97: A problematização na construção dos processos formativos
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 01 - Bacurau    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
451 AÇÃO EDUCATIVA: A IMPORTÂNCIA DA LAVAGEM DAS MÃOS EM UMA UMEI NO INTERIOR DA AMAZÔNIA - BRASIL
Izabel Alcina Soares Evangelista, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho

AÇÃO EDUCATIVA: A IMPORTÂNCIA DA LAVAGEM DAS MÃOS EM UMA UMEI NO INTERIOR DA AMAZÔNIA - BRASIL

Autores: Izabel Alcina Soares Evangelista, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho

Apresentação: Um dos problemas de saúde que mais afeta a população brasileira está relacionado as doenças parasitárias intestinais, sendo estas um problema de saúde pública. Isso por que os “brasileirinhos” gostam de pegar em utensílios, com o intuito de descobrir através do tato o universo dos objetos, mas eles ainda não têm conhecimento dos hábitos básicos de prevenção, como a higienização correta das mãos. Todos os anos milhares de crianças são acometidos por diarreias e infecções causadas por parasitas, muitas delas, vão a óbito, simplesmente por falta de não saber lavar as mãos corretamente, visto que, as crianças independentes de idade e classe social têm o habito de colocar a mão na boca. No dia 18 de outubro de 2008 a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou o dia Mundial da Lavagem das Mãos, com o intuito de conscientizar sobre a importância desse método para evitar doenças transmitidas por microrganismos. Dados da OMS indicam que a maioria das infecções pode ser prevenida por meio de uma única ação simples – lavar as mãos sempre de forma correta. A falta de atitudes relacionadas a higiene influencia diretamente na aquisição de infecções intestinais. Geralmente, a disseminação dessas doenças ocorre principalmente em locais como escolas, residências e lugares públicos. Ensinar crianças a se proteger e se prevenir é primordial para a sua saúde e de sua família, pois o que as crianças aprendem na escola, costumam instigar os adultos em casa a fazerem o que elas aprenderam. A prática do que foi aprendido é um instrumento bastante utilizado quando se trata de desenvolver a Educação em Saúde que é um campo de conhecimento e de prática – se ocupado em promover a saúde atuando na prevenção de doenças. Dessa forma, é necessário que as crianças aprendam a ter hábitos de higiene nesses lugares e a lavagem das mãos é uma forma eficiente para a redução das infecções. Desenvolvimento da experiência: No segundo semestre de 2016, foram realizadas atividades envolvendo aproximadamente 40 crianças na faixa etária 1-3 anos matriculadas em uma Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI) do município de Santarém-Pará. Com o objetivo de proporcionar as crianças dessa unidade o aprendizado sobre a lavagem correta das mãos. De início, foi organizada uma roda de conversa, para uma simples apresentação do assunto e posteriormente explicações sobre os cuidados que todos devem ter com as mãos. É com as mãos que pegamos em tudo, tocamos em inúmeros objetos, realizamos muitas tarefas e nós alimentamos através desta parte primordialmente importante do nosso corpo, que são nossas mãos. Elas precisam ser lavadas sempre, aprendemos na escola que se lava as mãos antes de se alimentar. Mas se não lavar corretamente corre-se o risco haver a proliferação de microrganismos que podem ocasionar doenças. As crianças observaram atentamente toda a técnica adequada da lavagem das mãos, no decorrer da demonstração, repetindo de forma didática, até que elas conseguissem realizar o processo. Em seguida, com a ajuda da professora e de sua auxiliar, levou-se de quatro em quatro crianças para realizar a lavagem das mãos no banheiro, como repassado em sala de aula. Utilizando-se na prática do que foi aprendido, as crianças aplicaram sabonete líquido em uma das mãos e espalharam no sentindo de formar espuma e ensaboar as duas mãos. Logo depois, esfregaram os dedos, as palmas e os punhos. No retorno dessa atividade, a acadêmica perguntou na presença dos pais sobre o que as crianças tinham aprendido sobre a importância da lavagem das mãos e como lavá-las, as infantis responderam positivamente ainda imitando os gestos, deixando os pais, professores e acadêmica satisfeitos com o novo aprendizado. Resultados e/ou impactos: As crianças são uma grande força de empoderamento e mudança de hábito nos adultos. Durante as atividades os pais participaram da ação educativa sobre a lavagem das mãos e firmaram compromisso não somente sobre a lavagem das mãos dos filhos, mas também dos filhos lembrarem os pais, podendo isso, diminuir a predisposição a problemas intestinais causados por bactérias, por exemplo. As crianças foram muito participativas e atentas ao que estava sendo passado a elas. O reforço do que foi aprendido em sala por parte dos pais, frisando a higienização após utilizar o banheiro e antes das refeições ajuda as crianças a cuidar de si, sem precisar de supervisão de adultos, futuramente, em um processo de aprendizado e prática. Dias depois, a acadêmica retornou a UMEI e a professora relatou que as crianças continuaram com o processo de lavagem das mãos correta ainda sob supervisão. Esse relevante aprendizado reforçou o hábito de higienização tanto das crianças, quanto dos adultos. Isso levou a discente a perceber que a educação da família pode ser reforçada a partir do aprendizado das crianças em creches/escolas, e muitas doenças parasitárias e virais podem ser prevenidas simplesmente com a lavagem das mãos de forma adequada. Considerações finais: Com isso, percebeu-se o grau de relevância do desenvolvimento da Educação em Saúde sobre a lavagem das mãos para crianças, no meio educacional a qual convivem. Isso por que elas disseminarão o aprendizado tanto na família, quanto com os professores e colegas, além de ser uma simples prevenção contra diversas doenças.  A conscientização diária seja pela extensão das crianças, professores, pedagogos, acadêmicos e/ou facilitadores, diariamente, aos poucos, construiremos uma cultura não somente para as infantis, mas para toda a sociedade. Reconhecemos que esta ação em uma UMEI dentre as 24 existente no município, é muito pequena, mas já é um começo. Pretendemos convidar mais acadêmicos para tornarem-se voluntários e juntos podemos disseminar a ideia da importância da lavagem das mãos, valorizando o projeto  do Ministério da Saúde que lançou a campanha Saúde a Gente Também Aprende na Escola. Lave as Mãos com Água e Sabão. Que tem parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), objetiva conscientizar a população, principalmente estudantes, professores e funcionários de escolas, sobre os benefícios de higiene adequada das mãos, afastando doenças transmitidas por bactérias, vírus e fungos.

