66: Educação em Saúde em discussão
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 02 Sala 01 - Bacurau    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1839 CONTEXTO E MUDANÇAS DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS: PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Gabriella Martins Soares, Amanda Tavares da Silva, Nayara Costa de Souza, Indira Silva dos Santos, Leidiane Pereira da Silva, Joice Ferreira Farias, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Nair Chase da Silva

CONTEXTO E MUDANÇAS DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS: PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Gabriella Martins Soares, Amanda Tavares da Silva, Nayara Costa de Souza, Indira Silva dos Santos, Leidiane Pereira da Silva, Joice Ferreira Farias, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Nair Chase da Silva

APRESENTAÇÃO: As conferências de saúde são etapas muito importantes para a construção e desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) onde a sociedade contribui ativamente no planejamento, controle e gestão das políticas públicas direcionadas ao setor da saúde. O direito a saúde é relativamente novo no âmbito social e um dever do estado contribuir para a manutenção e prevenção da vida de sua população. Durante o decorrer das décadas já foram realizadas 14 destas conferências sendo que a mais importante e considerada uma divisão histórica para a população brasileira, pois antes da 8º conferência nacional de saúde realizada em 1986, a população brasileira era desprovida de atendimento a saúde onde somente algumas classes sociais obtinham esse benefício como os trabalhadores com carteira assinada por meio da previdência social. Porém, com o movimento da reforma sanitária foram enviadas algumas teses que foram escritas por profissionais da saúde para a 8º Conferência que culminaram com oficialização do direito à saúde na constituição federal de 1988 e concretizada no ano de 1990 com a criação do Sistema Único de Saúde. Com a promulgação na Constituição Federal de 1988, foram instituídos muitos mecanismos e sistemas que influenciaram a participação social ainda mais sendo exemplo a própria conferência, os conselhos, audiências e consultas públicas que necessitam do envolvimento da população para que se desenvolvam novos projetos e ampliação do Sistema Único de Saúde. O Objetivo deste relato é explanar a importância das conferências de saúde visando informar e incentivar a população sobre a participação social e o direito a saúde por meio da educação em saúde. DESENVOLVIMENTO: Relato de experiência oriundo de atividades práticas da disciplina Educação em Saúde, realizada na Escola Estadual Angelo Ramazzotti e na Escola de Enfermagem de Manaus, ambos localizados na Zona Centro-Sul de Manaus-AM. Após as aulas teóricas para melhor conhecer e assimilar os temas a serem abordados optou-se pela divisão de grupos, para apresentarem os assuntos administrados em sala de aula. Foram executadas quatro apresentações sendo três delas na Escola Estadual Angelo Ramazzotti, nos dias 12 e 19 de junho, e uma na universidade – Escola de Enfermagem de Manaus –, no dia 25 de junho. Os assuntos a serem abordados foram fracionados em três subdivisões: Conferências Nacionais, Participação Social e Direito à Saúde, usando como recursos a confecção de folder e cartazes, além da utilização do quadro branco e pincel para que os ouvintes pudessem acompanhar de uma melhor forma aquilo que estava sendo explanado. Ao final de cada aula ministrada, foi realizada uma atividade com os ouvintes a fim de avaliar o nível de compreensão referente aos assuntos ministrados, além do preenchimento de fichas avaliativas sobre a apresentação das acadêmicas, onde nesta ficha constavam oito itens que são: Primeiro (01): Conhecimento do tema; Segundo (02): Clareza na exposição; Terceiro (03): segurança na exposição; Quarto (04) Entusiasmo na exposição; Quinto (05): Importância dos tópicos abordados; Sexto (06): Distribuição dos tópicos no tempo; Sétimo (07): Duração da aula; Oitavo (08): Utilização de recursos como quadro, data show etc., e continham 05 opções de respostas (01 Insegurança, 02 Regular, 03 Bom, 04 Muito bom e a 05 Excelente) sendo necessário apenas a marcação de um (X) na alternativa desejada pelo participante. RESULTADOS E IMPACTOS: O público participante deste relato tinha entre 14 a 20 anos de idade, de ambos os sexos. Quanto à escolaridade, os alunos apresentavam-se cursando desde o ensino médio ao ensino superior. Foram ministradas o quantitativo de quatro apresentações, a primeira na Escola Estadual Angelo Ramazzotti, no dia 12 de junho, destinada aos alunos de nono ano, a segunda apresentação ocorreu na mesma escola, no dia 19 de junho para alunos do primeiro ano do ensino médio, terceira apresentação, ainda na mesma escola, ministrada para os alunos do terceiro ano do ensino médio e a quarta apresentação ocorreu na Escola de Enfermagem de Manaus, no dia 25 de junho, para os acadêmicos de primeiro período do curso de Enfermagem. Antes de iniciarem as apresentações, folders que continham resumos do que seria explicado foram distribuídos para todos da sala. As apresentações iniciavam se com uma breve apresentação da equipe de acadêmicos, e logo em seguida davam início ao tema. Durante a palestra, de uma maneira geral, as acadêmicas conseguiram obter o domínio de sala e contavam com a participação dos alunos e professores. Durante uma as apresentações várias indagações e questionamentos foram feitos pelos professores e alunos que estava em sala, até mesmo comentários sobre a saúde e debate sobre os direitos e deveres dos cidadãos, tornando a apresentação mais interessante e prática, pois houve relatos sobre alguns acontecimentos vividos quanto ao assunto discutido. No final, foram feitas algumas perguntas para avaliar o entendimento dos alunos quanto ao conteúdo exposto, e aqueles que respondiam corretamente eram premiados. Após a dinâmica, foram distribuídas as fichas para avaliação da palestra. No total participaram da avaliação 127 alunos e acadêmicos, e o percentual das 05 opções de respostas foi de 1% Insegurança, 1% Regular, 16% Bom, 31% Muito bom e a 51% Excelente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao longo da vivência e realizações das atividades foi evidenciado que a educação em saúde pode ser compreendida como uma forma de atividade que busca mesclar diversos conceitos e dados que se concretizam em ações que visem educar o individuo seja o estimulando de modo coletivo ou individual, a participar da educação, sempre objetivando a melhora da qualidade de vida e da saúde da população. Portanto, verificar que as ações de educação em saúde não são inócuas, mas podem gerar mudanças positivas e transformadoras como ao cidadão que perceber-se como ator fundamental na reivindicação pelo direito à saúde e passa a ser visto como um grande aliado na construção da universalização do direito à saúde. O Enfermeiro, como profissional de saúde precisa ser capaz de identificar os níveis de suas ações no processo educativo, refletindo a necessidade de se desvincular da sua prática assistencial, colocando-se como educador justamente pela ação recíproca da reflexão das pessoas, entendendo que ele não é o dono do saber e sim um cooperador e partícipe deste processo transformador.  

1967 EDUCAÇÃO EM SAÚDE POR MEIO DE AÇÃO EDUCATIVA SOBRE FORMAS DE TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE: experiência de processo educativo em enfermagem.
Anderson Júnior dos Santos Aragão, Geyse Aline Rodrigues Dias, Aurione Miranda da Conceição, Elciane Calandrino Martins, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Thais de Fátima Aleixo Correa

EDUCAÇÃO EM SAÚDE POR MEIO DE AÇÃO EDUCATIVA SOBRE FORMAS DE TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE: experiência de processo educativo em enfermagem.

