68: Educação em Saúde no diálogo com a atenção à saúde
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 02 Sala 03 - Candiru    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1665 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS AOS IDOSOS DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO MUNICÍPIO COARI: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO
TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, Deyvylan Araujo Reis, Silvia Caroline Carmago Soares

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS AOS IDOSOS DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO MUNICÍPIO COARI: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO

Autores: TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, Deyvylan Araujo Reis, Silvia Caroline Carmago Soares

Apresentação: Apesar do processo de envelhecimento não estar, necessariamente, relacionado as doenças e incapacidades, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são frequentemente encontradas entre os idosos. Nesse sentido é que este estudo objetivou relatar a experiência da educação em saúde sobre DCNT aos idosos, através de um projeto de extensão do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Desenvolvimento: o projeto de extensão intitulado “Ações educativas e preventivas sobre DCNT aos idosos do Centro de Convivência do município de Coari, Amazonas” foi desenvolvido por acadêmicos do quinto e sétimo período do curso de enfermagem do ISB/UFAM. As ações foram desenvolvidas no período de agosto a dezembro de 2017 com os idosos do Centro de convivência do município de Coari, Estado do Amazonas. Os recursos utilizados do projeto para a educação em saúde foram através de metodologia participativa, com a realização dinâmicas como os jogos de perguntas, bingo educativo, dramatização e ao final de cada atividade educativa os participantes eram premiados com os brindes. A experiência vivenciada na interação com o público-alvo, proporcionou uma atenção importante aos acadêmicos participantes do projeto, principalmente em relação ampliar os conhecimentos na área da saúde do idoso. Resultados: percebeu-se o quanto os idosos são bem receptivos e participativos nas atividades proposta no projeto, o que possibilitou um bom desenvolvimento das ações educativas, em que teve uma importante troca de informações entre o público e os acadêmicos. Considerações finais: portanto, o projeto de extensão possibilitou benefícios para ambas as partes como o público participantes e os integrantes. Os acadêmicos de Enfermagem puderam aprender e conhecer como desenvolver uma educação em saúde sobre DCNT com a pessoa idosa, além de obter melhor compreensão da importância do enfermeiro no cuidado e da necessidade de ações educativas. 

3466 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORAS DA TOXEMIA GRAVÍDICA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Kelly Adriani Dos Santos Baeta, Jose Carlos Correa Rego Filho, Daniela Costa Salheb de Oliveira, Rayza Brito Gonçalves, Emille De Fátima Ventura Magalhães, Conceição do Socorro Damasceno Barros

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORAS DA TOXEMIA GRAVÍDICA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Kelly Adriani Dos Santos Baeta, Jose Carlos Correa Rego Filho, Daniela Costa Salheb de Oliveira, Rayza Brito Gonçalves, Emille De Fátima Ventura Magalhães, Conceição do Socorro Damasceno Barros

APRESENTAÇÃO: A toxemia gravídica é uma doença multissistêmica que costuma ocorrer na segunda metade da gestação, caracterizada por hipertensão, cefaléia e proteinúria. Nas suas formas graves, instala-se a convulsão, e a doença antes chamada pré-eclâmpsia, passa a ser denominada eclâmpsia. A hipertensão na gravidez pode ser classificada em: Pré-eclâmpsia/eclâmpsia; Hipertensão crônica (de qualquer causa); Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superajuntada; Hipertensão gestacional. Tal complicação, atualmente, mostra-se como a 1ª maior causa de morte materna no Brasil, e que pode estar sendo prevenida por meio de acompanhamento e orientações que contribuem ao bem estar da mulher no período gestacional e no puerpério. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante as práticas acadêmicas do Componente Curricular Saúde da mulher e da criança, desenvolvendo orientações sobre a toxemia gravídica com gestantes nesta condição. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Ocorreu durante o segundo semestre de 2017, em uma unidade hospitalar referência em obstetrícia e ginecologia, situada na cidade de Belém-PA, e teve como realidade problematizada a recorrente admissão de gestantes com complicações de toxemia gravídica, as quais, em suma, não detinham conhecimento acerca desta condição. Nessa perspectiva, realizaram-se orientações a respeito da temática, elucidando as principais causas e sintomas, seu tratamento e as medidas para prevenção, com parte da conduta de enfermagem e de sua assistência. RESULTADOS: O estudo permitiu um conhecimento mais aprofundado sobre a toxemia gravídica por parte dos acadêmicos de enfermagem, facilitando na melhor conduta e direcionamento às gestantes com suspeita e confirmação da pré-eclâmpsia/eclâmpsia. Além disso, durante as orientações em saúde, notou-se uma boa interação das gestantes com os acadêmicos, sanando as suas dúvidas e compartilhando informações, que outrora, desconheciam. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A toxemia gravídica é um problema grave, que se não diagnosticado precocemente, e intervir com o tratamento de imediato, expõe a gestante e o feto a problemas graves, podendo evoluir a óbito. O enfermeiro é de suma importância na abordagem de gestantes com sinais e sintomas da pré-eclâmpsia desde da atenção básica, no pré-natal até o trabalho de parto no âmbito hospitalar. Intervindo com ações de acordo com as suas competências, com intuito de oferecer uma assistência de qualidade e humanizada.

3467 EDUCAÇÃO EM SAÚDE A PORTADORES DE HEPATITES/HIV/AIDS
Kelly Adriani Dos Santos Baeta, Jose Carlos Correa Rego Filho, Dulce Karen Costa de Vasconcelos, Helena Padilha Ferreira, Arielly Cristine Saldanha da Silva, Emille De Fátima Ventura Magalhães, Raissa Ingrid Almeida Alves, Ivonete Vieira Pereira

EDUCAÇÃO EM SAÚDE A PORTADORES DE HEPATITES/HIV/AIDS

Autores: Kelly Adriani Dos Santos Baeta, Jose Carlos Correa Rego Filho, Dulce Karen Costa de Vasconcelos, Helena Padilha Ferreira, Arielly Cristine Saldanha da Silva, Emille De Fátima Ventura Magalhães, Raissa Ingrid Almeida Alves, Ivonete Vieira Pereira

APRESENTAÇÃO: Estudos recentes indicam importante impacto das hepatites virais crônicas em paciente infectado pelo HIV/aids. Estudos realizados no Brasil indicam uma prevalência em torno de 5 a 8% de co-infecção HIV/HBV e 17 a 36% de HIV HCV. Daí a necessidade de atuação da educação em saúde como uma prática social que preconiza não só a mudança de hábitos, práticas e atitudes, a transmissão e apreensão de conhecimentos, mas principalmente, a mudança gradual na forma de pensar, sentir e agir através da seleção e utilização de métodos pedagógicos participativos e problematizadores. Assim, o trabalho tem como objetivo relatar a experiência de educação em saúde realizada para portadores de Hepatites/HIV/AIDS e seus familiares através do Projeto de Extensão. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: A fundamentação teórico-metodológica baseia-se na pedagogia crítica em uma perspectiva Freireana e na proposta da Construção Compartilhada do Conhecimento. Os resultados apontam para as várias formas de perceber o cuidado e sua relação com a ação educativa. RESULTADOS: Fortalecer a extensão universitária como um processo educativo, cultural e científico, que articula o ensino e a pesquisa norteando encontros e diálogos entre docentes/discentes e a comunidade na produção de novos conhecimentos a partir do movimento de troca e construção entre os saberes científico e popular. Considerando assim, a extensão com características potencializadoras de mudanças para a melhoria da qualidade de vida dos portadores de hepatites/HIV/AIDS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: percebe-se que as estratégias de Educação em Saúde utilizadas tiveram caráter formativo e deve buscar a interdisciplinaridade, da autonomia e da cidadania numa proposta de construção compartilhada do conhecimento para reflexões críticas entre os vários sujeitos envolvidos no fortalecimento das informações do conhecimento repassado pela enfermagem com o objetivo do alcance de mudanças de comportamento para as medidas de prevenção, promoção, acompanhamento, tratamento e reabilitação das hepatites/HIV E AIDS.

