78: PET saúde 2: Integração ensino-serviço-comunidade
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 01 Sala 04 - Bacuri    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
738 PET/GRADUASUS– UMA VIVÊNCIA POTENTE DE FORTALECIMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE POR MEIO DA INTEGRAÇÃO ENSINO- SERVIÇO-COMUNIDADE
Maria Amanda Duarte Pinheiro, Fabiana Manica Martins, Jardel Veloso, Sabrina Mayumi Melo Taniguchi, Nayara de Oliveira Bitencourt, karoline Gomes Broni da Silva, Rina de Freitas Soares, Karla Ferreira de Lima

PET/GRADUASUS– UMA VIVÊNCIA POTENTE DE FORTALECIMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE POR MEIO DA INTEGRAÇÃO ENSINO- SERVIÇO-COMUNIDADE

Autores: Maria Amanda Duarte Pinheiro, Fabiana Manica Martins, Jardel Veloso, Sabrina Mayumi Melo Taniguchi, Nayara de Oliveira Bitencourt, karoline Gomes Broni da Silva, Rina de Freitas Soares, Karla Ferreira de Lima

ApresentaçãoAs novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) para o curso de medicina preconizam para o acadêmico uma formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética. Visam capacita-lo para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, nos âmbitos individual e coletivo, tendo como principal foco a saúde integral do ser humano, de modo transversal. Para isso, busca articular conhecimentos, habilidades e atitudes que se desdobram, dentre outras, na área da Atenção à Saúde. Desse modo, a participação do acadêmico no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde se faz oportuna e imprescindível objetivando que o acadêmico vivencie, por meio das vivências na Atenção Primária, práticas relacionadas à gestão em saúde, ensino, serviço e comunidade, por meio de uma visão interdisciplinar, nas Unidade Básicas de Saúde de Manaus-AM.DesenvolvimentoAs vivências dentro do PET-Saúde percorrem todos os âmbitos da Atenção primária, oportunizando ao acadêmico a visualização e experimento das práticas e programas ali desenvolvidos. Durante sua realização, iniciada em junho de 2015, o acadêmico pode percorrer desde o espaço físico das Unidades Básicas de Saúde até a participação dos atendimentos ambulatoriais e domiciliares junto aos profissionais da estratégia saúde da família (ESF) bem como participar de forma ativa do diagnóstico situacional, planejamento, procedimentos e ações realizados na UBS.ResultadosAs novas DCN’s ainda estão em processo de implantação e muitos cursos ainda não adequaram as grades curriculares conforme o determinado. Assim, como estratégia de fomento à mudança e para a formação plena do acadêmico de medicina, a participação deste em um programa como o PET-Saúde conduz à experimentação de um contato mais próximo com o serviço realizado pela atenção primária, bem como o contato mais intrínseco com o universo que a permeia, provocando sua aproximação com a comunidade e suas particularidades. Nesse contexto, o acadêmico participa proativamente de todas as ações desenvolvidas pela Equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF), envolvendo-se de forma direta nos processos de Promoção, prevenção e reabilitação da saúde dos usuários do serviço.Considerações finaisVivenciar a Atenção primária por meio do PET-Saúde tem sido uma rica experiência para a percepção da sua importância,  que deve ser explorada e potencializada durante toda a graduação. Tais práticas possibilitam ao acadêmico a visualização da realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e da necessidade da realização de um trabalho interdisciplinar para atingir de forma integral o pressuposto pela Atenção Primária e o almejado pelas novas DCN’s para o curso de medicina.

796 PET-SAÚDE/GRADUASUS: Relato de experiência vivenciada com hipertensos na Unidade Básica de Saúde da Família N24 – Manaus – AM
JARDEL VELOSO, Nayara de Oliveria Bitencourt, Gracivone Lima da Silva, Thais Tibery Espir

PET-SAÚDE/GRADUASUS: Relato de experiência vivenciada com hipertensos na Unidade Básica de Saúde da Família N24 – Manaus – AM

Autores: JARDEL VELOSO, Nayara de Oliveria Bitencourt, Gracivone Lima da Silva, Thais Tibery Espir

OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) N24 por acadêmicos dos cursos de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas na educação continuada a hipertensos do programa HIPERDIA. METÓDO: O encontro aconteceu uma vez por semana no período da manhã em local cedido por membros de uma igreja local. Os temas abordados enfatizavam a importância do exercício físico como tratamento não medicamentoso. As ações realizadas foram: aferição da pressão arterial (PA), medição da razão cintura-quadril (RCQ), roda de conversa entre o grupo de usuários da UBSF, os acadêmicos e profissionais de saúde, tendo como finalidade principal prevenir e verificar o risco de doenças cardiovasculares. Na roda de conversa foi utilizado o cardiômetro, uma ferramenta disponibilizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, onde é possível mostrar a estimativa de morte mensal, semanal e diária causada por doenças cardiovasculares ligadas diretamente a hipertensão, esse instrumento serviu para alertar de forma impactante a necessidade de manter hábitos saudáveis e uma vida ativa com exercícios físicos. RESULTADOS: É possível apontar o grande alcance das atividades desenvolvidas com o grupo de hipertensos, despertando o interesse para uma vida ativa ao saberem os benefícios que o exercício físico proporciona para portadores da patologia, evitando complicações e melhorando a qualidade de vida. CONCLUSÃO: A interação multiprofissional foi um fator chave para o desenvolvimento das atividades, fortaleceu o trabalho em equipe e beneficiou de forma direta o grupo de hipertensos e usuários da UBSF. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É necessário que haja mais informações disponíveis para que as pessoas tenham conhecimento dos benefícios que o exercício físico proporciona e ações que façam que o profissional de educação física se torne obrigatório na atenção básica, assim podendo aumentar a eficiência no trabalho de promoção da saúde e prevenção de complicações causada pela inatividade física.

1380 A integração ensino-serviço-comunidade vivenciada pelo PET-Saúde em uma Unidade Básica de Saúde no interior da Amazônia
Fernanda de Araújo Oliveira, Taianne Kaiena Frota Oliveira, Iana Bruna Parente Cardoso, Nayara Tallita Moreno Rodrigues, Luiz Fernando Gouvêa e Silva

A integração ensino-serviço-comunidade vivenciada pelo PET-Saúde em uma Unidade Básica de Saúde no interior da Amazônia

Autores: Fernanda de Araújo Oliveira, Taianne Kaiena Frota Oliveira, Iana Bruna Parente Cardoso, Nayara Tallita Moreno Rodrigues, Luiz Fernando Gouvêa e Silva

Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), constitui-se uma das ações intersetoriais direcionadas para o fortalecimento da atenção básica através da parceria entre Universidade e serviço integrando docentes, discentes e profissionais da saúde pondo em prática o objetivo principal do Programa: a integração ensino-serviço-comunidade. Objetivo: relatar a experiência de acadêmicos de fisioterapia numa Unidade Básica de Saúde abordando as estratégias e ações adotadas para a integração ensino-serviço-comunidade com a finalidade de promover educação em saúde sobre temas de interesse da população usuária do SUS. Metodologia: No período de maio a outubro de 2017 foram realizadas as reuniões com os grupos tutoriais dos cursos da saúde onde houve a discussão de artigos sobre o Programa para fornecer embasamento necessário à elaboração da avaliação diagnóstica, um instrumento criado para avaliar a percepção dos usuários do SUS e para definir os conteúdos de saúde de seu maior interesse a fim de definir o plano de ação a ser executado pelos grupos tutoriais. A elaboração do conteúdo de cada tema conta com a colaboração dos tutores e preceptores em que eles irão acompanhar as apresentações dos temas junto à comunidade para avaliar e contribuir para que os alunos atinjam o objetivo de passar o conteúdo de forma adequada a compreensão de todos. Ao final de cada apresentação foi avaliada a satisfação do usuário pelo tema através de carinhas de cor correspondente: verde se consideraram a palestra muito boa, carinha amarela se consideraram regular e carinha vermelha se consideraram ruim ou péssima.  Resultados: Através da aplicação da avaliação diagnóstica foi possível definir os temas de maior interesse dos usuários do SUS com relação a educação em saúde. Após a tabulação dos dados da ficha, o tema “Saúde da Mulher” foi eleito para o início das palestras educacionais envolvendo os grupos tutoriais do PET Saúde. As palestras ocorreram com a exibição de banner abordando as mudanças fisiológicas da gravidez, pré-natal, incontinência urinária e atividade física na gravidez, contou com a participação dos usuários da Unidade Básica de Saúde onde eles ouviam as orientações e contribuíram com suas vivências e experiências sobre o tema. Percebeu-se que o conteúdo incontinência urinária foi o de maior interesse dos usuários deste ambiente, pois a maioria questionava e intervia com muitas perguntas sobre os exercícios fisioterapêuticos para o tratamento desta disfunção. A educação em saúde mostrou-se uma estratégia positiva para alcançar o objetivo do PET Saúde: integração ensino-serviço-comunidade, visto que dos 122 usuários, 118 avaliaram a ação como muito boa e apenas 4 como regular, demosntrando a importância do envolvimento da Universidade em parceria com os profissionais da unidade para garantir a qualidade do serviço.  Considerações Finais: Desta forma, percebemos que a metodologia utilizada possibilitou uma experiência enriquecedora tanto para a formação dos estudantes que a desenvolveram quanto para a população a qual foram destinadas as palestras, possibilitando uma maior integração entre ensino-serviço-comunidade e auxiliando no conhecimento das dúvidas e anseios do público-alvo, sendo uma forma de nortear a atuação profissional na Unidade Básica de Saúde.

