem entre o serviço de saúde, universidade e comunidade, assim como na capacitação dos profissionais que atuam nos cuidados a saúde do idoso e família, disseminando melhorias na qualidade de vida destes indivíduos.  

3405 OFICINAS COMO DISPOSITIVOS DE REFLEXÃO E MUDANÇA DAS PRÁTICAS COTIDIANAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Fernanda Vicenzi Pavan, Maria Ediléia Ribeiro da Silva

OFICINAS COMO DISPOSITIVOS DE REFLEXÃO E MUDANÇA DAS PRÁTICAS COTIDIANAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Autores: Fernanda Vicenzi Pavan, Maria Ediléia Ribeiro da Silva

Este trabalho caracteriza-se por um relato de experiencia com oficinas dialógicas no município de Timbó/ SC. As oficinas tiveram por objetivo a construção de conhecimento e melhora do processo de trabalho dos profissionais da atenção básica. Participam dessas oficinas, trabalhadores de 02 equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, e 01 equipe piloto de Estratégia de Saúde da Família. Esta proposta teve início no ano de 2016 após a realização de oficinas para a pesquisa de mestrado intitulada “Trabalho e produção de conhecimento em saúde no núcleo de apoio à saúde da família nos municípios do Médio Vale Do Itajaí/SC”, que objetivou compreender a relação entre o processo de trabalho e produção de conhecimento em saúde no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em municípios do Médio Vale do Itajaí/ SC. As oficinas realizadas na pesquisa possibilitaram reflexões críticas e proposição de ações que impactaram positivamente no processo de trabalho das equipes do NASF. No ano 2017 o NEPSHU do município de Timbó/SC e a referida pesquisadora iniciaram discussões, iniciando-se o planejamento de ações. Neste foram elencadas algumas prioridades, bem como selecionadas as equipes. As oficinas ocorreram separadamente com as equipes. Foi realizada uma oficina com uma equipe de estratégia de saúde da família, em que foi possível resgatar as histórias de vida e verificar conceitos e conhecimentos dos participantes. Na equipe do NASF foram realizadas duas oficinas, a primeira objetivando dessensibilização, acolhimento, resgate de histórias de vida e verificação de conceitos, conhecimentos e demandas dos profissionais com relação ao seu processo de trabalho. A partir dos conhecimentos e histórias observadas na primeira oficina, foi construída a segunda oficina “chão de palavras”. Nesta foram dispostas 30 palavras relacionadas aos assuntos trazidos pelos indivíduos sobre o processo de trabalho. Cada sujeito escolheu duas palavras. As palavras foram disparadoras dos diálogos e reflexões. As Oficinas possibilitaram a problematização, bem como reflexão crítica dos processos de trabalho das equipes nos seus contextos, possibilitando a produção do conhecimento como o acolhimento, a escuta qualificada, o vínculo, a coordenação do cuidado. Isto permite a utilização de meios mais criativos para resolução dos problemas cotidianos. O processo dialógico ocorrido nas oficinas também sensibilizou os participantes para um modelo de atenção voltado ao protagonismo dos sujeitos. Atender às recomendações descritas na Política de Atenção Básica só será possível se os profissionais envolvidos atuarem de maneira corresponsabilizada. Investir em momentos para (re) pensar o modo de agir cotidianamente, permite ao profissional olhar para si e sentir-se parte integrante do processo, o que favorece a corresponsabilização e a atenção integral ao usuário.

2117 EDUCAÇÃO EM SAÚDE RELACIONADA À GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jhennifer Pereira Rodrigues, ÁUREA EMANUELE ALMEIDA MACIEL, CÁSSIA HELENA MEDEIROS SOMBRA, PRISCILA VALENTIM FAVACHO, TAYNÁ CRISTINA SILVA SANTOS, IVANILDO PEREIRA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE RELACIONADA À GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Jhennifer Pereira Rodrigues, ÁUREA EMANUELE ALMEIDA MACIEL, CÁSSIA HELENA MEDEIROS SOMBRA, PRISCILA VALENTIM FAVACHO, TAYNÁ CRISTINA SILVA SANTOS, IVANILDO PEREIRA