3565 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DURANTE AS VISITAS DOMICILIARES DE ENFERMAGEM AOS IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
rayziane fonseca, camila bezerra, andreza gomes, francineide muniz

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DURANTE AS VISITAS DOMICILIARES DE ENFERMAGEM AOS IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: rayziane fonseca, camila bezerra, andreza gomes, francineide muniz

Introdução: O cuidado de Enfermagem através da visita domiciliar consiste em um instrumento de atenção à saúde que propicia aproximação com a população, favorecendo o manejo terapêutico, por considerar o ambiente familiar, as relações sociais e a comunidade a qual o individuo está inserido. Quando se trata de cuidado ao idoso a visita domiciliar, torna-se ferramenta fundamental, pois favorece a prevenção e promoção da saúde, o controle de doenças crônicas, além de evitar recorrentes internações hospitalares. A visita domiciliar pode ser realizada por agentes comunitários de saúde, enfermeiros, médicos e propicia o alcance dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Atenção Primária a Saúde, além de proporcionar a interação dos profissionais com as famílias, portanto a participação dos alunos neste tipo de atividade durante o período de formação acadêmica torna-se relevante. A visita domiciliar realizada pelo enfermeiro deve ser sistematizada por meio do Processo de Enfermagem, ferramenta metodológica que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e que deve ser utilizado não somente na área hospitalar, como também na visita domiciliar de acordo com a RESOLUÇÃO COFEN Nº 0464/2014, Art. 3º, que coloca que o cuidado domiciliar de enfermagem necessita ser realizado no contexto da Sistematização da Assistência de Enfermagem, estando regulado por princípios, rotinas, protocolos validados e com a aplicabilidade do Processo de Enfermagem. Um dos objetivos da visita domiciliar para o idoso é a busca pelo envelhecimento saudável, definido pelo Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde como ação contínua de manter a capacidade funcional, o que possibilita o bem-estar durante o envelhecimento. Para a obtenção da preservação da capacidade funcional dos idosos é necessário manter bons hábitos durante toda a vida, assim ao chegar à terceira idade o idoso será capaz de realizar atividades cotidianas como utilizar o telefone, fazer compras, preparar as refeições, arrumar a casa, cuidar de suas finanças e também cuidar de si, banhar-se, vestir-se, alimentar-se, apesar de apresentar algumas limitações. A Enfermagem e a equipe de saúde possui papel importante nesta caminhada, por meio das intervenções educativas, é possível orientar a população sobre como manter bons hábitos para controlar os sintomas e complicações das doenças crônicas e assim obter um envelhecimento saudável.  A educação em saúde pode proporcionar mudanças no estilo de vida, beneficiando o conhecimento sobre o controle das complicações de determinadas patologias, tornando-se uma ferramenta importante para o desenvolvimento do autocuidado e prevenção de agravos. A visita domiciliar sistematizada, associada à atividades educativas realizada ao idoso e seus familiares, é capaz de preservar a capacidade funcional do idoso e torna-se importante compreender que mesmo o idoso que possui patologias crônicas associadas, precisa manter a sua capacidade funcional para garantir qualidade de vida. Objetivo: Relatar a importância da educação em saúde nas visitas domiciliares ao idoso.  Descrição da experiência: Atividade desenvolvida durante as aulas práticas da disciplina Enfermagem na Atenção Integral a Saúde do Idoso sob supervisão docente, localizada na Zona Centro-Sul de Manaus-AM. Após as aulas teóricas para melhor conhecer e assimilar os temas a serem abordados realizamos o planejamento das atividades a serem realizadas, local e data. Foram realizadas visitas domiciliares durante o segundo semestre de 2017 aos idosos. Para a coleta de dados sobre a saúde dos idosos, utilizamos alguns instrumentos de avaliação da capacidade funcional: Atividades Básicas da Vida Diária (AVD), Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e Mini Exame do Estado Mental (MEEM). As primeiras visitas tiveram o objetivo de aproximação com o idoso e seus familiares e também para a coleta de dados, primeira etapa do Processo de Enfermagem. Após o levantamento dos dados, realizamos o planejamento das ações e intervenções de enfermagem para o período de prática. Nosso foco principal foi o desenvolvimento de atividades educacionais voltadas para a questão do risco de quedas em idosos da comunidade, devido a observação realizada no ambiente familiar, repleto de móveis, tapetes, objetos e animais. Ao final de cada educação em saúde, foi realizada uma atividade com o idoso e seu acompanhante presente a fim de avaliar o nível de compreensão referente aos assuntos abordados. RESULTADO: Durante as visitas foi possível avaliar o grau de dependência de cada idoso, identificando os diversos riscos do ambiente como a presença de tapetes, acúmulo de móveis pela casa e má distribuição dos mesmos e ainda o uso de cadeiras como auxílio para alcançar objetos em locais elevados. Algumas intervenções de enfermagem foram realizadas, porém com muito cuidado e cautela, para não invadir a privacidade, respeitando sempre os costumes e a opinião do idoso e seus familiares. Durante as atividades de educação em saúde orientamos: Providenciar iluminação noturna junto a cama e o caminho até o banheiro; Remover peças de mobiliário baixas (banquinhos e mesinhas) que constituem motivo de tropeço; Evitar a reorganização desnecessária do ambiente físico; Assegurar de que o idoso utilize calçados que sirvam bem, estejam bem amarrados e tenham solas que não derrapem; Sugerimos adaptações em casa para aumentar a segurança. Para realizar as atividades educativas utilizamos metodologias ativas como: a dramatização, cartazes, bingos adaptados, músicas, jogo da memória, desta forma a linguagem foi adaptada, a atividade educativa tornou-se prazerosa e de fácil assimilação dos conteúdos e mensagens. Desta forma foi possível incluir os demais familiares, as crianças mostraram grande interesse em participar das atividades, além de levar a sério as orientações para evitar as quedas nos idosos, visto que muitas das quedas em idosos são em consequências de objetos como brinquedos espalhados pelo chão. Cuidados simples que podem evitar quedas e suas sequelas, que por vezes em idosos são irreversíveis e incapacitantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A deficiência de orientação para o cuidado pode colocar em risco a saúde do idoso. A ação educativa em saúde é um processo dinâmico que tem como objetivo a capacitação dos indivíduos e/ou grupos em busca da melhoria das condições de saúde da população. Ao longo da realização das atividades foi evidenciado que a educação em saúde pode ser compreendida como uma atividade essencial do cuidar, que busca estimular de modo coletivo ou individual o cuidado à promoção e a prevenção à saúde, objetivando sempre a melhora da qualidade de vida da população.

