58: As tecnologias do cuidado em ato na educação em saúde
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 01 Sala 03 - Araça-Boi    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
801 "Jogo do vetor da leishmaniose" , uma ferramenta para a aprendizagem significativa
taiana barbosa de souza, Juliana Arena Galhardo, Akilah Daher Alves Fernandes Pires

"Jogo do vetor da leishmaniose" , uma ferramenta para a aprendizagem significativa

Autores: taiana barbosa de souza, Juliana Arena Galhardo, Akilah Daher Alves Fernandes Pires

Apresentação:No Brasil, a importância da leishmaniose visceral (LV)reside não somente na sua alta incidência e ampla distribuição, mas também na possibilidade de assumir formas graves e letais quando associada ao quadro de má nutrição e infecções concomitantes. A crescente urbanização da doença ocorrida nos últimos 20 anos coloca em pauta a discussão sobre as estratégias de controle empregadas e que influenciaram no processo de expansão e urbanização dos focos da doença. Em nosso país a LV é causada por protozoários tripanosomatídeos da espécie Leishmania infantum e depende de transmissão por vetores biológicos, os flebotomíneos.  Estes vetores têm hábitos crepusculares e noturno, podendo ser encontrados intra e peri domicílios e em abrigos de animais domésticos. Na área urbana, o cão (Canis lupus familiaris) é a principal fonte de infecção, sendo que, no Brasil, duas espécies de vetores estão relacionadas com a transmissão da LV, a Lutzomyia longipalpis e a Lutzomyia cruzi, a primeira amplamente distribuída no território nacional e a última comprovadamente  vetora em áreas específicas dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os métodos disponíveis para o diagnóstico e tratamento não apresentaram a eficácia e aplicabilidade desejadas, embora avanços promissores tenham sido alcançados com as pesquisas de novos testes diagnósticos e drogas terapêuticas. As medidas de controle da doença até agora implementadas foram incapazes de interromper a transmissão e impedir a ocorrência de novas epidemiase a expansão da doença para novas áreas. Dessa maneira, é válido ressaltar que entre 2010 até a Semana Epidemiológica (SE) 52 de 2016, foram confirmados 1.463 casos de LV só em Mato Grosso do Sul, e 104 óbitos, distribuídos em 21 municípios do Estado, sendo que, o maior número de casos foi registrado em Campo Grande, seguido por Três Lagoas, Corumbá e Coxim.Além disso, segundo o Projeto de Pesquisa 'Geoepidemiologia da leishmaniose visceral em Campo Grande-MS: uso de geotecnologias aplicadas ao planejamento estratégico para controle de leishmaniose visceral humana e canina no contexto do SUS' de 2007 a 2011 foram observados casos de leishmaniose visceral em pessoas de todas as regiões urbanas de Campo Grande – MS, sendo notificados 632 casos de leishmaniose visceral humana, com média de 126,4 casos/ano neste município.Diante disso,a educação em saúde para a prevenção da LV é uma iniciativa de extrema importância para áreas endêmicas, algo que é feito em Campo Grande-MS por meio do Projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul “ LeishNão!".Este que é desenvolvido desde 2013 em escolas e outras instituições da região, sendo que na maioria das ações, é perceptível a falta de conhecimento da população em geral sobre a LV, os métodos de prevenção e controle da doença. Nas escolas onde o projeto já é realizado com frequência, tanto os colaboradores quanto os estudantes já têm os conhecimentos básicos e aí reside um desafio o de criar continuamente novas atividades e gerar novos conhecimentos para os parceiros perenes. Para tanto, o tabuleiro sobre a leishmaniose intitulado “Jogo do Vetor da Leishmaniose” foi desenvolvido com o intuito de trabalhar sobre esta doença de uma maneira lúdica e divertida. Diante disso, esta ferramenta pode ser utilizada durante ações que busquem trabalhar este assunto como em ambientes escolares para que a população desde cedo tenha contato com informações que lhe ajude ase prevenir de doenças como aLV,afinal, considera-se a participação social impressindível para o controle de enfermidades como a previamente citada. O jogo tem como objetivo principal a educação em saúde sobre o tema daleishmaniose, desde suas causas à sua prevenção.Por se tratar de um jogo, o aprendizado por parte do jogador/usuário foi estabelecido por meio da metodologia ativa,isto ao valorizar o conhecimento da comunidade, porporcionando meios para que ela se empodere sobre assuntos que muitas vezes acabam por ser negligenciados nas grades curriculares das escolas devido a grande demanda de conteúdo a ser trabalhado.Algo que vai de encontro com os principios do SUS – Sistema unico de saúde- pois ele valoriza a participação social em aspectos referentes a saúde como pode-se comprovar  no artigo 7°da lei 8.080/90 que versa sobre os pilares que o regem. Neste aspecto a universidade, por meio dos projetos de extensão como o LeishNão, procura intermediar o contato intra e extra muros entre a academia e a população com a finalidade de auxiliar em aspectos carentes de atenção como no caso previamente citado.  Desenvolvimento do trabalho: A presente invenção se refere a um jogo pedagógico e recreativo de tabuleiro com um  número de registro “BR10 2017 009896” da patente que já se encontra depositada. Elefoi desenvolvido por uma aluna de graduação participante à época do projeto de extensão LeishNão e contém um tabuleiro com desenho impresso em sua face superior com uma trilha ou caminho dividido por 69 casas em alto relevo, a ser percorrida pelos jogadores, contém dois grupos de seis cartas, sendo que cada grupo apresenta cores distintas entre si (vermelha e verde), um grupo de carta apresenta uma determinação de caráter punitivo (vermelha) e o outro grupo de carta apresenta uma determinação de caráter bonificador (verde), contém um dado com seis faces, numerados de um a seis, e contém 12 peças em formato piramidal de cores diferentes entre si, sendo que o jogo pode ser disputado com no mínimo dois jogadores e máximo de 12. O vencedor será o jogador que conseguir chegar primeiro ao final da trilha, ou seja, ultrapassar a última casa. O jogo do vetor da leishmaniosefoi utilizado em ações do projeto previamente citado, mostrando a eficácia de sua aplicabilidadepor meio da prática pedagógica que valoriza a educação em saúde. Resultados e/ou impactos:É nítido o impacto positivo do LeishNão sobre os conhecimentos das pessoas após as ações. Pode-se perceber através da aplicação do jogo que os participantes das ações do projeto vivenciaram a aprendizagem significativa ao se desenvolverem tanto social quando em relação a aspectos cognitivos. No mais,assuntos muitas vezes negligenciados na grade curricular das escolas foram trabalhados de uma maneira lúdica e divertida, auxiliando na formações dos participantes com intuito de que ocorra uma mudança de postura, mesmo que futura, em relação ao vetor da LV. Algo que poderia ocasionar, pelo menos, na diminuição dos casos de pessoas doentes por LV.Considerações finais: Esta ferramenta pode ser utilizada durante ações que busquem disseminar o tema leishmaniose principalmente para crianças, mas nada impede que outros públicos usufluam desta invenção. Sendo que por se tratar de um jogo, o aprendizado por parte do jogador/usuário é estabelecida de uma maneira ativa, lúdica e divertida diretamente relacionada com a participação social com a finalidade de que a comunidade tenha contato com informações que lhe ajude em relação à prevenção da LV, indo de acordo com os princípios do sistema de saúde que nos resguarda (SUS). Além disso, os participantes tiveram a oportunidade de construir conhecimentos ao desestabilizar o que sabiam previamente agregando novas informações, tendo assim a oportunidade de formar um senso crítico sobre a temática trabalhada. Isto com o intuito de que comessem a agir em prol, por exemplo, do controle do vetor da leishmaniose que foi o foco deste trabalho.

803 VAMOS FALAR SOBRE PARIR? EXPERIÊNCIA DE RODA DE CONVERSA COM GESTANTES EM RECIFE-PE.
Francisco Jaime Rodrigues de Lima Filho, Francisco Jaime Rodrigues de Lima Filho, Maria Isabelle Barbosa da Silva Brito, Maria Isabelle Barbosa da Silva Brito, Leila Karina de Novaes Pires Ribeiro, Leila Karina de Novaes Pires Ribeiro

VAMOS FALAR SOBRE PARIR? EXPERIÊNCIA DE RODA DE CONVERSA COM GESTANTES EM RECIFE-PE.

