342: Cuidar um ato tranversal e inerente aos diversos níveis de atenção | |
Debatedor: Waldenilson Teixeira Ramos | |
Data: 31/10/2020 Local: Sala 09 - Rodas de Conversa Horário: 13:30 - 15:30 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
6439 | O QUE TEMOS PRA HOJE? Karen Sakane Onga, Edith Lúcia Mendes Lago, Thamires Ribeiro da Silva, Ana Nascimento Miron, Daniel Rocha dos Santos, Rafaelle Ramos Delgado O QUE TEMOS PRA HOJE?Autores: Karen Sakane Onga, Edith Lúcia Mendes Lago, Thamires Ribeiro da Silva, Ana Nascimento Miron, Daniel Rocha dos Santos, Rafaelle Ramos Delgado
Apresentação: O Centro de Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores (CASIC) é um programa de extensão da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa vinculada à Universidade Federal Fluminense EEAAC/UFF, que desenvolve ações em saúde com pessoas idosas (acima de 60 anos) e seus cuidadores. Como projeto de extensão, recebe alunos de graduação, mestrado e doutorado das diferentes especialidades para a estruturação da prática profissional/acadêmica, desenvolvendo pesquisas cuja a temática seja relacionada às singularidades do envelhecimento. Segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o envelhecimento da população brasileira tem ocorrido de forma progressiva ao longo dos anos. Em 2012 o número de pessoas acima de 60 anos de idade no Brasil correspondia a 11,30% e em 2019 esse número subiu para 13,85%. De acordo com as projeções do IBGE, a estimativa é de que em 2030 esse grupo etário corresponda a 18,73% da população total. Esse crescimento, somado ao aumento gradual da taxa de expectativa de vida ao nascer, demonstra a importância de se investir em meios de cuidado e de prevenção voltados para a saúde de idosos e de cuidadores de idosos. Este trabalho objetiva apresentar uma ferramenta que se tornou muito eficaz como promotora do cuidado. Desenvolvimento: O CASIC desenvolve uma linha específica de cuidado destinada ao cuidador, oferecendo serviços de terapias complementares, além de grupos terapêuticos e informativos para o autocuidado, serviços médicos, farmacológicos, de fisioterapia, psicologia e de nutrição, além da promoção de passeios e eventos culturais, direcionados ao lazer com os idosos e seus cuidadores. O trabalho desenvolvido se apoia no pressuposto da integralidade e da interdisciplinaridade: as ações em saúde são desenvolvidas a partir de uma visão mais abrangente, para além da queixa do paciente e com o auxílio das diversas profissões; e há interação entre os saberes que as diversas profissões podem proporcionar, de forma dialogada e colaborativa. A elaboração de um projeto terapêutico eficaz e factível, precisa ser uma relação dialogada que valorize a intersubjetividade entre paciente, cuidador e técnicos envolvidos. Precisa também levar em conta as várias dificuldades enfrentadas pelo paciente e seu cuidador, seja de ordem econômica, social, cultural, emocional e/ou espiritual, já que são fatores que afetam a continuidade do tratamento de uma doença de caráter crônico-degenerativa que afeta não só o indivíduo portador da doença, mas também a sua família e a sua rede de amigos. Já há consenso na literatura que tanto o cuidador formal (remunerado), quanto o cuidador informal (familiares, amigos, vizinhos etc.) por vezes, se encontram mais adoentados do que os próprios pacientes aos quais eles mantém cuidados e as causas variam desde problemas de relacionamento com a rede de serviço de saúde, passando pela complexidade do cuidado de um paciente crônico (que no caso específico do Alzheimer, não há melhora e as vezes há uma piora galopante), aliado às constantes reatualizações que o cuidador faz ao se deparar com suas próprias questões no paciente que ele cuida. O cuidado do idoso exige um preparo técnico, físico e psíquico, pois a demanda excessiva desse indivíduo pode ocasionar uma abdicação das próprias necessidades. O acúmulo de tarefas pode gerar quadros de ansiedade, depressão e outras doenças agudas e crônicas. O cuidador idoso tornou-se uma realidade muito presente devido ao aumento da longevidade. Ele deve lidar com as especificidades de sua faixa etária e com outras morbidades como: hipertensão arterial sistêmica (46,7%), artrose (42,4%), problemas na coluna (39,1%), diabetes mellitus (15,2%), cardiopatia (13%) e osteoporose (12%). É possível relacionar os “problemas na coluna” com as exigências físicas do cuidado. Fatores referentes ao prestador e receptor de cuidados refletem no nível de sobrecarga. O tempo disponibilizado pelos cuidadores informais gera déficits na gerência da própria saúde e vulnerabilidade social, o que pode expor ao risco de adoecimento, agravar doenças pré-existentes, comprometer o tratamento medicamentoso e ocasionar estresse crônico. A demência ao comprometer a integridade física, mental e social, acarreta em dependência total, tornando o cuidado mais complexo e debilitante. As condições de saúde do cuidador e o grau