95: Aprendendo a partir da problematização do trabalho em saúde
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 01 Sala 05 - Buriti    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
798 AÇÃO EDUCATIVA COM USO DO LUDICO PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Fernanda Cruz de Oliveira, Claudiane Santana Silveira Amorim

AÇÃO EDUCATIVA COM USO DO LUDICO PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Fernanda Cruz de Oliveira, Claudiane Santana Silveira Amorim

APRESENTAÇÃO: O processo de hospitalização é visto como uma situação de sofrimento e estresse, causado por algum agente patológico que interfere nas funções fisiológicas do organismo tendo necessidade de tratamento e intervenção a partir dos cuidados de uma equipe multiprofissional.  A criança hospitalizada acaba vivenciando essa experiência de uma forma mais complexa ocasionando medo, insegurança e estresse devido todas as mudanças oriundas do processo de hospitalização, que afeta o contexto familiar, social e cultural da criança. O papel de ser criança torna-se sufocado pelas rotinas e práticas hospitalares que tratam a criança como paciente, que necessita apenas de cuidado e que precisa ficar imobilizado e isentos de participar dos acontecimentos ao seu redor. Atualmente, o uso da ludicidade no ambiente hospitalar tem ganhado grande expressividade com a finalidade de minimizar os problemas ocasionados pelo processo de hospitalização e passa ver a criança em seu aspecto biopsicossocial levando em consideração suas fases de desenvolvimento e crescimento. Na pediatria o uso do lúdico auxilia na recuperação da criança doente, minimiza o trauma psicológico da internação, reduz o tempo de internação e facilita o uso de ação educativa para efetividade no cuidado visando à recuperação, reabilitação e manutenção da saúde. A educação em saúde, legalmente, é uma atribuição da Enfermagem e pode abranger diversos temas, ela também deve ser inserida em lugares diferentes, com públicos diferentes, em forma de roda de conversa, palestras, brincadeiras entre outros métodos, mas jamais deve ser esquecida ou menosprezada, pois através de uma boa educação, bons hábitos são adquiridos e o conhecimento é dissipado, já que os ouvintes tornam-se multiplicadores do conhecimento adquirido, além de trocar experiências com os responsáveis pela educação, enriquecendo ainda mais os conhecimentos de ambos os lados. Um bom enfermeiro utiliza vários recursos para manter a educação em saúde no seu ambiente de trabalho, e pode contar com o auxilio dos demais membros da equipe multiprofissional para uma educação continuada e eficaz. As academias, atualmente, estão procurando cada vez mais incentivar esse interesse nos discentes, fortalecendo assim um assunto de alta relevância para a vida profissional e da saúde pública. OBJETIVO: (1) Discutir a importância da ação educativa através do lúdico para crianças hospitalizadas. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado por discentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), a partir da vivência em um grupo de voluntários na região metropolitana de Belém. A ação foi realizada em um hospital público do município de Belém, capital do estado do Pará, na ala de pediatria, no ano de 2017. Utilizou-se o uso de fantoche como lúdico para realizar a ação educativa sobre higiene bucal e outras  atividades,  havendo a entrega de kits de higiene (creme dental, escovas de dente e toalha de rosto) aos pacientes envolvidos. A ação educativa foi realizada na área aberta da ala da pediatria onde existem cadeiras e mesas apropriadas para as crianças, o grupo de discentes levou os kits prontos de higiene oral e um cenário para encenação com o uso de fantoches. A encenação foi dinâmica, pois, além do uso dos fantoches foram utilizadas músicas infantis, brincadeiras e uma breve explanação sobre a importância da higiene oral dentro das atividades. Sendo assim, a ação educativa foi dividida em três momentos. O primeiro momento aconteceu o acolhimento das crianças onde foi realizada uma dinâmica para cada um se apresentar e começas a criação de um vínculo com os discentes, o segundo momento foi explicado o motivo da ação e qual seria o tema bordado, sendo que todo dialogo era feito com linguagem acessível às crianças e por fim, o terceiro momento foi realizado a encenação com o uso de fantoches e falas imitando a voz dos personagens criados. Posteriormente, as demais brincadeiras e a explanação sobre o tema escolhido. Após o terceiro momento foi realizado um feedback envolvendo as crianças e seus responsáveis a fim de perceber o envolvimento dos mesmo com a ação educativa e a sua compreensão acerca do tema abordado. RESULTADOS: A partir da ação educativa foi possível alcançar os objetivos esperados quanto à compreensão das crianças do assunto abordado pelo grupo e, através da estratégia do lúdico também foi possível salientar a importância da higiene bucal e o uso adequado dos materiais entregues ao final da ação. A prática educativa não só contribuiu para o apoio educacional de higienização bucal, mas também, para amenizar o estresse causado pela internação das crianças abordadas, de forma descontraída e com o uso de recursos correspondente para crianças, que causou descontração e contribuiu para uma melhora significativa no humor dos mesmos, reduzindo os choros causados pelo estresse que estavam bem evidentes antes da realização das atividades . CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se concluir que o uso do lúdico no âmbito hospitalar, em conjunto com a educação em saúde, favorece para a efetividade do cuidado a fim de proporcionar uma assistência de qualidade e holística. Através da educação em saúde apresentada de forma lúdica, foi perceptível a interação das crianças hospitalizadas com o envolvimento em todas as brincadeiras, que eram de cunho educativo e ressaltavam a importância da higiene oral, utilizando uma linguagem acessível e compreensiva para a faixa etária, ouve maior liberdade das crianças durante a ação, que foi possível pelo vínculo criando no inicio da atividade e sua resposta emocional (altas gargalhadas). Os acompanhantes ao final da ação relataram de forma verbal a importância dessas atividades que dificilmente ocorrem no ambiente hospitalar. Após a atividade, houve uma roda de conversa entre os discentes da universidade fora do ambiente hospitalar, onde foi discutida a importância da adequação da educação em saúde a todo tipo de público e o quanto atitudes simples podem contribuir para a melhora do quadro clínico dos pacientes não apenas da pediatria, mas como de todas as clínicas do hospital. Através da atividade, houve um grande acúmulo de experiências e mais uma vez pode-se perceber o quanto a enfermagem pode ajudar na execução de atitudes importantes e ao mesmo tempo, simples, dentro de um ambiente que carrega consigo um olhar de dor e sofrimento pelos usuários e seus acompanhantes.

1354 USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO EDUCAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM UM CENTRO COMUNITÁRIO NA CIDADE DE MANAUS
Maria Eduarda Leão de Farias, Bianca Albuquerque Castro, Gisele Reis Dias, Rebeca Arce Guilherme, Ellen Cristine de Oliveira Silveira

USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO EDUCAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM UM CENTRO COMUNITÁRIO NA CIDADE DE MANAUS

Autores: Maria Eduarda Leão de Farias, Bianca Albuquerque Castro, Gisele Reis Dias, Rebeca Arce Guilherme, Ellen Cristine de Oliveira Silveira

INTRODUÇÃO: A prática da educação em saúde proporciona um vínculo com a comunidade na qual se trabalha e quebra a relação vertical que comumente existe entre o profissional da saúde e o usuário, sendo possível desenvolver a troca de conhecimento. O uso de metodologias ativas na educação em saúde, baseiam-se em formas de desenvolver o processo de aprender, utilizando a problematização como estratégia de ensino/aprendizagem, objetivando alcançar e motivar o público alvo, visando às condições de solucionar os desafios das atividades essenciais da prática social, em diferentes situações. Nesse contexto, a criança e o adolescente são vistos como indivíduos em desenvolvimento fisiológico e funcional, expostos a situações de risco na medida em que interagem constantemente com situações e organismos até então desconhecidos. Dessa forma, o uso de estratégias de ensino que tenham caráter recreativo pode ser mais eficaz, por levar em conta as características do desenvolvimento infantil. OBJETIVO: Descrever as práticas educativas vivenciadas com estudantes em um centro comunitário da cidade de Manaus. METODOLOGIA: As atividades foram desenvolvidas por acadêmicos de enfermagem em um centro de ensino religioso localizado no bairro Petrópolis, tendo como público-alvo, crianças e adolescentes que frequentavam o mesmo. O tema trabalhado foi: cuidados com a higiene corporal. As metodologias de ensino-aprendizado foram por meio de vídeos educativos os quais mostraram a importância dos hábitos de higiene para promoção de saúde e prevenção de doenças, dinâmicas e musicoterapia. O processo avaliativo deu-se através da observação direta, aplicação de jogos, e gincana de perguntas e respostas. RESULTADOS: Com o decorrer das apresentações foi possível notar que os assuntos ministrados estavam sendo absorvidos pelo público-alvo através da participação e empenho dos mesmos durante as atividades, os alunos participaram de forma colaborativa e se mostraram interessados no assunto, tirando dúvidas sobre higiene e doenças relacionadas. Este método de ensino faz parte de um processo do desenvolvimento, sendo capaz de contribuir para a aquisição de competências, permitindo que os alunos possam se confrontar positivamente entre si, sabendo a importância dos cuidados pessoais para promoção de saúde e prevenção de doenças. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prática educativa proporcionou uma visão ampliada do conceito de saúde, bem como possibilitou um maior conhecimento sobre a atuação da enfermagem em promover saúde considerando o individual e a coletividade.  Dessa forma, as práticas educativas em saúde são componentes essenciais do processo de aprendizagem, e, quando usadas de maneira participativa e interativa, podem facilitar a produção de conhecimentos para crianças em idade escolar.

