64: Educação em Saúde no território da Atenção Básica
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 01 Sala 05 - Buriti    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1479 A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE TRATAMENTO DE FERIDAS AOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM ATUANTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM COARI/AM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva, Rebeka Janini Edwards Braga, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira, Rosimary Lima da Silva, Thaíssa Lís Brito Seixas

A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE TRATAMENTO DE FERIDAS AOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM ATUANTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM COARI/AM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva, Rebeka Janini Edwards Braga, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira, Rosimary Lima da Silva, Thaíssa Lís Brito Seixas

Introdução:As feridas provocam sensação de desagrado pelo fato de atingirem a visão, o olfato e o tato. Os cuidadores de feridas devem centrar sua atenção tanto na ferida como na pessoa, buscando sempre respostas através dos métodos utilizados. Então, a necessidade de proporcionar melhora continua no preparo técnico-científico para o adequado atendimento dessa clientela, a tecnologia farmacológica, por sua vez, também auxilia no tratamento de feridas, pois detém no mercado uma série de produtos que podem ser utilizados no tratamento da lesão objetivando promover a cicatrização.Porém, complicações existem no processo do cuidado de feridas, pois tanto os profissionais como os pacientes, devido à falta de políticas públicas para atender a real necessidade da clientela e a demanda da mesma, encontram dificuldades para conseguir acesso aos materiais para realização dos procedimentos, além da não disposição de um local apropriado para tal finalidade. O enfermeiro e o técnico de enfermagem são profissionais que atuam diretamente no tratamento de feridas, diante deste contexto o Conselho Federal de Enfermagem, vem regulamentar através da Resolução Cofen nº 501/2015 as competências da equipe de enfermagem no cuidado às feridas, onde cita que o enfermeiro deve realizar os curativos, coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidados às feridas. Quanto aos Técnicos de enfermagem os mesmos poderão realizar os curativos nas feridas de estágio I e II e, realizar os curativos nas feridas de estágio III quando delegado pelo Enfermeiro e auxiliar os Enfermeiros nos curativos de estágio III e IV. Desta maneira, verificou-se que os técnicos de enfermagem necessitam de um treinamento e aperfeiçoamento referente ao assunto, sendo este um importante aliado do enfermeiro no rastreio,prevenção e tratamento de feridas na saúde pública do Brasil.Objetivo: Apresentar o relato de experiência sobre a atuação de acadêmicos e docentes de enfermagem durante um projeto de extensão universitária, o qual possuía o objetivo de Promover ações educativas sobre noções básicas de prevenção e tratamento de úlceras para técnicos de enfermagem da Estratégia de Saúde da Família atuantes nas Unidades Básicas de Saúde do Município de Coari/AM.Descrição da Experiência: O presente projeto ocorreu com a participação de 05 alunos do curso de bacharelado em enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia, com sede em Coari/AM.Antepondo os dias de realização do evento, os acadêmicos passaram por um treinamento e atualização sobre a prevenção e tratamento de feridas, realizada por professores do instituto.O segundo passo foi à confecção dos materiais a serem utilizados nas ações educativas, em aspectos físicos, como um quebra cabeça para ser utilizado em uma dinâmica de grupo, montar kits para sorteio como forma de lembrança e premiação em relação às atividades do projeto, confecção de feridas sintéticas em forma de adesivo, que foram colocadas em algumas próteses anatômicas existentes no laboratório de enfermagem, foram montados kits de estudo para serem distribuídos aos participantes. Confeccionado uma aula com todos os assuntos pertinentes ao projeto, voltado especificamente para os técnicos de enfermagem e dinâmicas de grupo, que priorizavam o aprendizado e humanização com os participantes. As ações ocorreram em três eventos no laboratório de enfermagem nas dependências do Instituto de Saúde e Biotecnologia. No primeiro dia, realizou-se uma aula teórica com recurso de Projetor Datashow, peças anatômicas existentes no laboratório e mostra de alguns medicamentos utilizados para curativo, como AGE, papaína, carvão ativado, alginato de cálcio e prata, Bota de Unna, onde especificava-se o mecanismo de ação e forma de utilização de cada material, com intuito de que este profissional técnico auxilie o enfermeiro com maior efetividade. Na primeira ação, abordaram-se quatro tipos de formas ulcerativas que foram: a úlcera por pressão, úlcera em pé diabético, úlcera venosa e arterial, destacando as características fisiopatológicas de cada uma e sempre relacionando com a vivência do técnico de enfermagem integrante do Programa Saúde da Família, o qual houve muitas indagações em relação aos assuntos abordados, principalmente sobre as causasde origem das ulceras e sobre o tempo de cicatrização.  Após a aula, foi realizadauma pequena dinâmica de grupo com título “COMO EU ME SINTO HOJE?” elaborada pelos acadêmicos do projeto, o qual os participantes expunham seus sentimentos, alguns problemas pessoais ou problemas no trabalho, desta forma o grupo contribuía com mensagens positivas, de incentivo a autoestima, havendo compartilhamentos de sentimentos de alegria entre eles.No segundo dia de aplicação do projeto, os participantes realizaram as atividades práticas, havendo breve resumo sobre a aula anterior, apenas com a tutoria dos acadêmicos, obtiveram contato com material bibliográfico para aprofundamento de assunto e pesquisa durante as práticas do projeto. De inicio, as práticas foram realizadas com uso dos modelos anatômicos do laboratório de enfermagem, nestes haviam sido adesivadas figuras de ulceras sintéticas,com o objetivo de que os participantes pudessem descrever as especificidades de cada ferida, tipo de curativo e técnica a ser realizada. No terceiro dia de ação, as práticas foram realizadas com participação de pessoas reais, onde os próprios acadêmicos se colocaram como pacientes, com intuito de trabalhar as movimentações do acamado e cadeirante portador de ulceras.  Além das atividades especificas sobre feridas, também houve o repasse de conhecimento sobre assuntos que podem contribuir com cuidado ao portador de ulceras, como alimentação ideal ao paciente, abordagem verbal e psicológica, cuidados ao banho, cuidados ao vestir a pessoa, cuidados com próprio cuidador. Para finalização, realizou-se a dinâmica “QUAL É O SEU SONHO?”, nesta atividade os acadêmicos abordaram as perspectivas de vida, sonhos, objetivos e problemas para alcança-los, expostos pelos participantes. Resultados: Participaram da ação 07 técnicas de enfermagem do PESF, onde ao final do projeto aplicou-se um questionário para as mesmas avaliarem o projeto, onde 05 das participantes relataram nunca terem participado de uma capacitação sobre feridas, todas relataram que gostariam que houvesse mais ações educativas do tipo e que a universidade deveria realizar mais projetos, atualizações e capacitações referentes ao assunto. Muitas relataram que a capacitação ajudaria a melhorar a atuação em seu trabalho tornando-as profissionais mais habilitadas, pois o conhecimento adquirido é primordial na assistência. Quanto aos acadêmicos, os mesmos relataram que o projeto atendeu as expectativas, pois em seus estágios vivenciavam as dificuldades do trabalho dos técnicos, e a capacitação foi uma forma de ajudar esses profissionais, contribuindo também com a melhoria da assistência a pacientes com úlcera no município de Coari. Considerações Finais: Este projeto foi uma lição de aprendizado tanto para acadêmicos e professores, como para participantes técnicos de enfermagem que foram contemplados com uma breve capacitação sobre feridas com o objetivo de ajudar uma parcela da população do município de Coari/AM. O interesse e a troca de experiências foram engrandecedoras, espera-se que os profissionais que participaram se tornem multiplicadores de conhecimento em suas respectivas unidades básicas e apliquem as informações adquiridas, para que pacientes portadores de processos patológicos possam desfrutar de um cuidado aprimorado visando o restabelecimento da integridade de sua saúde. Aos acadêmicos de enfermagem, foi proporcionadauma vivência real da prática de enfermagem e do papel do profissional enfermeiro como gerenciador e educador de sua equipe.

