A 11ª Edição do Laboratório Ítalo-Brasileiro de Formação, Pesquisa e Práticas em Saúde Coletiva terá sede na capital do semiárido brasileiro, cidade de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte. O Estado do Rio Grande do Norte é governado neste momento por uma mulher, representante do segmento LGBT+, de formação como professora e perfilada com as lutas populares, o que a identifica com os movimentos dereforma no setor sanitárioitaliano e brasileiro, com os movimentos da Luta Antimanicomial italiana e brasileira, com as ações de Educação Popular orientadas ao direito de acesso à educação e à saúde e com as iniciativas de defesa do mais amplo acesso à qualidade de vida e saúde da população.
O título do Laboratório, nesta edição, “Vidas: (con)vivências na e com a pandemia”, convida a tomar a própria vida como ponto de inflexão ao pensar a saúde coletiva e confronta tanto as intervenções dos sistemas e serviços de saúde como as experiências vividas na sociedade durante a pandemia de covid-19, uma emergência sanitária internacional, com forte impacto na sobrevida das populações acometidas e no “nascimento” de iniciativas originais de profissionais, populares, serviços, organizações e governos. Se o grande número de mortes foi o desfecho dramático dessa vivência, a convivência com a pandemia também buscou a luta pela vida e pelas vidas que pediam passagem por meio da organização popular e recriação dos sistemas e serviços de saúde. A dimensão de uma pandemia colocou questões à saúde global e internacional. O adoecimento e a morte de tantas pessoas ao mesmo tempo pelo mundo afora colocou questões à subjetividade e à saúde mental. A necessidade de conversar com todo mundo colocou questões à educação popular e à formação profissional.
A 11ª Edição do Laboratório articula-se, assim, por meio “de conteúdos” de conversa, troca e interlocução, mas, também, por meio “das formas” dessa conversa, troca einterlocução. Seguindo múltiplas e diferentes estratégias dialógicas buscar-se-á o encontro, o desafio ao pensamento e a convocação aos afetos de empatia, simpatia, alteridade e pluralidade, defesa da democracia participativa e dos movimentos autopoiéticos em afirmação da vida.
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L’11ª Edizione del Laboratorio Italo-Brasiliano di Formazione, Ricerca e Pratiche in Salute Collettiva sarà insediato nella capitale della regione semiarida brasiliana, città di Mossoró, Stato del Rio Grande do Norte. Lo Stato del Rio Grande do Norte è governato oggi da una donna, rappresentante della popolazione LGBT+, è professoressa e fortemente impegnata nelle lotte popolari della sinistra. Questo la rende particolarmente attenta e vicina ai movimenti di riforma nel settore sanitario italiano e brasiliano, ai movimenti di lotta anti- manicomiale italiana e brasiliana, alle azioni di Educazione Popolare orientate al diritto d’accesso all’istruzione ed alla salute, e alle iniziative di difesa dell’accesso più largo alla qualità di vita e salute della popolazione.
Il titolo del Laboratorio, in questa edizione, “Vite: condivi(v)ere nella e con la pandemia”, invita a considerare la propria vita come punto di inflessione, quando si pensa alla salute collettiva e mette a confronto sia gli interventi dei sistemi e servizi sanitari che le esperienze vissute durante la pandemia di covid-19, un’emergenza sanitaria internazionale, di forte impatto nella sopravvivenza delle popolazioni colpite e nella “nascita” di iniziative originali di professionisti, popolari, servizi, organizzazioni e governi. Se il grande numero di morti è stato il risultato drammatico di questa vivenza, la convivenza con la pandemia ha anche indotto la lotta per la vita e per le vite che chiedevano un riscatto tramite l’organizzazione sociale e cambiamento dei sistemi e servizi sanitari. La dimensione di una pandemia ha posto delle domande alla salute globale ed internazionale. La malattia e la morte di tante persone nello stesso momento nel mondo, ha posto delle domande alla soggettività ed alla salute mentale. Il bisogno di conversare con tutto il mondo ha prodotto delle domande all’educazione popolare ed alla formazione professionale.
L’11ª Edizione del Laboratorio si articola, così, mediante “contenuti” di conversazione, scambio ed interlocuzione, ma, anche, mediante “le forme” di questa conversazione, scambio ed interlocuzione. Secondo molteplici e diverse strategie dialogiche, si dovrebbe cercare l’incontro, la sfida al pensiero e la stimolazione di empatia, simpatia, alterità e pluralità, difesa della democrazia partecipativa e dei movimenti autopoietici come affermazione della vita.