Autores: Francisco Jaime Rodrigues de Lima Filho, Francisco Jaime Rodrigues de Lima Filho, Maria Isabelle Barbosa da Silva Brito, Maria Isabelle Barbosa da Silva Brito, Leila Karina de Novaes Pires Ribeiro, Leila Karina de Novaes Pires Ribeiro

A gestação configura-se como um período de dúvidas para as gestantes, principalmente no que diz respeito ao momento de dar à luz e a qual tipo de parto escolher, desse modo, repercutindo nas experiências vivenciadas pelas mulheres. Nesse sentido, o presente resumo tem como objetivo descrever a experiência de educação em saúde sobre trabalho de parto desenvolvida com gestantes da cidade de Recife-PE. A narrativa dos acontecimentos desse relato acompanha as vivências de dois residentes em Saúde Coletiva acolhidos pela capital pernambucana e que foram convidados por uma instituição que presta serviços aos trabalhadores do comércio e a comunidade em geral, para conduzirem um encontro do grupo de gestantes mantido pela mesma. Optou-se por organizar o momento de educação em saúde no formato de roda de conversa, para isso, as gestantes sentaram em cadeiras organizadas em círculo. Deu-se início ao momento indagando as gestantes os seus nomes, suas gestações prévias e seus anseios com relação ao momento do parto. Em seguida, procedeu-se a exibição de um vídeo informativo a respeito do trabalho de parto, as formas de dar a luz e os direitos que são garantidos as gestantes nesse momento. Posterior a isso, a fim de facilitar a condução do encontro, utilizou-se apresentação de slides com perguntas norteadoras acerca de como identificar o trabalho de parto, como proceder nessa situação e quais as atitudes que podem facilitar o processo de parir. Verificou-se unanimidade entre as gestantes sobre a escolha pelo parto normal; os anseios relatados relacionavam-se a expectativas com relação as dores sentidas e a recuperação após o trabalho de parto. A escolha pela estratégia de roda de conversa mostrou-se eficaz justamente por propiciar a troca de experiências entre as gestantes, já que, as mesmas foram elevadas ao nível de sujeito, tendo os seus saberes considerados como essenciais no processo ensino-aprendizagem de todo o grupo. Assim, foi possível perceber uma intensa participação das gestantes durante a realização da atividade educativa. Aquelas mulheres que já haviam parido anteriormente puderam contribuir com as suas vivências, contando aquilo que sentiram e como agiram em determinadas situações. Assim, foi possível perceber uma intensa participação das gestantes durante a realização da atividade educativa demonstrada através da interação e interesse do grupo em expressar suas sensações. Conclui-se com o presente relato, que tal estratégia educativa configura-se como ferramenta valiosa no que tange aos aspectos relacionados às experiências vivenciadas em coletividade. O método adotado possibilitou a quebra de processos educativos formais que levam em consideração apenas os saberes dos profissionais de saúde, colocando-os no centro do procedimento. As gestantes tiveram a oportunidade de contribuir com a discussão, participando ativamente do processo educativo dos seus pares. A organização circular e a atitude dos facilitadores ao mostrarem-se no mesmo nível das mulheres, criaram um ambiente propício para a troca de saberes entre os envolvidos, que refletiu de maneira significativa na satisfação das gestantes, que verbalizaram terem gostado da estratégia utilizada, do mesmo modo que informaram terem sanado dúvidas referentes à temática abordada.

1094 SUPER TARDE: A PRÁTICA DO EXERCICIO FÍSICO POR HIPERTENSOS PERTENCENTE AO PROGRAMA HIPERDIA
Widson Davi Vaz de Matos, Jeane Miranda Serrão, Weverson Oliveira Silva, Daniele Rodrigues Silva, Vanessa Silva Santos, Ana Kedma Pinheiro, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Camila Cristina Girard Santos

SUPER TARDE: A PRÁTICA DO EXERCICIO FÍSICO POR HIPERTENSOS PERTENCENTE AO PROGRAMA HIPERDIA

Autores: Widson Davi Vaz de Matos, Jeane Miranda Serrão, Weverson Oliveira Silva, Daniele Rodrigues Silva, Vanessa Silva Santos, Ana Kedma Pinheiro, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Camila Cristina Girard Santos

Apresentação: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) se comporta como importante fator de risco para doenças como aterosclerose e trombose, que se exteriorizam predominantemente por acometimento cerebral, renal, vascular e cardíaco, sendo este ultima a primeira causa de morte no Brasil1. Estudos realizados em 2016 apontaram que atualmente o Brasil possui 17 milhões de indivíduos com hipertensão e faz uma projeção que até o período de 2025 deverá crescer 80% em número de hipertensos, considerando assim, um importante problema de saúde publica2. Neste contexto considera-se a atividade física como ferramenta fundamental para o controle da pressão arterial3. Com isso o objetivo deste trabalho foi realizar uma intervenção de cunho educativo direcionada aos participantes do Programa Hiperdia, orientando sobre os cuidados com a pressão arterial bem como a importância da atividade física no controle da hipertensão. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado pelos acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) durante estágio curricular no eixo de Enfermagem comunitária em um Centro de Saúde em Belém-Pa. O publico alvo foram os clientes hipertensos, em acompanhamento no programa Hiperdia no referido centro. Com a colaboração da Enfermeira, Nutricionista e do Educador físico, iniciou-se uma atividade educativa através de uma roda de conversa, tendo a participação de 23 usuários do grupo que expuseram suas experiências e vivencias enquanto portador dessa patologia. Em seguida, os acadêmicos e profissionais relataram sobre a importância da prática da atividade física como fator condicionante para o tratamento não farmacológico em pacientes hipertensos. Posteriormente, realizou-se uma caminhada com o grupo presente, demonstrando através do educador físico qual a melhor maneira de praticar este exercício de maneira saudável. Na ocasião, foi oferecido um lanche a base de materiais integrais como forma de demonstração de uma alimentação adequada e saudável para os membros do grupo. Resultados e/ou impactos: diante da ação realizada, identificamos um grupo de 15 pessoas que não faziam a prática da atividade física de maneira regular por não conhecerem a série de benefícios da caminhada. Bem como surgiram várias duvidas a respeito da hipertensão relacionada a alimentação e as mais variadas maneiras do seu controle que foram sanadas durante a ação. Considerações finais: Percebemos que apesar dos estudos comprovarem os benefícios da prática de exercício físico como tratamento não farmacológico em indivíduos hipertensos, ainda é considerável o número de pessoas que não fazem o uso dessa prática. Concluímos que, o incentivo à realização de atividade física através da ação desenvolvida trouxe aos clientes portadores de hipertensão diversos pontos positivos, como melhoria na qualidade de vida e de saúde, integração social com outros membros e com os profissionais envolvidos, além da percepção por parte dos mesmos dos benefícios da atividade física e da mudança de estilo de vida.

1095 A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Widson Davi Vaz de Matos, JEANE MIRANDA SERRÃO, Eliene do socorro da Silva Santos, weverson Oliveira Silva, Camila Cristina Girard, Vanessa silva santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia Oliveira Ribeiro

A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Widson Davi Vaz de Matos, JEANE MIRANDA SERRÃO, Eliene do socorro da Silva Santos, weverson Oliveira Silva, Camila Cristina Girard, Vanessa silva santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia Oliveira Ribeiro

Apresentação: A campanha Novembro azul, promovida no brasil pelo instituto Lado a Lado pela vida, desde 2012 busca alertar em parceria com outras entidades sobre o câncer de próstata e estimular o rastreamento precoce da neoplasia, que se comporta como um dos mais comuns entre os homens no Brasil, com registro de 70,54 casos novos a cada cem mil indivíduos. A idade é o único fator de risco bem definido, com cerca de 64% dos casos diagnosticados ocorrendo em homens com 65 anos ou mais. Historia familiar, cor da pele, estilos de vida tipo de alimentação também entram como fatores associados a incidência da neoplasia. Em 2014 foi a segunda causa de mortalidade por neoplasia no sexo masculino, com 14,06 óbitos por cem mil homens, atrás apenas do câncer de pulmão, com 16, 12 óbitos a cada cem mil homens. Diante disso, nosso trabalho teve como objetivo orientar sobre a prevenção e rastreio do câncer de próstata. Desenvolvimento do trabalho: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado pelos acadêmicos do 5º ano do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) durante o estágio supervisionado no eixo de Enfermagem Comunitária, em uma Unidade Municipal de Saúde em Belém-Pa. O público-alvo foram homens que aguardavam, na sala de espera, consulta com clínico geral da referida Unidade. A ação teve início com uma roda de conversa seguida da discussão do tema, com auxílio de folders e banner que continham informações pertinentes sobre o câncer de próstata, como: conceito, sinais e sintomas, diagnósticos, tratamento. Para finalizar a exposição realizamos uma dinâmica envolvendo perguntas e respostas para avaliarmos o grau de compreensão dos 30 participantes que possuíam idades de 40 a 65 anos. Resultados: 61% (19/30) dos participantes relataram não possuir conhecimento sobre o que era o câncer de próstata. 77% (23/30) relataram a não realização de exames de rastreio do câncer de próstata nos últimos 5 anos.  Após a ação, notou-se maior conhecimento sobre a temática abordada e a importância da realização do exame como maneira preventiva ao câncer de próstata. Considerações finais: Com isso, percebe-se a importância da realização de educação em saúde através de acadêmicos e profissionais da área, com o intuito de sensibilizar a população e prevenir o agravo do câncer de próstata.      