de dependência física e cognitiva do idoso receptor influenciam na sua qualidade de vida. Logo, quanto maior a sobrecarga, menor a satisfação com a vida e maior a probabilidade de desenvolver sintomas depressivos. O Grupo Terapêutico destinado aos cuidadores formais ou familiares, funciona semanalmente, na parte da tarde e a equipe que desenvolve o grupo é composta por: 1 Assistente Social, 1 Psicóloga e 3 estagiários das áreas de medicina, enfermagem e turismo. Há cerca de um ano atrás, em um dos encontros do grupo, uma paciente revelou que vinha melhorando o seu quadro de depressão, deflagrado após a morte do marido de quem cuidava, e que gostava muito dos passeios que o grupo fazia. Mas seu problema consistia em atravessar os finais de semana sozinha, sem atividade alguma para fazer ou ter com quem conversar, experimentando uma solidão muito grande. Esta situação emocionou a todos no grupo terapêutico, além de despertar a nossa atenção para o fato de que essa não era uma situação isolada, ou seja, muitos de nossos pacientes também experimentavam esta solidão, principalmente levando-se em conta uma especificidade do nosso grupo: muitos de nossos cuidadores também são idosos e desenvolvem a atividade de cuidador quase sem ajuda de outras pessoas, principalmente os cuidadores familiares. A equipe então, teve a ideia de criar um grupo no WhatsApp denominado “o que temos pra hoje?”, cujo objetivo é socializar informação acerca de qualquer programação que ocorra nos finais de semana no município de Niterói e arredores que seja preferencialmente de graça ou com preço acessível para combater a solidão, sentimento constantemente evidenciado no grupo terapêutico. A retroalimentação do grupo no aplicativo fica a encargo dos profissionais e dos alunos em formação. Para assegurar a acessibilidade de todos os membros do grupo terapêutico ao grupo virtual, também garantimos para alguns de nossos pacientes a orientação, em aulas específicas, do manuseio correto do celular. A programação divulgada varia muito, mas, são desde programações festivas do próprio município, até exposições e eventos artísticos, desfiles de moda, passeio em pontos turísticos locais, programação de esporte e dança ao ar livre, exposição de cinema de graça, exposição de flores, eventos de saúde, cursos de artesanato que só cobram o material, programação de entidades que trabalham com lazer etc. Resultado: O resultado desta iniciativa surpreendeu a todos da equipe técnica, porque os pacientes incorporaram de tal maneira esta iniciativa, de forma tão singular que ultrapassou e muito a expectativa da equipe técnica, muito embora, o objetivo de combater a solidão ainda permaneça. São conversas constantes entre os membros do grupo, receitinhas caseiras, divulgação de matérias científicas, combinação de passeios, reforço emocional entre os próprios membros do grupo, troca de favores e gentilezas, principalmente quando alguém está doente ou em algum apuro. Considerações finais: Nossa intenção ao divulgar essa ferramenta promotora de cuidado - o grupo no WhatsApp: “O que temos pra hoje?” - se atrela ao fato de querermos demonstrar que pequenas atitudes podem ser responsáveis por movimentar uma grande rede de afetos, influindo diretamente no bem estar e na qualidade do cuidado ofertado aos nossos pacientes. Palavras-chave: Cuidado; Assistência; Equipe Interprofissional. |
6561 | RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM SAÚDE APLICADA NA RODA DE CONVERSA: A SAÚDE/BIOSSEGURANÇA DO TRABALHADOR CUIDADOR DE IDOSOS Vitória Meireles Felipe de Souza, Antonio Fernando Lyra da Silva RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM SAÚDE APLICADA NA RODA DE CONVERSA: A SAÚDE/BIOSSEGURANÇA DO TRABALHADOR CUIDADOR DE IDOSOSAutores: Vitória Meireles Felipe de Souza, Antonio Fernando Lyra da Silva
Apresentação: A população brasileira apresenta processo de transição demográfica e epidemiológica desde o século XX, isto é, demonstra queda nos níveis de mortalidade e fecundidade/natalidade de forma acentuada ao longo dos anos, resultando no envelhecimento populacional. As condições de vida anteriormente favoráveis à disseminação de doenças infecciosas e parasitárias foram substituídas por condições de vida mais salubres e tecnologia médica aperfeiçoada; assim, ocorreu aumento da proporção de idosos, resultando na mudança no padrão de doença na sociedade. Portanto, o maior desafio no século XXI é cuidar dessa população crescente de idosos, que muitas vezes possui doenças crônicas e incapacitantes. Observa-se na população idosa, a predominância de queixas vinculadas à dependência nas atividades funcionais e declínio da cognição. Portanto, o processo de envelhecimento associado à doença incapacitante, geradora de dependência, e a necessidade de assistência resultou na criação de um novo papel social e ocupacional, o do cuidador. A tarefa de cuidar do idoso pode ser realizada pelo cuidador formal e informal. O cuidador formal