4000 IMPLICAÇÕES DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE RISCO DE QUEDAS NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Victor Hugo Castro da Rocha, Ana Paula Runfe, Higo Rogério Castro da Rocha, Aderlaine Sabino, George Lucas Augusto Trindade da Silva, Maria Tatiana Guimarães da Costa

IMPLICAÇÕES DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE RISCO DE QUEDAS NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Victor Hugo Castro da Rocha, Ana Paula Runfe, Higo Rogério Castro da Rocha, Aderlaine Sabino, George Lucas Augusto Trindade da Silva, Maria Tatiana Guimarães da Costa

Introdução: A partir de estudos, observou-se que complicações resultantes de quedas são as principais causas de mortes de idosos, principalmente de mulheres. Objetivo: relatar a experiência de educação em Saúde sobre risco de quedas na terceira idade e aprimorar o conhecimento da prática qualificada do cuidado à pessoa idosa sensibilizando sobre o risco de quedas. Metodologia: É um estudo pautado no Relato de experiência das atividades realizadas pelos acadêmicos de graduação em enfermagem às pessoas da terceira idade, que integram o projeto de extensão ULBRATI (Universidade Na Terceira Idade) desenvolvido no Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA) no semestre de 2015.2. Resultados/discussões: Durante a atuação dos acadêmicos de enfermagem junto à pessoa da terceira idade através de atividades educativas sobre risco de queda foi possível observar que o grupo das idosas demonstrou muito interesse pelo assunto, pois a todo o momento estão sujeitos a risco em suas casas, houve também, um momento de interação e partilhar de experiências pelas próprias idosas. Estas atividades ajudam a promover uma integração social e inter-relacionamento entre idosos e acadêmicos, oportunizando um espaço de construção de conhecimento para aprimorar a atividade do cuidar, e desta forma promover, proteger a saúde e detectar agravos que venham comprometer a saúde do idoso, enriquecendo assim suas experiências e expectativas de vida, cada vez maior. Considerações finais: os acadêmicos tiveram a possibilidade de refletir sobre o papel do enfermeiro, familiares e da sociedade na saúde e bem-estar dos idosos, dando ênfase nos perigos e cuidados relacionados às quedas os quais estão expostos diariamente, bem como pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante o Curso de Graduação sobre risco de queda na terceira idade.

4098 DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES EDUCATIVAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS
Carlos Rafael Lopes de Azevedo, Suany Serudo Meirelis, Suany Serudo Meirelis, Elisabete Martins de França, Elisabete Martins de França, Andrezza Mendes Franco, Andrezza Mendes Franco, Jéssica da Silva Cunha, Jéssica da Silva Cunha, Celsa da Silva Moura Souza, Celsa da Silva Moura Souza, José Fernando Marques Barcellos, José Fernando Marques Barcellos, Maria Regina Torloni, Maria Regina Torloni

DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES EDUCATIVAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS

Autores: Carlos Rafael Lopes de Azevedo, Suany Serudo Meirelis, Suany Serudo Meirelis, Elisabete Martins de França, Elisabete Martins de França, Andrezza Mendes Franco, Andrezza Mendes Franco, Jéssica da Silva Cunha, Jéssica da Silva Cunha, Celsa da Silva Moura Souza, Celsa da Silva Moura Souza, José Fernando Marques Barcellos, José Fernando Marques Barcellos, Maria Regina Torloni, Maria Regina Torloni

INTRODUÇÃO:  Os saberes trabalhados na educação em saúde é uma forma de promover à saúde de puérperas e gestantes. A relevância das práticas educativas deve – se a alto índice de sobrepeso, obesidade e pré-eclâmpsia em gestantes. A obesidade na gestação também está associada a maior probabilidade de cesárea, parto pré-termo, hemorragia pós-parto, infecção do trato urinário e doença tromboembólica. Sendo, necessário integrar ações a respeito do ganho de peso na gestação, alimentação saudável, exercício físico e sintomas da pré - eclâmpsia.  Objetivo: Verificar a efetividade das ações de educação em saúde desenvolvidas pelos profissionais e acadêmicos com gestantes participantes do pré-natal.  METODOLOGIA:  Foi realizado um estudo transversal com 120 gestantes participantes da rede cegonha em uma unidade básica de saúde da cidade de Manaus no período de maio a novembro de 2017.  As atividades foram desenvolvidas pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) com participação de acadêmicos do curso de Enfermagem, Educação Física e Medicina.  Para cada temática foi elaborada uma ação educativa com metodologia ativa visando à troca de saberes através da interação entre as gestantes, os acadêmicos e profissionais de saúde da unidade. Na prática educativa sobre ganho de peso foram confeccionadas placas demonstrativas do teor de sódio e açúcar nos alimentos industrializados mais consumidos pelas gestantes.  Na ação sobre alimentação saudável foi elaborada uma dinâmica de soluções de problemas, na qual previamente foram pesquisados os preços de alguns alimentos saudáveis nos principais supermercados da cidade e com esses dados foi montada uma simulação de produtos, no qual as participantes em duplas deveriam fazer a compra de alimentos. Ao final da dinâmica é feito o somatório com o objetivo de mostrar que as substituições de alimentos industrializados por saudáveis e naturais pode ter um custo acessível.  Já na prática sobre exercícios físicos, o facilitador convida a todos a fazer alongamentos específicos para região lombar (local frequentemente mencionado como incômodo), panturrilha (melhora do retorno venoso e edema nos membros inferiores) e respiração (diminuição do desconforto respiratório). Os exercícios selecionados eram de fácil execução, respeitando a individualidade e limitação de cada participante, além disso, tinha o objetivo de incentivar a prática no dia-a-dia. Na abordagem sobre os sintomas da pré-eclâmpsia, foi utilizado mapa mental, onde as gestantes tiveram a oportunidade de expor quais são os sintomas conjecturados, vivenciados ou observados associados a patologia. Foi observada uma participação diferenciada nessa ação, haja vista que existiam muitas participantes com quadros anteriores de pré - eclâmpsia ou conheciam alguém próximo que já havia passado por essa experiência. RESULTADOS: As práticas educativas tiveram a participação de 120 grávidas ao total. A idade variou de 14 a 41 anos. Dessas, 50% participaram mais de 2 vezes, 50% são adolescentes. A prática educativa do mapa mental foi a que apresentou maior participação das gestantes. Devido à temática ser conhecida por elas segundo relato nas apresentações, a maioria ou já havia tido ou conhecia alguém que já teve pré-eclâmpsia, dessa forma os relatos serviram de alerta para as outras gestantes presentes. Na ação sobre alimentação saudável, as participantes ficaram surpresas com o teor de sódio ou açúcar de alguns alimentos.  Nas práticas educativas sobre ganho de peso e obesidade fazíamos previamente o cálculo do IMC e marcação na curva de ganho de peso na caderneta da gestante com o objetivo de situar as mesmas em: baixo peso, adequado, acima do peso ou obesidade. Dessa forma as gestantes conseguiam ter a percepção da sua condição em relação ao ganho de peso na gravidez. Nessa ação, pudemos observar a falta de conhecimento ou equívocos em relação ao conteúdo. Existe uma informação muito difundida entre as gestantes sobre o ganho de peso ideal que diz que a gestante deve ganhar 12 quilos no período de 9 meses, foi o que constatamos na nossa prática ao serem questionadas. Em cima disso foi debatido sobre o ganho de peso adequado para cada trimestre da gestação. Na prática educativa sobre o exercício físico, as grávidas tiveram a oportunidade de fazer exercícios específicos para o período gestacional e tirar dúvidas com um acadêmico de educação física.  Essas atividades proporcionaram bons resultados na unidade por sair da rotina, haja vista que a unidade não possuía atividades programadas para gestantes. Posteriormente, ao verificar a necessidade de ações educativas permanentes a gestora da unidade implantou semanalmente reuniões abordando outros temas como aleitamento materno e saúde bucal.  Houve um estímulo à integração e participação das gestantes favorecendo o acesso a informações sobre os temas abordados, onde em todas as ações educativas elas tiveram espaço para questionamento ou depoimentos de suas experiências. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As ações educativas trouxeram grandes contribuições para as gestantes, os acadêmicos e os profissionais de saúde envolvidos. Observou – se uma boa aceitação por parte das gestantes onde a cada encontro fomos notando um aumento no número de participantes. Além disso, a escolha de metodologias dinâmicas e mais participativas foi fundamental para aderência nas atividades, assim como para interação entre os acadêmicos e gestantes. As atividades de educação em saúde se estenderam também para o ambiente virtual, através de aplicativos de comunicação conseguimos ter um contato mais frequente e rápido com as gestantes. O repasse de informações sobre as atividades da unidade, dicas sobre alimentação, aleitamento, exercício físico ou até mesmo desabafos devido a ansiedade, medo e outros sentimentos relacionados ao período gestacional, sendo esse instrumento fundamental para o sucesso das ações. Por fim, concluímos que nas atividades de educação em saúde, os saberes trabalhados em suas oficinas não se limitam aos conteúdos acadêmicos curriculares e, em alguns casos, são resultado de vivências prévias desses sujeitos em grupos culturais e movimentos sociais. Esses educadores acabam também estabelecendo uma relação de proximidade e afetividade com seus educandos. Este trabalho defende a tese de que a relação entre agentes e alunos cumpre uma importante função formativa na prática desses profissionais. Por meio dessa relação, os agentes mediam processos de aprendizagem, socialização, sociabilidade e desenvolvimento na formação integral de seus educandos.