1102 USO DE TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÃO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE: EXPERIÊNCIA UNIVERSITÁRIA EM UMA RÁDIO COMUNITÁRIA DE MANAUS
Daniele Moura Vinente, Ana Katia Pires Bandeira, Glenda de Oliveira Bandeira, Fabiana Sarmando Soares, Maria do Livramento Coelho Prata, Milaine Nunes Gomes Vasconcelos, Erica Patricia Azevedo Souza, Edinilza Ribeiro dos Santos

USO DE TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÃO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE: EXPERIÊNCIA UNIVERSITÁRIA EM UMA RÁDIO COMUNITÁRIA DE MANAUS

Autores: Daniele Moura Vinente, Ana Katia Pires Bandeira, Glenda de Oliveira Bandeira, Fabiana Sarmando Soares, Maria do Livramento Coelho Prata, Milaine Nunes Gomes Vasconcelos, Erica Patricia Azevedo Souza, Edinilza Ribeiro dos Santos

INTRODUÇÃO. A Radiodifusão Comunitária foi criada pela Lei Nº 9.612/98 e regulamentada por Decreto (nº 2.615, de 3 de junho de 1998) e Portaria (nº 4334, de 17 de setembro de 2015) subsequentes. Uma Rádio Comunitária caracteriza-se por uma frequência modulada de baixa potência e de cobertura restrita; é outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação de serviços. Sua finalidade é o atendimento à comunidade onde está inserida, visando a difusão de ideias, de elementos culturais (tradições e hábitos sociais da comunidade), a promoção e integração da comunidade (lazer, cultura, convívio social), a prestação de serviços de utilidade pública e outros benefícios para a comunidade. A Rádio Comunitária “A Voz das Comunidades 87,9 FM”, situada no bairro Armando Mendes e seu alcance abrange as zonas Norte e Leste de Manaus.  Essa emissora surgiu como resposta à necessidade de levar melhores condições de vidas às famílias menos favorecidas residentes nos bairros do entorno ao bairro Amazonino Mendes, ou seja, lideranças comunitárias identificaram que era necessário um meio de comunicação de para incentivar os moradores destas áreas a lutarem por seus direitos; para ser um espaço das comunidades e associações divulgarem suas atividades; para estimular, especialmente através da música, o lazer, o convívio social dentro da cultura Amazônica; para ser também um meio de prestação de serviços de utilidades pública, para que fossem atendidas as necessidades da população. Cabe também destacar que “A Voz das Comunidades 87,9 FM” foi a primeira rádio comunitária legalizada no Brasil (15 de julho de 2001). Consideradas a finalidade e abrangência da Rádio Comunitária “A Voz das Comunidades 87,9 FM”, há três anos (2014-2017) docentes e discentes da Universidade do Estado do Amazonas, com apoio do Programa de Extensão Universitária (PROGEX/UEA), apresentam um Programa de Promoção de Saúde com o nome de “A ONDA É TER SAÚDE”. Entendendo Promoção de Saúde no sentido proposto na Política Nacional de Promoção da Saúde, isto é, a capacidade de fomentar iniciativas e desenvolver ações que estimulem a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis, abordando temas relativos às condições determinantes de saúde e doenças, ajudando a população com informações relativas ao desenvolvimento e manutenção de comportamentos saudáveis ao longo da vida. OBJETIVO. Relatar a experiência do programa “a onda é ter saúde” em uma Rádio Comunitária de Manaus com informações centradas na promoção de saúde. MÉTODO. É um relato de experiência. Semanalmente, na Rádio Comunitária “A Voz das Comunidades 87,9 FM”, é apresentado ao vivo o programa “a onda é ter saúde”. Fases da implantação: (1) elaboração de projeto (2) submissão e aprovação em instâncias internas da Universidade (PROGEX/UEA), (3) submissão e aprovação no âmbito da diretoria da Rádio Comunitária, (4) capacitação de docentes e discentes para uso de tecnologias de comunicação de massa (rádio), (5) implementação. Etapas de execução dos programas: (1) elaboração de um cronograma temático semestralmente, (2) agenda e convite de especialistas dos respectivos temas, sempre que possível (professores Universidade ou de outras instituições), (3) estudo e aprofundamento de cada tema, com formulação de perguntas, (4) elaboração de um roteiro para uma hora apresentação. Temas mais abordados: saúde da mulher, prevenção de doenças transmissíveis (dengue, zika, parasitoses, outras doenças), manutenção da saúde (saúde mental, atividade física, alimentação saudável), prevenção de DCNT (danos causados pelo tabagismo, alcoolismo e uso de outras drogas), promoção da cultura da paz (violência em geral, violência doméstica, violência conta a mulher), meio ambiente (destino adequado dos resíduos sólidos). Estratégias utilizadas (formato do programa): (1) uso de música previamente selecionada, (2) apresentação do tema e do especialista convidado, (3) estímulo à participação dos ouvintes com perguntas e comentários. RESULTADOS. Docentes e discentes envolvidas na condução dos programas destacam os seguintes aspectos resultantes da trajetória até a presente fase de implementação do projeto: (1) conhecimento das condições de vida de populações que vivem em áreas de vulnerabilidade social (2) integração de saberes entre academia e lideranças comunitárias, (3) conhecimento e uso de tecnologia da comunicação para dialogar sobre saúde com comunidades, (4) feedback positivo dos ouvintes (com perguntas ao vivo durante o programa e por meio de comentários nas mídias sociais como facebook e whatsapp). Além disso, discentes envolvidos com o desenvolvimento do projeto afirmam que “a rádio tem a capacidade de levar informações para diversos tipos de pessoas e fazer com que elas passem a olhar de maneira diferente para o meio em que se vivem”; que se “tornou mais participativa, agindo de maneira mais positiva, firme e estabelecendo relações interpessoais com discussões sobre assuntos ambientais, de saúde ou sociais”; além disso, “a experiência trouxe a necessidade de importar-se mais com os problemas da população”. Estes resultados confirmam que as tecnologias de comunicação são em geral valiosos instrumentos de intervenção em saúde. Educação em saúde, através das mídias, pode levar as pessoas ao empoderamento relacionado ao autocuidado, à tomada de decisão sobre o meio ambiente onde vivem e trabalham, ao controle social das políticas públicas (saúde, transporte, saneamento básico, lazer, habitação, educação). Por meio da rádio comunitária “A Voz das Comunidades 87,9 FM” a Universidade do Estado do Amazonas, em parceria com o “Movimento Comunitário pela Cidadania (MOCOCI), vem nos últimos três anos promovendo o diálogo com a comunidade sobre os determinantes do processo saúde e doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Os resultados corroboram com o papel social da Universidade, de produção e aplicação de conhecimento na e com a comunidade. Por se tratar de uma Rádio Comunitária (cuja finalidade é servir à comunidade onde está inserida), é possível avançar em questões relativas ao controle social no setor saúde e no incentivo ao controle individual e coletivo da saúde (empoderamento).

1208 DESAFIO DA PREVENÇÃO DA DENGUE, ZICA E FEBRE CHIKUNGUNYA NO ÂMBITO ESCOLAR: GINCANA ESTADUAL ESTUDANTIL #TCHÊSOMEAEDES
MILENE ALMEIDA RIBAS, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Katieli Santos de Lima, Nathália Arnoldi Silveira, Naiara Riani Marques da Silva, Tamara Cristiane Batista

DESAFIO DA PREVENÇÃO DA DENGUE, ZICA E FEBRE CHIKUNGUNYA NO ÂMBITO ESCOLAR: GINCANA ESTADUAL ESTUDANTIL #TCHÊSOMEAEDES

Autores: MILENE ALMEIDA RIBAS, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Katieli Santos de Lima, Nathália Arnoldi Silveira, Naiara Riani Marques da Silva, Tamara Cristiane Batista

