340: A Promoção da Saúde como Conhecimento e Práxis Social | |
Debatedor: Joseane Aparecida Duarte | |
Data: 31/10/2020 Local: Sala 01 - Rodas de Conversa Horário: 13:30 - 15:30 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
7081 | PROMOÇÃO DA SAÚDE - CONHECIMENTO ACADÊMICO E PROFISSIONAL Flavia de jesus Neiva Sanmpaio, CIBELE Rodrigues Paes LEME, ANDREZA GONÇALVES V. AMARO, Heloisa Suzane de Sa Matos PROMOÇÃO DA SAÚDE - CONHECIMENTO ACADÊMICO E PROFISSIONALAutores: Flavia de jesus Neiva Sanmpaio, CIBELE Rodrigues Paes LEME, ANDREZA GONÇALVES V. AMARO, Heloisa Suzane de Sa Matos
Apresentação: O conhecimento em promoção da saúde, ainda não está consolidado entre os profissionais das equipes da ESF, fato este, que descaracteriza a integralidade da assistência e favorece o binômio queixa-conduta, neste trabalho analisamos os conhecimento acadêmicos e a formação profissional das equipes da ESF a cerca do tema. A Promoção da Saúde fortalece a atuação junto à comunidade e amplia a efetividade do atendimento oferecido nas UBS. Analisamos os conhecimentos adquiridos na formação acadêmica e profissional (com base na Carteira de Serviços da SMS RJ) a cerca de Promoção da saúde em uma área programática na cidade do Rio de janeiro, Por meio de uma abordagem qualitativa, exploratória com delineamento de estudo de caso, utilizamos um roteiro de entrevistas semi estruturado e evidenciamos que nossas equipes mínimas (Médicos, Cirurgiões Dentistas e enfermeiros), apresentam um déficit em sua formação a cerca do tema Promoção da Saúde. O estudo foi realizado na área de planejamento no Município do Rio de Janeiro. O roteiro de entrevistas continha entre outras, duas categorias, sobre as quais discutiremos nesse resumo, onde obtivemos os seguintes Resultado: Categoria 1 - Formação Acadêmica em Promoção da saúde - 100% dos profissionais entrevistados, informaram ter no mínimo uma pós-graduação, sendo 81,8% em Saúde da família, e no que se refere à Promoção da Saúde temos: (...) Eu fiz Faculdade X eu acho que como formadora de médicos, ela forma ótimos médicos de família (...) deu muito subsídio para conseguir ser uma médica de Atenção Primária boa, ainda tendo feito residência em uma universidade pública. Especificamente em promoção...., é...., em promoção não teve muita coisa não (risos) realmente. - Med. Preceptor. Definição pessoal de Promoção da saúde - Ao relatarem o que significa promoção da saúde, obtivemos as seguintes respostas: (...) Promoção da saúde é o momento que você educa a população, as pessoas de maneira geral, para tentar ensinar como prevenir uma doença, como melhorar o saneamento básico – Cir. Dent. (...). Contribuição da formação acadêmica para a atuação em Promoção da Saúde. Os profissionais em um total de 54,5 % responderam que a formação acadêmica não contribuiu para as ações de promoção da saúde e 45,5% relataram que sim. Solicitamos aos 45,5% que descrevessem como a formação acadêmica influiu na promoção de saúde, e suas falas contrariaram totalmente a afirmativa, como: (...) não adianta ter só uma prática curativa, a que se ter também uma prática preventiva e de ensinamentos porque a..., a..., o paciente é muito leigo, sem noção nenhuma de como ele pode no seu dia à dia com suas atitudes, seja na alimentação seja no cuidado de higiene, ele possa tá melhorando sua saúde e com isso promovendo pra ele - Cir. Dent. Categoria 2 - Carteira de Serviços como instrumento norteador das ações na APS no Município do RJ - Este documento visa nortear as ações de saúde na atenção primária oferecidas à população no Município do Rio de Janeiro, incluindo as ações de Promoção da Saúde, que devem ser apreendidas por todos os profissionais, gestores e população para que se apropriem dos serviços de saúde ofertados (SMS (RJ), 2010). Na área em estudo, 86,3% dos entrevistados informaram conhecer a carteira de serviços como instrumento norteador das ações de promoção de saúde. Os profissionais que mais informaram conhecer foram os da medicina e enfermagem, porém as respostas a este questionamento deixaram claras que existe um conhecimento, mas não um reconhecimento. (...) “Não tão bem, mas conheço, já ouvi falar, ela está ali olhando para mim nesse momento, mas eu nunca parei para ler ela não”. – Med. Preceptora. Em relação à utilização da Carteira de Serviços como instrumento norteador - Dos profissionais entrevistados, 68,1% informaram que não utilizam a Carteira de Serviços, 22,8% que a utilizam às vezes e 9,1% que a utilizam. Com isto, concluímos que a promoção da saúde apresenta um caráter político e atua visando conquistas e efetivação de direitos; reorganização dos modelos de gestão e de mobilização social. A formação acadêmica e a vivência sobre promoção da saúde dos profissionais entrevistados apresentam uma lacuna, tanto acadêmica, quanto profissional. A da Carteira de Serviço para a realização das ações de promoção da saúde apresenta dois temas que pertencem a “Demais Ações de Promoção da Saúde”, o primeiro é Práticas educativas voltadas para o usuário que estimulem a reflexão e a discussão, Em relação a este tema, 68,2% dos entrevistados responderam que se utilizam dos grupos como prática educativa. A saber: (...)” aqui na unidade o que a gente utiliza muito são os grupos e as tendas. As tendas são para a promoção da saúde, mas são para a promoção da saúde de uma ou duas doenças específicas, tenda de Hipertensão e Diabetes, tenda da Dengue - Cir. Dent. E (...) “No que se refere, principalmente, à problematização, a gente tenta problematizar de acordo com o contexto de vida do usuário, o entendimento dele para vida dele. Eu tento utilizar essa pedagogia, mas uso também outro tipo. Às vezes a gente usa a transmissão ou a pedagogia do condicionamento, depende do usuário. O Segundo tema é Reconhecimento da identidade étnico-racial - Negros e pardos correspondem a 58,6% da população cadastrada nesta área de planejamento. Esta raça apresenta maior incidência de baixo peso ao nascimento; nível socioeconômico baixo; encontra-se exposta em maior grau às situações psicossociais; de violência, maior prevalência de obesidade e hipertensão. Somente 1 unidade da área programática apresenta uma porcentagem menor que 50%, nesta área, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano, no Brasil, coincidentemente, apresenta um IDH de 0,912, considerado um dos melhores da cidade do Rio de Janeiro. As demais unidades apresentam um número superior a 50% de pretos e pardos cadastrados, chegando a ter uma unidade com o IDH de 0,637 que apresenta 80% de sua população cadastrada com esta etnia. Ao indagarmos se os profissionais entrevistados realizavam ações para o reconhecimento da identidade étnico-racial, a resposta foi “não” em 100% dos entrevistados. Com base nos resultados, solicitamos atenção para os fatos evidenciados neste estudo: primeiro existe um déficit na formação academia e profissional, demonstrando a necessidade de uma maior integração entre a academia e a gestão municipal, pois é nesse espaço que se forma os futuros profissionais que tem como preceptores profissionais com formação deficitária em promoção da saúde. |
6465 | “SAÚDE NO BECO”: VIVÊNCIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E DA FELICIDADE NA COMUNIDADE Olga Maria de Alencar, Maria Aparecida de Oliveira Nicolau, Mara Natalia Fernandes Silva, Maria Rocineide Ferreira da Silva “SAÚDE NO BECO”: VIVÊNCIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E DA FELICIDADE NA COMUNIDADEAutores: Olga Maria de Alencar, Maria Aparecida de Oliveira Nicolau, Mara Natalia Fernandes Silva, Maria Rocineide Ferreira da Silva
Apresentação: O presente trabalho objetiva compartilhar a experiência de um grupo de promoção da saúde, bem como suas reflexões críticas das aprendizagens, desafios e mecanismos de sustentabilidade, que fortaleça a autonomia e o protagonismo da equipe e comunidade. Desenvolvimento: promoção da saúde é uma das principais ações desenvolvida no âmbito da Atenção Primária á Saúde (APS), que tem mobilizado as equipes, no sentido de promover melhoria na qualidade de vida da população sobre sua responsabilidade. O Saúde no Beco é um projeto que teve início no segundo semestre de 2018. Nasceu inicialmente do desejo de realizar uma ação para os portadores de hipertensão arterial e diabetes no território de saúde Centro I em Quixadá(Ceará), expandindo-se posteriormente para um espaço de diálogos para todos que desejasse. Portanto, sai da perspectiva preventivista e torna-se uma ação de promoção de saúde e da vida. Essa ação é resultado de um trabalho em parceria com a Equipe de Saúde da Família(ESF) Centro I e uma instituição de ensino superior. Resultado: foram realizados em torno de 50 encontros no período de 2018 a 2019 numa rua sem saída que fica localizada na área de abrangência, daí o nome do projeto: “saúde no beco”, sendo esse nome construído coletivamente. As atividades do grupo são coordenadas pelos ACS e por uma professora de uma universidade filantrópica da cidade. As atividades desenvolvidas foram: festas dia dos pais, das mães, natal, carnaval, festas juninas; rodas de conversas educativas e lúdicas com temas transversais; atividades fisioterápicas; atividades cenopoéticas e artes manuais; passeios a pontos turísticos, culturais e educativos. Apontamos como principais impactos a melhoria da promoção da saúde, da vida e da felicidade; redução de danos e agravos do adoecimento; promoção da autonomia, da autoestima e protagonismo; redução do uso de medicamentos psicotrópicos, melhora dos níveis pressóricos e glicêmicos, fortalecimento dos vínculos afetivos entre os vizinhos, melhoria nas relações interpessoais nas famílias e intrapessoal de seus participantes. Considerações finais: com essa experiência podemos concluir que a construção coletiva dos saberes, as mudanças de hábitos que implicaram na reabilitação física e emocional apontam resultados positivos na vida tanto dos usuários como da equipe de saúde. Os aprendizados construídos também são considerados elementos força, pois contribuem no enfrentamento das adversidades do dia a dia. |
9513 | ANÁLISE DA FORMAÇÃO DE GRUPOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE NA ÁREA PROGRAMÁTICA 1.0 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Kenia Silva Pereira, Cesar Augusto Orazem Favoreto ANÁLISE DA FORMAÇÃO DE GRUPOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE NA ÁREA PROGRAMÁTICA 1.0 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROAutores: Kenia Silva Pereira, Cesar Augusto Orazem Favoreto