Autores: Anderson Júnior dos Santos Aragão, Geyse Aline Rodrigues Dias, Aurione Miranda da Conceição, Elciane Calandrino Martins, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Thais de Fátima Aleixo Correa

Apresentação: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges. Essa bactéria de forma bacilar pode ser transmitida pelo ar através do contato com secreções respiratórias contaminadas, habitualmente através da tosse, não sendo transmitidas por objetos contaminados, sendo que os pacientes que possuem a forma transmissível da tuberculose são aqueles que apresentam tuberculose pulmonar ou laríngea. Além da tosse, o bacilo da tuberculose também pode ser transmitido de um indivíduo a outro por meio do espirro, pela tosse ou até por conversas próximas onde há trocas de perdigotos (saliva expelida). Todavia durante nossa vivência prática em unidades básicas de saúde bem como em outros estabelecimentos de saúde observamos que estigmas equivocados foram criados a respeito das formas de transmissão do bacilo da tuberculose, resultando em juízos de valores que acabam oprimindo indivíduos acometidos pela doença, desde o seu diagnostico até o estágio final de seu tratamento, excluindo-o muitas das vezes do convívio social. Diante do exposto, vê-se a necessidade de ações educativas sobre a temática no intuito de propiciar a disseminação de informações e ações preconizadas pelo Ministério da Saúde. Nesse âmbito conhecer as reais formas de transmissão são crucias no que tange  minimizar os preconceitos e incômodos sociais pelo quais o portador do bacilo da tuberculose geralmente passa, promovendo a educação na saúde, possibilitando ao público alvo que fundamentem suas ações baseada em evidencias cientificas, ofertando ao mesmo informações referentes a temática, isso por meio da escuta ativa, conversa e diálogo essenciais ao aprendizado significativo e satisfatório, objetivando desse modo descrever as formas de transmissão da tuberculose partindo do conhecimento das concepções prévias do público-alvo sobre a temática, possibilitando assim desmitificar alguns preceitos relacionado as formas de transmissão da doença em questão. Para a realização dessa atividade utilizamos a concepção cognitivista sendo que para a avaliação utilizaremos como base a concepção humanista. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular Processos Educativos em Enfermagem I, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará. O local de realização da atividade educativa foi uma Unidade Municipal de Saúde localizada em um bairro periférico e com alta densidade demográfica no município de Belém, Estado do Pará. O público alvo foram usuários que estavam à espera de atendimentos nesse estabelecimento de saúde, público este que convive de maneira esporádica com indivíduos portadores do bacilo da tuberculose que procuram assistência em saúde no programa de tratamento de tuberculose, ofertado apenas no sistema único de saúde, necessitando desse modo de orientações referentes a temática a ser abordada. Como local de realização dessa prática educativa utilizamos a área de espera de atendimento da unidade estabelecimento. A ação educativa ocorreu por meio da utilização da tecnologia educativa leve-dura que consistia de um painel que continha seis ilustrações representativas da problemática devidamente enumeradas. A cada escolha de número a imagem correspondente era desvendada, sendo que cada ilustração remetia a uma afirmativa verídica ou falsa, as quais foram: Qualquer tosse prolongada é tuberculose; Só se deve desconfiar de tuberculose quando a tosse com sangue; Toda pessoa com tuberculose transmite a doença; Apenas se aproximar de alguém com tuberculose é suficiente para contrair a doença; É necessário separar objetos de uso pessoal da pessoa com tuberculose e isola-la; A pessoa com tuberculose deve proteger a boca e o nariz ao falar, tossir e espirrar. O conteúdo ministrado envolveu a explanação teórico-ilustrativo acerca da tuberculose com ênfase nos meios de transmissão do bacilo causador dessa doença, sendo que para a elaboração da ação educativa utilizamos os seguintes recursos: 4 folhas de isopor, 60 espetos de churrasco, 4 folas de EVA nas cores verde e vermelho, 2 folhas de papel crepom, 1 folha de papel laminado, 1 folha de papel 40 kg, imagens representativas, estilete, pistola de cola quente e/ou cola se isopor, pincel permanente. Inicialmente foi explicada a temática e como a ação educativa seria realizada, entregando para cada participante duas bandeirinhas na cor verde (que representaria a verdade) e vermelha (que representaria mito). Após a escolha de um numero do painel pelo público era mostrada uma imagem, indagando o público a relacionarem a imagem exposta com a temática em estudo. Subsequentemente era apresentada uma afirmativa referente a ilustração, na qual o público respondia se era verdade ou mito por meio das bandeirinhas, obtendo-se o um valor quantitativo. Essas etapas nos propiciaram conhecer as concepções e saberes prévios do público. Para finalizar, os executores da ação respondiam se a alternativa era mito ou verdade, explicando por meio de uma linguagem clara e objetiva cada afirmativa, dando oportunidade para esclarecer dúvidas e/ou questionamentos, desmitificando alguns preceitos equivocados. Resultados: No transcorrer da oficina educativa evidenciamos vários equívocos no que concerne as formas de transmissão da tuberculose, sendo que por meio das plaquinhas verde e vermelha foi constatado que a grande maioria do público acreditava: ser necessário separar objetos de uso pessoal do indivíduo com tuberculose e isola-la, que toda pessoa com tuberculose transmite a doença; e para contrair a doença bastava se aproximar de alguém com tuberculose. Além disso uma parte considerável do público afirmou como verdadeira as afirmativas:  só se deve desconfiar de tuberculose quando a tosse for com sangue; e qualquer tosse prolongada é tuberculose. A alternativa que obteve alto índice de acerto foi em relação a cobrir a boca e o nariz ao falar, tossir e espirrar. Todavia, durante a explicação expositiva-dialogada, a respeito das reais formas de transmissão da tuberculose de forma clara e objetiva, observou-se por parte do público uma atenção especial ao que estava sendo exposto, permitindo uma processo reflexivo sobre os equívocos que estavam sendo cometidos  em decorrência da carência de conhecimento  sobre o assunto, colaborando assim para a educação em saúde e incentivando o público participante da ação educativa a serem disseminadores das informações adquiridas. Considerações finais: Por intermédio de uma tecnologia educativa classificada como leve-dura foi possível construir um processo de comunicação e diálogo do público alvo conosco, possibilitando conhecer as concepções prévias dos usuários a respeito da temática em questão, subsidiando assim nossa ação que foi voltada a trabalhar os equívocos encontrados, desenvolvendo a educação em saúde fundamentada em conhecimentos científicos a respeito da temática abordada por meio de metodologias ativas, no intuito de propagação de informação. Como acadêmicos a experiência vivenciada possui evidente importância, pois estaremos incumbidos na condição de futuros profissionais de saúde de sermos disseminadores de conhecimentos científicos por meio de práticas educativas em enfermagem, além de ser fundamental à construção de um aprendizado significativo através da educação em saúde e metodologias ativas de ensino aprendizagem que proporcionam a compreensão de nossas orientações e prescrições de enfermagem.