1768 METODOLOGIAS ATIVAS EM AÇÕES EDUCATIVAS NO COMBATE AO AEDES AEGYPTI: INTEGRAÇÃO ESCOLA-UBSF
Lethicia Farias Marcino, Helena Pereira Vargas, Karina Sayuri Sugano Chiu, Patricia Duarte da Silva, Fernanda Ribeiro Baptista Marques

METODOLOGIAS ATIVAS EM AÇÕES EDUCATIVAS NO COMBATE AO AEDES AEGYPTI: INTEGRAÇÃO ESCOLA-UBSF

Autores: Lethicia Farias Marcino, Helena Pereira Vargas, Karina Sayuri Sugano Chiu, Patricia Duarte da Silva, Fernanda Ribeiro Baptista Marques

Introdução: Trata-se de um relato de experiência, cujo objetivo é descrever uma educação em saúde realizada com pré-escolares e escolares, na tentativa de sensibilizá-las a respeito às práticas de combate ao mosquito Aedes aegypti e orientá-las a respeito da dengue. Método: a ação foi realizada no dia 27 de setembro de 2017 em uma escola municipal de Campo Grande- MS, com alunos do período matutino e vespertino. A ação foi elaborada de acordo com a faixa etária sendo dividida em três etapas, sendo que a primeira foi realizado um quebra gelo ainda em sala de aula com uma das acadêmicas vestida de professora “maluquinha” questionando e orientando os alunos sobre a dengue e seu vetor, utilizando também amostras das larvas do A. aegypti em um pote e os alados em tubos de ensaio. O segundo momento, foi utilizado um tabuleiro com pré-escolares, o qual é constituído por um dado e cartões de perguntas e respostas para que as crianças pudessem brincar e responder perguntas sobre o tema abordado anteriormente. Posteriormente foi realizada a dinâmica com as crianças maiores de 6 anos as quais foram divididas em grupos e incentivadas a responder perguntas também relacionadas a dengue e seu vetor. E por fim utilizaram cartões representando rostos felizes, indiferentes e tristes para que as crianças pudessem avaliar a ação. Resultados: no quebra gelo as crianças discutiram e compartilharam seus conhecimentos entre si e com as acadêmicas e demonstraram curiosidade com as amostras das fases do mosquito. Já no jogo do tabuleiro foi possível perceber a interação, curiosidade e trabalho em equipe das crianças, apesar de ter sido realizado com pré-escolares foi possível perceber a quantidade de informações que elas já dominavam sobre o assunto, tanto pelo aprendizado na escola quanto pelas práticas do dia a dia.  Posteriormente, na dinâmica elas debateram entre si sobre suas respostas permitindo que as acadêmicas realizassem orientações sobre a temática e por fim as crianças puderam refletir sobre a mudança de seus hábitos de vida. Vale ressaltar que entre as crianças que participaram das atividades, tivemos casos de crianças com Síndrome de Down, atraso no desenvolvimento cognitivo e do espectro autista, o que não impediu que estes participassem das dinâmicas, proporcionando a inclusão e socialização delas com as outras crianças, além de trabalhar o raciocínio e compreensão independente de suas limitações. Considerações finais: a utilização do lúdico com crianças é uma forma eficiente para se trabalhar em uma ação, pois está pode sensibilizá-las e motivá-las a respeito da prevenção e combate à dengue, fazendo com que elas se envolvessem e tivessem curiosidade sobre o tema. Essa educação em saúde pode ser aplicada no âmbito da enfermagem e em outras áreas da saúde, podendo modificar o tema e utilizar outro que se queira transmitir um conhecimento de forma lúdica.

1975 Educação alimentar e nutricional para merendeiras, com uso de metodologias ativas: um relato de experiência de um programa de extensão curricular
Beatriz Mella Soares Pessôa, Rui Barroso Santos Neto, Milena da Silva Galúcio, Adilton Correa Gentil Filho, Micaella Oliveira Costa, Bruno Mendes Tavares, Regismeire Viana Lima, Elisabete Martins de França

Educação alimentar e nutricional para merendeiras, com uso de metodologias ativas: um relato de experiência de um programa de extensão curricular

Autores: Beatriz Mella Soares Pessôa, Rui Barroso Santos Neto, Milena da Silva Galúcio, Adilton Correa Gentil Filho, Micaella Oliveira Costa, Bruno Mendes Tavares, Regismeire Viana Lima, Elisabete Martins de França

Apresentação: Nas últimas décadas, observou-se uma transformação no padrão de consumo alimentar da população brasileira, e consequentemente uma mudança no padrão de saúde. As principais doenças que atualmente acometem os brasileiros são as doenças crônicas não transmissíveis, causadas pelo consumo excessivo de alimentos industrializados e ultraprocessados, em detrimento dos alimentos frescos. Nesse contexto, se torna essencial o estímulo a práticas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) a fim estimular a adoção voluntária de práticas alimentares saudáveis, sendo a escola um ambiente propício para a EAN. Este trabalho trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de medicina em um projeto de extensão curricular, objetivando a realização de educação em saúde com merendeiras do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), por meio de práticas de EAN sobre alimentação saudável. Desenvolvimento: A atividade ocorreu no mês de novembro de 2017, com quatro merendeiras da Escola Estadual Fueth Paulo Mourão, localizada no município de Manaus-AM, sendo desenvolvida por nutricionistas e acadêmicos de medicina através de um Programa de Atividade Curricular de Extensão da Universidade Federal do Amazonas vinculado ao Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE) da referida Universidade.  A metodologia ativa utilizada foi do tipo mapa conceitual em torno do tema “Alimentação Saudável”. Ao redor deste deveriam ser colocadas frases que as merendeiras achassem estar relacionadas ao tema, tendo frases incorretas e corretas. Com o término dos mapas conceituais, foram analisadas as frases selecionadas por todas as merendeiras e em seguida, foi reproduzido o vídeo “Você conhece o guia alimentar para a população brasileira?”. Por fim, foram reforçados os passos para uma alimentação saudável que mais se relacionavam com o ofício das merendeiras em uma apresentação no software Power Point. Resultados: As merendeiras mostraram-se participativas com o decorrer da atividade de mapa conceitual e demonstraram interesse acerca do assunto. Por ser uma escola padrão, e com constantes treinamentos, apresentar sobre alimentação saudável, seus passos e indicações se tornou mais eficaz, com a ativa participação das merendeiras através de perguntas ou relatos da prática cotidiana. As merendeiras relataram a falta de alimentos frescos, como vegetais, o recebimento de grandes quantidades de açúcar para o preparo de alguns pratos e a pouca aceitação da alimentação saudável por parte dos alunos. A palestra possibilitou o esclarecimento sobre produtos processados e ultraprocessados e a importância de evitar o uso de tais gêneros alimentícios, além de incentivar o olhar crítico das merendeiras e o uso da criatividade ao elaborar receitas, preconizando o uso de menos sódio e açúcar. Considerações finais: A atividade realizada com as merendeiras foi de grande impacto em sua educação alimentar, a qual irá refletir na alimentação de diversas crianças da escola onde a ação foi realizada. Por meio da discussão e troca de ideias, foi possível esclarecer mais sobre saúde e alimentação, estimulando, dessa forma, a adoção de medidas que contribuam para uma alimentação escolar mais saudável.

2601 USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NA ABORDAGEM DE SAÚDE MENTAL PARA ADOLESCENTES
CAMILA LEÃO DO CARMO, Thaís Alaíde Reis Meireles, Camilo Eduardo Almeida Pereira, LAIS CRISTINA PEREIRA DA COSTA GOMES

USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NA ABORDAGEM DE SAÚDE MENTAL PARA ADOLESCENTES

Autores: CAMILA LEÃO DO CARMO, Thaís Alaíde Reis Meireles, Camilo Eduardo Almeida Pereira, LAIS CRISTINA PEREIRA DA COSTA GOMES