Apresentação: Promoção da saúde é compreendida como uma estratégia para melhoria da qualidade de vida dos usuários e comunidade, visando o bem-estar, estilo de vida saudável e não focando somente no processo de adoecimento da população. O processo educativo é uma das premissas para a transformação social e construção de conhecimento, desenvolvendo a capacidade de formação crítica do indivíduo e da comunidade. O presente estudo está sendo desenvolvido no Curso de Mestrado Profissional em Atenção Primária à Saúde - UFRJ/HESFA e tem como objetivo delinear o panorama das atividades com grupos educativos voltados para portadores de agravos crônicos à saúde.Tipo de estudo: abordagem qualitativa, de natureza descritivo - exploratória. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da SMS (RJ) e pela UFRJ/EEAN. Foi dividida em duas etapas: a primeira etapa concluída é apresentada neste resumo e a segunda etapa encontra-se em andamento. Nesta primeira etapa, foi aplicado um questionário virtual com os gerentes e/ou responsáveis técnicos das unidades de saúde da Área Programática 1.0 (RJ) e foi elaborado um panorama das atividades em grupo. Ao total foram analisadas 15 unidades. Foi observado que destas unidades, apenas 03 realizam 07 ou mais grupos, as demais realizam menos do que 06 grupos educativos. O grupo educativo mais predominante foi o de Planejamento Familiar, 11 unidades tem este grupo incluído nas suas atividades, seguido do grupo de Tabagismo. Sobre à adesão dos usuários aos grupos educativos, 09 unidades consideraram como regular e apenas 01 unidade considerou como ótimo. Quando questionados sobre a participação dos profissionais de saúde nos grupos, 13 unidades tem a participação do enfermeiro, seguido dos médicos e ACS. Em relação ao horário protegido para realização dos grupos, 13 unidades responderam ter esse horário, enquanto 02 unidades disseram que não. 14 unidades realizam grupos educativos dentro da própria unidade de saúde e 07 realizam as atividades no território. 02 unidades só fazem grupos fora da unidade por não ter local adequado. A maioria utiliza mais de um meio para convidar os usuários para participar dos grupos educativos, o mais observado (13 unidades) foi a divulgação no território, seguido do encaminhamento pela equipe, 12 unidades citaram ser a própria equipe que o usuário é atendido, que avalia a necessidade da participação do mesmo nos grupos educativos. E por fim, apenas 01 unidade faz avaliação dos grupos educativos realizados, as demais unidades não possuem instrumento de avaliação. Foi observado que os profissionais têm realizado cada vez menos grupos educativos nas unidades de saúde. Ainda há muita resistência por parte dos usuários e dos profissionais em realizar estas atividades e quando realizados os usuários não são motivados a participar. Para que um grupo educativo efetivamente aconteça é necessário disponibilidade do profissional de saúde, o que requer um turno para que esta atividade aconteça. A participação multiprofissional é importante para atender as necessidades de saúde da população e possibilitar maior diálogo, reflexão e troca de experiências. A avaliação do trabalho realizado em um grupo educativo é tão importante quanto todo processo transcorrido, para planejar novos encontros. |
10596 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FOCO: FALANDO SOBRE TUBERCULOSE E HANSENÍASE EM UMA SALA DE ESPERA Hiandra Raila Costa da Silva, Edimara Estumano Farias, Ailton Pixuna da Costa, Aline Freitas Wanzeler, Ana Caroline de Oliveira Coutinho, Rafael Vulcão Nery, Tania de Souza Pinheiro Medeiros EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FOCO: FALANDO SOBRE TUBERCULOSE E HANSENÍASE EM UMA SALA DE ESPERAAutores: Hiandra Raila Costa da Silva, Edimara Estumano Farias, Ailton Pixuna da Costa, Aline Freitas Wanzeler, Ana Caroline de Oliveira Coutinho, Rafael Vulcão Nery, Tania de Souza Pinheiro Medeiros
Apresentação: A educação em saúde (ES) se caracteriza como um método muito relevante na construção de hábitos que favoreçam ou conservem uma boa saúde. Este método deve ocorrer de acordo com as necessidades da população adstrita, podendo envolver diferentes formas, abordando promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, tratamento, cura e reabilitação, sendo as ações primárias de atenção à saúde, essenciais ao cuidado. A sala de espera é um lugar onde os pacientes aguardam o atendimento dos profissionais de saúde, nela se estabelece como um recurso importante para a realização de atividades em ES, pois se trata de um momento que oportuniza a aprendizagem de novos conhecimentos, a troca de experiências, a identificação de temas pertinentes à comunidade e a criação de vínculo entre profissionais e usuários. O momento onde os pacientes estão ociosos a espera por uma consulta é transformado em um instrumento produtivo, onde acontecem a transformação social, a ressignificação de hábitos e a reflexão sobre os temas discutidos. O objetivo foi realizar ES abordando os cuidados corretos de prevenção, modos de transmissão e controle dessas doenças bem como orientar acerca do tratamento gratuito e eficiente feito no Sistema Único de Saúde. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante uma ação educativa no Centro de Saúde Líler Leão do município de Tucuruí-PA, em outubro de 2019, com pessoas que aguardavam atendimento médico e de enfermagem na sala de espera da unidade. A intervenção educativa ocorreu através de uma palestra participativa, onde foram abordadas as formas de transmissão, sinais e sintomas, prevenção e tratamento da Tuberculose e Hanseníase. Resultado: Verificou-se durante a ação educativa que muitos daqueles usuários não tinham conhecimento básico sobre os cuidados adequados com relação a essas doenças, em especial, os modos de transmissão, prevenção e principalmente a importância de procurar uma unidade de saúde mediante a presença de sinais e sintomas expostos e explicados pelos acadêmicos, bem como ficou evidente, através das perguntas feitas pelos usuários, que os mesmos se atentaram ao conteúdo exposto, a experiência demonstrou também, que as pessoas no ambiente da sala de espera estão mais receptivas a informações, como as literaturas já expõe. Considerações finais: Torna-se notório a importância de medidas preventivas e de orientação à comunidade para que estes possam ser multiplicadores de informações e assim contribuir para a redução de agravos decorrente doenças endêmicas e ainda prevalente em nossa sociedade causando morbidades e mortalidades em pleno século XXl. |
10674 | MOMENTO DE INTERVIR: CAPACITANDO A EQUIPE PARA O CUIDADO A SITUAÇÕES DE EXPLORAÇÃO SEXUAL JÉSSICA PINHEIRO CARNAÚBA, ANA KAREN PEREIRA DE SOUZA, HIPÁCIA FAYAME CLARES ALVES, LUCENIR MENDES FURTADO MEDEIROS, MAGNA GEANE PEREIRA DE SOUSA, JORDANNA CORREIA DE ARAÚJO, ANTÔNIA NORMA TECLANE MARQUES LIMA, MIRLLA UCHÔA LEAL, ERIKA RACHEL PEREIRA DE SOUZA MOMENTO DE INTERVIR: CAPACITANDO A EQUIPE PARA O CUIDADO A SITUAÇÕES DE EXPLORAÇÃO SEXUALAutores: JÉSSICA PINHEIRO CARNAÚBA, ANA KAREN PEREIRA DE SOUZA, HIPÁCIA FAYAME CLARES ALVES, LUCENIR MENDES FURTADO MEDEIROS, MAGNA GEANE PEREIRA DE SOUSA, JORDANNA CORREIA DE ARAÚJO, ANTÔNIA NORMA TECLANE MARQUES LIMA, MIRLLA UCHÔA LEAL, ERIKA RACHEL PEREIRA DE SOUZA
Apresentação: A partir da identificação de casos de exploração sexual a criança e ao adolescente em uma Unidade Básica de Saúde da Zona Rural de Mombaça no Ceará, foi percebida a dificuldade da equipe para atuar nesses casos, bem como, a presença de muitas duvidas em relação as condutas intersetoriais a serem estabelecidas. A partir dessas dificuldades, a enfermeira da referida unidade realizou um projeto de intervenção com vistas a capacitação dos profissionais da unidade. Desenvolvimento: Para a elaboração do projeto de intervenção, foram seguidas as etapas de diagnóstico situacional, revisão bibliográfica e elaboração do plano de intervenção. O diagnóstico situacional foi realizado através de uma roda de conversa com a equipe da referida UBS. Em seguida, buscaram-se na literatura, ações e estratégias que pudessem auxiliar na compreensão do caso, bem como os cuidados e organização dentro da RAS, que pudessem auxiliar e cooperar com a resolução do caso. Além disso, foram pensadas ações a serem realizadas junto à equipe da UBS objetivando preparar os profissionais para lidar com casos semelhantes, assim como ações educativas para a prevenção e identificação de casos de exploração sexual. Posteriormente, elaborou-se o plano de intervenção, voltado para as demandas e necessidades do caso, sendo o estudo realizado durante os meses de maio e junho de 2018. Resultado: Como ações propostas, foi construído um plano de intervenção com estratégias metodológicas a serem desenvolvidas, de acordo com as ações propostas, com respectivas metas e avaliação do projeto de intervenção. Nessa perspectiva as ações realizadas foram: Rodas de gestão; Oficinas de acolhimento; Círculo de cultura; Instituição protocolos criados pela própria equipe, estabelecimento de processos e rotinas para casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Notificação. Como preencher ficha de notificação; Como notificar para Conselho Tutelar e demais órgãos responsáveis; Importância do sigilo profissional. As metas estabelecidas foram: Equipe capacitada e sabe agir em relação ao manejo de casos de exploração sexual infantil e outras violências. Após a realização das atividades foi possível compreender que os profissionais se sentiram mais empoderados para lidar com situações de exploração sexual a criança e ao adolescente, o que antes gerava muitas duvidas e desconfortos por parte da equipe. Considerações finais: A partir dessa experiência foi possível perceber a importância da Educação Continuada dentro da Atenção Básica, em que persistem situações que geram dificuldades de manejo por parte da equipe. Além disso, foi perceptível a importância de todos os profissionais da unidade de saúde, tendo em vista a complexidade que envolvem os casos de exploração sexual a criança e adolescente. |
10756 | AÇÃO EDUCATIVA PARA FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR QUANTO AS MEDIDAS DE AUTOCUIDADO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2. DANIEL LUCAS COSTA MONTEIRO, ADRIELLY CRISTINY FONSECA MENDONÇA, LUCIANA EMANUELLE DE AVIZ, JESSICA DE SOUZA PEREIRA, DANDARA DE FÁTIMA RIBEIRO BENDELAQUE, DILENA MARIA COSTA MONTEIRO, EMILY MANUELLI MENDONÇA SENA, VIVIANE FERRAZ FERREIRA DE AGUIAR AÇÃO EDUCATIVA PARA FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR QUANTO AS MEDIDAS DE AUTOCUIDADO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2.Autores: DANIEL LUCAS COSTA MONTEIRO, ADRIELLY CRISTINY FONSECA MENDONÇA, LUCIANA EMANUELLE DE AVIZ, JESSICA DE SOUZA PEREIRA, DANDARA DE FÁTIMA RIBEIRO BENDELAQUE, DILENA MARIA COSTA MONTEIRO, EMILY MANUELLI MENDONÇA SENA, VIVIANE FERRAZ FERREIRA DE AGUIAR
Apresentação: A Diabetes Mellitus é uma doença de elevada complexidade metabólica com incidência a nível nacional e global, que é desencadeada por inúmeros fatores que interfere diretamente na qualidade de vida dos indivíduos podendo resultar em incapacidades ou mesmo na diminuição da expectativa de vida. É considerada uma patologia crônica e que devido à grande morbimortalidade e incapacidades apresentadas exige um alto custo de investimentos nessa área. Devido a erros alimentares e ao sedentarismo crescente em nossos dias além de outros fatores modificáveis, o diabetes tipo 2 (DM2) tem se tornado uma epidemia mundial, trazendo consigo uma elevada ocorrência de complicações microvasculares (neuropatia, nefropatia e retinopatia) e macrovasculares (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral). O atual envelhecimento dos cidadãos tem causado maior predomínio da diabetes, que está relacionada a um alto risco de complicações em sua saúde. Dentre essas, o pé diabético (PD) evidencia-se por apresentar alta incidência e grande poder mutilador. No que tange a essa perspectiva, diminuir a incidência e as comorbidades associadas a DM2 é garantir medidas profiláticas sobretudo em pessoas com elevado risco, a exemplo de indivíduos que apresentam índice glicêmico de jejum alterado ou tolerância reduzida à glicose. Nesse sentido, medidas comportamentais e medicamentosas têm influenciado na profilaxia e no controle da doença. Desse modo, mudanças nos hábitos de vida, tais como controle dietético terapêutico, associado a prática de exercícios físicos no cotidiano, além da utilização de agentes orais, têm apresentado resultados satisfatórios. Sendo assim, os agentes modificáveis devem ser o ponto de intervenção para DM2, mesmo que idade, histórico familiar e outras variáveis não alteráveis, possam estar presentes. Um fator de grande relevância é a obesidade a qual aumenta significativamente o risco para a evolução de DM2, tendo a resistência do indivíduo a enzima insulina um fator de associação importante para o entendimento em conjunto com a elevada deposição de gordura visceral, apresentando um elevado turnover metabólico; e como o sedentarismo é uma tendência da população mundial, a necessidade de intervenção tende a se tornar mais urgente. Desse modo, todo mecanismo que tenha como objetivo a diminuição ponderal resulta em redução concomitante dos índices glicêmicos para DM2. A sistematização de atividades físicas resulta em benefícios as estruturas musculoesqueléticas, com mais eficácia a utilização da energia. Portanto, o objetivo desta pesquisa é relatar uma experiência vivenciada quanto a ação educativa relacionada a Diabetes mellitus tipo 2 e seu autocuidado para funcionários de uma Instituição de Ensino Privada. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, por acadêmicos de enfermagem e um acadêmico de medicina, supervisionado por uma profissional da área de enfermagem, de uma Instituição de Ensino Privada, no dia 14 de agosto de 2019, na cidade de Belém (PA). A ação foi desenvolvida com 64 funcionários, na faixa etária de 18 a 52 anos, de uma Instituição de Ensino Privada que trabalham nos setores de serviços gerais, de segurança, de assistência e até mesmo docentes da instituição, que compareceram de acordo com a disponibilidade apresentada. A metodologia utilizada foi uma exposição teórica e dialogada, por meio de uma palestra educacional, com o intuito de orientar quanto a diabete mellitus tipo 2, incluindo epidemiologia, sinais e sintomas mais frequentes, além de apresentar as medidas necessárias tanto para profilaxia da doença quanto para o controle adequado, visando a minimização de possíveis complicações, como a neuropatia diabética. Posteriormente, foi realizada uma conversa individual com cada um dos participantes para identificação de fatores de risco, realizou-se também o teste de glicemia capilar para verificar o índice glicêmico e, a partir disso, verificar se o participante possuía alterações glicêmicas, garantindo que ele entendesse a importância dessas intervenções de forma mais frequente e do cuidado com os fatores modificáveis relacionados a DM2, incluindo o estresse psicológico, a obesidade, dietas hipercalóricas e hiperlipídicas e o sedentarismo. Resultado: A experiência permitiu abordar sobre o autocuidado dos funcionários em associação aos hábitos de vida, a dieta equilibrada, as práticas de atividade física e o equilíbrio emocional. Durante a palestra todos estavam comunicativos e concentrados, garantindo, assim, uma troca de informações. A partir disso, verificou -se a necessidade de explanar de forma detalhada sobre a Diabetes devido estes indivíduos estarem expostos a fatores de riscos. Percebeu-se a preocupação dos participantes comprovado pelas preocupações deles por meio de questionamentos e dúvidas quanto a temática. Durante o processo foi verificado que aproximadamente 22% dos avaliados apresentavam índices entre 100mg/dL e 125mg/dL, além disso, cerca de 9% dos entrevistados obtiveram índices acima de 125mg/dL. Tais resultados associados ao diálogo realizados com os participantes, verificou-se que o hábito de vida de cada um dos indivíduos ou o histórico familiar foram fatores que influenciaram na obtenção desses resultados. Percebeu-se que os indivíduos apresentavam inúmeras práticas que poderiam aumentar a morbidade da doença, como fatores estressores, que em alguns casos eram frequente, além da alimentação irregular, com a ingestão de alimentos gordurosos e muito calóricos, muitas vezes associado ao sedentarismo. Em vista disso, foi perceptível que essa ação permitiu uma reflexão crítica e reflexiva aos funcionários da instituição tendo em vista que os antigos hábitos pessoais poderiam prejudicar não apenas o desempenho no cotidiano como trabalhador, mas também afetaria diretamente na qualidade de vida deles. Considerações finais: Tendo em vista esses aspectos de prevenção é possível verificar a necessidade de avaliação dos funcionários de forma mais frequente garantindo, além do benefício à qualidade de vida dos funcionários, a redução das taxas de absenteísmo e aumentando a produtividade destes para a empresa. Outro fator importante é a diminuição de complicações associadas à doença como a retinopatia e a neuropatia diabética que resultam em limitações permanentes aos profissionais que as adquirem. Dessa forma, estes achados reforçam a importância de fornecer orientações acessíveis e incentivar o autocuidado dos pacientes. Com isso, mostra-se necessária a execução de programas educativos com uma linguagem mais acessível, buscando entendimento e o interesse da população, favorecendo, assim, a adesão ao tratamento no que se refere, particularmente, à modificação no estilo de vida, auxiliando no controle glicêmico adequado como uma forma de reduzir ou prevenir complicações. |
6656 | EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: O OLHAR DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE Jaqueline Lopes Prates, Alaides de Oliveira Souza, Elaine Santos da Silva, Cinoélia Leal de Souza, Gabriella Pimentel Marques, Ane Carolline Donato Vianna, Denise Lima Magalhães EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: O OLHAR DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDEAutores: Jaqueline Lopes Prates, Alaides de Oliveira Souza, Elaine Santos da Silva, Cinoélia Leal de Souza, Gabriella Pimentel Marques, Ane Carolline Donato Vianna, Denise Lima Magalhães
Apresentação: A Constituição Federal de 1988 determina a saúde como direito do ser humano e dever do Estado, não excluindo o mesmo de suas responsabilidades individuais. Dessa forma, a saúde é assegurada por meio de políticas sociais e econômicas que objetivam a redução de doenças e de outros agravos. Por isso, logo possibilita o acesso universal e igualitário às ações e sistemas para promoção, proteção e recuperação de todos os indivíduos sem discriminação. Nesse contexto, em decorrência da luta pela redemocratização, foi criado no Brasil o Sistema Único de Saúde, que é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo. Baseando- se em elementos importantes como o conceito abrangente em saúde, principalmente ao considerar as questões socioambientais e o entendimento que a saúde é direito de todos os cidadãos. À vista disso, a Estratégia Saúde da Família é considerada a porta de entrada dos serviços de saúde e padrão prioritário de organização da Atenção Primária à Saúde, que propõem aproximar o processo saúde-doença ao contexto comunitário. Dessa maneira, é importante considerar que a Educação Ambiental é um enfoque no qual supera os elementos formais do conhecimento, logo alcançando também meios de tradução de informações que visam a busca por uma saudável qualidade de vida em que contribui com a ideia de percepção dos indivíduos. E no âmbito da Estratégia Saúde da Família a educação ambiental se implica na realização de ações e atividades de manejos ambientais, bem como o incentivo para a participação da comunidade em prol da identificação, prevenção e controle de vetores e/ou agravos, refletindo assim positivamente na minimização do aparecimento de doenças relacionadas ao meio ambiente. Além disso, a proteção ao meio ambiente pode ser analisada de forma concreta aos direitos dos indivíduos, pois quando surge um agravo ambiental, consequentemente há desequilíbrio a outros direitos do homem, tais como o direito à saúde, ao bem-estar e à vida. Nessa perspectiva, este estudo objetivou analisar a educação ambiental na Estratégia Saúde da Família, no município de Guanambi, no Estado da Bahia. Desenvolvimento: trata-se de um estudo qualitativo descritivo, no qual foram entrevistados 47 Agentes Comunitários de Saúde, que integram a Equipe de Saúde da Família do município em questão. Os dados foram para a análise de conteúdo, realizadas em três fases: ordenação dos dados, onde o material coletado foi organizado e agrupado por tipo de curso de graduação, iniciando o processo de classificação, posteriormente a análise propriamente dita e descrição dos resultados. Resultado: de acordo os entrevistados, quando questionados sobre a realização de algum curso de capacitação acerca dos impactos ambientais na saúde, a maioria respondeu que nunca participaram de cursos de capacitação, somente alguns afirmaram terem participado de alguns cursos, como, técnico de agente, de multiplicador de informações em saúde sobre a temática, sobre reciclagem, preservação do meio ambiente, dentre outros, e que alguns desses cursos foram promovidos pela empresa de água e saneamento local. Cabe salientar que não é uma prática comum de muitas Secretarias de Saúde, o investimento em cursos de atualizações direcionadas as necessidades de capacitação para o Agente Comunitário de Saúde, sendo que essa qualificação objetiva para execução de ações em saúde envolvendo a população adscrita. Sendo assim, no que se refere a existência de barreiras ambientais na área de atuação, a maioria dos Agentes Comunitários de Saúde demonstraram desconhecimento sobre o conceito de barreiras ambientais, outras respostas baseavam- se em: lixo, esgoto à céu aberto, matagal, lagoa e esgoto estourado. Nesse estudo, os participantes foram questionados acerca dos temas realizados nas atividades educativas, dos quais os mais abordados são: Hiperdia (hipertensão arterial, diabetes mellitus) e saúde bucal, já outras respostas fundamentavam- se em: infecção sexualmente transmissível, gravidez na adolescência, vacinação e demais programação. O profissional em questão possui a tarefa de identificar os problemas de saúde presentes no seu território, e nesta vertente quando questionados também sobre a realização de orientações a respeito da proteção do meio ambiente, a maioria respondeu não, outros não souberam responder nem mesmo sobre o descarte correto do lixo, e o restante dos entrevistados respondeu: coleta seletiva, limpeza de quintais, armazenamento de lixo e orientação sobre a dengue e palestras de cuidados em períodos de chuva. Portanto, o resultado mostra o distanciamento dessa temática, refletindo em uma não contribuição para a promoção da saúde e prevenção de doenças, bem como a transmissibilidade de informações importantes relacionadas à saúde e o meio ambiente. Considerações finais: pode-se compreender como a relação entre o meio ambiente e a saúde se faz presente no dia a dia dos profissionais da Estratégia Saúde da Família, sobretudo dos Agentes Comunitário de Saúde, pois é a partir da percepção desses profissionais que podemos identificar o contexto das ações educativas realizadas de maneira individuais e coletivas, nos domicílios e na comunidade, sob supervisão competente, aspecto que são indispensáveis para a transformação dos fatores culturais em cada território especialmente no que se refere ao meio ambiente e saúde. A partir desta representação pode-se inferir que a relação meio ambiente e saúde se constitui por intermédio dos agravos e prejuízos que o meio ambiente pode provocar na saúde, o que se materializa como uma relação de causa e efeito. Nessas circunstâncias, as ações e as práticas de saúde são direcionadas, essencialmente, para o manejo de questões ambientais que podem influenciar na saúde da população, uma vez que a compreensão das relações entre saúde e meio ambiente é um desafio, pois incluem diversos fatores relacionados com a vulnerabilidade às doenças, exposição ambiental e seus efeitos sobre a patologia, que dividem-se de forma diferente segundo os indivíduos, grupos sociais e correlacionando com a pobreza, as crises econômicas e o nível escolar. Dessa forma, essa pesquisa possibilita a reflexão sobre a importância da promoção da saúde, a partir da valorização da relação meio ambiente e saúde, no contexto da Estratégia Saúde da Família, e que a Educação Ambiental não tenha debate apenas no meio ambiente físico, mas também na contextualização da promoção da saúde, prevenção de enfermidades e gestão dos aspectos ambientais prejudiciais à saúde. Referências: BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011. 226 p. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p. BRITO, Geraldo Eduardo Guedes de; MENDES, Antonio da Cruzn Gouveia; SANTOS NETO, Pedro Miguel dos. O objeto de trabalho na Estratégia Saúde da Família. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 22, n. 64, p. 77-86, Mar. 2018. DIAS, Denise Oliveira; LEMES, Guilherme Andrade; OLIVEIRA, Hamilton Afonso de. A Educação Ambiental como Meio de Promoção de Saúde. Educação Ambiental em ação, setembro-novembro, 2018. MACINKO, James; MENDONCA, Claunara Schilling. Estratégia Saúde da Família, um forte modelo de Atenção Primária à Saúde que traz resultados. Saúde debate, Rio de Janeiro, v. 42, n. spe1, p. 18-37, 2018. |