Apresentação: A Organização Mundial da Saúde considera adolescentes os indivíduos na faixa etária dos 10 aos 20 anos. Para além de uma faixa etária, a adolescência passou a ser entendida segundo seu processo de desenvolvimento humano, marcadamente ancorado em fatores biológicos e psicossociais. A população adolescente representa atualmente 17,9% do total dos brasileiros com pouco mais de 34 milhões de pessoas. É na adolescência que a sexualidade se estrutura e assume seu papel definitivo. Desta forma, é precípuo ressaltar que o exercício da sexualidade de forma irresponsável e inconsequente acarreta conflitos e traz alterações nos projetos futuros de cada adolescente, resultando, muitas vezes, em situações de gravidez indesejada, aborto, Doenças Sexualmente Transmissíveis/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (DST/AIDS), abandono escolar e delinquência que, consequentemente, interferirão em sua saúde integral. Em 2011, no Brasil, tivemos 2.913.160 nascimentos; destes, 533.103 de meninas de 15 a 19 anos, e 27.785 de meninas de 10 a 14 anos, representando 18% e 0,9%, respectivamente, de adolescentes grávidas nesta faixa etária. As regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores índices, ou seja, ¼ dos nascimentos são de meninas menores de 19 anos, também com o maior percentual para gravidez em menores de 15 anos. Sendo que 546,5 nascidos vivos no ano de 2015 foram de mães adolescentes. Atualmente, 66% das gravidezes em adolescentes são indesejadas. A gravidez nesse período da vida por si só já é considerada de risco, pois há um grande aumento do risco de desproporção feto-pélvica, placenta prévia e complicações no parto e no puerpério, bem como o sofrimento fetal agudo intraparto. Dentre as complicações maternas mais descritas na gravidez precoce, foram: pré-eclampsia, eclampsia, HELLP, abortamento, doença hipertensiva da gestação, síndromes hemorrágicas, infecção urinária e rotura prematura, que podem levar à prematuridade fetal e ao baixo peso ao nascer, podendo levar a morte perinatal ou neonatal. Durante a prática do componente curricular Enfermagem Obstétrica em um hospital maternidade foi possível observar o grande número de adolescentes que deram entrada para parir, na qual, cerca de 40% das mulheres grávidas eram de adolescentes de 15 a 20 anos. Com isso, notou-se a necessidade de intervir junto aos adolescentes para que houvesse a conscientização em exercer a sexualidade de forma segura e consequentemente a diminuição do alto índice de gravidez precoce. Com o objetivo de garantir informações adequadas relacionadas à educação sexual e reprodutiva dos adolescentes. Assim como, sanar dúvidas e discutir vivências dos mesmos. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de um estudo qualitativo do tipo relato de experiência. Realizou-se uma ação educativa com o tema principal “Gravidez na Adolescência” em uma escola pública de ensino fundamental e médio do município de Belém-Pa com 28 adolescentes de 15 a 18 anos acompanhados por uma docente. A ação educativa ocorreu em três momentos: primeiramente, com as cadeiras dispostas em círculo, houve o acolhimento dos participantes com a apresentação de cada um, bem como do grupo de acadêmicos de enfermagem, na qual compreendeu em dizer seu nome e idade. O segundo momento abrangeu o tema de modo descontraído com a realização de um “Quebra-gelo” chamado de dinâmica da teia, onde é utilizado um fio que é jogado de pessoa a pessoa e o conhecimento ou opinião de determinado assunto é relatado para o grupo de participantes. Dito isso, os participantes da ação educativa deveriam falar sobre o que viria a mente quando falamos em gravidez na adolescência, abordando assim, o conhecimento prévio dos adolescentes sobre o tema. O terceiro momento culminou com uma “Roda de Conversa” utilizando como instrumento de apoio 10 imagens, que ilustravam situações que remetiam o assunto em questão, tais como: adolescente grávida, preservativos, ISTs, planejamento familiar, entre outras, norteando assim a discussão sobre cada uma delas, bem como o relato e discussão de vivências e dúvidas relacionadas ao tema e demonstração prática da utilização correta do preservativo. Resultados: A execução da ação educativa para os adolescentes se mostrou bastante positiva. Os mesmos participaram de todas as fases da ação e demonstraram ânimo em sua participação, assim como, ficaram muito atentos nos momentos em que suas dúvidas eram sanadas, como por exemplo, em relação à alteração de uso do anticoncepcional hormonal injetável para meninas que não se adaptaram a este método e na demonstração prática de como colocar corretamente as camisinhas masculina e feminina. A docente que estava presente na ação também participou espontaneamente de todas as dinâmicas, além de compartilhar com o grupo um pouco de sua própria experiência com a maternidade, comentando sofrer as dificuldades da mesma, apesar de sua gestação não ter sido precoce. Além disso, um dos momentos cruciais para o entendimento e alcance do objetivo foi durante a roda de conversa, na qual emergiu diversas vivências relatadas pelos participantes, onde através delas os adolescentes puderam socializar e notar o quanto é importante a prevenção de uma gravidez indesejada nesse período da vida, bem como suas consequências e dificuldades. A utilização de imagens que instigasse os adolescentes a pensar, descrever e formar uma opinião em relação ao assunto foi um dos pontos principais da ação educativa, pois assim o grupo poderia nortear a discussão colocando o conhecimento cientifico para os adolescentes de maneira clara e em forma de orientação e não de palestra. Dessa maneira, não houve constrangimento em discutir o tema em nenhum dos três momentos descritos. Considerações finais: Discutir sobre gravidez na adolescência é extremamente relevante para o Brasil já que, além de influenciar na questão de saúde pública, se relaciona com a questão social. Pois, a vida sexual de meninas e meninos está cada vez mais começando precocemente e quase sempre sem informações adequadas de prevenção, tanto de uma gravidez indesejada, quanto da prevenção de infeções sexualmente transmissíveis. O tema não é difícil de ser abordado, pois sempre se aprende um pouco através das experiências vivenciadas e diálogos que surgem em meio ao convivo social. No meio familiar, ainda observamos certa problemática, um tabu envolvendo o assunto. Muitas vezes, os pais veem seus filhos (as) como jovens demais para manter relações sexuais ou se sentem desorientados em como direcionar tal conversa, o que acaba facilitando a disseminação de teorias equivocadas, principalmente quanto ao modo de prevenção da gravidez. Assim, cabe aos profissionais de saúde aprimorar a escuta, fortalecer vínculos com o jovem, garantir acesso a informações e aos métodos contraceptivos, e promover ações educativas coletivas que auxiliem os adolescentes a lidarem com sua sexualidade, assim como, desenvolver o autocuidado. Diante de tais observações, avaliou-se que a utilização de uma educação em saúde com métodos recreativos na escola para adolescentes é extremamente produtiva no que desrespeito a orientações acerca da prevenção da gravidez na adolescência, de forma leve e menos formal como uma palestra. Confortados, sabemos que essas novas informações e conhecimentos serão disseminados para outros adolescentes através desses estudantes que participaram ativamente da ação educativa na escola.