é caracterizado pela presença de profissionais, isto é, indivíduos maiores de 18 anos que apresentam habilidades, competência e introspecção originadas em treinamentos específicos. Já os cuidadores informais, são normalmente pessoas da família ou, ainda, amigos e vizinhos mais próximos do idoso, que podem não estar preparados adequadamente para essa prática, o que pode proporcionar impacto negativo na sua saúde. É imprescindível que o cuidador informal adquira informações adequadas para tornar-se mais seguro e preparado, para assumir responsabilidades no cuidado familiar do idoso, já que poderá vivenciar sobrecargas física, emocional e socioeconômica, derivadas da crescente dependência do idoso. Objetivo: Apresentar a importância de realizar interação dialógica com trabalhadores, sobretudo, cuidadores de idosos através de debates relacionados à biossegurança/saúde do trabalhador. Objetivo: Promover debates acerca da saúde do trabalhador cuidador de idosos; Sensibilizar cuidadores de idosos sobre conhecimentos vinculados a biossegurança; Estimular os cuidadores de idosos, participantes do Encontro, a realizarem condutas adequadas no ambiente de trabalho e disseminarem conhecimentos. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo do tipo relato de experiência, relacionado ao encontro temático sobre a biossegurança/saúde do trabalhador cuidador de idosos, realizado a partir do Projeto de Extensão “Debatendo a Biossegurança Social com Foco na Saúde do Trabalhador” da Universidade Federal Fluminense. O encontro foi realizado na Biblioteca Municipal Cora Coralina (SEMECT), com participação de 13 pessoas destacando 3 cuidadores do abrigo cristo redentor e 1 mulher que foi cuidadora informal do pai por 15 anos. Ocorreu no segundo trimestre de 2019, em um encontro único. Este tipo de atividade permite a exposição de opiniões e saberes práticos relacionados ao tema, o que possibilita a reflexão crítica contextualizada, produzindo novos conhecimentos benéficos para a saúde e qualidade de vida do trabalhador. Pela sua natureza extensionista, o encontro permite o confronto da teoria com a prática. Resultado: O cuidado realizado pelos cuidadores de idosos envolve higienização oral e corporal do idoso, como escovar os dentes e lavar o rosto, auxiliar no banho de aspersão e no leito, trocar fraldas, vestir, pentear os cabelos, preparar e oferecer as refeições, acompanhar até ao banheiro, auxiliar na locomoção, realizar mudança de decúbito e ministrar medicamentos. Os cuidadores de idosos podem apresentar restrições na vida pessoal, devido à responsabilidade de efetuar tarefas de forma ininterrupta, causando afastamento de relacionamentos afetivos e profissionais, limitação na rede social, de convívio e lazer e, consequentemente, ocasionando sobrecarga, influenciando no desenvolvimento de sintomas psiquiátricos, físicos, emocionais e sociais. Outro fator relacionado às consequências das intensas atividades cotidianas do cuidador é a queda da qualidade do cuidado prestado, pois ele pode não conseguir dedicar-se de forma eficiente, devido ao excesso de tarefas que precisam ser realizadas. Logo, a sobrecarga das atividades do cuidado gera prejuízos ao idoso e aos cuidadores de idosos. Diante isso, foi abordado durante a roda de conversa, a importância do apoio ao cuidador de idosos por outros membros da família ou mesmo de pessoas significativas por meio de revezamento, permitindo ao cuidador momentos de descanso, de lazer e até mesmo de cuidado da própria saúde. Além disso, a participação em grupos de apoio fornece suporte de saúde e psicológico, diversão, entretenimento para os cuidadores de idosos. A prática de atividades vinculadas à automassagem, alongamentos, relaxamentos, música, dança, atividades físicas e alimentação saudável colaboram para a redução do estresse. Destaca-se a disponibilização de informações sobre a fisiologia do idoso, sobretudo, acerca do processo de envelhecimento, para os cuidadores de idosos, já que pode torna- los mais seguros para a prática do cuidado e, assim, evitar danos ao idoso e ao seu cuidador. Dessa forma, a partir dos assuntos expostos, através da roda de conversa pela presença do debate, ocorreu a troca de experiências e vivências sobre os pontos relatados, relacionando-os com as questões do cotidiano e dentro da família o que normalmente é visto, a questão do trabalho onde as pessoas realizam procedimentos inadequados por comodidade ou até mesmo por não saberem o correto, o cuidado com a pessoa idosa, sobre a visão das pessoas em relação ao idoso, e a importância de também estimular a autonomia do idoso. Some-se a isso algumas falas dos participantes: “Tudo que aprendi foi por osmose”, “ Se eu tivesse tido alguma orientação teria sido muito mais fácil”, “Obrigado, foram informações que nunca me foram passadas, que auxiliarão na minha prática”. Resultado: Portanto, tornou-se perceptível que o cuidador de idosos possui papel fundamental na saúde