335: Multiplas Ações no Ambiente Hospitalar no cuidado da Criança e Adolescente | |
Debatedor: Liliane Faria da Silva | |
Data: 30/10/2020 Local: Sala 08 - Rodas de Conversa Horário: 13:30 - 15:30 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
7518 | PROJETO DE INTERVENÇÃO - ESPAÇO RECREATIVO E DATAS COMEMORATIVAS: HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO HOSPITALAR Antônia Evilannia Cavalcante Maciel, Adriane das Neves Silva PROJETO DE INTERVENÇÃO - ESPAÇO RECREATIVO E DATAS COMEMORATIVAS: HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO HOSPITALARAutores: Antônia Evilannia Cavalcante Maciel, Adriane das Neves Silva
Apresentação: A humanização da assistência é fundamental na recuperação da saúde do indivíduo, utilizando o holístico na busca de promover o cuidado integral com equidade a todos os usuários do SUS. O tema abordado aponta para a importância das percepções das dimensões do cuidado e do viver humano. Os profissionais de saúde devem levar em consideração os fatores da hospitalização de longa permanecia onde os pacientes sofrem com as mudanças de hábitos, restrições, distanciamento dos entes queridos e a vulnerabilidade em que esses pacientes se encontram. Toda via a humanização das relações e do cuidado ao ser humano, no ambiente hospitalar, nos últimos anos tem sido uma preocupação dos profissionais da saúde. Objetivo: Sensibilizar os profissionais da saúde quanto à adesão ao projeto e sua importância na humanização a assistência no ambiente hospitalar. Desenvolvimento: Apresentação: do projeto de intervenção ao núcleo de educação permanente e continuada do Hospital, buscar parcerias com outros setores no âmbito do hospital. Realizar primeiro encontro em formato roda de conversa com a equipe multidisciplinar, utilizar metodologias ativas árvore de problema visando problematizar e refletir quanto a humanização a assistência hospitalar e a longa permanência hospitalar, seguindo com a apresentação do projeto de extensão a equipe. Serão realizadas rodas de conversas mensais com exposições de situações problemas utilizando metodologias ativas para exposições de ideias, problemáticas, dificuldades e soluções. Durante as reuniões será montado um calendário de festas comemorativas para serem executados com os pacientes junto a aprovação do núcleo de segurança do paciente. As atividades de humanização serão avaliadas e discutidas durante as rodas de conversas entre a equipe multidisciplinar. Resultado: esperados: Sob esse enfoque, o referido projeto de intervenção sugere um caminho que leva a discussões interdisciplinares, sobre a possibilidade de implantar momentos específicos e especiais na vida dos pacientes de longa permanência hospitalar, envolvendo, invariavelmente os usuários e servidores do Hospital. Além da eficiência técnico-científica, os caminhos apontam também para a prática da sensibilidade e da solidariedade humana. Considerações finais: Diante de uma proposta de recomposição das práticas de cuidado, reforça-se a necessidade da intervenção e a construção de ações que responda a problemática da inadequação, formação, qualificação, sensibilização e interação dos profissionais de saúde em relação aos pacientes de longa permanência e seus familiares. A perspectiva é que o projeto de intervenção seja uma ativação de processos de mudanças no âmbito hospitalar onde será implementado podendo assim alcançar o objetivo proposto no projeto de intervenção, criando estratégias terapêuticas e principalmente a sensibilização da equipe multidisciplinar quanto a humanização da assistência, visando o bem-estar emocional dos pacientes de longa permanência. |
6488 | ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS NA UTI/ UI NEONATAL EM UM HOSPITAL MUNICIPAL NO RIO DE JANEIRO PATRICIA FERREIRA DIAS COSTA, MONIQUE ARAÚJO DE BRITO ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS NA UTI/ UI NEONATAL EM UM HOSPITAL MUNICIPAL NO RIO DE JANEIROAutores: PATRICIA FERREIRA DIAS COSTA, MONIQUE ARAÚJO DE BRITO
Apresentação: A farmacoterapia em neonatos e lactentes necessita de muito cuidado e vigilância, uma vez que as características fisiológicas desse grupo etário têm influência na farmacocinética dos medicamentos. A escolha de medicamentos para esse grupo com características específicas e necessidades terapêuticas especiais depende de critérios como a idade, idade gestacional corrigida, peso atualizado e características farmacocinética e farmacodinâmica – principalmente de medicamentos off label e não licenciados. Esse trabalho consiste de um estudo descritivo, retrospectivo, com os objetivos de quantificar o uso de medicamentos segundo classe terapêutica e consumo em Dose Diária Definida em crianças, (DDDi) e determinar a prevalência de medicamentos de uso off label e não licenciados e de manipulações e modificações de formas farmacêuticas na UI e UTI Neonatal de um Hospital Municipal do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorrerá nos meses de janeiro a maio de 2020 das prescrições atendidas no ano de 2019. A amostra a ser analisada será composta da totalidade dos pacientes presentes nas unidades em estudo. Sexo, idade, peso e diagnóstico de internação serão coletados a partir do prontuário médico. Uma vez que há escassez de especialidades farmacêuticas de uso hospitalar em formas farmacêuticas indicadas para uso neonatal e pediátrico, as preparações magistrais são opções vantajosas para a obtenção de medicamentos com forma farmacêutica adequada para o uso pediátrico. Elas permitem a flexibilidade nas doses e facilitam a administração do medicamento, diminuindo os custos e permitindo manipular medicamentos que não são comercializados, mas que são de interesse médico. O uso de uma tecnologia pode trazer riscos à saúde da população, principalmente se esse uso não for racional. Para minimizar esses riscos e obter os benefícios, espera-se que a utilização de quaisquer tecnologias em saúde seja pautada nos preceitos da saúde baseada em evidências, objetivo que pode ser atingido com a difusão dos conceitos e métodos de avaliação de tecnologias em saúde. Somente assim esse uso pode trazer mais benefícios do que riscos para a sociedade. |
6562 | EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM BELÉM (PA) Alina Dariane Freitas, Eduardo Pastana Cardoso, Maria do Socorro Oliva da Silva, Francileni Carvalho Monteiro, Giselly dos Santos dos Santos da Silva, Andréia Silva de Oliveira, Andrezza Ozela de Vilhena, Thaís Alaíde Reis Meireles EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM BELÉM (PA)Autores: Alina Dariane Freitas, Eduardo Pastana Cardoso, Maria do Socorro Oliva da Silva, Francileni Carvalho Monteiro, Giselly dos Santos dos Santos da Silva, Andréia Silva de Oliveira, Andrezza Ozela de Vilhena, Thaís Alaíde Reis Meireles
Apresentação: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são adquiridas no ambiente hospitalar e podem manifestar-se durante a internação ou após a alta, desde que relacionadas à internação ou a procedimentos hospitalares. Em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) fatores específicos de sua clientela são determinantes diretos da incidência de infecção. Aproximadamente 20% a 30% das IRAS são consideradas preveníveis através de programas de controle e higiene intensivos, segundo o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC, 2016). Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico das infecções relacionadas à assistência à saúde em uma unidade terapia intensiva pediátrica de um hospital de referência em Belém (PA). Desenvolvimento: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, observacional de incidência. Realizado na CCIH (Comissão de controle de infecção hospitalar) com dados secundários referentes à UTI pediátrica da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, uma instituição voltada para a assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) nas referências de Psiquiatria, Cardiologia e Nefrologia. Os dados foram referentes ao período de janeiro a dezembro de 2019, obtidos e posteriormente analisados através do programa Excel, em expressões através de estatística descritiva. Resultado: Foram totalizados 2470 pacientes admitidos no período de janeiro a dezembro de 2019 na UTI pediátrica com taxa de incidência global de IRAS de 23,1%. O percentual de utilização de cateter venoso central foi de 80,6%, a utilização de sonda vesical de demora 51,2%, de ventilação mecânica 48,5% e IPCSL associado ao CVC, foi de 9,0%. A taxa de pneumonia associada a ventilação mecânica foi de 3,3% e a infecção do trato urinário 2,4%. Considerações finais: A adesão às medidas rotineiras de precaução, higienização adequada das mãos e criação de protocolos assistenciais associadas à vigilância epidemiológica resulta em melhoria assistencial e redução das taxas de infecção. É fundamental o envolvimento de toda equipe, assim como, estabelecer na equipe multiprofissional conceito de Programa de Segurança, que se baseia em melhorar o compartilhamento das informações entre os membros, reordenar o trabalho e monitorizar procedimentos e indicadores. Deve ser utilizado o princípio dos quatro componentes: envolver a equipe, educar com base em evidências, executar a proposta e medir os resultados. |
6900 | CARACTERÍSTICAS OBSTÉTRICAS E DE NASCIMENTO DE RECÉM- NASCIDOS PREMATUROS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL Ana Paula Rezendes de Oliveira, Alexandre Aguiar Pereira, Andressa Tavares Parente, Akison Zidane Merca Silva, Ana Kedma Correa Pinheiro, Gracileide Maia Correa, Eliene do Socorro da Silva Santos, Caroline Marinho Pereira CARACTERÍSTICAS OBSTÉTRICAS E DE NASCIMENTO DE RECÉM- NASCIDOS PREMATUROS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATALAutores: Ana Paula Rezendes de Oliveira, Alexandre Aguiar Pereira, Andressa Tavares Parente, Akison Zidane Merca Silva, Ana Kedma Correa Pinheiro, Gracileide Maia Correa, Eliene do Socorro da Silva Santos, Caroline Marinho Pereira