2205 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VIVÊNCIA DE VOLUNTÁRIOS NA ASSOCIAÇÃO ACADÊMICA DA OPERAÇÃO SORRISO EM SANTARÉM/PARÁ
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Anna Carla Ferreira de Jesus, Ana Dirce Ferreira de Jesus

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VIVÊNCIA DE VOLUNTÁRIOS NA ASSOCIAÇÃO ACADÊMICA DA OPERAÇÃO SORRISO EM SANTARÉM/PARÁ

Autores: Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Anna Carla Ferreira de Jesus, Ana Dirce Ferreira de Jesus

Apresentação: A Associação Acadêmica da Operação Sorriso (OSCA) engloba cursos de Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Música, da Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Campus Santarém/Pará, e também o curso de Psicologia do Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES). Foi fundada em 12 de fevereiro de 2010, sendo esta uma entidade civil, de caráter acadêmico filantrópico, apartidária, não religiosa. articulando acadêmicos – voluntários de cursos que futuramente formaram a equipe multiprofissional. De acordo com preceitos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Operação Sorriso Brasil (OSB) dispõe de estrutura cirúrgica, equipe e suprimentos para a realização das cirurgias em lugares, como Norte e Nordeste brasileiro que não possui tratamentos especializados em lábio leporino e fenda palatina. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um discurso descritivo do tipo relato de experiência, ocorrido no ciclo 2016-2017, em Santarém-Pará. O ciclo termina com a missão cirúrgica realizada na cidade em uma determinada semana do ano, na qual a equipe da Operação Sorriso realiza as cirurgias gratuitas de lábios leporinos e fenda palatina. Para serem voluntários desse momento, os acadêmicos participam de ações desenvolvidas no decorrer do ciclo como forma de promover saúde e lazer a comunidades que tanto necessitam.  As atividades desse período, foram:  Ação de saúde e lazer na comunidade ribeirinha de Maripá; I dia do Oscano; Escolas e Assembléias. A cada intervenção participada, os discentes contabilizam pontos iguais. No final, para participar da missão, o voluntário que esteve em mais ações será escalado. Resultados e/ou impactos: O OSCA não visa somente a missão propriamente dita, mas também, tem como intuito levar à comunidades atividades, proporcionando apoio tanto relacionado a saúde, quanto ao lazer. Podem participar do projeto acadêmicos de qualquer semestre, o que possibilita contato direto com as regiões localizadas em Santarém. O voluntariado desde o início do curso, os coloca frente a realidade Amazônica, de pessoas necessitadas de atendimento, que residem em localidades afastadas e de difícil acesso. A ocorrência da associação acadêmica junto a Operação Sorriso Brasil permiti que as crianças que precisam fazer a cirurgia possam ser operadas na própria cidade, não tendo que se deslocar para grandes centros, visto que muitas não tem condições financeiras para isso. É muito impactante as mudanças e sonhos realizados que tanto as associações estudantis, quanto a Operação Sorriso Brasil propiciam a milhares de pessoas. Considerações Finais: Atividades voluntárias como essa são de grande relevância para a formação pessoal, profissional e da sociedade como um todo. É de grande contribuição a existência de projetos transformadores de vida, principalmente na Amazônia, que tanto necessita desse tipo de auxílio. Para os voluntários, organizações, familiares, é sempre renovador e inspirador participar e atuar em trabalhos como esse.

1767 EDUCAÇÃO E SAÚDE: UMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA NA PREVENÇÃO DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Nayanne Fernanda Silva Silva, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