do idoso e, por conseguinte, desenvolve práticas que impactam diretamente na saúde e qualidade de vida; assim, é importante elaborar estratégias educativas para apoiar, orientar e ajudar tais profissionais, uma vez que, o cuidador de idosos, também, precisa ser cuidado. Destaca-se no encontro vinculado a biossegurança/saúde do cuidador de idosos, a presença de equipe multidisciplinar que permite abranger de forma integral e conjunta as necessidades desses trabalhadores. Além disso, tais eventos são capazes de contribuir tanto para a formação acadêmica dos estudantes e docentes, quanto para a promoção da saúde dos trabalhadores de diversos setores da sociedade, pois os debates agregam conhecimentos teóricos dos acadêmicos com conhecimentos práticos dos trabalhadores, que muitas vezes não são ensinados durante a graduação. Nessa perspectiva, os encontros proporcionados pelo Projeto de Extensão “Debatendo a Biossegurança Social com Foco na Saúde do Trabalhador” da Universidade Federal Fluminense contribui efetivamente para formação profissional do acadêmico da área de saúde, já que permite entender o indivíduo integralmente, pois são múltiplos os fatores capazes de influenciar no estado de saúde das pessoas, notadamente as condições de trabalho, conforme relatado neste artigo. |
6838 | VISITA DOMICILIAR COMO FERRAMENTA DE MANUTENÇÃO DA INTEGRALIDADE DO IDOSO Gustavo Nunes de Mesquita, Ana Lucia Naves alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da silva VISITA DOMICILIAR COMO FERRAMENTA DE MANUTENÇÃO DA INTEGRALIDADE DO IDOSOAutores: Gustavo Nunes de Mesquita, Ana Lucia Naves alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da silva
Apresentação: Com o aumento da expectativa de vida no País, políticas, estudos sobre a saúde do idoso são necessários para a garantia da integralidade na produção do cuidado, no formato do atendimento, como forma de promover a independência e autonomia em atividades de vida diária. O processo de envelhecimento vem acompanhado de doenças crônicas, típicas desse momento da vida, na qual, o profissional enfermeiro tem papel fundamental junto à equipe de atendimento que oferece o serviço de saúde para esse público. No âmbito da atenção primária, as equipes de saúde da família têm suas atividades voltadas para o território desenvolvendo promoção à saúde, prevenção aos agravos e reabilitação. A visita domiciliar realizado pelos profissionais que compõem essas equipes, possibilita o acesso aos usuários que necessita de atendimento domiciliar, devido a isso, este trabalho tem como objetivo refletir sobre o impacto que a vista domiciliar do idoso tem sore a integralidade da assistência ao idoso. Dessa forma, esse estudo tem por objetivo relatar a experiência de discentes de enfermagem durante as visitas domiciliares em pacientes idosos. Trata-se de uma pesquisa exploratória tipo relato de experiência, que teve o desenvolvimento durante o 6º período de graduação em enfermagem em unidade de saúde da família, de um município do médio Paraíba da região Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro ano de 2019. Durante o acompanhamento com o enfermeiro nas visitas domiciliares em idosos, foi possível compreender sobre a atuação desse profissional, bem como o processo de cuidar nos casos mais complexos. A orientação ao familiar/cuidador é essencial para o cuidado a essa clientela. Através desse momento torna possível reafirmar a importância da hidratação, mudança de decúbito, manejo adequado das medicações e o estímulo ao autocuidado. Os laços familiares são pontos importantes nesse momento de cuidado ao idoso por permitir o fortalecimento do vínculo e sensação de zelo por parte do idoso acamado. Os casos de patologia complexa, na qual demanda de assistência, a equipe programa para fazer esse atendimento. Após as visitas domiciliares cada caso foi discutido com os membros da equipe visando o plano terapêutico singular, diagnósticos de enfermagem, além de solicitação de equipe multidisciplinar para a integralidade do cuidado. Diante do exposto, conclui-se que além de estreitar a relação dessa clientela com a equipe de saúde da família, através dessa experiência, tornou possível refletir e reafirmar o papel da atenção primária na integralidade do cuidado. Visto que, o atendimento chega até o domicílio com equipe multiprofissional e o enfermeiro condutor dessas equipes tem papel fundamental em todo o processo. |
7120 | ESTRESSE E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DO CUIDADOR DOMICILIADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Emanuelle da Silva Tavares, Lidiane Assunção de Vasconcelos, Alessandra Silva Pantoja, Larissa Ribeiro de Souza, Neiva Maria dos Santos Soares, Bruna Larissa Pinto Rodrigues ESTRESSE E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DO CUIDADOR DOMICILIADO: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Emanuelle da Silva Tavares, Lidiane Assunção de Vasconcelos, Alessandra Silva Pantoja, Larissa Ribeiro de Souza, Neiva Maria dos Santos Soares, Bruna Larissa Pinto Rodrigues