7344 | INTERPROFISSIONALIDADE NO CUIDADO À PESSOA TABAGISTA EM CONSULTAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NO PROGRAMA ACADEMIA CARIOCA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Andreza Veríssimo da Silva, Karoline Silva Soares, Ana Beatriz Marques Silva, Mariana Dias Alves, Juliana Ribeiro Manhães da Silva, Juliana Veiga Cavalcanti, Natalia Brasil Soares Rodrigues INTERPROFISSIONALIDADE NO CUIDADO À PESSOA TABAGISTA EM CONSULTAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NO PROGRAMA ACADEMIA CARIOCA: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Andreza Veríssimo da Silva, Karoline Silva Soares, Ana Beatriz Marques Silva, Mariana Dias Alves, Juliana Ribeiro Manhães da Silva, Juliana Veiga Cavalcanti, Natalia Brasil Soares Rodrigues
Apresentação: A educação interprofissional em saúde iniciou-se na década de 60 no Reino Unido, onde, através de uma discussão sobre interprofissionalidade, professores preocuparam-se em melhorar à formação dos profissionais de saúde, visto a necessidade de: reduzir a duplicação de atos profissionais de saúde e erros por falta de comunicação entre profissionais, aumentar a satisfação do usuários com os cuidados e serviços, aumentar a segurança do paciente, além de reduzir e racionalizar os custos dos serviços. Com a preocupação na qualidade de saúde dos usuários e a dificuldade de trabalhar em equipe o termo interprofissionalidade atingiu outros países como Canadá através da Fundação do The Canadian Interprofessional Health Collaborative (CIHC) e os Estados Unidos através do Centro de Educação Interprofissional Colaborativa (IPEC), que criaram definições sobre interprofissionalidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a educação interprofissional (EIP) define-se pelo aprendizado entre duas ou mais profissões, onde os profissionais aprendem sobre os outros e com os outros, de modo a melhorar os resultados na saúde. Conforme a necessidade de melhorar a comunicação e colaboração entre os profissionais de saúde, programas foram criados de modo a estimular o debate sobre a educação interprofissional. Entre os programas criados no Brasil para este fim, destaca-se o Programa de Educação pelo Trabalho para a saúde (PET-Saúde), criado pelo Ministério da Saúde (MS), que tem por objetivo fomentar o debate sobre educação interprofissional dentro de instituições de ensino superior, promovendo o trabalho com destaque no eixo ensino-serviço-comunidade. O PET-Saúde ocorre por meio do trabalho em campo, onde graduandos de uma Instituição de Ensino Superior, atuam junto a profissionais de saúde de uma instituição de saúde, possibilitando por meio da preceptoria, a prática da educação interprofissional. Deste modo, o presente relato tem por objetivo relatar a experiência de acadêmicas e profissionais da área da saúde, acerca da Interprofissionalidade, durante consultas de enfermagem e acompanhamento na Academia Carioca e os impactos em sua formação. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado a partir das experiências interprofissionais voltadas para o tabagismo vivenciadas durante as consultas de enfermagem e no Programa Academia Carioca pela equipe do subprojeto “O cuidado da pessoa tabagista na atenção básica: uma visão interprofissional”, integrante do PET-Saúde/Interprofissionalidade. Este acompanhamento ocorreu entre o período de junho à dezembro de 2019 em uma Clínica da Família localizada no Município do Rio de Janeiro e teve a participação de duas preceptoras (enfermeira e educadora física), docentes (tutora e coordenadora) e de quatro acadêmicas dos cursos de Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional de uma Instituição Pública de Ensino. Resultado: No primeiro momento, o acompanhamento das consultas de enfermagem e no Programa Academia Carioca teve um cunho mais de ambientação das acadêmicas ao serviço, de forma a possibilitar o conhecimento da lógica de trabalho presente na Unidade. Apesar desta Clínica da Família já possuir um grupo de tabagismo estruturado, notou-se a necessidade de ampliar as articulações entre as práticas profissionais, modificando à lógica de trabalho existente, tendo como finalidade a melhora da qualidade do serviço prestado em relação ao público tabagista e uma maior coesão entre as consultas de enfermagem, o Programa Academia Carioca e o grupo de tabagismo. Por isso se estabeleceu encontros regulares entre a equipe do subprojeto para planejamento e direcionamento das ações desenvolvidas de forma a atuarem de forma mais integrada e comunicativa. No Programa Academia Carioca, buscou-se inicialmente mapear os tabagistas ativos e passivos frequentadores da academia e, em articulação com a enfermagem, a verificação do status da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) e sua ativação se necessário; também ampliou-se a articulação com o grupo de tabagismo, com ampla divulgação de ambos os programas, de forma a potencializar o fluxo entre eles. Outro ponto forte, foi a inserção de atividades estruturadas em dias comemorativos relacionados ao tabaco, com os objetivos de conscientizar os usuários quanto aos malefícios do tabaco e enfatizar os benefícios da sua cessação. Não menos importante, sobre o quanto a prática de exercícios, através da Academia Carioca poderia auxiliar na cessação do fumo. No ambiente do consultório, com a presença de pacientes tabagistas ativos e passivos, foi possível alertar acerca dos riscos daquela prática para o seu corpo, fortalecendo que por meio da cessação poderia haver uma melhora das funções cardiorrespiratórias, que muitas vezes eram a queixa. Em relação às pacientes grávidas, os riscos do tabaco para os seus bebês, visto que algumas fumavam e muitas das que não fumam, convivem com algum familiar tabagista, sendo fumantes passivas. Outrossim, foram realizadas de forma interprofissional o reconhecimento e a ativação do CID de tabagistas ativos e passivos por meio do relato dos pacientes, considerando a importância desta ativação para o planejamento de ações relacionadas à cessação do tabaco. Todas essas ações foram realizadas de forma interprofissional, o que demonstrou uma alta efetividade e tornou as orientações mais enriquecedoras. A partir dessas ações, o usuário foi colocado em lugar de centralidade, sendo corresponsável pela produção de sua saúde e multiplicador das informações adquiridas na sua comunidade. Além disso, foi percebida uma prática coesa entre profissionais de diferentes áreas e alunos, sempre tendo como foco as necessidades do usuário, da comunidade e da família. Com tais vivências, é possível afirmar que o acompanhamento das consultas e do Programa Academia Carioca foi de suma relevância, visto que forneceu a possibilidade de aprender sobre o papel de profissionais de saúde de outras áreas, o que em certa medida provocou um sentimento de interdependência, pois foi possível um reconhecimento da importância destes nesse serviço e para um atendimento integral ao usuário. Em vista disso, é percebido, entre os participantes do PET-Saúde/Interprofissionalidade uma compreensão mais ampla dos contextos que englobam o usuário, pois houve o desenvolvimento de competências colaborativas, acarretando a melhora das relações interpessoais que auxiliam a implantação de um trabalho em equipe efetivo pautado na colaboração e interdependência entre os saberes. Dentro do programa é estimulado a liderança compartilhada, comunicação, organização e gestão; proporcionando a criação de uma identidade em equipe, na qual há um forte sentimento de pertencimento e corresponsabilização. Considerações finais: Apesar de tantos avanços obtidos, é mister dizer que o trabalho realizado não encerra as discussões sobre a interprofissionalidade no serviço de saúde, pois ainda há um longo caminho a ser percorrido no desenvolvimento da relação e práticas interprofissionais, na medida em que é necessário uma mudança de paradigma em relação aos valores, atitudes e dinâmica do serviço. A interprofissionalidade se desenvolve paulatinamente, e requer diversos esforços que subsidiem a prática interprofissional no serviço. |
8142 | O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE NA PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Jader da Silva Ramos, Adson da Conceição Virgens, Cinoélia Leal de Souza, Elaine Santos da Silva, Denise Lima Magalhães, Daniela Teixeira de Souza, Leandro da Silva Paudarco, Anne Layse Araújo Lima O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE NA PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTALAutores: Jader da Silva Ramos, Adson da Conceição Virgens, Cinoélia Leal de Souza, Elaine Santos da Silva, Denise Lima Magalhães, Daniela Teixeira de Souza, Leandro da Silva Paudarco, Anne Layse Araújo Lima
Apresentação: A relação entre saúde e meio ambiente é uma temática de suma importância no cotidiano dos indivíduos, uma vez que a interdisciplinaridade de ações de ambas as áreas podem promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sobretudo por meio da educação em saúde e educação ambiental. O Brasil enfrenta problemas básicos de estruturação, efetividade e acesso a serviços e equipamentos públicos básicos, como educação, saneamento básico, infraestrutura e saúde, uma vez que tais fatores são condicionantes para o surgimento de doenças, sendo considerado um retrato da acumulação epidemiológica. As diversidades climáticas de relevo e de pessoas no país, da crise ambiental acentuada pelo modelo atual de desenvolvimento nas cidades, sobretudo os avanços tecnológicos e o estilo de vida da população contribuíram para o surgimento dos problemas socioambientais e de saúde tanto em países desenvolvidos quanto em subdesenvolvidos. Os problemas ambientais enfrentados pela sociedade são cada vez mais evidentes e requerem ações de educação ambiental que sejam eficazes na promoção da sensibilização ambiental dos indivíduos, vale ressaltar que o profissional de saúde tem como uma de suas atribuições a de educador, sendo que a abordagem da percepção ambiental representa uma ferramenta de ação de programas voltados para busca de qualidade do ambiente Objetivo: discutir sobre a atuação dos profissionais de saúde na promoção da educação ambiental na atenção primária a saúde em um município do semiárido nordestino. Desenvolvimento: a pesquisa foi realizada com abordagem qualitativa exploratória, visando compreender o modo de vida do indivíduo ou de determinados grupos, respeitando os valores, crenças e costumes dos participantes envolvidos, na qual os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais, utilizando um questionário semiestruturado, aplicado a 25 profissionais atuantes na Estratégia de Saúde da Família. A população do estudo foi definida por conveniência, sendo entrevistados 25 profissionais de saúde atuantes na Estratégia de Saúde da Família (ESF) da cidade de Guanambi (BA). Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais realizadas nas unidades de saúde. As entrevistas ocorreram com a utilização de um questionário semiestruturado, com duração média de 20 minutos esse instrumento foi composto por questões relacionadas as características da área estudada, as ações realizadas pelos profissionais de saúde com enfoque na promoção da saúde e prevenção de doenças. Durante a entrevista foram indagados sobre as orientações realizadas voltadas a proteção do meio ambiente, os esclarecimentos em relação a ingesta de água contaminada, prevenção da dengue e correlação entre saúde e meio ambiente A partir dos resultados, foram elencadas duas categorias temáticas para discussão: a relevância da educação ambiental na redução de doenças e a compreensão dos profissionais sobre promoção à saúde. O trabalho seguiu a Resolução 466/2012, que rege sobre pesquisa com seres humanos, preservando os direitos dos que participam, bem como a garantia ao sigilo. O estudo em questão faz parte da pesquisa intitulada “As relações entre saúde e meio ambiente nas práticas de promoção à saúde” e foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e aprovado no dia 05 de dezembro do ano 2017, sob o protocolo CAAE: 79882217.8.0000.0055. Resultado: Os dados obtidos mostram que a equipe de saúde pouco integram os conhecimentos da saúde com o meio ambiente ao praticarem ações educativas, pois boa parte dos entrevistados dizem que não acontecem ações que tangem a educação em saúde nas residências, sendo que o fato de assumirem tal conduta evidencia que orientações a comunidade não são desenvolvidas pelos profissionais. De acordo com os resultados da coleta, as orientações obtidas pelos usuários são majoritariamente em períodos endêmicos e exercidas por determinados profissionais, dando enfoque na patologia, o que manifesta a limitação das ações bem como a eficiência das mesmas, uma vez que a prevenção não se dá apenas em um determinado período, e sim pela adesão e continuidade das ações, não apenas pelos usuários, mas por todos profissionais de saúde e gestão pública, assim temáticas envolvendo medidas preventivas como: a vacinação, lavagem de alimentos, das mãos, higiene do lar e ambiental são contextos importantes para serem inseridos e disseminados por todo o ano. Nesse Sentido, é importante que os profissionais sejam capacitados para suprir as necessidades e demandas da população adscrita, principalmente para discorrer sobre temas relacionados à saúde humana e ambiental e os seus impactos no quadro de saúde local e global. Considerações finais: No estudo foi possível perceber que há pouca realização de orientações e esclarecimentos pelos profissionais no que tange ao meio ambiente e o conhecimento sobre a relação entre saúde e meio ambiente, no qual ainda é pouco difundido para população, sendo que as orientações desenvolvidas são explicações sucintas e básicas, podendo ser abrangidas com maior eficiência e de forma mais precisa, pois abordagens sobre a temática de maneira explicativa e com maior ênfase na saúde ambiental. Os dados revelam que 52% dos entrevistados não realizam as orientações ambientais, fato que repercute tanto diretamente quanto indiretamente na qualidade de vida da população, sendo que tanto a prevenção de doenças quanto a promoção a saúde são prejudicados. Assim, torna-se relevante mencionar que os profissionais devem buscar a aquisição de conhecimentos acerca de temáticas relacionadas à saúde ambiental, visto que é um assunto que ainda necessita ser levado para os campos de discussão, não somente no âmbito dos profissionais de saúde e usuários, mas também ao setor público. É importante destacar que a capacitação dos profissionais relacionadas a saúde ambiental também deve ser promovida pela gestão pública, visto que o processo de saúde/doença e a crescimento da morbimortalidade da população torna-se dispendioso aos cofres públicos. Diante disso nota-se que a população possui uma grande influência na saúde ambiental, pois tem a responsabilidade de traçar ações envolvidas com os impactos ambientais, de modo que se tornem adeptos de condutas sustentáveis, não poluindo, não descartando de forma inapropriada os resíduos sólidos, realizando coleta seletiva, reciclagem, cuidados com a água e também buscarem conhecer sobre a temática ambiental, sendo que os mesmos munidos de conhecimentos sobre as relações entre saúde e meio ambiente podem desenvolver a capacidade de correlacionar com os problemas que os mesmos podem trazer a saúde, consequentemente se tornam promotores de medidas sustentáveis para melhorar em sua qualidade de vida. Nesse sentido o papel do profissional de saúde também é um fator primordial, pois atua disseminando informações para população com um maior embasamento teórico-científico, traçando estratégias e medidas para sanar as demandas nos contextos socioambientais da comunidade em que atua. |
8435 | ATUALIZAÇÃO DOS AGENTES DE ENDEMIAS QUE ATUAM COM O CONTROLE QUÍMICO FRENTE AO Aedes EM UM MUNICÍPIO DA BAHIA: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA Devylson da Costa Campos, Juliana Nascimento Andrade ATUALIZAÇÃO DOS AGENTES DE ENDEMIAS QUE ATUAM COM O CONTROLE QUÍMICO FRENTE AO Aedes EM UM MUNICÍPIO DA BAHIA: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSAAutores: Devylson da Costa Campos, Juliana Nascimento Andrade
Apresentação: Arboviroses são doenças causadas por arbovírus incluindo o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. Ações de controle do Aedes são feitas com educação em saúde, controle mecânico e químico, em especial a aspersão aeroespacial de inseticidas em ultra baixo volume (UBV) com equipamento portátil costal, evitando surtos e epidemias, seguindo as normas técnicas. O município de Feira de Santana possui uma população estimada de 627.477 habitantes e usa desses recursos para diminuir a ocorrência de novos casos em áreas de risco de transmissão dessas doenças. Essa estratégia deve ser feita com planejamento buscando maior segurança para o meio ambiente e a população e, por isso, é necessário um treinamento dos profissionais da equipe de bloqueio para atualizar sobre as técnicas de preparo e manuseio do equipamento de forma a garantir qualidade e efetividade das ações. O objetivo desse trabalho foi aprimorar o uso de equipamentos, insumos e técnicas de uso do UBV costal com servidores que atuam na realização do bloqueio buscando efetividade nas ações de controle e sustentabilidade com o uso consciente de inseticida. O trabalho foi realizado de 23/07/2018 à 14/02/2019 com um diagnóstico situacional (observação in locu da técnica de pesquisa de criadouros, preparação dos equipamentos e manuseio do UBV costal), um treinamento teórico-prático e o acompanhamento e avaliação das ações pós treinamento, conforme as etapas: 1 e 2Apresentação: do Projeto às Coordenações de Saúde – 23/07 a 22/08/18; 3 a 7: Planejamento do treinamento, reserva do local, definição dos palestrantes, preparo dos equipamentos e insumos e convite ao público alvo – 27/08 a 14/09/18; 8: Treinamento – 02 e 03/10/18 e 9: Acompanhamento e Avaliação das ações – 10/10/18 a 14/02/19. No treinamento teórico, 04 palestrantes abordaram os temas epidemiologia, biologia do Aedes e técnicas de UBV. A atualização teórico-prática contou com 20 servidores e duração de 16 horas. O treinamento prático ocorreu no Distrito de Humildes com visita a 30 imóveis. Foram realizadas 5 visitas técnicas para acompanhamento das ações e aplicação de 2 questionários para sondagem dos conhecimentos discutidos no curso. A equipe considerou que o curso atendeu 100% quanto aos conteúdos abordados e 80% quanto ao espaço físico utilizado; 13 servidores atestaram que o LIRAa pode ser utilizado para nortear ações de bloqueio junto com IIP e Georreferenciamento; Quanto ao conhecimento técnico sobre preparação do inseticida, EPI’s necessários, técnicas de manuseio do equipamento e dos cuidados com a aplicação do inseticida foi unânime, todos pontuaram em 100%. O curso assumiu importância para interação entre a equipe e ajudou na adequação das técnicas por eles utilizadas durante as ações de rotina, sendo considerada uma experiência exitosa. |
8484 | UMA EXPERIÊNCIA DE CAPACITAÇÃO DE AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS E TÉCNICOS DO LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES, NITERÓI (RJ). Devylson Campos, Juliana Nascimento Andrade UMA EXPERIÊNCIA DE CAPACITAÇÃO DE AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS E TÉCNICOS DO LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES, NITERÓI (RJ).Autores: Devylson Campos, Juliana Nascimento Andrade
Apresentação: O agente de combate às endemias (ACE) é um profissional fundamental para o controle de endemias e junto à equipe de educação em saúde e técnicos de laboratório entomológico assumem importância nas ações de controle de doenças, podendo promover uma integração entre as vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental. A qualificação profissional através de cursos de capacitação no formato de palestras, workshops e mesas redondas podem contribuir para o aperfeiçoamento das atividades exercidas por esses profissionais. O município de Niterói possui 513.584 habitantes e em seu Centro de Controle de Zoonoses e de Doenças de Transmissão Vetorial Professor Américo Braga tem lotados 260 agentes de campo que realizam o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), 20 profissionais que atuam na equipe de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) e 06 técnicos que trabalham na identificação de imaturos de Culicídeos no Laboratório de Entomologia e Malacologia. O objetivo desse trabalho foi capacitar os agentes de combate às endemias, os técnicos do laboratório de entomologia do Centro de Controle de Zoonoses, Niterói (RJ) e a equipe de educação em saúde e técnicas de coleta e identificação de vetores de interesse médico buscando efetividade nas ações de controle desses agravos. O trabalho foi realizado de 12/08 a 29/10/2018 nas salas de aula da sede da Defesa Civil tendo na primeira etapa a realização de mesa redonda com a presença de gestores municipais afim de sensibilizá-los quanto à importância da atualização. A segunda etapa consistiu em um treinamento com os técnicos do laboratório de entomologia para identificação de insetos imaturos em chaves dicotômicas, definições de posicionamento dorso-ventral de larvas em lâminas e estudo de anatomia de insetos. A terceira etapa foi realizada com os profissionais do IEC, turma multiprofissional que atua com palestras sobre arboviroses em escolas, igrejas e empresas, através de atualização com workshop para fortalecer suas mensagens educativas no contexto de cada comunidade. A quarta e última etapa ocorreu com os agentes de endemias para redimensionar suas práticas de campo no que se refere ao controle vetorial (procura e eliminação de criadouros de larvas de Aedes aegypti) e a educação em saúde. As técnicas de coleta de imaturos, armazenamento, preenchimento dos boletins diários que fazem parte da rotina também foram relembrados nesse momento. Todo o treinamento foi proveitoso, com 100% de presença e participação dos agentes de campo, 100% dos técnicos do laboratório e 70% dos profissionais de palestras do IEC, sendo observado em campo a dedicação e a qualidade das ações após as capacitações para cada grupo. O curso assumiu importância para atualização das informações sobre entomologia e a necessidade desse conhecimento para a readequação das técnicas de campo que fazem parte da rotina de controle de agravos de Vigilância em Saúde. |
7529 | PRECISAMOS FALAR SOBRE SÍFILIS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE Ana Paula Assunção Moreira, Vanessa Curitiba Felix, Lívia de Souza Camara, Leila Rangel da Silva, Selma Villas Boas Teixeira, Cristiane Rodrigues da Rocha PRECISAMOS FALAR SOBRE SÍFILIS NA FORMAÇÃO EM SAÚDEAutores: Ana Paula Assunção Moreira, Vanessa Curitiba Felix, Lívia de Souza Camara, Leila Rangel da Silva, Selma Villas Boas Teixeira, Cristiane Rodrigues da Rocha