1594 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: AÇÃO EDUCATIVA PARA ADOLESCENTES SOBRE OS CUIDADOS ÍNTIMOS
Thais da Paixão Furtado, Thamires Palheta de Souza, Jonathan Douglas Pinheiro Sampaio, Francisca Wrisselia Augusto Noronha, Elaine Priscila Ângelo Zagalo, Naianne Cristina Reis, Dhiuly Anne Fernandes da Silva Pontes, Maria de Nazaré Alves Lima

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: AÇÃO EDUCATIVA PARA ADOLESCENTES SOBRE OS CUIDADOS ÍNTIMOS

Autores: Thais da Paixão Furtado, Thamires Palheta de Souza, Jonathan Douglas Pinheiro Sampaio, Francisca Wrisselia Augusto Noronha, Elaine Priscila Ângelo Zagalo, Naianne Cristina Reis, Dhiuly Anne Fernandes da Silva Pontes, Maria de Nazaré Alves Lima

APRESENTAÇÃO: A educação em saúde é a estratégia adotada pelo SUS para a promoção da saúde na comunidade, à qual contribui estrategicamente para a identificação e planejamento das ações no nível primário de atenção à saúde. As ações educativas voltadas para o adolescente devem contemplar a saúde sexual e reprodutiva, dúvidas, medos e anseios acerca da temática abordada já que este tema ainda é encarado com certo tabu em nossa sociedade e, além de tudo, a identificação do contexto cultural o qual está inserido, pois as estratégias devem condizer com sua realidade de modo a serem efetivas. O presente trabalho teve como objetivo relatar a experiência de ação educativa desenvolvida com jovens em idade escolar com o intuito de compartilhar e enriquecer o conhecimento de adolescentes acerca da importância dos cuidados íntimos. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trabalho de natureza descritiva, do tipo relato de experiência. Realizada por acadêmicos de Enfermagem, no auditório da Unidade Básica de Saúde, localizada em Belém do Pará, no dia 17 de Abril de 2017. Os sujeitos que participaram foram adolescentes de 12 a 19 anos de idade, de ambos os sexos. A ação educativa ocorreu na forma de um Talk Show, com objetivo de esclarecer as dúvidas a respeito dos mitos e verdades sobre a higiene íntima e abordar os principais cuidados que devem fazer parte da rotina dos adolescentes. No primeiro momento os participantes puderam expor seus conhecimentos acerca do assunto, a partir deste as dúvidas foram surgindo, algumas vezes disfarçadas de uma sutil piada ou leve desconhecimento. RESULTADOS: Por intermédio da ação, notou-se que antes os adolescentes apresentavam conhecimento deficiente acerca do assunto e por este motivo adotavam uma postura errônea em suas atividades de vida diária. Após a realização da atividade, os adolescentes tiveram um rendimento satisfatório em relação à temática, ressaltando a necessidade de tais atividades, conferindo-lhes a oportunidade de serem ativas no processo de envolvimento com sua educação e saúde, uma vez que os maus hábitos de cuidados íntimos na adolescência podem constituir risco de grau variável para o comprometimento de sua saúde. Outro ponto importante foi o discurso dos participantes na reprodução do que foi abordado para seus familiares e amigos, estratégia importante já que infelizmente apenas uma parcela da população de jovens e adultos, por diversos motivos, tem acesso à um momento para esclarecimento de dúvidas e aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização deste trabalho foi de fundamental importância tanto para os acadêmicos quanto para os jovens, para os primeiro, pois mostra a carência de informações acerca do assunto e ao segundo já que as informações determinam resultados diretos em sua vida, a ação mostrou os caminhos pelos quais a educação pode percorrer para contribuir na redução das doenças relacionadas aos maus hábitos de higiene íntima, e auxiliar assim, no decorrer de nossa trajetória acadêmica, no desenvolvimento de atividades educativas voltados para essa temática.

1968 EDUCAÇÃO EM SAÚDE UMA NECESSIDADE DOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: experiência de Processos Educativos em Enfermagem
Elciane Calandrino Martins, Geyse Aline Rodrigues Dias, Carolina Georgea Garcia de Paiva, Débora Gláucia Almeida da Silva, Emilly Melo Amoras, Erlyson Cássio Santos Silva, Gilcynara Maria de Campos Moura, Ruan Matheus Silva de Freitas

EDUCAÇÃO EM SAÚDE UMA NECESSIDADE DOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: experiência de Processos Educativos em Enfermagem

Autores: Elciane Calandrino Martins, Geyse Aline Rodrigues Dias, Carolina Georgea Garcia de Paiva, Débora Gláucia Almeida da Silva, Emilly Melo Amoras, Erlyson Cássio Santos Silva, Gilcynara Maria de Campos Moura, Ruan Matheus Silva de Freitas

