61: Estratégias de Educação em saúde: promovendo a inclusão
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 01 Sala 04 - Bacuri    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
4063 A APLICABILIDADE DE AÇÕES PREVENTIVAS PARA O SUICÍDIO
JOÃO ENIVALDO SOARES DE MELO JUNIOR, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro

A APLICABILIDADE DE AÇÕES PREVENTIVAS PARA O SUICÍDIO

Autores: JOÃO ENIVALDO SOARES DE MELO JUNIOR, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro

Introdução: Causador de uma morte a cada 40 segundos, e responsável por cerca de 800 mil ocorrências no mundo, o suicídio atinge fatalmente cerca de doze mil pessoas por ano no Brasil, segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2014. Os números relacionados ao suicídio são alarmantes: na faixa etária entre quinze e trinta e cinco anos, o suicídio está entre as três maiores causas de morte e em indivíduos entre quinze e quarenta e quatro anos, o suicídio é a sexta causa de incapacitação, além disso, para cada suicídio há, em média, cinco ou seis pessoas próximas ao falecido que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas. Dentre os fatores de risco encontra-se a ocorrência de transtornos mentais, fragilidade sociodemográfica, instabilidades psicológicas e condições clínicas incapacitantes. Com vista à diminuição dos índices de suicídio, diversas estratégias têm sido implantadas mundialmente e divulgadas nas redes e mídias sociais por parte de profissionais comprometidos com a causa como também por meio de campanhas formuladas por órgãos e instituições, a exemplo do “Setembro amarelo” e do “Janeiro Branco” no Brasil, que difunde a ideia proposta pelo Cento de Valorização da Vida (CVC) juntamente com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Essas iniciativas promulgam a prevenção e sensibilização da população sobre a temática, com uso de figuras públicas para divulgação, veiculação de materiais e ações diversas voltadas à familiares de pessoas que vivenciaram o suicídio e aos que sobreviveram a tentativas, no interesse de impedir as mesmas. Dessa forma, escuta ativa, incentivo ao diálogo, empatia, sensibilidade e percepção são imprescindíveis por parte de familiares, amigos e profissionais que convivem com pessoas em potencial risco suicida. Assim, sabendo que o risco para suicídio pode ser presente em diversos cenários no cotidiano, não diferindo pessoas por classe social, religião, opinião política e cultura, a prevenção do suicídio precisa ser tratada com maior atenção para que se rompa com os estigmas e tabus a respeito do assunto, pois é fato a gravidade e urgência de empoderamento de toda a sociedade para práticas de prevenção deste que pode ser considerado o mal do século, o suicídio. Objetivo: Relatar a experiência de uma ação de prevenção do suicídio, a fim de instigar ações desse tipo e sensibilizar os leitores sobre a temática. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, vivenciada por acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará, no mês de setembro de 2017 em uma igreja evangélica localizada na Região Metropolitana de Belém que tinha como público alvo adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos. Para a realização do evento, foram realizadas chamadas em redes sociais e entregues panfletos convidando adolescentes de todas as idades sem restrições para comparecem à referida Igreja evangélica para o evento denominado “Dia do adolescente: falar é o melhor remédio” que foi realizado no dia 21 de setembro, dia este que, em 1996 no Brasil foi instituído dia do adolescente pelo então deputado Horácio de Matos Neto. Para isso, foi realizada a divulgação durante 30 dias anteriores e o evento foi composto por palestras e ações educativas com a temática de Prevenção no suicídio objetivando esclarecer dúvidas, romper estigmas e preconceitos e trocar experiências para o fortalecimento de atitudes preventivas para as pessoas que vivenciam circunstâncias potenciais para a tentativa suicida. À data marcada, comparecerem ao local do evento a quantidade de 68 adolescentes e a discussão principal foi denominada “adolescente e a mente” com duração de três horas mediada por acadêmicos frequentadores da referida igreja evangélica. A palestra foi dividida em três momentos onde, no primeiro momento foram distribuídas folhas A4 para que os ouvintes pudessem anotar sugestões que surgissem durante a exposição do tema, seguido disso, os adolescentes foram organizados em 4 círculos e cada um recebeu um balão amarelo; durante o segundo momento, a mediadora da atividade pediu que os componentes de cada círculo enchessem os balões.  Após isso, todos foram orientados a lançar seus balões o mais alto que pudessem e, enquanto isso, deveriam falar em voz alta tudo que sentiam conforme a mediadora pronunciava palavras chaves com uso de microfone (Família, relacionamento, música, vida, sonho, medo, trauma, desejo, expectativa, amor e morte), então, os componentes de cada círculo foram orientados a fazer isso simultaneamente, de modo que todos os participantes se expressassem ao mesmo tempo em que não permitiam que os balões tocassem o chão. No terceiro e último momento, os adolescentes foram organizados em um grande círculo onde a mediadora sentou-se ao centro deste para a exposição do tema. Os ouvintes foram esclarecidos sobre a moral da dinâmica realizada anteriormente, em que os balões representavam a vida, significando que mesmo sentindo tudo que expressaram em voz alta, o valor da vida ainda permanecia e não deveria ser desvalorizado diante de uma situação de conflitos emocionais e para isso o ato de se expressar verbalmente sobre as emoções sentidas diminuía a sensação de sobrecarga emocional que sentiam. Ainda no terceiro momento, os ouvintes tiveram a oportunidade de partilhar com o grupo experiências, onde apenas 11 pessoas voluntariaram-se a isto. Posterior a isso, todos assistiram à exposição da temática suicídio: os sintomas, os dados, os fatores de risco ressaltando a prevenção por meio de ações contínuas de diálogo e procura por ajuda. Resultados: Observou-se que os participantes demonstraram facilidade para verbalizar o que sentiam durante a dinâmica, e, além disso, destaca-se que parte dos ouvintes relataram potencial risco suicida e que não haviam demonstrado a ninguém com quem conviviam, além do que alguns mencionaram a presença de pelo menos um fator de risco, o que é preocupante. Após o término do evento, os ouvintes que citaram isto, foram orientados a procurar ajuda especifica além dali, foram incentivados à comunicação e ao fortalecimento de sua autoestima e das razões que possuíam para valorização a vida, renunciando qualquer pensamento suicida. Conclusão: Reitera-se a importância da aplicabilidade de ações deste tipo, voltadas para públicos de riscos em diversos cenários da sociedade, bem como a consolidação de métodos que permitam diálogo para familiares, amigos, alunos, professores e líderes, a fim de impedir a exacerbação de desequilíbrio emocional em pessoas com altas sobrecargas psicológicas seja causada por trabalho, ocupações ou relacionamentos interpessoais.

1005 RADIO COMUNITÁRIA: UMA POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE EM TERRITÓRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE.
João Neto, josevan Souza SIlva, Vanessa Lopes do Nascimento, Camila Soares de Carvalho, Keldiane Oliveira de Souza, Jailma Santos Monteiro, Elaine Judite de Amorim Carvalho, Márcia Maria Dantas Cabral de Melo

RADIO COMUNITÁRIA: UMA POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE EM TERRITÓRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE.

Autores: João Neto, josevan Souza SIlva, Vanessa Lopes do Nascimento, Camila Soares de Carvalho, Keldiane Oliveira de Souza, Jailma Santos Monteiro, Elaine Judite de Amorim Carvalho, Márcia Maria Dantas Cabral de Melo

Apresenta-se relato de ação no campo da educação popular em saúde(EPS) integrada as ações do projeto de extensão Promoção de Saúde(PS) Bucal Escolar do Adolescente: abordagem integrada na ABS do Recife, com finalidade de qualificação das ações de promoção da saúde bucal escolar adolescente vivenciadas pelas equipes de saúde bucal(ESB) do DS IV-Recife e um coletivo de alunos e professores da UFPE. Assim, objetiva-se apresentar o plano de ação em EPS para a Rádio Comunitária Aconchego do Serviço Integrado de Saúde(SIS – UFPE), localizado no território da ABS, onde o projeto atua. Os Participantes: coletivo e profissionais do SIS. Público alvo: usuários do SIS, comunidade escolar e de abrangência da Radio. I. Fase preparatória e diagnóstico participativo: contato com sis e coleta de informações sobre a comunidade de abrangência da Radio/SIS; pesquisar temas de interesse com usuários SIS (questionário); análise dos dados co equipe da radio, comunidade, escola e gestão sis. II. Fase de planejamento e implementação da ação: definir as temáticas; definir calendários das atividades dos membros; avaliação processual da programação na radio com os atores. A fase Preparatória foi parcialmente cumprida. A proposta obteve aceitação da comunidade escolar e da Radio SIS. A caracterização da comunidade indicou que: 5 bairros do DS IV e em torno de 5000 pessoas são alcançados com a difusão da Radio. Perfil do usuário: menos de 50% com ensino superior, outros 40% não tinham concluído o Ensino Fundamental e o restante possuía ensino médio completo. Muitos dos entrevistados demonstraram interesse na prevenção de problemas de saúde bucal (35%), problemas crônicos de saúde (30%), nutrição e atividade física (10%), outros 25% não souberam responder. Contudo por problemas logísticos e férias as etapas seguintes serão ainda desenvolvidas. Considera-se que este agir comunicativo potencializa as trocas de saberes vivenciado nas oficinas de EPS desenvolvidas no projeto, por ampliar os debates sobre temas relacionados à saúde para alem da comunidade escolar e ouvintes da Rádio. Além de ampliar o leque de possibilidades de ação em promoção de saúde das ESB da ABS.