IntroduçãoConsiderando-se que  o Programa Saúde na Escola – PSE tem o objetivo de proporcionar à escola, uma atenção básica que garanta a saúde integral das crianças e adolescentes, a Acessoria do Programa de Saúde Escolar do Rio Grande do Sul elaborou a Gincana Estadual Estudantil “TchêSomeAedes!”. Este desafio proposto às escolas estaduais do ensino médio teve como proposta combater o mosquito Aedes aegypti e a prevenção às doenças associadas a esse vetor como a Dengue, a Zica e a febre Chikungunya. Dengue é atualmente a arbovirose com maior repercussão em saúde pública no mundo. Está doença tem reemergido em grande magnitude nos países, onde dois ou mais sorotipos do vírus da dengue circulam. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de casos da doença ocorre a cada ano, em média, levando a 500 mil hospitalizações e mais de 20 mil óbitos. A Gincana Estadual Estudantil foi voltada aos educandos da Rede Escolar de Ensino Público do Estado do Rio Grande do Sul e esta iniciativa objetiva originar ações que promovam o combate ao mosquito Aedes aegypti e suas consequências, principalmente a Dengue, a Zica e a Chikungunya. A Gincana Estadual Estudantil teve como objetivo principal, tornar a participação dos estudantes um exercício de cidadania, pois atuaram como agentes multiplicadores das medidas preventivas contra a Dengue, Zika e Chikungunya, promovendo assim a conscientização dos alunos da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Rio Grande do Sul, sobre o combate ao mosquito. A definição de uma política municipal de educação em saúde, especialmente se pautada pelos princípios da educação popular, tem o papel importante de induzir novas práticas nos serviços de saúde, propiciando uma valorização do saber popular e do usuário, fazendo ver aos profissionais o caráter educativo das ações de saúde, facilitando a participação de importantes atores sociais da comunidade no processo de construção da saúde. Descrição da experiência A gincana foi uma proposta do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Secretaria de Estado da Educação e da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com as Coordenadorias Regionais de Educação do estado. No município de Tupanciretã teve a parceria com o Centro de Atendimento ao Educando (CAE Tupanciretã/RS) e com a Universidade de Cruz Alta, curso de Fisioterapia. As escolas que participaram da gincana tinham que inscrever até 1 equipe, com 10 alunos, sendo 5 meninos e 5 meninas e um professor orientador para coordenar a equipe. Para fazer parte da equipe o aluno deveria estar matriculado e ser frequente na escola. As equipes podiam mobilizar toda a escola e a comunidade para ajudar nas provas. A proposta da gincana foi de envolver os alunos durante todo o semestre escolar em várias ações, como: - a criação e atualização de um blog, onde foi postado os resultados das tarefas propostas em cada atividade, com fotos, vídeos, textos e materiais criados pelos alunos; - projeto reciclagem de pneus, visando retirar o máximo de pneus possível do meio ambiente e podendo realizar decoração ecológica com pneus usados; - arrecadação de garrafas PETs, que foram doadas para confecção de vassouras ecológicas ou outros materiais relacionados. No dia 31 de maio de 2017, conhecido como Dia D da prevenção, aconteceu a etapa final, no Ginásio de esportes de Tupanciretã. Reuniram-se estudantes da rede pública local e da região, comunidade em geral e as equipes finalistas da gincana. Diversas provas foram realizadas: -melhor nome da equipe e slogan mais criativo; melhor grito de guerra; torcida mais animada; avaliação do projeto mascote, que foi proposto e no qual os alunos deveriam confeccionar seu mascote com material reciclável; show de talentos, com declamação de poesias e paródias musicais; corrida do saco e pesagem dos materiais  não perecíveis que foram arrecadados pelos alunos. Neste dia participaram uma população em torno de 300 pessoas: alunos da rede pública, Grupo Gestor Municipal (GGM/SPE), Grupo Gestor Estadual e comunidade em geral. Todas as intervenções e atividades foram coordenadas por profissionais da Saúde e Educação e, acadêmicos da Universidade de Cruz Alta, do curso de Fisioterapia. Foram premiadas duas equipes, com os seguintes critérios de avaliação das provas: - 1º critério: harmonia ao tema “Prevenção à Dengue, Zika e Chikungunya”; - 2º Critério: qualidade do conteúdo e 3º Critério: criatividade, originalidade. A premiação foram "Kits de material esportivo", contendo vários equipamentos para a prática de atividades físicas na escola, como: colchão esportivo para salto, pesos, bolas de futsal, volêi, basquete e handebol, mesas de tênis, jogos de xadrez entre outros. Impactos A Gincana Estadual Estudantil “#TchêSomeAedes!” envolveu crianças e adolescentes, seus professores e toda a comunidade escolar. É sabido o poder dos jovens na sensibilização e conscientização junto aos pais e familiares; além de ser um agente mobilizador, o estudante tem consigo o espírito de competição aflorado e acostumado a fazer tarefas em equipe, sendo isto um forte fator de  impacto na prevenção da Dengue,  Zica e  febre Chikungunya. Considerações finaisA finalidade da Gincana Estadual Estudantil foi fazer compreender que o combate ao mosquito Aedes aegypti perpassa pela eliminação do vetor e é um assunto que não se limita apenas ao Poder Público, mas que deve mobilizar todo cidadão, levando informações sobre os cuidados com a Dengue, a Zika e Chikungunya; a eliminação de focos do mosquito; o recolhimento de materiais que possam acumular água; a limpeza de terrenos e despertar na comunidade a preocupação permanente com as doenças relacionadas, formando uma rede de mobilização que se estenda a todos os bairros da cidade. O trabalho desenvolvido se mostrou bastante proveitoso tanto para os estudantes participantes quanto para a comunidade. O trabalho revelou que práticas interdisciplinares podem ser o fio condutor para facilitação da integração entre formação e serviço, na qual as ações coletivas, no âmbito da escola, de acordo com as necessidades sociais da população, requer o compromisso de todos seus atores. A escolha da premiação com equipamentos voltados à prática desportiva chamou atenção dos alunos e fez com que eles se mobilizassem para participar da Gincana, estimulando a práticas de atividades físicas, fomentando o desenvolvimento de habilidades corporais, espírito de solidariedade, buscando a inserção social e formação de cidadania e seus direitos e deveres.

1248 ATUAÇÃO EM BRINQUEDOTECA HOSPITLAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Iza Belle Gomes Rodrigues, Aline Mendes Cardoso, Edna Ferreira Coelho Galvão

ATUAÇÃO EM BRINQUEDOTECA HOSPITLAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Iza Belle Gomes Rodrigues, Aline Mendes Cardoso, Edna Ferreira Coelho Galvão

Introdução: O ato de brincar faz parte da vida de qualquer ser humano, mas na vida da criança é o motor do seu desenvolvimento, é a forma como se expressa no mundo, é a sua própria vida. E como tal, pode ser desenvolvido em qualquer espaço, um deles é o ambiente hospitalar. Neste espaço, o brincar tem função essencial no processo de melhoria da autoestima e motivação para o enfrentamento da realidade vivenciada. As atividades lúdicas, desenvolvidas nesse ambiente, proporcionam diminuição do estresse, da dor, da angústia, da tristeza e da baixa autoestima causados pelo período de internação. Através da brincadeira a criança se diverte, interage, aprende, imagina, inventa, sorri, e com isso, tem a possibilidade de enfrentar a situação pela qual está passando, com mais ânimo e positividade. Objetivo: Descrever a experiência da atuação de acadêmicas de enfermagem em uma brinquedoteca hospitalar com pacientes pediátricos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência desenvolvido no ano de 2017, por acadêmicas do curso de enfermagem e docentes da Universidade do Estado do Pará em Santarém, a partir do projeto “Brinquedoteca Hospitalar”, desenvolvido em um Hospital Público Estadual do município, mais precisamente nas dependências do “Espaço do Brincar” da pediatria. O projeto é desenvolvido todos os dias da semana no período matutino com atividades de: desenhos pinturas, jogos, filmes, contação de histórias, interação com brinquedos. Resultados: A rotatividades de crianças internadas na pediatria, faz com que nossa interação com a criança se dê em poucos encontros, com tudo, pela observação foi possível perceber o quanto as crianças demonstram satisfação, alegria quando percebem nossa entrada no setor da pediatria pelas janelas de vidro. Este é o momento do diferente, da saída do quarto/leito, de interagir com outras pessoas/crianças, é o momento da fantasia, como se houvesse uma suspensão da dor e do isolamento, e a vida voltasse ao normal. Experienciar esta realidade e contribuir, de alguma forma, com a alegria destas crianças produz uma sensação de felicidade e dever cumprido, pois observamos a importância e a diferença que o brincar no hospital produz na vida não só das crianças, mas também dos cuidadores, para estes o momento da brincadeira representa um espaço de cuidado de si, é o momento do banho, do alimento, da conversa com outras pessoas, de descaso das preocupações e responsabilidades diárias. O projeto para além da simples brincadeira vem produzindo conforto e ânimo para crianças e acompanhantes. Considerações finais: Esta tem sido uma experiência bastante positiva. O brincar na unidade hospitalar estabelece intima relação com o princípio de humanização no atendimento em saúde. A relação entre brinquedista, criança e cuidadores reconfigura a percepção do espaço, do tratamento; o foco na ludicidade, na interação, na fantasia, permite, mesmo que por poucos momentos, a fuga da dura realidade presenciada no hospital. Pelo brincar a criança tem a permissão para ser criança novamente.

1345 UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DA TUBERCULOSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
WIDSON DAVI VAZ DE MATOS, Camila Cristina Girard Santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Samantha Modesto de Almeida, Iara Samily Balestero Mendes

UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DA TUBERCULOSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: WIDSON DAVI VAZ DE MATOS, Camila Cristina Girard Santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Samantha Modesto de Almeida, Iara Samily Balestero Mendes

Apresentação: Caracterizada como uma enfermidade infecciosa de evolução crônica cujo agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis transmitido, principalmente, por meio das vias aéreas superiores. A tuberculose possui distribuição geográfica mundial estimando-se que um terço da humanidade esteja infectada pelo bacilo da doença, apresentando cerca de oito milhões de casos novos e três milhões de mortes por ano. Alguns fatores de risco são fundamentais na vulnerabilidade da doença, como: saneamento básico, renda, alimentação e nível de escolaridade. É a principal causa de morte em pacientes com HIV e seus sintomas manifestam-se por febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e inapetência. De forma geral, o controle da tuberculose é realizado pela busca ativa de pessoas infectadas; diagnóstico precoce; e tratamento adequado. Todas essas ações objetivam interromper a cadeia de transmissão e evitar possíveis novos casos da doença. Devido sua importância, medidas são necessárias para prevenção e controle desta enfermidade e, por isso, esse estudo teve como objetivo relatar metodologias sobre educação em saúde para prevenção da tuberculose. Desenvolvimento do trabalho: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado pelos acadêmicos do 3º ano do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) durante a prática curricular no eixo de Enfermagem Comunitária em um Centro de Saúde-Escola referência em Belém-Pa no período de setembro a novembro de 2015. O público alvo foram usuários que aguardavam, na sala de espera, atendimento multiprofissional prestado no serviço de saúde.  A ação teve início com uma roda de conversa seguida da discussão do tema, com auxílio de folders e banner que continham informações pertinentes sobre a tuberculose, como: conceito, sinais e sintomas, diagnósticos e tratamento. Para finalizar a exposição realizamos uma dinâmica envolvendo perguntas e respostas para  avaliarmos o grau de compreensão dos 25 participantes presentes que possuíam idades de 18 a 58 anos. Resultados e/ou Impactos: 48% (12/25) dos participantes relataram não possuir conhecimento sobre a doença. 32%(8/25) relataram que estavam com o diagnóstico e faziam tratamento no referido centro. 60%(15/25) relataram que possuíam familiares com o diagnóstico da patologia e haviam abandonado o tratamento antes dos 6 meses. 4%(1/25) relatou a identificação dos sintomas após a palestra, com posterior baciloscopia de escarro positiva para o Mycobacterium. Após a ação, notou-se maior conhecimento sobre a temática abordada e a carência de informações sobre a patologia. Considerações finais: É notório a importância da realização de educação em saúde através de acadêmicos e profissionais da área, com o intuito de sensibilizar a população e atuar no diagnóstico precoce da tuberculose.