2052 EDUCAÇÃO EM SAÚDE: O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE NO CENÁRIO DE IETC
Weslley dos Passos Verissimo, Tayná Lívia do Nascimento, Joelma de Rezende Fernandes, Viviane da Costa Freitas Silva, Nicoly Teixeira Vianna, Mariana Leônidas Carneiro, Sarah Delgado Braga Silva

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE NO CENÁRIO DE IETC

Autores: Weslley dos Passos Verissimo, Tayná Lívia do Nascimento, Joelma de Rezende Fernandes, Viviane da Costa Freitas Silva, Nicoly Teixeira Vianna, Mariana Leônidas Carneiro, Sarah Delgado Braga Silva

INTRODUÇÃO: Ao ingressar na graduação em Enfermagem o estudante ainda não tem a amplitude da atuação dos enfermeiros e vê como principais campos de trabalho os hospitais e as unidades de atenção básica. O início das atividades de Integração Ensino-Trabalho-Cidadania (IETC), os estudantes são levados a desenvolver as competências relacionadas à promoção da saúde e prevenção de doenças atuando em atividades na escola que se entende por ser uma área de suma importância, por impulsionar a formação do senso crítico, moral, hábitos básicos de vida e, principalmente, para o desenvolvimento de ações de educação em saúde. JUSTIFICATIVA: Justificou-se esse estudo, pela relevância do tema na atualidade sobre a saúde na escola e a atuação do profissional de saúde como promotor da saúde em cenários adversos daqueles em que se pensam serem os únicos locais a serem produtores de formação em saúde, neste caso a escola tem também um ótimo cenário de aprendizagem. OBJETIVO: O estudo objetivou mostrar a importância do Enfermeiro no Programa Saúde na Escola e identificar a percepção do discente do Curso de Enfermagem do UNIFESO sobre as práticas educativas do Enfermeiro na Escola. METODOLOGIA: Utilizou a abordagem qualitativa, com a técnica de grupo focal para coleta de dados. Cada grupo participante foi composto de 10 estudantes do 1º ano do Curso de Graduação em Enfermagem do UNIFESO, que desenvolveram o IETC nas escolas do município de Teresópolis. Aprovação no CEP nº da CAAE: 42458715.7.0000.5247. Com a finalidade de garantir o anonimato dos participantes, cada um do grupo focal, de cada reunião foi identificado no trabalho com a letra E (Estudante) maiúscula e com um número de acordado com a sequência das falas (E1, E2 e etc.). RESULTADO E DISCUSSÃO: Os resultados basearam-se na analise de conteúdo. Forma realizados 3 grupos focais. Os dados referentes à caracterização dos estudantes com relação ao gênero revelam que a maioria dos estudantes/participantes era do sexo feminino (60%), à idade dos estudantes, variou entre 18 e 32 anos. As respostas foram analisadas e emergiram 04 categorias que foram discutidas sistematicamente e fundamentadas a partir do referencial teórico. Categorias 1: Ambiente Escolar: a interface da Educação em Saúde para a formação do Enfermeiro. Categoria 2: Produção de competências no ambiente escolar: percepção dos estudantes de Enfermagem do UNIFESO. Categoria 3: Facetas da saúde-doença na escola: o encontro com os problemas de saúde para o estudante do Curso de Enfermagem do UNIFESO. Categoria 4: Programa Saúde na Escola: abordagem no currículo do Curso de Enfermagem do UNIFESO. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A unidade escolar como instituição indispensável para educação dos indivíduos contribui para formação de cidadãos ativos e críticos, além de promover uma melhor qualidade de vida da sociedade. Para termos a educação em saúde como ferramenta eficiente na intervenção do processo saúde doença, faz-se necessário repensar os currículos dos Cursos de Graduação em Enfermagem para viabilizar o processo de formação a partir da construção e formação de profissionais que estejam afeitos à essa concepção (trans)formadora das práticas de intervenção na sociedade.

2468 CONSULTA DE ENFERMAGEM E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FATORES FUNDAMENTAIS PARA O ENFRENTAMENTO DA TUBERCULOSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
ELLEN CRISTINE DE OLIVEIRA SILVEIRA, REBECA ARCE GUILHERME, FELIPE LIMA SANTOS, ALEXANDRE INOMATA BRUCE, ANA CAROLINA SCARPEL MONCAIO

CONSULTA DE ENFERMAGEM E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FATORES FUNDAMENTAIS PARA O ENFRENTAMENTO DA TUBERCULOSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: ELLEN CRISTINE DE OLIVEIRA SILVEIRA, REBECA ARCE GUILHERME, FELIPE LIMA SANTOS, ALEXANDRE INOMATA BRUCE, ANA CAROLINA SCARPEL MONCAIO

APRESENTAÇÃO: A atuação do enfermeiro como educador no controle da tuberculose é de vital importância. O vínculo constitui elemento primordial para o acompanhamento do tratamento da doença por proporcionar além do tratamento diretamente observado, a troca de diálogo dando ao portador de tuberculose mais autonomia durante o decorrer do tratamento. Por meio da consulta de enfermagem, o paciente expõe suas dificuldades no processo de tratamento, como por exemplo, a adesão na utilização de máscaras nas duas primeiras semanas de tratamento, que é dificultado nesse início, contribui para que eles adotem comportamentos de isolamento social, diante da família e amigos. OBJETIVO: Tratou-se de um relato de experiência utilizando a educação em saúde como intervenção para a diminuição do estigma social do paciente com tuberculose. DESENVOLVIMENTO: Foram realizadas consultas individualizadas em um centro de Referência em Pneumologia Sanitária, com periodicidade semanal, com a realização de entrevista e exame físico para posterior avaliação. A experiência obtida por intermédio da consulta de enfermagem evidenciou como o enfermeiro pode contribuir para a dissolução de dúvidas sobre a patologia no que concerne a forma de transmissão, ao tratamento e a adesão ao mesmo. RESULTADOS: Por meio da consulta de enfermagem o paciente enfrenta a verdade de um diagnóstico estando diante de manifestações preconceituosas e dos sentimentos de vergonha, medo e rejeição oriundos de familiares e amigos. Alguns relataram exclusão do convívio social e, até mesmo, relatos de rejeição no trabalho. Nesse contexto, pode-se perceber a importância da educação em saúde proporcionada pelo enfermeiro, para estreitar vínculos, publicizar informações e aumentar a adesão ao tratamento. Observou-se como a resposta aos questionamentos sobre as formas de transmissão elucidou a mente dos portadores da doença e, assim sendo, a divulgação de informações sobre a patologia contribuiu para a diminuição do estigma social, capacitando o portador a se defender de retaliações por parte de outros que não conhecem sobre a doença e acabam excluindo os portadores da mesma. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebeu-se que os profissionais de saúde juntamente com a família do portador de tuberculose possuem papel fundamental no enfrentamento da doença e podem auxiliar na mudança de hábitos, no conforto emocional, na adesão e progresso do tratamento.      

2496 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA IDOSOS NO ESTADO DO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA
Priscila Picanço Horta, Pedro Salazar Costa, David José Conceição Vila, João Pedro Salgado Pio Oliveira, João Victor Oliveira Melo, Rebeka Bustamante Rocha, Fábio Fernandes, Bahiyyeh Ahmadpour

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA IDOSOS NO ESTADO DO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA

Autores: Priscila Picanço Horta, Pedro Salazar Costa, David José Conceição Vila, João Pedro Salgado Pio Oliveira, João Victor Oliveira Melo, Rebeka Bustamante Rocha, Fábio Fernandes, Bahiyyeh Ahmadpour

Apresentação: Este trabalho trata-se de um relato de experiência de acadêmicos do primeiro período da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas sobre a prática da disciplina de Saúde Coletiva I desenvolvido com idosos do bairro Nossa Senhora das Graças em Manaus, através do PROASI (Programa de Atenção à Saúde do Idoso) e FAIC (Fraternidade Amigos Irmãos da Caridade). O objetivo das atividades foi a integração entre idosos, acadêmicos e comunidade, através da prática da educação em saúde, promovendo conhecimento entre ambos os protagonistas (acadêmicos e idosos), permitindo analisar os determinantes sociais e as necessidades de saúde desta comunidade, foco central da disciplina. Desenvolvimento: Foram realizados sete encontros, entre setembro e novembro de 2017; sessões com diversas atividades, com utilização de metodologias ativas, sobre temas relevantes envolvendo envelhecimento e saúde, com recursos didáticos e conhecimento popular. Ao final das atividades, foi desenvolvida uma ação social em que buscou-se a integração de atividades lúdicas e físicas, juntamente com a organização de bazar comunitário e venda de rifas para a comunidade com o objetivo de arrecadar fundos para a elaboração de intervenções estruturais nas dependências do Proasi e Faic. Resultados: As atividades permitiram a ampliação do conhecimento crítico-reflexivo dos acadêmicos, tornando claro o papel do médico e do idoso em uma conjuntura global, buscando a assistência para o viver saudável, com equilíbrio físico e social, diminuindo o processo de isolamento social e de envelhecimento patológico. Considerações finais: A experiência permitiu conhecer uma nova realidade e compreender necessidades e peculiaridades de grupos específicos de idosos, reforçando a percepção da relevância da Medicina da Comunidade e Família na promoção da saúde com este grupo populacional, tornando dessa forma, mais completa a formação educacional dos acadêmicos envolvidos.