1637 Projeto ALFA – Manaus e Defesa Civil promovendo ensino de primeiros socorros e prevenção de acidentes em locais remotos da capital Amazonense.
Ana Paula de Souza Lima, Adilton Correa Gentil Filho, Amanda Ellen de Morais, Gabriela Barros Bessa, José Lucas Quadros de Sá, Adriano Pessoa Picanço Júnior, Arthur Gabriel Gonçalves Bisneto, Max Walber Lima Freitas

Projeto ALFA – Manaus e Defesa Civil promovendo ensino de primeiros socorros e prevenção de acidentes em locais remotos da capital Amazonense.

Autores: Ana Paula de Souza Lima, Adilton Correa Gentil Filho, Amanda Ellen de Morais, Gabriela Barros Bessa, José Lucas Quadros de Sá, Adriano Pessoa Picanço Júnior, Arthur Gabriel Gonçalves Bisneto, Max Walber Lima Freitas

O conhecimento acerca de primeiros socorros e prevenção de acidentes pode ser a diferença entre a vida e morte de um indivíduo. Através da parceria entre a Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal e o Projeto ALFA–Manaus, tem sido abordado o manejo de situações de acidentes em locais onde não se têm fácil acesso aos serviços de saúde, como comunidades urbanas periféricas e ribeirinhas adjacentes. O Projeto ALFA - Manaus, desde 1997, é um projeto pertencente à Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas, que tem como objetivo ensinar de acordo com os protocolos mais atualizados, através de aulas teóricas e práticas, prevenção de acidentes e primeiros socorros. O presente trabalho tem o intuito de demonstrar como tais atividades são realizadas, englobando o modo como o assunto é abordado pela equipe, bem como os impactos sobre as populações e contribuições à formação médica. Os temas das palestras foram: introdução ao socorro; reanimação cardiopulmonar; obstrução de vias aéreas; afogamento; hemorragias; queimaduras; fraturas; entorses; luxações; intoxicação; convulsão e acidente vascular cerebral. A abordagem realizada foi de fácil entendimento e buscou-se utilizar uma linguagem acessível, evitando a utilização de termos técnicos. Ao fim das palestras, ocorreram monitorias de reanimação cardiopulmonar e desobstrução de vias aéreas, onde o público pôde praticar em um boneco de simulação o que aprendeu nas palestras, possibilitando uma melhor aprendizagem. O contato entre acadêmicos, oficiais civis e comunitários permitiu troca de experiências em diversos níveis. Aos alfistas foi permitido compartilhar as noções de primeiros socorros e saúde a um público distinto, onde prevalece o conhecimento empírico e em que o acesso a informação é bastante restrito. Assim, a instrução teve de ser adaptada a realidade de cada comunidade local, de forma a agregar conhecimento técnico valorizando a cultura e os saberes populares. As metodologias ativas e estratégias de ensino-aprendizagem foram desenvolvidas e adaptadas pelos membros do projeto, que contaram com a tutoria e suporte da equipe de oficiais da defesa civil, permitindo atuação em equipe multiprofissional ainda na graduação. As comunidades puderam expor suas vivências, tirar suas dúvidas e de modo recíproco pode compartilhar seus conhecimentos com os alunos, apresentando-os ao seu modo de vida e realidade local. Os acadêmicos de medicina romperam fronteiras territoriais e institucionais importantes, podendo chegar em locais distantes e singulares. Dessa forma, ao mesmo tempo que passam a contribuir com a educação em saúde e a ter contato com cenários práticos que enriquecem sua formação médica-humanitária, voltada às necessidades da população, também têm a oportunidade de aprender com os profissionais, já experientes em atuar com este público heterogêneo, e com as comunidades que os recebem com disposição e interesse. Assim, essa experiência foi relevante para a crescimento acadêmico e pessoal dos membros do projeto além de levar a comunidade noções essenciais de prevenção de acidentes e de primeiros socorros que contribuem para salvar vidas.

2274 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO METODOLOGIA DE PROMOÇÃO A VACINAÇÃO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
CAMILA LEÃO DO CARMO, ADRIANY DA SILVA PEREIRA, BRUNA RENATA FARIAS SANTOS, FERNANDO KLEBER MARTINS BARBOSA, JACKELINE LEITE DE OLIVEIRA, REGIANE CAMARÃO FARIAS, GIOVANA KARINA LIMA ROLIM, DANIELE RODRIGUES SILVA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO METODOLOGIA DE PROMOÇÃO A VACINAÇÃO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: CAMILA LEÃO DO CARMO, ADRIANY DA SILVA PEREIRA, BRUNA RENATA FARIAS SANTOS, FERNANDO KLEBER MARTINS BARBOSA, JACKELINE LEITE DE OLIVEIRA, REGIANE CAMARÃO FARIAS, GIOVANA KARINA LIMA ROLIM, DANIELE RODRIGUES SILVA

Apresentação: A vacinação é um meio eficaz de prevenção da saúde, o qual vem proporcionando a atenuação da mortalidade e morbidade infantil, haja vista que com a imunização do organismo da criança torna-se mais resistente a infecções de microrganismos patológicos. Sendo um fator preventivo que confere além da proteção individual contra sérias doenças, a proteção a comunidade, reduzindo a circulação de agentes infecciosos. Visando controlar e erradicar doenças a partir da vacinação em massa de crianças, o Ministério da Saúde desenvolve programas de imunização e promove campanhas periodicamente, porém devido a diversos fatores como o nível cultural e econômico dos pais, causas relacionadas a crenças, superstições, mitos e credos religiosos, muitas crianças deixam de ser vacinadas. Para de fato entendermos a importância da vacinação é fundamental que tenhamos um conceito do seu processo ativo, pois as vacinas são substâncias como vírus ou bactérias inativadas, ou microrganismos inteiros vivos, porém atenuados, que ao serem introduzidos no organismo de uma pessoa estimulam o sistema imune do indivíduo a desenvolver anticorpos, que irão produzir uma defesa contra os microrganismos que provocariam a doença. Estes anticorpos ativam células de memória do sistema imunológico, de forma a evitar que o indivíduo desenvolva novamente a doença ao ser exposto a ela, obtendo assim a imunidade. Sendo assim, no intuído de contribuir com a efetivação do objetivo do Ministério da Saúde em prevenir doenças infectocontagiosas por meio da vacinação, observou-se a importância de realizar metodologias educativas que incentivasse e sensibilizassem os pais a cumprirem o calendário de vacina. De tal modo o presente trabalho tem como objetivo principal, informar os pais e responsáveis de crianças atendidas em uma Unidade Municipal de Saúde a importância da vacinação infantil e a partir das informações ministradas, sensibilizá-los a cumprir o calendário de vacina e assim, promover e prevenir de saúde não só das crianças de forma individual, mas da população como um todo. Para isso utilizamos como objetivos específico a elaboração de material metodológico que informasse os pais/responsáveis as principais características das vacinas, assim como entreter-se as crianças e expulse-se a ela que a vacinação não é algo ruim e sim um benefício. Descrição da experiência: O trabalho em questão trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, visando contemplar as cinco etapas da problematização descritas por Berbel (2011) como observação da realidade e definição de um problema, postos-chaves a partir de uma análise crítica, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade.  Na qual a partir da observação da realidade exposta durante a efetuação das consultas de enfermagem, notou-se que os responsáveis geralmente apresentavam um atraso na efetuação da imunização segundo a caderneta de vacina cujo filho possuía. A partir dessa observação formulou-se uma hipótese de solução ou atenuação ao problema a qual foi fundamentada na efetivação de uma ação educativa realizada com os pais das crianças atendidas nesta Unidade Municipal de Saúde. A ação educativa foi efetuada na sala de espera para consultas pediátricas da Unidade Municipal de Saúde localizada na região metropolitana de Belém do Pará, para aproximadamente 20 pais/responsáveis os quais levavam suas crianças para consulta de enfermagem e consulta  médica, utilizou-se de ferramentas metodológica, sendo uma delas o folder informativo, com informação sobre as vacinas, e a outra metodologia educativa foi a elaboração de uma música que ressaltava a importância da vacinação, tal música foi cantada por meio da utilização de fantoches, pois além de informar as mãe sobre a importância de seguir o calendário vacinal, também tornou a vacinação um ato menos traumático para as crianças ali presente. Resultados: Notou-se que os responsáveis presentes em sua maioria eram do sexo feminino, a idade variava de 16 a 37 anos, apresentavam diferentes níveis de escolaridade sendo a maioria de ensino médio completo.  Elas expuseram muitas dúvidas quanto ao calendário de vacina, pois muitas não tinham conhecimento de qual vacina o filho deveria tomar com determinada idade e qual a finalidade da vacina, dúvidas essas sanadas com o material impresso no folder. Também houve relatos de que não haviam vacinado a criança, pois não havia a vacina preconizada para a idade na Equipe de Saúde da Família do bairro onde residem, nesse caso indicou-se a elas que levassem a criança a sala de vacina a fim de atualizar o calendário. Outro resultado importante foi a interação das crianças ali presente com os fantoches e com a música, sendo válido ressaltar que algumas crianças na faixa etária de segunda infância pediram após a música para que as mães as levassem para vacinar, haja vista que a letra da música ressaltava que “é só uma furadinha não dói quase nada... vacinar faz muito bem... atrasar o calendário da uma confusão...”, como resultado final, notou-se que ao abordar a temática vacinação por meio de ação educativa, temos que fazer uma abordagem que além de informativa, consiga a atenção do público alvo que são os responsáveis, mas também das crianças, pois quando informa-se as mães sobre os benefícios da vacinação e atenua-se o medo das crianças em relação a penetração da agulha, torna-se o processo de imunização mais aceito pelo binômio mãe e filho. Considerações finais: Conclui-se com a elaboração deste trabalho a importância da atenção primária no processo de promoção e prevenção da saúde, afinal é por este meio que as crianças tem o acesso a imunização e desta forma tem a saúde prevenida de problemas futuros, portanto a atenção básica é o batalhão de frente no processo de erradicação de doenças como poliomielite e varíola, pois como já foi mencionado é por meio de medidas efetuadas na atenção primaria e do fácil acesso as unidades de saúde, que ocorre a vacinação em larga escala das crianças, assim como é der deste setor que medidas de educação em saúde sejam efetuada e assim proporcionem a sensibilização dos responsáveis para a efetivação do calendário de vacina. Portanto, é fundamental que o profissional da atenção primaria realize medidas que incentivem e ensinem os pais a cumprirem o calendário de vacina, assim como é fundamental não apenas por meio de rodas de conversa mas também que sejam realizadas a sensibilização nas consultas de enfermagem cujo enfermeiro possui o papel de explique o calendário de vacinação aos responsáveis pela criança e incentive-os a realizar a imunização completa da criança, pois assim, estarão prevenindo que esta criança esteja sujeita a doenças graves, referenciando para a utilização da atenção terciaria, tendo de haver internações e podendo até mesmo acontecer o óbito deste usuário. Em suma conclui-se que a vacinação é importantíssima no processo de promoção e prevenção da saúde e deve-se incentivar o cumprimento do calendário vacinal.