461 METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: DIÁLOGO ATIVO COM O ARCO DE MAGUEREZ NO CURSO DE PEDAGOGIA – Santarém/Brasil
Izabel Alcina Soares Evangelista

METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: DIÁLOGO ATIVO COM O ARCO DE MAGUEREZ NO CURSO DE PEDAGOGIA – Santarém/Brasil

Autores: Izabel Alcina Soares Evangelista

Apresentação. Ao iniciar o ano letivo de 2017/01 com a disciplina: Pedagogia em Ambientes não Escolares no Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ULBRA, não houve dúvida na fase do planejamento em perceber, que seria oportuno desenvolver uma metodologia  diferenciada, ou seja, a Metodologia da Problematização - MP com base nas cinco etapas do Arco de Charles Magueres. Logo na primeira aula lancei a proposta para a turma e todos aceitaram, visto que, seria inovador implementar as Metodologias Ativas de Aprendizagem no curso de Pedagogia. Para desenvolver a MP em ambientes não escolares e aceitando sugestões da turma, foram escolhidos duas instituições para realização de visita técnica com objetivo de conhecer a realidade destes espaços e identificar in loco o problema para posterior intervenção. Os locais foram a Pastoral do Menor, no bairro do Aeroporto Velho, que oferece vários cursos para famílias de baixa renda e a Fundação de Educação Social Francisca do Rosário Carvalho – FRARC no bairro do Santarenzinho que desenvolve por meu das artes a educação social e inserção cidadã, atendendo mais de oitenta crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade. Desenvolvimento da experiência: Após a visita passamos a desenvolver realmente as cinco etapas  do Arco: 1ª Etapa: observação, realizou-se visitas à instituição para observar, diagnosticar e dialogar com as pessoas para identificar o problema. 2ª Etapa: ponto chave é a identificação do problema que requer solução. 3ª Etapa: teorização, é pesquisa bibliográfica, é a fundamentação teórica acerca problema identificado. 4ª Etapa: hipótese de solução são as discussões para encontrar alternativas para minimizar ou resolver o problema identificado. 5ª Etapa: Aplicação à realidade, é o retorno ao local para realizar a ação/intervenção que favoreça de alguma forma aos participantes da instituição escolhida para realização do estudo. Resultados e/ou impactos: A turma foi dividida em quatro grupos que realizaram atividades com temáticas diferenciadas, sendo dois grupos na FRARC, um voltado ao público  adulto e outro com as crianças, ação sobre motivação: “Eu me amo, não posso mais viver sem mim” e Motivação: valorizando oportunidades. Na Pastoral, dois grupos com os temas: “Alimentação saudável: o sabor de uma boa vida” e “Formação profissional: possibilidades para o mercado de trabalho”. Considerações finais:  o desenvolvimento da MP voltado para atender essas duas instituições não escolares foi uma experiência gratificante, pois realizou-se intervenções assistenciais e educativas com crianças, jovens e adultos atendidos pelas referidas  instituições. A vivência desta prática permitiu realizar o processo de ação-reflexão-ação com a autonomia do acadêmico do curso de Licenciatura em Pedagogia, valorizando o que preconiza a Resolução do CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006, que institui as diretrizes para o curso.

971 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA PARA O SUS: UM RELATO VINCULADO AO USO DE METODOLOGIAS ATIVAS
Gracielle Pampolim, Beatriz Côco, Juliana da Silva Oliveira

A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA PARA O SUS: UM RELATO VINCULADO AO USO DE METODOLOGIAS ATIVAS

Autores: Gracielle Pampolim, Beatriz Côco, Juliana da Silva Oliveira

Introdução: A educação brasileira atualmente está inserida em um contexto cheio de novos desafios, o grande acesso a informações, a busca por novos conhecimentos vem fazendo que que os profissionais de educação tenham que se reinventar para acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Esta crescente demanda abre caminho a novos tipos de metodologia que possibilitam, especialmente, que esses alunos sejam atores ativos do próprio aprendizado. O Problem Basead Learning ou Aprendizagem Baseada em Problemas – PBL é um modelo de metodologia que vem inovando a forma como o conhecimento é passado, suas bases teóricas são fundamentadas nos construtivismos, opondo-se a uma metodologia tradicional de ensino unidirecional onde ocorre a transmissão de conhecimento do professor ao aluno. Este novo tipo de Metodologia Ativa apresenta como principal objetivo o auto aprendizado, onde o aluno é responsável pela sua própria formação de conhecimento, sendo possível estimular os alunos à reflexões e críticas de acordo com o tema proposto pelo professor, tendo como grande proposta o aperfeiçoamento da autonomia de cada aluno. Esse método de ensino vem sendo implantado no Brasil desde 1997, e desde então contribui para a formação de profissionais críticos reflexivos e que se sintam estimulados no seu aprendizado. Além da necessidade de formação de profissionais mais críticos, reflexivos e estimulados na busca de novos conhecimentos, a formação de profissionais de saúde ainda representa um desafio na construção de profissionais que tenham a atenção voltada para o Sistema Único de Saúde - SUS, uma vez que muitas Instituições de Ensino Superior – IES, ainda adotam o modelo hegemônico de formação, nem sempre priorizando, por exemplo, o princípio da integralidade, e muito menos elucidando os futuros profissionais quanto ao itinerário terapêutico do paciente dentro deste nosso completo sistema de saúde. Essa nova formação deve ser baseada em estratégias de assistência, fazendo uma reorientação do modelo de saúde, nesse contexto temos a chamada Política Nacional de Educação Permanente, que visa a transformação e a qualificação das práticas de saúde, onde se realiza um trabalho intersetorial unindo a instituição, as ações, os serviços, a gestão e controle social ao indivíduo, fazendo com que a prática em equipe seja fundamental. Portanto as Metodologias Ativas, além de proporcionarem um momento de troca de conhecimentos, são capazes de possibilitar que esses futuros profissionais tenham autonomia de buscar seu próprio conhecimento e, dessa forma, sintam-se aptos a saber responder às novas demandas e responsabilidades exigidas pelo mercado de trabalho e pelo sistema de saúde brasileiro. Objetivo: Descrever a experiência das alunas do curso de fisioterapia em uma disciplina de metodologia ativa com foco no estudo das políticas do SUS. Descrição da experiência: O PBL é formado por um tutor e 8 a 10 alunos, onde um desses será o coordenador e o outro será o redator, fazendo rodizio desses membros em cada encontro, para que, dessa forma, todos possam desempenhar as referidas funções. Na disciplina de Saúde do Adulto, quinzenalmente nos eram apresentados problemas que sempre abordavam fatores relacionados a saúde pública e aos determinantes sociais do processo saúde-doença. A dinâmica da disciplina exigia sua divisão em momentos: inicialmente era feita a leitura dos casos, selecionando as palavras ou termos desconhecidos, em seguida, eram elencadas as palavras chaves, que direcionariam a elaboração dos objetivos e perguntas de pesquisa, além das hipóteses pertinentes ao caso da semana. Após este momento, os alunos ficavam responsáveis pela pesquisa e estudo individual para responder às perguntas e hipóteses elaboradas. Os professores direcionavam a pesquisa apenas o suficiente para que esta fosse feita em artigos, diretrizes, sites oficiais dos órgãos governamentais e políticas ou cadernos de saúde pública que se relacionassem com o caso em discussão (sempre atualizando as informações contidas neste último). No último momento dessa dinâmica, retornávamos ao grupo para discussão, mediada pelo tutor. Neste momento o intuito era expor os resultados dos estudos individuais, refletindo, na grande maioria das vezes, não apenas na doença ou agravo de saúde abordado, mas principalmente em como seria o itinerário terapêutico desde individuo no sistema, quais são seus direitos e deveres, quais determinantes podem influenciar no caso em discussão, e como possibilitar uma atenção integral e humanizada a este. Sempre que possível, também eram abordados nas discussões as experiências pessoais de cada um dos alunos do grupo, ao final, o tutor finalizada a sessão e recolhia a lista de referências utilizadas, como forma de garantir que a discussão foi baseada em evidências contidas na literatura. Impactos: Este tipo de aprendizagem, onde nós éramos os responsáveis por buscar o nosso próprio conhecimento, associado a casos que sempre nos estimulavam a estudar os programas, políticas e contextos do nosso sistema de saúde, nos possibilitou uma ampliação dos conhecimentos adquiridos ao longo da faculdade, e nos deixou mais preparados para a vivência dos estágios supervisionados, que se iniciaram no semestre seguinte ao que tivemos a disciplina descrita neste resumo. Em nossa concepção, essa metodologia nos proporcionou um aprendizado mais ativo e construtivo, além de nos possibilitar o alcance de um entendimento mais amplo do contexto das políticas e programas do governo, e a sempre observar o contexto em que nossos pacientes estão inseridos e o quanto este pode influenciar no seu processo de adoecimento e/ou cura. Tendo posto, entendemos que essa abordagem metodológica nos possibilita e/ou facilita um conhecimento mais duradouro, em relação ao ensino tradicional que, em alguns casos, possui disciplinas fragmentadas e sem continuidade, além de propiciar um maior conhecimento do nosso sistema de saúde. Considerações Finais: Entendemos que a partir da metodologia de ensino proposta, o fisioterapeuta terá uma formação ampla, crítica, reflexiva e humanizada, sempre visando os 3 níveis de atenção e o atendimento integral do paciente, e abordando também  as políticas e programas oferecidos pelo governo para ser prestada uma melhor assistência a população pois muitos dos profissionais desconhecem as leis, direitos e  os programas que são ofertados pelo SUS, e não conseguem orientar o usuário de os benefícios da saúde publica brasileira. Além do fato de que os profissionais adquirem maior habilidade de raciocínio clinico, tomada de decisões, se sentindo mais confiante no auto aprendizado e até mesmo para passar adiante o conhecimento.