1563 PROMOÇÃO A SAÚDE COM A CONSTRUÇÃO DE JOGOS EDUCATIVOS COM ÊNFASE NO PARASITO GIÁRDIA LAMBLIA
Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Jaqueline de Sousa Fonseca, Marinalda Leandro da Costa, Maria Tita Portal Sacramento, Glenda Roberta Oliveira Naiff Ferreira, Cristian Jhons Conceição do Rosário

PROMOÇÃO A SAÚDE COM A CONSTRUÇÃO DE JOGOS EDUCATIVOS COM ÊNFASE NO PARASITO GIÁRDIA LAMBLIA

Autores: Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Jaqueline de Sousa Fonseca, Marinalda Leandro da Costa, Maria Tita Portal Sacramento, Glenda Roberta Oliveira Naiff Ferreira, Cristian Jhons Conceição do Rosário

Apresentação: A promoção em saúde consiste em medidas que visam ampliar o bem-estar e a saúde do indivíduo. Tais medidas apresentaram maior nível de aceitação na faixa etária em questão através do repasse de informação de forma dinâmica e atividades lúdicas.  Objetivo: Sensibilização de crianças de 07 a 11 anos e seus responsáveis sobre as parasitoses na infância através de ações de Educação em Saúde. Método: Trata-se de uma pesquisa-ação que consiste na identificação de ações estratégicas planejadas, a serem submetidas à observação das práticas de saúde diárias adotadas. Realizada em Barcarena, município do interior do estado do Pará na E.M.E.F. Maria Rosangela Carvalho da Conceição, com alunos na faixa etária de 07 a 11 anos de ambos os sexos. Como plano para levar informações sobre o tema abordado, utilizou-se jogos educativos, atividades lúdicas e questionário avaliativo para interação sobre o assunto em questão. Resultados: A fragilidade na educação dos alunos, não interferiu na maneira de ensinar hábitos saudáveis. Após a realização da palestra de conscientização foi aplicado o questionário avaliativo para verificação do grau de aprendizado das crianças. Constatou-se por meio de análise gráfica que mais de 90% dos avaliados consideraram o hábito de lavar as mãos essencial conforme ministrado detalhadamente, dessa forma, obteve-se um resultado positivo somando 88,9% de entendimento dos alunos sobre o tema tratado.  A faixa etária e o sexo entre os alunos mostraram que alguns hábitos saudáveis não estão presentes em diferentes idades, o percentual para os meninos na idade de oito anos demonstrou que 10,7% dos entrevistados não fazem utilização destes costumes, enquanto que as meninas na faixa etária de sete anos mostrou percentual de 12,4%, indicando que os hábitos saudáveis para as crianças do sexo feminino são utilizados com maior frequência e mais cedo. Considerações finais: A realização de medidas socioeducativas em comunidades escolares como do município de Barcarena-Pará é de suma importância, pois o grau de contaminação na faixa etária analisada é preocupante devido ser o período de iniciação escolar, à falta de saneamento básico e água tratada nas comunidades mais carentes. Além disso, contribuiu para a qualidade de vida das mesmas, que receberam o conhecimento de forma dinâmica e divertida através dos jogos educativos e poderão propaga-los no seu ambiente familiar.  

1683 Tecnologias sociais da terapia ocupacional na educação: o fazer e o ser do aluno do ensino médio
Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, Ana Carolina Silva Barbosa, Samara Cristhina Rosa de Lima, Angela Maria Teixeira de Oliveira Vieira, Yasmim Gomes de Mesquita, Mylena Cardoso da Silva, Victoria Amorim Correa de Souza

Tecnologias sociais da terapia ocupacional na educação: o fazer e o ser do aluno do ensino médio

Autores: Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, Ana Carolina Silva Barbosa, Samara Cristhina Rosa de Lima, Angela Maria Teixeira de Oliveira Vieira, Yasmim Gomes de Mesquita, Mylena Cardoso da Silva, Victoria Amorim Correa de Souza

Apresentação:   A expansão do ensino médio, iniciada nos primeiros anos de década de 1990, não pode ser caracterizada ainda como processo de universalização nem de democratização, devido às altas porcentagens de jovens que permanecem fora da escola, à tendência ao declínio do número de matrículas desde 2004 e à persistência de altos índices de evasão e reprovação. Além disso, o processo de expansão reproduz a desigualdade regional, de sexo, cor/raça e modalidade de oferta: ensino médio de formação geral e ensino técnico de nível médio.   A demanda crescente de escolarização diante da desvalorização dos diplomas em virtude da expansão do ensino e da necessidade de competir no exíguo mercado laboral, bem como de socializar a população em uma nova lógica do mundo do trabalho, pode acarretar perda da identidade, pois o ensino médio se caracteriza como trampolim para a universidade ou a formação profissional.   Têm-se observados na rotina escolar, com vários reflexos de subjetividade agressiva, tais como: rebeldia, atitudes violentas, autodesvalorização acompanhada de crises depressivas ou maníacas, que podem estar associada ao narcotráfico, falta de políticas públicas preventivas direcionadas ao segmento infanto-juvenil da população oportunizando aumento da evasão e da violência, intra e extra-escolar com características de dominação e constrangimento, não só entre os colegas, mas para com os professores.   Tendo em vistas as evoluções das teorias mundiais em educação, o Brasil se adequou e aprovou Leis que preconizam a Inclusão nos diferentes níveis de ensino, fazendo com que a Educação Inclusiva se tornasse área de atuação compatível ao conhecimento do Terapeuta Ocupacional. Nesse sentido, a lei 9.394, de 1996, esclarece que a educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular.   Nesse sentido, a escola precisa despertar para essas situações, pois ela se agrava a cada dia, sendo necessários momentos de reflexões sobre o assunto para não permitir que o ambiente escolar se torne palco de violência física, psíquica, moral, em vez de espaço privilegiado para a difusão do conhecimento, expansão intelectual e afetiva do aluno.   Desta forma, a intervenção no corpo que transita em diversos cenários e do cuidado que acolhe se configura como gerador de conhecimento e metodologia de ação, os quais buscam minimizar as contradições, a violência (gênero, obesidade, etnia, comunitária, social) e a evasão, pelo FAZER (oficinas de sensibilidade) e SER (relações do corpo nos espaços- família/ escola).   A Terapia Ocupacional é a profissão da área da saúde que atua na reabilitação e habilitação funcional de pessoas promovendo independência e autonomia, aquisição dos requisitos para continuidade no desenvolvimento humano e promoção do bem-estar biopsicossocial, cuja ação mediadora estabelecida com o Outro, por intermédio das atividades se inserirem com e no território.   Neste sentido o presente trabalho pretende apresentar as observações das atividades realizadas pelo projeto de pesquisa intitulado TRAMA ESCOLAR: REVERTENDO VIOLÊNCIA, SEMEANDO FUTURO, vinculado aos núcleos de pesquisa do CNPq GAPITTO e o Núcleo de tecnologias sociais do IFRJ, cujo objetivo é descrever a atuação da terapia ocupacional no contexto escolar. Identificar com a vivência dos sentidos do corpo, o afloramento de expressões, sentimentos e emoções predominantes dos adolescentes por meio da comunicação verbal e não verbal. Analisar como as relações emocionais, surgem no conviver cotidiano do aluno frente aos seus contextos, interesses, dificuldades e potencialidades.   Metodologia:   Este trabalho discute a proposição de Oficinas de Sensibilidades com adolescentes do nível médio técnico do Município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. São elaborações que partem de atividades de pesquisa e extensão universitária, que debruçaram sobre a temática da Educação e Violência no âmbito escolar.   Estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, com abordagem qualitativa ancorada na cartografia de Passos, que visa identificar as linhas de forças que atuam na decisão do aluno frente à diversidade. A coleta de dados se baseou em oficinas de sensibilidade, pela construção do FAZER e pela projeção inconsciente dos alunos sobre as questões de violência, comuns no cotidiano escolar.   Nesse sentido, o mesmo se dividirá em quatro eixos investigativos visando identificar (rastreio) de onde vem e que ano cursam. O tocar que será realizado por meio de questionário (identificar dados socioculturais e testes cognitivos), oficinas (oportunizar a verbalização dos alunos sobre comportamentos e sentimentos frente às diversidades).  No pousar serão exploradas as diferentes perspectivas da diversidade, a fim de construir o caminho teórico possível para trazer à visibilidade a experiência da terapia ocupacional frente ao aluno e a escola.  E por último (reconhecer), analisar os dados obtidos nos discursos deles e nos jogos, testes e observações.   Resultados: Segundo Abramovay (2009) a escola é um elemento que demanda atenção especial no processo de socialização. Nesse sentido, as oficinas têm identificado que linhas de forças atuam sobre esta unidade de ensino. Primeiro pela sua localização (violência, fora do comercio) e segundo pelas dificuldades dos alunos verbalizarem seus afetos e desafetos, pois se sentem acuados e com receio de serem identificados como o “diferente”.   As oficinas têm oportunizado entrelaçamentos da vivência dos adolescentes em atividades coletivas, pela utilização de diferentes recursos (rodas de conversa, pintura e desenho), as quais favorecem o investigar sobre a temática violência, educação e projetos futuros. Desta forma, o princípio de talento, da habilidade foi se distanciando do que perpassa apenas pelo sentido do apto, mas evidenciado no fazer, no criar independente da construção realizada, favorecendo as projeções inconscientes de sentimentos bloqueados e não percebidos pelos adolescentes.   Este estudo tem se caracterizado como desafiador, pois se desenha sob o olhar do desconhecido, tanto para o sujeito que sofre a modificação (adolescentes), quanto aos envolvidos e participantes nesse contexto, ou seja, tem sido novidade para todos experienciar esses momentos, o que se constituí entrave e que emergem conflitos em sala de aula. Eles conseguiram relatar que o viver na escola é muito difícil, pois muitos docentes vêm da graduação exigindo deles o acompanhamento diário que não condiz com o ensino realizado nas escolas do estado, onde a maioria dos docentes não tem mestrado.   Outro fator verificado foi em relação entre alunos que faz emergir o eu em oposição ao outro, cabendo ao terapeuta utilizar-se das situações de conflito para questionar, refletir, conscientizar e administrar esta situação, levando o aluno a construir o seu próprio conhecimento. Com isso pode-se perceber a presença de laços de afetos dentro deste contexto. Conclusão: Conclui-se que o conhecimento constituído pelo processo de interação entre os sujeitos, que envolve ativamente na produção do seu conhecimento e o amplia-o quando o discute com o outro. Assim, a pesquisa precisa ser encarada como espaço de humanização, de formação onde o afeto, onde o respeito mútuo e o diálogo devem prevalecer para o desenvolvimento humano.   O recurso do FAZER CRIATIVO está permitindo o aprofundamento do vínculo entre a terapia ocupacional com os jovens produzindo espaços de convivência que possibilitam o respeito  pautadas as relações dentro do espaço escolar, além de responder ao acolhimento e a integração dos mesmos na escola