2744 A EDUCAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS PARA PROFESSORES NO AMBIENTE ESCOLAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Jessika Afonso Castro, Benedito Carlos Cordeiro, Kelly Messias Andrade, Maria das Graças Garcia e Souza

A EDUCAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS PARA PROFESSORES NO AMBIENTE ESCOLAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: Jessika Afonso Castro, Benedito Carlos Cordeiro, Kelly Messias Andrade, Maria das Graças Garcia e Souza

APRESENTAÇÃO: As práticas de primeiros socorros são caracterizadas como condutas iniciais que objetivam ajudar pessoas que estejam em sofrimento ou risco de morte, além disso, não são restritas aos profissionais de saúde, sendo de suma importância que leigos aprendam as condutas para socorrer e salvar vidas.  Sabendo que a escola é um cenário que não está livre de ocorrências e agravos de urgência e emergência, os profissionais da educação estão sujeitos a presenciar e socorrer alunos, vítimas de diversas situações. Porém, por não serem capacitados ou por não fazer parte das bases de formação dos cursos de educação, os profissionais relatam despreparo para realizarem os primeiros socorros. Sabendo que a escola é um palco rico para o ensino e aprendizagem, a proposta de introdução de temas relacionados a saúde viabiliza que o ambiente escolar seja um local mais seguro, o que tem se chamado de Escola promotora da saúde, onde se tem a atuação conjunta de profissionais da saúde, professores, funcionários e a comunidade. A proposta é a construção do conhecimento de temas envolvidos na saúde que irão propiciar o desenvolvimento físico, social, cultural e o bem-estar dos alunos, buscando a redução de acidentes, prevenção de agravos e a promoção da saúde, com o apoio da comunidade, do corpo docente, dos pais e dos próprios alunos. A educação em saúde é uma grande ferramenta para a capacitação de professores sobre práticas de saúde e primeiros socorros e a enfermagem tem um importante papel para a concretização dessa educação, pois se encontra inserida em programas que atuam nas escolas, com o objetivo de promover e prevenir agravos de saúde nessa população. Quando são direcionadas aos profissionais de educação capacitações em emergência, poderá favorecer que práticas de primeiros socorros sejam realizadas o mais precocemente possível nas escolas, minimizando complicações e sequelas, propiciando e propagando um ambiente escolar mais seguro. Para isso, são necessários que professores que atuem no ambiente escolar recebam capacitações formais e continuadas para o enfrentamento de situações de urgências e emergências que possam ocorrer nas escolas. Neste contexto, o objetivo deste estudo é analisar a produção de conhecimento sobre a temática capacitações em primeiros socorros no ambiente escolar. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Esse estudo é parte dos objetivos de uma pesquisa intitulada como: “A implantação da educação permanente em primeiros socorros no Instituto Federal do Rio de Janeiro campus Engenheiro Paulo de Frontin” do Programa de Mestrado Profissional em Ensino na Saúde (MPES): formação interdisciplinar para o Sistema Único (SUS) da escola de enfermagem da Universidade Federal Fluminense. Trata-se de uma revisão integrativa com a seguinte questão norteadora: Quais as evidências científicas disponíveis nos bancos de dados de saúde acerca de capacitações ou treinamentos em primeiros socorros para os professores no ambiente escolar? O acesso virtual para a coleta de dados ocorreu em novembro de 2017 nas bases de dados  Sistema Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS); a National Library of  Medicine (PUBMED); e a Biblioteca Virtual Scientific Electronic Library Online (SCIELO), por meio da utilização dos Descritores em Ciências da Saúde – DeCS e MeSH respectivamente, e que melhor enquadrassem a estratégia PIO, representados pelas letras “P” - paciente ou local a ser investigado, “I” – intervenção e “O” - resultados esperados. Foram utilizados como descritores: Escolas/School; Primeiros Socorros/Firt Aid; Educação/Educacion. Como critérios de inclusão foram selecionados os seguintes dados: artigos científicos, disponíveis on line, completos, disponíveis em português, espanhol e inglês, que abordassem e discorressem sobre capacitações e treinamentos de primeiros socorros realizados no ambiente escolar no periódico dos últimos dez anos (2007 a 2017). Como critérios de exclusão: revisões integrativas, estudos duplicados e aqueles que não atendiam a demanda da pesquisa. RESULTADOS: Foram encontrados 476 estudos, e selecionados após leitura dos títulos 40 artigos para análise dos resumos. A partir disso, escolheu-se 15 artigos das bases de dados para análise crítica dos artigos e leitura na íntegra. Após essa fase, foram selecionados 8 artigos que realmente relatavam experiências e reflexões sobre treinamentos e capacitações em primeiros socorros para professores no ambiente escolar. Os dados encontrados foram categorizados e agrupados em tabelas com as seguintes informações: autor, base de dados, ano de publicação, título, tipo de estudo/ ou pesquisa, local de realização do estudo e principais resultados encontrados. Os estudos foram realizados em escolas das cidades de Shanghai (China), São Paulo (Brasil), Chandigarh (Índia), Palmas (Brasil), Nova Zelândia (Austrália), Bom Jesus (Brasil), Amiens (França) e Bangalore (Índia). Todos os estudos discorrem sobre a educação em primeiros socorros realizadas para os professores como meio de qualificá-los para melhorar a assistência em caso de qualquer incidente no ambiente escolar. Além disso, dois dos artigos analisados relatam a realização de um pré-teste e um pós-teste para avaliação do conhecimento dos professores e constatação da eficácia da metodologia de ensino utilizada no estudo. Foram demonstrados com dados quantitativos que houve melhora significante no nível de conhecimento dos participantes após a realização da educação em saúde, concluindo a importância do treinamento sobre princípios básicos de primeiros socorros no ambiente escolar. Além disso, um dos artigos analisados propôs a criação de uma cartilha educativa com as práticas de primeiros socorros como produto permanente de educação para os professores. Cabe citar, que no processo de busca na literatura e ao correlacionar o problema da pesquisa com o objeto de estudo, verificou-se um cenário precário para a discussão da temática, mesmo sendo considerado um assunto de grande importância para a saúde pública encontrou-se poucos artigos que abordem a educação em primeiros socorros aos professores no ambiente escolar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ante o exposto, é de grande valia a revisão integrativa de estudos na literatura sobre a educação em primeiros socorros no ambiente escolar, visto que estudos teóricos prévios favorecem e contribuem para o processo de planejamento e execução de programas de capacitações em primeiros socorros nas escolas brasileiras. Os profissionais da educação são de extrema importância para a prestação de cuidados em caso de urgência na escola e o professor por ser o profissional de maior contato com o aluno deve conhecer as práticas de primeiros socorros e prestar de forma imediata e eficiente o primeiro atendimento até a chegada do serviço de saúde.

2906 O desafio da educação em saúde com enfoque na alimentação: um relato de experiência
Lorena Praia de Souza Bezerra, Mateus Almeida Farias dos Santos, Camila Santana de Carvalho, Mayra Aparecida Santos Araújo, Lara Kamylla Queiroz Silva, Jéssica Ohana de Alencar Ferraz

O desafio da educação em saúde com enfoque na alimentação: um relato de experiência

Autores: Lorena Praia de Souza Bezerra, Mateus Almeida Farias dos Santos, Camila Santana de Carvalho, Mayra Aparecida Santos Araújo, Lara Kamylla Queiroz Silva, Jéssica Ohana de Alencar Ferraz