Apresentação: Os casos de sífilis aumentam cada dia mais no Brasil, sendo no ano de 2018 notificados 158.051 casos da infecção. A assistência por parte do profissional de saúde deve ser feita de forma integral, baseado em protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, sendo um fator favorável para o desenvolvimento de ações voltadas para a redução dos casos de sífilis no país. No entanto, é possível identificar na prática que, apesar dos protocolos estabelecidos para o manejo da sífilis, muitos profissionais não estão tratando os pacientes de forma efetiva, contribuindo para o aumento de casos de reinfecção. Objetivo: discutir a importância do estudo da Sífilis na formação em saúde. Desenvolvimento: Esse trabalho visa descrever a experiência da realização de um minicurso sobre o manejo da sífilis para estudantes de saúde, oferecido por mestrandas do curso de Enfermagem. O curso teve a duração de 4 horas e abordou os protocolos vigentes do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Estavam presentes 15 estudantes de graduação dos cursos de medicina, biomedicina e enfermagem que cursavam diferentes períodos. Inicialmente foi aplicado um pré-teste onde os participantes respondiam questões referentes ao diagnóstico e tratamentos da sífilis. Após esse momento houve uma aula dialogada abordando a sífilis em suas diferentes formas (adquirida, gestacional e congênita). Ao final, a aplicação do pós-teste. Resultado: Foi possível identificar um déficit no conhecimento dos estudantes referentes ao tema abordado, mesmo naqueles que encontram-se em períodos mais avançados ou os que já tiveram um aproximação com o assunto por meios de grupos de pesquisa e/ou estágios. Essa deficiência foi identificada com a aplicação do pré e pós-teste, onde percebeu-se uma diferença significativa nas respostas obtidas após a aula dialogada. Considerações finais: Dessa forma, levando em consideração a problemática da sífilis no país e o aumento de casos oriundos de tratamentos realizados de forma incorreta, faz-se necessário a valorização desse tema na formação em saúde desde a graduação até a atualização dos profissionais em serviço, objetivando a erradicação da sífilis no Brasil. |
12270 | EXPERIÊNCIAS DE AÇÕES EDUCATIVAS NA ESCOLA E SEU PAPEL NA VIDA DE ADOLESCENTES TASSIANY CAROLINE SOUZA TRINDADE, PATRÍCIA OLIVEIRA BARBOSA PINTO, TAIZA ADRIÃO DA CRUZ, SIMONE SANTANA DA SILVA EXPERIÊNCIAS DE AÇÕES EDUCATIVAS NA ESCOLA E SEU PAPEL NA VIDA DE ADOLESCENTESAutores: TASSIANY CAROLINE SOUZA TRINDADE, PATRÍCIA OLIVEIRA BARBOSA PINTO, TAIZA ADRIÃO DA CRUZ, SIMONE SANTANA DA SILVA
Apresentação: Trata-se de uma proposta de intervenção realizada por residentes da Estratégia Saúde da Família com adolescentes de uma escola estadual no município do Estado de São Paulo. A escola pode ser compreendida como um ambiente de relações, gerando um espaço privilegiado para o desenvolvimento crítico e político, contribuindo na construção de valores pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere diretamente na produção social da saúde. A sexualidade é uma das dimensões ligadas à vida e à saúde do ser humano que se manifesta desde o seu nascimento. Entende-se como um fenômeno multifatorial, com aspectos biológicos, psicológicos, culturais, históricos e sociais, que influencia nas formas de enxergar e se colocar no mundo. Na adolescência, a puberdade e sexualidade se manifestam em diferentes e surpreendentes sensações corporais, em desejos ainda desconhecidos e em novas necessidades de relacionamento interpessoal, tornando-se um foco importante de preocupação e curiosidade para adolescentes de ambos os sexos. Nesse contexto, os valores, atitudes, hábitos e comportamentos estão em processo de formação e solidificação. Então se espera que os profissionais de saúde envolvidos no processo de promoção do cuidado ao adolescente estejam pactuados no respeito às crenças e interações dos indivíduos com o meio, a fim de levar a saúde de uma maneira leve e livre de julgamentos moralizadores. Falar sobre sexualidade nessa fase requer cuidados éticos e responsabilidade, já que essa população tem dificuldade de acesso nos serviços de saúde. A educação escolar se constitui um potente dispositivo para o trabalho com adolescentes. Nesse processo educacional é relevante a valorização das ações democráticas, populares, inclusivas e plurais, as quais estabeleçam a possibilidade de construirmos uma escola que atenda ao contexto dinâmico de mundo. É necessário ainda que ocorra uma maior apropriação, em seu projeto político-pedagógico, de conhecimentos e valores que contribuam para a valorização da vida, a formação integral e o exercício da cidadania coloca-se para uma construção livre de credos e barreiras. Desenvolvimento: Trata-se de um projeto de intervenção desenvolvido em uma escola estadual numa região periférica da cidade de Sorocaba, São Paulo no ano de 2018. Foram realizadas oficinas de perguntas e respostas em que eram abordadas questões sobre sexualidade e saúde, puberdade: mitos e tabus, educação sexual na escola e adolescência e vulnerabilidade. A etapa que envolve caixa de dúvidas permitiu avaliar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o que ali estava sendo proposto. Além de direcionar quais seriam os pontos chaves para o aprendizado descontruído de alguns conceitos. Após a análise das perguntas através dos critérios de inclusão e exclusão (esse último critério aplicava-se as questões repetidas) tornou-se melhor a visualização dos pontos mais frágeis de entendimento dos alunos e o que de fato seria abordado. A aplicação da intervenção dividiu-se num total de quatro encontros. No quarto e último encontro a conversa foi aberta e promovida pelos próprios alunos, a fim de promover um espaço onde eles constroem o seu próprio conhecimento. O ambiente ficou aberto para que dúvidas e curiosidades fossem esclarecidas, caso ainda existissem, além de conversamos sobre o que foi apreendidos nesses encontros, se de fato esse momento é oportuno na vida deles. A aposta foi em sensibilizar os participantes à temática a partir da adoção de práticas conscientes na performatividade de sua sexualidade e na possibilidade de instrumentalizá-los para multiplicar as informações e ideias discutidas naquele espaço. Resultado: Os questionamentos iniciais emergem de dúvidas clássicas vivenciadas no contexto de vida dos adolescentes. Esse primeiro momento trouxe a possibilidade de entender o que de fato circula o imaginário dos mesmos e o que pode ser considerado como aprendizado trazido do contexto social, familiar e ou escolar. O foco da intervenção é justamente promover esse elo entre a prevenção das doenças através da adoção de práticas sexuais conscientes e seguras. Observou-se que a respeito do que apareceu nas conversas e os dados epidemiológicos, a responsabilidade preventiva está ligada a mulher, o que fortalece um caráter machista ao planejamento familiar, o que ainda torna passível a crítica da inserção do conteúdo na atenção à saúde da mulher, o que fortalece o pensamento sobre a reformulação dessa estratégia. Um dos desafios vivenciados durante a construção do trabalho está relacionado à dificuldade de aproximação dos profissionais da unidade e ACS’s (Agentes Comunitárias de Saúde) da USF. Embora estivessem cientes da realização dos encontros e foram, inclusive, convidadas a participar, não houve adesão. Tal fato reafirma uma fragilidade frequente no contexto da saúde no Brasil e aponta um desafio a ser enfrentado, visto que esses profissionais estão inseridos nos territórios de atuação e tem papel fundamental nas comunidades. Entende-se que tal contexto pode estar associado ao processo de trabalho e até numa possível fragilidade no entendimento d a importância das atividades educativas no território. Preza-se pela participação da equipe de ESF e do ambiente escolar a fim de dar continuidade na ação, tendo a análise crítica de todo processo do projeto de intervenção para, futuramente, ter autonomia de poder continuar transmitindo esse conhecimento com o passar do tempo e torne o processo frutífero. Considerações finais: O que se pode entender através do discurso dos alunos é que se faz necessário que a educação sexual inicie em casa e seja complementada na escola, para que possa suprir as carências e dificuldades da família em relação ao tema. Foi observado que há um certo distanciamento dos professores com essa abordagem justificativa pactuada na inserção da Unidade de Saúde no território o que configura uma responsabilidade unilateral, demonstrando assim uma real contradição com o que é proposto na formação integral. Talvez a sexualidade não seja entendida como inerente a vida e à saúde, como algo ligado ao desejo humano, ao instinto e ao simples dom de existir. Como temática de extrema relevância no cenário atual a educação sexual ainda é permeada por mitos e tabus. O distanciamento dos adolescentes e jovens das estratégias de autocuidado tem diferentes significados, além das questões culturais, o medo e a vergonha ainda são os principais dificultadores do aprendizado. A família e a escola têm papel fundamental nesse processo, pois ambos os espaços são de acolhimento e maior vivência nessa fase, pelo menos é o que deveria ser. |
6278 | PROJETO APLICATIVO MONTANDO UM SORRISO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Camila Oliveira Souza, Emile Almeida Pereira, Amanda Daiana Pontes, Quesia Aline Ferreira Palheta Sousa, Diego Leão Araújo MORENO, Aline Araújo Maia Miola Freire, Mara Célia Reis PROJETO APLICATIVO MONTANDO UM SORRISO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Camila Oliveira Souza, Emile Almeida Pereira, Amanda Daiana Pontes, Quesia Aline Ferreira Palheta Sousa, Diego Leão Araújo MORENO, Aline Araújo Maia Miola Freire, Mara Célia Reis
Apresentação: O projeto de extensão da disciplina de Saúde Mental foi idealizado por uma docente enfermeira que dividiu em grupos os discentes da turma do 8° período de enfermagem subtraindo temas referentes à disciplina. A partir dessa oportunidade, criou-se o Projeto Aplicativo (PA) “Montando Um Sorriso” com seis discentes que se agarraram à vontade de promover a reabilitação de adolescentes com a saúde mental afetada pela depressão. O presente estudo teve como objetivo apresentar através de um relato de experiência as atividades desenvolvidas pelos acadêmicos de enfermagem com o PA “Montando Um Sorriso” que possibilitou a promoção em saúde mental prejudicada em relação à depressão dos adolescentes de uma Escola de Ensino Fundamental e Médio no Município de Porto Velho. Método: Trata-se de um relato de experiência descritivo reflexivo vivenciado por acadêmicos de enfermagem, membros de um PA intitulado “Montando um Sorriso”, vinculado a uma instituição de Rondônia, a Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON. As experiências foram vivenciadas em uma Escola de Ensino Fundamental e Médio situada no município de Porto Velho – RO durante o ano de 2019. Aplicou-se uma metodologia ativa e participativa, de forma a estabelecer uma relação entre teoria e prática, palestra-ação, propiciando a construção coletiva do conhecimento, centrada na decadência emocional dos estudantes. Formando uma turma com os 1° e 2° anos do ensino médio do turno vespertino, utilizando de 1 (uma) hora para execução da palestra-ação. Desenvolvimento: O Projeto Aplicativo “Montando Um Sorriso”, conta com 6 acadêmicos do oitavo período do curso de Enfermagem, coordenados pela docente de Saúde Mental, no qual programaram atividades referentes ao tema depressão, com foco em adolescentes estudantes do ensino médio. Foi realizado um plano de aula subdividido em introdução, ementa, metodologia, conteúdo programático e referências no qual buscamos não direcionar a palestra-ação a situações vulneráveis relacionadas ao tema, programando táticas que auxiliassem no enfrentamento do tema proposto. Para o desenvolver o plano de aula, utilizamos vários artigos de papelaria, onde foram criadas máscaras faciais com o desenho de um sorriso e emojis sorridentes. Inicialmente, foi feita uma pequena decoração do local para chamar a atenção dos alunos, utilizando de diversos emojis sorridentes, em referência ao nome do projeto. Após recepcionar os alunos, os acadêmicos se apresentaram e solicitaram a participação de todos durante o decorrer da palestra, ressaltando a importância da mesma. Iniciou-se com a dinâmica do sorriso, onde foi entregue à cada participante uma máscara de um sorriso e foi solicitado para que escrevessem atrás da mesma uma palavra que representasse o seu verdadeiro estado emocional e depois colocassem a máscara no rosto. O objetivo foi mostrar para os alunos que, as pessoas costumam mascarar seus sentimentos através de “falsos sorrisos”, fazendo que alguém que precise de ajuda acabe passando despercebida em meio a um grupo. Após, as máscaras foram recolhidas para análise do que foi escrito pelos alunos. Logo após, os acadêmicos falaram brevemente sobre como lidar com a Ansiedade nessa fase da vida dos alunos e também sobre baixa autoestima. Para mediar o tema, houve a segunda dinâmica, em que os alunos fecharam os olhos e mentalizaram a pessoa mais importante do mundo para si. A partir disso, uma caixa com um espelho dentro foi mostrada de um a um para os alunos, e foi feita a seguinte pergunta “Foi essa a pessoa em que você pensou?”