1754 AÇÕES EDUCATIVAS, RECREATIVAS E DE SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS EM MANAUS
TAMIRIS SIQUEIRA, CAMILA CARLOS BEZERRA, INDIRA SILVA DOS SANTOS, ARYANNE LIRA DOS SANTOS CHAVES, AMANDA MARINHO DA SILVA, NAYARA DA COSTA DE SOUZA, GISELE REIS DIAS, THIAGO GOMES DE OLIVEIRA

AÇÕES EDUCATIVAS, RECREATIVAS E DE SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS EM MANAUS

Autores: TAMIRIS SIQUEIRA, CAMILA CARLOS BEZERRA, INDIRA SILVA DOS SANTOS, ARYANNE LIRA DOS SANTOS CHAVES, AMANDA MARINHO DA SILVA, NAYARA DA COSTA DE SOUZA, GISELE REIS DIAS, THIAGO GOMES DE OLIVEIRA

APRESENTAÇÃO: O cenário demográfico mundial apresentou nas últimas décadas um crescimento rápido da população idosa. Acompanhando o que acontece no mundo, o Brasil apresentou significativo envelhecimento populacional. Infelizmente, para muitos idosos esse aumento da longevidade vem acompanhado de perda de independência e autonomia, limitações socioeconômicas e ambientais, presença de múltiplas doenças crônicas e declínio do estado de saúde físico e mental, acrescentando o fato de que existe ainda a incapacidade da família de encontrar alguém que se responsabilize pelo cuidado do idoso. Aumenta, então, a procura de instituições de longa permanência para idosos (ILPI) que ofereçam cuidados necessários para o idoso, suprindo a falta de suporte familiar e social. As ILPIs são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinada a domicilio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade e cidadania. A ILPI visa a atender o idoso desprovido de condições de autogestão da vida. Em decorrência da transição demográfica e epidemiológica observada no país, em muitos momentos as ILPIs se tornam espaço importante, uma opção ora voluntária e esperada, ora de necessidade social, que deveria assegurar a dignidade e qualidade de vida de seus residentes. Observa-se, contudo, um despreparo no funcionamento das ILPIs em todas as regiões do país, principalmente no que diz respeito aos recursos humanos da instituição, que muitas vezes se fundamenta no modelo caritativo, resultando em assistência protecionista, frequentemente insensível às potencialidades do idoso, à sua liberdade de escolha, o que aumenta o quadro de dependência, isolamento social e falta de perspectivas para uma vida ativa e com qualidade.O objetivo deste trabalho é relatar a experiência das acadêmicas de enfermagem durante as práticas da disciplina de Saúde do Idoso com ações educativas, recreativas e de saúde em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos em Manaus. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: A experiência relatada foi realizada durante as aulas práticas da disciplina de Enfermagem na Atenção Integral à Saúde do Idoso ministrada no curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas em maio de 2017, o local em que as atividades foram executadas foi uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) situada em Manaus. Durante o mês de maio foram realizados dois encontros semanais com duração de 3 horas cada, totalizando 8 encontros. Participaram nove alunos e dois preceptores que coordenaram as atividades.  Foi realizado diagnóstico situacional para identificar as necessidades existentes e construir o cronograma das práticas com a colaboração da enfermeira. Estabeleceu-se que cada acadêmico desenvolveria um estudo de caso e um plano de cuidados para um idoso residente na instituição, a coleta de dados sendo realizada na forma de consulta de enfermagem com a aplicação de três instrumentos: Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD), Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e Mini Exame do Estado Mental (MEEM), análise do prontuário médico e entrevista. No total foram três consultas de enfermagem, a primeira para a captação do histórico e aplicação dos instrumentos, a segunda teve como objetivo a instrução na forma de educação em saúde individual de um problema captado na primeira consulta e a terceira tendo como objetivo a reavaliação do residente. A apresentação do estudo de caso ocorreu em forma de apresentação oral para o grupo e preceptores. Houve a realização de educação em saúde com todo o grupo de idosos através de roda de conversa, sobre o Alimento Saudável, enfatizando no consumo de sal e farinha, os acadêmicos apresentavam imagens de alimentos que continham os referidos alimentos e enfatizavam os malefícios do consumo em excesso e os benefícios de sua redução. Foram realizadas duas atividades recreativas com os idosos, a primeira foi um bingo no qual houve intensa participação dos residentes e a segunda foi um sarau com música, dança e declamação de textos poéticos, nessa ocasião as práticas foram encerradas. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: O aumento do número de idosos no país proporciona o aumento de ILPIs que é uma alternativa importante e segura para o cuidados com os idosos. Os estudos de casos executados pelos alunos apresentaram que a maioria dos idosos apresentam comorbidades físicas, foi observado que, salvo raras exceções, os idosos residentes na instituição estudada são ociosos. Muitos não participam das atividades diárias por acomodação e outros por acharem que não é de sua competência fazer alguma tarefa. Além disso, a falta de oportunidade e de iniciativa da instituição em criar espaços para que os idosos possam assumir pequenas tarefas acabam por mantê-los mais inativos. Devido à institucionalização, o idoso tende a se tornar depressivo, sofre de distúrbios comportamentais (isolamento, medo, ansiedade, angústia, aflição) e alteração das funções cognitivas decorrente do avanço da idade e do afastamento familiar. Sendo assim, as atividades recreativas são importantes pois estimulam a convivência com os outros idosos, reduzindo a ociosidade e a degeneração cognitiva. Avaliar o cognitivo ainda é uma tarefa complexa e não bem realizada entre os idosos. Comprometimentos cognitivos são frequentes nesta faixa etária, mas difícil diferenciar se são manifestações iniciais de doenças ou processo normal de envelhecimento. O declínio do intelectual é um processo normal do envelhecimento. Também foi observado que o resultado do miniexame do estado mental varia de acordo com o nível de escolaridade e idade, quanto menor a escolaridade e maior a idade, menor era a pontuação do miniexame do estado mental. Partindo-se do princípio que todas as pessoas tem uma bagagem de informações nutricionais devido a orientação nutricional anterior, os idosos expressaram que comem de tudo mas com moderação, mas não abrem mão de doces. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Geralmente, as instituições de longa permanência para idosos não se enquadram no perfil de estabelecimentos de assistência à saúde, porém encontramos ações de promoção, proteção e reabilitação da saúde que são exercidas visando uma melhora na qualidade de vida dos idosos residentes na instituição. É necessário haver uma atuação humanizada da equipe de enfermagem em relação aos cuidados com os idosos, buscando promover a qualidade de vida através de dinâmicas coletivas ou individuais, valorizando assim o lúdico como o meio de estimulação pessoal.