1106 ROTEIRIZAÇÃO DE VÍDEOAULA BASEADA EM APRESENTAÇÃO DE SLIDES PARA CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE
Edilson Carlos Caritá, Artur Alves Fontes Teixeira, Carlos Alberto Castro Monteiro, Mônica Alcantara Souza, Marcos Serafim dos Santos, Silvia Sidnéia da Silva

ROTEIRIZAÇÃO DE VÍDEOAULA BASEADA EM APRESENTAÇÃO DE SLIDES PARA CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE

Autores: Edilson Carlos Caritá, Artur Alves Fontes Teixeira, Carlos Alberto Castro Monteiro, Mônica Alcantara Souza, Marcos Serafim dos Santos, Silvia Sidnéia da Silva

Objeto de Aprendizagem (OA) pode ser definido como qualquer material instrucional que apoie o processo de ensino-aprendizagem e, atualmente, destacam-se os OA que utilizam a tecnologia da informação incluindo, nesse contexto, as vídeoaulas.  Para a produção de uma vídeoaula é necessário planejamento detalhado para que o material didático atinja seu objetivo, sendo a roteirização uma etapa importante desse processo. O objetivo do estudo é apresentar o processo de elaboração de objetos de aprendizagem (vídeoaulas) para cursos de pós-graduação da área da saúde utilizando a técnica de roteirização baseada em apresentação de slides. Na elaboração de conteúdo audiovisual o roteiro é o principal instrumento para a organização e o planejamento do processo de produção da mídia digital. Além do conteúdo, o roteiro contempla ainda a articulação de imagens, diálogos, conceitos e outros elementos que fazem parte de um determinado contexto. Há diversos tipos de roteiros, alguns com uma estrutura mais visual como os storyboards, que apresentam uma sequência de quadros com ilustrações; os roteiros técnicos que articulam as descrições de áudio e vídeo em cada cena e também os roteiros lineares que descrevem os aspectos principais das cenas e os diálogos propostos em um texto. No presente estudo buscou-se aproximar a linguagem do roteiro de vídeo com a linguagem e didática dos docentes da área de saúde, assim, foram observadas as ferramentas utilizadas pelos professores em sala de aula e notou-se o uso frequente de aplicativos de apresentação de slides, evidenciando que a maioria dos docentes utiliza essas ferramentas como roteiro de aulas presenciais. O principal desafio desse estudo foi realizar a conversão das apresentações dos professores que estavam em slides para roteiros de vídeoaulas. Para apoiar esse processo foi elaborado um guia para os docentes estruturarem suas apresentações/roteiros, e nesse material foram explicitados os procedimentos da gravação e enfatizado que cada slide representava uma cena a ser gravada e que cada cena seria gravada individualmente. Deste modo, ficou fácil dirigir o professor durante a gravação, sendo possível, quando necessário, repetir diversas vezes a gravação das cenas até atingir o resultado esperado; possibilitando também, com a roteirização, calcular o tempo da vídeoaula. Como a demanda de gravações para os cursos da área de saúde foi elevada, esta técnica agilizou o processo de gravação e permitiu a redução no tempo de edição e finalização do vídeo. A adequação das ferramentas de apresentação de slides como forma de roteiro para vídeoaulas fez do docente parte ativa na elaboração dos vídeos. Considerando que o docente é quem domina o conteúdo, a revisão e o encadeamento das ideias tornou-se fluida e de fácil execução. Outro ponto que merece destaque refere-se ao fato que a apresentação de slides deixa nítida a separação de cenas a serem gravadas individualmente, assim, o professor não precisa memorizar elevada quantidade de informações e em casos de erros, os cortes e encaixes ficam mais simples e diretos, diminuindo o tempo de produção dos vídeos.