3767 Pelo Fim da Violência contra a Mulher: um relato de experiência
Maria de Lourdes Goes Araujo, Olga Maria de Alencar, Frederico Rafael Gomes de Sousa, Priscila Chagas da Costa, Weslley Sousa Cavalcante

Pelo Fim da Violência contra a Mulher: um relato de experiência

Autores: Maria de Lourdes Goes Araujo, Olga Maria de Alencar, Frederico Rafael Gomes de Sousa, Priscila Chagas da Costa, Weslley Sousa Cavalcante

Apresentação: Trata-se de um relato de experiências de adesão da Escola de Saúde Pública do Ceará na Campanha dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra a Mulher. Esta é uma campanha internacional lançada em 1991 pelo Center for Women's Global Leadership – CWGL (Centro de Liderança Global de Mulheres), exigindo a eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres. O objetivo da campanha é mobilizar a sociedade e promover a atuação conjunta entre governo e sociedade, especialmente na área da saúde, sensibilizando os serviços e profissionais de saúde a compreenderem a magnitude e transcendência da violência contra as mulheres, seus impactos para a qualidade de vida das mulheres e sociedade e a importância de organizar ações específicas de saúde no enfrentamento à violência e principalmente acolhimento às mulheres vítimas. Desenvolvimento : A programação foi realizada pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) em parceria com a Universidade Regional do Cariri (URCA), por meio do Observatório da Violência e dos Direitos Humanos na Região do Cariri, e a Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres do Governo do Ceará. Dentre as atividades realizadas destacam-se o seminário “Enfrentando a Violência Contra as Mulheres: Desafios e Oportunidades”, a I Mostra de Trabalhos em Pesquisas e Extensão em Saúde e as Rodas de Conversas em alusão ao Dia Mundial de Combate a Aids como a temática Feminização da Aids e ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da violência contra as mulheres. Na Mostra de Trabalhos, foram apresentados seis trabalhos entre relatos e estudos de casos ligados a temática da violência contra a mulher. Foram abordadas experiências vivenciadas por mulheres que foram acolhidas por diferentes instituições de apoio à mulher, bem como os desafios que diversas famílias e comunidades precisam superar, na intenção de desfrutar uma vida mais digna e tranquila. Todas as atividades tiveram como público-alvo residentes, preceptores, bolsistas e demais colaboradores da instituição, a comunidade acadêmica e movimentos sociais implicados com a causa. Resultados: As ações desenvolvidas permitiram criar espaços de sensibilização dos participantes quanto a violência sofrida pelas mulheres como um problema de saúde pública e o envolvimento com a magnitude e transcedência do problema focando principalmente na necessidade de implementação de políticas de atendimento às mulheres em situação de violência. Foi identificado que ainda existe uma grande lacuna em relação à formação dos profissionais bem como quanto a organização de redes de enfrentamento da violência principalmente na área de saúde. Ao final dos debates reafirmou-se a violência contra a mulher enquanto um problema social e de saúde pública que acomete independente de condição físico-econômica ou nível de escolaridade. Assim como outro tipo de violência, configura-se como uma violação de direitos humanos fundamentais que necessita ser debatido e merece toda a atenção da sociedade.

3920 Contribuições da Psicologia na atuação com crianças com TEA no ambiente escolar
Edna Andressa Pinheiro de Sousa

Contribuições da Psicologia na atuação com crianças com TEA no ambiente escolar

Autores: Edna Andressa Pinheiro de Sousa

RESUMO A Psicologia abrange inúmeras áreas de atuação com crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista – TEA. Ao longo do desenvolvimento desse artigo, buscou-se identificar as inúmeras formas e métodos de inclusão existentes para lidar com o transtorno dentro do ambiente escolar. É importante realçar que a contribuição da família deste aluno com necessidades educacionais especiais é determinante no processo de integração/inclusão e substancial para que ele possa construir-se como pessoa e membro da sociedade. No que diz respeito aos profissionais é imprescindível que se apoderem da proposta de inclusão escolar, mais especificamente o professor que é o que lida diretamente com o aluno, que este busque entender a viabilidade da prática inclusiva e compreenda a complexidade de tal processo que requer muito empenho e investimento para assim, se tornar o agente mais eficaz no processo de inclusão. Pois, o sucesso ou o insucesso da aprendizagem da criança com TEA é, muitas vezes, reflexo da intervenção pedagógica e do perfil do professor. O papel da Psicologia Educacional e Escolar abrange diversos desafios na prática inclusiva, a literatura aponta para a necessidade de os psicólogos escolares embasarem a sua atuação em práticas contextualizadas, reflexivas e críticas, que estejam totalmente comprometidas socialmente com estes alunos, e a equipe multidisciplinar, respeitando, sobretudo às diferenças em defesa dos direitos desses alunos e à promoção do seu desenvolvimento. No ambiente escolar a Psicologia pode ser caracterizada por um serviço de ordem preventiva e terapêutica, buscando por objetivos cruciais a preparação dos profissionais envolvidos, o apoio familiar e o suporte à comunidade discente.

4049 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE, PARA O ENFRENTAMENTO DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
victor paixão, Vera Lucia, Adria Vanessa Silva, Ana Karoline Silva, Euriane Costa

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE, PARA O ENFRENTAMENTO DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA

Autores: victor paixão, Vera Lucia, Adria Vanessa Silva, Ana Karoline Silva, Euriane Costa