Apresentação: Durante o período de atividades práticas dos acadêmicos de enfermagem do 3º semestre do curso de enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS), foi observado pelos mesmos que havia uma deficiência relativa à comunicação e repasse de informações em relação aos serviços prestados na Unidade, dentre eles: os programas em funcionamento, a localização dos serviços, características de determinadas doenças, bem como medidas de prevenção e promoção a saúde preconizadas para a Atenção Primária à Saúde. Tal problemática pode ser advinda do fluxo intenso de usuários na unidade, o que de certa maneira reduz o tempo de atendimento e consequentemente gera uma carência de diálogo e escuta qualificada por parte dos profissionais em relação aos usuários. Em vista desses problemas fez-se necessário a realização de ações educativas em saúde com o intuito de esclarecer, pelo menos em parte, as dúvidas dos usuários que frequentam a unidade de modo a amenizar a carência de informações e realizar a prevenção de doenças e promoção da saúde. A educação em saúde busca garantir a dignidade dos seres humanos, não só atendendo as necessidades prioritárias dos mesmos, mas também realizando promoção de saúde, com o intuito de promover os direitos humanos fundamentais e instigando a responsabilidade com a própria vida. Assim sendo, mostra-se essencial a sua realização, pois esta está vinculada aos princípios norteadores das funções do enfermeiro. Para os estudantes de enfermagem realizar essas ações é a possibilidade de exercerem seu papel de futuros educadores em saúde, pois o enfermeiro é visto como cuidador e, ao cuidar, ele educa e busca criar a corresponsabilização com o outro, com o intuito de aumentar a autonomia do sujeito sobre sua saúde, uma vez que, a educação pode ser considerada uma forma de cuidar e o cuidado uma maneira de educar. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular Processos Educativos em Enfermagem I, da Faculdade de Enfermagem da UFPA. O local de realização da atividade educativa foi uma UMS situada em um bairro muito populoso da periferia da cidade de Belém-Pará-Brasil. O público alvo foram os usuários da UMS. Para o desenvolvimento das atividades educativas, utilizou-se primeiramente a metodologia da problematização por meio do Arco de Maguerez, para auxiliar no processo de planejamento, execução e avaliação das atividades de educação em saúde. Os assuntos elencados para discussão foram: a carência de informação dos usuários a respeito da febre amarela e tuberculose e a falta de preparo das gestantes no pré-natal para a amamentação. Estas temáticas foram abordadas por meio de ações educativas que estimularam a participação do público, sendo realizadas em três dias na unidade. A primeira ação foi sobre febre amarela, abordando os aspectos principais da doença (o que é, sintomas, forma de transmissão, prevenção e recomendações da vacinação). Utilizaram-se plaquinhas feitas de isopor com as informações a serem tratadas. Ressaltaram-se as recomendações da vacinação a partir das dúvidas dos usuários. Além da utilização do isopor, foi produzido um porta informativo, que continha panfletos sobre as principais vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde e sobre as orientações gerais após a vacinação. Este foi fixado na sala de vacinação para quem fosse se vacinar adquirisse os mesmos. A ação sobre amamentação teve o objetivo de informar as mães sobre a importância do aleitamento materno, a alimentação da mãe, a forma correta de amamentação, o tempo de amamentação e outros. Para isso, produziu-se um material que se chama “Janela da amamentação”, que consiste em uma espécie de grande folheto ilustrativo, com três versos, como uma janela, que continha as principais informações sobre o tema. A partir disso, realizou-se uma ação na modalidade sala de espera com as gestantes que aguardavam por consulta com a nutricionista, bem como algumas mães e suas crianças. Utilizou-se uma boneca para demonstrar a forma adequada para a amamentação. Com isso foram esclarecidas as principais dúvidas das gestantes, principalmente devido à grande participação das mesmas durante toda a explicação do assunto, pois se tratava de um dos quais mais elas possuíam dúvidas. Ao final da ação foram distribuídos informativos sobre a doação de leite materno. A atividade educativa sobre a tuberculose foi feita através da dinâmica teatral “A bactéria falante”, e partiu do ponto de conhecer o que o público alvo sabia a respeito do tema abordado. Quatro estudantes vestiram-se de pulmão, remédios para o tratamento da doença e de bactéria da tuberculose. A dinâmica funcionou na sala de espera de consultas, da seguinte forma: a bactéria indagava o público, primeiramente dizendo os sintomas da doença e logo em seguida perguntando se eles sabiam qual doença causaria aqueles sintomas. Em seguida o pulmão relatava estar com os sintomas da doença e procurava uma unidade de saúde, onde o diagnóstico da tuberculose era confirmado e então iniciava-se o tratamento para a doença. Os remédios entravam em cena no momento que se começava o tratamento e relatavam a importância de sua realização, e permanência do mesmo durante o tempo ideal. Ao final da ação havia uma complementação sobre os sinais e sintomas, forma transmissão, tratamento e prevenção da doença e esclareceram-se dúvidas dos usuários. Realizou-se também a produção do jornal da unidade que se chamou “Saúde em Alerta”. Esse jornal continha informações acerca da tuberculose, febre amarela, programas de saúde do SUS, principais serviços de saúde prestados na unidade e outros. Resultados: Durante a realização das ações educativas observou-se uma gama de equívocos em relação aos temas abordados, seja eles em relação as formas de transmissão da tuberculose, a idade que deveria ser iniciada a complementação alimentar a criança, que tipo de alimentação seria essa, meios de transmissão da febre amarela, o que fazer em casos de reação adversa das vacinas, entre outros. Entretanto, durante as ações que se deram de forma expositiva-dialogada, foi possível esclarecer os equívocos a respeito dos temas, bem como instigar a participação dos demais usuários para que depois pudessem repassar tais conhecimentos para seus conhecidos e familiares, havendo dessa maneira uma disseminação de informação, assim sendo obtivemos atenção e participação por parte dos usuários durante a abordagem, o que resultou em uma notória compreensão a respeito das temáticas. Considerações finais: As ações educativas realizadas contribuíram de forma significativa para o direito de informação que cada usuário possui, uma vez que sempre foi buscado saber quais suas dúvidas durante a explanação das temáticas, para que as mesmas fossem esclarecidas, e também se levou em consideração seus conhecimentos prévios a respeito dos assuntos. Bem como, contribuíram para a construção do saber dos acadêmicos de enfermagem, pois houve uma troca de conhecimentos e experiências a partir da escuta qualificada para com os usuários, dessa maneira instigando os futuros profissionais sobre a importância dessas ações, não somente para o usuário, mas para toda a população envolvida, visto que através delas conhecemos a realidade das pessoas atendidas no serviço, com vistas a  buscar soluções para as possíveis problemáticas existentes.

2101 RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA POR MEIO DE APRENDIZAGEM COLETIVA DE PRIMEIROS SOCORROS
Gustavo Rodrigues da Silva, Julia Cristina de Souza Alves, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Rodrigo Duarte Machado, Fabiana Mânica Martins

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA POR MEIO DE APRENDIZAGEM COLETIVA DE PRIMEIROS SOCORROS

Autores: Gustavo Rodrigues da Silva, Julia Cristina de Souza Alves, Isabelle Louise da Cruz Lopo de Figueiredo, Rodrigo Duarte Machado, Fabiana Mânica Martins

INTRODUÇÃO: Com ações apoiadas pela Política Nacional de Promoção à Saúde (PNPS), no Brasil, tem-se com prioridade a promoção de saúde para a população, o que inclui melhorias na qualidade de vida dos sujeitos e coletivos através da disponibilização de instrumentos e conhecimentos para prevenção de enfermidades, evitando que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e determinantes das doenças. No presente trabalho ressalta-se a atividade realizada na UBS Ivone Lima, na cidade Manaus, que consistiu em palestras sobre atendimento inicial à vítima, os Primeiros Socorros, com o intuito de diminuir os riscos de óbito e prevenir o agravamento do estado de saúde dos acidentados.  RELATO DE EXPERIÊNCIA: Foram realizadas palestras que visaram ensinar os indivíduos a agir adequadamente durante o atendimento inicial no acidente, de forma que a promoção em saúde fosse aplicada. Tal atividade foi realizada durante a aula prática da disciplina de Saúde Coletiva III, no dia 19 de agosto de 2016. As palestras foram realizadas na sala de espera da UBS supracitada e abordava os seguintes tópicos: introdução ao socorro, primeiros socorros em Obstrução de Vias Aéreas (OVA) e Parada Cardiorrespiratória (PCR), além disso, houve a instrução prática para que os ouvintes pudessem treinar os passos das manobras e dos movimentos demonstrados. Inicialmente os ouvintes foram orientados quanto a introdução do socorro que inclui 5 passos: segurança de todos, isolamento e sinalização da área, abordagem inicial do paciente, ligar para serviço de atendimento em acidentes e a ação do socorrista propriamente. Na atividade, enfatizou-se o atendimento à PCR e OVA. No primeiro indicou-se que fosse feito o reconhecimento da vítima em parada cardiorrespiratória, ou seja, inconsciente e sem respiração, após esse reconhecimento e solicitação do socorro especializado, iniciava a manobra com a vítima deitada sobre uma superfície rígida. Quanto a OVA, ressaltou-se novamente a importância do reconhecimento e atitudes rápidas, tendo em vista a influência desses fatores na sobrevida dos pacientes. Instruiu-se que, caso a tosse não fosse efetiva para expelir o material, realizar a manobras como de Heimlich explicados detalhadamente na prática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante e após as demonstrações práticas houve um retorno positivo dos ouvintes, os quais relataram situações em que precisaram executar essas manobras, no entanto, ainda não possuíam tal conhecimento, evidenciando a necessidade de maior abrangência de práticas semelhantes para públicos maiores. Ainda pode-se vislumbrar uma experiência realística da promoção em saúde, compreendendo os desafios enfrentados pelos profissionais e necessidade de maiores adequações para que um número maior de indivíduos possua acesso ao conteúdo explanado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ações realizadas na UBS Ivone Lima possibilitaram a visualização prática das diretrizes do PNPS e das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina de forma clara, abordando um público que apresenta dificuldades de acesso à informação e explorando a capacidade de futuros médicos na educação em saúde, respectivamente. Ademais, pode-se evidenciar a necessidade de adequação às necessidades de cada população, de acordo com sua cultura e conhecimentos prévios, assim como a importância dessas atividades para a formação médica. 