Apresentação: O aumento da expectativa de vida reflete, muitas vezes, nas condições de saúde, limitações funcionais e morbidade na população idosa, aumentando a incidência de enfermidades e incapacidades, com alterações na dependência física, cognitiva e emocional. Dessa forma, quanto maior o grau de fragilidade, maior o nível de dependência, que demandará cuidados permanentes. Nessa lógica, é frequente a sobrecarga do cuidador familiar, principalmente devido ao seu despreparo para desempenhar tal função, causando problemas de saúde, tanto físicos quanto psicológicos. A falta de suporte e orientação adequada para as ações assistenciais aumenta a possibilidade de adoecimento. À vista disso, a visita domiciliar possibilita conhecer a realidade do paciente e sua família, contribuindo para a diminuição de internações hospitalares, melhorar a abordagem terapêutica, além de fortalecer os vínculos entre a clientela e os profissionais envolvidos. Sendo assim, o objetivo proposto deste estudo é relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem na identificação da sobrecarga em uma cuidadora de idosa com doença de Alzheimer durante visita domiciliar. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicos de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará a partir de uma visita domiciliar a uma paciente registrada em uma Estratégia Saúde da Família do município de Belém. A vivência ocorreu durante atividades práticas do componente curricular Enfermagem Comunitária I, sob supervisão da docente. O levantamento de dados foi feito através do contato domiciliar e entrevista com a cuidadora. Durante a visita foram realizados procedimentos importantes na avaliação da paciente que se encontrava em cuidados paliativos, como anamnese, exame físico e verificação de sinais vitais. Após identificação da problemática que envolvia a cuidadora, de vínculo familiar com a idosa, foram feitas orientações que poderiam evitar processos de adoecimento, incluindo formas de lidar com a dependência funcional da mãe. Resultado: Foi possível constatar impactos na qualidade de vida da cuidadora, que apresentava sofrimento intenso decorrente de uma perda familiar recente, além de indicativos de desgaste, problemas pessoais e pouco apoio dos demais membros da família no enfrentamento. No âmbito da atenção básica, conhecer a situação que se encontram os cuidadores de pacientes com doenças crônicas torna-se essencial para buscar formas de atenuar a sobrecarga, prevenindo problemas de saúde física e emocional, o que tem efeito no bem-estar do paciente, como também do cuidador. Dessa forma, a vivência contribuiu no aprendizado teórico-prático das discentes e familiarização com a realidade da atenção básica, além de aprender e participar de estratégias de intervenção à realidade para o desenvolvimento das ações em saúde. Considerações finais: Portanto, a experiência acadêmica foi de grande relevância ao voltar atenção ampliada aos cuidadores que, em muitos casos, abandonam atividades laborais, tempo de lazer e cuidados pessoais após assumirem responsabilidade do cuidado. A equipe de saúde deve empregar visão holística em seu componente biopsicossocial, garantindo uma rede de apoio, cabendo ao profissional implementar de forma competente políticas e programas públicos de suporte social aos cuidadores e às suas famílias na busca da qualificação da assistência e fortalecimento de vínculos com a comunidade. |
7858 | PERFIL DOS PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO MUNICÍPIO DE OIAPOQUE-AMAPÁ Veridiana Barreto do Nascimento, Scheilla Cristina da Silva, BENEDITA PANTOJA DA ROCHA, Rair Silvio Alves Saraiva PERFIL DOS PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO MUNICÍPIO DE OIAPOQUE-AMAPÁAutores: Veridiana Barreto do Nascimento, Scheilla Cristina da Silva, BENEDITA PANTOJA DA ROCHA, Rair Silvio Alves Saraiva
Apresentação: Nas últimas décadas tem se observado o crescimento significativo de idosos no mundo, sendo necessário políticas públicas principalmente na área da saúde que acompanhe esse processo de crescimento. O objetivo central foi caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes idosos internados em um hospital público no extremo norte do país contemplando o período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, retrospectivo e documental, a coleta de dados foi realizada por meio de manipulação de prontuários disponibilizados no serviço de arquivo médico, da instituição no período de agosto a outubro de 2019. Os critérios de inclusão foram prontuários de pacientes idosos de ambos os sexos, com idade maior ou igual há 60 anos, prontuários legíveis. Foram excluídos prontuários com idade inferior a 60 anos, incompletos com mais de duas variáveis ausentes e ilegíveis, foi utilizado um formulário semiestruturado com variáveis sociodemográfico e clínicas. A análise estatística