4137 RELATO DE EXPERIÊNCIA: NATAL SOLIDÁRIO – ABORDAGEM DA SAÚDE MENTAL DO IDOSO
Ana Carolina Queiroz Cândido da Silva, Laís Valiati Boff, Manuela Colle, Samantha Lia Ziotti Bohn Gonçalves Soares, Lorena Praia de Souza Bezerra

RELATO DE EXPERIÊNCIA: NATAL SOLIDÁRIO – ABORDAGEM DA SAÚDE MENTAL DO IDOSO

Autores: Ana Carolina Queiroz Cândido da Silva, Laís Valiati Boff, Manuela Colle, Samantha Lia Ziotti Bohn Gonçalves Soares, Lorena Praia de Souza Bezerra

Apresentação e objetivo: O presente trabalho busca ressaltar a importância de ações que trabalhem a saúde mental do idoso e a humanização de estudantes de medicina. Nesse contexto, alguns alunos de medicina da Universidade de Caxias do Sul realizaram o Natal Solidário: um evento sem fins lucrativos que abordou a saúde mental na terceira idade e que contemplou idosos de comunidades carentes em uma festa natalina. Desenvolvimento do trabalho: O Natal Solidário ocorreu abordando três comunidades carentes de Caxias do Sul, a fim de oferecer uma festa de Natal aos idosos e, concomitantemente, trabalhar com eles questões relacionadas à sua saúde física e mental. A fim de promover um evento bem-sucedido, foi realizada uma capacitação dos estudantes por meio de profissionais que palestraram sobre saúde mental dos idosos, enfatizando a questão da depressão. Em um primeiro momento, foi realizada a aferição da pressão dos idosos, bem como a da glicose, para os que desejaram. Posteriormente, foi realizada uma dinâmica em que foi entregue uma caixa aos idosos, dentro da qual havia um espelho. Foi dito a eles que na caixa se deparariam com uma pessoa conhecida pelo grupo, muito querida e adorada por todos. Ao olhar para o interior da caixa, faziam comentários sobre a pessoa que viam, sem revelar que era seu próprio reflexo, passando depois para o colega ao lado. Por meio da atividade, surgiram relatos emocionantes dos participantes, que se descreviam como pessoas felizes, bonitas e realizadas. Ao final da dinâmica, houve uma conversa sobre a saúde mental e os idosos receberam como presentes de Natal kits de cuidados pessoais, além de comidas feitas pelos integrantes do projeto, que ajudaram a deixar a atividade com ar mais festivo. O resultado foi mensurado por meio de perguntas realizadas antes e depois da atividade proposta. Resultados: O questionário pré-evento contou com as seguintes perguntas: 1. Vocês têm costume de compartilhar fatos sobre suas vidas com os outros? (95% de respostas afirmativas); 2. Vocês se reconhecem como idosos pela idade que têm? (78% de respostas afirmativas); 3. Vocês têm o hábito de se admirarem no espelho e sentirem cada parte de sua evolução? (90% de respostas afirmativas). No questionário realizado ao final da atividade foi perguntado a eles se acreditavam que relembrar fatos de sua vida os ajudava a manter suas mentes saudáveis, se ao se perceberem como idosos eles notavam que isso os auxiliava a evitar doenças neurológicas e se haviam gostado de participar da dinâmica; as respostas para estas questões foram 100% afirmativas. Considerações finais: O projeto Natal Solidário alcançou suas metas planejadas e, sobretudo, conseguiu levar um sentimento de acolhimento aos idosos. Para a humanização dos estudantes de medicina presentes, aliou-se a objetividade e a simplicidade da profissão em si com a compaixão e a empatia para com o próximo. 

4892 A EDUCAÇÃO SEXUAL COMO FORMA DE PREVENÇÃO DE IST’S NA GESTAÇÃO
Alisson Salatiek Ferreira de Freitas, Maria Simone da Costa Freitas, Lueyna Silva Cavalcante, Rafaelle Barboza Marques, Maria Iara de Sousa Rodrigues

A EDUCAÇÃO SEXUAL COMO FORMA DE PREVENÇÃO DE IST’S NA GESTAÇÃO

Autores: Alisson Salatiek Ferreira de Freitas, Maria Simone da Costa Freitas, Lueyna Silva Cavalcante, Rafaelle Barboza Marques, Maria Iara de Sousa Rodrigues