Apresentação: A juvenilidade é o período que ocorre o confronto de tarefas fundamentais ao desenvolvimento, designadamente o momento de construção da identidade, da autonomia e a procura de novas relações significativas. Segundo Silva (2016) a adolescência é uma fase com mudanças físicas e emocionais importantes para a construção da identidade. Apesar da aquisição de habilidades sociais, se iniciar na infância, é aqui que se consolidam e condicionam as estratégias que poderão ser utilizadas na gestão de situações geradoras de stress. Desta forma, quando o jovem que não conseguiu resolver suas crises dos estágios anteriores de forma benéfica será mais suscetível a ter medos, vergonha, dúvidas e insegurança que poderão estar na base da estruturação de sintomas da ansiedade, podendo desencadear síndromes de ansiedade. Nesse sentido, ter um olhar mais atento à saúde mental de qualquer pessoa, seja em qualquer faixa etária, é fundamental para o desenvolver do cuidado em saúde. O número de pessoas adoecidas mentalmente, na faixa etária entre 12 a 18 anos, estabelecida pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), está mais incidente com patologias complexas que modificam a vida do indivíduo e de sua comunidade de forma extremamente profunda. Infelizmente, as políticas públicas sobre saúde mental para este público ainda são escassas, pois relutam a existir uma necessidade de promover a saúde destes jovens antes que adoeçam, contrapondo as necessidades de atuações emergenciais e curativistas. Abordar sobre esse tema requer práticas humanitárias com bases de reflexão e transformação. A ideia de realizar abordagens dialogadoras por meio de técnicas ativas com estes jovens, é admitir práticas pedagógicas éticas, críticas, reflexivas sobre o assunto e transformadora, ultrapassando as barreiras de autoridade que colocam estes jovens como dominados e sem a capacidade de expor suas angústias e medos por sentir culpa ou receio de errar. Outro aspecto pouco abordado quando se envolve saúde metal é a questão da espiritualidade como parte de sua assistência integral, afinal muitas vezes a saúde é voltada à medicalização. Segundo Salimena et al (2016, p. 4) “a espiritualidade se define como uma das principais fontes de inspiração de autotranscendência do ser humano, sustentando esperanças para construção de uma vida nova” portanto, tem suas influências na saúde mental do indivíduo e deve-se perceber seus intuitos na qualidade de vida deste. Neste sentido este trabalho teve por objetivo de aplicar a roda de conversa, metodologia bastante utilizada nos processos intervenção comunitária que consiste em um método de participação coletiva de debates sobre uma temática, por meio da criação de um espaço acolhedor e de diálogo, nos quais os sujeitos poderão se expressar, escutar os outros e a si mesmos, tendo a problematização, da socialização de saberes e da reflexão voltada para a ação. Descrição da experiência: A ação em saúde se deu em uma escola Estadual do município de Belém, com um grupo de estudantes de faixa etária de 12 a 16 anos e esta foi dividida em dois momentos, um tendo como questões norteadoras a vivências do meio escolar que podem implicar na sua saúde mental e o outro voltado a espiritualidade. No primeiro momento, os participantes juntamente com as facilitadoras, encontravam-se sentadas no chão. No centro do círculo estavam algumas perguntas relacionadas ao tema, como: É normal se sentir menos competente que os outros por causa de uma nota?; É normal brigar com todo mundo por causa do estresse?; É normal sentir medo constantemente?; É normal se sentir culpado por descansar no fim de semana?; É normal não ter tempo para a família?. Cada um dos participantes pegava uma das folhas e compartilhava de forma informal o que pensava a respeito da frase exposta. De forma simultânea à exposição e diálogo sobre as frases, conversou-se sobre temas como, ansiedade, saúde mental e síndrome do pânico. Construiu-se, ao longo da roda de conversa, conceitos sobre saúde mental e reafirmando a importância do cuidado com essa área da saúde na a adolescência. No segundo momento, foi utilizado um jogo chamado Conecta, trata-se de um conjunto de imagens do quotidiano, enumeradas de um a trinta, criado pela Cruzada Estudantil Profissional para Cristo. Cada participante fazia a leitura das imagens respondendo às seguintes perguntas: Qual imagem representa o que você está vivendo?; Qual imagem representa o que você gostaria que já fosse realidade em sua vida?; Qual imagem representa Deus, ou sua crença?; Qual imagem representa o que você já viveu na sua jornada espiritual?; Qual imagem representa o que você gostaria de viver espiritualmente?. A partir dessa dinâmica, pode se trabalhar os jovens na sua integralidade. Resultados: Devido ao público alvo, a escolha da abordagem foi pensada de modo que permitisse o envolvimento destes por se tratar principalmente de dinâmicas que os tornassem ativos na discussão e com uma linguagem clara e juvenil. Notou-se este envolvimento, pois no começo as participantes ficaram contidas, mas foram participando das conversas, fato evidenciado pela argumentação das perguntas das placas que não se restringiram a uma resposta com “sim ou não”, mas com complementos ou exemplos de sua própria experiência com o tema. Na abordagem inicial com as repostas das placas, percebeu-se que as adolescentes interagiram e suas experiências eram bem positivas em relação ao tema. Muitas relataram que de fato não é normal as situações evidenciadas nas perguntas, bem como não se sentiam afetadas pelas mesmas. No entanto, no segundo momento da roda de conversa, a qual foi realizado o “Conecta”, as participantes expressaram mais seus sentimentos, como nas falas expressas pelas imagens de algo que desejam na vida, de dificuldades enfrentadas atualmente, sentimento de medo da solidão que algumas imagens representavam. Pode-se destacar falas que ao serem questionadas com a frase: Qual imagem representa o que você está vivendo? Uma adolescente direcionou sua fala a uma foto que tinha emaranhados fios elétricos o qual disse representar a sua mente, já outra jovem escolheu uma foto que mostrava um pássaro em frente a uma janela e esta por sua vez disse que a mesma se sentia solitária como o pássaro. Foi possível percebeu a representatividade da espiritualidade na expressão dos sentimentos das jovens, pois elas relataram suas experiências com o que acreditam na vida, ao defini-las através de imagens como sinônimo de paz, conforto e porto seguro. A influência positiva da espiritualidade na saúde foi perceptível frente aos relatos de quando precisam enfrentar problemas cotidianos.  Por fim, quando indagadas sobre o evento promovido, as participantes relataram ter gostado da abordagem, pois se sentiram mais à vontade para expor seus sentimentos e seus pensamentos quanto ao assunto; disseram ser este um tema que dificilmente é esclarecido em eventos da escola; bem como também fizeram uma comparação entre a rodada de conversa realizada e as palestras, relatando que este último não lhe eram de grande interesse, pois além de não manterem atenção integral ao palestrante, não tinham participação no processo. Considerações finais: A utilização de metodologias ativas para desenvolver a promoção de saúde mental, proporciona um conjunto de trocas de experiências, conversas, discussão e divulgação de conhecimentos entre os envolvidos nesta metodologia. Desta forma, ao aplicar a socialização de experiências de forma lúdica e livre de pré-julgamentos, além de promover saúde, exerce-se a reflexão de diferentes saberes, proporcionando a alteridade e empatia com relação aos mediadores e os jovens participantes.

2907 DIFERENTES RECURSOS PEDAGÓGICOS NA PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL ATRAVÉS DO PROJETO LEISHNÃO
Karina Sayuri Sugano Chiu, Helena Pereira Vargas, Lethicia Farias Marcino, Juliana Arena Gualhardo, Luciana Virgínia de Paula e Silva Santana

DIFERENTES RECURSOS PEDAGÓGICOS NA PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL ATRAVÉS DO PROJETO LEISHNÃO

Autores: Karina Sayuri Sugano Chiu, Helena Pereira Vargas, Lethicia Farias Marcino, Juliana Arena Gualhardo, Luciana Virgínia de Paula e Silva Santana

Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose adaptada da zona rural para a área urbana, de importante impacto na saúde pública do Brasil; apresenta como fatores de risco o acúmulo de matérias orgânicas em áreas públicas e residências, bem como a alta densidade de cães. Apenas no município de Campo Grande, no ano de 2016, foram notificados 41 casos confirmados e 2 óbitos por leishmaniose visceral. Dessa forma, a utilização de atividades educativas aplicadas a população é uma maneira de elucidá-los a respeito da doença. Objetivo: descrever a realização de educação em saúde elaborada em escolares, professores e pais, pelo projeto LeishNão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na tentativa de sensibilizá-los a respeito das práticas de combate ao flebotomíneo e orientá-los a respeito da leishmaniose visceral humana e canina. Metodologia: Relato de experiência de uma ação, cumprida no dia 18 de novembro de 2017 em uma escola municipal de Campo Grande - MS, com alunos, professores e pais, durante feira de ciências. A ação presente foi dividida em duas etapas: primeiramente com esclarecimentos sobre as formas de transmissão, prevenção e aspectos clínicos da LV, e no segundo momento a amostra dos mosquitos Aedes aegypti e do flebotomíneo da LV em um dos microscópios, com objetivo de compará-los em relação a diferença de tamanho, e observação de lâmina em outro microscópio contendo a forma amastigota. Resultados: a presença de cães no domicílio, referida pela maioria do público atendido, confirmou o contato com o principal reservatório da LV, justificando o conhecimento empírico dos escolares em relação aos sinais e sintomas e medidas preventivas. Além  disso,  dentre os pais e professores foi relatado grande números de casos de familiares que já haviam sido infectados pela LV, justificando também o conhecimento deles a respeito do que se tratava a doença. Porém, foi identificado um conhecimento limitado acerca das formas de transmissão da leishmaniose, devido a correlação com outras doenças e vetores endêmicos na região, interferindo assim nas medidas ineficazes de prevenção da LV adotadas pela população. Considerações finais: o ambiente escolar é propício para se trabalhar conhecimentos e mudanças de comportamento, onde escolares assumem o papel de agentes multiplicadores. Além disso, a utilização de diferentes recursos pedagógicos nas atividades de educação em saúde proporcionou um processo dinâmico de aprendizagem.