3477 Promoção da Saúde em uma Clínica da Família na Cidade do Rio de Janeiro: contribuições dos estudantes de Medicina.
Raquel Juliana de Oliveira Soares, Rosana Silva Rosa, Ana Maria Florentino

Promoção da Saúde em uma Clínica da Família na Cidade do Rio de Janeiro: contribuições dos estudantes de Medicina.

Autores: Raquel Juliana de Oliveira Soares, Rosana Silva Rosa, Ana Maria Florentino

De acordo com a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a Promoção da Saúde, como uma das estratégias de produção de saúde contribui na construção de ações que possibilitam responder às necessidades sociais em saúde. Nesta perspectiva, uma das ações pontuadas na PNPS é a discussão dos assuntos relativos a própria Política, nos espaços de formação e educação permanente de profissionais de saúde e estimular a inclusão do tema nas grades curriculares. Neste sentido, a disciplina Saúde da Família I -do curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá/RJ-   ministrada no 1º período de graduação, tem como eixo principal a Promoção da Saúde. Esta é uma disciplina teórico-prática, onde as atividades práticas são realizadas em uma Clínica da Família/RJ, conveniada com a Universidade. Uma das atividades realizadas é a educação em saúde com vistas a promoção da saúde. A educação em saúde é uma ferramenta da promoção que estimula a reflexão, a mudança de comportamentos e a melhoria das condições de vida e de saúde. O presente trabalho trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas com usuários da Clínica da Família, realizadas pelos estudantes do curso de medicina. Tem como objetivo apresentar os benefícios aos usuários, estudantes e instituições, das atividades educativas, com vistas a promoção da saúde, realizadas pelos estudantes de medicina em uma Clínica da Família/RJ. A elaboração das atividades foi feita com o auxílio das docentes da disciplina, que dividiram a turma em grupos. Cada grupo ficou responsável por um tema: alimentação saudável; prática corporal/atividade física; prevenção e controle do tabagismo; prevenção da violência e estímulo à cultura de paz; promoção do desenvolvimento sustentável. Os recursos utilizados na apresentação foram: banner e folder, preparados com uma linguagem simples e conteúdo objetivo. As apresentações aconteceram na sala de espera, enquanto os usuários aguardavam a consulta. A experiência mostrou-se muito positiva, para os usuários, para a Clínica, para os alunos e para a Universidade. Os usuários mantiveram-se atentos e interagiram com os grupos, fazendo questionamentos pertinentes. Para a Clínica, a experiência trouxe o fortalecimento das práticas de educação em saúde, já realizadas pelos profissionais e o fortalecimento do espaço enquanto promotor de saúde e de saber. Para os estudantes e para a Universidade, a experiência proporcionou aproximação com os usuários, colocando em prática os assuntos discutidos na teoria e fortaleceu os objetivos propostos na ementa da disciplina. Esta experiência foi produtiva, uma vez que os estudantes de 1º período geralmente apresentam uma timidez natural ao se deparar com os usuários do sistema de saúde. Após as atividades foi nítido não só o contentamento, mas a transformação efetiva que a experiência trouxe para os estudantes

3483 A RELEVÂNCIA DO PREENCHIMENTO CORRETO DA CADERNETA DA GESTANTE PARA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DA PACIENTE E DA COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE OS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Beatriz Duarte de Oliveira, Ruhan da Conceição Sacramento, Alicia Laura Lobo Modesto, Larissa Renata Bittencourt Pantoja, Stephany Siqueira Braga, Bianca Leão Pimentel, Isis Maria Martins Costa

A RELEVÂNCIA DO PREENCHIMENTO CORRETO DA CADERNETA DA GESTANTE PARA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DA PACIENTE E DA COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE OS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Autores: Beatriz Duarte de Oliveira, Ruhan da Conceição Sacramento, Alicia Laura Lobo Modesto, Larissa Renata Bittencourt Pantoja, Stephany Siqueira Braga, Bianca Leão Pimentel, Isis Maria Martins Costa

APRESENTAÇÃO: A Segurança do Paciente (SP) tornou-se um tópico pertinente nas discussões relacionadas à área da saúde desde o ano de 2004, quando a Organização Mundial da Saúde criou a Aliança Mundial para a SP, propondo sete metas internacionais, tornando-se parte fundamental dos processos relacionados à melhoria da qualidade assistencial. Dentre essas metas temos a comunicação efetiva, que pode se dar de forma verbal, não verbal ou escrita, e é fundamental na promoção da comunicação multiprofissional. No âmbito da assistência obstétrica, a Caderneta da Gestante (CG) é um instrumento de registro imprescindível, que deve estar inter-relacionado à comunicação efetiva, e deve conter os principais dados para o acompanhamento da gestação. A CG proporciona a comunicação entre os diversos profissionais de saúde que acompanharão a gestante durante o pré-natal, sendo essencial também para o fluxo de referência e a contra-referência na Rede de Atenção à Saúde. Nessa conjuntura, o checklist pode desempenhar um importante papel no âmbito da consulta de enfermagem à gestante, pois auxilia no monitoramento das condutas preconizadas para uma assistência adequada e de qualidade, que favoreça a SP e minimize as falhas na comunicação entre a rede ambulatorial e a rede hospitalar. O trabalho detém por objetivo, avaliar a assistência pré-natal em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) por meio do uso de checklist a fim de promover a comunicação efetiva entre os serviços de saúde para a segurança da gestante. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo quanti-qualitativo realizado em uma ESF, na região metropolitana de Belém. A coleta de dados deu-se por meio de observação sistemática e não participativa das consultas de enfermagem do pré-natal, utilizando um checklist elaborado conforme as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde, a fim de analisar a efetivação dos passos da consulta pré-natal, bem como o preenchimento correto da CG. Posteriormente realizou-se a avaliação percentual por meio de frequência simples acerca da realização dos passos concomitante ao registro correto da CG, para viabilizar, dessa forma, o envio de um formulário técnico com os resultados obtidos e favorecer a elaboração de uma ação educativa integrada com a equipe de saúde da ESF, onde a mesma participou ativamente da roda de conversa com os discentes  acerca do preenchimento correto e  da CG e de como o checklist pode ser um auxilio durante o preenchimento satisfatório da caderneta.   RESULTADOS: Por meio da ação educativa foi possível elucidar as questões levantadas durante o percurso do estudo. Foi também possível observar que a equipe da estratégia foi sensibilizada a utilizar o checklist como forma de certificação do registro correto da CG durante as consultas pré-natais, afim de verificar que informações importantes como altura uterina e exames complementares foram devidamente anotados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo demonstrou que a equipe de saúde da ESF preza pelo registro correto na caderneta da gestante e está propicia a utilização de recursos metodológicos que proporcionam uma assistência de qualidade assim, favorecendo a comunicação efetiva entre a equipe multiprofissional e entre os níveis de atenção à saúde.