Apresentação: A sexualidade é uma necessidade básica do ser humano, e ao mesmo tempo, um fenômeno complexo motivado por diversos fatores que interferem na saúde e na vida dos indivíduos.  Com isso, a atuação dos profissionais da saúde mediante ao processo do cuidado e na orientação para a vivência da sexualidade na gestação torna-se imprescindível. Vale ressaltar que a gestação é um momento delicado para a saúde dos envolvidos, apesar de fazer parte do processo normal do desenvolvimento humano. Ao longo da gravidez, a mulher passa por modificações em seu corpo influenciado por fatores psicológicos, fisiológicos, hormonais. Elas sofrem estímulos externos como mitos, tabus culturais e crenças construídas ao longo do tempo que afetam o emocional e exercem marcante influência na sexualidade do casal. Essas alterações hormonais e a imunossupressão favorecem o surgimento das infecções, do mesmo modo, a prática de comportamentos de risco, como a não utilização de preservativos, possibilitando o surgimento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) que acometem a população em geral. Assim, muitas complicações nas gestantes surgem a partir das infecções do trato genital, podendo estar relacionadas com a presença de IST’s. Essas complicações afetam a saúde materna e fetal e podem trazer consequências como aborto, parto prematuro, doenças congênitas, entre outras complicações. Nesse sentido, a orientação quanto a intimidade sexual durante a gestação, deve ser debatida, a fim de se evitar agravos a saúde da família, bem como a redução de IST’s. Nessa perspectiva o pré-natal torna-se uma ferramenta fundamental na minimização dos agravos que permeiam o binômio pais-filho. Para tanto, o desenvolvimento de atividades educativas durante as consultas de pré-natal é um fator primordial para promover e assegurar a saúde da família. Associado a essa necessidade, os futuros profissionais precisam ser sensibilizados e conduzidos na sua formação para o desenvolvimento de ações educativas que envolvam todo o contexto familiar dessa gestante, incluindo os aspectos sexuais, assunto que para muitos acadêmicos é mediado por sentimento de insegurança e receio, precisando ser superado para que os mesmos possam desenvolver suas ações profissionais de maneira segura, holística e significativa. Assim, o presente trabalho tem como objetivo descrever as ações educativas realizadas durante a consulta de pré-natal com o intuito de prevenir IST’s. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência baseado em atividades educativas realizadas por acadêmicos de enfermagem do supervisionado I de um Centro Universitário localizado na regional VI de Fortaleza-CE, sobre a sexualidade e prevenção de IST’s no período gestacional, desenvolvido em Unidade Básica de Saúde localizada na cidade supracitada. Os temas abordados durante as consultas foram: atividade sexual durante a gestação; uso de preservativo; o que são IST’s e quais as consequências destas infecções na gestação. Os temas eram debatidos no decorrer das consultas de acordo com o conhecimento prévio da gestante ou do casal sobre o assunto. Foram beneficiados com as atividades um total de dez casais e dezoito gestantes que eram regularmente acompanhados na unidade de saúde durante o primeiro e segundo semestre de 2017. A educação em saúde foi desenvolvida por vinte acadêmicos de enfermagem do último ano de formação. Essa intervenção ocorreu após uma análise situacional de saúde, onde foi identificado altos índices de sífilis nas gestantes. Resultados e/ou impactos: As principais dúvidas foram relacionadas à continuidade das relações sexuais durante a gestação, onde a maioria dos casais referiu abster-se do ato sexual por medo deste oferecer alguma consequência para o bebê ou para a mãe. Em contrapartida os casais que mantinham as relações sexuais relataram não fazer uso do preservativo, pois acreditavam que durante o período da gestação o ato sexual não ofereceria nenhum risco.  Outro ponto importante foi à falta de conhecimento dos casais acerca das IST’s e de como uma possível infecção poderia influenciar negativamente no processo de gestação. O desenvolvimento das estratégias educacionais e das rodas de conversas reduziram a dúvidas existentes entre as práticas sexuais e fortaleceram o elo entre os casais, ficou evidente a redução de registros de novas notificações de IST’s nos últimos dois meses da intervenção, além de ter resgatado o papel do enfermeiro como educador, buscando trabalhar a atividade sexual no período gestacional. O acompanhamento de perto tanto das gestantes como dos casais, favoreceu para uma construção de um ambiente de troca de informações e o esclarecimento dos riscos de uma prática sexual não segura, contribuindo assim, para a identificação e o diagnóstico precoce das IST. Esse fato conduz para uma melhor qualidade de vida das gestantes e seus familiares, pois viabiliza a interrupção da cadeia de transmissão vertical e as complicações decorrentes das infecções e o tratamento imediato, diminuindo o tempo de espera e oportunizando a realização de ações educativas em saúde.  Além desse aspecto, é importante evidenciar que o conhecimento do corpo coopera no planejamento reprodutivo facilitando a compreensão da ação dos anticoncepcionais e a prevenção de IST refletindo na qualidade de vida do casal. Todos, independentemente da classe social, cor, raça, sexo, têm direito a uma sexualidade livre de constrangimento, discriminação, privacidade e sigilo no atendimento de saúde. Nesse sentido, cabe aos profissionais de saúde assistir o pré-natal proporcionando uma assistência de forma integral e humanizada à gestante, por meio da orientação a respeito das mudanças que ocorrem em seu corpo durante o ciclo gravídico e das alterações na sexualidade, desmistificando os mitos que são impostos pela sociedade com o objetivo de que esse período seja visto da maneira mais aceitável para o casal, sanando as dúvidas e minimizando a ansiedade e seus medos, sabendo que a compreensão do casal sobre a sexualidade e suas alterações na gestação proporciona um vivenciar da sexualidade na gestação de maneira saudável. Considerações finais: Observou-se que a realização de educação em saúde, orientações e rodas de conversas são estratégias eficazes e de baixo custo para redução de agravos a saúde como as IST’s na gestação, bem como o fortalecimento do vínculo familiar e a responsabilidade compartilhada entre o casal, além da promoção do autocuidado estimulado pelo enfermeiro. Para os acadêmicos as ações mostraram que a utilização de tecnologias leves é uma forte ferramenta do enfermeiro para promoção da saúde.

5002 FEBRE AMARELA FOCO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: experiência de Processos Educativos em Enfermagem
Caroline Palma e Silva da Costa, Ruan Matheus Silva de Freitas, Marcilene da Silva Saraiva, Geyse Aline Rodrigues Dias

FEBRE AMARELA FOCO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: experiência de Processos Educativos em Enfermagem

Autores: Caroline Palma e Silva da Costa, Ruan Matheus Silva de Freitas, Marcilene da Silva Saraiva, Geyse Aline Rodrigues Dias

Apresentação: trata-se de um relato de experiência de uma ação educativa realizada durante o período de práticas no Laboratório de Habilidades Humanas do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, localizado em uma Unidade Municipal de Saúde da periferia de Belém-Pará, em virtude da necessidade de maior frequência de ações educativas para difundir conhecimento em meio à população local, para que a essência da atenção básica (prevenção) seja alcançada. Para tanto, também se levou em consideração o crescimento dos casos de febre amarela no estado do Pará, o que impulsionou a necessidade da abordagem para esclarecimento sobre os cuidados e informações atualizadas sobre a doença no país. Para este diagnóstico utilizou-se a observação e conversa informal com os usuários, portanto, esta atividade foi guiada pela concepção pedagógica histórico-crítica, que busca primordialmente, por meio de estratégias informais e guiadas pelos facilitadores, construir conhecimento junto com o público alvo de forma participativa, utilizando também de métodos para transmissão de informações.  Desenvolvimento: O processo educativo foi desenvolvido por meio do uso de um boneco com placas grudadas com sintomas corretos e equivocados referentes à febre amarela. Com a participação dos usuários mantiveram-se apenas os sintomas corretos acompanhados de explicações acessíveis sobre os motivos dos mesmos. Após isso, foram retratadas pelos acadêmicos juntamente com os participantes as formas de tratamento, prevenção e transmissão da doença, bem como o seu histórico no país. Como forma de avaliação da ação, utilizou-se uma urna contendo perguntas referentes ao que fora exposto sendo sorteadas e respondidas pelos mesmos para divulgar os conhecimentos adquiridos. Resultado e/ou impacto: durante a discussão e com a coleta de respostas direcionadas, os participantes mostraram maior segurança e esclarecimento sobre o tema; sendo assim, tornaram-se capazes de disseminar o conhecimento referente ao tema para pessoas de sua convivência e reconhecendo com maior clareza a sintomatologia. Essa atividade também possibilitou o desenvolvimento dos acadêmicos de enfermagem quanto ao papel de educador em saúde proposto por sua formação, com essa experiência foi possível compreender a importância da educação em saúde na atenção primária, bem como aprimorar habilidades e competências para o seu bom desenvolvimento nesse contexto. Considerações finais: com base nos resultados obtidos e na satisfação dos participantes e acadêmicos ao final da ação, evidenciou-se a eficácia na comunicação e construção de conhecimento, além de solucionar parcialmente a problemática proposta com a perspectiva de informar e educar sobre a febre amarela assim como a população inclusa na cobertura para a imunização, com o intuito de amenizar dúvidas e desconhecimentos sobre a doença.