1457 PET/GRADUASUS NA COMUNIDADE: ÊNFASE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER
Karoline Gomes Broni da Silva, Karla Ferreira de Lima, Sabrina Mayumi Melo Taniguchi, Fabiana Manica Martins, Maria Amanda Duarte Pinheiro, Nayara De oliveira Bitencourt, Jardel Veloso

PET/GRADUASUS NA COMUNIDADE: ÊNFASE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER

Autores: Karoline Gomes Broni da Silva, Karla Ferreira de Lima, Sabrina Mayumi Melo Taniguchi, Fabiana Manica Martins, Maria Amanda Duarte Pinheiro, Nayara De oliveira Bitencourt, Jardel Veloso

INTRODUÇÃO:Segundo a Portaria nº 1.409, de 13 de Junho de 2007 do Ministério da Saúde, Promoção da Saúde é uma “estratégia de articulação transversal capaz de criar mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade e os riscos à saúde das populações.” Diante disso, temos as ações preventivas, que são intervenções que têm como objetivo impedir a emergência de doenças específicas, reduzindo assim sua incidência e prevalência nas populações. De acordo com o artigo de SILVA, et al (2011) sobre o Perfil sociodemográfico e padrão de utilização dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) as mulheres são as que mais procuram pelo serviço e há um aumento de procura em função da idade (12% em 0 a 14anos, 14% em 15 a 59 anos e 23% nos acima dos 60 anos).É relevante ressaltar que a incidência de Câncer no Colo do Útero em mulheres menores de 30 anos é raro, tendo incidência maior na população de faixa etária de 45 a 50 anos (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva –INCA,2015), que segundo os dados citados acima representam apenas 14% da estimativa. Ainda conforme o INCA(2016), o Câncer no Colo do Útero encontra-se em terceiro lugar no ranking nacional de Localização Primária da Neoplasia Maligna nas mulheres com 16,340 casos- para cada 100 mil mulheres- tendo um valor de 15,85 como taxa bruta, ficando atrás apenas do câncer de mama(57,960 casos) e do câncer de cólon e reto (17,620casos), e no Amazonas essa neoplasia lidera o ranking com 680 casos. Diante dos dados, observou-se a necessidade da realização de uma ação educativa em uma das Unidades Básicas de Saúde (UBS) na qual o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET– Saúde – GraduaSUS) está inserido. O PET– Saúde – GraduaSUS é regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010 e visa a educação pelo trabalho, tendo como pilares o ensino-serviço-comunidade, proporcionando ao acadêmico a vivência na Atenção Primária, bem como o desenvolvimento de atividades que beneficiem os usuários da Unidade Básica de Saúde (UBS).OBJETIVO: Compartilhar uma experiência de Promoção e Prevenção realizada por meio do PET/GRADUASUS em uma unidade Básica de Saúde de Manaus. METODOLOGIA: A atividade foi realizada no primeiro semestre de 2017 após a realização do Diagnóstico Situacional na UBS N-57, localizada na Rua Niterói , no bairro Colônia Terra Nova, no município de Manaus – AM. Durante a espera pela consulta, as clientes foram abordadas pelos acadêmicos do PET. Após se identificarem e explicarem a atividade , foram distribuídas algumas cartas coloridas enumeradas de 1 a 10, as quais continham algumas perguntas importantes sobre o assunto.A ação educativa consistiu em um diálogo interativo onde foi falado sobre a doença, diagnóstico, tratamento, prevenção, como o Preventivo que elas iriam realizar. Utilizou-se também peças anatômicas disponíveis na Unidade, bem como uma amostra do kit de coleta do Preventivo, onde cada material foi apresentado e a função de cada um explicada.Ao final, foi solicitado a cada participante que possuía a carta que lesse a pergunta em voz alta para que qualquer uma delas pudesse responder. Entre as perguntas que estavam nas cartas coloridas tínhamos : O que é Câncer no Colo do Útero? Onde fica o Colo do Útero? Quais são os fatores de risco? O que pode acontecer se o Câncer no Colo do Útero não for tratado? Existe prevenção para o Câncer no Colo do Útero? O que é Preventivo? Qual a faixa etária ideal para a realização do exame? Com que frequência o Preventivo deve ser feito? Quais cuidados são importantes tomar antes do exame? Por que o resultado do Preventivo é importante?As perguntas foram elaboradas de forma que as clientes pudessem refletir sobre o tema e não apenas serem ouvintes na atividade. Para transformarem-se de seres passivos, a ativos no processo de aprendizagem.Como disse Paulo Freire em seu livro intitulado Pedagogia da Autonomia (1996), é a partir desse conhecimento de que  “ mudar é difícil, mas não impossível” que será possível programar nossa ação político-pedagógica independentemente do projeto em que estamos engajados.RESULTADOS:O uso dos materiais como as peças, as cartas e a amostra do kit para a coleta do exame certamente foram bastante úteis para tornar a atividade rica e chamativa para as ouvintes, que foram bastante receptivas.De um lado temos a comunidade nos mostrando seus saberes tradicionais e do outro temos a academia levando aos usuários conhecimento científico e nesse meio de interação temos a partilha do saber. Não há um professor apenas, todos somos participantes da construção do conhecimento, passando assim a ter autonomia no processo de cuidado. É esse tipo de experiência que o PET proporciona aos acadêmicos, fazer parte do processo de mudança.Porém, um problema a ser destacados, é o espaço que não dá muitas opções para o uso de metodologias ativas para o público-alvo. Diante disso, vale ressaltar a importância do vínculo da UBS com entidades como escolas e igrejas que disponibilizem um espaço mais amplo para a realização de tais atividades. DISCURSSÃO:Como parte do ofício, a enfermagem tem como papel realizar atividades que promovam educação em saúde na comunidade, trabalhando a prevenção, promoção e reabilitação para atender as reais necessidades das populações (FERNANDES e BACKES,2010).Segundo MIRANDA e BARROSO (2004), é através da problematização que os educandos são chamados à uma reflexão sobre a realidade de forma crítica produzindo “conhecimento e cultura em um mundo e com o mundo.” É nessas horas que o ensino-aprendizagem é colocado em prática: o universitário estuda sobre determinado assunto, planeja o método que irá usar de acordo com seu público-alvo, depois ensina o que aprendeu e aprende com os ouvintes, que também têm muitas experiências para passar.Diante da pergunta sobre quem estava ali pela primeira vez- feita ao final da discussão- duas mulheres se manifestaram e uma delas era uma senhora de aproximadamente 60 anos. Ao final da apresentação, foi questionada sua opinião sobre a atividade e, com um sorriso tímido disse que gostou,  pois antes ela estava com medo e ansiosa por ser a sua primeira vez ali realizando o Preventivo.As atividades educativas, têm como meta fazer com que os usuários tornem-se paulatinamente protagonistas do seu autocuidado, sendo a ação de autocuidado “a capacidade do homem de engajar-se no autocuidado.”( DIÓGENES e PAGLIUCA,2003) Esse é o maior legado que um profissional pode deixar. CONSIDERAÇÕES FINAIS:A oportunidade dos acadêmicos do PET de promoverem a atividade na UBS proporcionou não apenas mais uma vivência, mas também um pensamento crítico sobre a relevância da ação para a comunidade assistida e sobre futuras ações a serem feitas baseadas no Diagnóstico Situacional também realizado pelos acadêmicos do Programa.A Educação em Saúde promovida constantemente é uma ferramenta usada para estimular reflexão e aprendizagem para prevenção em qualquer nível de Atenção, isso gera condições modificadoras em sua área de abrangência e futuramente refletirá na demanda do atendimento e nos Diagnósticos Situacionais, proporcionando qualidade de vida aos usuários.

1630 PET-SAÚDE/GRADUASUS: Relato de experiência com grupo de adolescentes em uma Unidade Básica de Saúde da Família de Manaus- AM
Nayara de Oliveira Bitencourt, Maria Amanda Duarte Pinheiro, karoline Gomes Broni da Silva, Jardel Veloso, Fabiana Manica Martins, Rina Soares, Karla Ferreira de Lima

PET-SAÚDE/GRADUASUS: Relato de experiência com grupo de adolescentes em uma Unidade Básica de Saúde da Família de Manaus- AM

Autores: Nayara de Oliveira Bitencourt, Maria Amanda Duarte Pinheiro, karoline Gomes Broni da Silva, Jardel Veloso, Fabiana Manica Martins, Rina Soares, Karla Ferreira de Lima

INTRODUÇÃO: Observou-se que os adolescentes e jovens compõem boa parte da população da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde da Família.  Por serem considerados pessoas saudáveis, não estão entre os grupos prioritários das ações de saúde, porém atualmente a exposição a violência e outros determinantes em saúde comuns aquela comunidade vem repercutindo diretamente nas condições de saúde dos mesmos. Dessa forma é necessário que os serviços de saúde atendam as demandas especificas desse grupo. OBJETIVO: Relatar experiência vivenciada por alunos do programa PET- Gradua-SUS com grupo de adolescentes na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) N59 em Manaus. METÓDOS: Grupo de adolescentes com encontro mensal durante o período da tarde nas dependências da unidade. Os temas são diversos e partem da demanda exposta por eles como esportes, cinema ou de problemáticas próprias da comunidade, violência, sexualidade e métodos contraceptivos, dengue e cuidado com o meio ambiente. E são expostos através de metodologias ativas, exposição de vídeos, ações na comunidade ou mesmo encontros   externos. RESULTADOS: É[FMM1] possível apontar um grande alcance do grupo, tendo aumentado o número de participantes e interação dos mesmos. Tornaram-se mais críticos, envolvidos com as problemáticas da comunidade e refletindo sobre as transformações de comportamento e adoção de novos hábitos próprios da idade que interferem na saúde. Para os alunos PET, permite vivências que promovem a formação para atuação na Atenção Primária e em ações de saúde no âmbito coletivo. CONCLUSÃO: Ações dessa natureza beneficiam diretamente os jovens, ocupam o tempo ocioso, promovem o senso crítico e protagonismo destes na comunidade e no processo de produção de saúde, além do fortalecer o trabalho em equipe dos profissionais de saúde da unidade. E corrobora com os objetivos do PET de integração ensino-serviço- comunidade visando a formação do profissional de saúde no Sistema Único de Saúde e para atuação no sistema.  