2952 ARCO DE MAGUEREZ: PROBLEMATIZANDO A HANSENÍASE COM PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
JOSE CARLOS ARAUJO FONTENELE, Viviane Oliveira Mendes Cavalcante, Sanayla Maria Albuquerque Queiroz, Silvinha de Sousa Vasconcelos Costa, Maria Adelane Monteiro da Silva

ARCO DE MAGUEREZ: PROBLEMATIZANDO A HANSENÍASE COM PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: JOSE CARLOS ARAUJO FONTENELE, Viviane Oliveira Mendes Cavalcante, Sanayla Maria Albuquerque Queiroz, Silvinha de Sousa Vasconcelos Costa, Maria Adelane Monteiro da Silva

A hanseníase é uma patologia causada pelo Mycobacterium Leprae que atinge alguns sistemas do corpo humano como o nervoso periférico e alguns órgãos como a pele, dentre outros destes. Necessário se faz dialogar com os profissionais de saúde acerca da doença, para possibilitar reflexões acerca do cuidado às pessoas. O Método do Arco de Charles Maguerez é uma metodologia de problematização utilizada em situações nas quais os temas estejam relacionados com a vida em sociedade, apresenta um caminho metodológico de reflexão e ressignificação das práticas. Objetivamos relatar um momento de Educação Permanente, em um Centro de Saúde da Família acerca da Hanseníase. Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa de um encontro de Educação Permanente acerca da hanseníase que se deu no Centro de Saúde da Família do bairro Sumaré, Sobral-CE. Participaram da experiência 27 profissionais da saúde, 05 residentes da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF), 01 tutora. Teve como referencial teórico o Método Arco de Maguerez que segue as etapas: observação da realidade, identificação dos pontos-chaves,  teorização, as identificação das hipóteses de solução e aplicação à realidade. A experiência se deu seguindo as etapas do arco, foi disponibilizado na sala quatro folhas afixadas em flip chart onde os profissionais problematizaram a hanseníase em seu território, em seguida elencaram os principais pontos que percebiam com necessários de aprimoramento como poucos casos de pacientes em tratamento, pacientes faltosos nas consultas de doses supervisionadas e um número alto de pacientes com sequelas. Posteriormente os residentes, que facilitaram o momento, realizaram apresentação dialogada acerca da hanseníase, possibilitando que os profissionais refletissem sua prática e reorientassem suas ações no cuidado à saúde das pessoas. Os profissionais discutiram as principais hipóteses para solução dos problemas identificados como aumentar a busca de novos casos, garantir a dose supervisionada dos pacientes em tratamento por meio de busca ativa, promover um grupo de apoio aos pacientes com sequelas da doença. Ao final, foi realizado pactuações com nomes dos responsáveis e datas para início das atividades.   A experiência foi potencial para perceber as inquietações dos profissionais da equipe referente à hanseníase. Por meio da participação sistemática, suscitou a necessidade de qualificação e mudança das práticas dos profissionais. Com o método de problematização Arco de Maguerez, percebemos a participação ativa destes, problematizando e refletindo suas necessidades, soluções a serem aplicadas na realidade na busca de transformar e qualificar sua prática. Diante das necessidades de qualificação das práticas dos profissionais, visando uma assistência qualificada ao cenário da hanseníase, necessário se faz discutir e problematizar.  A Educação Permanente possibilita uma dialética para a transformação das realidades, onde o método de problematização do Arco de Maguerez é uma ferramenta que contribui na busca de soluções, transformação das práticas e  democratização de saberes, possibilitando a reflexão individual e coletiva.

3490 Utilização das metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem e qualificação da prática profissional
Mariana da Roza Andrade Correia, Brigitte Veronique Marie Olichon Gonçalves

Utilização das metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem e qualificação da prática profissional

Autores: Mariana da Roza Andrade Correia, Brigitte Veronique Marie Olichon Gonçalves

A qualificação da preceptoria tem sido um fator crítico de sucesso para a articulação do trabalho e da educação, e iniciativas de mudanças nas práticas educativas e de cuidado têm sido realizadas. O curso “Preceptoria no SUS” é uma iniciativa do Hospital Sirio-Libânes (HSL), em parceria com o Ministério da Saúde, e foi desenvolvido a partir das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de qualificar o exercício da preceptoria na graduação das profissões de saúde, pós-graduação e modalidade residência em área profissional, no contexto do SUS em vários municípios do Brasil. O uso das metodologias ativas tem sido estimulado pelos cursos de graduação, em especial os da área da saúde, com o objetivo de dar conta dos novos perfis delineados para seus profissionais. No curso oferecido pelo HSL, foram utilizados alguns recursos metodológicos, os quais contribuíram para o meu crescimento e para o desenvolvimento de um pensamento mais crítico e reflexivo. Uma das primeiras atividades realizadas no curso e que foi um pré-requisito para a nossa inscrição, foi realizar o Memorial de Trajetória Profissional. Outra ferramenta utilizada pelo curso, para promover o nosso aprendizado através das Metodologias Ativas, foi a formação de pequenos grupos para a realização das atividades. No curso, formamos um total de quatro grupos, sendo dois grupos Diversidade, um grupo Afinidade e uma equipe Diversidade. Dentro dos grupos utilizamos as seguintes metodologias ativas: Situação Problema ou Aprendizagem Baseada em Problemas, onde os problemas são elaborados pelos docentes e devem: ser formulados segundo uma “descrição neutra de fenômenos ou eventos da realidade [...] do modo mais concreto possível”; o compartilhamento da Viagem Educacional, onde falávamos sobre os nossos sentimentos a partir do contexto de um respectivo filme; a narrativa de prática a partir dos disparadores do filme; a simulação que é uma estratégia de ensino que permite que as pessoas experimentem a representação de um evento real com o propósito de praticar, aprender, avaliar ou entender estas situações; o Projeto Aplicativo, que é uma ação cujo objetivo é “desenvolver capacidades para intervir e transformar uma dada realidade, que devem ser potentes, viáveis e factíveis”; o TBL (Team Based Learning), onde as experiências e os conhecimentos prévios dos alunos são valorizados; a Linha de Cuidado e Projeto Terapêutico Singular, além dos pactos de convivência, auto avaliação e o portfólio individual. Além das atividades, o papel das facilitadoras foi de fundamental importância para o meu processo de crescimento dentro do curso. Realizar o curso de preceptoria no SUS foi imensamente gratificante para mim e contribuiu muito para meu crescimento, não somente profissional, mas pessoal. Com certeza não sairei a mesma pessoa que entrei no início do curso; hoje estou mais segura, mais confiante, com mais autonomia em compartilhar meus pensamentos. Aprendi que não existe pensamento ou opinião certa; apenas aprendizados diferentes e que eles se complementam. Me sinto muito feliz com o aprendizado e mais que isso, feliz porque muita coisa que aprendi nesse curso tenho conseguido levar para a minha prática profissional.

4224 Arco de Maguerez: ferramenta para discussão sobre uso de álcool e drogas entre adolescentes.
FELIPE ALVES DE ALMEIDA, CARLOS RAFAEL LOPES DE AZEVEDO, DANIELLE MORAES CRISPIM, KAROLINE COSTA DE SOUZA, MARCELA DOS SANTOS HIPY, NATÁLIA RAYANNE SOUZA CASTRO, RAYSSA THAIS SANTANA DE SOUSA, CAMILA CARLOS BEZERRA

Arco de Maguerez: ferramenta para discussão sobre uso de álcool e drogas entre adolescentes.

Autores: FELIPE ALVES DE ALMEIDA, CARLOS RAFAEL LOPES DE AZEVEDO, DANIELLE MORAES CRISPIM, KAROLINE COSTA DE SOUZA, MARCELA DOS SANTOS HIPY, NATÁLIA RAYANNE SOUZA CASTRO, RAYSSA THAIS SANTANA DE SOUSA, CAMILA CARLOS BEZERRA