5065 A ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Amanda Lorena Gomes Bentes, Bianca Pimentel Silva, Emily Manuelli Mendonça Sena, Jonas Gloria de Oliveira, Veronica Vale de Barros, Thais Cristina Franco Cardoso, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

A ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Amanda Lorena Gomes Bentes, Bianca Pimentel Silva, Emily Manuelli Mendonça Sena, Jonas Gloria de Oliveira, Veronica Vale de Barros, Thais Cristina Franco Cardoso, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

APRESENTAÇÃO: A alimentação saudável é aquela na qual se estabelece um padrão alimentar equilibrado, com a ingestão de todos os nutrientes e calorias em quantidades adequadas para atender a demanda de cada organismo, atendendo seu estado nutricional. Esse relato visa descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem obtida mediante a realização de atividades educacionais junto à comunidade estudantil, utilizando como instrumento de abordagem da realidade o Arco de Maguerez, proposto pela Metodologia da Problematização. MÉTODO: Foram realizadas visitas a uma instituição de ensino fundamental no munícipio de Belém, no qual foi constatada inadequação de hábitos alimentares dos alunos. Houve a necessidade de uma intervenção por meio da educação em saúde, utilizado como estratégia a educação alimentar e nutricional. Produziu-se um roteiro de atividades, objetivando estimular a adoção de uma alimentação adequada, por meio do fornecimento de informações sobre alimentação saudável. RESULTADOS: Observou-se a disposição dos alunos para adotar uma alimentação saudável. Por fim, durante a dinâmica de mitos e verdades, apurou-se que de 10 afirmativas expostas, apenas duas afirmativas todos os alunos acertaram, enquanto que em oito das afirmativas mais da metade dos alunos responderam corretamente. Sendo assim, pode-se afirmar que a elucidação dos conteúdos ministrados foi eficaz, possibilitando a desconstrução de concepções erradas, além de promover saúde e qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com esse trabalho, pudemos conhecer a percepção dos estudantes sobre alimentação e como resultados foram observadas repercussões positivas na adequação dos hábitos alimentares dos mesmos. Destaca-se a importância da atuação de enfermeiros escolares, os quais realizam atividades educativas, promovendo a melhora na qualidade de vida dos alunos.  

4899 O PROCESSSO EDUCATIVO PARA O ALEITAMENTO MATERNO E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIAL.
Wanderson Luis Teixeira, Rosiane Luz Cavalcante, Elyade Nelly Pires Rocha Camacho, Ana Carolina Gusmão

O PROCESSSO EDUCATIVO PARA O ALEITAMENTO MATERNO E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIAL.

Autores: Wanderson Luis Teixeira, Rosiane Luz Cavalcante, Elyade Nelly Pires Rocha Camacho, Ana Carolina Gusmão

INTRODUÇÃO: O desempenho da maternidade pela mulher moderna é algo considerado uma carga exaustiva, em especial o ato de amamentar, a amamentação se revelou como um fardo em consequência dos múltiplos papéis desempenhados por essa mulher multitarefas, fatores como a fadiga da mãe, a falta de auxílio externo e a perda de liberdade, bem como a sobrecarga que a amamentação representa,são geralmente utilizadas como subterfúgio para justificar o desmame precoce. OBJETIVO: Perceber através das literaturas disponíveis a relevância das representações sócias no contexto da amamentação e como a enfermagem se insere neste cotexto de maneira educativa para desmistificar as questões sobre o aleitamento materno exclusivo. METODO: Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, realizado no período de 2003 à 2016, tendo por base de dados as revistas: Scientific Eletronic Library (SCIELO), Literatura Latino Americana e Caribe da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). RESULTADOS E DISCUSSÕES: Dentre os motivos alegados para o desmame precoce as questões populares como insuficiência nutricional do leite materno, a produção reduzida, interferências externas, trabalho, ambiguidade entre o querer/ poder amamentar e entre o fardo/desejo intercorrências de mama puerperal, falta de experiência, inadequação entre as suas necessidades e as do bebê levaram a maioria das mulheres desmamarem seus bebês antes dos seis meses. CONCLUSÃO: A questão da amamentação é um evento que é preciso ser compreendido dentro do contexto sociocultural em que a mulher está inserida,com isso  o comportamento da mulher que amamenta pode ser  modificado e influenciado pelo pensamento coletivo, deste modo a enfermagem ao lidar com a saúde da mulher e da criança deve trazer à comunidade medidas efetivas de educação em saúde para promoção dos aspectos   referentes  às questões da amamentação, visando possibilitar uma assistência mais pertinente e humanizada voltada para a realidade das mulheres. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Z S A , Pugliesi Y, Rosado, L E P, Estratégias de promoção e manutenção do aleitamento materno baseadas em evidência: revisão sistemática, FEMINA | Maio/Junho 2015 | vol 43 | nº 3. ARAÚJO, LDS. Querer/poder amamentar: uma questão de representação? Londrina (PR): Universidade Estadual de Londrina; 1997,in RAMOS C V, Almeida, A.G; Alegações maternas para o desmame: estudo qualitativo, Jornal de Pediatria - Vol. 79, Nº5, 2003.

3756 ESCALANDO INFORMAÇÕES A RESPEITO DO CÂNCER DE PÊNIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Ana Karoline, Kelly Cristina Alberto Oliveira, Ivanete Silva Santos, Maria Rafaela Pereira Oliveira, Renata Lafaiete Cardoso Paes, Stelacelly Coelho Toscano Brito

ESCALANDO INFORMAÇÕES A RESPEITO DO CÂNCER DE PÊNIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Ana Karoline, Kelly Cristina Alberto Oliveira, Ivanete Silva Santos, Maria Rafaela Pereira Oliveira, Renata Lafaiete Cardoso Paes, Stelacelly Coelho Toscano Brito