1836 VIVÊNCIAS DA INTERAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE: EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE/GRADUASUS DO OESTE DA BAHIA.
Daiene Rosa Gomes, Bruna Clemente Gontijo, Bruno Klecius Andrade Teles, Flávia Dorneles Clemente Gontijo, Ingridy Caroline Ferreira Silva, Lívia Lima Barreiros, Ludnna Ravanna Maia Baraúna Almeida

VIVÊNCIAS DA INTERAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE: EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE/GRADUASUS DO OESTE DA BAHIA.

Autores: Daiene Rosa Gomes, Bruna Clemente Gontijo, Bruno Klecius Andrade Teles, Flávia Dorneles Clemente Gontijo, Ingridy Caroline Ferreira Silva, Lívia Lima Barreiros, Ludnna Ravanna Maia Baraúna Almeida

APRESENTAÇÃO A formação de profissionais de saúde no Brasil tornou-se objeto de análise e reflexão nas últimas décadas, sendo empreendidos muitos esforços articulados entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação na busca da construção de uma política de orientação de práticas formativas de profissionais de saúde tendo como princípios norteadores as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e o Sistema Único de Saúde (SUS). O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) vem como um instrumento para essa qualificação técnica, científica, tecnológica e acadêmica desses profissionais, fomentando a articulação ensino-serviço-comunidade. Nesse programa os acadêmicos são inseridos precoce e responsavelmente nos serviços de saúde, permitindo a articulação entre discentes, docentes, profissionais de saúde e comunidades, tendo o serviço público de saúde como cenário de práticas. O presente artigo tem como objetivo relatar as experiências de um grupo PET-Saúde do curso de Medicina, na Universidade Federal do Oeste da Bahia, em uma perspectiva crítico-reflexiva da interação ensino-serviço-comunidade. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA O PET-Saúde foi implementado pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde em maio de 2016, contemplando três grupos tutoriais: um grupo do curso de Medicina, um de Farmácia e um de Nutrição, sob a coordenação geral de uma enfermeira vinculada à Secretaria Municipal de Saúde. Cada grupo foi composto por três tutores acadêmicos (docentes da UFOB), três preceptores (profissionais de saúde) e quatro acadêmicos, sendo dois bolsistas e dois voluntários. O PET foi implantado em duas Unidades de Saúde da Família (USF), USF Martina Clara Batista Máximo, no bairro de Barreirinhas e USF Doutor Jaime Lima, no bairro Vila Dulce, cada uma contendo três Equipes de Saúde da Família. A dinâmica de trabalho compreendia reuniões semanais com cada grupo tutorial e quinzenais com os três grupos, realizadas na UFOB e, por vezes, nas USF, com o objetivo de discutir e desenvolver o estatuto do PET-Saúde-UFOB nos primeiros encontros e estudar temáticas pertinentes e necessárias para inserir os participantes no contexto da atenção básica, como histórico de criação do SUS, funcionamento do SUS; redes de atenção de saúde; controle social. Os assuntos eram estudados nas reuniões semanais e o espaço das reuniões quinzenais era utilizado para discuti-los pelo grupo todo, sob uma ótica interdisciplinar. Além disso, os encontros com cada grupo tutorial eram utilizados para definir o planejamento das ações práticas pontuais a serem implementadas e do diagnóstico situacional a ser realizado na comunidade. Este último objetivando identificar problemas na gestão e funcionamento da USF e perfil epidemiológico da população adscrita, sendo utilizado para orientar futuras intervenções em saúde. Os acadêmicos também participaram de uma visita inicial às USF participantes, com a finalidade de conhecer a dinâmica de funcionamento e as relações profissionais, bem como analisar superficialmente a cultura dos usuários e possíveis determinantes de saúde, para relacioná-los com o processo saúde-doença. RESULTADOS No primeiro ano de desenvolvimento do PET-Saúde construímos um embasamento teórico sobre a formação em saúde interligada ao SUS, especificamente na atenção primária a saúde. Posteriormente, estruturamos um instrumento para análise situacional das USF conveniadas ao PET-Saúde/GraduaSUS; após a realização do diagnóstico situacional, pretendemos programar as intervenções a serem realizadas no ano seguinte. Ainda foi elaborado um cronograma para as reuniões gerais e atividades a serem desenvolvidas pelo PET-Saúde. O PET-Saúde tem por finalidade fomentar a articulação ensino-serviço-comunidade na área da saúde e induzir o provimento e favorecimento da fixação de profissionais de saúde capazes de promover a qualificação da atenção à saúde em todo o território nacional. Dessa forma, eventos voltados para a promoção e a educação em saúde são estratégias eficazes para proporcionar visibilidade aos fatores de risco e aos agravos à saúde da população. Nesse sentido, o grupo planejou e executou uma Feira de Saúde numa praça pública onde os membros do PET-Saúde do curso da medicina prestaram serviços de saúde à população, com avaliação de medidas antropométricas (peso e altura), aferição da pressão arterial, teste de glicemia e aulas de dança, com um profissional convidado. Essa atividade apoiou a campanha nacional da luta contra o câncer de próstata (“Novembro Azul”), colocando a população masculina como foco da ação, adicionando-se orientações sobre a saúde do homem e principais doenças que acometem esse grupo populacional, como câncer de próstata e doenças cardiovasculares. Desde o início do projeto, o grupo PET-Medicina encontrou dificuldades para a incorporação de um preceptor médico. Por isso, a preceptoria foi composta por enfermeiras inicialmente. Ao final do primeiro ano duas preceptoras enfermeiras se desligaram do projeto devido a alterações da nova gestão municipal, e um preceptor médico foi integrado ao grupo. Dessa forma, as acadêmicas passaram a acompanhar o atendimento médico, o que foi de grande importância para aprendizado da rotina na ESF, observação de queixas comuns dos profissionais de saúde da atenção básica, da relação entre a equipe de saúde e da relação médico-paciente. O acompanhamento das consultas na ESF também será de grande importância para um diagnóstico situacional mais fidedigno devido às vivências, além de propiciar uma melhor aplicabilidade de futuras intervenções. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo apresentou a experiência da interação ensino-serviço-comunidade de um dos grupos PET-Saúde. A vivência dos diferentes atores no grupo caracterizou uma experiência inovadora e desafiadora, uma vez que exigiu a articulação da instituição de ensino, dos serviços de saúde, dos profissionais e comunidade. Acredita-se que este tenha sido um processo de intenso aprendizado para os acadêmicos, tutores e preceptores inseridos no programa, especialmente no que se refere à realização de ações interdisciplinares no âmbito da atenção básica, cujo objetivo era contemplar o tênue equilíbrio entre as demandas de saúde da população e as possibilidades do Sistema de Saúde de atendê-las. A inserção dos acadêmicos nos serviços trouxe contribuições importantes, já que foi necessário conhecer a rotina das Unidades, os serviços oferecidos e interagir com todos os integrantes da equipe de saúde. A interação ensino-serviço-comunidade é fundamental para a formação de profissionais comprometidos com a proposta do SUS, proporcionando-lhes um contato direto com os problemas da população e instrumentalizando-os para intervir de forma eficaz, com ações coletivas por meio de uma educação preventiva em saúde pública.

2425 Relato de experiência das ações de intervenção do grupo da Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS da UFJF/GV para promoção da educação em saúde em uma Estratégia de Saúde da Família de Governador Valadares-MG.
Larissa de Freitas Bonomo, Liliana Batista Vieira, Melise Rocha Ferreira Bragança, Caroline Assis do Nascimento, Larissa Pereira Matos, Larissa Torres Fernandes, Rosângela Gomes de Souza, Luciana Souza Guzzo

Relato de experiência das ações de intervenção do grupo da Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS da UFJF/GV para promoção da educação em saúde em uma Estratégia de Saúde da Família de Governador Valadares-MG.