APRESENTAÇÃO A alimentação nutricionalmente adequada pode atuar tanto na prevenção como no tratamento de doenças. Nesse sentido, torna-se cada vez mais evidente a importância da avaliação dos hábitos alimentares da população. Além disso, a obesidade, excesso de peso e a pressão social pela busca de um padrão estético têm sido estímulos para a busca de conhecimento sobre os alimentos, dieta saudável e reeducação alimentar. Porém, uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que quase metade da população está acima do peso. Nesse contexto, podemos pensar em como campanhas de promoção da saúde são importantes, já que o aumento desse número populacional acarreta em sérios problemas para o sistema de saúde brasileiro. Segundo Mendes (1996), promoção de saúde se constitui em um elemento chave para que haja a reorientação de políticas e serviços de saúde. É um processo de capacitação de indivíduos em sua comunidade, e é um processo ativo que requer planejamento e dedicação, dessa forma, não pode ser prescrito ou ordenado. Em outras palavras, indivíduo precisa decidir por si mesmo se processará as alterações que irão ajudá-lo a melhorar seu próprio estado de saúde e atingir nível mais elevado de bem-estar. Ele é o autor principal dessa história, pois é ele quem decide como será seu futuro a partir da escolha de acolher ou não o que lhe foi passado. Desta forma torna-se necessário empregar métodos de reeducação alimentar que intervenham nos hábitos do cotidiano das comunidades, sempre respeitando seus valores, crenças e significados culturais da alimentação. A reeducação alimentar pretende facilitar a adoção de hábitos alimentares ou qualquer comportamento relacionado à alimentação promovendo a saúde. Ela substitui as dietas e suas pressões e repressões e vem como forma de estímulo que visa mudar a forma de alimentação de uma comunidade para que esta aprenda a comer de forma saudável. Dessa forma, o evento intitulado “Comer é necessário, se reeducar é preciso!” realizado pelo o comitê local da IFMSA Brazil da UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI) teve como objetivos: orientar a estudantes de medicina quanto à abordagem da temática da alimentação em processos de educação em saúde e, levar à população em geral conhecimentos sobre reeducação alimentar. DESENVOLVIMENTO O evento consistiu em uma sequência de palestras, contando com a presença de três palestrantes convidados, sendo distribuídos em três momentos distintos, que incluíram duas palestras com especialistas na temática e um relato de uma paciente. Primeiramente ocorreu uma palestra ministrada por um gastroenterologista com formação adicional em nutrologia abordando a importância da alimentação saudável e os impactos positivos de tais práticas na saúde. No segundo momento, foi a vez do relato de experiência, que apresentou um caso bem sucedido de reeducação alimentar. E por último, foi ministrada uma palestra dentro da área da nutrição, na qual foram focados os desafios da manutenção de uma alimentação equilibrada diante de uma rotina agitada e estressante, e a importância de alguns alimentos para melhoria da qualidade alimentar. O evento foi realizado no dia 08/06/2017, no Centro de Ciências da Saúde da UESPI (CCS/ UESPI), das 18:30 às 20:30, e obteve um público total de 21 pessoas, envolvendo acadêmicos de medicina da UESPI do primeiro ao quinto bloco, além de seus familiares. O público se mostrou bastante interessado nas palestras, participando ativamente com perguntas e promovendo discussões. RESULTADOS Na primeira palestra, o gastroenterologista pontuou sobre fatores que interferem na saúde do ser humano, ressaltando que a alimentação é disparadamente o mais importante, além disso, argumentou que o ser humano foi "programado" para se alimentar de frutas e que no decorrer de sua história houveram "desvios alimentares" como: ingerir carnes, leites e derivados, queimar alimentos e adicionar sal e açúcar aos mesmos, dessa forma, sua palestra teve alto poder persuasivo, despertando, desde o começo do evento, a atenção do público e estimulando a sua participação com perguntas. Após sua palestra, sucedeu-se o relato de experiência de uma advogada que teve sua saúde revitalizada apenas por alimentação e exercício físico, perdendo 39,6 Kg em, aproximadamente, um ano e meio. A advogada explica que não fez uma dieta rígida, ao contrário do que muitos pensam, mas sim uma reeducação alimentar orientada por nutricionista, não deixando de comer o que gosta, porém com as devidas moderações. Ela relata ainda, que a evolução trouxe melhoras em todas as dimensões de sua saúde. Em seguida, houve a palestra de uma nutricionista esportiva que abordou medidas práticas para se ter uma alimentação saudável, frente à árdua rotina de estudos e trabalhos, que tornam o tempo cada vez mais escasso, problema que é referido, por muitas pessoas, como desculpa para o descuido com a alimentação saudável. A avaliação de impacto foi realizada qualitativamente a partir da observação do interesse dos participantes em participar com perguntas e do feed back espontâneo dado por eles à organização do evento, e percebeu-se que participaram ativamente com perguntas que enriqueceram os debates, ademais, houve comentários positivos vindos dos participantes a respeito de sua satisfação com o evento e da repercussão em sua qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se concluir que, em muitos casos, a população tem uma breve noção de que a boa alimentação é importante para a promoção da saúde, todavia, esse saber popular geralmente é superficial, e não é considerado extremamente relevante para que as pessoas se sintam motivadas a buscar alternativas de uma boa alimentação frente à sua árdua rotina. Diante desse desafio, a educação em saúde com enfoque na alimentação, realizada em consultas de profissionais de saúde, em campanhas, em palestras e em outros eventos e dinâmicas educacionais são de extrema importância para informar a população sobre a relevância do assunto, despertando seu interesse e persuadindo-a a melhorar sua alimentação. Nesse sentido, a sequência de abordagens nas palestras realizadas pode ser destacada como um ponto positivo do evento, e pode ser utilizada como estratégia educacional na temática, uma vez que, em primeiro lugar, é essencial o profissional se mostrar persuasivo, como o gastroenterologista mostrou-se ao basear seus argumentos em informações pouco difundidas e impactantes como o fato de que a alimentação inadequada vai de contra ao que o ser humano foi "programado", fato que despertou a atenção dos ouvintes. Em segundo lugar é importante que o profissional de saúde adote uma boa alimentação em seu dia-a-dia, visto que, como foi observado na segunda palestra, a presença de um exemplo real contribui positivamente para a motivação e entusiasmo dos ouvintes. Para finalizar o processo de educação, é essencial o profissional de saúde proporcionar à população orientações práticas para ajudá-los a transformar sua motivação em resultados, assim como foi finalizado o evento, com a palestra da nutricionista esportiva.O desafio da educação em saúde com enfoque na alimentação: um relato de experiência

2990 EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRECIONADA À PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Larissa Lima Figueira Freire, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Mayane Silva Lopes, Adriana Lorena Sena de Lima, Thayná Maria Andrade Silva, Diogo Seichii Umbelino Okawa, Sávio Felipe Dias Santos, Victória Karolina Santos Santana

EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRECIONADA À PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Larissa Lima Figueira Freire, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Mayane Silva Lopes, Adriana Lorena Sena de Lima, Thayná Maria Andrade Silva, Diogo Seichii Umbelino Okawa, Sávio Felipe Dias Santos, Victória Karolina Santos Santana

Introdução: O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil. O movimento Novembro Azul se trata de uma campanha nacional que visa promover a saúde do homem, principalmente quanto ao combate do câncer de próstata. Atividades são desenvolvidas nesse período do ano para incentivar a adesão desse público à prevenção, diagnóstico e tratamento precoce, evitando assim maiores agravos à saúde. Nesse sentido, os profissionais de saúde possuem um papel fundamental, em especial a enfermagem, por ser uma profissão que tem em seu alicerce a educação em processos de saúde da população. Objetivo: Descrever a realização de uma ação educativa direcionada ao público masculino, acerca da prevenção do câncer de próstata. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no mês de novembro de 2016, em uma estratégia saúde da família (ESF), localizada no município de Belém do Pará, durante as aulas práticas do componente curricular de Enfermagem Comunitária II, com acadêmicos do 5º período do curso de enfermagem da Universidade do estado do Pará (UEPA). O desenvolvimento deste estudo iniciou-se a partir da observação da rotina de procedimentos realizados na ESF e o público atendido. Constatou-se, por meio de conversas com a enfermeira e os agentes comunitários de saúde, que atendimentos a usuários do sexo masculino eram reduzidos, devido à baixa procura pelos serviços. Nesse sentido, os acadêmicos decidiram elaborar um folder, com informações acerca da prevenção do câncer de próstata, para ser divulgado em uma ação educativa. O material produzido possui os seguintes assuntos: conceito de câncer de próstata, fatores de risco, sinais e sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento. No dia estabelecido para a realização da ação, os acadêmicos abordaram 11 participantes, individualmente, para explanar o assunto em questão. No decorrer das abordagens, os usuários afirmaram não procurar os serviços de saúde e que só estavam na unidade para acompanhar algum familiar (esposa, mãe ou filha). Ao final da ação educativa, o folder foi entregue a cada participante, como forma de incentivo à divulgação das informações e para melhor apreensão por meio da leitura. Resultados e/ou impactos: Foram perceptíveis as barreiras ainda existentes relacionadas ao assunto, no entanto os usuários participaram e puderam obter diversos esclarecimentos. Ao longo da atividade, foi enfatizada a importância do diagnóstico precoce e como são realizados os exames. Dessa forma, a ação proporcionou aos acadêmicos direcionar os esclarecimentos de acordo com cada usuário, tornando assim a ação mais produtiva. Além disso, também contribuiu na formação acadêmica no que diz respeito à construção de vínculos e à valorização da equipe de saúde enquanto protagonista no processo do cuidar. Considerações finais: É de suma importância que os profissionais de saúde desenvolvam atividades relacionadas a esse assunto, para fomentar a busca pelos serviços de saúde e a prevenção de agravos por meio do diagnóstico precoce. Nesse sentido, as ações visam promover melhoria na qualidade de vida do homem, desconstruindo conceitos estabelecidos pela sociedade, que dificultam a efetivação das estratégias da equipe de saúde.