974 DINÂMICAS DE GRUPO COMO MÉTODO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE SEXUAL E CONTRACEPTIVA ENTRE JOVENS E ADULTAS DO SEXO FEMININO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Gabriela Oliveira Parentes da Costa, Danielle Priscilla Sousa Oliveira, Heber de Arruda Antunes, Larissa Horácio Barbosa, Débora Luana Caldas Pereira, Ana Karina França Ferreira Carvalho

DINÂMICAS DE GRUPO COMO MÉTODO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE SEXUAL E CONTRACEPTIVA ENTRE JOVENS E ADULTAS DO SEXO FEMININO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Gabriela Oliveira Parentes da Costa, Danielle Priscilla Sousa Oliveira, Heber de Arruda Antunes, Larissa Horácio Barbosa, Débora Luana Caldas Pereira, Ana Karina França Ferreira Carvalho

  APRESENTAÇÃO O conhecimento sobre prevenção de DST’s e gravidez indesejada pode ser adquirido desde a unidade básica de saúde, como também no ambiente escolar, que infelizmente, ainda trata esse assunto de forma tímida, enfatizando aspectos biológicos e reprodutivos. (1). O desenvolvimento desse trabalho foi realizado com perspectiva de contribuição do conhecimento, a fim de estimular o pensamento crítico dos alunos de um campus do Instituto Federal do Maranhão, justificando-se pelo grande número de casos de DST’s na cidade onde foi conduzida a atividade e pelo aumento do número de mulheres jovens, com gravidez indesejada. O uso das oficinas como método de aprendizagem foi escolhido pela necessidade de se explorar com maior descontração e leveza os temas sobre sexo e reprodução sexual, visto que ainda há tabu em relação ao assunto. Assim, o objetivo da atividade desenvolvida foi promover entendimento sobre educação sexual e contraceptiva para discentes do sexo feminino, esclarecendo dúvidas sobre esses métodos, levando-as também, a discussões sobre a necessidade de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.   DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Trata-se de um relato de experiência executado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, Campus Barra do Corda, Maranhão. Foram selecionadas duas dinâmicas de grupo. Os facilitadores das oficinas foram os profissionais responsáveis pela Coordenadoria de Assuntos Educacionais – CAE, do IFMA, que conta com uma equipe multiprofissional. As participantes, todas do sexo feminino, foram convidadas a participarem das dinâmicas propostas, realizadas em período noturno, no horário das aulas. Assim, foram realizadas atividades com 66 mulheres. As dinâmicas estão descritas nos resultados e foram trabalhadas no mês de outubro de 2017.   RESULTADOS As atividades foram realizadas por dois dias consecutivos, com turmas diferentes. Inicialmente, foi explicado as participantes sobre a liberdade que elas teriam para fazer qualquer pergunta sobre o tema. Métodos contraceptivos   A primeira dinâmica executada tratava-se do uso dos métodos contraceptivos. O objetivo dessa atividade foi promover informações corretas sobre os principais métodos disponíveis. Os materiais utilizados foram folhas de cartolina, e papéis coloridos, pincéis de cores diferentes, figuras dos métodos, cópias de textos com assuntos sobre o tema, cola e tesoura. Nos dias de atividades, foram formados seis grupos e entregue os materiais e temas, aleatoriamente. Os assuntos foram métodos hormonais (exceto anticoncepção de emergência) , dispositivo Intra-uterino (D.I.U.), métodos de barreira, métodos naturais, métodos cirúrgicos: o uso da laqueadura como método contraceptivo em nossa realidade, anticoncepção de emergência. As discentes tiveram 15 minutos para confeccionarem os cartazes, em seguida foram a frente para discorrerem sobre o assunto, com um tempo de 10 minutos, explicando como aquele método é capaz de impedir a gravidez e como deve ser usado. Ao término de cada explanação eram feitas perguntas sobre o assunto ao médico e a equipe de enfermagem. Com essa atividade pode-se observar que, as jovens conheciam a maioria dos tipos de métodos contraceptivos, porém, não sabem ao certo, como usá-los corretamente. Os detalhes mais importantes foram colocados em um quadro para melhor entendimento (Quadro 1).   Quadro 1. Principais dúvidas das discentes com relação aos métodos contraceptivos Camisinha masculina A maioria não sabia da necessidade de apertar a ponta da camisinha para retirada do ar DIU Uma das alunas falou que o pênis poderia tocar o dispositivo e assim, deslocá-lo no momento da relação Anticoncepcional hormonal oral (ACO) A maioria das mulheres pensava que a pílula deveria ser iniciada em qualquer dia do mês Métodos naturais Não entendiam sobre como funciona o ciclo menstrual, e como ele está associado ao uso correto da tabelinha e verificação do muco cervical Anticoncepção de emergência A maioria entendia que a pílula poderia ser usada com frequência     Na explicação do passo a passo de colocação da camisinha, pode-ser observar que as alunas não sabiam sobre a necessidade de apertar a ponta, para retirada do ar e algumas relataram casos pessoais de problemas com esse método, justamente pela frequência com que o preservativo estourava. As dúvidas sobre o DIU foram poucas, a mais inusitada foi a de uma aluna que falou: “o negócio do homem pode triscar no DIU e tirar ele do lugar, aí a mulher pode engravidar”. O médico explicou como esse método funciona. Já em relação ao anticoncepcional hormonal, as jovens imaginavam que poderiam iniciar em qualquer dia do mês e algumas relataram que engravidaram fazendo uso da pílula. As incertezas sobre os métodos naturais foram muitas, uma vez que, as discentes não entendiam sobre o ciclo menstrual, que é a base para o uso correto da tabelinha e ajuda na observação do muco cervical. Sobre a anticoncepção de emergência, ficou claro que as alunas não sabiam sobre os riscos de se usar indiscriminadamente. Comentaram imaginar que a pílula emergencial pudesse ser usada frequentemente.   Árvore do prazer A segunda dinâmica chama-se “Árvore do prazer” e foi trabalhada com a finalidade de causar reflexão, sobre os riscos e formas de prevenção sexual. Os materiais utilizados nessa atividade foram uma lousa branca e pincel atômico. Uma árvore foi desenhada na lousa e os coordenadores indagaram as participantes sobre todas as formas de prazer que elas pudessem pensar. Em seguida, foram questionados os riscos para cada prazer citado, e logo após, foi discutido sobre as formas de prevenção para os riscos (Quadro 2).   Quadro 2. Principais formas de prazeres e riscos citados pelas discentes PRAZERES RISCOS CITADOS Beijo na boca Contrair AIDS e outras DST’s Sexo vaginal Contrair AIDS e outras DST’s Sexo oral Contrair AIDS e outras DST’s Masturbação Contrair alguma infecção Lambidas Contrair doenças Envio de vídeos íntimos Não citaram riscos Mordidas Não citaram riscos   As dúvidas com relação a estes e outros riscos citados, foram esclarecidas, além de enfatizados os cuidados e formas de prevenção. Foi desmitificada a possibilidade de se contrair AIDS através do beijo na boca e explicado que sua contaminação se dá através de sêmen, secreção vaginal, leite materno e contato com sangue. Já, quando se trata de masturbação, foi explicado sobre os cuidados que se devem ter, ao introduzir algo no canal vaginal. Foram enfatizados os cuidados com envio de fotos e vídeos íntimos, por mensageiros instantâneos, uma vez que muitos casos de suicídios têm ocorrido decorrentes de constrangimentos por exposição da intimidade de uma pessoa, além de ser capaz de causar transtornos psicológicos em uma pessoa vítima desse ato. Aproveitando a deixa sobre o risco mordida, foi falado sobre os perigos de agressões físicas durante o ato sexual ou no relacionamento em si. As dinâmicas aplicadas nessa atividade foram adaptadas do Guia para a formação de profissionais de saúde e de educação(2).   CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebeu-se que as participantes tinham dificuldades em entender algumas particularidades sobre as técnicas de um método contraceptivo, pulando etapas que são necessárias para a eficácia do mesmo. Entretanto, a atividade pôde proporcionar um diálogo aberto sobre os temas abordados e contribuiu para a formação de um conhecimento mais crítico, além de esclarecer dúvidas simples, porém, importantes no ponto de vista sexual e preventivo. 