Apresentação: A violência contra mulher é um fenômeno global, presente na sociedade devido a construção histórica de uma cultura androcentria e patriarcal, com predomínio da iniquidade entre gêneros. Por anos, muitas mulheres foram oprimidas e silenciadas, sendo expostas diariamente a situações violentas de natureza física, psicológica, sexual, moral e patrimonial, consequentemente resultando em transtornos psicológicos, debilidade física e óbito, tornando-se um grave problema para saúde pública. Contribuindo com aumento dos atendimentos e dos gastos para garantia da integralidade das ações de reabilitação das vítimas. Frente a essa realidade, surgem os movimentos feministas, para combater esses atos e garantir os direitos das mulheres, estabelecendo seu auge no Brasil com a criação da Lei 11.340 de julho de 2006, popularmente conhecida com Maria da penha. A partir desse momento se deu maior visibilidade para os casos em que a mulher se encontra em situação de violência, passando a se produzir números significativos de artigos na perspectiva da mulher agredida, no perfil dos envolvidos nos boletins de ocorrência e nos tipos de violência cometidas. No entanto, fazem-se necessárias medidas mais efetivas, que levem essa discursão para o conhecimento das comunidades, podendo assim construir em conjunto, uma percepção crítica do problema, proporcionando maior autonomia para os indivíduos no enfrentamento a violência. Dessa forma, atividades de extensão que trabalhem na perspectiva de dialogar com a comunidade em geral sobre meios de prevenção e combate à violência, são iniciativas fundamentais para redução dos casos e mudança desta realidade. Tem como objetivo relatar a importância da educação em saúde nas comunidades para um melhor enfrentamento da mulher em situação de violência. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. Ação realizada em novembro de 2017, por acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, participantes do programa de extensão de Empoderamento e fortalecimento da mulher amazônica frente a violência doméstica e familiar, para usuárias da Unidade básica de saúde de Vila nova vida, comunidade localizada no município de Moju, no estado do Pará. Para realização da atividade foram utilizados folders impressos, editados em Microsoft Power Pointee álbum seriado construído em cartolinas, após a fundamentação teórica, por meio de artigos encontrados na Biblioteca virtual de saúde (BVS). A atividade foi realizada no auditório da unidade, tendo duração média de 80 minutos, subdividida em três etapas. Na primeira foi realizado a recepção e acolhimento das usuárias, que estavam no atendimento e foram conduzidas até o auditório, as participantes receberam uma folha de papel em branco, ficando à vontade para riscar e amaçar sua folha, posteriormente se realizou uma comparação entre as marcas no papel e as marcas que uma mulher em situação de violência carrega, inserindo-as de forma participativa na discursão do tema e expondo sua gravidade. Na segunda etapa, com auxílio do álbum seriado, através de uma palestra semi estruturada, foram trabalhas questões voltadas especificamente para prevenção da violência, como identificá-la, o que fazer, como denunciar e as políticas públicas específicas, para que as mulheres tomem conhecimento que se presenciarem ou estiverem em situação de violência, existem meios para procurar ajuda e recorrer. Na última etapa, se formou uma roda de conversa para estabelecer a troca de experiências e relatar as vivências, nesse momento o protagonismo nas falas foi das participantes, que relataram casos de violência consigo ou com pessoas próximas, fazendo reflexão em grupo acerca do problema e pensando em soluções paras essas realidades.  RESULTADOS: Realizar atividades de educação e orientação para prevenção de agravos, é desafiador, dentro um cenário em que valoriza-se a atenção médico e ambulatorial, no entanto, devem ser buscadas estratégias para aproximar os usuários desses ambientes, seja para diminuição dos casos de violência ou para qualquer outro assunto dentro da área da saúde, pois o fazer saúde esta além da realização de procedimentos. No entanto, a falta de local apropriado e recursos são uma realidade para quem trabalha com extensão e requerem estratégias criativas para garantia da execução dessas ações, dentes elas a utilização do álbum seriado. A atividade foi bem recebida pelas usuárias, que participaram e estiveram atentas a todas as questões trabalhadas, no entanto a violência ainda é muito naturalizada na realidade desta comunidade, onde os parceiros vivem do extrativismo do coco e as mulheres cuidam dos filhos e da casa, com um predomínio muito forte da cultura do patriarcado, logo para elas, não é tão fácil a discussão da temática. Durante a abordagem das tipificações da violência perpetrada contra mulher, foi observado que a violência física é bem entendida por essas mulheres, no entanto poucos consideram os atos e conseqüências da violência psicológica como tal, tendo como entendimento que o conceito de violência a atos que agridam apenas a integridade física, necessitando de um melhor esclarecimento das violências psicológicas, moral, sexual e patrimonial. Outra questão problematizada pelas participantes e que apesar da existência de leis que garantem seguridade, elas não conseguem visualizar na prática sua efetividade sentindo-se desprotegidas ao denunciarem as autoridades, pois na localidade não possui serviço especializado, cujo podemos perceber o reflexo de uma gestão publica que se distancia e não consegue atender as necessidades da população. CONCLUSÃO: A violência perpetrada contra mulher dentro das relações conjugais, tonou-se um problema sério para saúde pública, principalmente pelo aumento dos casos e do seu custo para o setor, devendo-se buscar dentro da área, estratégias que auxiliem em seu combate e diminuição, frente a isso, atividades de educação em saúde mostram-se como estratégias eficientes para informar e sensibilizar a sociedade sobre temas relevantes ao aprendizado, tornando essa pratica  imprescindível para a integralidade na assistência nos serviços de saúde, fazendo com que os profissionais sejam capazes de desenvolver  trabalho em equipe junto aos usuários promovendo aprendizado e educação continuada, proporcionando empoderamento da comunidade para o autonomia no combate a violência. Portanto a atividade protagonizou-se  enquanto instrumento transformador da realidade, seja do ponto de vista dos acadêmicos, implementando  ações  de grande relevância dentro da sociedade e com isso agregando vivências, ou dos participantes tiveram a possibilidade de discutir um assunto que por anos foi naturalizado dentro de diferentes culturas e relações, compreendendo a necessidade da quebra desses paradigmas para mudanças na realidade.           

4130 AÇÃO EDUCATIVA NA ELUCIDAÇÃO DO CONCEITO E TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Karina Barros Lopes, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Josué Rodrigues de Sousa, José Maurício Pinheiro Bechir, Bianca Duarte Vitório da Fonseca Dias, Bruna Damasceno Marques, Hilma Solange Lopes Souza, Evandro Cesar Natividade de Sousa

AÇÃO EDUCATIVA NA ELUCIDAÇÃO DO CONCEITO E TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Karina Barros Lopes, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Josué Rodrigues de Sousa, José Maurício Pinheiro Bechir, Bianca Duarte Vitório da Fonseca Dias, Bruna Damasceno Marques, Hilma Solange Lopes Souza, Evandro Cesar Natividade de Sousa

