70: Educação popular em saúde: aprendendo e fazendo no encontro com a diversidade
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 05 - Guariba    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1071 O processo de formação em Educação Popular em Saúde: Construindo saberes e prática de cuidado
Rosiane Pinheiro Rodrigues, José Guilherme Wady Santos

O processo de formação em Educação Popular em Saúde: Construindo saberes e prática de cuidado

Autores: Rosiane Pinheiro Rodrigues, José Guilherme Wady Santos

Trata-se de um relato de experiência vivenciada por uma das turmas da primeira edição do EDPOPSUS, no estado do Pará, formaçãoofertada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Osvaldo Cruz/Fiocruz e Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa/MS no período de maio a setembro de 2017, em Belém-PA. Em sua maioria, a turma era integrada por Agentes Comunitários de Saúdee Agentes Comunitários de Endemias, com cerca de metade dela residente nos dois maiores municípios da Região Metropolitana (Belém e Ananindeua) e a outra,em municípios da região do Marajó. Parte da turma tinha envolvimento em movimentos sociais, sindicais e na história do território, e um pequeno contingente com recente participação na construção histórica da sua comunidade e do SUS. O objetivo é apresentar a experiência da turma durante o processo formativo, suas práticas, vivências e transformações a partir da proposta do curso. No momento inicial do curso, asconcepções e práticas de educação apresentadas foram de um grupo arraigado por uma educação bancária e que não percebia que o foco da formação seriam eles próprios, com seus saberes, suas experiências, fundada em trocas, com a construção de conhecimentos facilitada pelos educadores. Apesar dessa constatação inicial, a diversidade de locais de origem e inserção dos mesmos fez o grupo se constituir como um coletivo de ajuda mútua, com seus saberes, vivências, companheirismo e solidariedade.As atividades de campo foram desenvolvidas com as comunidades adstritas das ESF de Belém e Ananindeua, em maior escala, mas também, com participações nas comunidades adstritas das ESF do Marajó. O trabalho desenvolvido mostrou uma riqueza e uma enorme diversidade de culturas e realidades do nosso estado. Os educandos utilizavam vídeos produzidos por eles mesmos, explanações orais, apresentação de cartazes e dramatizações. Faziam uso de relatos em poesia, entrevistas com moradores e representantes da comunidade. A educação popular contribuiu para novas práticas de cuidado, pois houve, acima de tudo, o respeito por práticas antes desconsideradas e que se se tornarammais fortalecidas pela turma, tais como os ritos umbandistas, anteriormente marginalizados e, depois, potencializados através do conhecimento e vivências dos rituais de cura trazidos para a roda. A fitoterapia, a energização pelas mãos, a arte de rua, o cuidado corporal também foram potencializados como práticas de cuidado. E sempre o UBUMTU (filosofia africana de união e solidariedade) ficou marcado por essa “grande família EDPOPSUS” (como a turma sempre se intitulava). Outro momento significativo de autonomia e de cuidado foi o desenvolvimento da Prática Integrativa, mais precisamente um ritual de nossos ancestrais: trabalhando o corpo e a alma a partir da lógica do cuidado primeiramente com o nosso corpo para depois trabalharmos o cuidado do outro. No primeiro momento em roda realizamos alongamentos diversos, num segundo momento o caminhar de diversas formas, depois uma forma de regressão à infância a partir das lembranças em cores, a respiração como movimento de vida e, para finalizar, a composição de pares para o olho no olho. E algo inesquecível: o túnel de energias emanadas das mãos dos educandos e educadores em cada parte do corpo de cada um. Partindo de todas as percepções e impressões vivenciadas abrimos para a discussão de como se sentiram, como visualizavam aquela prática do túnel na sua vida e como prática de saúde. Foi para mim educadora e para muitos educandos, inéditas as sensações permitidas e vividas no túnel do cuidado. Sensações de paz, harmonia, leveza, algo interior e infinito (que muitos não conseguiram representar, mas que por vezes vieram desabafos, antes nunca "ditos", choros de alegria e tristezas, por trazerem à tona sentimentos tolhidos e guardados. O que nos levou a discussão das Práticas Integrativas, hoje parcialmentereconhecidas pelo Ministério da Saúde. Ao final da formação foi realizada uma grande mostra, na qual foram reveladasricas experiências fundadas na diversidade. Dentre tais experiências, destacamos aapresentação do Cordel “As veredas da educação popular”; “A poesia de gratidão”; “O grito do Marajó”;“Os livros artesanais” (com todos os relatos de campo);os artesanatos construídos nas oficinas do cuidado e o Mural de fotos dos encontros. Tudo isso revelou a construção coletiva realizada pela educação popular em saúde. A amorosidade e solidariedade, ao longo da formação, a emancipação/empoderamento/equidade desse povo, os saberes e vivências trocados e percebidos a partir de cada história, bem como o fortalecimento do coletivo, alicerçado e construído a partir da convivência e dos princípios da educação popular.Esta, despertou e fortaleceu a importância da participação para a luta dos direitos, já que foram muitas as vivências trocadas e debatidas, através da apresentação de estratégias e experiências exitosas em diversos territórios. Um exemplo disso foi a experiência de um educando de um bairro de periferia de Belém, que através da cultura (Boi Marronzinho),e outras ações,leva a população para longe da marginalidade, busca resgatar a saúde das pessoas através da arte, pautando a emancipação através da participação popular. Houve outras experiências como o “O grito do Marajó” –representando a busca árdua do povo local por um olhar equânime, que considere seus rios, suas distâncias, vulnerabilidades, iniqüidades, postas no papel, mas que não são, de fato, implementadas pelos gestores.Sobre a dimensão cultural, a investigação sobre expressões e manifestações culturais gerou transformações para o trabalho dos educandos, pois foram resgatados aspectos da umbanda; tradições de cura (túnel do cuidado e da cura) dos nossos ancestrais e danças circulares, as quais foram muito potentes e que serviram para promover o cuidado com o próprio coletivo, à medida que cada um tinha a necessidade ou que a turma reconhecia como necessidade de cuidado.Sobre a dimensão histórica, foram percebidas diferenças nas narrativas dos diversos fatos e acontecimentos, e o(re)conhecimento das memórias produziu mudanças pessoais e profissionais nos educandos. Isso foi reconhecido nas cartas de expectativas e de finalização da formação, pois eram relatos de transformação, emancipação e libertação. Histórias de infância nunca antes contadas, vivências de sofrimento e violências dialogadas no coletivo, palco para uma libertação conjunta. Ajuda e solidariedade eram palavras de força e superação a cada encontro. A história das lutas dos territórios pelos seus direitos levava os integrantes a serem fortalecidos pela mesma necessidade de buscar um horizonte melhor para todos. Ao longo da formação EDPOPSUS foram observadas mudanças nas concepções e práticas dos educandos, pois os educandos passassem a articular e organizar a comunidade em prol da libertação e transformação da realidade, com base na concepção de que educação popular é parte dos movimentos do povo, de suas realidade e que é capaz de emancipar os grupos mais vulneráveis. Foi possível observar mudanças na vida e no processo de trabalho dos educandos, e nas relações com os outros trabalhadores, através da apresentação dos trabalhos de campo, numa construção sistemática do conhecimento, de empoderamento, de reflexões críticas, antes não apontadas e debatidas e, principalmente, na problematização da realidade que vivenciaram no território e do reconhecimento das práticas integrativas e complementares.    