Apresentação: O elevado número de neonatos de baixo peso ao nascimento (peso inferior a 2.500 g, sem considerar a idade gestacional) constitui um importante problema de saúde e representa um alto percentual na morbimortalidade neonatal. Além disso, tem graves consequências médicas e sociais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o parto prematuro é a ocorrência do nascimento antes do termo, ou seja, abaixo de 37 semanas de gestação, independente do peso ao nascer, podendo ser classificado, de acordo com a idade gestacional (IG) do recém nascido, em: prematuro extremo, que se refere àqueles recém nascidos nascidos com IG inferior a 28 semanas; muito prematuro, os nascidos entre 28 a 31 semanas e 6 dias de IG; e o prematuro moderado a tardio, aqueles que nasceram com IG de 32 a 36 semanas e 6 dias. A etiologia do nascimento pré-termo é complexa e multifatorial, sofrendo interferência de fatores sociais, como baixa renda e baixa escolaridade materna; psicológicos, como depressão e ansiedade; comportamentais, como o tabagismo; socioeconômico e culturais, incluindo idade materna nos extremos do período e relacionados à assistência pré-natal e biológicos, como gemelaridade e malformação. Quanto às causas que frequentemente resultam em um parto prematuro estão relacionadas a uma lista de fatores que compreendem, entre outros, a idade, cor da pele, renda, escolaridade, paridade, reprodução assistida, intercorrências gestacionais como, por exemplo, hipertensão, diabetes e ruptura prematura da membrana, saúde e hábitos maternos. Tem como objetivo: Identificar as características obstétricas e de nascimento de recém nascidos prematuros internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa de campo observacional, descritiva, de abordagem quantitativa, desenvolvida a partir de dados secundários oriundos de prontuários clínicos. A pesquisa foi desenvolvida e uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de uma Maternidade de referência na cidade de Belém do Pará. A Unidade é dividida em 04 alas (A1, A2, A3 e A4), cada uma contando com 10 leitos, totalizando 40 leitos de internação neonatal. Compuseram a amostra 73 prontuários de recém nascidos prematuros, que foram internados no setor com mais de 24 horas. A coleta de dados ocorreu no período de outubro a dezembro de 2018, utilizando um instrumento de pesquisa previamente elaborado pelos pesquisadores, com base no objetivo de estudo. A análise dos dados foi feita por meio de estatística descritiva, na qual as informações coletadas foram inseridas em uma planilha eletrônica no software Microsoft Office Excel, versão 2010, e posteriormente compiladas e analisadas com auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0, para se mensurar as frequências. O estudo foi embasado na Resolução n° 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. Para sua realização foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital, sendo aprovado sob o parecer nº 2.775.35. Assinou-se o Termo de Compromisso para Utilização de Dados de Prontuários Médicos (TCUD) para possível manipulação dos prontuários dos recém nascidos prematuros, e o sigilo foi mantido utilizando-se o código RN seguido do número de ordem de análise do prontuário (RN1, RN2. RN73). Resultado: Dos 73 prontuários de recém nascidos pesquisados, 25 (34%) foram classificados como muito prematuros, 28 (38%) como prematuros moderados a tardios e 20 (27%) como prematuros extremos, sendo que 37 (51%) eram do sexo feminino e 36 (49%) do sexo masculino. 39 (53%) nasceram de parto cesáreo e 34 (47%) de parto normal. 53 (73%) apresentaram algum tipo de intercorrência durante o parto e sua genitora foi diagnosticada com algum tipo de patologia durante a gestação, mas 62 (85%) nasceram sem patologia congênita e/ou malformações fetais. Destaca-se, assim, o maior número de prematuros nascidos de parto cesáreo, 39 (53%). No Brasil, diretriz recente considera que a taxa de cesariana de referência, ajustada para a população brasileira, seria de 25% a 30%. Contudo, o Brasil está distante de alcançá-la: entre 2001 e 2014, as cesarianas cresceram 67% no país, tornando-se o método de nascimento prevalente, representando 57% dos nascimentos em 2014. Mas ressalta-se que cesáreas realizadas de forma adequada e seguindo uma indicação médica precisa são procedimentos potencialmente salvadores de vidas. Também chama a atenção que 53 (73%) de prematuros nasceram de mães que apresentaram algum tipo patologia durante a gestação, principalmente a Infecção do Trato Urinário (ITU) que foi identificada em 29 (55%) das gestações. Estudo transversal que utilizou dados de entrevistas e de prontuários de 928 puérperas residentes no município de Maringá (PR), cujos partos foram financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e convênios e particulares (não SUS), demonstrou que 815 (87,8%) relataram pelo menos uma intercorrência na gestação, sendo que a ITU foi uma das intercorrências mais frequentes (31,5%), achado que coincidiu com essa pesquisa. Nesse contexto, o pré-natal é considerado um procedimento primordial para evitar complicações na gravidez e deve ser ofertado a todas as mulheres, persistindo no decorrer de toda a gestação. Considerações finais: Concluiu-se que estes resultados revelam as características obstétricas e de nascimento dos recém nascidos desta Unidade, podendo contribuir no direcionamento de ações voltadas à prevenção de agravos e a promoção da saúde materna e neonatal a nível regional e nacional. Evidenciou-se que os resultados dessa pesquisa convergem com os achados de outras pesquisas realizadas e que as características apontadas se assemelham a perfis encontrados nas Unidades Neonatais já estudadas por todo país. Espera-se que a partir do conhecimento das características deste público, a tomada de decisões estratégicas e a resolução de dificuldades ainda existentes possam ser melhor visualizadas, encaradas e minimizadas pelos profissionais da saúde atuantes e gestores, principalmente no que diz respeito a Atenção Pré-natal, para que as gestantes possam ser assistidas de maneira qualificada, permitindo que diagnósticos de risco sejam identificados precocemente e que a rede de atenção cubra adequadamente essas mulheres, contribuindo, dessa forma, para o combate do nascimento prematuro. |
7312 | ALEITAMENTO MATERNO NA INTERNAÇÃO DO RECÉM NASCIDO PRÉ-TERMO ATÉ OS 6 MESES Beatriz Reis Vanderlei Italo Abreu Ramos ALEITAMENTO MATERNO NA INTERNAÇÃO DO RECÉM NASCIDO PRÉ-TERMO ATÉ OS 6 MESESAutores: Beatriz Reis Vanderlei Italo Abreu Ramos
Apresentação: A amamentação exclusiva é preconizada pela Organização Mundial da Saúde (2012), a Fundo das Nações Unidas para a infância(2012) e o Ministério da Saúde (2014) do nascimento até seis meses de idade, após isto, será complementada até os dois anos de idade. Alimentar um recém nascido pré-termo é um processo complexo que requer a integridade de vários componentes; o mesmo possui maior vulnerabilidade ou demandas próprias que precisam ser satisfeitas para que seu crescimento e seu desenvolvimento sejam completos. É portanto diligência do profissional enfermeiro incentivar, orientar e reforçar a importância do contato pelo toque e a amamentação. Objetivo: Descrever a necessidade de que os profissionais de saúde saibam o benefício que seria gerado aos recém nascidos pré-termos se tivessem o aleitamento materno introduzido na UTI Neonatal e não na alta do paciente. Método: A pesquisa é de abordagem qualitativa com caráter descritivo e exploratório, foi realizada na Casa da Criança e Adolescente de Macaé, uma unidade de referência de atendimento ao recém nascido prematuro, na primeira consulta do Follow Up. Os critérios de inclusão para as mães foram: ser mãe de recém nascidos pré-termo com menos de 37 semanas ao nascer e que receberam alta em aleitamento materno. O critério de inclusão para os RNPTs foi: nascer com menos de 37 semanas. Resultado: Ao todo foram quatro mães entrevistadas, e todas relataram que o recém nascido não iniciou o aleitamento materno desde a UTI Neonatal, e a informação que foi proporcionada as mães eram que o leite não era nutritivo o suficiente para que o bebê pudesse se desenvolver. Portanto, foi introduzido fórmula para eles e não o aleitamento materno e teve continuidade na alta hospitalar. Na pesquisa foi analisado que das quatro mães, todas permaneceram usando fórmulas, mas duas acompanhadas do A. M. Essa situação foi ocasionada por falta de informação dos profissionais, pois nenhuma relatou a participação e explicação do profissional de saúde sobre a importância que teria o aleitamento materno exclusiva até os seis meses. Além disso, duas mães que foram atendidas pelo mesmo pediatra foram informadas da insuficiência do leite materno para o melhor desenvolvimento do recém nascido pré-termo mesmo eles aceitando o aleitamento materno sem nenhuma intercorrência. Das 4 mães, três relataram o quanto queriam e ofereceram retirar o leite, para que dessem na UTI Neonatal e também se preocuparam e sentiram-se fracas por seus filhos não poderem se alimentar somente do leite delas, uma mãe, relatou ter tido depressão por não se sentir realizada por seu leite não ser nutritivo para o filho, pois sonhava com esse momento, no caso dela, o bebê aceitava muito bem o leite materno, mas como não estava ganhando tanto peso, o pediatra disse da insuficiência do leite, assim foi relatado na entrevista. Considerações finais: A falta de informação por parte da mãe e dos profissionais de saúde sobre a importância do aleitamento materno exclusivo tem ocasionado uso de fórmula impulsiva, sem a solicitação da mãe, e até mesmo, sem a necessidade, já que as mães produziam leite normalmente e nenhum leite materno é insuficiente para nutrição do recém nascido pré-termo. |
7795 | MONITORIZAÇÃO DA OFERTA DO OXIGÊNIO SUPLEMENTAR EM NEONATOS: DESAFIOS E POTÊNCIAS Vanessa Oliveira Ossola da Cruz, Luciana da Silva Lanzillotti, Andrea Zin, Aline Piovezan Entringer, Marcelle Campos Araujo, Roberto Carlos Lyra da Silva, Clarissa Coelho Vieira Guimarães, Beatriz Gerbassi Costa Aguiar MONITORIZAÇÃO DA OFERTA DO OXIGÊNIO SUPLEMENTAR EM NEONATOS: DESAFIOS E POTÊNCIASAutores: Vanessa Oliveira Ossola da Cruz, Luciana da Silva Lanzillotti, Andrea Zin, Aline Piovezan Entringer, Marcelle Campos Araujo, Roberto Carlos Lyra da Silva, Clarissa Coelho Vieira Guimarães, Beatriz Gerbassi Costa Aguiar
Apresentação: A oxigenoterapia suplementar é uma das intervenções terapêuticas mais utilizada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Ou seja, é um desafio que necessita de atuação multidisciplinar entre a equipe médica, de enfermagem e de fisioterapia respiratória, para minimizar as complicações associadas à hipóxia e hiperóxia, proporcionando um cuidado singular, qualificado e humanizado. Objetivo: avaliar as práticas da equipe multidisciplinar na monitorização de oxigênio suplementar ofertado para recém nascidos. Método: O delineamento do estudo é transversal e foi desenvolvido em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal com capacidade para 14 leitos na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Nessa unidade há muitos recém nascidos graves e crônicos, além de ser uma instituição de ensino (graduandos, mestrandos, doutorandos e residentes) e de referência na saúde da mulher, da criança e do adolescente. Assim sendo, para se obter o maior quantitativo de profissionais na unidade, não atrapalhar a dinâmica do setor por ser altamente corrido e agitado e coletar os dados da observação participante de forma que os profissionais não percebessem, para não interferir nos resultados, o grupo de pesquisa decidiu ser em um mês, no plantão diurno, 07h às 19hrs, de segunda a sexta-feira, a partir da construção de um instrumento observacional no período de novembro de 2016, o qual resultou em 22 dias observados pela pesquisadora responsável pelo estudo. Os participantes da pesquisa observados foram 104 profissionais, os quais foram informados sobre a pesquisa e seu método, sendo: 11 médicos neonatologistas (plantonistas e rotinas staffs), 13 médicos residentes (residente de terceiro ano e residente de quarto ano), 2 fisioterapeutas plantonistas, 2 fisioterapeutas residentes, 20 enfermeiros (rotina e plantonistas), 11 enfermeiros residentes (residentes de primeiro ano e residente de segundo ano) e 45 técnicos de enfermagem que atuam na unidade. Na produção dos dados acerca do cenário da pesquisa, as seguintes informações foram extraídas do instrumento observacional, resultando nas seguintes variáveis: ocupação dos leitos, monitorização do oxigênio (os recém nascidos estavam em uso do oxímetro de pulso), observação da prática dos profissionais frente à configuração do monitor (pesquisador verifica os monitores e qual ajuste está programado ao recém nascido em oferta de oxigênio suplementar), quais os métodos de oferta de oxigênio encontrados na unidade e qual a relação profissional/recém nascido. É importante destacar que os recém nascidos não constituem objeto de pesquisa, e sim as práticas desenvolvidas pelos profissionais na monitorização da oferta do oxigênio suplementar. Como critério de exclusão, teve-se os monitores dos recém nascidos cardiopatas, pois utiliza-se parâmetros diferentes, sendo dispensado a observação destes nesse estudo. Os dados foram organizados com auxílio dos programas Microsoft Excel® e Microsoft Word®, analisados a partir da estatística descritiva, utilizando as medidas de tendência central e dispersão. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Fernandes Figueira, com o parecer n° 1.894.151/2016. Resultado: Dos 104 profissionais de saúde observados obteve-se a mediana de 10 anos de formado, três anos do tempo de atuação na unidade e seis anos de atuação na neonatologia. O perfil é 37 (35,6%) têm especialização lato sensu, 76 (73,1%) são da equipe de enfermagem, 54 (51,9%) compõe o quadro permanente da instituição, 83 (79,8%) são plantonistas, a carga horária semanal: 75 (72,1%) são 40hrs e 57 (54,8%) não trabalha em outra instituição. A média/mediana de paciente-dia foi de 15 bebês, com o máximo de 18 bebês (ocupação 129,0%) e mínimo de 12 (ocupação 86,0%). O desvio padrão foi 1,69 e o intervalo interquartil foi 14; 15; 16. A média de recém nascidos em uso de algum método de oferta de oxigênio suplementar foi de 8,4; o desvio padrão foi 1; a mediana foi de 9 e intervalo interquartil foi 8; 9; 9. A média de pacientes em uso da ventilação mecânica foi 4,32; o desvio padrão de 1,67; a mediana de 5 e o intervalo interquartil foi 2,25; 5; 6. A média de pacientes utilizando pressão positiva contínua nas vias aéreas foi de 3,5; o desvio padrão de 1,18; a mediana de 3 e o intervalo interquartil foi de 3; 3; 4. E a média de pacientes em uso de cateter nasal foi de 0,5; o desvio padrão de 1; mediana de 0,5 e o intervalo interquartil de 0; 0,5; 1. Cabe destacar que 100,0% dos recém nascidos estavam monitorizados e utilizavam--se o blender. A média diária de monitores checados foi 8,54; o desvio padrão foi 1,1; a mediana diária foi de 9 e o intervalo interquartil foi de 8; 9; 9. A média diária de monitores desligados foi de 4,41; o desvio padrão de 1,74; a mediana diária de 4 e o intervalo interquartil de 3; 4; 5,75. A média diária de monitores no ajuste correto foi de 3,5; o desvio padrão de 1,5; a mediana diária foi de 4 e o intervalo interquartil de 3; 4; 4,75. E a média diária de monitores no ajuste alterado foi de 0,64; o desvio padrão de 0,73; a mediana diária foi de 0,5 e o intervalo interquartil de 0; 0,5; 1. Destaca-se que nos três primeiros dias de coleta de dados a pesquisadora encontrou um recém nascido com dois monitores, pré e pós ductal, diante da sua gravidade. A partir do quarto dia, após estabilização, o bebê ficou com apenas um monitor. Quanto à relação de monitores no ajuste correto, comparado a estar desligado ou alterado o ajuste, resultou em uma média de 0,41; o desvio padrão de 0,17; a mediana de 0,43 e o intervalo interquartil de 0,31; 0,43; 0,54. Ou seja, em torno de 57,0% dos monitores não estavam no ajuste adequado. Assim a recomendação, não passar valores acima de 95,0% no ajuste de saturação de oxigênio ao recém nascido não foi contemplado. Após a observação, quando a pesquisadora obtinha a configuração do ajuste do alarme desligado, ou o valor diferente do preconizado, em postura ética, ia ao encontro dos profissionais que estavam responsáveis pelos cuidados do recém nascido a fim de orientá-los, obtendo sucesso ao conseguir que eles configurassem o monitor conforme o parâmetro institucional (alarme no monitor valor entre 89 – 95,0%). Considerações finais: Ao longo do estudo, constatou-se que as práticas desenvolvidas pela equipe multidisciplinar nesta instituição estão de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria diante de todos os recém nascidos estarem monitorizados e em uso do blender na oferta do oxigênio suplementar. No entanto, o critério não passar valores acima de 95,0% no ajuste de saturação de oxigênio ao recém nascido não foi contemplado, pois obteve-se menos de 50,0% dos monitores configurados corretamente. |
7888 | A INTEGRAÇÃO ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM E O FAMILIAR NO CUIDADO A CRIANÇA HOSPITALIZADA Jaci José De Souza Junior, Alice Damasceno Abreu, Érika Luci Pires Vasconcelos, Priscila Pimentel de Souza, Isabela da Costa Monnerat, Claudia Cristina Dias Granito, Alessandra de Souza Cordeiro, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco A INTEGRAÇÃO ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM E O FAMILIAR NO CUIDADO A CRIANÇA HOSPITALIZADAAutores: Jaci José De Souza Junior, Alice Damasceno Abreu, Érika Luci Pires Vasconcelos, Priscila Pimentel de Souza, Isabela da Costa Monnerat, Claudia Cristina Dias Granito, Alessandra de Souza Cordeiro, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco
Apresentação: A hospitalização infantil é uma situação essencialmente angustiante, exigindo dos profissionais de enfermagem a minimização do sofrimento da criança e da família, elemento que se torna essencial no cuidado integral. O presente estudo tem como objetivo analisar a integração equipe de enfermagem com a família nos cuidados a criança hospitalizada. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de caráter descritivo explicativo, por meio de revisão de literatura integrativa de artigos de publicação eletrônica, em periódicos nacionais de representatividade na área de enfermagem, indexados ao banco dados da BVS, sendo utilizados artigos publicados entre 2015 a 2019 com análise de textos relacionados a percepção da equipe de enfermagem acerca da integração do familiar nos cuidados a criança hospitalizada. A partir da análise dos 10 artigos triados, foram criadas duas categorias de análise que englobam os temas centrais abordados pelos autores: Familiar no cuidado à criança no processo de hospitalização e, Integração: cuidado equipe e família. Resultado: Esta pesquisa identificou a necessidade de que a comunicação seja estabelecida, criando vínculos e organizando os serviços pediátricos no sentido de estarem preparados, com estrutura e processos de cuidados adequados, para o manejo, tratamento e acompanhamento do paciente. Considerações finais: O estudo fornece subsídios para prestação de um atendimento com resolutividade e responsabilização demonstrando que refletir as ações, indicar estratégias e identificar as dificuldades no processo hospitalização, resulta no aprimoramento dos serviços, obtendo-se benefícios para o paciente pediátrico, maior satisfação dos familiares, e a melhoria do ambiente de trabalho para os profissionais de saúde a fim de melhorar a qualidade do cuidado. |
9063 | VISITA DE IRMÃOS NA UTI NEONATAL: FORTALECENDO OS VÍNCULOS NA FAMÍLIA Juliana Araujo Mesquita, Maria de Fátima Junqueira-Marinho, Letícia Zaffari VISITA DE IRMÃOS NA UTI NEONATAL: FORTALECENDO OS VÍNCULOS NA FAMÍLIAAutores: Juliana Araujo Mesquita, Maria de Fátima Junqueira-Marinho, Letícia Zaffari
Apresentação: A realidade de uma UTI Neonatal é diferente da desejada para um recém nascido, mobilizando a família. Quando os bebês têm irmãos, é importante que estes participem da hospitalização, para não se sentirem excluídos da dinâmica familiar. A visita de irmãos também pode ser uma ferramenta para o fortalecimento dos laços familiares, os quais ficam desestabilizados. Este trabalho objetiva discutir a visita de irmãos como um dispositivo de cuidado à família, através de uma abordagem qualitativa discutindo dois estudos de caso de visitas de irmãos acompanhados pelas mães e pela psicóloga: 1) recém nascido com malformação grave, irmã 12 anos; 2) recém nascido pré-termo, irmão 2 anos. Dados coletados dos prontuários e do livro da psicologia. Projeto aprovado no CEP/IFF: 70471317.8.0000.5269. Caso 1: Ao visitar seu irmão, M encarou tranquilamente a malformação grave e aparente deste e quis pegá-lo no colo. Pela primeira vez, com a ajuda de M, a mãe trocou curativo, fundamental para a alta, que a assustava. A presença da irmã possibilitou à mãe um olhar para além da patologia, facilitando sua aproximação com o sujeito-bebê. Caso 2: Durante a visita de R a seu irmão, a mãe apresentou queixas acerca da internação e preocupação com a reação de R. Acabou não participando da visita, o que tornou o ambiente agitado, refletindo em R. Contudo, ao perceber que R reagia bem e após acolhermos suas dúvidas e angústia, houve uma integração entre os três, o que foi relevante para a recepção do bebê em casa. A presença dos irmãos pode fortalecer os primeiros vínculos familiares, uma vez que eles apresentam aos seus pais um olhar diferenciado para esse bebê, não preso à doença, mas sim a uma criança como tantas outras. Assim, a visita de irmãos torna-se um dos veículos para a efetivação do cuidado à família. |
9104 | CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS AOS RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS À TÉCNICA DE HIPOTERMIA INDUZIDA Ana Paula silva Antunes de Figueiredo, Marialda Moreira Christoffel CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS AOS RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS À TÉCNICA DE HIPOTERMIA INDUZIDAAutores: Ana Paula silva Antunes de Figueiredo, Marialda Moreira Christoffel
Apresentação: A hipotermia induzida é um tratamento preconizado para reduzir danos causados pela asfixia perinatal e consiste em submeter o recém nascido a uma temperatura de 33,5°C, com início nas primeiras 6 horas de vida, durante 72 horas, com subsequente reaquecimento gradual. Objetivo: descrever os cuidados de enfermagem prestados ao recém nascido submetido ao tratamento de hipotermia induzida. Método: pesquisa bibliográfica do tipo revisão integrativa de literatura, através das bases de dados MEDLINE, IBECS, SciELO , SCOPUS e PubMed, utilizando os seguintes descritores: hipotermia induzida; recém nascido; enfermagem. Foram selecionados artigos com resumos disponíveis e textos completos, sem recorte temporal e escritos em português, inglês e espanhol. Os critérios de exclusão foram estudo de caso, relato de experiência, cartas ao editor e artigos que não respondiam à pergunta da revisão. Resultado: abordaram a relação do sucesso do tratamento de hipotermia induzida com a educação e treinamento contínuo da equipe de enfermagem, descrevendo cuidados como: controle da temperatura central, frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial e saturação periférica de oxigênio, avaliação da dor e estresse, aspiração frequente de secreções, monitorização da atividade elétrica cerebral, avaliação neurológica e prevenção de lesões de pele. Enfermeiro com papel fundamental na comunicação com os pais dos neonatos em tratamento, favorecendo o vínculo precoce. Considerações finais: A equipe de enfermagem como parte integrante da equipe multidisciplinar desempenha um papel desafiador na assistência aos recém nascidos submetidos à hipotermia induzida, pois as avaliações e cuidados prestados são essenciais para a gestão bem-sucedida do tratamento com destaque para a importância do treinamento dessa equipe e da implementação de um protocolo de assistência de enfermagem. |