Apresentação: A Tuberculose é um grave problema de saúde pública que acompanha a humanidade há milênios. Hoje a busca de novos casos e tratamento adequado são medidas fundamentais para a prevenção da doença. É uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch (BK). A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um individuo com tuberculose ativa de vias aéreas, salvo raríssimas exceções. Quanto maior a intensidade da tosse e a concentração de bacilos no ambiente e quanto menor a ventilação desse ambiente, maior será a probabilidade de infectar os circunstantes. Com o início do tratamento adequado e o uso correto de medicamentos em pacientes infectados com cepas sensíveis, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas a três semanas. Segundo dados do sistema nacional de notificação e agravos (SINAN), em 2016, foram diagnosticados e registrados mais de 66 mil casos novos e cerca de quase 13 mil casos de recidivas de tuberculose no Brasil. Em 2015, 4,5 mil cidadãos, morreram de tuberculose em 2015. O coeficiente de incidência da doença é de 32,4/100 mil habitantes em 2016. Vale lembrar que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para a tuberculose ser eliminada como um problema de saúde pública é necessário um coeficiente menor que 10 casos para cada 100 mil habitantes, objetivo esse almejado até o ano 2035. Ciente da alta patogenicidade e facilidade de transmissão, ações educativas em saúde são fundamentais para a prevenção de novos casos a fim de dar ciência aos indivíduos sobre processos de saúde-doença. A educação em saúde versa sobre o conhecimento das pessoas para que elas desenvolvam juízo crítico e capacidade de intervenção sobre suas vidas e ambiente com o qual interagem. Sendo uma das competências dos profissionais da atenção básica o planejamento e execução de ações educativas a sua população adstrita. A educação popular compreende-se como parte do modo de vida dos grupos sociais que criam e recriam uma cultura, difere de treinamento ou da simples transmissão de informações. Significa a construção de um senso crítico que colabore para que os sujeitos entendam, comprometam-se, tenham capacidade em elaborar propostas e seres atuantes em sua realidade. É um processo coletivo de produção e socialização do conhecimento que capacita os sujeitos a ler criticamente a realidade sócio-econômico-político-cultural com a finalidade de transformá-la. A educação popular tece sobre um caminho político-pedagógico que requer o envolvimento e a co-responsabilização de todos participantes, na construção, apropriação e multiplicação do conhecimento. Tendo em vista, a importância da atenção primária na execução de ações de educação em saúde voltadas a promoção da saúde e prevenção de doenças para a população a ela adstrita. Sendo a enfermagem uma profissão não apenas assistencialista, mas, que também tem o ensino como um de seus processos de trabalho e o grave problema de saúde pública que a tuberculose representa, este trabalho tem o intuito de relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em uma atividade prática de educação em saúde voltada a esse tema, objetivando também promover educação popular em saúde sobre tuberculose para usuários de uma Unidade municipal de saúde. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo tipo relato de experiência, de uma ação educativa na Unidade Municipal de Saúde em Belém-PA, durante uma aula prática da atividade curricular de Saúde Coletiva, realizada por acadêmicos da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, sob supervisão docente, tendo como público-alvo os usuários da Unidade de saúde que aguardavam atendimento. A ação foi realizada com o intuito de esclarecer os principais sintomas e o modo de transmissão da doença, modalidade de tratamento, a fim de estimular a população presente a expor seus conhecimentos e suas vivências, proporcionando assim, a fácil compreensão e troca de experiências sobre a temática. Tendo conhecimento que as ações educativas são importantes meios de motivar a participação do público, traçou-se então a realização de uma intervenção educativa abordando o tema: Elucidação conceito e transmissão da Tuberculose. O planejamento da ação foi realizado na semana anterior à apresentação. Foi utilizado como recurso visual o álbum seriado disponibilizado na unidade, já que o espaço e o público eram reduzidos, promovendo assim, uma maior interação com os participantes. Antes de iniciar a ação, a docente responsável e os acadêmicos apresentaram-se aos usuários do serviço, explicando o motivo daquele encontro e a relevância de sua participação e interação. Buscou-se o envolvimento dos participantes, por meio de perguntas direcionadas a eles durante a explicação com linguagem simples, sem a utilização de termos técnicos ou palavras que pudessem não ser entendida pelos mesmos, buscando assim uma melhor comunicação e compartilhamento de informações. Após as perguntas, alguns usuários expressaram dúvidas e experiências de vida que familiares e amigos viveram com a doença, e até mesmo, outras patologias que não eram objeto de discussão na ação. Ao escutar o usuário o profissional utiliza uma importante estratégia no desenvolvimento do processo de comunicação: possibilitar que eles possam se expressar, oportunizando a resposta à suas dúvidas e a relação da informação compartilhada com sua vida diária, facilitando uma possível mudança de estilo de vida. Além de contribuir para que os mesmos sintam-se importante dentro deste processo. Com o seguimento da ação, os acadêmicos expuseram o álbum seriado, explicando os tópicos e ouvindo ativamente as pessoas ali presentes. Resultados: Ao iniciar a apresentação uma parte do público se mostrou bastante curioso. A ação educativa permitiu um ambiente amigável e os usuários não hesitaram em responder as perguntas e tirar suas dúvidas. Houve respostas incompletas ou erradas a primeira instância. Porém, após a explicação foi nítido a resposta corretas as perguntas. Considerações finais: O enfermeiro atua como mediador do processo educação em saúde. Não somente como relator de conhecimento, mas como ouvinte dos saberes compartilhados. Seu conhecimento científico ajuda na construção de um usuário crítico, desconstruindo mitos. É indiscutível, a necessidade de ações que esclareçam a população sobre as doenças do âmbito da Saúde pública e mais incidentes em cada região, assim será possível a diminuição do preconceito e prevenção de contágios. A ação educativa por meio da explicação e do compartilhamento de experiências e saberes mostrou-se eficaz, interativa entre usuário-usuário e usuários-acadêmicos, evidenciando a compreensão dos usuários através das respostas as perguntas, por meio dos comentários e relatos vivenciais.

5315 ADOLESCÊNCIA E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: CONSTRUINDO CONHECIMENTO A PARTIR DE TECNOLOGIA EDUCATIVA
João Victor Lira Dourado, Francisca Alanny Rocha Aguiar, July Grassiley de Oliveira Branco, Francisca Bertilia Chaves Costa

ADOLESCÊNCIA E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: CONSTRUINDO CONHECIMENTO A PARTIR DE TECNOLOGIA EDUCATIVA

Autores: João Victor Lira Dourado, Francisca Alanny Rocha Aguiar, July Grassiley de Oliveira Branco, Francisca Bertilia Chaves Costa

INTRODUÇÃO: Ao se discutir adolescência, as ideias que naturalmente surgem são ligadas à crise dessa fase somadas aos comportamentos de risco e a vulnerabilidade em saúde, destaca-se à contaminação pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e/ou outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Compreende-se a necessidade de intervir com discussões sobre temáticas que envolvam a saúde sexual com adolescentes para empoderá-los acerca de hábitos de vida sexual saudáveis. Destaca-se a tecnologia educacional como ferramenta facilitadora para o processo de aprendizagem, por aprimorar o desempenho do aprendiz diante da elaboração, utilização e gestão de processos e recursos tecnológicos. OBJETIVO: Descrever a experiência da utilização de tecnologia educacional como ferramenta para educação em saúde sobre IST’s com adolescentes. MÉTODOS: Relato de experiência de uma atividade educativa intitulada “Educação em saúde sobre IST’s/HIV/AIDS”, realizada na Estação Juventude de um município do Ceará. Participaram dessa atividade educativa adolescentes de ambos os sexos com faixa etária entre 14 a 19 anos. A ação foi composta por seis momentos: I) Autorretrato: conhecendo o grupo; II) Desvelando a Sexualidade; III) IST’s: encontro de descobertas; VI) HIV/AIDS: desmistificando significados; V) Conhecendo como se prevenir; e VI) Elaborando um material educativo sobre o que eu aprendi. Devido à dimensão da atividade educativa, neste relato, apresentou-se a descrição do terceiro momento. RESULTADOS: O espaço foi constituído por dois grupos, um composto por adolescentes do sexo masculino e outro com meninas. Formou-se um círculo como estratégia para exposição dos materiais elaborados pelos grupos para propiciar interações, discussões e reflexões sobre a temática. O grupo dos meninos, atribuiu o significado de IST’s como doenças transmitidas mediante relação sexual e o grupo composto pelo sexo feminino, referiu apenas ao contato sexual, sem dirimir quais relações. Quanto às questões referentes aos tipos de IST’s, o grupo dos meninos destacaram a sífilis, gonorreia e o cancro mole; já as meninas, a herpes vaginal e labial, e ambos o HIV. No que se refere aos sintomas, identificou-se conhecimento insatisfatório e inadequado sobre os sintomas das IST’s por parte dos adolescentes. Os meninos relataram secreções e já as meninas, tumores e enfraquecimento, ou seja, apresentaram informações errôneas quanto esta abordagem, fazendo distinções imprecisas quanto aos sinais e sintomas. Com relação aos meios de transmissão, os grupos elucidaram informações convergentes, como a relação sexual desprotegida, o compartilhamento de drogas injetáveis, materiais perfurantes e o beijo. O grupo das meninas acrescentou outros meios de transmissão reconhecidos popularmente, como o compartilhamento de roupas íntimas. Ao final deste momento, ancorando-se em conhecimentos científicos, discutiu-se sobre as principais IST’s com a apresentação de imagens de lesões das infecções por meio de figuras e ainda os principais sintomas, sinais, complicações e tratamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O momento propiciou aos adolescentes a aquisição de novas informações, como também a desmistificação de conhecimentos incorretos e falsos sobre as infecções. No entanto, apesar de não proporcionarem de forma imediata novas condutas, essas favoreceram uma reflexão crítica sobre seus comportamentos de riscos e, consequentemente, a busca por mudanças.