Autores: Larissa de Freitas Bonomo, Liliana Batista Vieira, Melise Rocha Ferreira Bragança, Caroline Assis do Nascimento, Larissa Pereira Matos, Larissa Torres Fernandes, Rosângela Gomes de Souza, Luciana Souza Guzzo

Apresentação: Nas últimas décadas, as iniciativas do Ministério da Saúde juntamente com o Ministério da Educação têm fomentado a discussão acerca da construção de uma política de orientação e reformulação da formação e da qualificação dos profissionais de saúde. As Instituições de Ensino Superior, a gestão em saúde, e a comunidade, representada pelos movimentos de controle social, estão diretamente envolvidas nesse processo. O presente trabalho, objetiva relatar as ações de intervenção para promoção da educação em saúde realizadas pelo grupo da Farmácia do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/GraduaSUS) da Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares (UFJF/GV) na Unidade de Atenção Primária à Saúde/Estratégia de Saúde da Família (UAPS/ESF) São Raimundo I e II localizada em Governador Valadares-MG. Desenvolvimento do trabalho: A UAPS/ESF São Raimundo I e II foi um dos cenários de práticas do grupo da Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS da UFJF/GV. Esta unidade de saúde está localizada no bairro São Raimundo, no referido município, abrangendo uma região de aproximadamente 6272 habitantes. Para o planejamento das vivências e ações em saúde, no período de maio a novembro de 2016, o grupo esteve envolvido com a territorialização, diagnóstico situacional e Planejamento Estratégico Situacional (PES). O grupo vivenciou as atividades, por meio de conversas e entrevistas com os profissionais e usuários, visitas domiciliares com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e observação dos serviços prestados na unidade. Após as observações e vivência dos serviços na Atenção Primária à Saúde, o grupo elaborou uma oficina do momento explicativo do PES para que fossem elencados os principais problemas observados na unidade de saúde de maneira colaborativa e participativa entre todos os atores envolvidos, dentre eles discentes, tutores e preceptores do grupo da Farmácia atuantes na UAPS/ESF São Raimundo I e II, além da coordenadora da Assistência Farmacêutica do município, profissionais de saúde (odontóloga, enfermeiros, ACS) e usuários. Na oficina foram elencados os problemas observados na unidade sob a perspectiva dos participantes. Estes foram pontuados e classificados quanto à magnitude, transcendência (interesse em resolver), vulnerabilidade (facilidade em resolver em caso de ter o recurso), urgência (possibilidade de agravamento da situação em caso de não intervir no problema) e factibilidade (existência de recursos disponíveis). O problema priorizado de acordo com os critérios acima foi "Falta de recursos humanos para promover educação em saúde". Após a priorização do problema elaborou-se a matriz explicativa por meio do diagrama de causa e efeito também denominado diagrama "espinha de peixe", cuja construção se iniciou com o problema priorizado a ser explicado, representado pelo rabo do peixe. A espinha dorsal do peixe foi composta dos descritores do problema, ou seja, as evidências ou manifestações que o caracterizam, sendo eles a visão curativa dos usuários em relação à unidade de saúde, realização de grupos operativos focados somente nos funcionários da unidade, falta de atenção farmacêutica na dispensação e falta da equipe multiprofissional nas visitas domiciliares. Construída a espinha dorsal do peixe, fez-se o esqueleto do peixe, ou seja, as causas e consequências do problema e como estas se convergem. Como causa convergente apontou-se a "Falta de uma política municipal de capacitação de recursos humanos" e como consequência convergente "Agravamento da saúde do usuário e sobrecarga do sistema de saúde". A cabeça do peixe é a imagem objetivo e representa a situação desejada pela equipe, a saber, "Promoção da educação em saúde". Os seis meses seguintes foram destinados à execução das ações de intervenção. A primeira ação na UAPS/ESF São Raimundo I e II consistiu-se em uma atividade interativa com usuários diabéticos e hipertensos com o objetivo de promover educação em saúde. Durante a atividade realizou-se a aferição da pressão arterial e da glicemia capilar dos usuários e os discentes os orientaram quanto aos aspectos da hipertensão arterial e do diabetes, além de entregarem uma cartilha com informações sobre a importância da terapia medicamentosa e não medicamentosa nessas condições de saúde. Durante a vivência na UAPS/ESF São Raimundo I e II e com a realização da oficina do PES, percebeu-se que um problema muito recorrente na farmácia distrital da unidade era a falta de informação quanto aos documentos necessários para aquisição de medicamentos, o que gera um transtorno para o paciente que vai à unidade, mas não consegue acesso ao medicamento. Com o objetivo de amenizar esse problema, os estudantes confeccionaram cartazes, nos quais foram descritos os documentos necessários para aquisição de medicamentos de forma ilustrativa, para que ficassem atrativos e didáticos. Os cartazes foram afixados na farmácia distrital da UAPS/ESF São Raimundo I e II e nas unidades de saúde das áreas de abrangência. Devido ao surto de febre amarela ocorrido no município em dezembro de 2016, estendido até fevereiro de 2017 e, considerando que o objetivo principal do grupo, definido pelo PES, foi a promoção da educação em saúde, o grupo viu a necessidade de orientar a população sobre a febre amarela quanto aos seguintes aspectos: meios de transmissão e prevenção, sintomas, ciclo da doença e sobre a vacinação. Para isso, foi realizada uma sala de espera na unidade de saúde, local onde diferentes usuários aguardam pelo atendimento, sendo um espaço interessante para efetivar educação em saúde, contribuindo para promoção da saúde e prevenção de doenças. O grupo do curso de Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS atuante na UAPS/ESF São Raimundo I e II também levou o tema para a Escola Municipal Otávio Soares, que possui em seu entorno bairros carentes, atendendo cerca de 720 alunos, entre eles crianças, pré-adolescentes e adolescentes. O assunto foi abordado no formato de roda de conversa com a distribuição de cartilhas informativas aos adolescentes. Os estudantes da escola municipal apresentaram muitas dúvidas em relação à febre amarela, no que concerne principalmente à vacinação contra a doença, o que demonstra a importância da orientação do profissional de saúde. A última ação foi a realização de um grupo operativo com gestantes cadastradas na unidade, por meio de uma conversa inicial seguida de um "quiz"de perguntas relacionadas à saúde da gestante e do bebê. Resultados e/ou impactos: A partir das vivências experienciadas e conscientes da importância da prevenção em saúde, os estudantes de Farmácia puderam ser disseminadores de informações, em prol da melhoria da qualidade de vida da população. Segundo eles (sic), "a integração entre os atores durante a elaboração da oficina do PES proporcionou um grande aprendizado, pois possibilitou o reconhecimento da realidade do Sistema Único Saúde ainda na graduação". Os usuários mostraram-se receptivos e interessados nas ações de educação em saúde promovidas pelo grupo, e toda a equipe de profissionais da unidade perceberam a contribuição da academia no que concerne ao desenvolvimento da preceptoria e da educação permanente. Considerações finais: As ações de educação em saúde relatadas foram realizadas juntamente com os profissionais de saúde da unidade e estudantes de outros cursos da saúde também integrantes do PET-Saúde/GraduaSUS. Esse fato reforça o papel destas iniciativas como incentivadoras às mudanças curriculares, configurando-as como importantes políticas de indução da ampliação dos apoios institucionais em torno de temas centrais nos processos de reorientação da formação em saúde.

2585 A INFLUÊNCIA DO PET SAÚDE NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DAS DISCENTES DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
NADJA MARIA SANTOS, Thainara Kauanne Pacheco Almeida, Monique Maiara Almeida Oliveira, Flávia Emília Cavalcante Valença Fernandes

A INFLUÊNCIA DO PET SAÚDE NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DAS DISCENTES DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: NADJA MARIA SANTOS, Thainara Kauanne Pacheco Almeida, Monique Maiara Almeida Oliveira, Flávia Emília Cavalcante Valença Fernandes

Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é uma estratégia criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação como objetivo de fortalecer áreas estratégicas do Sistema Único de Saúde (SUS) e promover maior aproximação e interação dos grupos de estudantes com a comunidade assistida pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Por meio da iniciação ao trabalho multiprofissional e interdisciplinar dos estudantes dos cursos de graduação na área da saúde, constituindo-se como uma iniciativa intersetorial direcionada para o fortalecimento da integração ensino-serviço no âmbito da atenção básica. O PET – SAÚDE/GRADUASUS destaca-se a partir de três eixos temáticas: Adequação dos cursos às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), Promoção da integração ensino-serviço-comunidade com foco no desenvolvimento do SUS visando à implementação e dos princípios previstos nos projetos político-pedagógicos dos cursos a partir das DCN, Desenvolvimento da docência e da preceptoria na saúde articulada às necessidades do SUS. O Estágio Curricular Supervisionado I, realizado na atenção primária a saúde, é um componente da matriz curricular do curso de bacharelado em enfermagem, que proporciona ao acadêmico o desenvolvimento de atributos (conhecimentos, habilidades e atitudes) para a realização de ações voltadas ao cuidado integral às necessidades individuais, coletivas e gestão do cuidado em saúde/enfermagem e de serviços de saúde no contexto da atenção básica considerando as políticas de saúde e o cuidado integral ao individuo na área especifica. Os cenários de ensino-aprendizagem são os serviços de atenção primária à saúde no nível local. É o primeiro contato que o discente tem com seu futuro campo de atuação, representando a união da teoria com prática, e consequentemente insere o aluno na prática profissional. Todo esse processo é mediado pela a observação, da participação e da regência, de modo que o discente possa refletir sobre e vislumbrar futuras ações que estarão presentes na profissão. A atenção básica é um conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, ao tratamento e a reabilitação. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada por discentes do curso de Enfermagem da Universidade de Pernambuco (UPE) como integrantes do PET-Saúde e a influência do programa durante o estagio supervisionado Desenvolvimento do trabalho: O PET – SAÚDE/GRADUASUS de acordo com o edital No - 13, DE 28 DE SETEMBRO DE 2015, estabelece as diretrizes para o desenvolvimento do projeto. Com duração de um cronograma previamente elaborado para um período de 24 meses para a execução das atividades, em parceria com as Secretaria Municipal de Saúde do município de Petrolina–PE e Universidade de Pernambuco - Campus Petrolina. O projeto é composto por graduandos, preceptores sendo profissionais assistenciais da zona urbana e rural, além de profissionais de saúde da gestão do município e tutores sendo docentes de instituição de nível superior. O projeto tem como objetivo a interdisciplinaridade, ou seja, a articulação com os diversos cursos da saúde entre eles enfermagem, fisioterapia, nutrição e medicina. Incialmente foram formados subgrupos composto por dois acadêmicos, um preceptor e um tutor. As atividades foram desenvolvidas majoritariamente no campo da atenção básica, onde os discentes foram inseridos dentro do serviço atuando juntamente com os profissionais preceptores do projeto.  As atividades na Unidade Básica de Saúde (UBS) foram desenvolvidas durante um período de 12 meses, com carga horária de 8 horas semanais, cujos encontros aconteceram sob orientação do tutor e coordenação do preceptor. Dentre as atividades desenvolvidas no projeto estiveram à realização de diagnóstico estratégico situacional para identificação da realidade da população assistida pelo serviço, educação em saúde, prevenção em saúde, promoção dos agravos, realização do cuidado continuado através dos programas do Ministério da Saúde (Pré-natal, Consulta de hipertensos e Diabéticos, Puericultura, Consulta Puerperal, realização de coleta de exame citopatológico, Visita domiciliar, entre outros). Durante o estágio curricular supervisionado I essas atribuições também são realizadas pelos acadêmicos no serviço, porém cumprindo uma carga horária semanal maior que a do projeto e contribuindo para fortalecimento da autonomia do discente. Resultados: A Formação dos profissionais de saúde precisa ir além das práticas atuais e avançar no delineamento dos possíveis cenários sociais nos quais estarão inseridos os atuais estudantes, identificando as diferentes necessidades de saúde da população e ampliando o foco da formação profissional. A contribuição do PET para a atuação do acadêmico durante o período de estágio foi relevante, pois possibilitou ao estagiário desenvolver senso crítico e reflexivo frente à realidade do serviço. Dentre as contribuições do PET para o estágio, foram: a vivência no Sistema Único de Saúde, o funcionamento do serviço; o conhecimento da realidade da comunidade; a integração/vivência multiprofissional; o aprendizado clínico, a realização de procedimentos, produção do cuidado no nível de assistência na atenção básica. A Unidade Básica de Saúde ao proporcionar experiências positivas aos acadêmicos de Enfermagem desenvolve um elo entre as instituições de ensino e saúde. Além de contribuir com novos conhecimentos e habilidades necessárias para que o cuidado de enfermagem se torne mais concreto para aos acadêmicos, a cada dia da vivência, podendo ser desenvolvido de modo mais seguro, humanizado e com maior agilidade no fluxo de atendimento. Dessa forma, exercitaram-se as competências de Enfermagem que representam requisitos para a inserção adequada do estudante no mercado de trabalho, por meio de aperfeiçoamento teórico-científico, prático e interpessoal. Considerações finais: Diante do exposto, considera-se que o PET-Saúde/GRADUASUS contribuiu para o estágio curricular supervisionado I das estudantes de enfermagem pautada no posicionamento crítico e reflexivo. Contribuindo com o conhecimento prévio a cerca das habilidades teóricas e praticas do profissional de enfermagem. Possibilitando ao acadêmico integrante do projeto um diferencial ao ser inserido no serviço de estágio.   A participação no programa a permitiu conhecer o ambiente de trabalho do SUS, adquirir novos conhecimentos, produzir trabalhos científicos, interagir com a comunidade na qual esteve inserida e com os profissionais que atuam na saúde do município, valorizar o trabalho em equipe e, sobretudo, reconhecer a importância das atribuições do enfermeiro na atenção básica a saúde. Consequentemente o programa também se torna importante para a construção de um profissional diferenciado.

2649 PET-SAÚDE UPE SERTÃO – AVANÇOS NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE E NA FORMAÇÃO PARA O SUS
NADJA SANTOS, Luciana Nogueira Mendes Caldas, FLÁVIA EMILIA CAVALCANTE VALENÇA FERNANDES, THEREZA CHRISTINA CUNHA LIMA GAMA, Maria Antonieta Albuquerque de Souza Veloso, Maria Elda Alves de Lacerda Campos, Thainara Kauanne Pacheco Almeida, Monique Maiara Almeida Oliveira

PET-SAÚDE UPE SERTÃO – AVANÇOS NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE E NA FORMAÇÃO PARA O SUS

Autores: NADJA SANTOS, Luciana Nogueira Mendes Caldas, FLÁVIA EMILIA CAVALCANTE VALENÇA FERNANDES, THEREZA CHRISTINA CUNHA LIMA GAMA, Maria Antonieta Albuquerque de Souza Veloso, Maria Elda Alves de Lacerda Campos, Thainara Kauanne Pacheco Almeida, Monique Maiara Almeida Oliveira

Apresentação: O PET-Saúde GraduaSUS UPE Sertão envolve a Universidade de Pernambuco (UPE) em dois de seus Campus: Serra Talhada e Petrolina, assim como as secretarias municipais de saúde desses dois municípios. Ao todo, conta com uma equipe de 41 bolsistas e 17 voluntários, empenhados em fomentar na Universidade de Pernambuco as mudanças baseadas em dois eixos: permear o currículo dos cursos com conteúdo pertinente e atualizado sobre a saúde pública brasileira e fomentar o uso de ferramentas de metodologias ativas, assim como a inserção cada vez mais precoce do estudante nos serviços de saúde. Desenvolvimento do trabalho: Com vistas a estas grandes metas, temos desenvolvido seminários, encontros semanais entre preceptores e estudantes, vivenciando o cotidiano dos serviços de saúde e aplicando nesse cotidiano as bases discutidas, reuniões de planejamento e avaliação das atividades, com especial atenção à formulação de espaços para a construção de propostas de disciplinas, cursos e espaços permanentes de formação em metodologias ativas, preceptoria e conformação atual da gestão do Sistema Único de Saúde. Resultados: No início do projeto, em maio de 2016, nos dedicamos ao estudo das DCN's e PPC's, passado esse momento, os preceptores e os estudantes tentaram demonstrar na prática os conteúdos e vivências que identificaram com pouca inserção ou ainda incipientes nos cursos. Trouxemos aos membros dos NDE's propostas de vivências para algumas disciplinas especialmente do eixo de saúde coletiva; montamos uma monitoria que foi experimentada pelos estudantes do PET (atuaram como monitores) para inserção dos estudantes no primeiro ano de curso nos serviços de atenção básica à saúde. O processo era acompanhado pelos preceptores, que traziam nas reuniões quinzenais sua avaliação sobre a prática no serviço, ponderando junto aos docentes e atentamente considerando o olhar do estudante sobre o ganho da aproximação mais precoce do serviço público de saúde. Este processo solidificou-se após o primeiro ano de projeto. Discutir mudança curricular na forma proposta pelo PET-Saúde GraduaSUS constituiu-se um grande desafio. A apropriação da necessidade de mudança, a sensibilização da comunidade acadêmica e a inserção de novos atores nesta discussão – preceptores e estudantes – tem grande potencial e já avançamos bastante nesse sentido. Considerações finais: Os estudantes e preceptores conseguiram apontar sugestões para adequações dos semestres vividos assim como solicitar monitorias em espaços de prática. Nos cursos de Fisioterapia, Enfermagem e Nutrição, identificamos disciplinas que poderão ser oferecidas em caráter multidisciplinar, com estudantes dos três cursos vivenciando juntos o aprendizado. É público e notório que a proposta do PET Saúde contribui enormemente com a qualidade e aprimoramento dos trabalhadores do SUS, dos estudantes em formação, da IES a partir da integração com o ensino-serviço-comunidade, propostas como essas não podem ficar no esquecimento e sim na concretude.  