9245 | O EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM NA REMOÇÃO AEROMÉDICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA CLARISSA COELHO VIEIRA GUIMARÃES, Beatriz Gerbassi de Aguiar Costa, Luiz Alberto de Freitas Felipe, Vanessa Oliveira Ossola da Cruz, Maristela Moura Berlitz, Roberto Carlos Lyra da Silva, Júlya de Araújo Silva Monteiro, Gicélia Lombardo Pereira O EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM NA REMOÇÃO AEROMÉDICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: CLARISSA COELHO VIEIRA GUIMARÃES, Beatriz Gerbassi de Aguiar Costa, Luiz Alberto de Freitas Felipe, Vanessa Oliveira Ossola da Cruz, Maristela Moura Berlitz, Roberto Carlos Lyra da Silva, Júlya de Araújo Silva Monteiro, Gicélia Lombardo Pereira
Apresentação: O Transporte Aeromédico é uma modalidade de deslocamento de paciente utilizada principalmente quando se fala de enfermos em estado crítico e, em muitas ocasiões, representa a única opção para que o indivíduo receba assistência em um centro especializado nas suas afecções. Sua origem advém de tempos remotos, principalmente das experiências de guerras relacionadas à necessidade de remover de maneira rápida os feridos das batalhas. Sua história teve início no ano de 1870, no campo militar, durante a Guerra Franco Prussiana, quando soldados feridos foram retirados usando-se balões de ar quente. A eclosão da Primeira Guerra Mundial foi o marco histórico da assistência aos pacientes por meio aéreo, mas o atendimento de enfermagem no Transporte Aeromédico veio a ser implementado apenas na Segunda Guerra Mundial, ocasião em que os feridos eram removidos em aviões de carga, com três leitos de cada lado, assistidos por Flight Nurses, profissionais especializados nesse tipo de atendimento. Tem como objetivo relatar a experiência da mestranda na elaboração da dissertação da pesquisa intitulada Atuação da Equipe de Enfermagem no Ambiente Aeroespacial de uma instituição militar. Desenvolvimento: Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizado em uma Organização Militar, situada na cidade do Rio de Janeiro – RJ. A fase de observação ocorreu em julho e agosto de 2018. O estudo resulta do projeto de dissertação em andamento, da mestranda, aprovado, pelo parecer do CEP número 2.806.480. Resultado: A comunicação da remoção pautava-se no acionamento da equipe multiprofissional, através de contato telefônico feito pela unidade central de remoção, descrevendo características especificas do paciente, tipo de aeronave e destino. As primeiras informações registradas eram: patente, nome, organização militar, estado clínico, tipo de aeronave e o hospital destinado a internação do paciente. A equipe multiprofissional, composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, piloto e outros profissionais, poderia variar de acordo com a solicitação, dependendo da capacidade da aeronave e tipo de acionamento. Cada membro da equipe possui uma função, devendo trabalhar em conjunto, visando o atendimento sistematizado, dinâmico e com qualidade. A enfermagem atua na identificação das características da aeronave, no Planejamento da Evacuação Aeromédica - EVAM, no Planejamento do embarque, na Classificação do Paciente e Medidas de Prevenção e Controle de infecção. É possível observar que a comunicação faz-se essencial para agilizar o cumprimento da missão e a detecção prévia de riscos, fundamentais para segurança no atendimento do paciente. Considerações finais: A remoção aeromédica é um serviço eficaz e valioso que oferece benefícios para assistência de pacientes graves. O enfermeiro na equipe multidisciplinar é fundamental para o sucesso do atendimento, pois defronta-se com demandas e desafios que requerem competências em situações adversas e, alto grau de conhecimento, atitudes e habilidades específicas para exercer esta função. |
9992 | PLANO DE CUIDADOS INTENSIVOS PARA PACIENTE NEONATO PREMATURO Michele da Silva, Cândida Caniçali Primo, Elizangela Sant'Anna da Silva, Flávia Batista Portugal, Maria Edla de Oliveira Bringuente, Maximiana Aparecida dos Reis da Fonseca, Mirian Fioresi PLANO DE CUIDADOS INTENSIVOS PARA PACIENTE NEONATO PREMATUROAutores: Michele da Silva, Cândida Caniçali Primo, Elizangela Sant'Anna da Silva, Flávia Batista Portugal, Maria Edla de Oliveira Bringuente, Maximiana Aparecida dos Reis da Fonseca, Mirian Fioresi
Apresentação: Recém-nascidos prematuros são aqueles nascidos vivos com idade gestacional inferior a 37 semanas e de modo geral possuem imaturidade anatômica e fisiológica. Estes podem apresentar dificuldade de adaptação ao meio extrauterino, sendo o controle respiratório, o desiquilíbrio da temperatura corporal, o alto metabolismo com baixa reserva de gordura e peristalse mais lenta alguns dos seus desafios. O parto prematuro, também afeta a família que pode apresentar sentimentos diversos, o que provoca instabilidade nos membros familiares. A enfermeira na Unidade Neonatal possui atribuições de supervisão e de cuidado direto, devendo atuar, de modo integral e humanizado, para atender as necessidades do recém nascido e sua família. E o uso de práticas baseadas em evidencias e da padronização do cuidado permite a equipe de enfermagem melhorar a qualidade da sua assistência. O objetivo deste trabalho foi a elaboração de um plano de cuidados para um recém nascido prematuro. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em um hospital universitário na região sudeste do Brasil, apresentado em disciplina de um Mestrado Profissional em Enfermagem. A coleta de dados ocorreu em novembro de 2019 através de dados obtidos do processo de enfermagem e consulta ao prontuário do recém nascido (RN) internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Para análise dos dados, utilizou-se como referencial teórico a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta, a teoria se baseia nas leis que regem os fenômenos universais, a lei do equilíbrio, a lei da adaptação e a lei do holismo, foi desenvolvida a partir da teoria da motivação humana, de MASLOW, fundamentada nas necessidades humanas básicas, divididas em cinco níveis de necessidades, sendo elas: necessidades fisiológicas, de segurança, de amor, de estima e de autorrealização. A elaboração do plano de cuidados ocorreu a partir da identificação dos pontos importantes encontrados na coleta de dados e no levantamento dos problemas de enfermagem, estabelecendo os diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados de acordo com a taxonomia NANDA, NIC e NOC. Resultado: RN de S.L. P, 09 dias de vida, idade gestacional: 31,2 semanas, idade gestacional corrigida: 32,4 semanas, mãe hipertensa crônica. Sorologias com toxoplasmose IgG e IgM negativos, Citomegalovírus IgG e IgM positivos. Parto cesariana com indicação por centralização e crescimento intrauterino restrito. Após o parto RN progrediu com desconforto respiratório, sendo necessário uso de pressão aérea positiva continua (CPAP) e transferência para UTIN. Até o dia da coleta de dados, foram identificados os seguintes problemas: RN prematuro, adequado para a idade gestacional, desconforto respiratório precoce, vômitos, sangramento digestivo alto e icterícia resolvida. Realizadas tentativas de introdução alimentar sem sucesso, com suspeita de alergia a proteína do leite de vaca. Exame físico: ativo, reativo ao manuseio, sem face de dor, pletórico, mucosas coradas e hidratadas, eupneico, murmúrios vesiculares fisiológicos presente, mantendo em uso de CPAP nasal, com os seguintes parâmetros: PEEP 05, Fluxo 08 e FIO2 21%, ausculta cardíaca com bulhas normofonéticas em 2 tempos, pulso radial e braquial regular e cheio, enchimento capilar menor de 3 segundos, cateter venoso central de inserção periférica de longa permanência (PICC) em membro superior direito inserido há 07 dias, apresentando cordão fibroso próximo a inserção com leve hiperemia. Dieta zero em uso de nutrição parenteral total. Sonda orogástrica número 08 em drenagem, apresentou dois episódios de vômito em grande quantidade com aspecto bilioso, ruídos hidroaéreos diminuídos, abdome distendido, porém flácido, coto umbilical mumificado, evacuação ausente. Eliminação urinária presente, espontânea límpida, genitália sem alterações. Recebeu visita dos pais. Após coleta dos dados, entre os vários diagnósticos possíveis, foram selecionados 08 diagnósticos de enfermagem com maior relevância para o estudo de caso: motilidade gastrintestinal disfuncional; padrão ineficaz de alimentação do lactente; padrão respiratório ineficaz; risco de infecção; integridade da pele prejudicada; termorregulação ineficaz; distúrbio no padrão de sono e disposição para paternidade ou maternidade melhorada. Para cada diagnóstico de enfermagem, foi selecionado o resultado mais adequado conforme a situação clínica apresentada: função gastrointestinal; estado nutricional: ingestão de alimentos e líquidos; estado respiratório: ventilação; controle de riscos: processo infeccioso; integridade tissular pele e mucosas; termorregulação: recém nascido; sono e conhecimento: cuidados com o bebê. Foram listadas, respectivamente, as intervenções com duas atividades relacionadas a cada diagnóstico de enfermagem: cuidados com sonda gastrointestinal: monitorar colocação correta da sonda, conforme protocolo da instituição e monitorar quantidade, cor e consistência da eliminação gástrica; monitoração nutricional: pesar paciente uma vez na semana e monitorar ocorrência de náusea e vômitos; controle de vias aéreas: monitorar a condição respiratória e oxigenação e posicionar o paciente de modo a maximizar o potencial ventilatório; controle de infecção: lavar as mãos antes e após cada atividade de cuidado ao paciente e assegurar o manuseio asséptico de todas as linhas endovenosas; controle de pressão: monitorar a pele quanto às áreas de hiperemia e lesão e monitorar o surgimento de áreas de pressão e atrito; regulação da temperatura: monitorar cor e temperatura da pele e informar sinais e sintomas de hipotermia e hipertermia; melhora do sono: agrupar atividades de cuidado e adaptar o ambiente (ruído, iluminação) para promover o sono; promoção da integridade familiar: estabelecer uma relação de confiança com a família e facilitar a visita dos familiares. Os resultados e intervenções/atividades foram organizados em um plano de cuidados contínuo, com prescrição de enfermagem diária e medidas que garantam a assistência ao cuidado, a médio e longo prazo. Considerações finais: Ao prestar assistência ao recém nascido, o enfermeiro precisa estabelecer metas visando atendimento integral que proporcione qualidade de vida à criança, é imprescindível que atue com competência e autonomia, realizando atendimento com eficácia e resolutividade, visando à transformação da realidade tanto da criança, quanto de seus familiares. Para tanto, deve-se considerar não apenas o aspecto biológico da doença, mas também o aspecto familiar, contemplando desta forma integralmente suas reais necessidades. A implementação do processo de enfermagem e o uso de taxonomias padronizadas permite uma assistência de enfermagem capaz de aliar conhecimento científico e prática profissional, favorecendo a continuidade do cuidado, possibilitando uma assistência de qualidade e facilitando o processo de trabalho e comunicação entre a equipe. A elaboração e implementação de um plano de cuidados individual, voltado para as necessidades integrais do recém nascido prematuro, possibilita uma assistência de qualidade, visando melhor resultado a curto, médio e longo prazo para a vida do recém nascido e seus familiares. |