INTRODUÇÃO:O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, é o tipo de câncer que mais acomete o sexo masculino, está relacionado às baixas condições socioeconômicas e de instrução sendo as regiões Norte e Nordeste as mais afetadas, à má higiene íntima e em alguns casos, a homens que não se submeteram à circuncisão. O estreitamento do prepúcio é um fator de predisposição ao câncer peniano. Estudos científicos também sugerem a associação entre infecção pelo vírus HPV (papiloma vírus humano) e o câncer de pênis. Compreende-se que é importante a adoção de medidas simples e eficazes, como ensinar às crianças desde cedo sobre boas práticas de higiene íntima. Apesar de a fimose dificultar a limpeza do local, quando se fala em câncer de pênis, o mais importante é disseminar massivamente noções básicas de limpeza local. A equipe de enfermagem tem um papel importante quando relacionada às estratégias de prevenção do câncer de pênis. Isso se dá ao desenvolver ações educativas para orientação de procedimentos para realização de uma higiene íntima eficaz, conscientização do paciente sobre a importância do autoexame e do uso de preservativos, assim como o incentivo para a realização do exame físico do órgão genital e avaliação periódica das condições de higiene. As ações educativas para a prevenção desse tipo de câncer, estão previstas nas atribuições dos profissionais da atenção básica, devendo ser melhor exploradas, almejando melhora na qualidade de vida da população e como um fator que proporcione melhor atendimento, estimulando a autonomia do paciente no seu autocuidado. OBJETIVO: Estimular a participação masculina frente às adversidades que acometem sua saúde e comprometem sua qualidade de vida, bem como conscientizar sobre medidas de prevenção simples e eficazes que diminuam o risco de desenvolvimento do câncer de pênis. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, realizada por acadêmicos de enfermagem do terceiro semestre da atividade curricular Atenção Integral à Saúde do Adulto e Idoso, da Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal do Pará. O estudo foi realizado no mês de novembro de 2017 com usuários do Sistema Único de Saúde, em uma Unidade Básica de Saúde no bairro do Guamá, na cidade de Belém-Pará. A ação aconteceu na sala de espera da unidade e tinha como público-alvo homens de todas as faixas etárias, assim como mulheres, uma vez que a literatura indica que elas são grandes incentivadoras dos homens no que se refere a cuidados com a saúde. A atividade foi dividida em dois momentos: explanação do conteúdo teórico e desenvolvimento do jogo educativo proposto. No primeiro momento, os acadêmicos desenvolveram uma palestra semiestruturada com o auxílio do recurso visual Flip Chart, para explanação do conteúdo a ser abordado. Esse recurso foi escolhido para otimizar o tempo e facilitar a dinâmica de apresentação dos temas. No segundo momento, os acadêmicos solicitaram a participação dos ouvintes na execução da dinâmica. Foi simulado uma partida de futebol e os participantes tiveram como função, fazer a escalação do time. As peças utilizadas no jogo eram critérios de tratamento, prevenção, sinais e sintomas que fariam analogia aos jogadores em campo. RESULTADOS ENCONTRADOS:Durante a exposição do conteúdo teórico, percebeu-se que devido as condições do ambiente escolhido para o desenvolvimento da dinâmica, os usuários encontravam-se desatentos, o que dificultou o entendimento do assunto proposto. Durante a execução da dinâmica, um público pequeno participou ativamente da atividade. A participação do público feminino embora maior que do público masculino, foi pouco significativa, visto que pouco interagiam ou sentiram-se interessadas em participar ativamente da dinâmica. Dentre os envolvidos na aplicação da dinâmica, nem todos sabiam a importância da higiene íntima adequada, bem como a utilização de métodos de prevenção da doença apresentada e outras IST´s, identificando a necessidade de uma maior transmissão de informações relacionadas a higiene masculina e o autoexame, sendo estes temas de grande importância e que deveriam ser abordados desde a infância-adolescência. O público destacou também, a carência de ações voltadas para a temática, sendo clara a necessidade da continuidade de investimentos no de­senvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer, nos diferentes níveis de atuação, seja na promoção da saúde, na detecção precoce, na assistência aos pacientes, na vigilância, na formação de recursos humanos, na comunicação e mobilização social e na pesquisa e gestão do SUS. A prevenção do câncer refere-se a um conjunto de medidas para reduzir ou evitar a exposição aos seus fatores de risco, sendo esse o nível mais abrangente das ações de controle das doenças, destacando a relação direta do câncer de pênis associado ao precário padrão de higiene da po­pulação, o que suporta a ideia de que a doença é evitável. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do assunto explanado concluiu-se que os usuários sentem-se receosos quando fala-se em cuidados íntimos, o que consequentemente diminui a eficácia da ação educativa, porém, deve-se levar em consideração que aqueles que participaram da dinâmica tinham ciência da importância do autocuidado, bem como a relevância de transmitir a informação  a outras pessoas, no caso do público feminino, visto que o agente causador do câncer de pênis também pode vir a causar o câncer de colo de útero, e que medidas simples como a utilização do preservativo pode reduzir as chances de desenvolver a patologia, bem como sobre a higiene íntima adequada. Desta forma, torna-se indispensável o aumento de ações educativas voltadas a essa área afim de promover educação em saúde, que deve ser vista não apenas como uma atividade a mais, mas como uma ação que reorienta as práticas dos profissionais e usuários nas unidades de saúde, tendo a equipe de enfermagem um papel importante quando relacionada às estratégias de prevenção do câncer de pênis. Por fim, a ação educativa para a prevenção desse tipo de câncer, deve ser entendida como compromisso profissional com a qualidade de vida da população e como um compromisso de qualidade no atendimento, reiterando a autonomia do paciente no seu autocuidado.  

3975 PREVENÇÃO DE DANOS À SAÚDE DA CRIANÇA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO
TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, VALDENORA PATRICIA RODRIGUES MACEDO, VALDENORA PATRICIA RODRIGUES MACEDO, RAMANDA SENA GUIMARAES, RAMANDA SENA GUIMARAES

PREVENÇÃO DE DANOS À SAÚDE DA CRIANÇA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO

Autores: TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, VALDENORA PATRICIA RODRIGUES MACEDO, VALDENORA PATRICIA RODRIGUES MACEDO, RAMANDA SENA GUIMARAES, RAMANDA SENA GUIMARAES

Apresentação: a preocupação com a saúde da criança vem norteando as políticas de saúde pública nota­damente a partir da década de 1980, principalmente no sentido de reduzir a mortalidade infantil, que apresentava valores alarmantes. Promover saúde por meio da educação é uma das formas mais simples de se obter ganhos em saúde. Portanto, salienta-se a importância de se investir nas ações preventivas, pois trata-se de uma ferramenta capaz de proporcionar individual e coletivamente poder de transformação das condições de saúde e bem-estar da população. Como o objetivo de instruir familiares e cuidadores para os cuidados com a saúde da criança, com o intuito de despertar o interesse nas informações contidas na caderneta de saúde da criança, com ênfase na prevenção de acidentes domésticos e verminoses, hábitos alimentares saudáveis e vacinação. Por meio, de um projeto de extensão do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Desenvolvimento: o projeto foi desenvolvido por acadêmicos do quinto período do curso de enfermagem, o mesmo esteve destinado aos familiares e cuidadores das crianças matriculadas numa creche pública, localizada em Coari/AM. Utilizou-se a metodologia participativa. As ações ocorreram no período de outubro e novembro de 2017, por meio de palestras interativas com recursos áudios visuais, relato de conhecimento, reprodução de vídeo, e realização de atividades lúdicas como peças teatral e musical. Resultados: percebeu-se o interesse dos participantes em obter informações mais claras e precisas sobre os assuntos abordados, que por meio da metodologia utilizada obteve-se participação ativa do público, onde inúmeras dúvidas foram esclarecidas e diversos depoimentos foram relatados sobre os assuntos propostos, com isso obtiveram-se ótimos resultados na execução do projeto. A extensão possibilitou a oportunidade de formação acadêmico-profissional na linha da integralidade da atenção e do cuidado à criança, preparando para a disciplina Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente, a ser cursada posteriormente. Salienta-se ainda que devido a essas ações educativas em saúde feitas pelo projeto, os cuidados a serem tomados serão vistos de uma forma diferente, ou seja, com mais atenção. Considerações finais: buscou-se enfatizar a importância da atenção e cuidados que as crianças precisam para crescerem felizes e saudáveis, promovendo o estreitamento dos laços entre a comunidade acadêmica e a população, conscientizar sobre o cuidado e zelo com a saúde de crianças, e fazê-los cientes da fragilidade e dependência infantil, portanto, considera-se efetivamente concluído com sucesso o presente projeto.