2871 ARTE E EDUCAÇÃO: VIVÊNCIAS EDUCACIONAIS DA ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA
Maria Cristiane DA SILVA NOGUEIRA, Olga Maria Alencar, Maria Rocineide Pereira da Silva, Thayza Miranda Pereira, Leidy Dayane Paiva

ARTE E EDUCAÇÃO: VIVÊNCIAS EDUCACIONAIS DA ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

Autores: Maria Cristiane DA SILVA NOGUEIRA, Olga Maria Alencar, Maria Rocineide Pereira da Silva, Thayza Miranda Pereira, Leidy Dayane Paiva

Apresentação: A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) vem desenvolvendo ações educacionais para implementação da Política de Educação Permanente capaz de dar resposta às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), apoiada na premissa de rede colaborativa inter profissional, inter setorial e participativa, favorecendo o respeito a diversidade, a singularidade e a especificidade dos cenários de práticas. Na busca de inovação e produção tecnológica, a partir das necessidades sociais, dos serviços de saúde e dos desejos dos trabalhadores do SUS a ESP/CE, em parceria com a Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (REDESCOLA) e Instituições de Ensino Superior(IES) locorregional elaborou o desenho do Curso de Especialização em Saúde Pública com o objetivo de formar sanitarista para atuar na contemporaneidade. O curso adotou metodologias de ensino-aprendizagem participativas, valorizando a apreensão de novos conhecimentos, a tomada de decisão conjunta, a conscientização da realidade vivenciada, o conhecimento das possibilidades reais e concretas de encontrar caminhos de solução para problemas comuns, a definição de prioridades e a motivação para a ação. Para tanto adotou o universo lúdico como proposta metodológica e instrumental para a educação permanente. Pautado nas premissas educacionais libertadora de Freire e tendo como suporte epistemológico o uso da arte em sua dimensão ética e estética o objetivo do presente trabalho é promover reflexão critica das vivencias artístico-educacionais, que permearam os 13 encontros do curso. Desenvolvimento: as aulas eram mediatizadas pela arte, sendo utilizada poesia, música, dança, teatro, cinema, pinturas, desenho  e colagens, por meio das vivências criadas para o curso. Em cada encontro era selecionado um elemento da arte para proporcionar o acolhimento dos educandos no cenário de aprendizagem, propiciando um espaço de trocas de experiências e aprendizagem significativa.  Destacamos aqui as vivências: varal poético, navegando sobre os mares do saber, corredor do cuidado, dança dos elogios, cirandas, cenopoesia entre outras expressões da arte. Portanto a arte enquanto estratégia pedagógica com foco na formação para a saúde possibilita promover o rompimento com o modelo tradicional, pois direciona-se à implementação de uma abordagem inovadora, capaz de expressar sentimentos, lutas, sonhos e o imaginário por meio das representações culturais, integrando educação, arte e saúde. Algumas considerações: o uso da arte proporcionou ruptura da aprendizagem conteudista para uma aprendizagem emancipatória, agindo como facilitadora da aprendizagem, sendo a relação educando-educador mediada pela afetividade. Percebemos que os processo educativos mediatizado pela arte promova a satisfação e o desejo dos educandos, levando-os a reproduzir estas vivencias em sua prática cotidiana. Outrossim, advogamos que experiências como estas possam provocar o interesse das instituições de ensino em inseri-las em sua prática pedagógica.

3355 ENTRE O CUIDADO E O ENCONTRO FENOMENOLÓGICO: o que pode uma tenda do conto?
Márlon Vinícius Gama Almeida, Julliana Cíntia de Omena Nicácio

ENTRE O CUIDADO E O ENCONTRO FENOMENOLÓGICO: o que pode uma tenda do conto?