10488 | A IMPORTÂNCIA DA REDE DE APOIO FAMILIAR PARA CRIANÇAS INTERNADAS Natalie Kesle Costa Tavares, Zilmar Augusto de Souza Filho, Beatriz Kevinn Freire da Costa, Paula Andreza Viana Lima, Tainan Fabrício da Silva, Mariana Paula da Silva, Joice de Souza Ribeiro, Rebeca Moreira Gomes A IMPORTÂNCIA DA REDE DE APOIO FAMILIAR PARA CRIANÇAS INTERNADASAutores: Natalie Kesle Costa Tavares, Zilmar Augusto de Souza Filho, Beatriz Kevinn Freire da Costa, Paula Andreza Viana Lima, Tainan Fabrício da Silva, Mariana Paula da Silva, Joice de Souza Ribeiro, Rebeca Moreira Gomes
Apresentação: A internação hospitalar costumar ser um fator desencadeante de estresse e sofrimento tanto para a criança, quanto para seus familiares, que terão seus cotidianos alterados, necessitando adaptar-se a uma nova situação, o que nem sempre é algo fácil, já que muitas famílias não recebem o apoio do qual necessitam em um momento como esse. Nesta ocasião, um misto de sentimentos é experimentado pelos familiares envolvidos e que podem ter interferência direta na fase de tratamento e de recuperação da criança internada, já que são as famílias que costumam lidar como as questões imediatas dos problemas infantis, servindo como mediadoras entre a criança e o profissional da saúde. Para as crianças, a experiência da doença, a internação hospitalar e à mudança de ambiente e/ou situação, é visto como um gerador de sofrimento, uma vez que a mesma é afastada do ambiente ao qual ela está habituada, do seu seio familiar e é constantemente submetida a procedimentos, até então por elas desconhecidos, que lhes podem causar dor e medo. Além disso, a internação hospitalar da criança pode servir como um elo de união e fortalecimento ou ainda provocar conflitos e separações, o que irá dependendo da estrutura que a família apresenta. Quando a família não possui uma rede de apoio fortalecida, os problemas advindos da internação hospitalar, podem somar-se aos existentes no cotidiano, tornando o contexto vivenciado ainda mais penoso para todos os envolvidos. A equipe de saúde das unidades de internação infantil, em especial aos enfermeiros, cabe a busca pela compreensão das situações vivenciadas pela criança e seus familiares, para de melhorar a assistência prestada, auxiliando os familiares acompanhantes com orientações a cerca de suas principais dúvidas como estes podem desenvolver a situação de uma maneira mais adequada. Situações que apresentam características como as que foram contextualizadas acima, são comumente percebidas nas unidades de internação dos hospitais infantis, e exige que o profissional saiba mediar sem interferir ativamente no seio familiar. Nesse contexto o trabalho apresentando tem como objetivo descrever as vivências e percepções da equipe de enfermagem a cerca das redes de apoio familiar das crianças internadas em um hospital infantil localizado na cidade de Manaus no Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por enfermeiros plantonistas alocados nas unidades de internação de um hospital infantil da cidade de Manaus no Estado do Amazonas. Diariamente, o hospital recebe internações de crianças para tratar os mais diversas de patologias. Em sua maioria, as crianças são acompanhadas pela genitora, que revezam ou não com o pai, outros parentes e algumas vezes vizinhos que se dispõe a ajudar. Em alguns casos, acompanhados mais de perto, foi possível verificar a importância da rede de apoio familiar para a criança internada e seus familiares. Alguns fatores, relatados pelos próprios acompanhantes surgiram como principais geradores de estresse como, por exemplo, o tempo de permanência do acompanhante no ambiente hospitalar por não ter uma pessoa para revezar, acentuado pelo padrão de sono prejudicado e alimentação insatisfatória. Outro fator relatado foi a atividade laboral do acompanhante ou do cônjuge, onde em sua maioria precisa se ausentar do trabalho que pode ser sua principal e/ou única fonte de renda acaba causando uma apreensão ainda maior. Também foi observado e relatado a preocupação diante da existência de outros filhos que precisaram ficar em casa, sob o cuidado de outras pessoas, causando certa ansiedade e em relação ao tempo de tratamento e permanência no hospital. Algumas vezes, os familiares deixam transparecer as preocupações e angústias e acabam afetando diretamente o tratamento da criança. Já ocorreram casos como o pedido de alta hospitalar antes do fim do tratamento, a evasão do ambiente hospitalar, o mau relacionamento com os profissionais de saúde que prestam atendimento, bem como agressões verbais e algumas vezes físicas proferidas contra os próprios pacientes aos quais estes estão acompanhando. O relato foi baseado nas observações diretas e nas anotações dos enfermeiros durante ou após a visita de enfermagem, quando entram em contato direto e por mais tempo com os pacientes e acompanhantes. E geralmente é neste momento que surgem as dúvidas e as principais queixas relatadas, as quais equipe tenta mediar da melhor maneira. O estudo não foi submetido à apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de um relato de experiência, porém foram assegurados e respeitados os preceitos éticos na apresentação dos dados. Resultado: A equipe de enfermagem observou que apoio da família durante a internação hospitalar infantil se torna imprescindível diante das dificuldades que surgem nesse momento e que se somam às preexistentes no cotidiano. A equipe do hospital infantil buscou mediar situações na medida em que foi possível, esclarecendo dúvidas acerca do tratamento prescrito à criança, dos horários de troca de acompanhantes e de visita, permitindo, em alguns casos, horários diferenciados junto ao Serviço Social, para aqueles pais cujo horário de visita ou troca de acompanhante coincidia com o horário da atividade laboral, além do incentivo ao uso da área de lazer oferecida no recinto, bem como diálogos que os permitiam compreender as angústias e problemas vivenciados pela família, em alguns casos foram acionados serviços de apoio como a Psicologia e o Serviço Social, de modo a ofertar um conforto e/ou auxílio adequado, ou ainda resolução de problemas que estivessem ao alcance destes. Dessa forma a equipe observou que as famílias que possuíam uma rede familiar mais bem estruturada, situações como as citadas anteriormente foram menos frequentes do que naquelas famílias que careciam de um apoio maior, e que era necessário prestar uma atenção especial às necessidades individuais de cada família, e assim sendo, às famílias que se aceitaram a ajuda apresentaram uma melhor desenvoltura na resolução dos seus problemas. Considerações finais: Assim conclui-se que quando uma criança adoece e é internada, a rotina da família dessa criança sofre mudanças em que precisam ser encontrados mecanismos para sua reorganização, neste momento a rede de apoio familiar desempenha papel fundamental, como principal mecanismo, uma vez que os problemas apresentados podem interferir diretamente no processo de tratamento e recuperação da criança internada, e que a escuta pelos profissionais de enfermagem é uma ferramenta de grande importância nesse processo, uma vez que é possível identificar e sanar os problemas apresentados, evitando danos à integridade física e psíquica da criança e de sua família, bem como dos profissionais da equipe de saúde em geral. |
10574 | AÇÕES RECREATIVAS COMO PRÁTICA TERAPÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Natalie Kesle Costa Tavares, Zilmar Augusto de Souza Filho, Beatriz Kevinn Freire da Costa, Paula Andreza Viana Lima, Tainan Fabrício da Silva, Mariana Paula da Silva, Joice de Souza Ribeiro, Eudgracilene Aline Leite Santos AÇÕES RECREATIVAS COMO PRÁTICA TERAPÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALARAutores: Natalie Kesle Costa Tavares, Zilmar Augusto de Souza Filho, Beatriz Kevinn Freire da Costa, Paula Andreza Viana Lima, Tainan Fabrício da Silva, Mariana Paula da Silva, Joice de Souza Ribeiro, Eudgracilene Aline Leite Santos
Apresentação: A hospitalização de uma criança pode ser considerada como um evento potencialmente traumático para esta, uma vez que ela é afastada de seu seio familiar, da sua rotina, do ambiente ao qual ela está habituada e passa a lidar com problemas relativos à sua patologia, que muitas vezes limitam a criança a fazer suas atividades cotidianas, como brincar, e em sua maioria segue associada a dor, seja pelos sintomas da doença ou pelos procedimentos aos quais estas são submetidas no período de internação hospitalar. Brincar é a atividade mais importante da vida de uma criança, é através das brincadeiras que ela se comunica com o meio em que vive. O lúdico possui papel fundamental no desenvolvimento desta, favorece a recreação, além da autonomia e da recuperação das crianças principalmente em um ambiente como o hospitalar. Brinquedos e brincadeiras são importantes ferramentas e estratégias para o cuidado, que podem ser utilizados pela equipe de saúde, em especial pela equipe de enfermagem que atua diretamente nos cuidados da criança internada e mantém um contato maior ao longo o dia. Essa estratégia pode ser usada principalmente durante ou após a realização de procedimentos dolorosos e desconfortáveis. Os brinquedos possuem um valor terapêutico importante no enfrentamento de momentos de crise como a internação hospitalar no período da infância, e pode contribuir em muito com o restabelecimento emocional e físico, tornando o processo de internação menos traumático. Além dos brinquedos, outras estratégias podem ser utilizadas, como cantar músicas, contar histórias ou outras ações interativas que possam distrair a atenção da criança. Nesse contexto o trabalho apresentando tem como objetivo descrever as vivências e percepções da equipe de enfermagem a cerca das ações lúdicas recreativas como prática terapêutica para crianças internadas em um hospital infantil localizado na cidade de Manaus no Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por enfermeiros plantonistas alocados nas unidades de internação de um hospital infantil da cidade de Manaus no Estado do Amazonas. O hospital recebe com frequência ações recreativas que são promovidas pela direção do próprio hospital, por grupos de estágio em saúde das universidades, por voluntários sociais e algumas vezes pela própria equipe de enfermagem. Nas ações, são realizadas a distribuição de brinquedos, brincadeiras, danças, pequenas peças teatrais infantis, onde se utilizam e alguns artifícios como fantasias de super-heróis, personagens de desenhos infantis etc. assim como instrumentos musicais e cantigas que ajudam na interação das crianças com o grupo. Em geral, todas as crianças internadas nas enfermarias do hospital, bem como seus acompanhantes são convidadas a participar do momento de recreação e interação. Essa interação tem como finalidade reduzir o estresse decorrente da experiência da doença e internação e fazer com que a criança sinta-se viva e favoreça o processo de evolução o quadro de saúde apresentado. Além de proporcionar um espaço mais humanizado, aliviando os medos e tensões provocados pelas mudanças ocorridas durante o processo. O relato foi baseado nas observações diretas dos enfermeiros, durante as práticas recreativas que ocorrem no hospital. O estudo não foi submetido à apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de um relato de experiência, porém foram assegurados e respeitados os preceitos éticos na apresentação dos