4393 CUIDANDO DE SI: PROJETO DE SAÚDE INTEGRAL NO TRABALHO
maria de lourdes goes araujo, Olga Maria de Alencar, Frederico Rafael Gomes de Sousa, Priscila Chagas da Costa, Weslley Sousa Cavalcante

CUIDANDO DE SI: PROJETO DE SAÚDE INTEGRAL NO TRABALHO

Autores: maria de lourdes goes araujo, Olga Maria de Alencar, Frederico Rafael Gomes de Sousa, Priscila Chagas da Costa, Weslley Sousa Cavalcante

O presente trabalho tem como objetivo expor os resultados do projeto “Cuidando de Si”, implantado na Escola de Saúde Pública do Ceará pela Diretoria de Pós-Graduação em Saúde (Dipsa), em Fortaleza — CE. Tem como objetivo contribuir para o cuidado integral da saúde dos(as) colaboradores(as) da Escola, entendendo que o trabalho pode se configurar como ambiente adoecedor, mas também curativo, no qual as relações estabelecidas entre as pessoas podem significar a construção de uma importante rede de apoio na vida dos(as) trabalhadores(as). O projeto ancora-se em algumas ideias baseada na construção da subjetividade humana, onde se evidencia a importância da interação entre os sujeitos considerando-se o princípio da alteridade como elemento fundamental. Observa-se uma inversão de valores no mundo do trabalho, onde ser melhor ou autosuficiente passa a ser quase obrigatório, gerando competição e relações superficiais em detrimento da necessidade de se auto cuidar e ou realizando práticas de cuidado dicotomizadas e desintegradas. Considerou-se que o cuidado de si contribue para tranformar o sujeito tornando-o dono de si, articulando um campo de forças capazes de gerar potência. Assim, o cuidado de si passa a ser um modo de vida, onde poderá resgatar o verdadeiro sentido do cuidado por meio da consciência do sujeito, do que ele é, das suas capacidades, fragilidades e desejos. Acredita-se que o cuidado de si representa um exercício de autoética (autoconsciência e autocrítica) balizada pela sensibilidade, criatividade, humildade, resiliência, responsabilidade dando significado ao viver. O cuidar é uma questão complexa e que envolve uma série de fatores de ordem subjetiva que muitas vezes são ignorados. Cuidar é mais do que um ato: é uma ação contínua. Portanto, abrange mais que um momento de atenção e de zelo. Representa uma atitude de ocupação, responsabilização e envolvimento afetivo com o outro. O projeto é desenvolvido pelos Centros que compõem a Dipsa desde outubro de 2017, às quartas-feiras. A cada semana, um dos centros fica responsável criando e executando uma atividade que promova a saúde em alguma de suas dimensões (física, mental ou social). As atividades foram bem diversificadas: grupo de fala e escuta, compartilhamento de emoções, relembrando a infância, prática de yoga, dança, aguçando sentidos e formas de lidar com o novo. Notou-se uma significativa adesão dos(as) colaboradores(as) no projeto e a criação de um sentimento de “poder cuidar” e “ser cuidado(a)”, quando os(as) mesmos(as) criavam/executavam suas atividades e participavam da que estava sendo proposta, respectivamente. Percebeu-se também que as relações interpessoais e entre equipes foram reforçadas, havendo uma maior adesão as propostas de articulação, possibilitando uma maior socialização e adesão as práticas integrativas incorporando os afetos e subjetividades ao cotidiano do trabalho. Por fim, destacamos a importância de disseminar o debate e a prática do cuidado integral a saúde dentro de uma instituição de ensino em saúde a exemplo da Escola de Saúde Pública do Ceará.

5282 PAINEL EDUCATIVO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: ELABORAÇÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DE ADOLESCENTES
João Victor Lira Dourado, Francisca Alanny Rocha Aguiar, July Grassiely de Oliveira Branco, Francisca Bertilia Chaves Costa

PAINEL EDUCATIVO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: ELABORAÇÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DE ADOLESCENTES

Autores: João Victor Lira Dourado, Francisca Alanny Rocha Aguiar, July Grassiely de Oliveira Branco, Francisca Bertilia Chaves Costa

INTRODUÇÃO: A adolescência compreende uma etapa de mudanças entre a infância e a idade adulta, caracterizada por um estágio complexo do ciclo vital devido à quantidade e qualidade de transformações, implicando no início das relações sexuais somado a comportamentos de risco e vulnerabilidade, como a contaminação pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Assim, verifica-se a necessidade de um diálogo sobre essa temática com os adolescentes para que com autonomia possam desenvolver um pensamento crítico-reflexivo para a realização de condutas livre de riscos e complicações. Nesta perspectiva, acentua-se a tecnologia educacional como estratégia de educação em saúde que aprimora o desempenho do aprendiz mediante elaboração, utilização e gestão de recursos tecnológicos. OBJETIVO: Descrever a construção de painel educativo por adolescentes em atividade de educação em saúde. MÉTODOS: Relato de experiência de uma oficina educativa intitulada “Educação em Saúde sobre IST’s/HIV/AIDS com um grupo de adolescentes”, realizada na Estação Juventude de um município do Ceará. Participaram das oficinas adolescentes de ambos os sexos com idades entre 14 a 19 anos de idade. A ação foi composta por seis momentos: I) Autorretrato: conhecendo o grupo; II) Desvelando a Sexualidade; III) IST’s: encontro de descobertas; VI) HIV/AIDS: desmistificando significados; V) Conhecendo como se prevenir; e VI) Elaborando um material educativo sobre o que eu aprendi. Devido à dimensão da atividade educativa, neste manuscrito, apresentou-se a descrição do sexto momento. Usou-se como recursos para a realização do momento: revistas, tesouras sem ponta, canetas, colas, cartolinas e pincéis coloridos. RESULTADOS: O material educativo elaborado pelo grupo masculino elencou algumas infecções, tais como: Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sífilis, gonorreia e hepatite B, circunscritas pelos seus principais sinais e sintomas, como também pelas formas de contágio. Ao final do instrumento, destacaram a utilização do preservativo nas relações sexuais como método para a prevenção das infecções. Já o grupo composto pelo sexo feminino, partiu para o cunho educativo, elucidando a importância da camisinha nas práticas sexuais, o acompanhamento médico, a realização de exames periódicos e a relevância do autocuidado para melhorias na qualidade de vida e saúde, além de desenhos referentes à embalagem do preservativo e os órgãos sexuais de ambos os gêneros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso de tecnologia educativa, como estratégia de educação em saúde com adolescentes, foi essencial para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que ultrapassa o modelo tradicional da educação bancária/depositária para o enfoque no sujeito, tornando-o autônomo e protagonista do processo educativo a partir da construção e produção do material, sucedidos de conhecimentos e experiências vividas. Acredita-se que por si só a aquisição de informações sensibilizou os envolvidos em relação aos temas, o que pode contribuir no autocuidado, na mudança de conduta e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida e saúde.