foi processada pelo programa eletrônico Ep-Info Launch 6.04. Resultado: Dos 271 prontuários incluídos na pesquisa os resultados apontaram prevalência nas internações de idosos do sexo masculino com (67,16%), a faixa etária compreendida entre 60 e 64 anos (23,70%), 19,56% dos idosos permaneceram hospitalizados durante 3 dias. Entre as etiologias das internações desses idosos estão às doenças crônicas não transmissíveis com (57,93%). As principais causas por grupo foram às doenças metabólicas (19,93%) diabetes e hipertensão, as doenças relacionadas ao sistema respiratório (17,71%), circulatório (9,59%). O desfecho das internações foi alta médica presente em (66,79%). Considerações finais: Conhecer o perfil dos pacientes idosos contribui principalmente ao profissional enfermeiro que atua diretamente com esse público, seja na atenção primária ou dentro do setor hospitalar, planejamento de estratégias visando a promoção e prevenção de saúde em relação aos principais motivos da internação, bem como na orientação para a alta hospitalar e sua reinserção na comunidade. Em relação ao perfil clínico evidencia-se que as causas das internações são causas sensíveis à atenção primária. |
6068 | PERFIL DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS CONSIDERANDO O ÍNDICE DE VULNERABILIDADE CLÍNICO FUNCIONAL Chrystiane Bacelo Barbosa Pereira, Daiane Firmina Souza, Fabiana dos Santos Paixão, Luciana Silva Pimentel, Gracielle Pampolim, Raquel Xavier de Freitas, Fabíola dos Santos Dornellas Oliveira PERFIL DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS CONSIDERANDO O ÍNDICE DE VULNERABILIDADE CLÍNICO FUNCIONALAutores: Chrystiane Bacelo Barbosa Pereira, Daiane Firmina Souza, Fabiana dos Santos Paixão, Luciana Silva Pimentel, Gracielle Pampolim, Raquel Xavier de Freitas, Fabíola dos Santos Dornellas Oliveira
Apresentação: O envelhecimento populacional revelou-se como tendência global ao se pensar no envelhecimento com relação à melhoria na saúde, buscando longevidade e uma vida mais saudável, uma vez que se tem aumentando o número de hospitalizações e institucionalizações. Além disso, ele pode causar perda da reserva funcional, aumenta as chances de surgirem doenças crônicas e contribui para a diminuição da funcionalidade, levando ao surgimento da Síndrome da Fragilidade Geriátrica (SFG). A SFG pode contribuir para a ocorrência de eventos adversos, como, por exemplo, incapacidade funcional, desnutrição, quedas, hospitalização, institucionalização e até mesmo a morte. Além disso, é considerada um estado de vulnerabilidade e afeta o funcionamento físico, psicológico e/ou social do indivíduo. O termo vulnerabilidade tem sua origem no latim vulnerare (ferir) e vulvabilis (que causa lesão) e pode ser definida como a capacidade de um indivíduo sofrer danos em resposta a determinado estímulo. Utilizamos esse termo no sentido de caracterizar uma pessoa que se apresenta em condições de fragilidade e/ou vulnerabilidade no ponto de vista biomédico e nos aspectos socioeconômicos. Ela também pode variar entre os idosos de acordo com o nível de dependência na realização de atividades de vida diária (AVD’s). O Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20) é um instrumento de triagem clínico-funcional que avalia dimensões como a idade, autopercepção, as AVD’s, a cognição, o humor, a mobilidade, a comunicação e as comorbidades múltiplas. É um instrumento simples e de rápida aplicação que foi construído com o intuito de garantir a acurácia da fragilidade clínico-funcional do idoso, e por meio desde instrumento o fisioterapeuta é capaz de mensurar com precisão e legitimidade a fragilidade clínico-funcional no idoso, identificar se ele está em risco de fragilização e de acordo com sua vulnerabilidade clínico-funcional, sugerir o tratamento mais adequado para esse indivíduo. Nesse sentido, esta pesquisa objetivou verificar qual o nível de vulnerabilidade clínico-funcional em um grupo de idosos institucionalizados em Vitória (ES) usando como instrumento de triagem clínico-funcional o IVCF-20, e caracterizar o perfil desses idosos baseando-se em seus aspectos clínicos e perfil sociodemográfico. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo quantitativo observacional transversal que avaliou uma amostra de 27 idosos institucionalizados que atenderam aos critérios de inclusão pré-definidos para participar do estudo. A pesquisa foi realizada na Sociedade de Assistência à Velhice Desamparada (Asilo de Vitória), que está localizado no Bairro Monte Belo, no município de Vitória – ES. Foram incluídos no estudo os idosos que se encaixavam nos seguintes critérios: ter no mínimo 60 anos, ambos os sexos, ser capaz de responder às perguntas, aceitar participar da pesquisa voluntariamente e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos da pesquisa os pacientes com comprometimento psiquiátrico e quadro demencial moderado a grave. A coleta de dados foi realizada pelas pesquisadoras