dados. Resultado: Durante as práticas recreativas, a equipe de enfermagem acompanhava e observava atentamente o comportamento em especial das crianças e percebeu que através desse método era possível estreitar os laços de confiança, já que o relacionamento entre a criança e o profissional tornava-se factível, facilitando também a comunicação entre eles, bem como entre o profissional e o acompanhante. O que contribui de maneira altamente significativa para os cuidados que seriam aplicados, uma vez que a criança se tornava mais cooperativa. A criança, também, aparentava ter mais facilidade para enfrentar as situações decorrentes do tratamento que lhes eram apresentadas no decorrer do dia. Os enfermeiros perceberam também, que a partir da melhora da comunicação, era possível compreender os sentimentos, as necessidades e o entendimento da criança diante da situação, fator que amplia e qualifica ainda mais a assistência prestada, os cuidados e os procedimentos de enfermagem. As atividades de dança e teatro estimularam a interação, despertando o interesse da criança em participar ativamente, fator que favoreceu e fortaleceu a confiança na equipe de saúde. As fantasias e roupas coloridas ou temáticas conseguiram fixar a atenção e despertar o interesse da criançada em fazer parte das brincadeiras. Além disso, a distribuição dos brinquedos fez despontar sorrisos, levou animação, fazendo com que as crianças passassem o restante do dia brincando, interagindo, reduzindo assim seus medos, estresse pela internação e os episódios de choro, que são comuns nessas situações. Considerações finais: Assim conclui-se, através das experiências da equipe e do compartilhamento de ideias e saberes que as ações recreativas podem compor o quadro das intervenções clínicas e serem incorporadas como um processo terapêutico importante para recuperação da saúde da criança em internação no ambiente hospitalar, e que não se devem construir obstáculos que tentem justificar a privação deste direito, uma vez que também, já foram comprovados cientificamente os benefícios dessa prática. É preciso, porém disseminar a importância desta e munir o ambiente e as equipes de insumos necessários para a sua realização, e que seja usada de forma correta a fim de potencializar os seus efeitos benéficos. Além disso, seria interessante a criação de um “espaço lazer”, como uma brinquedoteca, dentro do próprio hospital, no qual as crianças pudessem ter acesso ilimitado aos brinquedos e brincadeiras dentro do horário de uso, já que ainda que seja uma determinação legal, nem sempre é uma realidade, em diversos hospitais infantis, inclusive neste. Para mais, sabemos que é assegurado ao profissional enfermeiro no exercício da sua profissão o uso do brinquedo terapêutico na assistência à criança hospitalizada, porém entende-se que isso vai além do que somente a equipe de enfermagem pode ofertar, e carece de um envolvimento maior e da participação de outros profissionais, especialmente reconhecendo o cenário no qual esta profissão segue inserida com suas limitações e as suas inúmeras atribuições diárias, com sobrecarga de atividades assistenciais e administrativas, carência de recursos humanos, materiais etc., fatores que tem dificultado a realização de tais práticas recreativas. |
10688 | ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE PRUNE-BELLY EM UM HOSPITAL PÚBLICO Maria Elizete Diniz dos Santos, Giselle Diniz dos Santos, Erli Marta Reis da Silva, Franciane Aguiar Santana ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE PRUNE-BELLY EM UM HOSPITAL PÚBLICOAutores: Maria Elizete Diniz dos Santos, Giselle Diniz dos Santos, Erli Marta Reis da Silva, Franciane Aguiar Santana
Apresentação: A síndrome de PruneBelly (SPB), também chamada de Síndrome Tríplice, é uma doença congênita rara, que consiste em ausência, deficiência ou hipoplasia congênita da musculatura abdominal, criptorquidia bilateral e malformação do trato urinário. O objetivo deste estudo foi descrever sobre a assistência de enfermagem a uma criança com diagnóstico de PruneBellly. Trata-se de um estudo de caso, onde os dados foram obtidos em 2019 através de observação, durante o estágio supervisionado do curso de enfermagem, na Clínica Pediátrica de um Hospital Público em SANTARÉM (PA). O caso é de uma criança do sexo masculino de 9 meses de idade, nascido de parto normal a termo. Ao nascer observou-se na criança, a criptorquidia bilateral e, ao exame do abdômen redução do tônus da parede abdominal e aparência enrugada da pele, com aspecto de “ameixa seca”, uma das características da síndrome. Aos 40 dias de vida deu entrada ao hospital apresentando hipertermia e infecção no trato urinário. Iniciado tratamento com antibioticoterapia sem resultado positivo. Realizado procedimento cirúrgico de reimplante ureteral direito em um hospital de alta complexidade. Após alguns meses do procedimento cirúrgico, a criança foi reinternada com infecção do trato urinário. Entre as principais condutas de enfermagem realizadas, durante os momentos de internação da criança em questão, foram: Higiene corporal, punção venosa, administração de medicamentos e sonda vesical de alívio conforme necessidade, aferição dos sinais vitais, utilização de EPI’s. Por se tratar de uma síndrome tão complexa e que pode ter um desfecho desfavorável é importante o diagnóstico intrauterino e uma assistência de enfermagem realizada com segurança e comprometimento que é de fundamental importância para recuperação do paciente. |
12202 | RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CAMPO DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NA UNIDADE PEDIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO- HUWC Estelita Machado de Sousa, Elisalda Maria Gomes Oliveira RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CAMPO DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NA UNIDADE PEDIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO- HUWCAutores: Estelita Machado de Sousa, Elisalda Maria Gomes Oliveira
Apresentação: Este resumo pretende expor as observações e reflexões durante o estágio curricular obrigatório sobre o trabalho dos assistentes sociais na saúde, realizado no período de julho/2019 a novembro/2019. Diante do contexto mundial sobre o trabalho, discorrer sobre as competências e atribuições do fazer profissional exige exercício reflexivo atrelado à crítica do processo conjuntural onde se encontra inserido também o profissional de Serviço Social. O relato de experiência em questão remonta à política de saúde desenvolvida no Hospital Universitário Walter Cantídio-HUWC, especificamente na pediatria, localizado no município de Fortaleza- Ceará. O Hospital Universitário Walter Cantídio-HUWC é um Hospital de Ensino, Pesquisa e Assistência a nível quaternário integrando o Sistema Único de Saúde-SUS, compondo juntamente com a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará- UFC, gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). É um hospital de referência nacional em diversos procedimentos, como transplantes de órgãos, pesquisas científicas e campo de estágio para alunos de graduação e pós-graduação da área da saúde. A pediatria do HUWC dispõe atualmente de 15 (quinze) leitos clínicos e 05 (cinco) cirúrgicos para atender demandas da rede pública de saúde: hospitais, ambulatório pediátrico do HUWC, Unidades de Pronto Atendimentos-UPAS e Unidades de Atenção Primária à Saúde- UAPS, internando-se pacientes de baixa e média gravidade. O HUWC não dispõe de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica para atender casos mais complexos, excepcionalmente interna-se na UTI clínica do próprio hospital até conseguir transferência para unidade especializada. O objeto de intervenção da unidade pediátrica do HUWC é assegurar o direito de atenção integral à saúde para crianças e adolescentes, de forma humanizada, bem como articular os demais direitos sociais, preconizado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, efetivando os direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. As principais demandas apresentadas ao Serviço Social são: entrevista social; visitas às enfermarias; providências da alta social e hospitalar; acompanhamento social (notificação ao conselho tutelar da localidade do paciente, elaboração de relatórios e pareceres sociais acerca do contexto social apresentado pelos usuários, e encaminhamento aos órgãos que fazem parte do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente- SGDCA). Há também orientação sobre as rotinas do hospital; participação nas reuniões de equipe multiprofissional; admissão e emissão de autorização de troca excepcional de acompanhante, bem como autorização de visitas extras e declaração de acompanhante; contatos com a família nuclear e ampliada para ampliação dos cuidados ao paciente; localização de familiares; participação no gerenciamento de conflitos entre familiares, pacientes e equipe da unidade. Essas ações constituem as principais atribuições do profissional de Serviço Social na unidade pediátrica do HUWC. A supervisão de estágio em Serviço Social está prevista na Lei de Regulamentação da Profissão (1993), sendo uma atribuição privativa do assistente social. O processo de ensino-aprendizagem proporciona o contato direto com o exercício profissional, acompanhado pela supervisão acadêmica e de campo, tornar-se um momento fundamental para a formação profissional a partir das reflexões da prática profissional do assistente social e a relação com as teorias da academia, permitindo dessa forma a troca de experiências entre os supervisores e estudantes. É no campo de estágio que a teoria e prática se articulam, onde se apreende as dimensões da profissão, o espaço sócio-ocupacional, as demandas profissionais e as políticas sociais com suas possibilidades e desafios, bem como, os poderes institucionais. Nessa perspectiva, as práticas do estágio curricular obrigatório devem possibilitar o desenvolvimento da capacidade teórico-metodológica, ético-política e técnicooperativa, além de responder às demandas imediatas da instituição ou dos espaços sócio-ocupacionais onde se inserem os/as acadêmicos/as para cumprir uma exigência curricular. O estágio supervisionado está vinculado ao projeto ético-político profissional e à perspectiva legal, evidenciada pelos ditames do Código de Ética Profissional (1993), da Lei de Regulamentação da Profissão (1993) e da Resolução 533/2008 do Conselho Federal de Serviço Social- CFESS, como também, ancorado nas Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social- ABEPSS (1996), proporcionando assim, uma reflexão crítica da sociabilidade capitalista, que historicamente se materializa nas expressões da questão social apresentadas como forma de demanda no cotidiano profissional. O estágio supervisionado I ocorreu no período de julho a novembro de 2019. Durante esse período as atividades realizadas foram visitas aos leitos, observação do cotidiano do trabalho do assistente social na instituição com registros no diário de campo, diagnóstico da instituição, contato com os instrumentais utilizados pelos profissionais de Serviço Social (entrevista social, relatório e parecer social), leituras do Código de Ética Profissional, Política Nacional de Estágio, política de saúde e de outras políticas sociais, participação em reuniões de equipes multiprofissionais e familiares e elaboração do projeto de intervenção. O estágio supervisionado II iniciou no primeiro semestre de 2020, as atividades realizadas são visita aos leitos, realização de entrevistas sociais com orientações individuais aos acompanhantes sobre normas e rotinas da unidade, produção do plano de cuidado do paciente e da anamnese social, participação em reuniões de equipes multidisciplinar e familiares e aplicação do projeto de intervenção que tem por objetivo socializar com os usuários (internados e acompanhantes) informações acerca dos direitos da criança e do adolescente previstos no ECA. Todas estas atividades estão sendo realizadas sempre sob orientação e acompanhamento da supervisora de campo e participação da equipe multidisciplinar. As reflexões apresentadas neste trabalho é uma luz para pensar a importância do trabalho desenvolvido pelo assistente social no ambiente hospitalar, neste caso, na unidade pediátrica. O resultado parcial desse relato demonstra que o Serviço Social contribui na assistência ao paciente, diminuição da violação dos direitos dos usuários, acolhimento dos pacientes e familiares, orientação sobre os seus direitos e deveres no âmbito das políticas sociais, bem como sobre as normas e rotinas do hospital, possibilitando melhor assistência no tratamento do paciente, diminuição do “estresse hospitalar” pelo período de internação, e redução dos conflitos entre pacientes, acompanhantes e demais profissionais de saúde. |