EDUCAÇÃO E SAÚDE: UMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA NA PREVENÇÃO DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Autores: Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Nayanne Fernanda Silva Silva, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) configuração como uma ferramenta importante na construção e na produção de novos conceitos acerca de mudança de hábitos nocivos à saúde, como o consumo de drogas lícitas e ilícitas, que tem aumentado nos últimos anos. Esse comportamento causa preocupação, visto que, os usos de tais substâncias acarretam um grande problema na sociedade, traz consigo diversos prejuízos de ordem psicológica, nos relacionamentos interpessoais, convivência familiar e no trabalho, bem como concorre para o desenvolvimento de doenças crônicas graves. O álcool considerado drogas lícitas encontra-se presente em na maioria das ocorrências policiais, hospitalares e desagregação familiar, responsáveis por 8% das doenças crônicas no Brasil, 45% das violências entre casais e muitos acidentes e mortes no trânsito. O estudo tem como objetivo: Traça um perfil de usuário de álcool e outras drogas entre os participantes do Projeto Viva a Vida/UEPA na comunidade, bem como promover educação e saúde sobre a temática. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal com abordagem quantitativa, os voluntários da pesquisa foram os comunitários beneficiados com o Projeto Viva a vida/UEPA na comunidade, desenvolvido em 25 de agosto de 2017, no município Mojuí dos Campos, atendidos por discentes e docentes da universidade do estado do Pará – UEPA Campus XII. A coleta de dados se deu em dois momentos: o primeiro momento foi de aproximação através de uma roda de conversa, utilizando-se de uma dinâmica, na qual cada pessoa identificavam-se e expressavam uma qualidade que começasse com sua letra inicial. Logo após a interação, pediu-se para cada pessoa falar palavras as quais envolvessem a temática “Álcool e drogas”. Depois disso, abria – se um espaço para que pudessem se expressar, desabafar, falar sobre familiares, amigos e/ou conhecidos que fizessem uso. Os participantes que atendiam os critérios de inclusão, maiores de 18 anos e os manifestaram aceite através da assinatura de um termo de autorização de uso dos dados. A amostra foi de 49 participantes que respondeu um questionário validado pela Organização Mundial de Saúde ASSIST-OMS. Os dados coletados foram tabulados e analisados através software Excel®.  Resultados e/ou impactos: Através da análise de dados do questionário, foi obtido informações a respeito uso de álcool e outras drogas por parte dos participantes. Segundo os dados sociodemograficos entre as 29 (100%) pessoas que já fizeram o uso de alguma substância, 16 (55%) eram do sexo feminino e 13 (45%) do masculino, com faixas etárias de 13 a 72 anos.  Tendo como base a primeira pergunta do questionário, 29 (58%) dos entrevistados já fizeram o uso de algum tipo de droga e 21 (42%) nunca utilizaram qualquer tipo de substancia. Dentre essas substancias, o tipo mais utilizada é a bebida alcoólica no total de 27 (63%) pessoas, seguida por derivados do tabaco 12 (28%), maconha 2 (5%), cocaína; crack 1 (2%) e anfetaminas 1 (2%).  É importante enfatizar que, poderiam ser assinaladas mais de uma opção, 17 (59%) pessoas fizeram o uso de apenas uma substancia, 10 (35%) de duas, 1(3%) de três e 1(3%) de cinco substancias. A segunda pergunta do questionário que aborda a frequência da utilização das substancias nos últimos três meses, a resposta “1 ou 2 vezes” obteve maior quantidade relacionada a bebidas alcoólicas, respondida por 11(38%) dos entrevistados, segunda por derivados do tabaco com 2 (28%). A terceira faz alusão a dependência, o desejo de consumir drogas, a resposta “semanalmente” foi assinalada por 3(10%) dos participantes relacionado a bebidas alcoólicas, “diariamente ou quase todos os dias” por 2 (7%), “1 ou 2 vezes” para derivados do tabaco foram somente 2 (7%)pessoas. A quarta questão refere-se aos problemas causados pelas substancias químicas, seja em âmbito social, financeiro e de saúde, a resposta mais assinala foi “1 ou 2 vezes” referente a bebidas alcoólicas com 3(10%) e maconha com 2(7%). A quinta pergunta questiona sobre a mudança de comportamento, devido ao uso de drogas a pessoas começou a ter atitudes que não eram esperados por ela, com relação a bebidas alcoólicas, 4 (14%) pessoas responderam “1 ou 2 vezes”. A sexta, aborda a preocupação dos amigos e familiares quanto ao uso dessa substancias, a resposta “sim, nos últimos 3 meses” 6 (21%) pessoas marcaram para bebidas alcoólicas e 4 (14%) para derivados do tabaco. A sétima e última pergunta do questionário aborda a tentativa de parar ou diminuir o uso das drogas, 5 (18%) pessoas referente a bebidas alcoólicas responderem “sim, nos últimos 3 meses”. Considerações Finais: percebeu-se nesse estudo, que o consumo de álcool e outras drogas tem se tornado cada vez mais precoce, trazendo consigo prejuízos a longo prazo, concorre como potencial para o desenvolvimento de inúmeras doenças crônicas de elevados custos para o diagnóstico, tratamento e controle. Portanto há necessidade de intervenção em grupos familiares que vivenciam o problema com um dos seus integrantes. A necessidade de