INTRODUÇÃO: As ações de educação em saúde permitem ao estudante de graduação um contato mais próximo com a comunidade, ampliando sua concepção diante da realidade do público – alvo. O uso e dependência de substâncias psicoativas constituem um grave problema de saúde pública e os malefícios causados são diversos, como no comprometimento dos relacionamentos afetivos e sociais, tornando-os frágeis e rompendo os vínculos coletivos. Por conseguinte, os usuários acabam marginalizados, apresentando alto risco de morbidade e mortalidade. A dependência química é uma problemática multifatorial e deve ser entendida como uma doença biopsicossocial e questão de saúde pública, pois, envolve não só o dependente, mas a sociedade e, especialmente, seu grupo familiar, acarretando efeitos negativos nessas estruturas. O tema foi escolhido em conjunto com a direção da escola devido ser uma problemática recorrente nas turmas de primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio na instituição. Dessa forma, é de fundamental importância que os estudantes sejam instigados a refletirem sobre as consequências que o uso de álcool e drogas traz para a vida de cada um e como essa atitude pode afetar a sociedade como um todo. A educação é uma ferramenta com potencialidade para transformar os problemas ocasionados pelo uso das drogas, a partir da sua prática no meio dos adolescentes; quando tem o propósito de formar seres autônomos e pensadores sobre a realidade. OBJETIVOS: Relatar experiência de discentes de enfermagem durante ação educativa em saúde para alunos de ensino médio de uma escola pública estadual no município de Manaus. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre a percepção do discente na execução de ações educativas durante a disciplina de Educação em Saúde, na graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas. A base metodológica utilizada na atividade educativa foi o Arco de Maguerez, o qual pressupõe a observação da realidade e seus problemas latentes, o levantamento dos pontos chaves geradoras do problema, a busca na literatura por evidências científicas, a construção de possíveis soluções e a sua aplicação a fim de transformar a realidade local. A metodologia escolhida foi um varal educativo onde cada coluna retratava os danos fisiológicos, psicológicos e sociais relacionado ao uso de álcool e drogas e os órgãos de apoio gratuitos ao usuário e a família na cidade de Manaus. Os discentes de enfermagem foram divididos em três trios e cada um levou um varal educativo para a sala de aula. No final, a turma foi dividida em equipes para ser aplicado um estudo de caso, com o objetivo de trazer um pouco da realidade do assunto abordado anteriormente para discussão em grupo. O turno vespertino possui cerca de 560 alunos divididos em 14 turmas, 6 do 1º ano, 4 do 2º ano e 4 do 3º ano, em uma média de 40 alunos por turma. A faixa etária são adolescentes de 15 a 17 anos, embora existam algumas exceções de alunos com 14 e 18 anos. RESULTADOS: A discussão sobre o uso de álcool e drogas propiciou aos estudantes uma maneira diferente de falar sobre o assunto, através de uma metodologia que despertou curiosidade e que houve participação dos alunos. Observamos um grande interesse em todas as turmas, acreditamos que por se tratar de “iguais”, jovens falando para jovens e de universitários para estudantes do ensino médio houve uma atenção diferenciada. Além disso, procurou – se esclarecer dúvidas e ouvir relatos, saindo do modelo de educação tradicional. Através dos estudos de caso, os estudantes tiveram uma simulação realística onde cada grupo recebia uma história diferente, nelas era colocada sinais e sintomas relacionados ao uso de drogas e álcool onde deveriam descobrir de qual substância se tratava e qual conduta deveria ser tomada diante da situação. Neste momento, observamos uma excelente interação entre os estudantes que se sentiram instigados a desvendar o estudo de caso. Acreditamos que essa metodologia foi fundamental para inseri-los na realidade, devido a história do estudo de caso ser comum no cotidiano desses alunos. Por parte dos acadêmicos essa experiência nos trouxe um olhar reflexivo e pensamento crítico a respeito de como iremos enfrentar os problemas da sociedade daqui para frente. Adquirimos habilidade tanto em grupo como individuais como: pensamento crítico e reflexivo; autonomia; liderança e respeito que serão primordiais para o desenvolvimento das atividades como enfermeiros. A iniciação nas práticas de educação em saúde foi extremamente relevante, pois, qualquer que seja o local de atuação do enfermeiro, hospital ou atenção básica, individual ou coletivamente, a ações educativas são fundamentais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A educação em saúde com ênfase nos efeitos das drogas no organismo e na vida social, junto aos adolescentes foi efetiva na discussão com os estudantes do ensino médio, porém sua efetividade só ocorreu devido a escolha de uma metodologia mais participativa, que permitiu a reflexão, o pensamento crítico e oportunizou trocas de ideias, conhecimentos, experiências e a expressão de sentimentos e inquietações. Ao mesmo tempo, fortaleceu o elo entre os adolescentes e os acadêmicos de enfermagem. Acreditamos que uma prática isolada sobre o tema abordado não será capaz de mudar a realidade desses alunos, é necessária a elaboração de outras metodologias participativas para serem realizadas durante o período letivo. Sendo assim, seria aconselhável a atuação de profissionais da escola em questão ou de um grupo específico, que trate sobre o tema, de forma que atenda a demanda a médio e longo prazo. Por fim, essa experiência nos trouxe contribuições tanto acadêmicas quanto pessoais, mostrou outras possibilidades que desconhecíamos na área de atuação em enfermagem, o de ser educador, pois, todo enfermeiro deve se sentir comprometido em praticar educação em saúde. Posto que a educação é uma ferramenta imprescindível para a alteração de problemas latentes na sociedade, sendo o arco de Maguerez uma ferramenta útil e eficaz para auxiliar essa prática.   Carlos Rafael Lopes de Azevedo¹ Danielle Moraes Crispim¹ Felipe Alves de Almeida¹ Karoline Costa de Souza¹ Marcela dos Santos Hipy¹ Rayssa Thais Santana de Sousa¹ Natália Rayanne Souza Castro1, Camila Carlos Bezerra².   ¹: Discentes do curso de graduação em enfermagem pela Universidade Federal do Amazonas; ²: Professora efetiva da Escola de Enfermagem de Manaus (EEM/UFA

1892 VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO DE APOIO À SAÚDE DE UM IDOSO.
Lethicia Farias Marcino, Anderson de Araujo Martins, Silvana de Castro Souza

VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO DE APOIO À SAÚDE DE UM IDOSO.

Autores: Lethicia Farias Marcino, Anderson de Araujo Martins, Silvana de Castro Souza

Introdução: A visita domiciliar na Estratégia de Saúde da Família constitui uma prática de acompanhamento, orientação e educação das famílias, contribuindo para a aproximação entre os profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde da Família e a população, e na humanização do atendimento. O aumento da população idosa tem estabelecido uma demanda no cuidado com as necessidades humanas básicas da mesma, incluindo alimentação adequada, prática de exercícios, atenção com higiene pessoal, e atenção integral à saúde do idoso, principalmente quando este se encontra com a saúde debilitada. Para isso é necessária à orientação de profissionais especializados e a capacitação dos familiares cuidadores do idoso podendo ser através de vistas familiares conforme a necessidade e realidade de cada família. Objetivo: Conhecer as condições sociodemográficas, sanitárias e de saúde de uma família atendida pelo Programa de Saúde da Família. E propor intervenções em saúde para as necessidades da família conforme a sua realidade, com foco principal no idoso. Metodologia: Este é um relato de experiência de um estudo de caso, com dados obtidos por meio de quatro visitas domiciliares, através de entrevista estruturada e avaliação das condições de saúde da família. E intervenções realizadas por meio de conversa informal e pesquisas fundamentadas sobre cuidados com alimentação e mobilidade do idoso. Resultados: Família de dois adultos, duas crianças e um idoso, renda da família de aproximadamente três salários mínimos, possuem acesso à água tratada e saneamento básico, o idoso encontrava-se acamado devido a uma fratura de fêmur e com anemia discreta, perante a isso, como intervenção á mobilidade aconselhou-se que os responsáveis entrassem em contato com o CRAS e a FUNCRAF para solicitar uma cadeira de rodas ao idoso e um aparelho auditivo, pois devido à idade avançada ele havia perdido uma porcentagem da audição e isso prejudicava sua comunicação com a família e aos demais. Em relação à anemia discreta foi orientado também que o idoso mantivesse em sua dieta alimentos ricos em ferro e vitamina C e devido a sua condição de estar acamado, além da cadeira de rodas ressaltou-se a importância da mudança de decúbito ao longo dia para evitar a formação de úlcera por pressão. Considerações finais: A visita domiciliar de enfermagem é importante tanto para a família em geral como para a orientação com os cuidados relacionados ao idoso acamado, tendo em vista o reestabelecimento e manutenção de sua saúde. Contudo, é necessário que se estabeleça um acompanhamento permanente e prosseguimento das visitas com objetivo se atingir às metas estabelecidas e obter um resultado satisfatório.

668 TRIAGEM PARA SÍFILIS EM AÇÃO INTEGRADA DE SAÚDE EM SANTARÉM-PARÁ
ADJANNY ESTELA SANTOS SOUZA, CLAUDIANNA SILVA PEDROSA, JULIANNE FIGUEIREDO COSTA, LAELIA ANAYSE RIBEIRO MACEDO, ROSÂNGELA CARVALHO SOUSA, YASMIM SILVA SOUSA, RUAN CARLO SOUSA ABREU

TRIAGEM PARA SÍFILIS EM AÇÃO INTEGRADA DE SAÚDE EM SANTARÉM-PARÁ

Autores: ADJANNY ESTELA SANTOS SOUZA, CLAUDIANNA SILVA PEDROSA, JULIANNE FIGUEIREDO COSTA, LAELIA ANAYSE RIBEIRO MACEDO, ROSÂNGELA CARVALHO SOUSA, YASMIM SILVA SOUSA, RUAN CARLO SOUSA ABREU