3949 Integração ensino-serviço-comunidade em Palmas-TO como estratégia para fortalecer o saber-fazer na saúde - Desafio PET-Saúde/GraduaSUS
Milena Alves de Carvalho Costa, Cristina D’Ornellas Filipakis, Juliane Farinelli Panontin, Renata Junqueira Pereira, Juliana Maria Barbosa Bertho Oliveira, Leandro Guimarães Garcia, Micheline Pimentel Ribeiro Cavalcante

Integração ensino-serviço-comunidade em Palmas-TO como estratégia para fortalecer o saber-fazer na saúde - Desafio PET-Saúde/GraduaSUS

Autores: Milena Alves de Carvalho Costa, Cristina D’Ornellas Filipakis, Juliane Farinelli Panontin, Renata Junqueira Pereira, Juliana Maria Barbosa Bertho Oliveira, Leandro Guimarães Garcia, Micheline Pimentel Ribeiro Cavalcante

Apresentação: Em 2015, o Ministério da Saúde/Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde lançou edital para o PET-Saúde/GraduaSUS. Assim, o objetivo deste relato é descrever a construção e desenvolvimento do PET-Saúde/GraduaSUS no município de Palmas-TO. A interação ensino-serviço-comunidade é uma proposta transformadora quando pensada e executada como estratégia de modificação de práticas e reflexão sobre a formação de futuros profissionais da saúde. A inserção precoce de estudantes nos campos de prática pode contribuir para a compreensão do seu papel como transformador da realidade em que vive e, principalmente, como ator na ressignificação dos currículos da área da saúde, tanto na perspectiva metodológica quanto das habilidades e competências necessárias para melhor desempenho profissional. Nesse contexto, professores e profissionais dos serviços de saúde tornam-se essenciais na condução da aprendizagem de forma significativa. Essa vivência, vinculada ao processo ensino-aprendizagem, contribui para formação de profissionais mais autônomos e conscientes do seu papel na sociedade. Em Palmas-TO, a Fundação Escola de Saúde Pública – FESP desenvolveu algumas estratégias com o objetivo de ampliar a discussão da prática em saúde por gestores, professores, coordenadores de curso, gerentes de unidades e serviços e a FESP, influenciando o funcionamento de colegiados locais e promovendo o fortalecimento de comissões de residências. Desenvolvimento do trabalho: O projeto proposto pela FESP teve como grande desafio unir instituições de ensino superior - IES, públicas e privadas de Palmas, que têm nos serviços e unidades de saúde municipais os campos de prática para realização de estágios e pesquisas, em uma proposta viável para desenvolvimento do Programa na capital. O projeto é desenvolvido pela FESP em parceria com a Universidade Federal do Tocantins - UFT e o Centro Universitário Luterano de Palmas - CEULP/ULBRA. São 06 cursos de graduação: Enfermagem, Medicina e Nutrição pela UFT e Farmácia, Odontologia e Psicologia, pela ULBRA. Para desenvolvimento do Projeto foram criados 12 grupos, 06 tutoriais - GT, ou de curso, conforme propostos pelo edital, e outros 06, multiprofissionais, que chamamos de ampliados - GA, e que receberam nomes de etnias indígenas do Tocantins, seguindo a proposta de regionalização da saúde do município: Apinajé, Krahô, Xerente, Karajá, Kanela e Javaé. Com um total de 94 integrantes, o projeto possui 72 bolsistas e 22 voluntários. A fim de alcançar os objetivos do projeto: 1) qualificação dos processos de integração ensino-serviço- comunidade de forma articulada entre o SUS e as instituições de ensino, e 2) mudanças curriculares alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de graduação na área da saúde; foram desenvolvidas atividades tanto nos GA como nos GT. A coordenação Geral do programa ficou responsável pela proposição e desenvolvimento das atividades com os GA, e os coordenadores tutoriais responsáveis pelo andamento das atividades dos GT, sendo que as mesmas são propostas em conjunto entre os coordenadores. Utilizando metodologias ativas, foram trabalhados temas como território, trabalhos em equipe multiprofissional e interdisciplinar, com os GA. Todos os tutores e preceptores participam de momentos de Educação Permanente, em que podem compartilhar suas experiências e anseios, e juntos encontrarem alternativas para alcançar os objetivos propostos. Os GT focam suas atividades nos currículos e nas estratégias para compreender, debater e propor alterações nos planos de curso existentes. A proposta dos dois grupos tem como objetivo potencializar a troca de experiências e reconhecimento da prática profissional, e as discussões sobre os currículos com foco na formação de profissionais com a visão mais ampliada e capaz de desenvolver atividades de forma integrada. Resultados: as reuniões dos GAs e GTs têm ocorrido, em média, duas vezes ao mês podendo variar dependendo das demandas. Além disso, uma vez ao mês todos os integrantes participam do “Encontrão”; momento de troca de experiência com convidados externos que promovem o debate sobre temas específicos que envolvem a formação e atuação profissional. Cada GT desenvolveu um caminhar próprio, o que permitiu alcançar resultados específicos e que refletiam os anseios de cada curso. Todos os estudantes bolsistas se mantiveram, os coordenadores de curso também, com exceção do curso de enfermagem, no qual foi necessária troca. Quanto aos tutores, a mudança foi mais constante, com exceção dos cursos de nutrição, apenas um tutor em cada precisou ser substituído. O curso que menos tutores teve, desde o início e que mais efetivou trocas desses, foi o de Medicina. Isto refletiu diretamente no desenvolvimento das atividades, e adesão de discentes voluntários, já que esses têm papel fundamental como referências nas atividades de revisão de currículo, articulação com colegiado e Núcleo Docente Estruturante - NDE. Foram realizadas visitas aos campos de prática, para reconhecimento, desenvolvimento de ações junto a profissionais e comunidade e realização de levantamentos para futuras intervenções; participação de discentes nas reuniões dos NDE, alterações de ementas, criações de disciplinas já aprovadas em colegiados de curso e mudanças em estágios, com inserção de portfólio reflexivo, metodologias ativas e atividades prévias ao estágio. Além de ações programadas, outras ocorreram que enriqueceram nossa proposta: centros acadêmicos envolvidos com as discussões de formação, profissionais da rede inseridos no processo de ensino, elaboração de planos de trabalho conjuntos, para atividades em campo, e interesse de outros docentes em compreender e contribuir com a proposta. As discussões entre GA e GT têm sido mais ricas que pensávamos quando da proposta de criação dos mesmos. Todos os integrantes estão nos dois grupos, vivenciando experiências diferentes, e quando se reúnem por curso, as discussões são enriquecidas com as mais diversas visões do SUS. Considerações finais: Desde o início sabiamos que o PET-Saúde/GraduaSUS seria inovador e principalmente desafiador. Presenciamos crescimentos individuais, envolvimento e compreensão dos papéis institucionais no processo de debate sobre formação em saúde e principalmente na defesa do SUS. Os GTs propiciaram uma aproximação entre discentes, docentes e integrantes dos NDEs dos cursos. Porém, a discussão nestes grupos permaneceria estritamente acadêmica se não fosse a participação dos preceptores, servidores que atuam nos campos de prática que contribuiram com a construção do conhecimento, trazendo a realidade do SUS para dentro das universidades. De forma semelhante, o PET-Saúde/GraduaSUS proporcionou que discentes e docentes levassem a teoria atualizada para a prática profissional, através dos GAs e das atividades em campo, enriquecendo as discussões com as equipes do SUS. Como resultado dessas aproximações, temos um melhor atendimento aos usuários, que se beneficiam com a integração ensino-serviço, obtendo uma atenção mais qualificada através de profissionais e práticas ressignificadas. Desenvolver atividades a partir do desejo do outro, da realidade com foco na efetivação de mudanças de prática e principalmente, mudanças no pensar formação em e para saúde, é extremamente complexo e enriquecedor. Debater currículo, debater formação, debater a prática profissional tem sido contraditório, confuso, esclarecedor, provocador... saber conviver, respeitar e promover espaços de reflexão sobre o saber-ser, o saber-saber e o saber-fazer individual, do outro e do coletivo é um aprendizado para a vida, e discentes, professores e servidores têm relatado como essa experiência tem mudado a perspectiva que tinham do SUS, da formação e do papel do aluno, como agente transformador do seu processo formativo.

4908 PET/GRADUASUS– UMA VIVÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE
Nayara de Oliveira Bitencourt, Maria Amanda Duarte Pinheiro, Jardel Veloso, Karoline Gomes Broni da Silva, Fabiana Manica Martins, Rina De Freitas Soares, Karla Ferreira De Lima

PET/GRADUASUS– UMA VIVÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE

Autores: Nayara de Oliveira Bitencourt, Maria Amanda Duarte Pinheiro, Jardel Veloso, Karoline Gomes Broni da Silva, Fabiana Manica Martins, Rina De Freitas Soares, Karla Ferreira De Lima

Apresentação As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) para o curso de fisioterapia preconizam para o acadêmico uma formação generalista, humanista, crítica, reflexiva e ética. A formação deve envolver práticas de intervenção nos diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, nos níveis individual e coletivo, visando sempre a saúde integral do ser humano. Para isso, busca articular conhecimentos, habilidades e atitudes que se constrói, dentre outras, na área da Atenção à Saúde. Dessa forma, a participação do acadêmico no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde se faz oportuna e necessária objetivando vivências na Atenção Primária, que permitem práticas relacionadas à gestão em saúde, ensino, serviço e comunidade, associado a uma visão interdisciplinar, nas Unidade Básicas de Saúde de Manaus-AM. Desenvolvimento As vivências dentro do PET-Saúde iniciaram em junho de 2015 e acontecem no campo da atenção primária, oportunizando ao acadêmico a visualização e realização das práticas e programas ali desenvolvidos. O acadêmico pôde participar dos atendimentos ambulatoriais e domiciliares junto aos profissionais da estratégia saúde da família bem como participar de forma ativa do diagnóstico situacional, planejamento, procedimentos e ações realizados na UBS. Resultados As DCN’s estão em processo de mudança e ainda não se adequaram as grades curriculares conforme o determinado. Assim, a participação do acadêmico de fisioterapia em um programa como o PET-Saúde permite um contato mais próximo com o serviço realizado pela atenção primária, provocando sua aproximação com a comunidade e suas particularidades. O acadêmico participa de todas as ações desenvolvidas pela Equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF), envolvendo-se de forma direta nas ações de promoção, prevenção de saúde aos usuários da unidade, além de participar das discussões na Universidade sobre as mudanças curriculares. Atuando dessa forma, como uma estratégia de fortalecimento de mudanças e de formação completa do acadêmico. Considerações finais A experiência de vivência da realidade do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase na Atenção primária, por meio do PET-Saúde permite ao acadêmico a visualização de sua importância e da necessidade de ser explorada durante a graduação. Assim, como a realização do trabalho interdisciplinar para atingir de forma integral o esperado pela Atenção Primária e o almejado pelas DCN’s para o curso de fisioterapia.