1360 MODELOS DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: TROCANDO EXPERIÊNCIAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Marcos José Risuenho Brito Silva, Eliza Paixão da Silva, Regiane Camarão Farias, Fernando Kleber Martins Barbosa, Ruth Carolina Leão Costa, Diully Siqueira Monteiro, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Ana Kedma Correa Pinheiro

MODELOS DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: TROCANDO EXPERIÊNCIAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Autores: Marcos José Risuenho Brito Silva, Eliza Paixão da Silva, Regiane Camarão Farias, Fernando Kleber Martins Barbosa, Ruth Carolina Leão Costa, Diully Siqueira Monteiro, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Ana Kedma Correa Pinheiro

Apresentação: É de extrema relevância discutir a formação profissional, especialmente no âmbito da enfermagem. A formulação dos projetos pedagógicos dos cursos de enfermagem é inspirada nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) para a formação em enfermagem. Esses currículos estão em constante acompanhamento e devem estar adaptados para atender as necessidades específicas de cada região. Visando isso, o presente relato de experiência tem por objetivo descrever um momento de discussão sobre os projetos pedagógicos dos cursos de enfermagem em Belém – Pará, que ocorreu no evento intitulado “Encontro Regional dos Estudantes de Enfermagem do Norte” (EREEN). Desenvolvimento do trabalho: O espaço de discussão chamado “modelos de projetos pedagógicos dos cursos de graduação em enfermagem: trocando experiências no processo de ensino e aprendizagem”, teve como metodologia o grupo de debate, o qual foi formado por estudantes de diversas instituições de ensino superior (IES) que possuem o curso de enfermagem. Desse modo, cada estudante expôs a sua percepção acerca das fragilidades e potencialidades no que tange o projeto pedagógico do curso e processo de formação profissional. Após isso, foram tirados encaminhamentos, de modo que a discussão pudesse gerar não somente uma troca de conhecimentos, mas também uma ação sólida na realidade do acadêmico. Resultados: Com o referido espaço foi possível conhecer as diferenças existentes no processo de formação em enfermagem para cada IES. Fato que se deu partir de explanações acerca das unidades temáticas abordadas nos primeiros anos de curso, haja vista que algumas IES formam turmas interdisciplinares, com diversas categorias profissionais da área da saúde e posteriormente que formam-se as turmas específicas. Além disso, outro ponto destacado foi a visibilidade das especificidades das populações locais, a exemplo das populações tradicionais, nos projetos pedagógicos, pois existem IES que adotam uma unidade temática específica para estudar tais populações, enquanto outras não. E, o principal encaminhamento do espaço foi a ampliação das discussões acerca do projeto pedagógico de maneira mais horizontal entre a direção do curso e os acadêmicos, de modo que possa haver um acompanhamento afim de identificar tais fragilidades e potencialidades. Considerações Finais: Desse modo, a importância de discutir o projeto pedagógico consiste na tentativa de sanar as lacunas na formação do profissional de enfermagem, de modo que ele possa sair mais qualificado para o mercado de trabalho e utilizar o cuidar como instrumento capaz de promover, prevenir e reabilitar a saúde humana na realidade em que ele vive.

1468 Sessão Anátomo-clínica: método de avaliação e aprendizagem para acadêmicos de Medicina
Thaise Farias Rodrigues, Quelly Alves Schiave, Carlos Eduardo Colares Soares, Karolliny Correa Barauna

Sessão Anátomo-clínica: método de avaliação e aprendizagem para acadêmicos de Medicina

Autores: Thaise Farias Rodrigues, Quelly Alves Schiave, Carlos Eduardo Colares Soares, Karolliny Correa Barauna

Anatomia humana é de suma importância para vida acadêmica na área da saúde. Onde será capaz de compreender a localização e como funcionam as estruturas humanas. Por isso, foi criada a proposta de sessões anatomo-clínicas, as quais são espaços de apresentações de casos clínicos e cirúrgicos correlacionando as estruturas anatômicas mais afetadas, sendo abordada por alunos matriculados na disciplina e avaliado por monitores.Relatar as atividades promovidas pelos monitores da disciplina correlacionando o conteúdo teórico-prático das aulas com situações corriqueiras na vida médica.Anatomia Humana 2 consiste em 4 módulos, os quais 2 grupos de alunos ficam responsáveis por cada um desses. A sessão ocorre ao término da aula teórica com duração de 20 minutos para cada grupo, os alunos discutem o caso clínico dado pelos monitores correlacionando com a anatomia do local. O método de avaliação consiste em postura, slides, anatomia e perguntas sobre o caso. Ao final é gerada uma nota de no máximo 2 pontos e integrada a uma prova valendo 8.A experiência se fez muito construtiva tanto para monitores quanto para alunos, pela reunião de casos que são recorrentes na prática médica. Percebe-se a evolução em postura e conteúdo dos alunos ao longo dos módulos e reflete em melhora nas notas práticas de anatomia.A sessão anátomo-clínica é uma ferramenta didática de valor contextual entre a teoria e a prática de anatomia humana, sendo altamente relevante para acadêmicos de medicina. Além de criar um espaço de integração e avaliação dos monitores visando melhora da abordagem do caso e construção de futuros profissionais.

1873 O PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ana kedma correa pinheiro, ANA PAULA REZENDES DE OLIVEIRA, BRUNNA SUSEJ Guimarães Gomes, Gabriela Evelyn Rocha da Silva, Eliene do Socorro da Silva Santos-, Widson Davi Vaz de Matos, Marcos José Risuenho Brito Silva, Maicon de Araújo Nogueira

O PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores: ana kedma correa pinheiro, ANA PAULA REZENDES DE OLIVEIRA, BRUNNA SUSEJ Guimarães Gomes, Gabriela Evelyn Rocha da Silva, Eliene do Socorro da Silva Santos-, Widson Davi Vaz de Matos, Marcos José Risuenho Brito Silva, Maicon de Araújo Nogueira