ações e grupos como esse, são relevantes em uma sociedade na qual o índice de danos a vida somente se eleva. Concomitante a isso, a educação em saúde é um instrumento de fundamental importância no que diz respeito a prevenção de hábitos de vida que prejudicam a saúde, uma vez que a mudança de comportamento passa por várias fases, tendo início com a sensibilização. Pode-se perceber que há a necessidade de ações mais efetivas, como a criação de um programa para orientação familiar de maior abrangência como massificação de informações contínua. Sendo também necessária a disponibilidade de acesso de uma ausculta sensível e especializada para ajudar as famílias a lidarem com os conflitos gerados a partir do uso de álcool e outras drogas. Como elenco, os projetos regionais que objetivam ações em bairros e comunidades próximas ao município com o intuito de multiplicar informações para a população sobre temas, são de muita relevância para a saúde pública, como forma de orientação e prevenção. A atividade foi de grande relevância por propor o diálogo sobre um assunto que ainda impacta negativamente a vida de milhares de brasileiros. A conscientização da população por parte dos acadêmicos, tem o objetivo de levar informação e auxílio aos familiares e amigos que se encontram vulneráveis a essa problemática.

1963 OFICINAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL E ALIMENTAR PARA ESCOLARES: UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Adilton Correa Gentil Filho, Beatriz Mella Soares Pessôa, João de João Oliveira Leitão Limeira, Thainá Mendonça Bentes, Rui Barroso Santos Neto, Bruno Mendes Tavares, Lorena do Nascimento Costa, Regismeire Viana Lima

OFICINAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL E ALIMENTAR PARA ESCOLARES: UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Adilton Correa Gentil Filho, Beatriz Mella Soares Pessôa, João de João Oliveira Leitão Limeira, Thainá Mendonça Bentes, Rui Barroso Santos Neto, Bruno Mendes Tavares, Lorena do Nascimento Costa, Regismeire Viana Lima

Apresentação: A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é um eixo estratégico da Política Nacional de Promoção da Saúde e deve ser uma prioridade no Estado do Amazonas, cuja população apresenta problemas nutricionais e tendências ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial sistêmica e obesidade. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi proporcionar a estudantes de uma escola pública da rede estadual de ensino, práticas educativas sobre temas referentes a educação alimentar e nutricional, a fim de estimular a discussão da temática dentro do ambiente escolar e auxiliá-los na reflexão de condutas e adoção de hábitos de vida mais saudáveis de vida. Desenvolvimento: As atividades foram realizadas por acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Amazonas, supervisionados por nutricionistas que atuam no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), sendo divididas em dois dias e tendo como público estudantes do ensino fundamental de uma escola pública Estadual de Manaus-AM. Durante as palestras, foram utilizadas metodologias ativas, como mapa conceitual e tempestade de ideias, tornando a exposição mais atrativa para os alunos. Objetivando descobrir o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto, antes do início da aula expositiva, distribuiu-se folhas de papel para desenharem os alimentos que mais consomem e uma cartolina para descreverem que alimentos consideram saudáveis ou não. A partir daí, iniciou-se a reflexão sobre a qualidade da alimentação a que eles estão se submetendo. A apresentação teórica utilizou slides, produtos alimentícios industrializados e sacos com diferentes quantidades de açúcar tendo como propósito ensinar os alunos a lerem os rótulos das embalagens, interpretar seus dados e relacionar as doenças discutidas com a má alimentação. Ao fim, um relato de experiência era feito por cada aluno, confirmando a relevância desse tipo de atividade. Os estudantes também foram orientados sobre preferir a refeição servida pela escola a trazer alimentos não saudáveis de casa, e conscientizados acerca do direito de alimentação saudável que os escolares possuem. Resultados: Por meio da avaliação do conhecimento teórico ao final das apresentações, foi possível verificar que os escolares compreenderam quais alimentos são saudáveis ou não, os benefícios de uma alimentação saudável, e muitas disseram que adeririam aos novos hábitos e transmitiriam o conhecimento à família. Foi possível constatar o interesse dos escolares pelo assunto através de perguntas e interação durante a atividade, incluindo um momento pertinente para discussão da alimentação escolar. Considerações finais:  A realização de atividades de EAN em ambiente escolar mostra-se de extrema importância, influenciando positivamente nas escolhas alimentares dos escolares que, entendendo cientificamente a importância da boa nutrição para a saúde dotam-se de argumentos para mudar seu ambiente e torná-lo mais saudável. O aprendizado é especialmente relevante quando estes estudantes se alimentam integralmente na escola, considerando que as doenças crônicas possuem progressão lenta e silenciosa e a adoção de hábitos alimentares saudáveis minimiza a ocorrência dessas doenças.