3521 Estratégia Amamenta E Alimenta Brasil Nas Comunidades Ribeirinhas De Nova Olinda Do Norte-Am
Liliam Rafaelle Souza da Silva

Estratégia Amamenta E Alimenta Brasil Nas Comunidades Ribeirinhas De Nova Olinda Do Norte-Am

Autores: Liliam Rafaelle Souza da Silva

Apresentação Atualmente com o aumento da oferta de alimentos industrializados se torna cada vez mais fácil encontrarmos famílias ribeirinhas interrompendo o aleitamento materno exclusivo e/ou substituindo o mesmo por produtos artificiais de valores nutricionais ilusórios, os quais muitas vezes perpetuam na alimentação dessas crianças. Por tal motivo se torna cada dia mais importante inserir estratégias de educação em saúde voltadas para a população ribeirinha, no entanto para isso é fundamental que as equipes de saúde estejam preparadas para realizar essas intervenções e foi justamente pensando nisso que a estratégia amamenta e alimenta brasil (EAAB) foi implantada em todas as equipes de saúde ribeirinha do município de nova Olinda do norte. Descrição da experiência A EAAB tem como finalidade qualificar e atualizar os profissionais de saúde quanto ao aleitamento materno e a alimentação complementar através de oficinas com metodologias diferenciadas para o tema. Visando intensificar as ações de promoção e apoio ao aleitamento materno como método de prevenção das doenças na primeira infância e da mortalidade infantil, bem como a diminuição das doenças crônicas não transmissíveis e a redução de agravos a saúde da mulher, o município de nova Olinda do norte adotou como meta a qualificação dos profissionais  por meio de abordagens adequadas com a realidade vivenciada em cada território. Inicialmente foi realizada a oficina de implantação da EAAB para as equipes ribeirinhas, onde foram pactuadas as ações a serem realizadas mensalmente. Em seguida foi realizado um planejamento de educação permanente anual baseando os temas relacionados com as dificuldades encontradas durante a oficina de implantação, os mesmo são trabalhados de forma trimestral pela tutora municipal da EAAB. Para se ter um controle municipal, todas as ações realizadas nas UBS`s são monitoradas através de relatórios mensais entregues pelos gerentes de cada unidade além do registro em ata dos usuários beneficiados. Impactos Durante as oficinas de implantação da EAAB foi perceptível a diferença entre as realidades vivenciadas pelos profissionais da zona rural. Cada relato apresentado demonstrou a necessidade de iniciar o quanto antes as intervenções nas comunidades ribeirinhas tendo em vista o aumento desenfreado dos produtos industrializados que a cada dia ocupam mais espaço nas mesas dessas famílias, as quais muitas vezes por desconhecerem os prejuízos desses alimentos para a saúde de seus filhos estão trocando a agricultura familiar e a alimentação saudável baseada na pesca e caça por produtos artificiais de preparo fácil. Considerações finais A redução do aleitamento materno e o aumento do consumo de industrializado na primeira infância deve ser visto como um alerta para as mudanças de hábitos alimentares da população ribeirinha, temas que devem ser trabalhados continuamente para que no futuro não gere tantos agravos a saúde dessa classe, por tal motivo existe uma necessidade extrema de expandir as ações da EAAB para a zona rural dos municípios como ferramenta para a qualificação dos profissionais e o fortalecimento das ações de promoção e prevenção aos agravos na primeira infância

4507 Educação em saúde na Atenção Primária à saúde no Brasil: um olhar sobre os conteúdos divulgados nas revistas científicas de saúde coletiva de 1990 a 2015
Milena Junqueira Reis, Rosely Magalhães de Oliveira, Marize Bastos da Cunha

Educação em saúde na Atenção Primária à saúde no Brasil: um olhar sobre os conteúdos divulgados nas revistas científicas de saúde coletiva de 1990 a 2015

Autores: Milena Junqueira Reis, Rosely Magalhães de Oliveira, Marize Bastos da Cunha

Apresentação O interesse pelo tema deste estudo surgiu durante a experiência da autora como farmacêutica residente em uma unidade de Saúde da Família, no período de 2011 a 2013, na cidade de Ribeirão Preto – SP.Durante este período de inserção na unidade citada foi observada a dificuldade da equipe para desenvolver práticas educativas em saúde, que alegava falta de interesse das pessoas em participar de grupos estruturados no modelo de palestras. Com a inserção dos residentes, os grupos que eram oferecidos foram reorganizados e outros foram inseridos, usando metodologia participativa, a partir de materiais didáticos que propiciavam este tipo de intervenção. A partir desta experiência, surgiu, em um primeiro momento, o interesse em desenvolver um trabalho empírico sobre a educação em saúde. Porém, como muitas questões teóricas desta área ainda são nebulosas, já que este é um campo que valoriza a prática, em um segundo momento veio a necessidade de maior aproximação com os estudos divulgados sobre o tema e seus referenciais teóricos, para compreender e analisar  o processo de educação em saúde na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, através dos trabalhos científicos divulgados. Assim, esse estudo se propôs a conhecer a produção científica divulgada sobre educação em saúde na Atenção Primária à Saúde no Brasil, no período de 1990 a setembro de 2015 e compreender o conteúdo dos artigos com relação à definição de educação em saúde e identificar conflitos e convergências entre as perspectivas tradicional e crítica do processo de construção do conhecimento. Desenvolvimento do trabalho Para alcançar o objetivo proposto, foi realizada uma revisão bibliográfica da produção sobre educação em saúde na Atenção Primária à Saúde no Brasil, de 1990 a setembro de 2015, difundidos em revistas da área de saúde coletiva, buscando levantar dados gerais sobre o tema. A base de dados escolhida para a realização desta revisão bibliográfica foi a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e a busca realizada em 14 de setembro de 2015 através da combinação de descritores (mh:("atenção primária à saúde" )) OR (mh:(“estratégia saúde da família”)) AND (mh:(“educação em saúde”)) apresentou um total  de 1832 trabalhos. Foram selecionados apenas os estudos com texto completo disponível no sítio de busca, que estavam publicados em português, inglês e espanhol, em formato de artigo e publicados no período de 1990 a setembro de 2015. Como o foco desta pesquisa foram estudos sobre as práticas de educação em saúde na APS no Brasil direcionadas à comunidade e realizadas pelos profissionais de saúde e/ou residentes atuantes nas unidades analisadas, os artigos sobre educação continuada e educação permanente, que são direcionadas às equipes profissionais foram excluídos, assim como os trabalhos que abordam práticas realizadas por estudantes através de projetos de extensão. Através da leitura dos resumos de cada um, utilizando os critérios explicados e excluindo os que estavam em duplicata, foram selecionados 88 trabalhos publicados em revistas de diversas áreas. Deste total, os 30 artigos publicados em revistas da área de saúde coletiva foram submetidos a uma análise temática de seu contéudo, a fim de compreender a produção intelectual sobre o tema na referida área de conhecimento. Buscou-se compreender as concepções de educação em saúde explícitas e implícitas nos artigos e a presença de críticas ao modelo tradicional de educação. Resultados e/ou impactos Dos 30 trabalhos publicados em revistas de saúde coletiva, 5 (17%) não definem educação em saúde. Nestes trabalhos observa-se que o discurso implícito é focado na “mudança de comportamentos” e de “estilos de vida saudáveis”. A educação em saúde nestes trabalhos é pautada pelos princípios da abordagem comportamental ou conservadora da Promoção da Saúde e são colocados como uma forma de operacionalizá-la. Também é possível observar nestes trabalhos uma naturalização do processo educativo, como se a visão tradicional de transmissão de conhecimentos fosse a única existente, desconsiderando que conhecimento se constrói através de um processo de reflexão sobre a realidade de cada sujeito e consequente conscientização, por um processo crítico, pautado no diálogo e na problematização (FREIRE, 20111b). Nos 25 artigos (83%) que definem educação em saúde, é possível perceber que há uma crítica à visão tradicional de educação e ao modelo assistencial biomédico. A maioria dos trabalhos utiliza em seu referencial teórico o educador Paulo Freire ou autores de base freireana. Este achado sugere que nos trabalhos existe uma tentativa de fortalecer práticas educativas pautadas no diálogo e problematização, embasadas pela visão crítica da construção do conhecimento. Há um consenso entre os artigos que definem educação em saúde, sobre as limitações das práticas verticalizadas, pautadas pela visão tradicional de construção do conhecimento, embora estas ainda sejam encontradas nos resultados obtidos nas pesquisas e até mesmo em elementos do referencial teórico de alguns trabalhos. Observou-se que em 18 artigos (60%) existem apontamentos da visão crítica da construção de conhecimentos nas práticas dos serviços. Esta questão foi levantada e abordada nos trabalhos, embora nem sempre, nos resultados encontrados estes conceitos tenham sido contemplados. Onze (37%) artigos apresentaram em seus resultados a predominância da visão tradicional de educação nas práticas analisadas. Nestes não há menção ao diálogo, à problematização, à importância de se conhecer e considerar o contexto do educando para que uma reflexão crítica sobre sua realidade possa ser realizada no processo de construção do conhecimento. Alguns trabalhos (17%) mostraram que nas práticas dos serviços de saúde há uma coexistência da visão tradicional e crítica da construção do conhecimento. Isto pode ser uma evidência de que, embora as práticas ainda sejam orientadas por concepções verticalizadas, experiências dialógicas estão ganhando força em serviços de saúde. Considerações finais Com a análise temática, foi possível observar que 17% dos artigos científicos publicados em revista de saúde coletiva não definem o termo “educação em saúde”, embora seja este o objeto de estudo dos artigos. Apesar de não definirem educação em saúde, estes trabalhos apontam para um conceito que carrega em si uma visão tradicional sobre a construção do conhecimento. E nestes, está implícito que o objetivo das práticas educativas nos serviços de saúde é a mudança de comportamentos, pautada em conceitos da Promoção da Saúde, de acordo com o que foi documentado na Carta de Bogotá. Este resultado aponta também uma naturalização da educação, como se a maneira como esta ocorre não precisasse ser problematizada. Entre os artigos que definem o termo educação em saúde, a crítica ao modelo tradicional de educação está presente, assim como conceitos e teorias de base freireana e de outros autores conhecidos do campo da educação em saúde. Porém, os resultados obtidos nestes trabalhos mostraram que elementos da visão tradicional de construção do conhecimento e a influência do modelo biomédico ainda persistem.É possível observar que há dificuldade para colocar em execução práticas mais dialógicas, ancoradas por princípios da visão crítica da construção do conhecimento. Embora alguns autores apontem em seu discurso a importância do diálogo nas práticas educativas, os profissionais ainda não conseguem implementá-las plenamente nos serviços. Percebe-se que mesmo quando há uma tentativa de abordar esta concepção de educação, elementos do modelo tradicional ainda estão presentes no discurso. 