responsáveis pelo estudo em junho de 2018. As entrevistas foram individuais e aconteceram em um ambiente reservado, com duração média de aproximadamente 1 hora. Os idosos não foram acompanhados por um cuidador do asilo, pois nos dias e horários das entrevistas não havia nenhum cuidador disponível. Os dados foram confirmados com o enfermeiro técnico responsável pela instituição e também no prontuário de cada idoso participante do estudo. O protocolo de pesquisa foi dividido em duas fases, sendo a primeira a aplicação do questionário sociodemográfico de caráter informativo. O perfil sociodemográfico foi então traçado através de um questionário que continha as seguintes perguntas: idade, raça, altura, peso, diagnóstico nutricional, estado civil, escolaridade, profissão, renda, naturalidade, quantidade de medicamentos e comorbidades. A segunda fase foi a aplicação do IVCF-20 através de um questionário que continha 20 questões distribuídas em seções que contemplam aspectos diversos sobre a condição de saúde dos idosos participantes do estudo. As questões respondidas pelos participantes do estudo envolviam idade, autopercepção da saúde, AVD’s, cognição, humor, mobilidade, comunicação e comorbidades múltiplas. As seções tinham pontos específicos e variados, que totalizavam um valor de 40 pontos os quais foram computados pelas pesquisadoras, observando que quanto mais alto o valor adquirido no questionário, maior é o risco de vulnerabilidade clínico-funcional do idoso em questão. Os idosos com pontuação até 06 são considerados com baixa vulnerabilidade, entre 07 e 14 moderados e idosos acima de 15 altamente vulneráveis. Os “dados” foram analisados por métodos da estatística descritiva como frequências, percentuais e por medidas de resumo de dados como média e desvio padrão. Resultado: Da amostra dos 27 idosos institucionalizados, a maioria era do sexo masculino (51,9%), com idade média de 78 anos e ± de 08 anos. Em relação ao peso, a média foi de 63,19 quilos e ± de 10,28 e IMC ideal com média de 24,83 e ± de 4,12. Quando perguntados sobre hábitos relacionados a bebida e ao cigarro, nenhum dos idosos respondeu que era alcoólatra e apenas 3 participantes da pesquisa relataram que fumavam. Em relação ao perfil sociodemográfico, quanto à raça, a maioria se autodeclarou branco (51,9%) e concludente do ensino fundamental (55,6%). Além disso, a maioria era natural da grande Vitória (40,7%) ou de outros estados (44,4%) e alguns, de outros municípios do Espírito Santo (14,8%). Nas questões quanto aos seus aspectos clínicos, do total geral de participantes do estudo, 63% são hipertensos, 48,1% são diabéticos e 14,8% são cardiopáticos. Em relação à quantidade de medicamentos ingeridos diariamente, 55,5% ingerem de 03 a 04 medicamentos e 25,9% de 05 a 07. Em relação aos aspectos nutricionais e o consumo alimentar, as alterações gastrointestinais estão presentes em 5 (18,5%) dos idosos, das quais 1 idoso apresenta vômito, 2 diarreias e 2 constipações. Em relação ao consumo de água, 70,4% dos idosos tem baixo consumo (500 mL por dia). Quanto à vulnerabilidade dos idosos institucionalizados, foi constatado que a maioria dos idosos está com alta vulnerabilidade (59,3%). Com os resultados obtidos através do IVCF-20, percebeu-se que o alto nível de vulnerabilidade foi desencadeado pela dificuldade em realizar as AVD’s. Fatores como o humor, realização de atividades instrumentais da vida diária, comorbidades, mobilidade e cognição também influenciaram no aumento do índice de vulnerabilidade. Destacamos em relação à idade que, 77,8% dos idosos têm 75 anos ou mais e que 66,7% deles tem uma autopercepção regular/ruim. Aspectos como autopercepção e idade também influenciaram o aumento do índice de vulnerabilidade dos idosos. Considerações finais: Por fim, o presente estudo demonstrou que a maioria dos idosos foi classificada com alto índice de vulnerabilidade clínico-funcional. A elevada taxa de idosos vulneráveis justifica a utilização de instrumentos como o IVCF-20, o qual se mostrou eficaz no processo de identificação de idosos vulneráveis, dependentes e independentes para realizar AVD’s. Além disso, a capacidade funcional dos idosos é um importante preditor de sua saúde e deve ser continuamente monitorada nas instituições de longa permanência para idosos. Destaca-se também a relação entre as variáveis do humor e a autopercepção negativa da saúde dos idosos. Tal relação tem influências psicológicas, sociais, físicas, funcionais e clínicas, estando relacionadas à perda da autonomia e aumento do declínio funcional, sugerindo maior vulnerabilidade clínico-funcional nessa população. Vale ressaltar a importante uma avaliação periódica e multiprofissional nos longevos residentes em Instituição de Longa Permanência do Idoso, a fim de manter por maior tempo possível a autonomia e qualidade de vida dessa população, fazendo com que eles envelheçam de forma mais saudável e com menos problemas clínico-funcionais. |