507 Integralidade da atenção à saúde e integração dos serviços em uma Estratégia de Saúde da Família do Município de Governador Valadares-MG: Relato de experiência do grupo da Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS da UFJF/GV.
Larissa de Freitas Bonomo, Liliana Batista Vieira, Leonardo Meneghin Mendonça, Melise Rocha Ferreira Bragança, Lucas Rafael Nunes Mendes, Mariana Cristina de Assis Ramos, Jaíne Costa Chaves, Gabriella Freitas Ferreira

Integralidade da atenção à saúde e integração dos serviços em uma Estratégia de Saúde da Família do Município de Governador Valadares-MG: Relato de experiência do grupo da Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS da UFJF/GV.

Autores: Larissa de Freitas Bonomo, Liliana Batista Vieira, Leonardo Meneghin Mendonça, Melise Rocha Ferreira Bragança, Lucas Rafael Nunes Mendes, Mariana Cristina de Assis Ramos, Jaíne Costa Chaves, Gabriella Freitas Ferreira

Apresentação: O presente trabalho, trata-se de um estudo descritivo na modalidade relato de experiência relativo às estratégias e ações adotadas para promover a integralidade da atenção à saúde e integração dos serviços em uma Estratégia de Saúde da Família de Governador Valadares-MG. O trabalho objetiva apresentar as atividades de intervenção realizadas pela equipe do curso de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares, integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/GraduaSUS). Desenvolvimento do trabalho: Em 2016, a Universidade Federal de Juiz de Fora, campus Governador Valadares (UFJF/GV), foi contemplada com o PET-Saúde/GraduaSUS. As ações do programa contribuem com a instrumentalização e direcionamento dos cursos da área da saúde rumo a uma formação acadêmica de qualidade em interface aos anseios do SUS. A Estratégia de Saúde da Família Santa Helena II (ESF SH II) foi o cenário de prática do grupo da Farmácia para a realização das atividades no primeiro ciclo do PET-Saúde/GraduaSUS - UFJF/GV, cujo foco voltou-se para a Atenção Primária. A ESF SH II está localizada no bairro Santa Helena, em Governador Valadares-MG e atende cerca de 2.700 usuários cadastrados. Os primeiros seis meses de vivência na ESF SH II foram voltados para a territorialização, diagnóstico situacional e Planejamento Estratégico Situacional (PES), que se concretizaram por meio de visitas domiciliares, conversas com os profissionais de saúde, observação da rotina do local, entrevista com os usuários e oficinas de planejamento. O grupo elaborou uma oficina do PES com os profissionais de saúde, usuários e representantes da academia, dentre discentes e docentes da UFJF/GV, para discutirem os problemas observados na unidade e as ações de intervenção que poderiam ser desenvolvidas, com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços prestados de acordo com as diretrizes do SUS. A oficina foi realizada para o levantamento dos problemas percebidos de acordo com a visão de cada um dos atores envolvidos, e se caracterizou pela expressão do momento explicativo do PES. Os problemas levantados foram categorizados de acordo com a uma matriz de priorização de problemas que os pontua em uma escala de 0 a 4 (sendo 0 para a inexistência do critério analisado; 1 para pouco; 2 para médio; 3 para alto e 4 para muito alto) quanto à magnitude, transcendência, vulnerabilidade, urgência e factibilidade. O problema priorizado foi a "Falta de integração entre os setores e serviços da ESF SH II". Após a priorização do problema, o grupo realizou uma reunião para iniciar a criação de uma matriz explicativa por meio da construção da "espinha de peixe". Para isto, foram definidos os descritores, as causas e consequências do problema priorizado e a imagem-objetivo a ser alcançada. Os descritores elencados foram: falta de informações dos funcionários sobre os serviços prestados; falta de comunicação entre os funcionários do serviço; falta de padronização dos serviços de saúde prestados e falta de informação dos usuários sobre os serviços ofertados na unidade. As causas e consequências foram agrupadas em uma causa e uma consequência convergente, sendo estas a "falta de capacitação para atuação interprofissional na ESF SH II" e a "visão negativa do serviço", respectivamente. Posteriormente, a equipe do curso de Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS realizou os momentos seguintes de organização do PES, normativo, estratégico e tático-operacional e, finalmente, construiu um projeto de intervenção que objetivou promover o aprimoramento da integração dos setores e serviços prestados pela ESF SH II, estruturado em ações focadas nos profissionais de saúde e nos usuários e que foi implementado nos seis meses seguintes. A primeira ação de intervenção consistiu-se em uma oficina intitulada "Desmistificando a integração dos serviços de saúde na Atenção Primária". A dinâmica da oficina baseou-se em uma abordagem teórica inicial sobre o tema, seguida de uma atividade em que os profissionais de saúde sorteavam frases relacionadas à integração nos serviços de saúde, previamente formuladas pela equipe, e estas foram debatidas por todos os participantes. Em seguida, os estudantes e a preceptora simularam uma situação-problema, para o fortalecimento do conceito de integração, na qual um usuário não tinha suas demandas de saúde atendidas devido à falta de comunicação entre os profissionais de saúde. Em outro momento da oficina, realizou-se um "quiz" de perguntas, com intuito de que os participantes escolhessem entre as opções verdadeira ou falsa para as questões levantadas, utilizando placas coloridas com a especificação de V e F. Finalmente, a atividade foi encerrada com uma reflexão sobre o tema abordado, e os profissionais sugeriram ações de como otimizar o trabalho na unidade. A segunda ação foi a realização de uma dinâmica que se intitulou "Oficina do boneco". A oficina teve como objetivo demonstrar aos participantes a importância do trabalho interprofissional. Os participantes foram divididos em dois grupos: no primeiro grupo foi dada a cada participante a missão de construir uma parte do boneco, mas não poderiam comunicar-se entre si (analogia ao trabalho multiprofissional). Ao outro grupo, foi dada a mesma tarefa, no entanto permitindo a troca de informações entre eles (analogia ao trabalho interprofissional). No final da dinâmica, o boneco feito pelo grupo em que cada um fez uma parte de maneira isolada, ficou completamente assimétrico, muito aquém do boneco feito pelo grupo com livre comunicação entre os participantes. Deste modo, a equipe do PET-Saúde/GraduaSUS promoveu um momento de reflexão quanto à importância do trabalho interprofissional para o sucesso das intervenções em saúde e para a integralidade da atenção. No que concerne às ações direcionadas aos usuários, a equipe se organizou a partir das necessidades locorregionais, criando duas cartilhas com informações sobre os serviços de saúde na Atenção Primária. Em uma das cartilhas estavam contidas informações sobre a assistência farmacêutica no município, e esta foi distribuída na fila de espera para a vacinação contra a febre amarela em uma ação de educação em saúde realizada pelos estudantes, durante três dias consecutivos. Outra cartilha continha informações sobre os serviços ofertados na ESF SH II e pela equipe multiprofissional do Núcleo de Apoio à Estratégia de Saúde da Família (NASF), a qual foi entregue aos usuários durante visitas domiciliares acompanhadas do agente comunitária de saúde, e na sala de espera de um grupo operativo com pacientes/usuários hipertensos e diabéticos. Resultados e/ou impactos: Em uma avaliação de satisfação dos usuários acerca das atividades realizadas pela equipe de Farmácia, estes relataram que as mesmas poderiam acontecer com mais frequência, pois foram atividades objetivas de caráter informacional que auxiliaram na promoção e prevenção da saúde. A população local se mostrou bastante receptiva às ações. Muitas das informações e orientações não eram conhecidas pelos usuários e todos permaneceram atentos e curiosos ao recebê-las. A vivência experienciada também contribuiu para reforçar a importância da interface ensino-serviço-comunidade, uma vez que todos os atores envolvidos, sendo academia, serviço e usuários trabalharam juntos no desenvolvimento das ações, aprendendo uns com os outros quanto à promoção, prevenção e recuperação da saúde e integralidade do cuidado. Considerações finais: O grupo da Farmácia do PET-Saúde/GraduaSUS da UFJF/GV considera que as atividades desenvolvidas alcançaram os objetivos propostos quanto ao fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade, à reorientação da formação em saúde e à educação permanente.