4936 EDUCAÇÃO EM SAÚDE MENTAL: Um relato de experiência com base em metodologias participativas na Unidade Básica de Saúde do Guamá
Luisa de Nazaré Fernandes Tavares, ana carolina ribeiro almeida, caroline palma e silva da costa, vitória da silva matos pereira, icaro genniges rego, kevin Cristian Rodrigues, karina faine

EDUCAÇÃO EM SAÚDE MENTAL: Um relato de experiência com base em metodologias participativas na Unidade Básica de Saúde do Guamá

Autores: Luisa de Nazaré Fernandes Tavares, ana carolina ribeiro almeida, caroline palma e silva da costa, vitória da silva matos pereira, icaro genniges rego, kevin Cristian Rodrigues, karina faine

Apresentação: Dada a importância das práticas de educação em saúde, tendo em vista os satisfatórios resultados obtidos dessas atividades, e a necessidade de trabalhar temas de saúde mental no contexto da atenção primaria em saúde, a fim de prover informações e construir novos saberes em detrimento da desmitificação e quebra de velhos paradigmas, desenvolveu-se uma atividade na UMS Guamá sob temática da prevenção de depressão em idosos. A partir disso, a abordagem do envelhecer saudável e livre da depressão pela ótica das metodologias participativas mostrou-se muito eficaz com a utilização do canto do conto e roda da vida, onde os participantes puderam realizar uma breve auto avaliação e compartilhar suas impressões em grupo. Desenvolvimento: relatar a importância da educação em saúde como ferramenta de promoção à saúde e prevenção de agravos junto à população idosa frequentadora do grupo Guamá fitness. Resultado e/ou impacto: Desenvolveu-se uma atividade participativa, a partir de metodologias ativas, canto do conto e roda da vida, a fim de prevenir a depressão em idosos. O público com 20 pessoas, na maioria mulheres em idade adulta, não integrantes do grupo Guamá fitness. Durante a atividade ocorreram dinâmicas que proporcionaram reflexão sobre o estilo de vida e os cuidados relativos a saúde psicológica individual. Além disso, pudemos difundir informações referentes a Rede de Atenção Psicossocial do SUS (RAPS), dessa forma os usuários da Unidade Básica puderam conhecer melhor os profissionais que podem lhes assistir segundo os direitos garantidos pelo SUS e os dispositivos que compõem a rede. Desde o início, o público se mostrou bem interessado, respondendo perguntas sobre o estilo de vida individual, a classificação do estado de saúde mental atual e complementando com saberes adquiridos. O que nos permite avaliar que, após a atividade, eles estariam aptos a pensar com criticidade sobre sua condição de saúde mental e a RAPS, podendo refletir acerca de sua inserção social para querer aprender e aplicar os cuidados profiláticos e tratamento das doenças psíquicas. Considerações Finais: As dinâmicas classificaram-se como atividade eficaz, conseguindo assim, atingir os resultados aos quais se propusera. Levantou-se uma discussão mais concreta com relação ao convívio saudável mentalmente, partindo de um levantamento teórico e prático em que se buscou refletir as concepções do dia-a-dia com relação a prevalência da assistência em saúde mental.   DESCRITORES: Educação em saúde, saúde mental, enfermagem.    