INTRODUÇÃO: O uso do portfólio apresenta-se como um tema relativamente atual, o qual está sendo aprimorado de forma frequente e crescente em diversos países e por pesquisadores de distintas categorias profissionais, fato relevante à transformação da educação na área da saúde e enfermagem. A elaboração de novas tecnologias pode possibilitar ao estudante de enfermagem um método de aprendizado mais criativo e interativo, auxiliando-o nas práticas que condizem ao Processo de Enfermagem em ambiente hospitalar e atividade assistencial marcada por questões burocráticas. Novas ferramentas, concomitante ao uso de tecnologias, podem trazer alternativas para a associação deste processo como um método essencial no cuidado de enfermagem, transformando-o em uma ferramenta menos burocrática e mais interativa. Os portfólios são importantes metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação de maneira prática e teórica, cujo objetivo é promover o aprendizado através da reflexão e da atualização pautada em pesquisa, por congregar as diversas produções dos alunos e os instigar às diferentes formas de expressão de suas qualidades, além de ser uma maneira de avaliação da aprendizagem continuada e processual dos discentes. Diante desse contexto, torna-se essencial que durante a graduação os acadêmicos tenham esse contato legítimo com novas tecnologias educativas, por se considerar que a melhor forma de aprender é pela execução de tarefas práticas de ensino e aprendizagem, as quais visam transformar e inovar o processo educacional, considerando o estudante como protagonista de produção do conhecimento. Tal recurso permite praticidade durante a avaliação dos discentes, melhor desenvolvimento de suas habilidades e inovação no ensino da Enfermagem. Dessa maneira, quando estiverem aptos a atuarem no mercado de trabalho terão facilidades para implementar melhorias na gestão e planejamento de cuidados pautados nos princípios do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de humanização. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever as experiências e as atividades realizadas por acadêmicas de Enfermagem na construção de um blog no formato de portfólio. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no período de fevereiro a junho de 2017. A abordagem descreve aspectos referentes a experiência de acadêmicas do sétimo período do curso de Graduação de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), com ênfase sobre a saúde ocupacional na elaboração de um ambiente virtual como ferramenta educativa. A respectiva atividade faz parte de uma avaliação semestral denominada “Atividade Integrada em Saúde” desenvolvida pelos discentes da referida universidade, fazendo parte do plano de ensino da instituição superior localizada em Belém, capital do Pará. Inicialmente os docentes ministraram uma aula integrada com a explanação de ideias de como seria a construção de um blog e confecção de portfólio, bem como o passo a passo da inserção de publicações no ambiente virtual de aprendizagem. No decorrer das aulas, as acadêmicas por meio de sorteios realizaram o resumo dos conteúdos ministrados, tendo a liberdade para pesquisarem imagens e links que fossem considerados importantes para fomentar o conhecimento acerca da saúde ocupacional. Quando iniciado o período de aulas práticas, foram concretizadas duas visitas técnicas: Uma ocorreu em uma empresa, a outra em uma instituição de saúde. Na ocasião da referida visita a empresa, foi possível observar como sucede o cronograma diário da empresa e alguns esclarecimentos sobre o funcionamento dos programas de saúde ocupacional existentes no local, bem como a observação dos riscos ocupacionais que cada setor específico apresenta, essas informações disponibilizadas por um funcionário que exercia o cargo de segurança do trabalho que encarregou-se de receber as acadêmicas. Os conteúdos eram organizados e inseridos de acordo com o cronograma das aulas. E para finalização, realizou-se a visita técnica em um hospital de referência de Belém- Pará observação e identificação das principais necessidades dos trabalhadores de serviços gerais no que desrespeitasse a saúde e segurança no local de trabalho. Em seguida foi elaborado um folheto informativo e realizada uma atividade educativa com os mesmos por meio de uma roda de conversa. No momento da atividade, foi possível sanar algumas dúvidas dos trabalhadores que referiram desconhecer as normas regulamentadoras, assim como seus direitos e deveres enquanto empregados, assim como as formas de prevenção dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Todas as aulas teóricas, atividade realizadas e imagens foram inseridos no blog e serviram de subsidio para construção do mesmo. RESULTADOS: Durante a construção da importante ferramenta foram inseridos links informativos, vídeos, imagens de ilustração com informações relevantes sobre a temática, conteúdos que faziam parte das aulas ministradas e as atividades desenvolvidas no decorrer do semestre de acordo com as respectivas datas da efetivação. Os conteúdos foram organizados de acordo com o cronograma da disciplina e a realização das atividades no transcorrer do período, sempre seguindo uma sequência cronológica. Como produto final, construiu-se um portfólio e apresentou-se aos colegas de sala a aos docentes, mostrando com riquezas de detalhes tudo que foi elaborado e desenvolvido durante a construção dessa importante tecnologia. Observou-se no período de preparação, que o blog constitui-se como um importante recurso metodológico de avaliação, tanto no ensino quanto na aprendizagem, pois quando organizado em formato de portfólio possibilita aos discentes a oportunidade de aprender de forma prática, dinâmica e interativa. Além de proporcionar aos internautas novas fontes de conhecimentos, inova a metodologia educacional e impetra a tríplice pesquisa, ensino e extensão proposta pelas instituições de ensino superior. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No decorrer da experiência, foi considerado que o percurso transcorrido contribuiu grandemente com o aprendizado e desenvolvimento de habilidades das acadêmicas. Possibilitou a oportunidade de criar uma tecnologia, contribuir dinamicamente com o próprio aprendizado e também dos internautas que tiverem acesso, despertando o interesse das acadêmicas pela construção de novas tecnologias educativas no ensino da Enfermagem e na atividade diária desse profissional. Tais recursos permitem praticidade na execução de atividades, tanto para docentes quanto para discentes, fazendo-se necessário que durante a graduação o acadêmico possa ter esse contato real com a elaboração de novas tecnologias, possibilitando a inovação no ensino e na formação de Enfermeiros qualificados para o mercado de trabalho. Desta forma, propõe-se que essa extraordinária metodologia seja inserido nas bases curriculares das instituições de ensino superior, fazendo parte do plano pedagógico e de ensino do curso de Graduação em Enfermagem.

2242 METODOLOGIA ATIVA NA FORMAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Ana Cely de Sousa Coelho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Sarah Simone Silva de Oliveira, Marcelo Silva de Paula

METODOLOGIA ATIVA NA FORMAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Ana Cely de Sousa Coelho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Sarah Simone Silva de Oliveira, Marcelo Silva de Paula

Introdução: O cotidiano de Agentes Comunitários de Saúde é rico de experiências que carregam os traços da educação em saúde mediada pela problematização, logo, faz-se necessária a utilização de aulas práticas baseadas nessa estratégia de ensino, onde se possibilita a ação-reflexão-ação, considerando a capacidade humana de articulação de fatos. O trabalho tem como objetivo descrever uma experiência de aula prática baseada na metodologia da problematização para Agentes comunitários de saúde. Desenvolvimento: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido por docentes da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde do Estado do Pará– ETSUS/PA, no município de Aveiro-PA. Resultados: Proposto a uma turma de 28 discentes do curso de Qualificação para ACSs na Unidade de Educação em Saúde. Os ACSs foram orientados a percorrer suas lembranças de visitas domiciliares, com intuito de contextualizar atividades através das metodologias ativas, observando e problematizando situações que desfavorecessem a saúde relacionando as principais causas da má comunicação, de acordo com as orientações repassadas em sala de aula, uma vez que este apresenta diversos cenários negativos de visitas como horários inadequados, dia inoportuno, falta de informação/conhecimento do assunto ao qual será feita a orientação, dentre outros. Desde o momento da visita a orientação de fato, o ACSs percorre muitos obstáculos no seu dia a dia, o que revela um ambiente inóspito às vezes com aversão a aplicação da Educação em Saúde, porém necessário à comunidade esse contato preventivo, como principal ferramenta de trabalho. Percebeu-se a eficácia da metodologia proposta onde o problema é um cenário local em que há diversas possibilidades de ensino, quando os ACSs foram instigados a pensar na problemática da Educação em Saúde, quanto às dificuldades comunicativas associadas à falta de comunicação, perceberam e destacaram as visitas como cenário de trabalho e oportunidade de ação educativa como fundamental na complementação teórica a priori apresentada, além de vivenciarem a realidade de seu cotidiano e avaliar a atuação do ACS em diversas situações principalmente na prevenção de doenças mediados pela orientação dialogada, com uso da realidade observada in loco, com demonstrações de que um ambiente “sadio” propicia seres humanos sadios. Considerações finais: A problematização apresentada e criada no decorrer da aula prática possibilita diferentes modos de pensar em propostas de educação em saúde para o ACS, e sua relação com o ambiente de trabalho, que são os lares visitados. Então, a metodologia da problematização condiciona ao ACS a inovação no processo de Educação em Saúde, utilizada em seu cotidiano com aquisição de competências necessárias para a ação profissional, em função disso; certamente terá uma atuação mais adequada e eficiente para a transformação social, promovendo de fato Educação em Saúde.