5335 DESENVOLVIMENTO DE OFICINA EDUCATIVA SOBRE SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES ESCOLARES: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maria Girlane Sousa Albuquerque Brandão, João Victor Lira Dourado, Francisca Alanny Rocha Aguiar, July Grassiely de Oliveira Branco, Francisca Bertilia Chaves Costa

DESENVOLVIMENTO DE OFICINA EDUCATIVA SOBRE SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES ESCOLARES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Maria Girlane Sousa Albuquerque Brandão, João Victor Lira Dourado, Francisca Alanny Rocha Aguiar, July Grassiely de Oliveira Branco, Francisca Bertilia Chaves Costa

INTRODUÇÃO A adolescência caracteriza como período compreendido entre a faixa etária de 10 aos 19 anos. É nesta fase da vida que os indivíduos vivenciam uma série de eventos, tais como a síndrome da adolescência normal, experimentação de drogas lícitas e ilícitas, bem como a descoberta do prazer, somada aos comportamentos de risco, como a prática sexual desprotegida e a multiplicidade de parceiros, contribuindo assim para a gravidez não planejada e o aumento de incidência às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Estas infecções são ocasionadas por protozoários, fungos, bactérias e vírus, e basilarmente transmitidas de uma pessoa a outra por contato sexual, como também pode acontecer à transmissão da mãe para a criança, durante a gestação, parto ou amamentação. Podem apresentar-se sob a forma de síndromes como corrimento uretral, úlceras genitais, corrimento vaginal e doença inflamatória pélvica. Considerando-se que, a cada dia, um milhão de pessoas adquire IST’s, destaca-se os adolescentes e os jovens por comportar quase a metade de todos os casos de infecção. Portanto, compreende-se a imprescindibilidade de um processo educativo, por meio de ações de educação em saúde com estratégias que impliquem no protagonismo dos adolescentes para a promoção da saúde sexual e a prevenção de infecções. A educação em saúde é caracterizada como um processo com princípios críticos e reflexivos e metodologia baseada em diálogo, formando atores sociais integrados e participativos, especialmente, nas questões de gestão da saúde, podendo auxiliar na compreensão das causas dos problemas de saúde da comunidade, bem como na busca de soluções para os mesmos. Atentar a educação em saúde para a sexualidade com adolescentes, consiste como uma necessidade que contribui para reduzir problemas sexuais e a escola enquanto dispositivo social deve desempenhar este papel para a promoção da saúde dos adolescentes. Nesse sentido, objetiva-se descrever a ação de educação sexual com adolescentes escolares. MÉTODOS Trata-se de um relato de experiência acerca da vivência de uma oficina intitulada “Ser Adolescente”, desenvolvida por extensionistas do Grupo de Pesquisa e Extensão Um Abraço Amigo Forma Um Laço Positivo do curso de Enfermagem do Centro Universitário INTA, com o apoio de estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú e profissionais do Programa Saúde na Escola do município de Sobral-CE, para estudantes do 2º ano do Ensino Médio de uma escola pública da Zona Norte do Estado do Ceará. Desenvolveu-se a oficina em dezembro de 2016, em alusão ao Dia Mundial de Combate à AIDS, na sala de aula, no horário regular, com duração de três horas, contando com a participação de aproximadamente 40 alunos de ambos os sexos, com faixa etária compreendida entre 15 a 19 anos de idade. Empregou-se a modalidade oficina, por ser definida como uma proposta que permite o estabelecimento de um ambiente de reflexão e compartilhamento de conhecimentos, construído em conjunto com base nas experiências particulares e que possibilita a aprendizagem dos sujeitos-participantes. RESULTADOS Organizados em círculo, iniciou-se o momento, instigando a participação ativa dos adolescentes nas discussões sobre as temáticas. Para este momento, abordaram-se questões relativas à sexualidade, para as quais as respostas deveriam ser feitas por meio de placas com as palavras mito ou verdade e, posteriormente a justificava da escolha. Essa estratégia teve o propósito de despertar uma reflexão crítica-problematizadora, permitindo que os saberes individuais fossem coletivizados numa experiência comum. Ao regatarmos as falas dos participantes, observou-se contradições de saberes sobre esta temática, denotando conhecimento errôneo e/ou insuficiente sobre a palavra chave em questão, referindo-se à sexualidade como análoga e pertinente à prática sexual, não a compreendendo na sua dimensão contextual e os fatores que a submergem, mas sim em uma visão limitada apenas ao sexo. Após este momento, discorreu-se para o processo de diálogo sobre as IST’s com o grupo de adolescentes. Na perspectiva de tornar dinâmico e interativo o processo educativo e, no mesmo ensejo inserir ativamente os participantes, utilizou-se a tecnologia educativa intitulada “IST’s: mitos ou verdades”. Caracteriza-se como um jogo de percurso com 17 casas que contemplam perguntas-respostas referentes às IST’s/HIV/AIDS. Para este, torna-se necessário a composição de dois grupos com seus respectivos participantes representantes. Deste modo, para a implementação do jogo com os escolares, solicitou-se a composição dos grupos sem delimitação de sexo e dos adolescentes representantes. Acredita-se que trabalhar com a participação ativa dos adolescentes contribui para a afirmação das ideias emancipatórias a partir da socialização destas, além do respeito ao outro e das diferentes formas de exercer sua sexualidade, promovendo o diálogo para expansão de seus próprios recursos de autoproteção. Assim, durante a atividade, percebeu-se que os adolescentes possuíam conhecimento acerca das IST’s. Além disso, revelaram conhecer corretamente as infecções, bem como alguns de seus sinais e sintomas. Nesse contexto, acentua-se a relevância deste resultado, uma vez que o conhecimento e as informações relativas a uma determinada infecção caracterizam-se como dispositivo sine qua non para a adoção de medidas preventivas, pois a apropriação do conhecimento torna o indivíduo promotor de mudança. No entanto, destaca-se que embora apresentem informações relativas às infecções, não se constituem como a única maneira de conduzir mudanças de comportamento. Deste modo, compreende-se a necessidade de um acompanhamento longitudinal destes adolescentes no espaço escolar por meio de ações de educação em saúde dos profissionais da equipe de saúde, principalmente do enfermeiro, na implementação de intervenções para a promoção da saúde, favorecendo a troca de conhecimentos dos adolescentes a partir de metodologias participativas. Ao final do encontro, explicou-se a forma correta do uso do preservativo, a importância da utilização nas relações sexuais como ferramenta segura para a prevenção das infecções e para a gravidez não planejada. Destacou-se também a atenção com materiais perfurocortantes, abriu-se espaço para discussão e desvendou-se questionamentos e dúvidas emergidas entre os participantes. Outrossim, distribuiu-se preservativos masculinos para os adolescentes de ambos os sexos, visto que a estratégia no ambiente escolar não só favorece a prática sexual segura entre os adolescentes, como também parece ser bastante positiva como uma intervenção complementar ao trabalho de educação sexual. CONSIDERAÇÕES FINAIS A oficina educativa com a utilização da metodologia participativa para a execução da intervenção, permitiu a desmistificação dos temas e a participação ativa dos adolescentes na construção de conhecimentos. Evidenciou-se a relevante inserção da universidade no espaço escolar para a construção da intervenção como estratégia de aproximar os adolescentes na incorporação de cuidados com a saúde sexual. A solidificação de parceria com este espaço para intervenções de promoção de saúde, configura-se como importante para potencializar a saúde sexual e a qualidade de vida dos adolescentes escolares. Denota-se a perspectiva do desenvolvimento de novos encontros longitudinais no espaço escolar com os estudantes para o aprofundamento de temáticas relativas à saúde sexual e reprodutiva, para a promoção da saúde e a prevenção de agravos na busca da autonomia e corresponsabilidade dos adolescentes com a saúde.