Autores: Márlon Vinícius Gama Almeida, Julliana Cíntia de Omena Nicácio

APRESENTAÇÃO: A Tenda do Conto é uma tecnologia de cuidado muito empregada na rede de atenção primária à saúde. Sua composição dá-se a partir de um convite feito antecipadamente aos interlocutores e uma sugestão - trazer um objeto que represente algum fato de sua vida e que possa ser compartilhado[A]. É um momento de partilha, na qual há um investimento na troca das histórias, na saída do isolamento e na aposta nos protagonismos das pessoas[A]. Por si só, o seu movimento chama a atenção dos envolvidos, que escutam atentamente a vivência do outro, relaciona-a com suas próprias experiências e devolve-as, a partir de suas análises, interpretações e significações, refletidos pelo próprio devir do grupo, que traz seu próprio ritmo, dinâmica e tempo. A partir desta compreensão, um convite foi feito aos discentes da disciplina Psicologia Fenomenológica Existencial, ofertada no curso de psicologia em uma faculdade privada do interior baiano, para dialogarmos sobre fenomenologia e saúde, suas representações, a potência da relação eu-tu e os sentimentos envolvidos na graduação. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O pedido - o que a fenomenologia representa pra mim? - foi disparado para cerca de 25 estudantes da disciplina uma semana antes do encontro, no dia 20/10/2017, no período da noite. Os mesmos foram convidados a pensarem sobre um objeto que pudesse relacionar a fenomenologia ao curso de graduação, sem deixar de lado suas vivências e potencialidades. RESULTADOS: A atividade iniciou-se no horário previsto da disciplina. Uma roda de conversa foi aberta e solicitado aos convidados que ofertassem à Tenda do Conto o objeto representativo daquela ocasião. A fala foi franqueada de maneira livre e cada pessoa que se sentia confortável ia ao centro retirar seu objeto e discorrer sobre sua escolha, sua história e sentimentos. Assim, o momento vivido na graduação desdobrou-se no processamento não só sobre a fenomenologia, mas os diversos anseios que envolvem a graduação em psicologia e a vida dos discentes. As angústias dos estudantes sobre as incertezas da profissão e suas dificuldades, bem como a importância do apoio familiar e de parte da sociedade, inclusive de outros estudantes, foram os principais disparadores das trocas partilhadas na roda. Inseguranças, medos e fragilidades foram recebidas com abraços e palavras de apoio, elementos cruciais neste tipo de atividade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Uma vez que a Tenda é um local, também, de acolhimento de queixas e sentimentos diversos, trabalhados numa perspectiva afetiva e no fortalecimento de redes de cuidados internas, muitas vezes não percebidas, sua composição é um exercício de participação social e empoderamento, que se estrutura na ressignificação das sensibilidades e edificação de manifestações mais solidárias, empáticas e estreitas. Cada pessoa envolvida traz potência para o grupo no seu compartilhar de vivências desdobrando-se em vida, ato e potência. Enfim, a Tenda é uma oferta de trabalho vivo em ato[B], uma construção do momento, imprevisível e, por si só, surpreendente, vez que tem o poder de nos religar à essência humana em uma perspectiva existencial, a partir da conversa e da escuta, tão importantes no cenário atual.

3423 PARTEIRAS TRADICIONAIS: REDES VIVAS E PRÁTICAS POPULARES DE SAÚDE
TACIANE MELO DE SOUSA, RODRIGO TOBIAS DE SOUSA LIMA, JÚLIO CESAR SCHWEICKARDT

PARTEIRAS TRADICIONAIS: REDES VIVAS E PRÁTICAS POPULARES DE SAÚDE

Autores: TACIANE MELO DE SOUSA, RODRIGO TOBIAS DE SOUSA LIMA, JÚLIO CESAR SCHWEICKARDT

Introdução: A assistência à gestação, parto domiciliar, puerpério e cuidados com recém-nascidos, foi desde antigamente realizada por mulheres de saberes empíricos. Embora diversificados, os atores sociais que participavam do cuidado gestacional e puerperal de mulheres e crianças eram conhecidos como parteiras. As parteiras possuem diversas denominações: “parteira leiga”, “aparadeira”, “comadre”, “mãe de umbigo”, “curiosa”, dentre outras; contudo a nomenclatura escolhida pelo Ministério da Saúde (MS) para parteira é Parteira Tradicional (PT), significando a mulher que presta assistência ao parto domiciliar baseada em saberes e práticas tradicionais, e reconhecida pela comunidade. A vinculação da parteira com seu contexto social e seu grupo explicita os princípios da prática que se sustentam no conhecimento e reconhecimento de si e do outro, tornando relevante a interdependência entre a objetividade e a subjetividade na prática do cuidado. O parto domiciliar oferecido pelas parteiras vai além da visão fisiológica, pois envolve a presença da família, o manejo cauteloso de todas as fases subsequentes do evento e as práticas não-intervencionistas, como os chás caseiros, os óleos terapêuticos e palavras de conforto e coragem. O objetivo geral desta pesquisa é apresentar as parteiras tradicionais como protagonistas do cenário da gestação, parto e nascimento domiciliar. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório realizado a partir de uma revisão de literatura sobre parto domiciliar realizado por parteiras. Foram selecionados todos os artigos nacionais que tratavam de partos realizados por parteiras tradicionais. Considerações finais: A assistência ao parto no Brasil não é homogênea. Por meio da relação de compromisso com as mulheres assistidas, existe uma rica construção de rede permeada por subjetividade, criação de vínculos e solidariedade, que no processo parturitivo podem ser potencialmente terapêuticos. Por conseguinte, a construção de uma interlocução com as parteiras constitui estratégia para entender além dos saberes tradicionais, o impacto e os dilemas que permeiam o cenário de parto e nascimento. Essa interlocução com as parteiras constitui uma estratégia para entender os saberes e fazeres tradicionais, viabilizando a compreensão do impacto e os dilemas da política do parto, construída por processos de desmerecimentos às parteiras tradicionais na construção de um modelo de atenção tecnocrática e tecnicista, que consiste na valorização do conhecimento científico, presente nas hierarquias hospitalares. Valorizar a sabedoria presente no modo de cuidar das parteiras é um compromisso que precisa ser assumido por todos os cuidadores de saúde.  

3630 A CONTRIBUIÇÃO DA MUSICOTERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO ACERCA DO USO DA MÚSICA NO TRATAMENTO DA ANSIEDADE
Joseane Silva Oliveira, Inglith Rodrigues de Lima, Rogéria da Silva Farias, Maria das Dores Carneiro Pinheiro

A CONTRIBUIÇÃO DA MUSICOTERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO ACERCA DO USO DA MÚSICA NO TRATAMENTO DA ANSIEDADE

Autores: Joseane Silva Oliveira, Inglith Rodrigues de Lima, Rogéria da Silva Farias, Maria das Dores Carneiro Pinheiro