2613 Práticas de Educação em Saúde como estratégia de promoção à saúde de mulheres em um Centro Saúde Escola de Belém-Pa
ana kedma correa pinheiro, Ana Paula Rezendes de Oliveira, BRUNNA SUSEJ GUIMARÃES GOMES, Eliene do Socorro da Silva Santos, Gabriela Evelyn Rocha da Silva, Widson Davi Vaz de Matos, Samantha Modesto de Almeida, Jackline Leite de Oliveira

Práticas de Educação em Saúde como estratégia de promoção à saúde de mulheres em um Centro Saúde Escola de Belém-Pa

Autores: ana kedma correa pinheiro, Ana Paula Rezendes de Oliveira, BRUNNA SUSEJ GUIMARÃES GOMES, Eliene do Socorro da Silva Santos, Gabriela Evelyn Rocha da Silva, Widson Davi Vaz de Matos, Samantha Modesto de Almeida, Jackline Leite de Oliveira

APRESENTAÇÃO: A atenção à saúde da mulher no Brasil tem passado por diversas mudanças e se desvinculado da abordagem exclusivamente materno-infantil que anteriormente lhe era dirigida. A partir de ações impulsionadas pelo movimento feminista da década de 80, em 1984,com a criação do Programa de Assistência Integrada da Saúde da Mulher (PAISM), foi inserida uma nova abordagem à saúde da mulher, com enfoque na necessidade da mesma ser percebida e assistida em toda a sua singularidade, considerando seus aspectos biológicose suas outras dimensões (social, econômica, histórica, política e cultural). Outro acontecimento importante ocorreu em 2004, com a criação da “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher – Princípios e Diretrizes” (PNAISM), a qual incorporou o enfoque de gênero, a integralidade, a promoção da saúde e a busca pela consolidação dos avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, bem como a prevenção e o tratamento de mulheres vivendo com HIV/AIDS e das portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e de câncer, principalmente de mama e de colo de útero. No campo da atenção primária, os serviços direcionados à atenção saúde da mulher devem considerar todos esses aspectos e dispor de estratégias que consigam abrangersuas necessidades em consonância com esse novo olhar para a saúde feminina, que rompe definitivamente com a oferta de ações direcionadas apenas à gravidez e ao parto e inclui a valorização da autonomia, o que denota a importância de práticas de educação em saúde, com a possibilidade de lhes fornecer maior conhecimento e capacidade crítica, a fim de que isto possa contribuir com a manutenção de sua qualidade de vida. A educação em saúde relaciona-se a um novo modo de pensar e de operar, que deve responder às necessidades sociais dos indivíduos, por se tratar de um conjunto de saberes e práticas destinadas a prevenção das doenças e a promoção da saúde, que se somaà construção de saberes, os quais são intermediados pelos profissionais de saúde eatingem a vida cotidiana dos usuários, oferecendosubsídios para a adoção de novos hábitos de vida. A partir desse contexto e considerando a relevância do assunto, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de discentes de enfermagem ao realizarações de educação em saúde com mulheres durante as aulas práticas da disciplina de Enfermagem em Saúde da Mulher na Atenção Básica, em um Centro Saúde Escola de Belém- PA. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência de acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará – UEPA, ao realizar ações de educação em saúde com mulheres, no período de outubro a novembro de 2017, em um Centro Saúde Escola de Belém- PA. Essa unidade destina-se a realizar um conjunto de ações de saúde, que abrangem a promoção, proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e a manutenção da saúde epossui características organizacionais de policlínica, que inclui serviços de atenção básica e atenção especializada; oferece consultas médicas de rotina, consultas pediátricas, consultas ginecológicas, acompanhamento de pré-natal e puericultura, consulta de enfermagem, imunização, curativos, retirada de sutura, atendimento odontológico e psicológico, entre outros. As ações foram desenvolvidas durante o componente curricular Enfermagem em Saúde da Mulher na Atenção Básica, foram abordados três grupos distintos: mulheres que aguardavam a consulta de seus filhos no Programa de Crescimento e Desenvolvimento; mulheres que aguardavam a coleta de exame Preventivo do Câncer de Colo Uterino (PCCU); mulheres que aguardavam consulta de enfermagem no pré-natal.Utilizaram-se tecnologias leves e leve-duras, tais como folders explicativos, roda de conversa e comunicação oral. Na abordagem do primeiro grupo, buscou-se sensibilizá-las sobre a importância, por meio de informações e orientações quanto a uma alimentação adequada, ao auto exame de mama, exame do PCCU e planejamento familiar. Com segundo grupo de mulheres foi trabalhado o Exame PCCU,abrangendo os principais conceitos e as principais dúvidas referentes ao procedimento. Já na ação realizada com o terceiro grupo, abordou-se as mulheres grávidas em diferentes trimestres para conversa sobre o puerpério, enfatizando os cuidados preconizados neste período. RESULTADOS E IMPACTOS: Na primeira atividade realizada pelas acadêmicas, foi possível identificar, através dos relatos de algumas mães, que a maiorianão realizava algumas consultas e exames necessários e que não utilizavam nenhum tipo de método contraceptivo de barreira, especialmente durante a amamentação. Quando discorrido sobre a relevância da realização anual do exame PCCU, analisou-se que algumas estavam com seus exames atrasados e outra parcela menor realizava o procedimento de rastreamento no período correto.Foi possível sensibilizá-las sobre a importância do autocuidado para a manutenção da saúde.Quanto ao segundo grupo trabalhado nas ações de educação em saúde, notou-se atenção e interesse das mulheres pelo assunto abordado, surgiram várias dúvidas e questionamentos por parte das mesmas, os quais foram sanados, bem como uma satisfatória interação entre elas e as acadêmicas de enfermagem. As principais indagações foram relacionadas à necessidade da realização do exame por mulheres histerectomizadas e as que não possuem mais vida sexual ativa, devido à possibilidade de desconforto durante a coleta. Foi elencada a necessidade de retornar a unidade a fim de receber o resultado e encaminhá-lo para avaliação do médico ginecologista, devido relatos de que parte das participantes não são acolhidas de modo efetivo por alguns dos profissionais médicos, sendo essa uma das principais justificativas das mesmas de apenas realizarem o exame ou se dirigirem a outras unidades. Algumas consideraram a ocasião oportuna para aprenderem um pouco mais sobre seu corpo e os respectivos cuidados com sua saúde e sugeriram que momentos como esse pudessem ocorrer diariamente no CSE. Ao final da atividade, elas conseguiram repetir as informações repassadas. Em relação às mulheres abordadas no terceiro momento, observou-se que estas possuíam dúvidas sobre os cuidados no puerpério e pós- aborto, pois fizeram vários questionamentos que foram prontamente explicitados. Pontuou-se a autonomia da mulher no uso de métodos contraceptivos e a importância da dupla proteção.CONSIDERAÇÕES FINAIS:Através das experiências vivenciadas, foi possível notar a contribuição de ações de educação em saúde no estabelecimento do cuidado dentro da atenção primária. Tais vivências se fortificam como algo imprescindível no âmbito da academia, no qual futuros profissionais estão sendo formados e podem ter a oportunidade de conhecer melhoro papel do enfermeiro como protagonista do cuidar, através de diversas ações, dentre elas, as educativas, por meio do incentivo ao autocuidado e a procura do serviço pela população de forma preventiva, evitando possíveis complicações por causas, na maioria das vezes, evitáveis. Desta forma, ressalta-se que a promoção à saúde e a prevenção de agravos devem estar presentem na atenção prestada a todos os grupos populacionais, não somente as mulheres, sendo fator fundamental no estabelecimento de uma assistência de qualidade.