5351 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CIDADANIA: ESTRATEGIA DE ACOMPANHAMENTO DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Lorena Cavalcante Lobo, Klicia Martiniano Remigio, Luan Gabriel de Souza, Cynara Rego Nogueira, Aline Oliveira Mota

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CIDADANIA: ESTRATEGIA DE ACOMPANHAMENTO DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Autores: Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Lorena Cavalcante Lobo, Klicia Martiniano Remigio, Luan Gabriel de Souza, Cynara Rego Nogueira, Aline Oliveira Mota

Este artigo traz uma abordagem acerca da atuação da equipe do Programa de Residência Multiprofissional de Atenção Integral na Saúde Funcional em doenças neurológicas do Hospital Universitário Getúlio Vargas – HUGV da Universidade Federal do Amazonas – UFAM no campo da atenção básica de saúde atuando em uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) no núcleo de apoio a saúde da família (NASF) que de acordo com a política nacional de atenção básica, vem com o intuito de agregar ações que viabilizam a promoção, proteção e recuperação da saúde. Nesse sentido, a equipe multiprofissional que compõe o NASF desenvolve junto aos usuários da UBSF várias atividades de cunho individual e coletivos. Dentre essas atividades, existe o Grupo do Bolsa Família que se caracteriza como uma estratégica de acompanhamento dos beneficiários do programa de transferência de renda que tem como objetivo a superação da situação de vulnerabilidade e pobreza. De acordo com a Lei nº 10.836 que institui o Programa, a concessão do benefício dependerá do cumprimento de condicionalidades como: exame pré-natal, acompanhamento nutricional, acompanhamento de saúde e a frequência escolar. Nesse sentido, o grupo do bolsa família, desenvolvido pelo NASF na UBSF, oferece ações de educação em saúde, a partir de palestras, rodas de conversas e oficinas sobre diversas temáticas com o objetivo de fomentar debates e difundir informações acerca da promoção de saúde, prevenção de agravos e sobre os diretos sociais e políticas públicas que atendem as necessidades das populações oriundas daquele território atendido pela UBSF para o exercício da cidadania

675 Síndrome de Burnout em Médicos atuantes Estratégia Saúde da Família
Raquel Juliana de Oliveira Soares, Rosana Silva Rosa, Claudia Lima Campos Alzuguir

Síndrome de Burnout em Médicos atuantes Estratégia Saúde da Família

Autores: Raquel Juliana de Oliveira Soares, Rosana Silva Rosa, Claudia Lima Campos Alzuguir

Introdução: Os médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) estão sob a pressão da disparidade de saberes, práticas e responsabilidades. A atuação hegemônica focaliza-se na assistência médica especializada. Na ESF o médico deve: a) ser preferencialmente um generalista que atenda todos os membros da família e integre as necessidades individuais de saúde às ações coletivas; b) assumir a co-responsabilidade sanitária pela área adscrita, atuando inclusive sobre os condicionantes da saúde e da doença; e c) planejar e monitorar as ações e os resultados. Há uma elevada prevalência de doenças mentais entre médicos, como a depressão, o estresse e a síndrome de burnout. A natureza do serviço médico, o desprestígio da profissão, os baixos salários, as múltiplas jornadas de trabalho, as más condições de trabalho, a difícil relação médico-paciente e a perda de autonomia, vêm sendo apontados como fatores responsáveis ou desencadeantes de alguns distúrbios emocionais. Neste contexto surgiu o questionamento: qual a produção científica acerca da Síndrome de Burnout entre médicos da Estratégia Saúde da Família? Tendo como objetivo: analisar a produção científica brasileira sobre a Síndrome de Burnout em médicos da Estratégia Saúde da Família. Material e Método: Revisão integrativa, tendo como critério de inclusão artigos nacionais na íntegra, publicados entre os anos 2006 a 2016. A coleta de dados foi feita através do Sistema Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online – SciELO. Os descritores usados na busca foram “esgotamento profissional” e “médicos”. Foram encontradas 734 produções e 09 atenderam o objetivo do estudo. Resultados: Os médicos da ESF do município do Rio de Janeiro apresentaram níveis moderados de exaustão emocional e desumanização e níveis leves de decepção no trabalho (Santos, 2013). Segundo estudos de Morelli, Sapede e Silva (2015), a prevalência de burnout em médicos da Atenção Primária variou de 34,8% a 85,7% nos estudos examinados. As prevalências das dimensões do burnout foram de 19 a 55,5% para alta exaustão emocional14,15, de 15,7 a 54% para alta despersonalização15,16 e de 16 a 45,1% para baixa realização pessoal. Os fatores relacionados às características individuais dos médicos que tem associação com burnout são: maior risco de burnout em mulheres, etária de 37 a 45 anos apresentaram maior risco de exaustão emocional. Estudos internacionais, também apontam para o risco de Burnout em médicos da atenção primária à saúde, Bovier et al.26 estudaram 1.732 médicos da Atenção Primária na Suíça e verificaram que doenças físicas e mentais estavam associadas ao burnout. O número de pacientes atendidos foi uma variável associada ao burnout. Conclusão: os médicos da ESF vem adoecendo e se faz necessário a criação de estratégias preventivas, afim de que haja uma mudança neste contexto de trabalho. Também há a necessidade de mais estudos sobre a Síndrome de Burnout em médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde.

1894 EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. UM DESAFIO NA SAÚDE PÚBLICA.
Thais da Paixão Furtado, Jonathan Douglas Pinheiro Sampaio, Thamires Palheta de Souza, Érika Beatriz Borges Silva, Elaine Priscila Ângelo Zagalo, Francisca Wrisselia Augusto Noronha, Tamyles Morais dos Santos, Irene de Jesus SILVA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. UM DESAFIO NA SAÚDE PÚBLICA.

Autores: Thais da Paixão Furtado, Jonathan Douglas Pinheiro Sampaio, Thamires Palheta de Souza, Érika Beatriz Borges Silva, Elaine Priscila Ângelo Zagalo, Francisca Wrisselia Augusto Noronha, Tamyles Morais dos Santos, Irene de Jesus SILVA