Apresentação: A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida principalmente por via sexual, mas gestantes podem passar para o bebê durante a gravidez (sífilis congênita). A sífilis adquirida, transmitida por relação sexual sem uso de preservativo, apresenta três fases. Na primeira fase da doença, há uma lesão – úlcera, chamada de cancro duro, que muitas vezes desaparece espontaneamente depois de alguns dias ou semanas, dando a falsa impressão de que o paciente está curado. Num segundo momento, duas ou três semanas após, surge um quadro clínico mais extenso de lesões por todo o corpo – que podem ser confundidas com alergia. O período contínuo, quando o paciente não apresenta sintomas, mas transmite a infecção, é chamado de sífilis latente. Quando a doença não é diagnosticada e corretamente tratada, faz-se um quadro ainda mais grave: o da sífilis terciária, já com manifestações neurológicas. A sífilis congênita persiste como importante problema de saúde pública, apesar da disponibilidade dos insumos necessários para a sua prevenção. É um agravo que pode ser totalmente evitado, caso a gestante e seu parceiro sexual sejam diagnosticados e tratados adequadamente durante o pré-natal. Em São Paulo a taxa de prevalência de sífilis em gestantes foi de 1,6%, e 40% dos casos de sífilis na gestação sem tratamento resulta em morte fetal, causando aborto espontâneo e natimorto ou, ainda, morte neonatal precoce, segundo estudo realizado no ano de 2004 em parturientes de 15 a 49 anos de idade. Apesar do diagnóstico e do tratamento serem rápidos, dados do Ministério da Saúde revelam que o número de casos notificados de sífilis adquirida, passaram de 1.249 em 2010 para 65.878 em 2015 – ou seja, um aumento de mais de 5.000% em apenas cinco anos. A Organização Mundial de Saúde – OMS estima que, a cada ano, quase seis milhões de pessoas são infectadas pela sífilis. Por não ter vivido tanto a epidemia de sífilis nas décadas anteriores, a população mais jovem pode estar se descuidando dos métodos de prevenção – o que é temeroso, pois a única forma de prevenir a sífilis é através do sexo seguro. Considerando, que a doença na fase latente é assintomática, a melhor forma de descobrir se está com a doença, é por meio de testes disponíveis nas unidades de saúde, pois, uma vez diagnosticado, o paciente recebe o tratamento adequado. Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de sífilis em pessoas atendidas em uma Ação Integrada de Saúde (AIS), por meio da realização de teste rápido na orla fluvial de Santarém-Pará. Método: O estudo foi realizado por alunos e professores do segundo semestre do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA). A trajetória metodológica obedeceu à Metodologia da Problematização - MP, que usa  como ponto de partida a realidade do sujeito, o cenário no qual está inserido e onde os vários problemas podem ser vistos, percebidos ou deduzidos, de maneira que possam ser estudados em conjunto ou em pares. O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) do curso de Enfermagem da UEPA valoriza as metodologias ativas, dentre elas se destaca a problematização que segue o método descrito pelo Diagrama de Charles Maguerez, também conhecido como Método do Arco ou Arco de Maguerez, ocorrendo em cinco etapas: 1ª Etapa: observação, observou-se na literatura e nos meios de comunicação um elevado índice de sífilis na população, inclusive alguns estudos apontam que atualmente o Brasil passa por uma epidemia de sífilis; 2ª Etapa: pontos chave, consistiu na identificação do problema que requer solução – elevada incidência de sífilis; 3ª Etapa: teorização, ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica para fundamentação teórica do problema identificado; 4ª Etapa: hipótese de solução, consistiu nas discussões para encontrar alternativas para minimizar ou resolver o problema identificado; 5ª Etapa: Aplicação à realidade, nesta etapa foi realizada Ação Integrada de Saúde (AIS) na orla fluvial de Santarém com abordagem e convite aos transeuntes, acolhimento, realização de teste rápido para triagem de sífilis, orientação sobre prevenção de IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis), distribuição de material educativo e preservativos. Esta etapa ocorreu no dia 20 de outubro de 2017 e contou com o apoio e participação da equipe do CTA-Estadual (Centro de Testagem e Aconselhamento). O teste rápido utilizado na ação para triagem da infecção pelo Treponema pallidum baseia-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral, que permite a detecção dos anticorpos específicos anti-T. pallidum no soro ou sangue total, com uso do kit Teste Rápido Alere Sífilis, distribuído aos CTA’s pelo Ministério da Saúde. Resultados: Na AIS foram atendidas 133 pessoas com a realização de teste rápido de triagem para sífilis, sendo 73 (54,9%) do sexo feminino e 60 (45,1%) do sexo masculino, com idade entre 15 e 80 anos, a maioria 106 (79,7%) na faixa etária de 15 a 30 anos de idade. Das 133 pessoas atendidas 2 (1,5%) apresentaram resultado positivo no teste rápido, ambas do sexo feminino com 18 e 48 anos de idade, respectivamente. As pacientes receberam orientações e foram encaminhadas ao CTA para realização de testes de titulação juntamente com seus parceiros. Considerações finais: Embora o percentual de detecção de sífilis na AIS, possa parecer baixo (1,5%), chama atenção, pois, a doença pode ser assintomática e passar despercebida aumentando a chance de transmissão. A realização de testes rápidos permite o diagnóstico, possibilitando tratamento adequado, interrompendo a cadeia de transmissão. Ainda existe muito desconhecimento sobre a doença, não apenas em relação ao risco de contágio, mas também em relação às consequências da infecção. É necessário destacar que a sífilis pode causar aborto, comprometer seriamente o sistema nervoso central, levando a doenças neurológicas, como quadros de demência, manifestações auditivas, oculares, e ainda manifestações cardíacas e ósseas. O diagnóstico é fácil e está disponível em qualquer Unidade de Saúde (US), não há custos, e o resultado fica pronto em apenas dez minutos. A Metodologia da Problematização utilizada neste estudo permitiu aos alunos maior contato com a comunidade e com a sua realidade, possibilitando a identificação de problemas, reflexão sobre as formas de solução e/ou minimização e ação concreta de solução e/ou minimização dos problemas junto à comunidade, contribuindo com a formação de profissionais críticos, reflexivos e transformadores da realidade.

916 DOENÇAS METABÓLICAS IDENTIFICADAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO
ADJANNY ESTELA SANTOS SOUZA, IZABEL ALCINA SOARES EVANGELISTA, JOCIREUDO JESUS CARNEIRO AGUIAR, ADRIELE PANTOJA CUNHA, ANDREI DIAS LIRA, CAMILA CASTILHO MORAES, TAINÃ SILVA LOBATO

DOENÇAS METABÓLICAS IDENTIFICADAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO

Autores: ADJANNY ESTELA SANTOS SOUZA, IZABEL ALCINA SOARES EVANGELISTA, JOCIREUDO JESUS CARNEIRO AGUIAR, ADRIELE PANTOJA CUNHA, ANDREI DIAS LIRA, CAMILA CASTILHO MORAES, TAINÃ SILVA LOBATO

Apresentação: As doenças metabólicas são resultado de alterações no metabolismo ácido-básico, lipídico, de carboidratos, proteínas, entre outras que contribuem para o surgimento de alguns distúrbios resultantes de vários fatores que comprometem a qualidade de vida e o funcionamento do organismo. As doenças metabólicas mais comuns são: dislipidemias; hipertensão arterial; distúrbios metabólicos da glicose (hipoglicemia, hiperglicemia e diabetes); síndrome metabólica e obesidade. O conhecimento sobre a ocorrência de doenças metabólicas e de fatores que predispõem ou agravam essas doenças constitui instrumento importante para a prevenção primária, diagnóstico, tratamento e controle, permitindo a identificação precoce dos indivíduos de maior risco, que se beneficiarão de intervenções que minimizem essas doenças e suas complicações. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo identificar as principais doenças metabólicas que acometem funcionários de uma instituição de ensino do município de Santarém-Pará. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de uma pesquisa descritiva de campo, com ênfase na pesquisa-ação, de acordo com a metodologia da problematização – MP, instituída no Projeto Pedagógico do Curso - PPC do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA). O estudo foi realizado por alunos e professores do terceiro semestre do curso de Enfermagem. A Metodologia da Problematização usa como ponto de partida a realidade do sujeito, o cenário no qual está inserido e onde os vários problemas podem ser vistos, percebidos ou deduzidos, de maneira que possam ser estudados em conjunto ou em pares. Foi utilizado o método descrito pelo Diagrama de Charles Maguerez, também conhecido como Método do Arco ou Arco de Maguerez, ocorrendo em cinco etapas: 1ª Etapa: observação, observou-se na literatura e nos meios de comunicação uma elevada incidência de doenças metabólicas na população, fato que foi também observado na escola após uma investigação com realização de entrevista com questões sócio demográficas comportamentais, histórico familiar, avaliação antropométrica e realização de exames bioquímicos; 2ª Etapa: pontos chave, consistiu na identificação do problema que requer solução – doenças metabólicas na escola; 3ª Etapa: teorização, ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica para fundamentação teórica do problema identificado; 4ª Etapa: hipótese de solução, consistiu nas discussões para encontrar alternativas para minimizar ou resolver o problema identificado, nesta etapa se planejou uma ação com os funcionários da escola; 5ª Etapa: Aplicação à realidade, nesta etapa foi realizada Ação Integrada de Saúde (AIS) na escola, com a entrega e discussão dos resultados das avaliações aos participantes, também houve prática de atividade física e realização de atividades de educação em saúde, na qual os participantes foram orientados sobre a prevenção e controle das doenças metabólicas. Os participantes da pesquisa foram os funcionários de uma instituição de ensino fundamental do município de Santarém, num total de 31, incluindo indivíduos de diferentes gêneros, faixa etária, profissões e outras características. A coleta de dados foi realizada por meio de formulário de entrevista com questões sócio demográficas comportamentais, histórico familiar, antropométricas e bioquímicas. A avaliação antropométrica foi realizada por meio do índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). Foi realizada a mensuração da PA (sistólica e diastólica). Foram realizados exames bioquímicos para determinação da glicemia, colesterol total, triglicerídeos e colesterol-HDL por meio de método enzimático-colorimétrico. O LDL-colesterol foi calculado pela fórmula de Friedewald. Determinou-se a prevalência de síndrome metabólica de acordo com os critérios estabelecidos na I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica  e determinou-se o escore de Framinghan utilizando o aplicativo disponível na página da Sociedade Brasileira de Cardiologia (www.cardiol.com.br), em seguida foi realizada a classificação de risco de desenvolver DAC nos próximos 10 anos, ou seja: baixo (< 10%), médio (10% a < 20%) e alto risco (≥ 20%). O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UEPA obtendo aprovação conforme parecer 1.318.965, estando em conformidade com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Foram analisados formulários respondidos por 31 funcionários da instituição de ensino, sendo que a maioria era do sexo feminino (90,3%), pardos (74,4%), com ensino superior completo (64,5%) e com renda mensal de menos de dois salários mínimos (51,7%). Em relação ao tempo livre para o lazer 77,4% afirmaram que possuíam tempo. Quando perguntado se os entrevistados praticavam atividade física regularmente, 61,2% afirmaram que sim. A maioria dos entrevistados afirmou não ter hábito de fumar e nem de ingerir bebida alcoólica. A maioria dos participantes (61,3%) não apresentava sintomas comuns de doenças metabólicas. As principais doenças metabólicas encontradas nos participantes da pesquisa na instituição de ensino foram: 90,3% dislipidemias e 35,4% obesidade. Em relação a classificação do risco coronariano de acordo com Escore de Framinghan (ERF), observou-se que 90,3% dos funcionários encontravam-se na classificação de baixo risco, representando um resultado satisfatório, considerando que 35,4 % dos entrevistados foram considerados obesos. Destaca-se que a obesidade é um dos principais fatores que aumentam o risco. Considerações Finais: Os resultados mostraram que a obesidade e as dislipidemias foram as doenças mais prevalentes entre os pesquisados. E este dado é preocupante, uma vez que, as doenças encontradas são fatores de riscos para outras doenças metabólicas que diariamente são capazes de causar a morte de diversas pessoas no mundo inteiro. Os resultados evidenciam a necessidade de implantação de políticas públicas mais adequadas capazes de evitar o agravamento do quadro exposto e investimentos em pesquisas sobre a saúde desta população, a fim de promover a prevenção, estimular a prática de atividade física e mudanças de hábitos alimentares tendo como consequência a diminuição da prevalência de novos casos de doenças metabólicas. O profissional de saúde possui um papel de extrema importância, pois o mesmo tem a responsabilidade de estabelecer estratégias de intervenção com ênfase na prevenção, por ser embasado em conhecimentos científicos. Utilizando seu papel de educador, deve conscientizar a população de que a adoção de um estilo vida saudável, controle do peso corporal e a prática regular de atividade física ajudam a combater o sedentarismo, melhorando e reduzindo os índices de doenças metabólicas. A Metodologia da Problematização utilizada neste estudo permitiu aos alunos maior contato com a comunidade e com a sua realidade, possibilitando a identificação de problemas, reflexão sobre as formas de solução e/ou minimização e ação concreta de solução e/ou minimização dos problemas junto à comunidade, contribuindo com a formação de profissionais críticos, reflexivos e transformadores da realidade.