Este estudo tem como escopo apresentar uma síntese das referências sobre a contribuição da musicoterapia na saúde do idoso para o tratamento do transtorno de ansiedade, apoiando-se em pesquisas realizadas no campo da Psicologia. Diante disso, o objetivo do presente estudo consistiu em destacar a influência da musicoterapia para diminuição dos sintomas dos transtornos de ansiedade da pessoa idosa, bem como ressaltar a importância da musicoterapia como instrumento de cuidado à pessoa idosa com transtorno de ansiedade; Enfatizar a importância da música na dinâmica relacional do idoso acometido de sintomas de ansiedade; Apresentar a musicoterapia como modalidade terapêutica complementar para idosos acometidos pela ansiedade. A pesquisa é de caráter bibliográfico, em relação à abordagem do problema foi utilizada a pesquisa qualitativa, quanto ao apoio teórico, utilizou-se de livros, monografias e revistas acadêmicas, artigos científicos como; SCIELO, LILASC, MEDILINE, a qual retratavam da temática abordada. Com a chegada velhice, ocorre um aumento nas perdas físicas, a saúde tende a ser um problema gradativo, além das pressões e as perdas sociais que se tornam cumulativas, os idosos confrontam com o aspecto do tempo está se tornando cada vez mais escasso para eles. É importante que se faça uso de recursos terapêuticos para o tratamento da ansiedade da pessoa idosa, citando a musicoterapia como um recurso para a saúde mental da pessoa idosa, sendo esta, considerada um instrumento que desenvolve um trabalho em prol da atividade motora do paciente A música tem um papel fundamental na vida do indivíduo, sendo esta capaz de despertar muitos efeitos nas pessoas, principalmente relacionado a sentimentos e lembranças, a música também é capaz de ativar as diversas regiões do cérebro ligadas a esses sentimentos e até as áreas relacionadas a aspectos fisiológicos. Neste sentido, os resultados destacaram que o uso da música pode fazer parte do tratamento da ansiedade na pessoa idosa, atuando como um complemento à assistência destes, haja vista que poderá facilitar a relação do profissional com o paciente. Por fim concluiu-se que o uso da música proporciona à pessoa idosa acometida pela ansiedade, o resgate de sua autoestima e autonomia, liberdade e a autonomia pessoal, proporcionando eficácia no tratamento da ansiedade em pessoas idosas.

3670 A dramatização como instrumento de aprendizagem em comunicação de más notícias: uma experiência no Internato de Medicina da Universidade Federal do Amazonas.
Maria Eugênia Capanema D' Avila, Jennifer Thamiris Castro de Souza, Frederico Germano Lopes Cavalcante, Wilderi Sidney Gonçalves Guimarães

A dramatização como instrumento de aprendizagem em comunicação de más notícias: uma experiência no Internato de Medicina da Universidade Federal do Amazonas.

Autores: Maria Eugênia Capanema D' Avila, Jennifer Thamiris Castro de Souza, Frederico Germano Lopes Cavalcante, Wilderi Sidney Gonçalves Guimarães

Apresentação: A qualidade da comunicação entre médicos e pacientes pode influenciar positivamente nos indicadores de saúde. A Medicina de Família e Comunidade possui como um de seus princípios básicos a boa relação com as pessoas sob seus cuidados. Uma das atividades executadas durante o Estágio em Medicina Preventiva e Social/ Internato Rural é o acompanhamento presencial de Médicos de Família e Comunidade que atuam na Atenção Primária à Saúde em Manaus. Os internos desempenham atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, bem como atividades curativas e de reabilitação, além de aperfeiçoarem técnicas criativas de ensino-aprendizagem. O objetivo do trabalho é relatar a participação em uma oficina de comunicação de más notícias utilizando a dramatização como ferramenta de capacitação. Desenvolvimento do trabalho: A encenação foi realizada pela dupla de internas após fundamentação teórica dos preceptores no âmbito da Oficina de Notícias Ruins, promovida pela liga acadêmica de Medicina de Família e Comunidade. A dramatização foi utilizada para teatralizar situações em que más notícias eram comunicadas tanto incorretamente como de forma apropriada, utilizando habilidades de comunicação para uma plateia de acadêmicos de Medicina de três faculdades em Manaus. Em seguida, os alunos foram convidados a encenarem a comunicação de más notícias em grupos menores: como exemplos, teriam que avisar à família que um ente querido havia falecido, relatar um diagnóstico positivo para HIV em um paciente jovem e comunicar uma doença crônica à mãe de uma criança na consulta. Resultados e/ou impactos: A fundamentação teórica aliada ao uso do recurso dramático permitiu o aprendizado na ação de troca de papéis, bem como enriqueceu o conhecimento de habilidades de comunicação, as quais puderam ser aprendidas e executadas na prática. A plateia considerou importante a técnica de encenação proposta, uma vez que os pacientes comumente avaliam o perfil técnico e humano dos médicos, sendo, portanto, de suma relevância o estudo e a prática de tais habilidades durante o curso de Medicina. Considerações finais: A experiência de aprendizagem teórico-prática em comunicação de más notícias mostrou-se relevante para os acadêmicos envolvidos, visto que as habilidades em comunicação são pouco trabalhadas durante a graduação. Os discentes perceberam que a competência de dar más notícias faz parte do exercício profissional do médico, bem como a importância do estudo das técnicas e treinamento em habilidades com o objetivo de favorecer o desenvolvimento da boa relação médico-paciente pautada nos princípios éticos e exercício humanizado da Medicina.

3715 JEITOS DE ENSINAR-APRENDER-FAZER: CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS DA EDUCAÇÃO POPULAR EM PROCESSOS FORMATIVOS NA PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Danielly Maia de Queiroz, Delane Felinto Pitombeira, Suyanne Freire de Macêdo, Maria Rocineide Ferreira da Silva

JEITOS DE ENSINAR-APRENDER-FAZER: CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS DA EDUCAÇÃO POPULAR EM PROCESSOS FORMATIVOS NA PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

Autores: Danielly Maia de Queiroz, Delane Felinto Pitombeira, Suyanne Freire de Macêdo, Maria Rocineide Ferreira da Silva