1472 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DST/HIV/AIDS EM ESTUDANTES DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BARCARENA - PARÁ
Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Cristian Jhons Conceição do Rosário, Brenda Caroline Martins, Glenda Forlan Cunha Necy, Ivete Furtado Ribeiro Caldas, Marinalda Leandro da Costa

PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DST/HIV/AIDS EM ESTUDANTES DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BARCARENA - PARÁ

Autores: Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Cristian Jhons Conceição do Rosário, Brenda Caroline Martins, Glenda Forlan Cunha Necy, Ivete Furtado Ribeiro Caldas, Marinalda Leandro da Costa

Apresentação: Desde o início da epidemia de AIDS no Brasil até junho de 2014, foi registrado 757.042 casos de SIDA/AIDS, com uma incidência que oscila em torno de 20 novos casos por 100 mil habitantes. No Pará o registro de pessoas infectadas pelo vírus aumentou nos últimos anos, principalmente em municípios do interior, segundo a SESPA, onde 30% dos casos são registrados na capital, e 70% acontecem no interior. Apontando Barcarena com maior número de contaminados, devido ao grande fluxo de pessoas que são atraídas pela área portuária, onde a prostituição tem sido um grande desafio ao município. Objetivo: Caracterizar perfil de vulnerabilidade à DSTs/AIDS em escolas públicas no Município de Barcarena-Pá. Verificando o conhecimento dos estudantes sobre a prevenção, transmissão, sinais e sintomas e se há diferença entre gêneros em relação à percepção da SIDA/AIDS. Método: Trata-se de um projeto de pesquisa e extensão que está sendo realizado nas três principais escolas públicas do município, que foram selecionadas de acordo com a sua localização e o número de alunos. O público alvo são os alunos regularmente matriculados, com faixa etária de 13 a 18 anos e de ambos os sexos. Foi aplicado um questionário qualitativo e quantitativo no qual os próprios alunos responderam às perguntas referentes à vulnerabilidade em relação à DST’s/AIDS. Resultados: O número total de entrevistados foi de 563 alunos de ambos os sexos.  Todos na faixa etária de 13 a 18 anos por se tratar de um estudo voltado para adolescente. Encontramos dificuldades em pesquisar os adolescentes das referidas escolas, devido a não autorização à participação dos mesmos. Como resultado satisfatório, obtemos a aceitação da coordenação da escola e dos professores por acharam que o tema tem grande importância para se trabalhar na comunidade escolar. Foi verificada a importância da educação sexual nas escolas, como forma de conscientizar e informar as pessoas quanto à importância na prevenção da AIDS e DSTs, tendo em vista o elevado índice de casos de HIV neste Município, segundo a secretaria de saúde do estado do Pará. Identificamos através dos relatos das participantes no momento da apresentação e na aplicação do questionário que os mesmos não dispõem de tanta informação em relação ao tema abordado e certa dificuldade em responder algumas questões do questionário devido não saberem o significado de algumas palavras ou frase como “coito interrompido”. Considerações finais: A clientela mostrou-se entusiasmada a ouvir sobre o tema, mostrando-se a favor de intervenções nas escolas com palestras, campanhas e rodas de conversas, fazendo-se necessário que o enfermeiro desenvolva práticas educativas para à população de forma que possam conscientizar quanto à importância de se prevenir das DST’s e AIDS.

1344 FORTALECENDO AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A ÉTICA NA ROTINA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS)
TAMIRIS MORAES SIQUEIRA, INDIRA SILVA DOS SANTOS, GISELE REIS DIAS, THIAGO GOMES OLIVEIRA

FORTALECENDO AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A ÉTICA NA ROTINA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS)

Autores: TAMIRIS MORAES SIQUEIRA, INDIRA SILVA DOS SANTOS, GISELE REIS DIAS, THIAGO GOMES OLIVEIRA

APRESENTAÇÃO: Ao conhecer o cenário em que se atua, perceber as problemáticas e fragilidades é possível realizar intervenções para que se melhore ou fortaleça as práticas existentes, um modo de realiza-la é por meio da Educação Permanente em Saúde (EPS). Para isso é necessário que haja um facilitador da Educação Permanente em Saúde que seria o agente passivo e ativo da ação, pois ao mesmo tempo em que é participante e está inserido em determinado grupo, este necessita desenvolver a função de espectador e produzir críticas e soluções que tenham como resultado a melhora do ambiente de trabalho e a assistência prestada. A EPS é uma política nacional e deve ser aplicada em todas as esferas governamentais. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) desempenha papel estratégico junto à Estratégia Saúde da Família (ESF), pois representa a ligação entre a medicina tradicional e as práticas alternativas de saúde, pois ao realizarem as visitas nos domicílios conhecem a realidade de cada indivíduo e possibilitam a adequação das prescrições e também verificar o sucesso ou insucesso das práticas realizadas. Seu papel é de suma importância pois fortalece a execução do programa ESF em virtude de manterem contato direto com os usuários. Este relato tem como objetivo apresentar a experiência das acadêmicas de enfermagem em ações educativas sobre os processos de trabalho com Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de duas Estratégias Saúde da Família (ESF), em Manaus. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: A experiência relatada foi realizada durante as aulas práticas da disciplina de Saúde Coletiva II ministrada no curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas em junho de 2017. Participaram da atividades nove ACS de duas ESF vinculadas a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, O 32 e O 35, duas acadêmicos de enfermagem e a docente preceptora de estágio. Foi realizado diagnóstico situacional para identificar as necessidades existentes quanto aos processos de trabalho e pelas duas ESF ocuparem o mesmo espaço físico foi escolhido o tema “Relações interpessoais e ética no trabalho”.A atividade ocorreu em forma de Oficina com duração de 1:30h que tinha como objetivos: Sensibilizar o grupo para a necessidade de uma atuação diária baseada no profissionalismo, Valorizar a participação individual no trabalho em equipe e Identificar os aspectos que contribuem para a satisfação do profissional no ambiente de trabalho e abordou os seguintes conteúdos: Relação interpessoal, Comunicação profissional, Ética, trabalho e cidadania e Resolução de problemas e conflitos. O percurso metodológico utilizado foi a exposição participada, dinâmicas e vídeos motivacionais e reflexivos. O primeiro momento contou com a exibição de um vídeo reflexivo e posteriormente os ACS foram instigados a emitir uma opinião sobre o mesmo. O segundo momento contou com uma dinâmica na qual os participantes escreviam em um papel como se sentiam no ambiente de trabalho, o que não gostavam e o que poderia melhorar, após escrever os papeis eram depositados em uma caixa e lido pelas acadêmicas sempre comentado as respostas e apresentado soluções e gerando reflexões. O terceiro momento foi mediado pela preceptora com a dinâmica do espelho, na qual uma caixa era passada para os participantes e eles deveriam falar uma qualidade e um defeito no ambiente de trabalho da pessoa que era apresentada na caixa, dentro da caixa tinha um espelho e a pessoa refletia e apresentava juízo sobre si mesma, foi um momento de bastante emoção para os participantes. O quarto e último momento foi a exibição de um segundo vídeo fechando as ideias trabalhadas. Após a realização da atividade as participantes respondiam um questionário apresentando sua opinião sobre a atividade desenvolvida. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Ao serem instigados pelas mediadoras a refletirem e expressarem quais as dificuldades em estabelecerem relacionamentos interpessoais saudáveis. De acordo com o discurso apresentado foi possível identificar os fatores que geravam atritos no ambiente de trabalho, foram eles: falta de diálogo entre os membros das equipes, falta de companheirismo e a falta de respeito pelas opiniões divergentes. Esses pontos muitas vezes silenciados quando acumulados geram grandes problemas no ambiente de trabalho. No entanto, ao socializarem as situações incomodas as ACS perceberam que eram os próprios causadores dos conflitos, pois quando ocorria situações que as desagradavam não buscavam solucionar os problemas e sim, agiam com indiferença. Ao refletir sobre quais pontos poderiam modificar para melhorar o relacionamento listaram algumas soluções: Necessidade de saber ouvir; estar aberto para o diálogo; romper com preconceitos; não negar que o estresse está presente no cotidiano; reconhecer que nas relações, o campo emocional e moral são por vezes afetados e que é possível contar com os colegas de trabalho e com o apoio institucional para enfrentar dificuldades ou incômodos disparados por situações consideradas estressantes. As ACS relataram que foi a primeira vez que uma atividade de educação era direcionada a elas e que pela primeira vez seu trabalho estava tendo visibilidade. Demonstraram que estavam mais motivadas a realizar o seu trabalho e disposição para modificar comportamentos inadequados ao ambiente de trabalho e colaborar mais com os demais membros da equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A colaboração entre os profissionais da Saúde, visando integrar esforços, estimular a reflexão e a troca de informações sobre a população atendida, de modo a facilitar sua avaliação e evolução clínica, bem como o aperfeiçoamento das propostas para os problemas da comunidade por parte de todos os profissionais da equipe de saúde. Ao realizar capacitação da equipe de saúde e principalmente trabalhar o relacionamento interpessoal entre os ACS que são a porta de entrada e a massa de trabalho da ESF, para que haja a construção de uma reação harmoniosa, desenvolvendo a capacidade de lidar e respeitar a singularidade de cada indivíduo, respeitando as diferenças de personalidades e pensamentos dos membros da equipe, pois quando a equipe trabalha em harmonia, será refletido na assistência oferecida aos pacientes, pois ao ter um ambiente de trabalho acolhedor e amistoso os profissionais sentem-se mais motivados e executam melhor suas atividades de trabalho.