5255 A visita domiciliar como veículo de promoção a saúde
Ana Karoline Souza da Silva, Brenda Jamille Costa Dias, Giovanna socorro Santos silva, Tatianni Nazaré Oliveira Jacob, jamile mendes chalu pacheco, ana gabrilelle pinheiro cavalcante, stellacelly coelho toscano Brito, milena silva simas

A visita domiciliar como veículo de promoção a saúde

Autores: Ana Karoline Souza da Silva, Brenda Jamille Costa Dias, Giovanna socorro Santos silva, Tatianni Nazaré Oliveira Jacob, jamile mendes chalu pacheco, ana gabrilelle pinheiro cavalcante, stellacelly coelho toscano Brito, milena silva simas

Introdução: A visita domiciliar (VD) é uma atividade realizada pela equipe de saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF) - do Ministério da Saúde (MS) - cuja finalidade é acompanhar longitudinalmente o processo saúde-doença, em domicilio, das famílias adscritas na ESF, assim como, de atender as demandas, seja espontânea ou programada, da comunidade, já que a ESF encontra-se, geralmente, inserida na periferia dos bairros. Sendo assim, esta vem para consolidar, prioritariamente, os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) baseados na universalidade, igualdade, equidade, descentralização, integralidade e participação da comunidade. Anterior a criação das ESFs, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), trouxe a proposta de aproximar a comunidade aos serviços de saúde, pois foi por meio desse que evidenciou-se a necessidade de atendimento em domicílio. A visita domiciliar é uma prática desenvolvida pela equipe de saúde da ESF essencial, já que esta abrange o usuário não só de forma singular, mas coletivamente, cuja finalidade é conhecer a realidade a qual está inserido, através dela é possível saber dados sociais, epidemiológicos, de saneamento, da rotina familiar, e consequentemente, prestar uma assistência adequada e integral aplicado mediante a sua realidade. Em razão de algumas adversidades, como a falta de recursos materiais, a equipe de saúde prioriza os atendimentos em visita domiciliar a alguns grupos, como pessoas com problemas de saúde controlados, a exemplo, hipertensão e diabetes, e pessoas impossibilitadas fisicamente de se locomover até a unidade de saúde, são prioridades.  Nessa perspectiva, a finalidade do presente trabalho é relatar a experiência na consulta de enfermagem em uma visita domiciliar a uma família inscrita no programa hiperdia, e quais contribuições deste para enfermagem. Descrição da experiência: A experiência exposta, se alinha a organização da Atividade Curricular Atenção Integral a Saúde do Adulto e Idoso do Curso de Graduação em Enfermagem da UFPA, foi vivenciada por acadêmicas do terceiro semestre durante as aulas práticas no mês de outubro de 2017, pelo turno da manhã, em uma Estratégia Saúde da Família (ESF) localizada no município de Belém, estado do Pará. Esta atividade envolveu um casal cadastrado no programa hiperdia, os quais residem em um bairro de grande vulnerabilidade socioeconômica, visto na precariedade infraestrutural da rede hídrica e de esgoto. Para a realização da visita domiciliar a turma foi dividida em equipes de seis pessoas para que o processo de ensino-aprendizagem ocorresse de forma satisfatória. Com isso, as discentes e a docente, acompanhadas de um ACS da área, realizaram a visita domiciliar aos usuários e, assim, as acadêmicas se dividiram em dois subgrupos de três pessoas para o atendimento ocorrer de forma simultânea. Foi utilizado um roteiro para direcionar a consulta de enfermagem, o qual continha perguntas referentes as condições sócio-econômicas, aos antecedentes familiares, a história atual da doença, as queixas atuais e as necessidades humanas básicas, além da aferição dos sinais vitais, medidas antropométricas, exame físico e, dessa maneira, identificar o estado clínico do usuário. No decorrer da consulta, foram realizadas anotações referentes as reais condições de vida observadas, as quais se referem rotina do casal, à precarização da rede de esgoto, a alimentação, uma vez que o comércio ao qual o casal trabalha e de onde advém o sustento familiar, interferia nos horários das refeições. Dessa forma, orientou-se maneiras viáveis de mudança do estilo de vida: “reduzir aos poucos o consumo da farinha”, já que percebeu-se um grande contato do usuário com esse produto; “priorizar os horários das refeições, logo, ao encerrar o trabalho pelo período da manhã e da noite, preferir as refeições”, pois foi observado que ao fechar o estabelecimento os usuários ainda permaneciam desenvolvendo atividades burocráticas do trabalho, o que tornava a alimentação desregulada; entre outras orientações, visando a promoção a saúde. Posteriormente, o grupo reuniu-se com a professora para debater questões relacionadas ao cenário da visita domiciliar, a patologia de base, nesse caso diabetes e hipertensão, o estado geral de saúde dos pacientes, os diagnósticos de enfermagem, bem como as possíveis intervenções. Dentre os diagnósticos encontrados está o “risco de doença cardiovascular relacionado a hipertensão descontrolada e circunferência abdominal”, “alimentação prejudicada relacionada aos horários irregulares evidenciado por autorrelato”, “déficit de manutenção da saúde relacionado à falta nas consultas evidenciado por não realizar exames de rotina e condições de saúde não controlada”.  Resultados: Dentre os aspectos positivos referentes a visita domiciliar pode-se destacar que esta é uma forma de intervir na realidade do usuário criando, assim, vínculos para que ele se sinta à vontade e repasse informações necessárias para que a visita domiciliar alcance um nível satisfatório. Já em relação aos pontos negativos, observa-se a falta de acompanhamento frequente do paciente, o que trás possíveis agravos de suas patologias. As dificuldades mais visíveis e predominantes encontradas foram da qualidade de rede de esgoto, dos alimentos de mais fácil acesso e pouco nutritivos, e da busca de assistência em saúde, entre outros aspectos que influenciam o estado de saúde do paciente. Entretanto, as acadêmicas observaram que a consulta de enfermagem em domicílio é primordial para a elaboração de orientações viáveis aos usuários de acordo com a particularidade de cada um, confirmando que o conhecimento técnico-cientifico adquirido em sala de aula está completamente atrelado a prática vivenciada. As discentes notaram que ao estar na residência do usuário surgiam questionamento diversificados e direcionados ao paciente como, por exemplo, a questão alimentar do casal atendido pelas estudantes, pois se tratava de uma alimentação desregulada devido o trabalho que desenvolviam, o que afetava os horários, teoricamente corretos, para as refeições diárias. Portando, foram estabelecidos pontos importantes  para definir condutas adequadas para cada problema ,tentando assim intervir da maneira mais adequada na saúde daquele individuo. Conclusão: A visita domiciliar foi de suma importância para o aprimoramento técnico e científico em caráter primordial para o atuação profissional futura.  É uma vivência que proporciona a participação e inserção das acadêmicas nas reais situações socioeconômicas dos usuários, possibilitando determinar orientações e intervenções viáveis as pessoas. Foi observada a existência de percalços para se instalar  a visita a domicílio como a perigosidade da região, o que faz a visita não se estender a um maior número de usuários. Além disso, observou-se a relevância do acompanhamento da enfermagem e da equipe multiprofissional em domicílio, bem como de uma adequada adscrição das famílias pelo ACS para identificar as potencialidades a serem atendidas e, portanto, ocorrer a educação e promoção da saúde, atendendo as especificidades de cada indivíduo. Dessa maneira, é evidente a importância do profissional enfermeiro como membro efetivo e essencial para uma visita domiciliar de eficiência, capaz de melhorar a qualidade de vida das pessoas.