7605 | O USO DO BRINCAR/BRINQUEDO NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMEIRA PEDIATRA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Adriana Loureiro da Cunha, Samara Gonçalves, Sandra Conceição Ribeiro Chicharo, Maria Regina Bernardo da Silva, Kelly Cristina Freitas da Silva dos Santos, Sandra Teixeira de Araujo Pacheco O USO DO BRINCAR/BRINQUEDO NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMEIRA PEDIATRA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Adriana Loureiro da Cunha, Samara Gonçalves, Sandra Conceição Ribeiro Chicharo, Maria Regina Bernardo da Silva, Kelly Cristina Freitas da Silva dos Santos, Sandra Teixeira de Araujo Pacheco
Apresentação: O presente estudo trata de um relato de experiência de enfermeiras que atuam numa unidade de pediatria sobre o brincar/brinquedo, cujo Objetivo é: Descrever o processo de incorporação da adoção do brincar/brinquedo na assistência de enfermagem à criança hospitalizada. Desenvolvimento: A necessidade de hospitalização da criança pode desencadear reações como medo, estresse, insegurança, regressão, sensação de culpa, dentre outras, as quais determinam grande sofrimento para ela e sua família. Isto ocorre em função da criança entrar em contato com pessoas, ambiente, rotinas e procedimentos diferentes de seu cotidiano e idade. O não acolhimento deste sofrimento, poderá provocar efeitos negativos na criança, com destaque para os traumas emocionais. No intuito de apoiar a criança a lidar e enfrentar situações hostis como a hospitalização, o uso do brincar/brinquedo tem sido um recurso apontado na literatura como benéfico. É por meio do brincar/brinquedo que as crianças têm a possibilidade de explorar, observar, perguntar e refletir sobre aquilo que estão a vivenciar, ou seja, sobre a realidade dela. Desta forma, o cuidar humanizado exige que o profissional compreenda o que a criança está a vivenciar, para que desta forma consiga ofertar intervenções pontuais às demandas/necessidades desveladas. Pensar no cuidado a uma criança hospitalizada exige, portanto, apreender as experiências atípicas e ameaçadoras, sem desconsiderá-la como sujeito histórico e social. É fundamental a compreensão do que está a gerar o sofrimento para a criança hospitalizada, no sentido de realizar ações colaborativas para a amenização desta. Podemos citar como recurso da hospitalização as brinquedotecas cujos objetivos são: permitir a interiorização e a expressão de vivência da criança que está doente por meio de jogos e brincadeiras; auxiliar na recuperação; amenizar o trauma psicológico da internação por meio de atividades lúdicas. propiciar momentos de lazer, por meio de atividades livres ou dirigidas na sala de recreação ou nos leitos; estimular os pais e familiares sobre a importância do momento lúdico no processo de recuperação. Nesta perspectiva, o profissional de enfermagem poderá utilizar o brincar como uma estratégia de assistência integral a criança. O processo de hospitalização se torna, desta forma, menos traumático e mais alegre por proporcionar: diversão, relaxamento, diminuição do estresse da separação e angústia, meio de aliviar a tensão e expressar os sentimentos, interação positiva com outras pessoas, meio de expressar ideias e interesses. Cabe destacar ser o uso do brincar/brinquedo uma recomendação de prática para o enfermeiro, regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem, por meio da Resolução nº 546/2017 onde em seu artigo 1° afirma a competência do enfermeiro pediátrico, enquanto integrante da equipe multiprofissional de saúde, para a utilização da técnica do Brincar/Brinquedo Terapêutico, na assistência prestada à criança e família. No entanto, o brincar/brinquedo, em todas as suas variantes, é pouco empregado na assistência à criança nos serviços de saúde, devido as tarefas e rotinas do setor de trabalho. Os benefícios e sua ampla recomendação estão postos, porém, há um uso incipiente, pouco estruturado e intencional deste recurso por parte do enfermeiro. Diante disso, levantamos o seguinte questionamento: “Como podemos incorporar a prática do brincar/brinquedo junto à criança hospitalizada?”. O período do desenvolvimento desse estudo compreendeu os meses de setembro a dezembro de 2019, e ocorreu em uma unidade de internação hospitalar pediátrica de um hospital público do município do Rio de Janeiro, onde seis enfermeiras, narram reflexões marcantes sobre a adoção do brincar/brinquedo na assistência à criança hospitalizada. Resultado: As profissionais descreveram que os processos de ensino aprendizagem devem ser oportunizadas ainda para os discentes, tanto nas atividades teóricas quanto práticas, sobre a importância do uso do recurso brincar/brinquedo junto às crianças e suas famílias, estimulando saberes e reflexões sobre estas questões, uma vez que são elas a base sobre o cuidado humanizado em pediatria. De maneira que apreender o significado das interações das crianças em momentos que antecedem a assistência pode contribuir para a qualidade do cuidado prestado pelos profissionais de saúde. Frente a isto, modificar o panorama de incorporação desse recurso no contexto hospitalar está dependente da abordagem de cuidado detida pelos profissionais que nele se encontram. De nada adianta ter brinquedo, ter espaços de brinquedoteca se não há o reconhecimento do brincar como ação estratégica para o cuidar. Investir na adoção desse recurso requer transformação do paradigma de cuidado à criança. É apenas com este investimento que justificativas pouco densas como o tempo, qualidade e quantidade de brinquedos, podem ser transformadas no sentido de incorporar o conceito de ser o brincar uma atividade inerente ao comportamento infantil, essencial ao bem-estar da criança e apoio no manejo da realidade vivida. Trata-se de fonte de adaptação e instrumento de manutenção e recuperação da saúde. A opção e a própria vontade em adotar o brincar/brinquedo no cuidado prestado pelos enfermeiros deve partir de um sentimento dos mesmos frente à sensibilização que essa dinâmica provoca. Isto porque quando essa intenção de uso parte da pessoa do enfermeiro, fatores que seriam limitantes dessa incorporação do brincar passam a ser esquecidos, de modo que a criatividade em elaborar atividades que proporcionem momentos de brincadeira, torna-se mais valorizada e consequentemente mais presente. O brincar, quando à beira do leito, ocorre de maneira espontânea e não requer objetos diversificados nem muito tempo da equipe de enfermagem. Desta forma, os enfermeiros precisam estar dispostos a realizar o brincar e a torná-los parte indissociável da assistência de enfermagem independente do cenário que o acerca. Faz-se importante dar um foco maior ao cuidado ofertado à criança de modo a auxiliar e amenizar sua estadia no hospital, tornando-a mais suportável. Considerações finais: Consideramos que o enfermeiro deixa de ser apenas um realizador de cuidados técnicos e passa a ser também um facilitador da experiência vivida pela criança hospitalizada. A trajetória de incorporação do brincar/brinquedo na prática assistencial do enfermeiro junto às crianças hospitalizadas ocorre por meio da construção de duas grandes concepções: criança doente e hospitalizada vivencia situações difíceis e de grande sofrimento; e, o brincar é recurso e espaço terapêutico. Com isto, a necessidade de integração deste recurso no cuidado ofertado à criança passa a ser uma busca e, independentemente do seu momento de formação, tentam disseminar e/ou adotar o mesmo. Para tanto, intensifica/amplia conhecimentos e habilidades sobre a temática, o que estimula a perpetuar mais estudos nesta área. |
6762 | O CUIDADO NA PERSPECTIVA DE UMA CRIANÇA COM DOENÇA FALCIFORME: um estudo de caso. Livia Lopes Custodio, Deborah Santana Pereira, Açucena Leal Araújo, Débora Pena Batista e Silva, Thereza Maria Magalhães Moreira, Ilvana Lima Verde Gomes O CUIDADO NA PERSPECTIVA DE UMA CRIANÇA COM DOENÇA FALCIFORME: um estudo de caso.Autores: Livia Lopes Custodio, Deborah Santana Pereira, Açucena Leal Araújo, Débora Pena Batista e Silva, Thereza Maria Magalhães Moreira, Ilvana Lima Verde Gomes
Apresentação: A doença falciforme faz parte de um grupo de patologias hemolíticas crônicas, hereditárias e tem em comum a presença da hemoglobina S (Hb S) nas hemácias, que quando desoxigenada e em alta concentração, assume a forma de foice, originando fenômenos de vasoclusão e episódios de dor. Tais eventos colaboram para o aumento da inflamação vascular e ativação da coagulação, afetando qualquer órgão e sistema e impactando significativamente a vida das pessoas que padecem dessa enfermidade. Em razão de sua grande morbimortalidade, a doença falciforme é considerada como um problema de saúde pública relevante e se configura como uma condição crônica que exige cuidados continuados e prolongados. O objetivo deste trabalho foi conhecer a percepção de uma criança sobre os processos de cuidado realizados na assistência e intervenção da doença falciforme. Método do estudo: Trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, realizado em um ambulatório de uma unidade pediátrica, pública, de atenção terciária, na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil, no período de maio a julho de 2016. A coleta de dados ocorreu com uma criança de oito anos de idade, com diagnóstico da doença falciforme e que fazia acompanhamento ambulatorial no referido hospital. As técnicas (observações, entrevista semiestruturada e desenho-história de Trinca) foram utilizadas em dois momentos, com foco a atingir o objetivo do estudo e por considerar o melhor material pelo qual se pode compreender a subjetividade da criança, que envolve a sua vida, sua história, seu modo de ver e de pensar a realidade. No primeiro momento, ocorreu a entrevista semiestruturada com a criança, que respondeu com a ajuda da acompanhante (avó), devido a sua dificuldade em falar com precisão sobre os aspectos relacionados à doença. No segundo momento (somente com a criança), aconteceu o desenho-história, por meio da produção de um único