. A intenção dessa dinâmica era promover a elevação da autoestima e o estimulo do amor próprio, ressaltando a importância que cada um tem para si mesmo. O terceiro momento foi sobre o enfrentamento da Depressão, onde os acadêmicos conversaram de forma reflexiva e instrutiva com os alunos, ressaltando a importância de não ter receio de procurar ajuda profissional e dicas, fundamentadas teoricamente, para realização da chamada Higiene Mental, no intuito de prevenir estresse emocional e depressão. Resultado: A ação usou de métodos avaliativos de sua execução, todas as dinâmicas envolveram a participação ativa dos adolescentes, dentre elas, a primeira e a última a serem executadas nos promoveu a oportunidade de recolher, em material, os sentimentos vivenciados pelos alunos. Ao final da dinâmica do Sorriso, aplicada antes de toda a contextualização, foram recolhidas as máscaras, em que os alunos apontavam seu estado emocional naquele dia, resumido a uma palavra, para análise do conteúdo presente, na qual podemos observar o seguinte quantitativo: Ansioso(a) 17 alunos; Feliz 13; Normal 8; Cansado(a) 5; Triste 3; Gratidão 2; Singular, Orgulhosa, Pensativa e Dopada 1; Totalizando 52 alunos. A última dinâmica realizada foi a do Balão Amarelo, onde os adolescentes desenharam um “emoji” e uma frase que representasse seus sentimentos. Os desenhos variaram entre triste, feliz e neutro. Todavia, nas frases pôde-se observar palavras positivas, como: “Viva a vida de forma diferente”, “Você é especial”, Você é capaz”, “Nunca desista de si mesmo”, “A vida é muito curta para perder tempo com coisas sem importância” e “Estou feliz”. Assim como frases negativas e palavras de baixo calão, como: “F*dar-se o mundo”, “Estou na m*rda”, “É tanta coisa para resolver”, “Cansada me define”, “Os pensamentos machucam” e “Confusão de sentimentos”. Para finalizar essa dinâmica, cada um pegou um balão aleatório e mentalizou uma resposta de forma empática para a pessoa que desenhou e escreveu no balão. Nesse momento, abrimos para quem quisesse responder em voz alta, observamos nas respostas a maturidade e a capacidade de enfrentamentos de situações problemas, onde sentimos o alcance do objetivo do projeto. Desde o primeiro momento e ao decorrer da palestra alguns alunos já mudaram de pensamento com a proposta da higiene mental, em que houve um enfoque em atividades que nos deixam leves e com pensamentos positivos. Com isso, realizamos uma atividade que ressaltasse seus propósitos. Foi exposto a eles em slide, uma imagem com um mapa mental sobre como descobrir seu propósito, nele continha algumas perguntas, as quais “O que amo fazer?” 48 responderam, “O que eu faço bem?” 44 responderam, “O que o mundo precisa e eu posso ajudar a melhorar?” 43 responderam e “O que me pagariam para eu fazer?” 35 responderam. Todos responderam ao menos uma pergunta, nosso objetivo era mostrar que bastava apenas a resposta de uma pergunta para que eles tivessem algo para agarrar-se e descobrirem seu propósito. Considerações finais: Diante do exposto, o intuito era promover ações dinâmicas que capacitasse a autoproteção desses adolescentes de situações de risco como automutilação, suicídio, crises de ansiedade entre outros, o nosso foco era fazer com que esse adolescente desenvolvesse habilidades de enfrentamentos contra a depressão. Sendo gratificante o entendimento de assuntos como prática higiene mental, propósito de vida dentre outros que poderão contribuir grandemente para uma boa saúde mental dos adolescentes. Portanto, a partir do conhecimento que os jovens adolescentes necessitam de uma atenção especial relacionadas ao assunto abordado, torna-se visível a importância da realização do projeto Montando Um Sorriso, que com muito carinho possui o intuito de demonstrar aos mesmos, os diversos meios que existem para prevenir e auxiliar o tratamento da depressão demonstrando como eles mesmos podem intervir em seu benefício ou para ajudar outras pessoas. |
5924 | PERCEPÇÕES DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADO (TAG) EM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO EM VIÇOSA DO CEARÁ (CE) GUSTAVO OLIVEIRA DE ARAÚJO, Bruno Ribeiro de Paiva, Francisco Washington Fernandes Silva, Antonio Henrique Alves da Silva, José Doriberto Freitas PERCEPÇÕES DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADO (TAG) EM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO EM VIÇOSA DO CEARÁ (CE)Autores: GUSTAVO OLIVEIRA DE ARAÚJO, Bruno Ribeiro de Paiva, Francisco Washington Fernandes Silva, Antonio Henrique Alves da Silva, José Doriberto Freitas
Apresentação: O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é uma situação comum, caracterizada por preocupação excessiva e crônica sobre diferentes temas, associada a tensão aumentada. Uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada normalmente se sente irritada e tem sintomas físicos, como inquietação, fadiga fácil e tensão muscular. Pode ter problemas de concentração e de sono. Para fazer um diagnóstico, os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses e causar desconforto clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes. O objetivo ampliar o conhecimento de estudantes adolescentes em relação ao transtorno de ansiedade generalizada. Desenvolvimento: Inicialmente fez-se um levantamento, através de um questionário contendo 5 perguntas relacionadas ao tema. O mesmo foi aplicado a 30 adolescentes de ambos os sexos com idades entre 14 a 18 anos. Cujo objetivo era responder questões que abordavam os sintomas de ansiedade generalizada, sendo respondida numa escala Likert de 3 pontos: Nunca; Ás vezes e Sempre. De acordo com que cada um deles achassem que estaria sentindo como incômodos sobre determinadas situações rotineira, e que poderiam estar acometidos por um certo grau de ansiedade. Posteriormente compôs a ação, uma palestra sobre o tema, aos estudantes do 1º e 2º anos do ensino médio, da Escola de Ensino e Educação Profissional Juca Fontenelle localizada em Viçosa do Ceará-CE. Resultado: Pode-se constatar que cerca de 6 (seis) alunos, nunca apresentaram nenhum dos sintomas em eventuais situações que pudessem ocasionar algum tipo de desconforto relacionado ao transtorno de ansiedade generalizada, e que 19 (dezenove) alunos sentem somente as vezes alguns desses sintomas, e que pode haver variância entre eles. Em relação a alternativa sempre, 5 (cinco) alunos marcaram que presenciam alguns dos principiais sintomas (podendo haver variância entre eles), todas as vezes que se encontram em determinadas situações que possam ocasionar desconforto, sendo recomendada a consulta a um profissional. A palestra foi apresentada com êxito, havendo conversação e retirada de dúvidas. Pôde-se perceber que os alunos conseguiram conhecer mais sobre a ansiedade, ampliar a visão sobre o tema e também reconhecer como um indivíduo com ansiedade pode se portar em determinadas situações, e o que fazer para dar um devido suporte a essas pessoas. Considerações finais: O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado pela ansiedade excessiva e preocupação exagerada com os eventos da vida cotidiana sem motivos óbvios. Pessoas com sintomas de transtorno de ansiedade generalizada tendem sempre a esperar um desastre e estão sempre extremamente preocupadas com saúde, dinheiro, família, trabalho ou escola. Nesta experiência com adolescentes estudantes do ensino médio podemos constatar o quanto estes sintomas são prevalentes, e se faz necessário um projeto específico de orientação e promoção da saúde mental no contexto escolar a fim de esclarecer, identificar, minimizar ou até encaminhar adolescentes que apresentem sofrimento de origem ansiosa. |
7008 | TECNOLOGIA DE EDUCAÇÃO INTERATIVA PARA USUÁRIOS DO SUS FRENTE AO DIRECIONAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE Tawane Tayla Rocha Cavalcante, Antonia Diana Rocha Cavalcante, Bruna Vieira Costa, Julyany Rocha Barrozo de Souza, Antonio Soares Junior, Pedro Romão dos Santos Junior TECNOLOGIA DE EDUCAÇÃO INTERATIVA PARA USUÁRIOS DO SUS FRENTE AO DIRECIONAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDEAutores: Tawane Tayla Rocha Cavalcante, Antonia Diana Rocha Cavalcante, Bruna Vieira Costa, Julyany Rocha Barrozo de Souza, Antonio Soares Junior, Pedro Romão dos Santos Junior
Apresentação: O aumento no processo de adoecimento da população devido a fatores intrínsecos e extrínsecos elevam a procura por serviços de saúde públicos e privados, nisso, há uma necessidade de reforçar a consolidação das Redes de Atendimento à Saúde no país, de modo a priorizar a assistência à saúde, com o intuito de diminuir a superlotação que há nos serviços de urgência e emergência. Partindo desse contexto, torna-se necessário que haja uma ligação entre os pontos das Redes de Atenção à Saúde (RAS), partindo da base que é atenção básica até a alta complexidade, sendo crucial que a população seja educada quanto ao direcionamento das RAS, assim o usuário saberá onde procurar assistência de acordo com suas necessidades, cabendo ao profissional de saúde realizar ações de educação em saúde para a comunidade. A pesquisa objetivou investigar o grau de entendimento dos usuários do SUS sobre as Redes de Atenção à Saúde do município de Tucuruí no estado do Pará. Ao caracterizar o perfil sociodemográfico dos usuários que buscam atendimento nos Centros de Saúde do município em questão, com o intuito de descrever o norteamento dos usuários com relação ao direcionamento sobre as RAS, propondo a realização de educação em saúde, por meio, da tecnologia educativa do tipo jogo de lona, intitulado “Rotas para a Saúde.” Tratou-se de uma pesquisa de campo com caráter quantitativo e métodos descritivo, aplicada por meio do uso de tecnologias educativas, questionário e aplicação do jogo, a qual foi realizada com 90 participantes de 3 unidades básicas de saúde. Os resultados revelaram que 58% dos participantes afirmaram conhecer a RAS, e 42% responderam que não conhecem seu funcionamento. Observou-se que por mais que a maioria relatasse conhecer a rede, ainda há uma grande quantidade de pessoas que não conhece como funciona a rede de atenção. Em comparação dos resultados obtidos através da aplicação do questionário com a aplicação do jogo, sendo o qual foi de grande importância para o desenvolvimento de educação em saúde, direcionando o usuário a entender como funciona os programas de atenção básica, observou-se que por mais que a maioria dos participantes tenham assinalado no questionário conhecer a rede, grande parte deles se direcionaram erroneamente durante o jogo, quanto aos serviços de saúde oferecidos pelo município. Diante dos dados obtidos, a pesquisa mostrou que a educação em saúde ainda é negligenciada pelos profissionais da saúde, principalmente, pelo profissional que está diretamente em contato com o usuário na atenção primária. Sendo assim, se não há com frequência a realização de ações educativas por parte desses profissionais, coopera ainda mais para que a comunidade siga leiga às informações. Percebe-se, que é de suma importância realizar educação em saúde sobre o direcionamento da RAS, pois promove conhecimento da rede pelo usuário, fazendo que haja reflexões das informações fornecidas, diminuindo assim a superlotação nos níveis secundários e terciários de atenção à saúde pelo SUS. |
7130 | SAÚDE ORAL: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE ORAL DESDE OS ANOS ESCOLARES INICIAS Vitoria Regina de Aquino Pires, Luiz Otavio de Oliveira Alves SAÚDE ORAL: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE ORAL DESDE OS ANOS ESCOLARES INICIASAutores: Vitoria Regina de Aquino Pires, Luiz Otavio de Oliveira Alves