2064 A ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS COMO MEIO DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOBRE DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE GRADUASUS
Deíse Moura de Oliveira, João Vitor Andrade, Tiago Ricardo Moreira, Erica Toledo de Mendonça, Pedro Paulo do Prado Júnior, Pauliana Coelho Garcia, Eveline Torres Pereira

A ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS COMO MEIO DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOBRE DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE GRADUASUS

Autores: Deíse Moura de Oliveira, João Vitor Andrade, Tiago Ricardo Moreira, Erica Toledo de Mendonça, Pedro Paulo do Prado Júnior, Pauliana Coelho Garcia, Eveline Torres Pereira

Apresentação: os pontos de atenção à saúde devem propiciar uma comunicação efetiva entre si, visando a real articulação da Rede de Atenção à Saúde (RAS), garantindo sua responsabilidade sanitária e econômica sobre a população, sobretudo para que o usuário tenha seu problema solucionado. Nesta perspectiva, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), realiza atividades sobre estruturação e funcionamento da RAS, a fim de preparar e capacitar profissionais e futuros profissionais de saúde para atender as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS). Nessa perspectiva objetiva-se relatar a experiência de docentes, discentes e profissionais do serviço na construção de materiais didáticos sobre a RAS no município de Viçosa, Minas Gerais. Desenvolvimento do trabalho: ocorrida no ano de 2017, a experiência se divide em três etapas: a primeira constituiu-se no levantamento de informações concernentes aos pontos de atenção à saúde da RAS, onde os participantes do PET-Saúde foram separados em cinco subgrupos, a fim de coletarem informações quanto ao: Apoio Logístico; Sistema de Apoio Diagnóstico, Assistência Farmacêutica, Sistema de Informação e Vigilâncias em saúde; Atenção Secundária e Terciária; Atenção Primaria como Centro de Comunicação e Governança. Na segunda etapa as informações foram apresentadas aos membros do PET-Saúde e a profissionais da RAS de Viçosa, por meio de uma oficina. Esta se deu de forma dialógica e por meio de uma dramatização sobre os dilemas e potencialidades da RAS em relação ao cuidado com o indivíduo. Após esta dramatização ocorreu uma discussão concernente ao que poderia ser feito para a minimização dos dilemas e fortalecimento das potencialidades da RAS no município As informações coletadas e as percepções dos participantes da oficina foram compiladas em um único documento. Por fim, tendo como base o documento criado na etapa anterior, na terceira etapa o grupo foi dividido novamente, dessa vez em três subgrupos, sendo cada um incumbido de elaborar um material didático, a saber: uma cartilha, um fluxograma e um vídeo sobre a RAS em Viçosa. Resultados e/ou impactos: a primeira apresentação geral dos materiais se deu no mês de novembro, e constituiu um momento onde todos os membros do PET puderam opinar em relação aos materiais elaborados, visando adequações e melhorais. Por meio do entrosamento entre o ensino e o serviço, oportunizados no PET-Saúde, as dúvidas referentes à melhor abordagem da comunidade, pontos da RAS e referência e contra referência da mesma foram sanadas.  Posteriormente os subgrupos se reuniram e implementaram as alterações/adequações solicitadas.  As versões finais dos materiais foram apresentadas no mês de dezembro de 2017, os quais serão posteriormente disponibilizados para os serviços do SUS, sendo o vídeo também utilizado como modo de informação/comunicação sobre a RAS nas redes sociais. Considerações finais: a elaboração destes materiais facilitará o acesso do usuário aos pontos da RAS, por meio de uma linguagem acessível e inclusiva, fortalecendo a importância da informação e comunicação como uma ponte para assegurar a busca pelo direito à saúde pela população.

2492 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE - PET-SAÚDE E SUA INSERÇÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMILIA PANATIS.
Larissa Oliveira Lima Macedo, Isaac Newton Machado Bezerra, Jânio Luiz do Nascimento, Luan Thallyson Dantas de Assis, Laísla Ludmyla Sousa de Farias, Vinicius Costa Maia Monteiro, Jônia Cybele Santos Lima

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE - PET-SAÚDE E SUA INSERÇÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMILIA PANATIS.

Autores: Larissa Oliveira Lima Macedo, Isaac Newton Machado Bezerra, Jânio Luiz do Nascimento, Luan Thallyson Dantas de Assis, Laísla Ludmyla Sousa de Farias, Vinicius Costa Maia Monteiro, Jônia Cybele Santos Lima

Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde) foi instituído pela Portaria Interministerial n° 421 de 2010 tendo por objetivo auxiliar o Ministério da Saúde (MS) em seu papel legitimo de ordenador da formação dos profissionais da saúde, oferecendo apoio as atividades indissociáveis entre ensino pesquisa e extensão, fomentando a efetivação de Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação da área da saúde e fortalecer a interação ensino-serviço-comunidade. Nessa perspectiva, no estado do Rio Grande do Norte (RN) o programa se insere nas disciplinas de Saúde e Cidadania (SACI) e Programa de Orientação Tutorial para o Trabalho Integrado em Saúde (POTI), oferecidas pelo Departamento de Saúde Coletiva (DSC) do campus central em Natal para diversos cursos da saúde. As disciplinas buscam a partir da criação de Grupos de Trabalho (GT’s) levar os alunos dos cursos da saúde para vivenciar a rotina das Unidades de Saúde da Família (USF) onde estão inseridos, sendo obrigatórias para os cursos de medicina, enfermagem e odontologia e optativas para os demais cursos da saúde e áreas afins, provendo bolsas para tutores, preceptores e monitores de diversos cursos da saúde. Objetivo: relatar as experiências de alunos e monitores da disciplina POTI na realização de intervenções em parceria com profissionais da Unidade de Saúde da Família do bairro Panatis, na zona norte da cidade do Natal. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de discentes da disciplina POTI e de monitores do PET Saúde com a realização de intervenções nos períodos letivos de 2016.2, 2017.1 e 2017.2 na USF Panatis. Resultados: A partir da vivencia realizada durante os semestres os discentes juntamente com os profissionais da USF Panatis puderam definir de forma eficaz a área prioritária para realização de cada intervenção. A turma de 2016.2 realizou uma roda de conversa envolvendo o novembro azul. A intervenção foi realizada na área de lazer do bairro, já que devido reforma da unidade temporariamente seu funcionamento se deu nas instalações da mesma, os alunos distribuíram cartazes e conversaram com o público masculino presente sobre a importância da realização do exame de próstata. Em 2017.1 a partir de uma iniciativa dos profissionais da unidade em criar um dia para se cuidar da saúde dos trabalhadores da própria USF, os alunos foram convidados a ajudarem na organização desse espaço, dessa forma a intervenção foi voltada para a criação de oficinas de cuidado utilizando-se as Pratica Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), sendo realizada em dois encontros, a primeira envolvendo a técnica japonesa do Shiatsu, que consiste em uma massagem para liberação da energia chamada no Japão de ki, utilizando-se principalmente os dedos, a técnica foi aplicada em profissionais da USF e em alunos pela psicóloga Edilenira mestre em Shiatsu. No segundo encontro, o Reiki, técnica de estabilização da energia vital e reenergização foi abordada, com a ajuda da mestra reikiana Rejane, que após explicar para os presentes o que é o reike fez a demonstração em alguns alunose profissionais. Para a turma de 2017.2 o Programa Saúde na Escola (PSE) foi o escolhido para realização da intervenção do semestre, e a Escola Estadual Iapissara Aguiar situada no mesmo bairro que a USF o local da intervenção, a pedido da coordenadora a cultura da paz e da não violência os tema a serem abordados com os alunos dos quatro sextos anos existentes, enquanto sexualidade, Infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) e gravidez na adolescência seriam trabalhadas com os alunos dos dois nonos anos, de forma concomitante os profissionais da unidade trabalhariam a Saúde Bucal. Assim, a intervenção foi realizada em dois encontros, no primeiro com as turmas dos sextos anos foi encenada uma peça de teatro fórum falando sobre bullying.A peça tinha inicio no ambiente familiar de um aluno que convivia com um pai opressor, que oprimia sua mãe e que o tratava de forma rude, com xingamentos e ameaças, esse aluno ao chegar na escola reproduzia o comportamento do pai, sendo grosseiros com sua professora e ao se juntar com alguns colegas de classe importunavam um outro aluno durante o intervalo de aulas por ele ser um aluno dedicado, e ninguém fazia nada para ajuda-lo. Após a encenação os alunos da escola foram convidados a tomar o lugar de algum personagem e mudar a realidade que estava sendo exposta da forma que eles acreditassem ser a melhor para resolver aquele caso de opressão, e assim o foi alguns alunos decidiram intervir e tomar o lugar de diversos personagens, desde a mãe do aluno que escutava calada as grosserias do seu esposo, até de outro aluno para impedir que os valentões importunassem seu colega por ser um bom aluno. No trabalho realizado com os nonos anos foi realizada uma roda de conversa e exposição, começando com o relato de uma discente do Grupo Tutorial Panatis sobre sua gravidez na adolescência, momento em que muitas alunas da escola fizeram perguntas, em seguida foi trabalhado as IST’s: HIV/Aids, HPV, Cândida, Herpes e Sífilis, uma apresentação mostrando seus principais sintomas e suas complicações para a saúde foi mostrada aos presentes, após essa abordagem métodos contraceptivos foram apresentados entre eles, a camisinha feminina, o Dispositivo Intrauterino (DIU), o coito interrompido, a camisinha masculina e a pílula anticoncepcional, após as exposições foi aberto para perguntas dos alunos. Durante os encontros a equipe de Saúde Bucal da unidade juntamente com alguns alunos do GT trabalharam a escovação correta e a aplicação tópica de flúor.Conclusão: A inserção dos alunos, futuros profissionais da saúde provenientes de diversos cursos na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio dessa disciplina, vivenciando o dia-a-dia da USF se mostra de extrema importância, tendo em vista que esse primeiro contato serve para quebrar diversos estigmas existentes em relação ao trabalho desenvolvido no sistema público de saúde brasileiro, tido como ineficaz e acomodado, é exatamente nesse momento que se tem a real dimensão das dificuldades enfrentadas pelos profissionais das unidades que se esforçam ao máximo para prestar uma assistência digna aos seus usuários, levando a eles um serviço mais humanizado e respeitoso. O PET Saúde é uma feramente importante para que esses espaços continuem a existir, fortalecendo o SUS e valorizando os envolvidos nesse processo de formar profissionais diferenciados e comprometidos com uma saúde publica digna e resolutiva.