2539 AÇÕES EDUCATIVAS NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO MÉDICA
Karollayny de Macêdo Oliveira, Marcio Felipe de Freitas, Marcus Léon de Jesus Gomes, Fabiana Manica Martins

AÇÕES EDUCATIVAS NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO MÉDICA

Autores: Karollayny de Macêdo Oliveira, Marcio Felipe de Freitas, Marcus Léon de Jesus Gomes, Fabiana Manica Martins

APRESENTAÇÃO: Segundo Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, o graduado em Medicina terá formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, nos âmbitos individual e coletivo, com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde integral do ser humano. Com os objetivos de promoção, prevenção e reabilitação, uma das propostas para a sua efetivação é a utilização da Educação em Saúde; então tornou-se necessário traçar estratégias de ensino que possibilitem ao aluno vivenciar a Atenção Básica à Saúde em seu contexto mais amplo: no contato direto com os usuários do sistema de saúde, com as Equipes de Saúde da Família (ESF) e nos ambientes onde esta prática se desenvolve. Na ESF, a educação em saúde trata-se de uma importante ferramenta para o usuário na construção de ações que estimulem a adoção de comportamentos favoráveis à sua qualidade de vida, sob um enfoque no qual a população e os profissionais estabeleçam uma relação mútua de compartilhamento de saberes. A extensão universitária é um elemento fundamental na transformação do processo ensino-aprendizagem, a partir de práticas cotidianas coadunadas com o ensino e a pesquisa e, especialmente, pelo fato de propiciar o confronto da teoria com o mundo real de necessidades e desejos, atuando diretamente como elo entre a Universidade e a comunidade na construção de caminhos para a promoção social. Portanto, este trabalho visa descrever e discutir a experiência de um grupo de acadêmicos de Medicina na Unidade Básica de Saúde (UBS) durante as aulas práticas da disciplina de Saúde Coletiva III (SCIII). DESENVOLVIMENTO: "Amamentar: ninguém pode fazer por você. Todos podem fazer junto com você". Foi baseado na campanha agosto dourado que se realizou a ação educativa relacionada ao tema em questão. O trabalho foi realizado na UBS Ivone Lima, considerada um dos modelos de atenção básica à saúde em Manaus, localizada na zona leste, no bairro do coroado, rua Luís corrente, conhecida antigamente como policlínica Ivone Lima. A população do estudo constituiu-se de usuários da Unidade Básica supracitada, sendo considerados para critérios de inclusão aqueles usuários (gestantes/puérperas) que aceitaram participar da atividade e que aguardavam atendimento em consulta agendada. A dinâmica foi desenvolvida baseada em um semáforo ilustrativo, no qual caracteriza-se por mitos e verdades, onde os pacientes eram posicionados de frente para o semáforo, este representado por balões (verde, vermelho e amarelo). O sinal verde representa condutas que são permitidas ou devem ser adotadas pelas gestantes/puérperas; o sinal vermelho indica aspectos que devem ser evitados durante o aleitamento materno (AM); o sinal amarelo representa situações que merecem uma análise, cautela e cuidado. As pacientes recebiam fichas adesivas contendo frases e deveriam anexar na cor do semáforo cada situação correspondente ao que achavam, se permitido, se afirmação errônea ou se merecia uma maior atenção na afirmação recebida. Alguns dos enunciados usados para instigar as pacientes: “O leite de algumas mães é fraco. A maioria das mulheres não produz leite o suficiente. É normal sentir dor na amamentação. Uma mulher pode consumir café e chocolate durante a amamentação. É importante oferecer água ao bebê em dias de calor. Cerveja não interfere na produção do leite. É indicado passar óleos na mama. Passar o próprio leite ameniza rachaduras no bico do peito. Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite. Existe uma posição ideal para amamentar. Deve-se esvaziar uma mama para depois passar para outra mama. Amamentar sempre que o bebê chorar. Oferecer chá para o bebê pode amenizar cólicas ou outros sintomas. Indicado massagear a mama para estimular as glândulas mamárias, dentre outras frases”. Logo após, cada enunciado foi analisado de acordo com a posição indicada pela paciente; quando correto, algumas orientações foram acrescentadas ao conhecimento prévio; quando errado, a ficha foi retirada e anexada ao sinal correspondente explicando o porquê e esclarecendo possíveis dúvidas concernente àquela situação. A atividade foi encerrada demonstrando os passos da pega correta durante a amamentação e as posições mais utilizadas nesse momento, sendo executada também pelas pacientes com o auxílio de um boneco modelo.  RESULTADOS: Em relação ao questionamento inicial, destaca-se o percentual de usuários que desconhecem condutas fundamentais sobre o aleitamento materno. Isso pode decorrer da falta de experiência, da ausência de informações, de crenças associados à cultura materna que entram em conflito com as recomendações para o AM; entre eles, destacam-se o leite fraco, o pouco leite, administração precoce de chá e água e o uso de chupetas. É sabido que a crença de uma pessoa, sua visão de mundo ou sua espiritualidade podem repercutir sobre sua saúde. Principalmente no tocante à amamentação, os mitos ou tabus a ela relacionados podem trazer transtornos ou interferir na prática do aleitamento materno. Embora os mitos possam influenciar negativamente a prática da lactação, geralmente não são assuntos abordados pelos serviços de saúde; por isso, a importância de se incluir ações educativas com as mães na Atenção Básica, em conjunto também com a Estratégia Saúde da Família (ESF). As dúvidas que surgiram durante a dinâmica foram sanadas pelos acadêmicos com o auxílio daquelas mães mais experientes e esclarecidas. Dessa forma, as contribuições para o desenvolvimento do conhecimento necessário sobre o tema partiram de todos e atingiu também os acadêmicos que foram surpreendidos pelo envolvimento e desenvoltura das usuárias com a dinâmica. Em relação à pega correta e posições adequadas para amamentar, com o intuito de evitar rachaduras na mama ou traumas do bebê durante a amamentação, as mães foram participativas, demonstrando não conhecer os critérios necessários para observar se o bebê está adequadamente posicionado para iniciar a sucção do leite. Finalizando, foi questionado aos usuários se eles consideravam importante a Unidade Básica de Saúde funcionar como campo de estágio para os alunos da graduação, fato que gerou uma resposta bastante positiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para que a mulher possa assumir com mais segurança o papel de mãe e nutriz, ela precisa se sentir adequadamente assistida nas suas dúvidas e dificuldades; cabe aos profissionais de saúde ou com o auxílio dos acadêmicos, esclarecê-la sobre condutas imprescindíveis, de modo a tornar a gestação e a amamentação um momento de prazer. A educação em saúde reforça o conceito de determinação social da saúde, com objetivo de impactar favoravelmente a qualidade de vida. Ações intersetoriais e intrassetoriais são imprescindíveis para ampliação da consciência sanitária, com direitos e deveres da cidadania, para mudança das condições de vida da população.