2828 METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE HIGIENE ENTRE CRIANÇAS RIBEIRINHAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO REALIZADA NA ILHA DE COTIJUBA/PA
Jhemily Aires Amorim, Thainara Braga Soares, Ana Flávia Silva dos Anjos, Luane Freitas de Araújo, Bruna Fonseca Maia, Jailma Bendelaque Sousa, Maria de Nazaré Gonçalves Pereira, Shirley Aviz de Miranda

METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE HIGIENE ENTRE CRIANÇAS RIBEIRINHAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO REALIZADA NA ILHA DE COTIJUBA/PA

Autores: Jhemily Aires Amorim, Thainara Braga Soares, Ana Flávia Silva dos Anjos, Luane Freitas de Araújo, Bruna Fonseca Maia, Jailma Bendelaque Sousa, Maria de Nazaré Gonçalves Pereira, Shirley Aviz de Miranda

Apresentação: O trabalho a ser descrito integra atividades do projeto de extensão “Cuidando e Brincando” e foi delineado durante a disciplina de Tópicos Integradores da Faculdade Metropolitana da Amazônia (FAMAZ). O uso das metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem tem sido utilizado no processo de formação de profissionais de saúde, assim como pode ser percebida como importante instrumento na realização de atividades de educação em saúde, onde, por meio da utilização do Arco de Charles Maguerez e baseados na metodologia da problematização é possível desenvolver atividades mais direcionadas para as necessidades de intervenção e/ou construção de conhecimento, que possibilitem a mudança de realidades. Percebe-se que muito está sendo feito em políticas públicas, em busca da melhoria da qualidade do atendimento do serviço oferecido pelo SUS, no entanto, às margens dos rios, as chamadas comunidades ribeirinhas por vezes ainda vivenciam no cotidiano a ausência ou grandes fragilidades das políticas e serviços de saúde nos seus vários níveis de complexidade, somadas ao isolamento geográfico, dificuldade de acesso e falta de profissionais, o que acarreta em diversas ocasiões o  não cumprimento integral dos direitos à saúde e a universalidade da assistência. Na região Amazônica, especialmente nas comunidades ribeirinhas, notam-se muitos desafios na promoção da saúde, sendo ainda mais perceptível as fragilidades no que se refere as crianças escolares, onde temas como cuidados com a higiene pessoal representam elementos significativos na manutenção da saúde.  Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada em uma atividade educativa, desenvolvida por meio de metodologias ativas sobre a higiene corporal por acadêmicas de enfermagem, com 35 crianças de 05 a 07 anos que residem na Ilha de Cotijuba, em Belém do Pará. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência sobre uma ação educativa com a abordagem sobre cuidados com a higiene entre crianças ribeirinhas, que aconteceu no dia 23 de Novembro de 2017. Participaram 35 crianças na faixa etária entre 05 e 07 anos de idade. Durante quatro meses no decorrer da disciplina de tópicos integradores, houve a imersão nas metodologias ativas com ênfase no Arco de Charles Maguerez e suas etapas, que se constituem em: identificação de problemas; pontos-chave; teorização; hipótese e aplicação/ intervenção na realidade. Assim, no dia 06 de outubro foi realizada uma visita à creche municipal da ilha de Cotijuba para realizar uma aproximação com os gestores, professores, crianças e outros trabalhadores no intuito de identificar quais seriam os problemas mais relevantes no ambiente escolar e assim delimitar que temática utilizar. Posteriormente a visita foi definida a importância em se desenvolver atividades voltadas para os cuidados com a higiene, pois houve relato de muitas fragilidades no que se refere a higiene. Assim, durante várias semanas houve a imersão teórica, visualização de vídeos na busca de elaboração de um estratégia de ensino-aprendizagem que privilegiasse a construção do conhecimento entre as crianças e os acadêmicos. Considerando a importância do lúdico e da fantasia, optou-se por realizar um peça teatral de uma história criada com personagens clássicas, personagens infantis e de fácil identificação para as crianças, sendo elas: Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Mulher Maravilha, Magali, Chapeuzinho e uma Fada. A ação se deu em dois momentos. A ação se deu em dois momentos. No primeiro momento, mesclamos as histórias das personagens com a finalidade de abordar o déficit de higiene pessoal e as consequências para a saúde, alertando as crianças sobre a importância de bons hábitos diários de cuidados pessoais. As personagens apresentavam alguns problemas de saúde, consequência da falta de higiene pessoal, onde preocupou-se abordar os assuntos sobre higiene de maior relevância na infância, como pediculose, cerume, lavagem das mãos, escovação dos dentes e banho diário. Após a peça, foram realizadas perguntas a respeito da falta de higiene das personagens e foi ensinado sobre a escovação correta dos dentes utilizando-se de uma prótese produzida com E.V.A e garrafas PET, houve grande participação das crianças, no qual elas repetiam os movimentos da escovação. Já no segundo momento, foi feita a pintura das mãos com tinta guache removível, em que, as crianças pressionaram a mão pintada em um grande painel em formato de dente. Foi ensinada e acompanhada a lavagem das mãos das crianças, sendo alertado que não deveria ficar nenhuma mancha de tinta nas mãos. Durante toda a atividade da lavagem das mãos, foram utilizadas músicas infantis referentes a higiene pessoal. Foram realizadas brincadeiras e foi entregue a todas as crianças presentes kits de higiene pessoal, contendo: sabonete, toalhinha de mão, creme dental, escova de dente e pente fino. Ao final da ação, as crianças demonstraram felicidade com a visita e com os brindes, abraçando e conversando sobre hábitos de higiene que a família adotava em casa. Resultados e/ou impactos: A creche onde ocorreu a ação possibilita para os pais fazerem suas atividades de pesca, oferta de serviços no turismo local, serviços de casa e outros, encontramos muitas crianças que relatavam não morar com os pais, mas sim com avós ou outros familiares. Na ação realizada, as crianças demonstraram pouco conhecimento sobre a higiene corporal, porém estavam bem interessadas em aprender, participando ativamente da ação. Evidenciou-se que as causas para o problema da falta de higiene seriam a prática incorreta de escovação e a ausência de outros hábitos de higiene, em virtude da pouca idade das crianças e também pelo fato dos pais não realizarem a higiene apropriada das crianças em suas casas, sendo a questão financeira e acesso à informação, os principais motivos que os levam a vivenciar essa realidade. Durante a ação percebeu-se a necessidade de integrar os familiares dessas crianças em ações de educação em saúde, com o objetivo de salientar a importância de zelar pela saúde da criança, visando a educação em saúde para toda a comunidade. Considerações finais: O desenvolvimento do trabalho com crianças de 05 a 07 anos, permitiu constatar que ao realizar uma ação com essa faixa etária, é imprescindível a escolha de uma metodologia adequada para o público alvo, levando em consideração a idade. Ações de educação à saúde são importantes para sensibilizar a comunidade da importância de adquirir hábitos de higiene pessoal, garantindo uma atenção integral de promoção da saúde. O reconhecimento prévio da realidade da comunidade, levou à sugestões de vários temas que foram destacados durante visita na creche. Devido a vários fatores observados, foi constatado que durante a infância torna-se imprescindível o aprendizado de hábitos de higiene pessoal, resultando na escolha do tema e da metodologia ativa, que permitiu o alcance do objetivo esperado. O enfermeiro sendo um profissional de saúde, possui como uma de suas atribuições a de potencializar ações para o desenvolvimento integral de crianças, adultos e idosos, por meio de ações que integrem saúde e educação, podendo essas ações serem desenvolvidas pela equipe multiprofissional da atenção primária em consonância com a comunidade, sendo importante a utilização de métodos recreativos para cada faixa etária, tornando a abordagem mais compreensível e interessante aos participantes. Por fim, o tema exposto durante a ação educativa na creche localizada na Ilha de Cotijuba, mostra-se de extrema relevância, enfatizando que o déficit de higiene pessoal é um dos principais problemas encontrados na comunidade, principalmente em crianças escolares, fazendo-se necessária a abordagem do assunto.