2332 EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM RODA DE CONVERSA: EXPERIÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DO EMPODERAMENTO DOS USUÁRIOS QUE FAZEM CONTROLE DA TUBERCULOSE EM UMA UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE EM BELÉM-PARÁ
Crislen de Melo Conceição, Dayana de Nazaré Antunes Fernandes, Stelacelly Coelho Toscano de Brito, Heliton Matos da Silva, Jéssica da Silva Pandolfi

EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM RODA DE CONVERSA: EXPERIÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DO EMPODERAMENTO DOS USUÁRIOS QUE FAZEM CONTROLE DA TUBERCULOSE EM UMA UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE EM BELÉM-PARÁ

Autores: Crislen de Melo Conceição, Dayana de Nazaré Antunes Fernandes, Stelacelly Coelho Toscano de Brito, Heliton Matos da Silva, Jéssica da Silva Pandolfi

APRESENTAÇÃO: A Tuberculose (Tb) é considerada um sério problema de saúde pública no Brasil, o que intensifica a necessidade da atuação de profissionais capacitados como mecanismo para a erradicação da doença. Nesse ínterim, a equipe de enfermagem é uma das principais bases do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) implantado no Brasil para direcionar a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir disso, a atribuição da Atenção Básica é de ser responsável pelo acompanhamento e controle da doença, no tratamento e prevenção, desenvolvendo estratégias para que a cadeia de transmissão seja interrompida e haja êxito no tratamento, como a partir da Educação em Saúde. Para isso, as ações educativas devem estar alicerçadas na integralidade do cuidado, construindo vínculo e comunicação entre usuários, sociedade e profissionais da saúde. Dessa forma, não só os usuários que fazem controle de Tb como também seus familiares passam a ter maior conhecimento sobre a doença, uma vez que essa está ligada a preconceitos e paradigmas que podem interferir diretamente na vida pessoal do cliente, assim como também nas suas relações interpessoais; nessa questão, possibilita-se a involução da saúde mental, caso o usuário não seja corretamente orientado. Sendo assim, é crucial a implantação de metodologias ativas, como a roda de conversa, a qual proporciona um espaço mais confortável para que todos os participantes sejam protagonistas daquele momento e sanem suas principais dúvidas, considerados mitos ou verdades, oportunizando à população a troca de conhecimentos alicerçado na descontração e ludicidade. Diante disso, o OBJETIVO é de explanar a experiência de desenvolvimento de Educação em Saúde em roda de conversa sobre os principais mitos e verdades da Tuberculose para usuários de uma Unidade Municipal de Saúde de Belém-Pará a fim de possibilitar maior controle e prevenção da doença. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por docente e discentes da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, durante aulas práticas e Estágio Vivencial da Atividade Curricular Atenção Integral à Saúde do Adulto e Idoso (AISAI). A atividade foi desenvolvida no auditório da Unidade Municipal de Saúde do bairro do Guamá em Belém-PA no mês de agosto de 2017 durante o período vespertino. Para o desenvolvimento da ação os usuários e seus familiares foram convidados verbalmente e por meio de um convite escrito quando compareceram para fazer o Tratamento Diretamente Observado (TDO) na unidade municipal. Desta forma, os discentes elaboraram um planejamento, tendo como base referencial a leitura de artigos sobre Tb, atividades lúdicas e perfil do público alvo, sendo formado um cronograma, orçamento e resultados esperados para melhor estruturar o plano de ação. Assim, a ação educativa iniciou-se com a organização de todos os participantes em uma roda de conversa e acolhimento com a apresentação dos membros e explicação da atividade. A partir disso, realizou-se o quebra gelo “O perfume, a rosa e bomba”, adaptado da internet, em que foram apresentados aos participantes 3 desenhos (perfume, rosa e bomba) passados pelas mãos de todos; cada participante foi incentivado a dizer o que desejava celebrar, comprometer-se e detonar em sua vida, naquele momento, quando as figuras do perfume, rosa e bomba, respectivamente, estavam em suas mãos. Após isso, deu-se continuidade com a dinâmica “Mitos e verdades sobre a Tb” em que os discentes apresentaram afirmativas sobre a doença e os partícipes discerniram por meio da apresentação de papel cartão de cor vermelha ou verde correspondentes a resposta de ser mito ou verdade, respectivamente. Essas afirmativas estavam relacionadas à importância do tratamento, formas de prevenção e meios de transmissão. Assim, os participantes foram instigados a dizer o porquê de suas respostas e as assertivas eram colocadas em dois quadros feitos de cartolina, um para mito e outro para verdade, a fim de se ter uma visão geral dos resultados colhidos. Como encerramento, a docente e os discentes agradeceram a ocasião e oportunizaram aos outros componentes um espaço para explanarem algo a respeito da ação. Enfim, foi realizado um momento de descontração e harmonização com a distribuição de lanches. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: O planejamento da ação garantiu maior solidez para o seu desenvolvimento, visto que permitiu a adequação de cada atividade à realidade do público alvo. Sendo assim, com o acolhimento inicial, percebeu-se a maior aproximação dos discentes e docente junto aos convidados, o que viabilizou o desenrolar da ação com a maior participação de todos de forma ativa. A dinâmica inicial permitiu o melhor conhecimento dos partícipes uma vez que se evidenciaram expectativas sobre suas vidas durante o tratamento de tuberculose; nessa atividade, os usuários restringiram suas respostas à perspectiva da melhora da saúde para retomar às suas práticas cotidianas sem restrições ou medos. Nesse ínterim, os usuários foram acolhidos pelos discentes com instruções sobre a doença e necessidade do tratamento adequado e criterioso, sendo reforçadas essas informações durante o andamento da dinâmica seguinte. Tal dinâmica reforçou aos usuários e seus familiares desmistificação de ideias relacionadas à Tb, principalmente quanto às formas de transmissão que foi tida como um dos maiores receios relativos à doença. Durante esta atividade, os convidados mostraram-se participativos e comunicativos, acertaram a maior parte dos mitos e verdades, e indagaram que as dúvidas foram mais frequentes quando descobriram a doença e relataram situações que ocorreram com eles, como afastamento de familiares e isolamento por medo da transmissão, separação de objetos de uso pessoal de forma extremada e, até mesmo, concepção de ser uma doença incurável. Ainda nesse momento, uma convidada relatou que o seu pai se isolou muito quando descobriu a doença e que desde então não era tão comunicativo e sorridente como estava durante as dinâmicas, ficando emocionada e grata com o resultado da ação. O diálogo da roda de conversa foi simplificado pelas dinâmicas mais descontraídas e obteve, então, feedback positivo da Educação em Saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ação sistematizada por metodologias ativas possibilitou aos usuários e seus familiares a mudança de atitudes e comportamentos individuais por meio da desmistificação de concepções, mediante o compartilhamento de conhecimento dos profissionais, discentes e convidados na roda de conversa. Nesse contexto, corrobora-se a importância da família no acompanhamento dos usuários que fazem o TDO, visto que contribuem para a adesão ao tratamento, assim como para a prevenção e controle da Tb. Aos acadêmicos, a atividade ratifica a importância do papel do enfermeiro como mediador do processo de Educação em Saúde, sendo tal imprescindível para maior aproximação do profissional à população, garantindo melhor resolutividade na adesão ao tratamento e controle da doença por meio da propagação de saberes. Além disso, esta metodologia proporciona o desenvolvimento de um olhar holístico dos discentes para com a sociedade, a fim de se garantir o desdobramento da assistência em saúde mais humanizada.

1973 DIABETES MELLITUS COMO FOCO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: EXPERIÊNCIA DE ABORDAGEM LÚDICA
Crislen de Melo Conceição, Dayana de Nazaré Antunes Fernandes, Geyse Aline Rodrigues Dias, Heliton Matos da Silva, Jéssica da Silva Pandolfi

DIABETES MELLITUS COMO FOCO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: EXPERIÊNCIA DE ABORDAGEM LÚDICA

Autores: Crislen de Melo Conceição, Dayana de Nazaré Antunes Fernandes, Geyse Aline Rodrigues Dias, Heliton Matos da Silva, Jéssica da Silva Pandolfi

APRESENTAÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, popularmente conhecida como “açúcar” no sangue devido às alterações da intolerância celular à glicose, diminuição da produção de insulina ou pela ação ineficaz desta. Embora muito discutida em meios midiáticos, esta doença ainda é um persistente problema de saúde pública que implica no aumento da mortalidade, principalmente, por problemas microvasculares, alterações da funcionalidade de órgãos, podendo gerar complicações como a retinopatia diabética e, posteriormente, cegueira. Além disso, o DM provoca repercussões não só biológicas como também psicossociais que impactam diretamente dos clientes, sendo essencial o esclarecimento e desmistificação de paradigmas relacionados à doença a fim de garantir prevenção e controle. Dessa maneira, percebe-se a relevância de ações de Educação em Saúde voltadas à temática da patologia, contribuindo assim para o empoderamento da população de tal forma que os indivíduos se atentem para cuidar da própria saúde ao saber e entender os motivos pelos quais devem manter uma alimentação saudável, não exagerando no consumo do açúcar e outros carboidratos, por exemplo. Essas orientações que são, inclusive, repassadas pela sabedoria empírica, podem ser transformadas em novos saberes quando se dialoga com os agentes presentes nas práticas educativas, principalmente, quando se utilizam recursos lúdicos que facilitam a compressão de todos os fatores relativos ao DM. Desse modo, o OBJETIVO é de relatar experiência de elaboração de ação educativa com abordagem de recursos lúdicos, acerca do Diabetes Mellitus, suas complicações e formas de prevenção em uma Unidade Municipal de Saúde. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por estudantes da Universidade Federal do Pará, vinculados à docente responsável pela atividade curricular Processos Educativos em Enfermagem I, em que se realizou ação educativa acerca do Diabetes Mellitus e sua complicação, a retinopatia diabética, desenvolvida nas dependências físicas de uma Unidade Municipal de Saúde da periferia de Belém-Pará. O público que estava na unidade foi acolhido pelos discentes durante breve apresentação na sala de espera da unidade; em seguida, iniciou-se a explanação a partir de questionamentos sobre o que compreendiam por DM, seus fatores de risco e como tal afeta o organismo. Diante disso, os discentes expuseram suas contribuições sobre a doença e elementos associados. Posteriormente, explicou-se sobre a dinâmica preparada pelo grupo de acadêmicos, denominada: “Caixinha do Devo ou Não devo”, a qual consistiu em utilizar de uma caixa atrativa com fotos de alimentos como batata-doce, verduras, bolo de chocolate, arroz com feijão, peixe, cereais e biscoitos recheados em seu interior; os usuários foram instigados a retirar as imagens, mostrar ao restante do público e proferir suas opiniões sobre dever ou não se alimentar daquilo. Assim, os alunos explicavam a importância do alimento e o motivo pelo qual é recomendado ou não sua ingestão, orientando sobre a relação entre o tipo de nutrição ingerida e alteração de níveis glicêmicos, alertando também para ideia de que a dieta não cura o diabetes, no entanto, melhora a qualidade de vida do indivíduo e previne a patologia, somada à adesão de atividades físicas regulares em práticas cotidianas. Em seguida, realizou-se explanação sobre a retinopatia diabética; para tanto, usou-se do recurso lúdico maquete, simbolizando o olho humano, com retina e vasos sanguíneos representados com barbantes, a fim de demonstrar que o excesso de açúcar no sangue gera substâncias que se acumulam nos vasos do órgão visual, podendo assim obstruí-los e causar sérios danos, cuja consequência é a cegueira. Por fim foi repassada aos usuários uma imagem colada em papelão de um indivíduo com retinopatia diabética e como ele enxerga, explicando que o primeiro sinal é uma visão “borrada”, até a perda da visão total, havendo necessidade de prevenção por meio do controle da glicemia. Por fim, a ação educativa foi encerrada com agradecimentos dos discentes aos usuários pela atenção e contribuição para o desenvolvimento da atividade. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Pelos recursos metodológicos aplicados foi possível alcançar com êxito a troca de conhecimentos com o público da unidade de saúde acerca do DM, na medida em que compreenderam a importância da alimentação saudável no controle da glicemia, que se revelou quando, através da dinâmica com a caixa, os usuários explanaram sobre o alimento retirado, compartilhando de saberes sobre a relação entre o alimento e como pode interferir no desenvolvimento da patologia, sincretizando também de experiências sobre o que fazem no cotidiano para prevenir o diabetes. Além disso, o uso da maquete representativa do olho humano permitiu a facilitação da adesão do conhecimento a respeito de como se desenvolve a retinopatia diabética, uma vez que os usuários atentaram-se para a explicação e expuseram suas dúvidas já que muitos tinham conhecidos que foram acometidos pela complicação. Assim, a partir do esclarecimento das dúvidas pelos discentes, percebeu-se o entendimento mais simplificado dos usuários que expressaram satisfação por declarações feitas aos próprios acadêmicos, haja vista que não comumente são orientados a cerca da doença apesar de sua abrangência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência possibilitou perceber que ações de Educação em Saúde, utilizando-se de recursos lúdicos, influenciam de forma positiva na construção e compartilhamento de conhecimentos sobre o Diabetes Mellitus, visto que promovem não só a maior adesão dos usuários de saúde a querer conhecer e compreender sobre o que é tal patologia e como se previne, como também facilita o entendimento do desenvolvimento de suas complicações, a exemplo da retinopatia diabética. O uso dos recursos escolhidos foi apropriado para a explanação do tema, visto que possibilitou também o exercício mental de como se relaciona alimentação e diabetes de forma lúdica e descontraída, garantindo que o público pudesse entender mais sobre o tema abordado a fim de possibilitar a aderência de hábitos de vida, como alimentação saudável, perda de peso e prática de atividades físicas. Além disso, ratifica-se a relevância de se abordar na Educação em Saúde a patologia referida, visto que a mesma ainda prossegue como problema de saúde pública que tanto afeta o indivíduo em dimensões biopsicossociais. Logo, aos acadêmicos a experiência corrobora para a formação profissional, pois reafirmar o papel da Enfermagem para o processo de empoderamento da população a cerca de doenças recorrentes como o DM, possibilitando melhora na qualidade de vida.