3089 A PROMOÇÃO DA SAÚDE ATRAVÉS DA FERRAMENTA EDUCATIVA “QUADRO DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS” EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE AMAZÔNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
João Enivaldo Soares de Melo Junior, Geyse Aline Rodrigues Dias, Tais dos Passos Sagica

A PROMOÇÃO DA SAÚDE ATRAVÉS DA FERRAMENTA EDUCATIVA “QUADRO DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS” EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE AMAZÔNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: João Enivaldo Soares de Melo Junior, Geyse Aline Rodrigues Dias, Tais dos Passos Sagica

APRESENTAÇÃO As Infeccções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) fazem parte do grupo de patologias infecciosas transmitidas, principalmente, pelo ato sexual sem uso de preservativos. Estas são capazes de acometer um amplo público com características bastante heterogêneas, seja nas questões étnicas, sexuais, de faixa etária, culturais, habituais, de gênero ou socioeconômicas. As ISTs são um dos grandes desafios da saúde pública brasileira e do mundo, haja vista a falta de conhecimento sobre prevenção que uma parte da população ainda possui, seja por não ter acesso à informação ou viver em condições de vulnerabilidade. Essas infecções podem resultar em sérios comprometimentos na vida dos acometidos, como infertilidade, doenças agudas, incapacidade de longa duração e morte, tanto em adultos, quanto jovens, idosos e crianças. Portanto, pode-se ratificar o quanto é necessário haver investimento ativo na educação em saúde em todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde, com evidência na atenção primária pela questão da prevenção e transmissão de agravos das patologias nos seus estágios iniciais. Os profissionais e acadêmicos de saúde são fundamentais para a transformação da realidade relacionada às ISTs. As ações educativas, dinâmicas, palestras e rodas de conversas com adolescentes, adultos e idosos são as principais ferramentas para efetivar tal objetivo. Com isto deve-se destacar a necessidade da atuação do profissional enfermeiro durante a construção e implantação desses trabalhos, haja vista o seu papel de agente criador e organizador de ideias que garantem a construção de um planejamento eficiente capaz, não apenas chegar até o público-alvo, mas fazê-lo entender de fato como ter autonomia na sua própria qualidade de vida. Logo, o intuito desse relato é, acima de tudo, demonstrar a importância da atuação da enfermagem na educação em saúde, para prevenir, diagnosticar e tratar as ISTs através de ações educativas. Ademais, destacar a experiência de acadêmicos do curso Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem da Universidade Federal do Pará em uma ação educativa denominada “Quadro das ISTs” aos usuários cadastrados e atendidos nos serviços oferecidos por uma Unidade Básica de Saúde de um bairro da periferia da cidade de Belém do Pará. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Os envolvidos na experiência foram 2 discentes de enfermagem da Universidade Federal do Pará, cursando o 3° período e uma docente orientadora responsável pelas aulas práticas da Atividade Curricular Processos Educativos em Enfermagem. Inicialmente os discentes buscaram construir o conhecimento prévio sobre ações educativas por meio do estudo de artigos, relatos, revisões integrativas de literatura, livros e resumos científicos relacionados ao tema e decidiram utilizar o “Arco da Problematização de Manguerez” para a construção da ação educativa “Quadro das ISTs”.  Em seguida os discentes confeccionaram duas tecnologias para o desenvolvimento da dinâmica, a primeira foi um quadro feito de isopor com placas enumeradas nas quais tinham 4 perguntas sobre os sinais e sintomas, transmissão, tratamento e diagnóstico das infecções. A segunda foi um dado gigante feito de caixa de papelão no qual tinha 6 tipos de IST’s distribuídas em cada uma das suas faces, dentre elas estava: sífilis, vírus do papiloma humano (HPV), gonorreia, vírus da imunodeficiência humana (HIV/AIDS), tricomoníase, e herpes genital. A abordagem aconteceu com o público que estava no espaço de espera para as suas consultas em uma Unidade Básica de Saúde da periferia da cidade de Belém do Pará. Houve o momento de apresentação dos discentes antes de iniciar a ação educativa com o intuito de saber o conhecimento prévio dos usuários sobre o tema, garantindo a aproximação e interação entre os mesmos. Logo em seguida pedimos que alguém se manifestasse para jogar o dado gigante e após a IST ser escolhida ao acaso era feito a intervenção dos discentes com uma explicação completa sobre a mesma, de maneira clara, objetiva e com uma linguagem acessível ao público em questão. O indivíduo que jogou o dado tinha o direito de escolher uma das placas do Quadro das ISTs e a pergunta que continha na placa escolhida deveria ser respondida por ele, porém se não soubesse responder ou respondeu incorretamente, poderia receber ajuda de qualquer um dos usuários presentes. Assim a dinâmica foi seguindo na mesma sequência de jogar o dado, escolher uma placa do quadro e responder com a ajuda dos demais participantes a pergunta contida na placa. No final, quando já havia acontecido a explicação das 6 infecções do dado, ressaltamos a importância do uso de preservativos e outros métodos para a garantia da prevenção de qualquer infecção sexualmente transmissível. Informamos sobre a distribuição de preservativos oferecidos pelos serviços de atenção primária, como a própria Unidade Básica de Saúde e a quanto era necessário usufruir dessa oportunidade. Em seguida houve um espaço aberto para o esclarecimento das dúvidas ainda pendentes. RESULTADOS E/OU IMPACTOS No momento da abordagem sobre o que se tratava a dinâmica foi perceptível o receio de algumas pessoas em falarem a respeito dos seus conhecimentos em relação às ISTs, haja vista a presença de um público misto formado por 3 adolescentes, 5 adultos e 4 idosos totalizando 12 pessoas. Os adultos se mostraram mais a vontade, porém no decorrer da dinâmica os jovens e idosos passaram a ver a importância de discutir sobre esse assunto, haja vista a alta incidência das ISTs por falta de informações básicas. Em relação ao uso do preservativo ainda havia uma associação apenas ao ato de impedir a gravidez, por isso buscamos direcionar a discussão final para esse assunto. De forma geral conseguimos despertar interesse em todos, bem como a participação ativa durante as perguntas e respostas. Por fim todas as dúvidas em relação aos sintomas, prevenção, transmissão e tratamento foram respondidas por intermédio dos acadêmicos. Os usuários fizeram comentários positivos sobre o trabalho feito, além de ressaltarem a importância de criar outros que abordem diversas doenças ainda pouco conhecidas por eles. CONSIDERAÇÕES FINAIS A atenção primária do Sistema Único de Saúde ainda possui precariedade em determinados quesitos, como foi encontrado na referida Unidade Básica de Saúde, podendo-se ressaltar a educação em saúde por meio de ações educativas. Estas são capazes de construir, de forma dinâmica, ambientes enriquecedores dos conhecimentos fundamentais tanto ao público, quanto aos acadêmicos e profissionais da saúde. Em relação ao público abordado pode-se destacar a promoção da saúde fazendo-os serem protagonistas da própria saúde e garantindo qualidade de vida. Já os acadêmicos e profissionais aprendem como promover saúde com um amplo leque de alternativas, entendendo e modelando o seu verdadeiro papel na saúde pública. Ademais, ações educativas sobre as infecções sexualmente transmissíveis precisam ser realizadas cada vez mais devido a sua alta incidência por falta de informação e tabus impostos ao tema. 

1924 Construindo diálogos: eu sei, tu sabes....nós ampliamos saberes junt@s”: Vivência no Terminal de ônibus
Maria Rocineide Ferreira da Silva, Lucilane Maria Sales da Silva, Raimundo Augusto Martins Torres, Olga Maria Alencar, Thayza Miranda Pereira, Maria Alice Oliverira da Silva, Mikaelly dos Santos Lima

Construindo diálogos: eu sei, tu sabes....nós ampliamos saberes junt@s”: Vivência no Terminal de ônibus

Autores: Maria Rocineide Ferreira da Silva, Lucilane Maria Sales da Silva, Raimundo Augusto Martins Torres, Olga Maria Alencar, Thayza Miranda Pereira, Maria Alice Oliverira da Silva, Mikaelly dos Santos Lima

A educação popular tem se constituído como campo de saber cada vez mais importante no ensino do curso de enfermagem da Universidade Estadual do Ceará. A ideia assumida por Freire(2010) vai reforçar o movimento libertário e autonomizador de sujeitos, portanto fonte de inacabamentos e ao mesmo tempo de libertação tão necessário para quem assume como ação prioritária o cuidado, sobretudo no sistema público de saúde. Objetivamos relatar a experiência de uma prática educativa realizada num terminal de ônibus na cidade de Fortaleza. Como metodologia adotamos o relato de experiência. Participaram desse, 10 acadêmicos de Enfermagem que estavam cursando no primeiro semestre de 2017 a disciplina optativa Educação Popular e Saúde e a professora. A ideia foi vivenciar num território onde a população está cotidianamente a implementação dos princípios da educação popular numa prática educativa coletiva. Num primeiro momento passamos a escolha do tema, como estávamos na última sexta de setembro, escolhemos o tema da prevenção ao câncer de mama. Os acadêmicos se debruçaram sobre a temática e ao se apropriar construíram folder que levaram no dia de partilha. Fizemos uma simulação da vivência pensando na fila do terminal e no tempo de espera por isso pensou-se o cuidado na seleção da fila que iria se fazer ao chegar ao terminal. Também pensou-se que como prática educativa iriam partir dos saberes já existentes, a problematização, e as perguntas geradoras: Vocês já ouviram falar de câncer de mama? Alguém pode falar algo? Já ouviram falar no auto-exame das mamas? Com uma participação ativa, muitas mulheres foram comentando, desde a importância do auto exame até suas experiências de cânceres em si ou em familiar. E aos poucos, com diálogo e amorosidade a prática ia se concretizando, co-gestão de saberes, compartilhamento. Resultados: Sentiram-se motivados e foram fazendo rodas bem aquecidas com a participação, sobretudo de mulheres. Os acadêmicos perceberam além da potencia das falas das mulheres que já articulavam muitos saberes, também as suas potencias e necessidades, disponibilidade para escutar, isso produzindo inclusive seu fortalecimento diante das outras pessoas tão disponíveis para se exporem. Eles inicialmente, acreditavam que não ia dá certo, mas com a cumplicidade de seus pares e a vocalização das mulheres que estavam ali aprenderam como é Possível aprender-aprender. Considerações finais: Salienta-se a importância do deslocamento de territórios, fazer essa vivência num dia de aula os fez perceber o papel social da universidade na produção e aplicação de conhecimento na e com a comunidade. Como compartilharam ensinaram e aprenderam, se surpreenderam e expressaram o quanto se sentiam motivados a retornar. Perceberam a fortaleza que desenvolveram por estarem em grupo e numa atitude de cuidado preocuparam-se e planejaram esse momento mas também, que haverá sempre um movimento de superação de todos presentes nas rodas para as dificuldades evidenciadas, que no caso foram desde o barulho a vizinha lembrando a importância da outra ir ao posto buscar a prevenção. Muitos aprendizados em tantas partilhas.