A promoção da saúde implica redirecionamentos no âmbito dos processos saúde-doença-cuidado, concebendo a interrrelação entre as dimensões biológicas, sociais e subjetivas na sua produção. Essa perspectiva sugere a (re)construção de outros saberes nos processos de formação em saúde, a exemplo da integração, cada vez maior, da educação popular nas trilhas da saúde coletiva. Nessa perspectiva, este trabalho tem como objetivo relatar uma experiência no processo formativo em saúde coletiva, a qual teve a educação popular como orientadora para a reflexão sobre a promoção da saúde. Com o intuito de imergir nesse campo, foram feitas inicialmente reflexões acerca da história da educação em saúde, o compartilhamento de experiências de mestres locais da cultura popular, e a experiência da Tenda do Conto, evidenciando a dimensão dos afetos e afetações na construção coletiva do conhecimento. Todo esse percurso preparou o grupo para a realização de visitas a espaços educacionais com propostas próximas às refletidas no processo formativo. Nosso grupo visitou, em uma bela tarde de sábado de Abril de 2017, o Templo da Poesia, vivência integrada à comunidade, desenvolvida pela Vila dos Poetas-Mundo, momento em que ocorreu um sarau de poesias, em palco aberto. Ao longo do sarau, vários poemas foram declamados, uns espontâneos, outros lidos, outros cantados, outros dramatizados, em múltiplas linguagens. Esse jeito de ensinar-aprender-fazer despertou potencialidades adormecidas. Nós nos desafiamos a adentrar o campo de incertezas, pisar em terreno desconhecido, fazendo deslocamentos e sentindo a potência de outros modos de conhecer, integrando o científico ao artístico e poético. Essa vivência nos deixou nutridas, com profunda gratidão pela oportunidade de conhecer um lugar onde pessoas com coragem se desafiam cotidianamente a uma vida em comunidade, construindo outras perspectivas de conduzir suas existências, aprendendo com a natureza que as rodeia. O ápice dos encontros durante a disciplina foi o compartilhamento dessas experiências, gerando novos olhares, visões e percepções com o vivido. Como disse Paulo Freire (1983), “o mundo humano é comunicação”, e nesse sentido a educação precisa pautar-se mais pelo diálogo que pela prescrição. Isso significa considerar todos como sujeitos de saber, construtores e partícipes dos processos de educação e cuidado, reconhecendo a educação em saúde para além do conhecimento técnico, adentrando pelas veredas da cultura e dos afetos.

3848 A UTILIZAÇÃO DO TEATRO-FÓRUM COMO FERRAMENTA DE MOTIVAÇÃO PARA A REFLEXÃO CRÍTICA
Isaac Newton Machado Bezerra, Larissa Oliveira Lima Macedo, Jânio Luiz do Nascimento, Jônia Cybele Santos Lima, Luan Thallyson Dantas de Assis, Vinicius Costa Maia Monteiro, Barbara Danielle Calixto de Alcantara

A UTILIZAÇÃO DO TEATRO-FÓRUM COMO FERRAMENTA DE MOTIVAÇÃO PARA A REFLEXÃO CRÍTICA

Autores: Isaac Newton Machado Bezerra, Larissa Oliveira Lima Macedo, Jânio Luiz do Nascimento, Jônia Cybele Santos Lima, Luan Thallyson Dantas de Assis, Vinicius Costa Maia Monteiro, Barbara Danielle Calixto de Alcantara

Introdução: O teatro-fórum mais conhecido como teatro do oprimido é uma junção de técnicas teatrais que buscam fortificar a formação politica, apresentando aos seus espec-atores encenações da realidade cotidiana, onde indivíduos são claramente oprimidos por outros de forma que suas vontades não são respeitadas, demonstrando que esses desejos não foram realizados devido a ação do opressor. Nesse cenário os presentes são convidados a tomar o lugar dos atores e mudar a realidade apresentada, agindo de forma diferente e solucionando o problema apresentado. Vale salientar que o principal não é solucionar o problema ou realizar a vontade do oprimido, mas levantar a discussão em torno do problema e levar os presentes a uma reflexão critica sobre a problemática apresentada. Objetivo: Relatar a experiência dos estudantes da disciplina de Saúde e Cidadania (SACI) com a utilização do teatro-fórum, ferramenta de motivação para a reflexão critica junto aos usuários atendidos na Unidade de Saúde da Família (USF) Panatis, no município de Natal-RN. Metodologia: A partir da vivencia realizada durante o semestre de 2017.1, na USF, foi realizada uma peça abordando a alimentação saudável. No cenário apresentado uma criança reclamava com seus pais sobre dores na barriga dizendo que gostaria de comer uma fruta, pois aprendeu na escola a importância de uma alimentação rica em frutas e verduras, enquanto ela se alimentava apenas de biscoitos, então seu pai começa a gritar com a criança e com sua esposa dizendo que não tem dinheiro para comprar esse tipo de coisa, e que ela iria comer o que ele comprasse. Mais tarde ao voltar da escola a criança passa na casa de sua tia e fala sobre suas dores de barriga constante pedindo a tia que vá até sua casa conversar com seus pais, ao chegar à casa da sobrinha encontra sua irmã fazendo o almoço e começa a questionar a alimentação que está sendo dada a criança, quando seu cunhado chega a expulsando de casa, sendo agressivo e não deixando que ela fale com sua irmã. Ao abrir a encenação para os convidados da comunidade que estavam presentes, muitos decidiram tomar o lugar da mãe e enfrentar o esposo, exigindo que ele comprasse comidas mais saudáveis para a família, outros optaram por tomar o lugar da tia e ser mais incisiva com o cunhado e a irmã, falando sobre os problemas que essa alimentação desregulada causaria na saúde da sobrinha. Resultados: Após a realização da peça e uma discussão sobre as consequências que uma alimentação ruim pode trazer com o passar dos anos, foi construída na unidade uma horta orgânica comunitária para que os moradores tivessem acesso a alguns alimentos livres de agrotóxicos e mais saudáveis. Conclusão: Com a realização desse momento podemos despertar um olhar mais critico da comunidade para as questões alimentares, bem como, integrá-los num projeto em comum em prol de benefícios de para a comunidade. Além disso, pode-se comprovar a eficácia da utilização do teatro-fórum como uma ferramenta capaz de provocar a reflexão dos envolvidos em torno do tema abordado. 