Apresentação: A cárie ainda é uma doença que atinge mais da metade da população brasileira, sendo o principal problema enfrentado pelos dentistas. A doença, normalmente, a inicia-se na infância, acarretando em dor, lesões de cavidade e em alguns casos, a total destruição do dente. Isso decorre devido à má higiene da cavidade oral, onde a bactéria presente no local produz ácidos através do açúcar encontrado nos alimentos, convertendo o pH neutro para pH ácido e, assim, favorecendo a desmineralização do esmalte. Objetivo: Conseguir diminuir a incidência de cárie na população, através de propostas pedagógicas desde as séries iniciais abordando a importância de uma boa higiene oral, como e quando se realiza as escovações, o uso do fio dental e a visita anual ao dentista. Metodologia ou descrição da experiência: o presente trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográficas de portais como o Scielo e Google acadêmico. Resultado: Cuidar da saúde oral é importante em todas as etapas da vida, pois além de manter uma boa estética, ajuda a prevenir a doença periodontal e doenças sistêmicas, assim como a própria cárie. Uma boa parte da população não entende o porquê da importância de uma boa saúde oral ou não sabe realiza-la com eficiência. Podemos observar que o hábito da escovação normalmente nasce na fase escolar da criança, onde são ensinados pelos professores e os tutores/pais a importância da saúde bucal. Tal hábito ao ser desenvolvido nos anos inicias da vida se tornar mais fácil de perpetuar para o resto da vida, evitando o famoso “bichinho no dente”. A falta de informação e a concepção de que escovar os dentes é uma ação considerada desagradável pelas crianças, por não realizarem-na de modo correto percebe-se a incidência de cárie em dentição decídua, não sendo devidamente tratada e repetindo-se na permanente, causando danos que perdura-se até o fim da vida, como um dente de canal tratado e em alguns casos levando até a perda do elemento dentário. Considerações finais: Portanto deve-se realizar nos colégios aulas sobre higiene oral realizadas por profissionais da Odontologia em conjunto com a equipe pedagógica e familiar que envolvem as crianças, contendo no currículo técnicas de escovação adequadas, o que é a doença cárie e como ela pode ser controlada e sobre as outras doenças orais e sistêmicas causadas pela falta de higiene bucal, mostrando que a ida ao profissional da saúde bucal deve ser realizada pelo menos uma vez ao ano. Para assim termos uma população consciente de que a saúde oral é importante e afeta na qualidade de vida. |
7883 | EDUCANVISA: EDUCAÇÃO E SAÚDE UNIDAS PARA PROMOVER A SAÚDE Haideline Mertens Kuff EDUCANVISA: EDUCAÇÃO E SAÚDE UNIDAS PARA PROMOVER A SAÚDEAutores: Haideline Mertens Kuff
Apresentações: Diante da complexidade do ordenamento social e dos padrões de consumo e adoecimento da atualidade, que exigem ampliar o espectro das ações que visam meramente à assistência e à prevenção de doenças para incluir as que efetivamente promovam saúde, a Educação em Vigilância Sanitária tem como desafio buscar alternativas à visão higienista, estritamente biológica, que se cristalizou na prática educativa desde seus primórdios. O Projeto Educanvisa é a iniciativa nesta direção, pois visa desenvolver ações que integrem educação em vigilância sanitária e promoção da saúde, acreditando e investindo no potencial formador e multiplicador das escolas, é o seu maior propósito. No município de Terenos, Mato Grosso do Sul, desenvolvemos o projeto desde o ano de 2016, com a adesão de 02 CEINFs (Centro de Educação Infantil), 08 Escolas Municipais e 02 Escolas Estaduais, onde foram capacitados 26 professores, 31 Agentes Comunitários de Saúde e com o envolvimento de 747 Alunos. Para a efetivação deste projeto contamos com alguns parceiros que nos auxiliaram na capacitação dos professores multiplicadores e no desenvolvimento do projeto: Silvia Yuki e Patrícia Nunes Siqueira – Nutricionistas, Henrique Budke – Engenheiro Agrônomo, Letícia Freire e Gislaine Tonet – Farmacêuticas, Janainne Escobar – Fiscal Sanitário/ CVISA/ SES, Juliana Galhardo – FAMEZ/UFMS, Silvia Libman Luft – Engenheira Agrônoma/ IAGRO MS, Terezinha Cléa Signorini Feldens – Pedagoga/ IAGRO MS, Gelson Sandoval Júnior – Médico Veterinário/ IAGRO MS. Como a Escola está se tornando mais um espaço de convivência da criança, devido o ingresso da criança na escola ocorrer cada vez mais precocemente, está deve ser promotora de saúde através do ensino do conteúdo programático relacionado à saúde. Temas como alimentação saudável, atividades físicas, vigilância sanitária, meio ambiente e agrotóxicos, uso racional de medicamentos, desenvolvimento de habilidades para a saúde e qualidade de vida, prevenção de acidentes e violência, fortalecimento da participação da comunidade estão ligados à escola promotora de saúde. E o EDUCANISA aborda todos esses temas, e com a parceria do PSE – Programa Saúde na Escola. Esperávamos com esse projeto quebrar o paradigma de que a vigilância sanitária “só dá prejuízo”, e que o SUS “é o cartão do SUS”, frases ditas pelos próprios alunos. Promover a saúde da população em um todo começando dentro dos próprios lares dos alunos, passando para eles informações que possibilitem a construção de novos valores, por meio da educação sanitária, a qual é uma pratica educativa que induz um determinado público a adquirir hábitos que promovam a saúde e evite a doença e tem de ser um processo contínuo, permanente e construído na medida em que o indivíduo aprofunda seu conhecimento. |
9246 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FORMA DE PREVENIR, CONSCIENTIZAR E REDUZIR DANOS RELACIONADOS AO CONSUMO DO NARGUILÉ Maria Vitória Cruz Bezerra, Carine Ferreira dos santos, Gabriela Lopes Laforga Simões, Larissa Santos da Silva, Eduarda Oliveira Peres EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FORMA DE PREVENIR, CONSCIENTIZAR E REDUZIR DANOS RELACIONADOS AO CONSUMO DO NARGUILÉAutores: Maria Vitória Cruz Bezerra, Carine Ferreira dos santos, Gabriela Lopes Laforga Simões, Larissa Santos da Silva, Eduarda Oliveira Peres
Apresentação: Atualmente, o Narguilé é um dos fumígeros com números de usuários crescente, nota-se o aumento de hookah’s (bares destinados ao uso), muito frequentado por jovens. Diante desse cenário, mostra-se importante o conhecimento do narguilé e de seus malefícios, desta forma esse trabalho tem como objetivo mostrar como a educação e a comunicação em saúde devem contribuir para promover a redução de danos, a mudança de comportamento entre os fumantes e conscientizar a todos dos riscos associados ao consumo. Método: A realização do presente artigo se deu por meio de pesquisa bibliográfica, utilizando a base de dados Scielo, e o descritor foi o narguilé, foi utilizado o estudo do INCA, publicado pelo Ministério da Saúde em 2017, também foi descrito a legislação acerca dos produtos fumígeros. E para complementar os resultados, foi feito um formulário no Google Forms voltado para os usuários de narguilé com perguntas a respeito do perfil dos fumantes (Sexo, idade), e sobre aspectos relacionados ao consumo (Idade que começou a fumar, motivo, conhecimento de piteiras e vivências em Hookah’s). Resultado: Foi notado que o uso do narguilé é extremamente prejudicial à saúde. Contrariando a crença dos usuários, a água utilizada no narguilé só reduz em 5% a nicotina, além disso, 1 hora de inalação de narguilé equivale a fumaça de 100 cigarros, logo os fumantes ativos e passivos estão expostos às mesmas doenças que podem acometer aos usuários de cigarros. E como o uso do narguilé, na maioria das vezes é um ato coletivo, ainda há o compartilhamento do bocal, tendo o risco de contrair doenças transmissíveis como tuberculose, herpes e infecções respiratórias (Viegas). A literatura também traz que a iniciação ao uso do narguilé é na faixa etária de jovens, o que convergiu com os resultados do formulário. Foi visto que, entre os que responderam o questionário, a maioria é do sexo masculino (59%), e 64 % começaram a fumar entre os 15 a 18 anos, mostrando que o narguilé é extremamente comum nessa faixa etária. Foi perguntado também acerca do uso de piteiras, 89,7% afirmaram conhecer a importância da piteira, porém 48,7% não fazem o uso da mesma, apesar de reconhecerem a importância da piteira não mudam de hábito, dessa forma, se faz necessário pensar maneiras de atingir essa faixa etária para mudança de comportamento por meio da educação em saúde. Considerações finais Com os resultados obtidos, percebe-se que o meio pelo qual é possível conscientizar, prevenir e reduzir danos associados ao consumo do narguilé, é pela educação em saúde. Dessa forma deve ser pensadas ações destinadas a faixa etária de risco em relação a iniciação do uso. Porém essas ações devem ir além de cartilhas e banners, deve-se pautar na Política Nacional de Educação Popular em Saúde, para dessa forma empoderar a população no que se refere ao narguilé, e conhecendo os riscos do fumo, poder-se-á falar de autonomia na escolha de iniciar o uso. |
7570 | FORMAÇÃO SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS PARA AGENTES DA PASTORAL DA SAÚDE DO VICARIATO SANTA CRUZ: VIVER EM COMPAIXÃO ERIDA APARECIDA JOSÉ SILVA, Ana Paula Bragança Santos FORMAÇÃO SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS PARA AGENTES DA PASTORAL DA SAÚDE DO VICARIATO SANTA CRUZ: VIVER EM COMPAIXÃOAutores: ERIDA APARECIDA JOSÉ SILVA, Ana Paula Bragança Santos
Apresentação: A intenção desta intervenção é garantir a integralidade entre os membros da Pastoral da Saúde com ênfase no cuidado espiritual que atende a necessidade de cada um, com a promoção alívio da dor, tendo vista a sua totalidade, e de outros sintomas estressantes (como a solidão, e problemas econômico). Nesse processo de educação e saúde busca-se a garantia da qualidade de vida, com o reconhecimento da morte como processo natural, mas sem sofrimento, e assim incluir todos os participantes. Para tal é urgente o oferecimento do suporte para auxiliar o sujeito que se dispõe ao cuidado, com o outro para que viva tão ativamente quanto possível até a morte, com amparo a família durante todo o processo do cuidado. A realidade do vicariato Santa Cruz é composta por 37 paróquias, divididas em quatro foranias1, num território que inclui os bairros de Campo Grande, Sepetiba, Senador Vasconcelos, Paciência, Cosmos, Guaratiba, Ilha de Guaratiba, Pedra de Guaratiba e Santa Cruz. São 210 agentes e 24 Núcleos da Pastoral da Saúde. Com o objetivo de atender a pessoa integralmente, nas dimensões física, psíquica, social e espiritual. A Pastoral da Saúde realiza ações de Educação para a saúde. Com atuação direcionada para a promoção, prevenção, com a valorização das diversidades regionais, a partir dos debates, palestras, encontros educativos sobre prevenção de doenças, alimentação saudável, saneamento básico entre outros temas. A pastoral também atua junto aos órgãos e instituições públicas e privadas que prestam serviços e formam profissionais na área de saúde, com a intenção da reflexão Bioética e de Humanização, formação ética e uma política de saúde equânime, com a participação ainda das instâncias colegiadas do Controle Social na Saúde Pública, como os conselhos de saúde. Objetivo do Projeto de Intervenção: Capacitar agentes da Pastoral de Saúde para se tornarem multiplicadores sobre Cuidados Paliativos a fim de executar uma ação no território do Vicariato Santa. Procedimentos metodológicos para ações de educação e saúde serão contatados os parceiros das instituições locais que desenvolvem ações de cuidados paliativos, como também o Núcleo de Pesquisa de Cuidados Paliativos da Fiocruz. As atividades serão realizadas nas Paróquias do Vicariato Santa Cruz, com a possibilidade da inscrição de 50 agentes religiosos, no quarto sábado mês e com certificado para os oficineiros e para os participantes. Resultado: Realização das Oficinas mensais no último sábado durante 12 meses |