4002 A importância do vínculo entre escola e serviços de saúde: O enfermeiro como um educador.
BRUNA DAMASCENO MARQUES, Darlene Dias de Sousa, Elaine Priscila Ângelo Zagalo, Euriane Castro Costa, Ewerton Beckman dos Reis, Jéssica Samara Coelho de Almeida, Karina Barros Lopes, Elizângela Mendonça

A importância do vínculo entre escola e serviços de saúde: O enfermeiro como um educador.

Autores: BRUNA DAMASCENO MARQUES, Darlene Dias de Sousa, Elaine Priscila Ângelo Zagalo, Euriane Castro Costa, Ewerton Beckman dos Reis, Jéssica Samara Coelho de Almeida, Karina Barros Lopes, Elizângela Mendonça

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência sobre uma ação educativa desenvolvida pelos acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, afim de identificar os saberes dos adolescentes sobre gravidez e métodos contraceptivos, e elucidar quaisquer dúvidas acerca do assunto. A atividade foi realizada em uma turma da 7º série, formada por 30 alunos na faixa etária de 12 a 14 anos, a escola é localizada no bairro da Terra Firme na cidade de Belém do Pará, considerada uma área de risco socioeconômico, com adolescentes em situação de vulnerabilidade a gravidez indesejada devido à falta de informação. A adolescência é vista como uma fase de mudanças e transformações biopsicossociais, é considerada um período de desenvolvimento humano onde ocorrem transformações físicas, biológicas, sociais e emocionais devendo ser analisada por vários prismas na tentativa de compreender melhor a dinâmica envolvida nesta fase. O início da puberdade ocorre nas meninas entre 8 a 13 anos com o aparecimento do broto mamário, e nos meninos, entre 9 a 14 anos, com o aumento do volume dos testículos. Logo, esta fase é uma transição da infância para a fase adulta, e, nessa transição ocorre o “despertar” do interesse sexual nos adolescentes, uma vez que há o aumento dos hormônios femininos e masculinos, o adolescente começa então a descobrir e conhecer o seu corpo. Tendo em vista que a prática de atividade sexual tem se tornado cada vez mais precoce, o risco de uma gravidez indesejada aumenta, logo, se torna de extrema importância para à educação em saúde nas escolas pelos profissionais de enfermagem, buscando saber as dúvidas e o conhecimento dos adolescentes sobre o assunto e a partir disso desenvolver estratégias para a prevenção da gravidez indesejada na adolescência e de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), uma vez que o adolescente tendo um conhecimento prévio sobre métodos contraceptivos e sobre como funciona o seu corpo, ele saberá como se prevenir desses fatores negativos ao iniciar a sua atividade sexual. É fato que a associação entre conhecimento de método contraceptivo e práticas do sexo seguro tem se demonstrado frágil, beneficiando a gravidez na adolescência e contagio de DST´s. A iniciação sexual precoce está associada com o não uso ou uso inadequado dos preservativos e suas consequências como a gravidez indesejada. A saúde sexual reprodutiva do adolescente é motivo de inquietação para pais, educadores, profissionais de saúde e governantes, é um assunto “tabu”, muitas vezes negligenciado por ser um assunto desconfortável, porém, suas implicações são de alto impacto individual e social. A ação educativa possibilitou aos acadêmicos uma maior compreensão acerca do conhecimento desses adolescentes que residem em áreas de risco, buscando resultados mais concretos diante da realidade vivenciada.Desenvolvimento do trabalho: A atividade foi divida em 3 momentos. Na primeira etapa, os alunos foram separados em três grupos com dois acadêmicos cada um, para a realização de uma roda de conversa, onde se buscou o conhecimento prévio sobre alguns métodos contraceptivos (preservativo masculino, preservativo feminino, anticoncepcional e pílula do dia seguinte). Nesse momento buscamos avaliar o conhecimento dos adolescentes sem a influência das informações técnicas, para que de forma dinâmica pudéssemos não simplesmente levar a informação mais contribuir a partir do conhecimento prévio dos alunos. Percebemos assim a diversidade das informações diante dos métodos apresentados, de uma forma geral, podemos dizer que a maioria conhecia a maior parte dos métodos apresentados, mas tinham orientações equivocadas dos mesmos. No segundo momento foi realizado um jogo para responder afirmativas relacionadas aos saberes dos adolescentes sobre métodos contraceptivos e gravidez, onde os grupos disputavam entre si. Eles respondiam através de duas placas que cada grupo possuía de “verdadeiro” e “falso”. Após cada pergunta os acadêmicos informavam e esclareciam em relação a cada questão abordada. Utilizamos essa etapa da ação para trabalhar em cima dos resultados do primeiro momento, reafirmando aquilo que os adolescentes já conheciam e informando, orientando e esclarecendo a respeito do que eles não sabiam. Foi realizado de forma muito dinâmica e participativa e observou-se um aprendizado natural diante da metodologia utilizada. Por último, os acadêmicos reuniram-se novamente com seus respectivos grupos para esclarecer as perguntas que foram realizadas de forma escrita e sem identificação, apenas relatando sexo e idade. Nesta etapa avaliamos toda ação e observamos através das perguntas realizadas o interesse e a compreensão diante de tudo o que foi abordado fazendo com que os adolescentes se sentissem confortáveis para de forma direta fazer comentários e perguntas sobre toda ação, deixando claro o desejo de um retorno para continuidade ou realização de um novo estudo.Resultados e/ou impactos: Tomando-se como referência a roda de conversa sobre gravidez na adolescência e métodos contraceptivos, onde a turma de 30 alunos foi divida em 3 subgrupos composto por 10 alunos cada, formando grupo denominados Luluzinha, Bolinha e Lulubolinha, nos quais Luluzinha era constituído somente de meninas, Bolinha disposto somente de meninos, e Lulubolinha formado de meninos e meninas. Fomos recepcionados com grande euforia e no decorrer da ação os adolescentes, mostraram-se participativos dispostos e interessados na atividade educativa. Podemos observar que todos os grupos apresentavam conhecimento reduzido sobre os métodos contraceptivos, desconhecendo a finalidade e o manejo na utilização dos mesmos. Os adolescentes receberam informações sobre esta temática através da mídia e amigos, no entanto, esses esclarecimentos não foram suficientes para propiciar condutas que permitam um sexo seguro no que tange a gravidez e prevenções de DST’s. Eles também apresentavam, em sua maioria, déficit de conhecimento relacionado a fisiologia e caracteres sexuais responsáveis pela concepção. Outra característica observada, que apesar de não saber as informações ao que concerne à gravidez, os mesmos referiam conhecer a relação sexual propriamente dita, não como uma experiência própria, mas através de meios de comunicação e experiências vivenciadas por amigos. Considerações finais. Este trabalho evidencia a importância da parceria do serviço de saúde junto às escolas. Pois considerando que a falta de conhecimento com o corpo e do uso correto de métodos contraceptivos levam ao desenvolvimento de problemas sexuais e gravidez, torna-se essencial da presença do profissional enfermeiro trabalhando em parceria com a escola os conceitos, orientar o adolescente para que exerçam sua sexualidade com segurança. Muitas pessoas, não só os adolescentes desconhecem a fisiologia da concepção, que vai muito além de um simples “ato sexual”, há uma série de alterações que acontecem neste momento, começa com a maturação dos órgãos sexuais para este momento, alterações hormonais, fatores psíquicos, emocionais e a própria concepção em várias fases desde a fecundação até o possível nascimento de outro ser vivo e o seguimento das outas fases da vida que não é tão simples e preciso de um conhecimento mais aprofundado por parte da população. Hoje vemos a importância do enfermeiro como educador em meio às necessidades da população, trabalhando a prevenção não somente o tratamento ou cura de patologias, é muito mais que isso, o profissional de enfermagem se tornou a ponte acessível e mais apropriada para esse contexto.