2676 Relato de experiência: usando a arte para problematizar e sensibilizar a academia ao tema “Direitos humanos”
VICTOR CHAUSSE XAVIER, Dayane Shirley de Lima Santiago

Relato de experiência: usando a arte para problematizar e sensibilizar a academia ao tema “Direitos humanos”

Autores: VICTOR CHAUSSE XAVIER, Dayane Shirley de Lima Santiago

A arte possui um potencial efetivo de problematizar um assunto e sensibilizar pessoas, fatores esses que podem ser utilizados para fomentar a discussão de assuntos importantes, como os direitos humanos. Este relato tem o objetivo de colocar em pauta como a arte pode gerar a discussão sobre os direitos humanos na faculdade de medicina, explanando o potencial sensibilizador da arte, através de experiência vivenciada, em intervenção artística, como produto final de disciplina optativa na graduação de medicina intitulada “direitos humanos, cidadania e saúde”, no meio acadêmico da Escola Multicampi de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMCM-UFRN). Esta foi criada em 2014 e segue as novas diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Medicina, cujo perfil desejado do profissional médico abarca uma formação humanista, crítica, reflexiva e ética, salientando a importância dos direitos humanos na formação. Nesse contexto, foi possível pôr em voga, através da arte, assuntos relacionados aos direitos humanos além de sensificar o tema em meio acadêmico. Nesse contexto, a disciplina objetivou refletir sobre alguns aspectos que compõem o campo do conhecimento Direito Humanos e Saúde. Abordando aspectos fundamentais entre as Ciências da Saúde e as Ciências Sociais. Discutindo os conceitos de saúde e direito sob a égide dos Direitos Humanos, com destaque para a construção da cidadania e busca da justiça. A intervenção aconteceu no espaço de convivência da escola, onde há grande circulação de pessoas, desde graduandos em medicina até professores e residentes, local favorável para expor a discussão dos direitos humanos. A metodologia da intervenção foi chamada de “carta para os desumanos” e objetivou a promoção de discussões sobre direitos humanos, cidadania e saúde, durou uma semana, e consistiu em onze envelopes sobre uma mesa, livres para a manipulação do público, sendo que em dez deles continham uma carta com conteúdo fictício envolvendo alguns tema relacionado aos direitos humanos, e o décimo primeiro estava destinado para o público responder a qualquer uma das cartas, foi disposto uma resma de papel e caneta. O resultado dessa intervenção foi extremamente proveitoso e edificante, pois houve grande adesão do público da escola e incitou com eficiência a discussão dos direitos humanos, além de que as respostas às cartas obtidas demonstram a sensibilização dos participantes, para com os temas sugestionados aos direitos humanos. Nesse interim da intervenção artística, foi ressaltado o papel da arte na sociedade, como problematizadora de discussões e sensibilizadora nos meios sociais. Assim uniu-se a potência da arte e da cultura aos espaços integrados educacionais para a promoção, o debate, a formação e a execução de ações na defesa dos Direitos Humanos a partir de cada carta exposta.

4021 DESLOCAMENTOS CAUSADOS PELAS APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS NO CURSO DE APRIMORAMENTO EM PROCESSOS EDUCACIONAIS NA SAÚDE COM ÊNFASE EM AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Camila de Oliveira Santos, Clara Sette Whitaker Ferreira Clara Sette Whitaker Ferreira Clara Sette Whitaker Ferreira

DESLOCAMENTOS CAUSADOS PELAS APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS NO CURSO DE APRIMORAMENTO EM PROCESSOS EDUCACIONAIS NA SAÚDE COM ÊNFASE EM AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Autores: Camila de Oliveira Santos, Clara Sette Whitaker Ferreira Clara Sette Whitaker Ferreira Clara Sette Whitaker Ferreira

A presente reflexão trata-se de um trabalho de conclusão de curso, requisito obrigatório do Aperfeiçoamento em Processos Educacionais na Saúde promovido pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, realizado no período de novembro de 2016 a março de 2017, com atividades presenciais e a distância. Alguns questionamentos surgidos durante o curso causaram impacto na minha vida profissional e pessoal, e nessa reflexão o que mais emergiu foram: quais os deslocamentos causados em mim no decorrer do curso? Quais foram as atividades que mais instigaram os deslocamentos? De que forma essa identificação impacta o meu fazer profissional e enquanto facilitadora? Tendo como objeto, os deslocamentos causados pelas aprendizagens significativas no curso de aprimoramento em processos educacionais na saúde. E como objetivo: identificar os deslocamentos causados pelas aprendizagens significativas no curso de aprimoramento em processos educacionais na saúde relevantes a prática do facilitador. Ao relembrar as atividades vivenciadas no curso, dispus aqui as que mais me causaram deslocamentos e impactaram as minhas reflexões, contribuindo para a construção do meu perfil de competência enquanto facilitadora.

5067 A METODOLOGIA ATIVA PROMOVENDO MUDANÇAS NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: UMA REFLEXÃO DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO CURSO DE FORMAÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM PRECEPTORIA NO SUS.
Rosemary Ribeiro

A METODOLOGIA ATIVA PROMOVENDO MUDANÇAS NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: UMA REFLEXÃO DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO CURSO DE FORMAÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM PRECEPTORIA NO SUS.