4862 A Interface entre Educação Popular em Saúde e Práticas Integrativas e Complementares
Etel Matielo, Julimar Barros Barros

A Interface entre Educação Popular em Saúde e Práticas Integrativas e Complementares

Autores: Etel Matielo, Julimar Barros Barros

Apresentação: A Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS) propõe metodologias e tecnologias para o fortalecimento do SUS. É uma prática voltada para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a partir do diálogo entre a diversidade de saberes, valorizando os saberes populares, a ancestralidade, a produção de conhecimentos e a inserção destes no SUS. Este Resumo se propõe em debater sobre as interfaces e ações de fortalecimento para a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS) e a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS). Desenvolvimento: As práticas e as metodologias da Educação Popular em Saúde (EPS) possibilitam o diálogo entre trabalhadores e usuários, entre as equipes de saúde e os espaços das práticas populares de cuidado, entre o cotidiano dos conselhos e dos movimentos populares, ressignificando saberes e práticas. A EPS propõe ações em eixos estratégicos, destacando-se o eixo do Cuidado em Saúde. Neste sentido, a PNEPS - SUS busca refletir a compreensão ampliada do cuidado em saúde, reforçar o reconhecimento e a convivência dos modos populares de pensar, fazer e gerir a saúde, promovendo o encontro e diálogo destes com os serviços e ações de saúde. Em relação ao campo das práticas integrativas e complementares, contemplam-se sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA). Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. A PNPICS está em consonância com a PNEPS-SUS, que busca integrar os saberes técnicos-científicos com os saberes populares. Com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicas, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia foram institucionalizados no Sistema Único de Saúde (SUS). Considerações Finais: Todas as ações decorrentes das políticas nacionais voltadas à integração das práticas integrativas e complementares no SUS, principalmente quando se utilizam plantas medicinais e derivados como recurso terapêutico, perpassam pelo entendimento e valorização da multiculturalidade e interculturalidade, por gestores e profissionais de saúde, em busca da equidade e integralidade da atenção em saúde. Sendo assim, fortalecer as práticas integrativas e populares de cuidado implica apoiar sua sustentabilidade, sistematização, visibilidade e comunicação, no intuito de socializar tecnologias e perspectivas integrativas, bem como, aprimorar sua articulação com o SUS.

3709 A TEATRALIDADE COMO METODOLOGIA EDUCATIVA NA ABORDAGEM SOBRE EXPOSIÇÃO SOLAR NA VELHICE
Joyce Petrina Moura Santos, Akyson Zidane Merca Silva, Camila Menezes da Silva, Daiane de Souza Fernandes, Joyce Gama Souza, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Nathalia Souza Marques, Roberta Brelaz do Carmo

A TEATRALIDADE COMO METODOLOGIA EDUCATIVA NA ABORDAGEM SOBRE EXPOSIÇÃO SOLAR NA VELHICE

Autores: Joyce Petrina Moura Santos, Akyson Zidane Merca Silva, Camila Menezes da Silva, Daiane de Souza Fernandes, Joyce Gama Souza, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Nathalia Souza Marques, Roberta Brelaz do Carmo

Apresentação: A luz solar apresenta diversos comprimentos de ondas capazes de chegar à atmosfera terrestre, atingindo os indivíduos de forma benéfica ou maléfica. As radiações ultravioletas, as quais podem ser UVA ou UVB, e infravermelhas são exemplos de ondas que causam danos à saúde ao interagir e alterar as células da pele, especialmente no rosto e dorso das mãos. Essa interação entre tais raios solares e a pele promove a liberação de radicais livres que em curto prazo podem gerar o decréscimo de água no corpo, causando o ressecamento da pele, eritema, descamação e queimaduras de diversos graus, enquanto em longo prazo pode causar o envelhecimento extrínseco, dano aos melanócitos e câncer de pele do tipo melanoma ou não melanoma, sendo este último considerado como a neoplasia de maior incidência na população brasileira. Contudo, os raios provenientes do sol também são passíveis de benefícios aos seres humanos, posto que auxilia no fortalecimento de ossos mediante a produção de vitamina D e aumenta o nível de serotonina no organismo, sendo considerado um antidepressivo natural. Para apoderar-se desses benefícios, a exposição à radiação solar deve ocorre no início da manhã ou fim da tarde, pois no horário entre tais extremos há maior incidência de radiação ultravioleta e infravermelha. Por ser um país de clima predominantemente tropical, a população precisa se apoderar de tais informações, cabendo aos profissionais da saúde, em especial a enfermagem por ter a educação como processo de trabalho, realizar práticas educativas em saúde problematizadoras e sob a utilização de metodologias que facilitem o processo de ensino e aprendizado, sem desconsiderar o saber prévio dos indivíduos. A atividade educativa em questão visa utilizar o teatro como forma de empoderar idosos quanto aos riscos e benefícios dos raios solares, tema de grande pertinência em todos os períodos do ano, principalmente no verão. Desenvolvimento do trabalho: A experiência ocorreu durante o mês de Julho/2016 no auditório de uma Unidade Municipal de Saúde (UMS) localizada na periferia de Belém-PA com um grupo de idosos de um projeto de extensão intitulado “Idoso saudável”, o qual promove diversas atividades por meio de alunos de diversas áreas da saúde vinculados à universidade. Diante da necessidade crucial de se planejar as atividades de educação em saúde, o planejamento educativo contendo diagnóstico, plano de ação, execução e avaliação foi um instrumento que precedeu a atividade. Posto que, não houve participação dos educandos durante o ato de planejar, este é considerado como do tipo centralizado. Porém, foi levado em consideração a epidemiologia, a qual indica que as neoplasias de pele têm alto índice no país, e o período de férias, o qual coincide com o verão sem chuva na região, onde além das radiações solares se intensificarem, há uma maior exposição ao sol por parte dos indivíduos devido uma questão cultural. O plano de ação inferiu a utilização do teatro e a ludicidade por serem dinâmicos e capazes de agir no âmbito emocional e intelectual. A arte teatral lúdica em questão contou com um cenário confeccionado pelo grupo com vistas a representar a praia, além da participação de quatro personagens, a saber: o sol bom, que aparecia no sol nascente e retornava para o sol poente; o sol mau, que cobria a extensão da praia de 8 horas até às 17 horas; a madame; e a mulher bronzeada. O enredo teve seu início com a chegada do sol bom e a madame à praia, os quais eram amigos e iniciavam um debate sobre os benefícios que o sol em questão trazia à população, enfatizando na obtenção de ossos mais fortes por meio da síntese de vitamina D. Posteriormente, chegava o sol mau, seguido da mulher bronzeada, e com isso dava-se início a uma intensa discussão entre todos os personagens, cada qual defendendo o seu ponto de vista quanto a exposição prolongada aos raios solares. O clímax da peça acontece quando a mulher bronzeada desmaia por não usar protetor solar e ter adquirido uma insolação durante a busca de um bronzeamento, sendo este uma característica cultural do tempo de férias no Brasil. A peça encerra com todos os personagens amigos e cientes da contribuição e riscos à saúde provindos das radiações solares. Ao final, foi solicitado que os idosos dessem a sua avaliação quanto a metodologia utilizada e o assunto abordado, valorizando a concepção pedagógica humanista, a qual tem como preceito a valorização do ser humano, tendo o educador como facilitador do processo de ensino-aprendizado. Posteriormente, foi realizado o sorteio de um protetor solar, implicando na necessidade de uso do mesmo diariamente e em quantidade adequada para propiciar o bloqueio dos raios UVA e UVB. Resultados: A atividade contou com a presença de, em média, 20 idosos, sendo a maioria do sexo feminino. O teatro se mostrou uma metodologia eficaz para esse grupo, com exceção de uma senhora com baixa audição, pois por ser um grupo pequeno em um espaço limitado não foi feito o uso de equipamentos de som, tais como microfone e caixa amplificadora, e o grupo responsável pela peça só ficou ciente desde fato durante o sorteio. Daí provém a importância de se encorajar atividades de educação em saúde realizadas a luz de um planejamento participativo, visto que este proporciona a equipe conhecer o perfil do seu público alvo em diversos âmbitos. Contudo, durante a ação os idosos prestaram atenção nas falas e gestos dos personagens, se divertindo especialmente com a chegada do sol mau e a mulher bronzeada, pois esta estava com a pele excessivamente vermelha por conta da radiação provinda do mesmo, inclusive no rosto, o qual tinha marca do óculos de sol. A efetividade reflexiva da educação em saúde se fez presente quando, durante o período de avaliação da peça, um indivíduo explanou sobre a necessidade de cuidados com a exposição ao sol em todos os períodos do ano, especialmente por se tratar de uma região extremamente quente. Considerações finais: Com o envelhecimento, os indivíduos passam por diversas mudanças biopsicossociais que devem ser olhadas com maior cautela pelos profissionais da saúde. Diante deste contexto, infere-se que as práticas de educação em saúde são atemporais, devendo ser aplicadas a todas as faixas etárias, visando empoderar a população, concebendo-lhes maior autonomia nos seus cuidados de saúde. O poder transformador da educação em saúde se fez presente quando os idosos reconheceram a importância da realização do banho de sol pela manhã e o uso frequente protetor solar, alegando compartilhar as informações obtidas com seus amigos e familiares.