4269 InVISTA – proporcionando o teste de acuidade visual para crianças de escolas públicas: um relato de experiência
Lorena Praia de Souza Bezerra, Luciana Costa Pinto da Silva, Iuri Matias Oliveira Schreiner, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Ana Carolina Queiroz Cândido da Silva, Marcos Jacob Cohen, Valéria Priscila Neves de Souza

InVISTA – proporcionando o teste de acuidade visual para crianças de escolas públicas: um relato de experiência

Autores: Lorena Praia de Souza Bezerra, Luciana Costa Pinto da Silva, Iuri Matias Oliveira Schreiner, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Ana Carolina Queiroz Cândido da Silva, Marcos Jacob Cohen, Valéria Priscila Neves de Souza

INTRODUÇÃO A visão apresenta-se como um dos importantes sentidos do ser humano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 7,5 milhões de crianças em idade escolar sejam portadoras de algum tipo de deficiência visual e apenas 25% delas apresentem sintomas. Além disso, pode-se perceber que grande parte destas crianças não são diagnosticadas precocemente e, muitas vezes, possuem baixo rendimento escolar; podendo haver ligação com a deficiência ocular. Sendo assim, foi proposto a realização de uma ação que identifique, através do Teste de Snellen, os alunos que possuem baixa acuidade visual em escolas públicas. Nossos objetivos são oferecer consulta oftalmológica básica, através de perguntas e aplicação do teste de Snellen, para crianças de escolas públicas que não tem a oportunidade ou conhecimento deste tipo de atendimento; e identificar os alunos com alteração da acuidade visual. RELATO DE EXPERIÊNCIA Anteriormente à ação, realizou-se uma capacitação para os voluntários com um profissional especialista, com o objetivo de sanar todas as dúvidas sobre a realização do teste de acuidade visual. A ação consistiu no deslocamento de alunos de medicina à uma escola local de ensino fundamental. Foi realizada uma anamnese oftalmológica básica, e, logo após, o Teste de Snellen. Houve uma grande adesão por parte da escola e pelos alunos, demonstrando ser uma necessidade real para esta realidade.  Ao final da atividade, os voluntários receberam um questionário para avaliar sua satisfação com o resultado da ação, e se havia contribuído com seu conhecimento sobre a área. RESULTADOS Do total de 85 crianças submetidas ao exame de triagem, 15 crianças (17,64%) apresentaram baixa acuidade visual em ao menos um dos olhos, sendo 14 (16,47%) encaminhados para o atendimento oftalmológico. Os alunos restantes, que não apresentaram alterações, receberam orientações quanto à importância da reavaliação oftalmológica periódica. Entre os voluntários da ação, 100% relataram se sentir aptos em realizar o Teste de Snellen após a atividade, além de destacarem que foi muito importante para aprender um pouco mais sobre a profissão e participariam novamente da ação. CONSIDERAÇÕES FINAIS A importância de obtermos dados sobre a acuidade visual está altamente correlacionada na educação das escolas públicas, pois a deficiência na visão é um agente que interfere de maneira significativa no processo de aprendizagem e no desenvolvimento psicossocial das crianças. Além disso, a relevância para os voluntários da ação está na possibilidade de expansão do seu campo de atuação e conhecimento, principalmente relacionado a grandes projetos que à saúde, tanto preventiva quanto curativa.

2665 RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE DEPRESSÃO E SUICÍDIO PARA ADOLESCENTES
ERIKA BEATRIZ BORGES SILVA, CLEO DA COSTA ARAUJO, DHIULY ANNE FERNANDES DA SILVA, ELAINE PRISCILA ANGELO ZAGALO, GICELDA PIMENTEL COSTA, JACKELINE CHAVES FONSECA, THAMYRES BATISTA PROCOPIO, ANA ROSA BOTELHO

RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE DEPRESSÃO E SUICÍDIO PARA ADOLESCENTES

Autores: ERIKA BEATRIZ BORGES SILVA, CLEO DA COSTA ARAUJO, DHIULY ANNE FERNANDES DA SILVA, ELAINE PRISCILA ANGELO ZAGALO, GICELDA PIMENTEL COSTA, JACKELINE CHAVES FONSECA, THAMYRES BATISTA PROCOPIO, ANA ROSA BOTELHO

Apresentação: A depressão e suicídio constituem, atualmente, em um problema de saúde pública, o período da adolescência é considerado vulnerável ao comportamento depressivo e suicida. Logo, é de fundamental importância a abordagem de tais temas, de maneira informativa e preventiva em sala de aula. Esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem sobre atividade prática em Saúde Coletiva, na construção, adaptação e execução de uma metodologia participativa de educação em saúde na escola sobre depressão e suicídio. Desenvolvimento do trabalho: A atividade foi realizada com adolescentes do ensino médio em uma Escola Estadual da cidade de Belém do Pará. Inicialmente foi realizada uma visita observacional pelos acadêmicos de enfermagem, onde os mesmos tiveram o primeiro contato com a turma, cuja faixa etária era de 13 à 16 anos. Foi exposto pelos acadêmicos, assuntos para a próxima ação educativa, onde foi escolhido o tema: depressão e suicídio. O grupo teve como ideia principal a elaboração de uma tecnologia educativa para abordagem do assunto escolhido. A tecnologia seguiu com a adaptação de um jogo de tabuleiro de um tamanho significativo. A turma foi dividida em dois grupos, onde a mesma foi orientada pelos discentes a escolher um líder para representar cada grupo, jogar o dado e responder perguntas sobre o tema proposto projetadas no recurso audiovisual, a cada resposta correta o grupo avançava. Posteriormente para conclusão e fixação do assunto, foi reproduzido um vídeo e por fim, a entrega de brindes. Resultados e/ou impactos: Foi possível observar a interação do público alvo, os adolescentes se integraram às atividades, mediante aos comentários durante toda a ação educativa, pois no momento do jogo, percebeu-se a interatividade eficaz dos adolescentes, em responder as perguntas corretamente. O uso da competição foi outra estratégia pensada pelos acadêmicos, visto que, a disputa sadia permite maior interação dos adolescentes, dessa forma, confrontada a realidade com os conhecimentos existentes, as mesmas se viram naturalmente movidas à reflexão. Ao fim da ação todos participantes ganharam brindes. Considerações finais: Com a realização dessa atividade pudemos observar a necessidade da abordagem do assunto em sala de aula, visto que, a abordagem do tema proporcionou um momento dinâmico, onde os alunos puderam compartilhar relatos, principalmente, relacionando os aspectos ao cotidiano, como problemas pessoais, familiares, preferências e curiosidades. Em geral, o público mostrou-se motivado com a ação, tendo em vista a importância promoção à saúde em sala de aula.

2752 CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO A PARTIR DE UMA AÇÃO SOCIAL COM FOCO EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Fernanda Sousa Fernandes, Rosani Santos Sousa, Elizangêla Melo de Castro, Annelyse Rosenthal Figueiredo, Larissa Adna Neves Silva

CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO A PARTIR DE UMA AÇÃO SOCIAL COM FOCO EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Fernanda Sousa Fernandes, Rosani Santos Sousa, Elizangêla Melo de Castro, Annelyse Rosenthal Figueiredo, Larissa Adna Neves Silva

Este resumo descreve nossa experiência enquanto discentes, envolvidos na construção e execução de uma ação coletiva proposta num componente curricular do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da UFOPA, com foco na promoção da saúde. A ação coletiva foi realizada no município de Santarém, Pará, em uma escola de ensino fundamental localizada no bairro selecionado para estudo e que possui condições precárias de saneamento básico. Durante dois semestres realizamos visitas de diagnóstico no bairro Mapiri, em Santarém-PA e observamos a ausência de saneamento básico com presença de esgotos a céu aberto, encanamentos de água precários, córregos e canaletas de águas pluviais que escoam por dentro das residências e locais que alagam em período de cheia. Além destes fatores considerados determinantes no processo de adoecimento da população, o relato de profissionais de saúde do bairro confirmaram a vulnerabilidade social das crianças que frequentemente são acometidas com doenças diarreicas agudas. A partir destas observações entrevistamos crianças de uma escola de ensino fundamental utilizando um questionário estruturado com o auxílio de imagens ilustrativas e levantamos informações acerca da percepção delas sobre higiene e saúde. Após análise dos dados, caracterizamos o perfil de vulnerabilidade das crianças e identificamos problemas relacionados aos hábitos de higiene e suas consequências. Com base nestes resultados, propusemos uma intervenção que associada a de outros colegas culminou numa ação social coletiva na escola. O objetivo da nossa intervenção foi realizar atividades educativas em saúde envolvendo as crianças e professores da escola bem como, profissionais de saúde e comunidade. Após articulação com a escola, escolhemos uma data para a ação que coincidiu com a comemoração do aniversário desta escola, assim conseguimos agregar mais participantes para nossas atividades. No dia da ação, utilizamos figuras e cartolinas para montagem por equipes, de painéis educativos sobre as causas, sintomas e tratamento das doenças diarreicas. Após uma competição de conhecimentos entre os alunos, realizamos outra atividade relacionada a forma de lavagem das mãos após a ida ao banheiro ou antes de uma refeição. A ação de educação em saúde utilizou técnicas e métodos que propuseram a interação das crianças com a temática abordada, o lúdico através do ensino-aprendizagem foi fundamental para a participação do público-alvo. A atividade possibilitou por meio da ação, uma reflexão sobre práticas preventivas que contribuem para uma vida saudável e a prevenção de doenças diarreicas. Notou-se que a escola como um espaço para a produção de saúde foi fundamental para que as crianças, pais e comunidade refletissem sobre os hábitos que podem contribuir para o processo de adoecimento. Concluímos que a atividade realizada na escola nos aproximou, enquanto acadêmicos, com a realidade da cidade e propiciou maior interação com a comunidade externa à universidade. Essa interação agregou conhecimento e contribuiu com sua disseminação pela comunidade, além de desenvolver nos participantes da atividade, comportamentos modificadores que influenciarão na qualidade de vida dos mesmos.