Autores: Rosemary Ribeiro

Apresentação: O estudo apresentado diz respeito as reflexões acerca da experiência vivenciada a partir da realização do Curso de Pós-Graduação em Preceptoria do SUS, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês no ano 2017. O curso utiliza metodologia ativa para execução das atividades educacionais como proposta metodológica. Trata-se de um relato de experiência baseado no portfólio reflexivo e no TCC construídos ao longo da especialização, que teve como objeto do estudo a metodologia ativa promovendo mudança na construção do perfil de competência da minha trajetória, como especializada do curso de preceptoria do Sus.A metodologia ativa (MA) é uma concepção educativa que estimula processos de ensino-aprendizagem crítico-reflexivos, no qual o educando participa e se compromete com seu aprendizado. O método propõe a elaboração de situações de ensino que promovam uma aproximação crítica do aluno com a realidade; a reflexão sobre problemas que geram curiosidade e desafio; a disponibilização de recursos para pesquisar problemas e soluções; a identificação e organização das soluções hipotéticas mais adequadas à situação e a aplicação dessas soluções. Assim, as MA baseiam-se em problemas e, atualmente, duas se destacam: a Aprendizagem Baseada em Problemas e a Metodologia da Problematização(MP).O espaço de interseção entre serviço e formação é muito rico em possibilidades para a produção de novos saberes e práticas e também para a aquisição de condutas Interprofissionais na produção do cuidado como referência que as diretrizes curriculares propõem ( DCN’s). Entende-se por integração ensino-serviço o trabalho coletivo pactuado, articulado e integrado de estudantes e professores dos cursos de formação na área da saúde com trabalhadores que compõem as equipes dos serviços de saúde, incluindo-se aí os gestores, cuja finalidade é a qualidade de atenção à saúde individual e coletiva, a excelência da formação profissional desenvolvimento/satisfação dos trabalhadores dos serviços. A integração ensino-serviço vem sendo construída ao longo dos anos permeada por experiências exitosas, com contribuições significativas tanto para a academia como para o serviço e para a comunidade. As DCN’s incentivaram novas formas de organização curricular, articulação entre ensino e serviços, indicando a necessidade de repensar o processo educativo e práticas de saúde até então vivenciadas pelos profissionais. A imersão na metodologia ativa de ensino e aprendizagem contribuiu como um disparador possibilitando-me fazer deslocamentos o que colaborou para a ampliação da autonomia e do gerenciamento do processo de aprendizagem. Ocasionando uma mudança de paradigma possibilitando assim associar as minhas competências e habilidades nas áreas de gestão, atenção à saúde e educação. Para continuar a aprender e aprender.  E como resultado tais mudanças e aprendizados foram aplicadas ao meu cotidiano fortalecendo todo meu processo de trabalho enquanto profissional de saúde com atuação na gestão no campo de atenção à saúde. Considerações Finais: No percurso dos nove meses aprendi muito com o curso de preceptoria no sus. o curso contribuiu como um disparador para as reflexões acerca das minhas competências e habilidades no campo de atuação do cuidado em enfermagem. Cooperou também para diversos desdobramentos e deslocamentos de saberes que me fizeram compreender através da metodologia ativa, que a construção do conhecimento acontece através da participação ativa do profissional e evidência a construção da ação-reflexão-ação, corroborando com o projeto pedagógico e organização curricular do curso que prevê a vivência da prática, teorização e atuação na prática vivenciada no curso. Somente exercitando a autonomia e a gestão do próprio trabalho é que poderemos ser bons preceptores e essa é uma das conquistas em termos de competências. Sempre fui defensora do papel reflexivo que o profissional de saúde deve ter, e da necessidade de sermos pró- ativos na nossa práxis diária.  Para atender as demandas de saúde do território, além de driblar as dificuldades da saúde pública. Contudo pude me dar conta de que não é só na prática clínica que precisamos ser “inventivos”, mas também no processo de aprendizagem buscando e construindo conhecimento sempre, ou seja, trazer mais teoria a nossa prática, o que remete inevitavelmente á urgente necessidade da efetivação da Educação Permanente em Saúde dentro dos serviços de saúde. Nesse caminhar as leituras realizadas sobre o tema me possibilitou uma maior aproximação e compreensão da realidade do perfil da preceptoria, compartilhando vivências e melhorias com relação à formação do enfermeiro para contribuir na consolidação da atual política de saúde vigente no país. O curso proporcionou me  amadurecimento através de todas as atividades desenvolvidas,  ao aprender  gerenciar o próprio aprendizado fica evidente que isto precisa ser adaptado ao cotidiano das Unidades de Saúde, onde os momentos de educação precisam ser constantes e constituir-se em processos coletivos e crítico-reflexivos sobre o processo de trabalho, compreendendo a aprendizagem como dinâmica e fruto do engajamento ativo no realidade garantindo a integralidade da atenção à saúde com qualidade em busca de um SUS de qualidade. Não poderia deixar de citar o penúltimo encontro ao assistir o cine viagem que expõe a biografia do Poeta Manoel de Barros. Foi de extrema riqueza como todas as outras apresentações. Algumas mexeram muito com as minhas emoções. Mais esta última corroborou com a finalização do meu portfólio quando menciono no parágrafo anterior que precisamos ser inventivos. Foi exatamente esta mensagem que o cine viagem me passou. O Poeta Manoel de Barros brinca com as palavras, reinventando sentidos e criando cenários de criatividade, com o seu próprio jeito de expressar a natureza, as coisas, as palavras, as pessoas, em fim o que ele julgava adequado, coisas de um homem que soube como usar as palavras sem ferir ninguém e encantar a todos com sua criatividade e poesia nos pequenos detalhes.  Dando vida aos detalhes que para muitos seria insignificante, para Manoel de Barros seria a excentricidade. Carecemos deste olhar mais excêntrico, criativos e inventivos.

5357 Relato de experiência: uso da metodologia da problematização no Eixo Atividade Integrada do curso de Fisioterapia na Universidade do Estado do Pará
João Victor Aguiar da Silva, Robert Douglas Costa de Melo, Cynthia da Silva Pereira, Sheila Silva dos Santos, Ana Luiza do Amaral Sousa, John Henry de Oliveira Vale, Andrei Silva Freitas, Frank Josué Costa do Nascimento

Relato de experiência: uso da metodologia da problematização no Eixo Atividade Integrada do curso de Fisioterapia na Universidade do Estado do Pará

Autores: João Victor Aguiar da Silva, Robert Douglas Costa de Melo, Cynthia da Silva Pereira, Sheila Silva dos Santos, Ana Luiza do Amaral Sousa, John Henry de Oliveira Vale, Andrei Silva Freitas, Frank Josué Costa do Nascimento

Relato de experiência acerca do uso da metodologia da problematização no eixo atividade integrada do curso de Fisioterapia na Universidade do Estado do Pará (UEPA) referente ao 4° semestre no ano de 2017 sobre a ótica de um discente. Assim como previsto pelo Projeto Político Pedagógico do curso de Fisioterapia do ano de 2016, que tem como base a interdisciplinalidade e as metodologias ativas de aprendizagem, o Eixo Atividade Integrada consiste em um eixo de carárter horizontal que visa a integração dos conhecimentos teóricos e práticos desenvolvidos nas outras modalidades de ensino. Com isso, tem-se como objetivo desse relato, descrever as etapas do processo de atuação do discente na Atividade Integrada durante o 4° semestre. Trata-se de um estudo descritivo, qualitivo do tipo relato de experiência, elaborado a partir da vivência da Fisioterapia aplicada na Saúde da Criança dentro de um Centro de Referência de Saúde na cidade de Santarém-PA. Inicialmente, a turma foi apresentada para quais locais de vivência seriam levados e divididos em subgrupos, as visitas seriam realizadas semanalmente em ambientes diferentes, sendo reservado duas semanas para cada um. O Centro de Referência em Saúde da Criança foi o primeiro cenário de prática visitado, no primeiro dia realizamos a primeira etapa da Metologia da Problematização que consiste na observação da realidade do Centro de Referência, analisamos quais profissionais atuam, os pacientes atendidos, a estrutura física dentre outras observações inclusas também na construção dos pontos-chave para elaboração da teorização dialogada após a visita entre os acadêmicos do subgrupo, o conteúdo pesquisado é socializado com o professor e orientado para a realização da última etapa, a aplicação à realidade, na semana seguinte a visita. A ferramenta e a teorização foram construídas para educação em saúde sobre estimulação precoce voltada para os pais de recém nascidos e bebês atendidos pelo centro de referência. Por fim, evidencia-se a Metodologia da Problematização como uma importante forma de ensino na área da saúde visto que ela integra e torna interdisciplinar os conteúdos estudados ao longo dos semestres.