2567 “Amigas da saúde” promoção da saúde das adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade: uma proposta de educação popular
Rayla Lemos, Pamela Souza Almeida Silva Gerheim, Ariane Almeida Barros, Ana Carolina Silva Costa, Maria Pollyana Alcantara Lucarelli, Marcela Castellões Leite

“Amigas da saúde” promoção da saúde das adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade: uma proposta de educação popular

Autores: Rayla Lemos, Pamela Souza Almeida Silva Gerheim, Ariane Almeida Barros, Ana Carolina Silva Costa, Maria Pollyana Alcantara Lucarelli, Marcela Castellões Leite

Apresentação: A literatura aponta os impactos dos determinantes sociais na saúde e qualidade de vida de adolescentes. A exposição continuada e sistemática a diversos fatores de risco ou vulnerabilidade podem gerar prejuízos ao longo da vida, influenciando a saúde, a autonomia e independência na vida adulta, trazendo consequências negativas para qualidade de vida de indivíduos, famílias e sociedade. O objetivo deste trabalho foi desenvolver estratégias de promoção da saúde e atuar na prevenção de processos de adoecimento de adolescentes em condição de risco e vulnerabilidade por meio de atividades de extensão.  Desenvolvimento do trabalho: Participaram adolescentes do sexo feminino, de 13 a 19 anos, moradoras de um bairro com relevantes componentes de risco e vulnerabilidade. Utilizou-se o referencial teórico da Educação Popular e saúde como eixo norteador e metodológico para organização de oficinas educativas temáticas semanais com ampla participação do publico alvo. Estratégias participativas e recursos lúdicos foram utilizados na elaboração e condução dos encontros. Testes padronizados de diagnóstico e avaliação eram aplicados em cada encontro de acordo com o tema, dentre eles: Genograma, Ecomapa, Apgar social, Avaliação do estilo de vida - Pentáculo e Escala de Percepção de Suporte Social Familiar.  Resultados: Foram realizadas até o momento 21 oficinas, pelo menos duas de cada tema, com média de participação de nove adolescentes. As temáticas escolhidas pelas participantes e trabalhadas foram: medo, ansiedade, depressão, relacionamentos, ética, autocuidado, homossexualidade, família, e Deus. Os testes utilizados evidenciaram importantes fatores de risco e vulnerabilidade social como, pobre rede de suporte social e familiar, vivências de situações de conflito intrafamiliar e violência na comunidade, dentre outros. As oficinas educativas geraram muito interesse e avaliação positiva das adolescentes, que consideraram ampliação de conhecimentos e mudança de prática em relação aos temas abordados. Considerações finais: O referencial teórico e o método participativo tem se mostrado efetivos na valorização do saber popular como estratégia de empoderamento, autocuidado e autonomia das participantes para enfrentamento dos determinantes sociais de saúde. Assim, em seu constructo teórico, mediante os referenciais embasadores, bem como em sua proposta de ação, este projeto estabelece relação com a sociedade com vistas a gerar impacto social. Instituição de apoio financeiro: Pró-reitoria de extensão da UFJF. Palavras-chave: Educação em Saúde, adolescentes, Extensão Universitária.