2830 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM CRIANÇAS COM UTILIZAÇÃO DE JOGO EDUCATIVO: INSTRUMENTO À PROMOÇÃO DE SAÚDE E PRÁTICAS ALIMENTARES SAUDÁVEIS
PAULO JONATHAN PINHEIRO NERY, CARLA STEFFANE OLIVEIRA E SILVA, Sávio João Silva Cruz, Gabriel Pereira de França, Symi Manuella Reis Mota

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM CRIANÇAS COM UTILIZAÇÃO DE JOGO EDUCATIVO: INSTRUMENTO À PROMOÇÃO DE SAÚDE E PRÁTICAS ALIMENTARES SAUDÁVEIS

Autores: PAULO JONATHAN PINHEIRO NERY, CARLA STEFFANE OLIVEIRA E SILVA, Sávio João Silva Cruz, Gabriel Pereira de França, Symi Manuella Reis Mota

INTRODUÇÃO: A alimentação adequada desempenha um papel muito importante no desenvolvimento de uma criança, devendo ser construída inicialmente desde o seio familiar, porém, muitas vezes os próprios pais não possuem uma boa orientação e acabam repassando seus costumes, prejudiciais na maioria dos casos, para seus filhos. No início da juventude escolar, é um período onde o jovem precisa ter um bom acompanhamento e apoio dos pais, pois, se trata de uma fase onde seu metabolismo está elevado e onde ocorre maior desenvolvimento, sendo assim um período em que há grande necessidade de nutrientes para que a criança se desenvolva de maneira positiva, além da construção de hábitos que levará para toda a vida. A educação alimentar e nutricional (EAN) tem por finalidade contribuir para a promoção e a proteção da saúde, através de uma alimentação adequada e saudável, desempenhando seu crescimento e desenvolvimento humano conforme as políticas públicas em alimentação e nutrição, com isso visa a autonomia dos sujeitos para a realização de escolhas adequadas, porém, mostrou que há uma carência no repasse de informação à população que seria crucial para que ela pudesse ter autonomia suficiente para realizar escolhas adequadas e conscientes de seus alimentos, sabendo-se que o pouco conhecimento está associado ao sobrepeso e/ou obesidade. OBJETIVO: este trabalho visa relatar a experiência de atuação de discentes de nutrição com crianças através de um jogo educativo para repassar através de um ambiente lúdico e interativo o efeito de determinados alimentos e nutrientes à saúde e estimular o consumo de alimentos saudáveis. DESCRIÇÃO DE EXPERIÊNCIA: o estudo foi realizado por discentes do 5º semestre do curso de Bacharelado em Nutrição da Universidade da Amazônia – UNAMA, localizado em Belém – PA, no período de outubro a novembro de 2017. Foi aplicado em um Centro de Treinamento de Artes Marciais, onde desenvolve-se um projeto de inclusão de crianças em vulnerabilidade social, envolvendo 47 escolares de ambos os sexos, entre com faixa etária de 7 a 12 anos, mediante a prática de jiu-jitsu. A atividade de educação alimentar e nutricional foi realizada através de um jogo elaborado pelos discentes mediante orientação de docente responsável, através de apontamentos e tendo como base o Guia de Alimentação para a População Brasileira (2014), 2ª ed., onde o objetivo do jogo é repassar informações contidas no guia de forma objetiva e clara, tornando possível um maior conhecimento dos alimentos, que fazem parte da sua alimentação, e maior consciência na escolha dos mesmos. O jogo possibilita a participação máxima de 4 jogadores e consiste em um tabuleiro com casas divididas entre amarelas sugerindo alimentos recomendados e vermelhas referindo-se a alimentos menos recomendados, e para ocorrer à movimentação dos pinos que representa os jogadores, basta lançar o dado com valores de 1 à 6 e de acordo com a pontuação obtida no mesmo, o pino era movimentado à casa ordenada, do mesmo modo, era retirada uma carta de cor semelhante à da casa, onde possuem perguntas, dicas e orientações baseadas no guia para gerar uma reflexão sobre a sua própria escolha de alimentação. Foram desenvolvidas cinco atividades educativas: no primeiro encontro tivemos como objetivo o repasse de informações e esclarecimento quantos aos conceitos de alimentos e demonstração de exemplos contidos no guia de forma acessível visando absorção do conteúdo, além dos princípios do guia e ao final respondemos questionamentos entre dúvidas e curiosidades referentes ao assunto que surgiram no decorrer da conversa. Do segundo ao quarto encontro, ocorreu a execução do jogo, que com suas características, possibilitou às crianças visualizarem, relembrarem e fixarem o conteúdo dito no primeiro encontro, assim ocorreu uma associação de forma gradual e acessível, e consequentemente maior busca e interesse do conteúdo explanado com o jogo, possibilitando a participação expressiva das crianças, bem como maior chance na mudança nos hábitos dos participantes. A finalização do projeto ocorreu com a observação dos pais e/ou responsáveis, e juntos deles foram retiradas possíveis dúvidas afim de fomentar o preparo dos alimentos no dia-a-dia. Foram realizados momentos de diálogo em relação às ações anteriores com o objetivo de avaliar a memorização dos conceitos trabalhados. RESULTADOS: O tempo de execução da atividade completa foi de aproximadamente 45 minutos com as crianças divididas e mostrou-se adequado haja vista que a execução possibilitou a formação de vínculo afetivo com as crianças bem como o retorno positivo em relação ao desenvolvimento da atividade educativa em questão. A estratégia utilizada para despertar o interesse corroborou para participação expressiva das crianças e mobilização dos colaboradores do centro em todas as ações. A atividade implementada foi adequada para a faixa de idade e as mensagens nutricionais foram memorizadas, fato constatado ao final de cada ação a partir de questionamentos sobre o que aprenderam naquele momento. Em relação as mensagens nutricionais estabelecidas como metas de aprendizagem desta atividade educativa, ficou evidente que as crianças associaram de forma correta os alimentos trabalhados com o jogo, seu conteúdo nutricional, benefícios e malefícios à saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O desenvolvimento de atividades de Educação Alimentar e Nutricional com crianças através da utilização de ferramentas lúdicas, bem como o processo de educação em saúde, ambos desenvolvidos nesse trabalho, representa uma possibilidade efetiva para a implementação de conhecimentos pautados na adoção de hábitos alimentares saudáveis com expectativas de manutenção ao longo da vida e proporcionou enquanto atividade pertencente a grade curricular, enriquecimento à vida acadêmica, pessoal e futuramente profissional, por fazer com que o aluno desenvolva habilidades que são pouco exploradas, como ter contato com o público infantil, onde é necessário ocorrer um trabalho prévio para tornar a fala acessível ao máximo, sempre em busca de inovação do conhecimento a ser repassado. Tendo em vista o intenso processo de formação relacionado à alimentação nos primeiros anos de vida, sugere-se que projetos educativos sejam desenvolvidos de forma contínua e, especialmente, com a utilização de recursos didáticos interativos e que estimulem a participação de educadores e alcancem também as familias garantindo um processo contínuo de aprendizagem, haja vista que a introdução e manutenção de hábitos alimentares saudáveis no cotidiano inferem em grande desafio e utilizar-se de ambientes que agreguem ao potencial construtivo do processo de aprendizagem, acaba por promover o amplo alcance e repercussão.

3842 DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA: VISITA DE VINCULAÇÃO DA GESTANTE À MATERNIDADE
MARIA DIOCLÉIA DA COSTA REZZUTO

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA: VISITA DE VINCULAÇÃO DA GESTANTE À MATERNIDADE

Autores: MARIA DIOCLÉIA DA COSTA REZZUTO

Introdução O processo vinculatória esta na lei n° 11.634, de 27 de dezembro de 2007, dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência ao parto. A Rede Cegonha é uma rede que foi instituída em 2011 e assegura a vinculação da gestante até unidade de referência e ao transporte seguro. As tecnologias educacionais no ensino e aprendizagem são transmitidas com intuito de gerar, compartilhar conhecimentos e desenvolver cuidados de enfermagem, potencializando educar, acolher e criar vínculo entre o profissional de saúde, a gestante e seu acompanhante. Objetivo Desenvolver e validar uma tecnologia educativa, o álbum seriado sobre a visita de vinculação da gestante à maternidade. Métodos Trata-se de um estudo metodológico, do tipo desenvolvimento de um instrumento tecnológico educacional de um álbum seriado, dupla face, uma das faces se destina a gestante e seu acompanhante e a outra face, ao profissional de saúde, na primeira etapa a entrevista para fazer o diagnóstico situacional com oitenta gestantes, o que elas buscam na visita de vinculação, quais são as suas dúvidas e anseios, a partir dessa interface, será desenvolvido o protótipo piloto do álbum seriado e a validação por juízes especializados com aplicação de um questionário com a escala de Likert, com obtenção de concordância de 80%. Serão incluídas no estudo gestantes maiores de 18 anos e critério de não inclusões gestantes que não são vinculadas à maternidade. A coleta de dados será realizada em uma maternidade pública de referência no atendimento gravídico-puerperal no Amazonas, no período correspondente de Abril a Julho de 2018. O projeto obedecerá aos aspectos éticos através da resolução 466/2012. Resultados Em diversas ocasiões foram observados empiricamente durante as práticas da residência em enfermagem obstétrica, no que diz respeito à educação em saúde da visita de vinculação das gestantes e seus acompanhantes à maternidade, que o profissional responsável não dispõe de nenhum instrumento educacional para mostrar ou um roteiro a seguir, há carência de informações e orientações adequadas. Diante dessa problemática foram feitos alguns questionamentos e consequentemente a ideia do projeto de pesquisa em desenvolver um álbum seriado com intuito de sistematizar as orientações e assim minimizar os anseios e medos expressados pelas gestantes em relação à ambiência onde receberá a assistência ao parto. Considerações finais O projeto de pesquisa contribuirá na orientação do ensino e aprendizagem do profissional de saúde que conduzirá o processo educação em saúde, no atendimento as gestantes e seus acompanhantes na visita de vinculação à maternidade, desmistificar a imagem, medo do desconhecido, anseios e dúvidas pertinentes a admissão no pré-parto, parto e puerpério com intuito de fortalecer o acolhimento, a humanização e inovação no cuidado. E por fim que esse instrumento seja um guia na prática assistencial obstétrica.