3034 METODOLOGIAS ATIVAS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Maria Dourado Lavinsky Fontes, ketty Munique Silva Munique Silva, ketty Munique Silva Munique Silva, Geovana Vianna dos Santos, Geovana Vianna dos Santos, Thais Lima Ferreira, Thais Lima Ferreira, Lais Souza dos Santos Farias, Lais Souza dos Santos Farias, Fernanda Alves Barbosa, Fernanda Alves Barbosa, Clicia Souza de Almeida Cruz, Clicia Souza de Almeida Cruz

METODOLOGIAS ATIVAS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Ana Maria Dourado Lavinsky Fontes, ketty Munique Silva Munique Silva, ketty Munique Silva Munique Silva, Geovana Vianna dos Santos, Geovana Vianna dos Santos, Thais Lima Ferreira, Thais Lima Ferreira, Lais Souza dos Santos Farias, Lais Souza dos Santos Farias, Fernanda Alves Barbosa, Fernanda Alves Barbosa, Clicia Souza de Almeida Cruz, Clicia Souza de Almeida Cruz

ResumoApresentaçãoEste relato traz a experiência de acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em um projeto de extensão, intitulado Educação em saúde na rede de ensino público do Município de Ilhéus (BA): (des) construindo com discentes modos para viver a sexualidade segura.A intervenção do projeto está direcionada, portanto, aos adolescentes do ensino público tendo em vista a vulnerabilidade deste segmento às DST/AIDS, em face aos apelos eróticos midiáticos, às vezes materializados por uma iniciação sexual precoce e a dificuldade de acesso aos serviços de atenção à saúde especializada para o atendimento desse grupo etário. Foi definido como objetivo - geral: promover práticas educativas interativas e inovadoras, mediante a utilização de metodologias ativas, no espaço escolar do ensino fundamental e médio da rede pública do Município de Ilhéus (BA), voltadas para a construção de conhecimentos a respeito das DST/AIDS, que possibilitem aos adolescentes a reflexão sobre comportamentos sexuais de risco e a solidariedade aos portadores do vírus HIV.DesenvolvimentoA Organização Mundial de Saúde (OMS) define a fase da adolescência no período etário entre 10 e 19 anos, enquanto no Brasil está na faixa de 12 a 18 anos. A política pública que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e regula a saúde do adolescente (Art. 7 da Lei Nº 8.069) define o direito a proteção à vida e à saúde da criança e o adolescente mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.Segundo alguns autores na saúde de adolescentes e jovens, a sexualidade transcende o aspecto meramente biológico manifestando-se também como um fenômeno que envolve diversos campos, sob a influência de crenças e valores pessoais e familiares, normas morais e tabus da sociedade. Logo, adolescentes e jovens trazem consigo padrões de comportamento que representam a repetição dos contextos socioculturais em que estão inseridos e que muitas vezes os coloca em situação de risco.Nos últimos dez anos, de acordo dados oficiais houve um aumento da taxa de detecção de AIDS em adolescentes e jovens do sexo masculino, de 15 a 24 anos, sendo que de 2006 para 2015 a taxa entre aqueles com 15 a 19 anos mais que triplicou (de 2,4 para 6,9 casos/100 mil hab.) e, entre os de 20 a 24, dobrou (de 15,9 para 33,1 casos/100 mil hab.). Entre as mulheres, nos últimos dez anos, a taxa de detecção apesar de uma tendência de queda em quase todas as faixas etárias, no grupo etário de 15 a 19 houve um aumento de 12,9%, de 2006 para 2015, respectivamente.Com base no exposto, cabe inferir que as condições de saúde desse grupo populacional indica a evidência da vulnerabilidade às DST/Aids e a necessidade de intervenções para a mudança de comportamentos de risco frente a magnitude e transcendência que estes agravos representam no perfil de morbi-mortalidade deste grupo etário.A imersão do grupo extensionista nos temas do projeto:Antes da entrada em campo, o grupo buscou apropriar-se dos seguintes conteúdos disciplinares que subsidiaram a intervenção: etiopatogenia e prevenção das DST/AIDS, fisiologia dos aparelhos reprodutores, gravidez na adolescência e temas transversaisrelacionados ao objeto do projeto como o estigma e o preconceito, a sexualidade na adolescência, a resiliência e o exercício da alteridade.O diálogo com alguns autores colocou o grupo em autoanálise que levou a algumas indagações: Como lidar em um grupo de adolescentes com temas velados pelo preconceito? Como conciliar os temas propostos com a realidade dos adolescentes? Como colocar os adolescentes em cena de forma interativa com a leveza necessária de um bom encontro?A entrada em campo:O grupo de adolescentes foi constituído de vinte e quatro participantes na faixa etária de 13 a 18 anos. Optou-se por metodologias ativas destacando-se a problematização de temas sugeridos pelos adolescentes em consulta prévia. O caminho metodológico contemplou a realização de oito oficinas pedagógicas em saúde articuladas ao contexto sociocultural dos envolvidos e aos temas relacionados ao projeto. Foram realizadas sete oficinas com as temáticas: Quem somos nós? Qual a representação que tenho do meu corpo? Como funciona o meu corpo com relação a minha sexualidade? Como evitar a gravidez precoce? Qual o conhecimento que tenho sobre as DST/AIDS? Como o grupo percebe a AIDS? Com estou me prevenindo com relação as DST/AIDS?A realização das oficinas pedagógicas foi conduzida pelo grupo de discentes do da UESC que assumiram a postura de facilitadores durante as discussões, mantendo uma postura horizontal nas atividades educativas com os adolescentes, colocando-se sempre como sujeitos em formação e mediadores do conhecimento, promovendo, portanto, a interação com os adolescentes em um processo de troca de saberes. Variados recursos metodológicos foram utilizados para facilitar a compreensão dos temas como: rodas de conversas, sociodramas, exposição oral dialogada, mapa conceitual.Resultados e/ou impactosAtravés de ações afirmativas, este projeto de extensão universitária contribuiu com o emponderamento dos adolescentes mediante ao acesso a informações que poderão instrumentalizá-los na promoção da saúde no que diz respeito a viver a sexualidade segura. A adesão e motivação dos adolescentes ao projeto como voluntários foi um potente analisador que indicou o interesse do grupo na temática proposta. Durante as oficinas foram estabelecidos vínculos que puderam ser observados no comportamento afetivo do grupo. Nos primeiros encontros foram detectadas atitudes preconceituosas entre os adolescentes que foram posteriormente trabalhadas nos encontros pedagógicos. A centralidade na questão do sexo e métodos contraceptivos sem barreiras foi um marcador prevalente nas oficinas revelando possibilidades de vida sexual ativa e desconhecimento de práticas sexuais seguras que também foram colocados em cena durante as oficinas, visando à desconstrução de mitos e promovendo a reflexão a respeito de comportamentos de risco.Considerações finaisA experiência proporcionou a reflexão de que a promoção da saúde em grupos específicos precisa ser mais explorada como campo de intervenção dos aparelhos formadores. Os movimentos da educação em saúde foram enriquecedores para os acadêmicos que motivados pelo projeto ampliaram o conhecimento sobre conteúdos disciplinares de forma prazerosa. A convivência com adolescentes proporcionou ao grupo a apropriação das práticas educativas à luz das metodologias ativas.

1529 Plantas medicinais: uma experiência na graduação de enfermagem
FELIPE ALVES DE ALMEIDA, RODRIGO DA SILVA RAMOS, SANDRA GREICE BECKER

Plantas medicinais: uma experiência na graduação de enfermagem

Autores: FELIPE ALVES DE ALMEIDA, RODRIGO DA SILVA RAMOS, SANDRA GREICE BECKER

As plantas medicinais são plantas que possuem propriedades de prevenção, tratamento e cura de doenças e sintomas. O uso delas está entre as práticas integrativas e complementares reconhecidas pela OMS desde 1978 e tem sido um tema discutido pelos profissionais de saúde, de forma nacional, desde a década de 1980. Apesar disso, é uma temática pouco abordada cientificamente na região amazônica brasileira, mesmo sendo esta uma região com acentuada biodiversidade de espécies vegetais. Assim sendo, objetiva-se relatar uma experiência na graduação em enfermagem sobre o conhecimento e o uso de plantas medicinais na região amazônica. Na disciplina optativa de práticas complementares em Saúde, oferecida pelo curso de enfermagem e aberta aos demais cursos da universidade, nos foi solicitado a realização de um seminário e, dentre os temas, as plantas medicinais. Neste, os acadêmicos desenvolveram um levantamento bibliográfico destacando o histórico milenar deste uso nas medicinais tradicionais, o desenvolvimento legal nas últimas décadas, sua influência econômica e impacto na saúde da população. Além disso, foi abordada algumas plantas medicinais, que estão no dia a dia da população, como alho-poró, manjericão, babosa, goya, macassá e pata de vaca, e suas influências para a saúde. Alguns exemplares das plantas puderam ser observados no dia do seminário. Constatamos que este assunto faz parte do cotidiano popular. Os mais idosos possuem um conhecimento sobre benefícios ou malefícios de algumas plantas e fazem uso desse conhecimento, através de chás, bastão de guaraná, sumos, entre outras formas. No entanto, esse conhecimento, em alguns casos não possui validade científica. Além disso, foi observado que outras regiões dentro do país, como a região sul e sudeste, possuem uma maior iniciativa em usar meios de validação científica dessa forma de fazer saúde. Concluímos a partir desta experiência, que adquirimos conhecimentos sobre o assunto através do Manual de plantas medicinais, da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, da Política Nacional de Fitoterápicos e Plantas Medicinais, como também da cartilha de Plantas Alimentícias não Convencionais.