APRESENTAÇÃO: A violência sexual representa um sério problema de saúde pública, que implica em grande impacto físico e emocional para aqueles que a ela são expostos. O abuso ou violência sexual contra crianças e adolescentes pode apresentar-se de diversas maneiras e é a situação em que os indivíduos envolvidos são usados para satisfação sexual de um adulto, incluindo desde a prática de carícias, manipulação dos órgãos genitais, das mamas ou ânus, exploração sexual, voyeurismo, pornografia, exibição, e até mesmo o ato sexual com ou sem penetração. Na maioria das vezes a maior ameaça encontra-se dentro de casa onde os violentadores são familiares ou pessoas próximas às crianças e adolescentes, sendo chamada de violência doméstica ou intrafamiliar, e no caso de fora desta - violência extrafamiliar, quando não existe relação de confiança ou de consanguinidade. O ato pode acontecer tanto com meninos, quanto com meninas. No entanto, as estatísticas existentes demostram que as vítimas são de preferência do sexo feminino e os agressores, do sexo masculino. As crianças ou adolescentes normalmente apresentam sinais de que algo anormal está acontecendo, a mudança repentina de comportamento pode ser indício de que ela está vivendo em situação de abuso sexual. São mais fáceis de perceber os sinais físicos da violência, do que os emocionais, sinais isolados podem não ter significância, mas é preciso ficar atento. A família, a escola e a comunidade têm um papel muito importante na observação de alterações comportamentais da criança e do adolescente, como por exemplo: conduta sedutora, relato de agressões sexuais, aversão ao contato físico, comportamento incompatível com a idade, fuga de casa, depressão crônica e tentativa de suicídio. A educação em saúde é uma importante ferramenta no processo de conscientização individual e coletiva de responsabilidade e direitos à saúde e não tem como propósito somente informar para a saúde, mas sim transformar saberes existente. A prática educativa, nessa perspectiva, visa o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade dos indivíduos no cuidado com a saúde, contudo não mais pela obrigação de um saber técnico-científico dominado pelo profissional de saúde, mas sim pelo desenvolvimento da compreensão da situação de saúde. É necessário perceber que educar é mais do que apenas informar; é pensar a partir da reunião de histórias de vida do cidadão, em que haja direcionamento para a reflexão das necessidades, ou não, de mudanças na trajetória dessas vidas. O intuito da ação educativa é desenvolver a capacidade de julgamento crítico do indivíduo e do grupo, para estabelecer ações conjuntas para resolver problemas e modificar situações de sua realidade; de organizar e executar a ação, e de avaliá-la com espírito crítico. Logo, desenvolver atividades educativas que discutam a violência sexual é imprescindível, principalmente para crianças e adolescentes, pois é nessa faixa etária que os abusos geralmente acontecem. Crianças e adolescentes que participam de ações de prevenção sobre violência sexual são sensibilizados e consequentemente desenvolvem autodefesa. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos em ação educativa desenvolvida com o intuito de compartilhar e enriquecer o conhecimento de adolescentes acerca da violência sexual. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do 3º semestre de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, durante as aulas práticas da atividade curricular Processos Educativos em Enfermagem I desenvolvidas em uma ONG da periferia de Belém-PA, no 3º bimestre de 2017. Os sujeitos foram crianças e adolescentes de 8 a 14 anos de idade. A estratégia educativa abrangeu dramatização, utilização de recursos audiovisuais (TV e vídeos sobre o tema) e dinâmica de perguntas e respostas. A dramatização apresentou a relação de um homem de 46 anos de idade com uma garota de 13 anos, abordando práticas abusivas na internet relativas à violência sexual, a fim de sensibilizar e estimular o público a refletir sobre os riscos a que estão expostos nas redes sociais. Em seguida apresentou-se um vídeo com reflexões sobre a violência sexual intrafamiliar e extrafamiliar. Logo após, foi realizada uma dinâmica com balões contendo perguntas para instiga-los a comentar sobre o tema e esclarecer dúvidas. No término de cada etapa da ação educativa houve discussões sobre particularidades da temática e conversa entre público e discentes. RESULTADOS: A ação educativa foi participativa e avaliada positivamente. Percebeu-se que as algumas crianças e adolescentes apresentavam conhecimento prévio sobre o assunto, expostos com relatos de casos e comentários pertinentes sobre o tema. Foi possível perceber, ainda, que o público aceitou bem a atividade proposta, participando ativamente em todos os momentos. Avalia-se que o objetivo da ação foi alcançado, visto que, durante todo o processo educativo o público discutiu a temática e consequentemente ampliou seu conhecimento e compartilharam  experiências, o que também instigava outros à participarem tornando- os multiplicadores dessas relevantes informações sobre violência sexual. É importante ressaltar a quantidade de discursos que houve onde citaram-se que os fatos haviam acontecido, porém, nada foi registrado. Uma questão de saúde pública com problemas de registros e notificações e da omissão demonstrada pelo silêncio de muitos. Desta maneira reafirma-se a fundamental importância da escola, dos profissionais de saúde da atenção básica, pais e familiares na escuta ativa das crianças e adolescentes, queixas e os sinais já observados, é válido que tais queixas possam ser investigadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se que desenvolver processos educativos inovadores, de maneira interativa, que estimulem a participação ativa do público, seja ferramenta fundamental para assegurar ações preventivas contra o abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes. A violência sexual merece maior atenção por parte de toda sociedade, ressaltando, aqui, a importância do profissional de saúde, como responsável, junto à família e comunidade, em desenvolver medidas de prevenção, por meio da realização de campanhas e ações educativas. Para que possamos efetivamente proteger crianças e jovens vítima de violência sexual intra e extra familiar, é necessário investir em novas alternativas, a equipe de Enfermagem por sua vez deve engajar-se na melhoria da qualidade dos serviços de saúde, a fim de colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e solidária. Dessa forma, resgata seu amplo e sério compromisso social, político e moral no que discerne à sua práxis profissional. Cada indivíduo seja ele um simples cidadão desempregado, um profissional de saúde ou de justiça é responsável de alguma modo pelas crianças e adolescentes em situação de violência ou não, já que estas tem o direito à vida e à saúde de forma integral, sendo papel de toda sociedade criar condições adequadas para que isso ocorra.

2450 A experiência do Apoio Institucional na integração NASF/ESF e qualificação da Atenção Básica no estado da Bahia
Dhara Santana Teixeira, Daisy de Sá Bittencourt Camara Silva Matos, Françoise Elaine Silva Oliveira, Nara Camões Freire, Kássia Jeane Félix dos Santos Vieira, Morgana Bastos Barreto

A experiência do Apoio Institucional na integração NASF/ESF e qualificação da Atenção Básica no estado da Bahia

Autores: Dhara Santana Teixeira, Daisy de Sá Bittencourt Camara Silva Matos, Françoise Elaine Silva Oliveira, Nara Camões Freire, Kássia Jeane Félix dos Santos Vieira, Morgana Bastos Barreto

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o Encontro Regional do NASF/ ESF como estratégia do Apoio Institucional (AI) para a integração e qualificação do processo de trabalho na Atenção Básica (AB). Essa reflexão será feita a partir da experiência do AI na facilitação do Encontro do NASF/ESF de uma região da Bahia composta por nove municípios. O Encontro foi realizado em um dia, com a presença de trabalhadores do NASF e das equipes de referência das USF, contemplando odontólogos, enfermeiros, médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e educadores físicos, além de coordenadores do NASF e da AB, totalizando 45 participantes. A metodologia do encontro foi construída coletivamente por apoiadoras institucionais da Diretoria de Atenção Básica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, se configurando como um processo de Educação Permanente (EP) através da utilização de metodologia ativa. No turno da manhã, após rodada de apresentação dos participantes, foi realizada uma dinâmica onde os profissionais se posicionavam discordando, concordando ou em dúvida das afirmações apresentadas sobre o NASF. Esse foi um momento rico de construção conjunta do conhecimento, onde foi possível abordar, discutir e esclarecer aspectos relacionados a composição, atribuições, processo de trabalho e apoio matricial. No período da tarde, houve a divisão dos participantes em três grupos a partir dos seguintes eixos: agenda, reunião de equipe e ações coletivas. Cada grupo recebeu perguntas norteadoras para que pudessem discutir diretrizes para os eixos, apontando pontos importantes que devem ser abordados nessas atividades. Posteriormente, houve uma sistematização do processo de trabalho do NASF, abordando o surgimento, o referencial teórico-metodológico, a mudança no modelo de atenção e aspectos relacionados ao preenchimento das fichas do e-SUS. Em seguida, houve a socialização dos grupos e a consolidação de modo a produzir diretrizes coletivas para a organização do processo de trabalho do NASF na região. Para finalizar, foi realizada uma rodada de avaliação com o preenchimento de um instrumento. A partir do encontro, foi possível promover uma reflexão ampliada sobre o processo de trabalho do NASF e da ESF, socializar e trocar experiências entre as equipes, sensibilizar os trabalhadores e coordenadores quanto a importância da integração entre NASF/ ESB/ ESF e possibilitar aproximação das equipes para que possam organizar outros espaços de EP. Nesse sentido, identificou-se através da avaliação, que o encontro proporcionou novos conhecimentos sobre o NASF, oportunizou a reformulação de conceitos e atendeu as expectativas no sentido do conteúdo ter aplicação prática na vida profissional. Vale destacar que o entendimento sobre o apoio matricial foi apontado como uma das discussões mais relevantes do encontro. Ficou evidenciado também a necessidade de cada um revisar o seu processo de trabalho enquanto equipe, principalmente no que concerne às ações integradas entre EqNASF, EqSB e EqSF. Dessa forma, foi possível refletir sobre a importância do AI na facilitação de espaços coletivos de reflexão, contribuindo no processo de EP, na qualificação da AB e, portanto, na consolidação do SUS.