desenho, de maneira livre, em uma folha de papel ofício, cuja duração foi, em média, de 20 minutos. As perguntas que nortearam o estudo foram: “Para você, como é ter doença falciforme?”; “Na sua concepção, quais os cuidados realizados na assistência e intervenção quando você está ou não em período de crise dolorosa?” Quando finalizado, ela foi convidada a falar, esclarecer e/ou explicar sobre o que havia produzido, atribuindo assim o seu significado. Os registros das informações do questionário foram condensados e colocados em forma de quadro, para promover a leitura e a identificação de dados relevantes, como: idade, naturalidade, escolaridade, idade quando foi diagnosticada com a doença falciforme, numero de internações, tempo de internações e unidade de saúde que se hospitalizou. O desenho foi analisado pelo crivo da análise de conteúdo para desenhos de Coutinho. A presente pesquisa foi desenvolvida de acordo com a Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde e aprovada pelo comitê de ética, cujo parecer foi de nº 1.547.314. Resultado: Maria, oito anos de idade, sexo feminino, natural e procedente da cidade de Itapipoca, Ceará, Brasil, é estudante e cursava, na época da pesquisa, o 3º ano do Ensino Fundamental, serie/ano compatível para a sua idade. Histórico da doença: a constatação diagnóstica da doença falciforme aconteceu quando Maria tinha dois meses de vida, sendo o Teste do Pezinho o meio utilizado para detecção da hemoglobinopatia. O estudo verificou que ao receber o diagnóstico em relação à doença, a família foi convidada para realizar o fluxo de tratamento com a Maria em um Hospital de referencia pediátrica do Estado do Ceará. No entanto, mesmo realizando a terapêutica desde a mais tenra idade, a criança passou sim por ocasiões de internações por crises dolorosas, que contou com um número de mais ou menos umas 20 vezes, cujo tempo variou de no mínimo um dia a no máximo, mais ou menos, oito dias, ou seja, de um dia até no máximo duas semanas de internações hospitalares. Segundo dados coletados, quando Maria entrava em processo de crises dolorosas, a unidade da rede de saúde que a família recorria para ter acesso à assistência e intervenção, era a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), referência em urgências e emergências. Sobre o segundo momento realizado na pesquisa, a criança fez o desenho de uma flor colorida com um homem próximo. Ao ser solicitada para explicar a sua arte, Maria foi pontual, falou pouco, com a voz baixa e de maneira muito tímida. Inicialmente apontou para a flor e disse: “Isso é uma flor doente”. Nesse momento, ela baixou a cabeça com aparência de tristeza, como se tivesse retomando a cena, e depois continuou apontando para o homem completou: “Esse homem cuida dessa flor lá no hospital”. Nesse caso, é percebido que ela traz, por meio de sua fala, o cuidado e o olhar de um homem, possivelmente, um profissional da saúde, que presta assistência e faz uma intervenção tendo em vista a melhora do seu quadro clinico. Compreende-se a presença de um profissional do serviço de saúde pelo que realiza o cuidado sobre a flor doente, que possivelmente seria ela mesma. A criança do estudo não citou detalhes sobre o cuidado, como qual teria sido a forma de atendimento, nem mesmo como se dava a interação entre profissional (homem) com a paciente (flor). Considerações finais: A experiência relatada se apresenta como uma estratégia visando conhecer a percepção de uma criança com enfoque nos processos de cuidado realizados na assistência e intervenção da doença falciforme. Foi perceptível sim a presença do cuidado na vida dessa criança, mesmo que não tenha sido abordado nem explicito a maneira sobre como era realizado, mas ele aparece quando ela retrata que busca ajuda para aliviar a dor em unidades da rede de atenção a saúde e pela representação de um profissional do campo da saúde. Durante o depoimento da criança identificamos expressões que apresentaram momento de retomada de uma crise dolorosa o que provocou sentimentos negativos como a tristeza. Por fim, enfatiza-se a importância do cuidado nas praticas dos profissionais da saúde para as pessoas que padecem da doença falciforme, uma vez que elas precisam de assistência e orientação para prevenir as crises dolorosas e ter melhor sobrevida e qualidade de vida. |
7827 | O USO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS EM UMA CLÍNICA PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Nayla Rayssa Pereira Quadros, Andressa Tavares Parente, Fernanda Aires Da Silva, Jennifer Karen Ferreira Macena, Nabila Arianne Azevedo Gomes O USO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS EM UMA CLÍNICA PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Nayla Rayssa Pereira Quadros, Andressa Tavares Parente, Fernanda Aires Da Silva, Jennifer Karen Ferreira Macena, Nabila Arianne Azevedo Gomes
Apresentação: A hospitalização é um período que causa grande desconforto à criança, visto que ela se encontra em um ambiente desconhecido, com uma rotina diferente da qual está acostumada e afastada do seu convívio social, fatores estes que geram estresse, angústias e até mesmo traumas expressivos. O Brinquedo Terapêutico (BT) surge como uma ferramenta que tem como objetivo auxiliar a criança na redução de sua ansiedade e medos diante dos processos realizados durante toda sua internação. O uso do BT é fundamental para proporcionar adaptação ao meio hospitalar, exercendo função de facilitador no estabelecimento da comunicação e aceitação do tratamento, resultando em inúmeros benefícios para a assistência da equipe de saúde, assim como, na recuperação da saúde e manutenção dos direitos da criança. Desse modo, a partir da Resolução n° 546, de 9 de Maio de 2017, houve a atualização da norma estabelecendo a utilização do BT na assistência à criança hospitalizada, pela equipe de enfermagem. Nessa perspectiva, o enfermeiro é o profissional responsável por supervisionar a utilização da técnica, de modo sistematizado, contemplando as etapas do processo de enfermagem, a fim de realizar um cuidado humanizado, centrado nas necessidades individuais dos pacientes pediátricos. A adoção de jogos interativos no cuidado às crianças, garante a criação de vínculo entre o profissional da saúde e o paciente, gerando uma relação de confiança e permitindo ao enfermeiro realizar procedimentos de modo mais produtivo, pois a criança estará empoderada acerca dos benefícios de tais técnicas e desse modo se sentirá mais segura no momento de se submeter ao tratamento. Além disso, ao utilizar jogos educativos, os pacientes se sentem mais felizes e interagem melhor com o profissional de enfermagem, possibilitando a compreensão da terapêutica empregada bem como a adesão adequada ao tratamento. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na utilização do brinquedo terapêutico como instrumento para educar crianças e seus acompanhantes em relação a curativos realizados na clínica pediátrica. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência, realizado em uma clínica pediátrica de referência, por discentes do 6° período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, em novembro de 2019, emergente do estágio supervisionado da unidade curricular. Inicialmente foi realizada uma busca de informações para conhecimento a respeito da realidade e perfil da clínica pediátrica com o objetivo de atingir a maior quantidade de crianças através da escolha de uma problemática rotineira para realização da dinâmica de forma que fosse acessível a todos. Entre as problemáticas observadas, destacou-se a questão dos curativos por ser um procedimento recorrentes e relatado pelos profissionais como um momento muito estressante para a maioria das crianças internadas. Após a coleta das informações, prosseguiu-se com a elaboração do plano da ação educativa através do uso da ferramenta 5W2H. Os participantes da atividade foram 10 (dez) crianças de ambos os sexos com idades entre 03 (três) e 11 (onze) anos e seus respectivos responsáveis/acompanhantes. A ação foi realizada no hall da clínica pediátrica, na qual primeiramente foi realizada o acolhimento com a entrega de folders e posteriormente apresentado de maneira dialógica sobre o conceito do curativo, suas vantagens, cuidados e condutas que devem ser evitadas durante a permanência com o curativo, prevenção de LPP e finalidade de cada material utilizado. Em seguida foi iniciada a dinâmica com o BT denominada “Curativos Mágicos”, que consistiu na utilização de um painel onde foram fixadas (pelas crianças) imagens (certas e erradas) referentes a temática abordada. As imagens estavam guardadas em uma “cartola mágica”, em oculto. Logo após, uma discente fantasiada de mágica apontava a varinha para a cartola solicitando que uma criança/responsável por vez pegasse uma imagem da cartola e fixasse no painel, com indicativo de certo ou errado. Quando as crianças ou responsáveis acertavam o local da imagem fixado, as mesmas eram parabenizadas e ganhavam um brinde. Toda a ação durou em torno de 40 minutos. Resultado: Após a observação das problemáticas encontradas na clínica pediátrica, optou-se por abordar o tema “Curativos Mágicos”, com o intuito de esclarecer a importância do uso do curativo. Sendo a clínica pediátrica, um binômio, acompanhante-criança, algumas questões foram postas diretamente para os responsáveis, ainda que o foco maior tenha sido os pacientes pediátricos. A ação propôs educá-los quanto a higienização das mãos e cuidados durante a permanência dos curativos como: evitar o ato de coçar na região do curativo; não tocar próximo ao curativo sem realizar a lavagem das mãos antes; evitar deixar fralda suja próximo ao curativo, trocando a com frequência; manter ferida coberta quando recomendado; informar equipe de enfermagem quando o curativo estiver visivelmente sujo; cuidar para não derrubar alimentos ou água em cima do curativo; prevenir lesão por pressão (LPP) alternando decúbito a cada duas horas. Durante a ação, notou-se uma ótima aceitação do BT e entendimento da dinâmica por parte das crianças e seus responsáveis, que participaram de forma ativa frente às problemáticas e cuidados com os curativos, não havendo grandes dúvidas aparentemente. O grupo de discentes não teve grandes dificuldades em manter a atenção da maioria das crianças, no decorrer da ação educativa, visto que a estratégia da utilização de brindes conforme a participação, causou um bom estímulo a elas, bem como o uso de imagens em forma de desenho durante a dinâmica, provocando curiosidade nos participantes referente a temática abordada. Considerações finais: Através da ação, notou-se o envolvimento ativo do binômio acompanhante-criança ao longo da ação educativa, compartilhando experiências e conhecimentos acerca dos curativos. Nesse sentido, a utilização do BT foi um estratégia que estimulou a participação dos envolvidos, bem como possibilitou a diminuição de sentimentos negativos, próprios do período de hospitalização da criança. Vale ressaltar, a importância do profissional de enfermagem na adoção do BT como método capaz de auxiliar no tratamento das crianças, utilizando o ato de brincar no cuidado para ampliar suas potencialidades e o desenvolvimento infantil. Portanto, a estratégia favoreceu um momento de alegria aos participantes, ao mesmo tempo em que estavam sendo orientados acerca de sua atuação frente a situações adversas, relacionadas ao curativo. |