1546 Evidências da eficácia da terapia em saúde através da arte
Suely Silva, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Evidências da eficácia da terapia em saúde através da arte

Autores: Suely Silva, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A arteterapia é uma ciência na qual utiliza-se  uso da Medicina e Artes em geral, com base teórica e o propósito de minimizar ou curar os indivíduos através da expressão artística, priorizando o processo criativo. Diante disso, o objetivo deste estudo é investigar a importância da terapia através da arte e os mediadores utilizados no tratamento mental. Utilizou-se como metodologia, pesquisa bibliográfica desenvolvida para o projeto de pesquisa como requisito necessário para participar do programa de bolsa assistência estudantil da Universidade do Estado do Pará (UEPA ). Para a lei nº 2.759, de Agosto de 2015, art. 2ºArteterapeuta é o profissional que se utiliza dos recursos expressivos de artes visuais, música, dança, canto, teatro, literatura, como elementos capazes de favorecer o processo terapêutico das pessoas, buscando o autoconhecimento, a criatividade, a prevenção e a reabilitação de doenças mentais .Assim,  a formação deste profissional integra as  associações estaduais de arteterapia, proposta pela União Brasileira das Associações de Arte terapia UBAAT, embasada através da psicologia analítica, vale ressaltar que o artista é um indivíduo que transita permeando consciente-inconsciente. Desenvolvimento: Destaca-se que durante o estudo os dados analisados obedeceram  todos os critérios conforme aportaria nº 849, de 27 de março de 2017, inclui a arte terapia à política nacional de práticas integrativas e complementares. Este, portanto, atende as diretrizes da Organização mundial da Saúde e a implantação complementar PICS no âmbito do sistema único de saúde. De tal modo, ministro de estado da saúde, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e, considerando o disposto no inciso II do art. 198 da Constituição Federal, que dispõe sobre a integralidade da atenção como diretriz do SUS. Desse modo, conforme a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Resultados: Pesquisas recentes afirmam a cura através arte terapia com mulheres vítimas de violência e seus desdobramento os psíquicos e emocionais. Durante a pesquisa evidenciou-se o processo terapêutico que ocorre a partir de expressões simbólicas. Sabe-se, a arteterapia é um dos maiores assuntos de grande relevância para o acadêmico da área da saúde. Durante a pesquisa feita com base nas dissertações e teses. Considerações Finais: Desenvolver este estudo voltado na terapia através da arte foi uma experiência  , pois vivenciar a realidade, observou-se o contato pela arte .Por fim, uma reflexão técnico-cientifico do aluno.  A partir da descrição do tema em alguns de seus principais aspectos históricos, teóricos e metodológicos, vimos como a arte tem se constituído como um instrumento diferenciado de trabalho do psicólogo. Embora relativamente recente, é já amplo o campo da arte terapia, e por isso o panorama aqui oferecido mostra dele apenas um recorte possível, privilegiando as abordagens clássicas e, dentro delas, alguns dos autores e suas principais ideias.

3705 O Internato Rural de Medicina no interior do Amazonas: uma experiência sobre Educação Sexual em uma escola estadual do município de Presidente Figueiredo
Maria Eugênia Capanema D' Avila, Jennifer Thamiris Castro de Souza, Wilderi Sidney Gonçalves Guimarães, Marcelo Alberto Diaz Azevedo

O Internato Rural de Medicina no interior do Amazonas: uma experiência sobre Educação Sexual em uma escola estadual do município de Presidente Figueiredo

Autores: Maria Eugênia Capanema D' Avila, Jennifer Thamiris Castro de Souza, Wilderi Sidney Gonçalves Guimarães, Marcelo Alberto Diaz Azevedo

Apresentação: A educação em saúde é uma importante estratégia na busca de diminuir os índices de morbimortalidade, sobretudo em relação às infecções sexualmente transmissíveis. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas propicia aos internos do estágio de Medicina Preventiva e Social/ Internato Rural o desenvolvimento de atividades práticas na Atenção Básica no âmbito do Sistema Único de Saúde em Manaus, bem como em municípios do interior do estado, no caso, Presidente Figueiredo. Além dos atendimentos ambulatoriais, os internos conhecem as Redes de Atenção à Saúde, desenvolvem atividades educativas nas Unidades Básicas de Saúde, escolas e comunidade em geral, além de abordarem prevenção de doenças e promoção de saúde. O trabalho visa descrever as atividades educativas realizadas numa escola estadual com alunos do Ensino Médio, sobre infecções sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência e métodos contraceptivos. Desenvolvimento do trabalho: As atividades de educação sexual ocorreram durante três dias consecutivos numa escola estadual do município de Presidente Figueiredo, utilizando palestras, tempestade de ideias, vídeo e roda de conversa. Os temas foram selecionados de acordo com as demandas que o corpo docente relatou previamente às internas. No primeiro dia foram abordadas as infecções sexualmente transmissíveis, em que as acadêmicas produziram material de projeção em slides, ponderando a necessidade de adequação da linguagem para não incorrer em jargão e tecnicismo. No segundo dia, utilizou-se a metodologia ativa tempestade de ideias para tratar de gravidez na adolescência, em que os discentes escreveram em cartolinas o que relacionavam ao tema, seguido de explanação com perguntas e respostas, almejando participação ativa da plateia. Por fim, no terceiro dia, os métodos contraceptivos foram ministrados usando slides com figuras, um quadro com os métodos em tamanho real, além da apresentação de um curto vídeo mostrando a utilização dos procedimentos. Em todos os momentos, as acadêmicas abriram espaço para que os estudantes fizessem seus questionamentos numa roda de conversa, tornando a participação mais atrativa. Resultados e/ou impactos: As atividades educativas, sob a forma de metodologias ativas, foram compreendidas como importantes instrumentos de difusão de informações com o objetivo de prevenir problemas e promover a saúde sexual da comunidade. Foi percebida a participação ativa da maioria dos alunos, além do engajamento nas atividades propostas, mostrando interesse pelo tema. Considerações finais: Ressalta-se a relevância das atividades educativas, sobretudo de estratégias que envolvam a participação do público, na formação dos profissionais de saúde na esfera da Atenção Básica, não só durante a graduação, como também no exercício da prática médica. As internas constataram, assim, a necessidade de adequação da linguagem ao público, com o objetivo de tornar a abordagem mais acolhedora e de facilitar o aprendizado.