7366 | ADMISSÃO DE IDOSOS JUNTO A AÇÕES DE PREVENÇÃO E DIAGNOSTICO SOBRE A PERCEPÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Matheus Sallys Oliveira Silva, Adjanny Estela Santos de Souza, DALVA E SILVA MARTINS, FREDSON LUIZ OLIVEIRA COSTA, MARCIA CHAVES NINA, MARCIA CASTRO MACEDO, RAFAELA SOUZA VIANA, ANA GABRIELA CHAGAS DOS SANTOS ADMISSÃO DE IDOSOS JUNTO A AÇÕES DE PREVENÇÃO E DIAGNOSTICO SOBRE A PERCEPÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISAutores: Matheus Sallys Oliveira Silva, Adjanny Estela Santos de Souza, DALVA E SILVA MARTINS, FREDSON LUIZ OLIVEIRA COSTA, MARCIA CHAVES NINA, MARCIA CASTRO MACEDO, RAFAELA SOUZA VIANA, ANA GABRIELA CHAGAS DOS SANTOS
Apresentação: Apesar das inúmeras campanhas de prevenção acerca das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), as mesmas estão entre as cinco principais causas de procura por serviço de saúde. Campanhas de prevenção são imprescindíveis haja vista que as ISTs são importantes causas de doença aguda, infertilidade, incapacidade e morte. Todavia, ainda hoje há uma negligência quanto à temática visto que as ações de prevenção e diagnóstico são desvalorizadas por uma parte significativa da população, dificultando a eficácia de estratégias desse tipo. Este trabalho teve como objetivo quantificar a população idosa que procurou os serviços de testagem rápida disponibilizados pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA-Estadual), durante ação de promoção a saúde. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter quantitativo, em que se buscou caracterizar a população idosa que procurou os serviços de testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatite, disponibilizados pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA-Estadual), durante ações de promoção a saúde na Cidade de SANTARÉM (PA). Resultado: A amostra deste estudo foi composta por 948 pessoas, as quais realizaram os testes rápidos disponibilizados pelo CTA durante ações de promoção à saúde, em cinco locais diferentes da cidade, sendo a população idosa que buscou os serviços de 74 indivíduos caracterizando 7,56% da amostra total, a faixa etária de idade dos mesmos variou entre 60 anos (pessoa mais nova) a 82 (pessoa mais velha) anos, dentre estes 59,46% (44) são do sexo feminino e 40,54% (30) do sexo masculino. O número baixo de adesão dos idosos aos testes para detecção das ISTs é indicativo para o aumento do número de casos de infecções sexualmente transmissíveis nesta população, a visão dos idosos de tratar a sexualidade ainda como um “tabu” é um dos principais motivos para esta baixa na procura destes serviços acontecer, gerando então uma urgente necessidade de reestruturar conceitos vigentes, que delineiam a sexualidade dos idosos e formas de abordagens destes por parte dos profissionais de saúde, estes que raramente acreditam que os idosos possam ser atingidos por alguma doença sexualmente transmissível, pois os consideram como sexualmente inativos. Com isso, deixam de diagnosticar previamente as ISTs, ao negligenciarem a abordagem da sexualidade dessas pessoas. Considerações finais: É de extrema importância que se adote uma visão holística sobre os múltiplos contextos biopsicossociais em que os idosos estão inseridos e vivenciam sua sexualidade. Só assim é possível compreender como sucede o processo de fragilização do idoso frente à prevenção das ISTs. Por conseguinte, há necessidade de criar novas maneiras de propor a prevenção e informação quanto aos meios de transmissão destas infecções, com o objetivo de envolver esses indivíduos no processo de conhecimento quanto o uso do preservativo e mudanças de comportamento relacionados à prática sexual. |
8367 | AS CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE CONTROLE DA DIABETE MELLITUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Jaciara Pereira de Siqueira, Tainara Silva Thomaz, Monica Karla Vojta Miranda AS CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE CONTROLE DA DIABETE MELLITUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Jaciara Pereira de Siqueira, Tainara Silva Thomaz, Monica Karla Vojta Miranda
Apresentação: Diabete Mellitus (DM) é conceituada como uma patologia não transmissível no qual o hormônio controlador da quantidade de glicemia total no sangue, a insulina, não é produzido ou secretado pelo próprio organismo. Estima-se que no Brasil, 11,3 milhões de pessoas poderão ser acometidas por essa comorbidade, posicionando o país em oitavo lugar no cenário mundial na próxima década. Um simples exame de sangue é capaz de indicar se há alguma alteração na taxa de glicose no sangue e ainda ressalta a importância do controle da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações. As complicações mais comuns dessa doença são nefropatia, neuropatias periféricas, retinopatia, doenças cerebrovascular, coronarianas e arterial periféricas. Essas complicações resultam em um maior número de amputações de membros inferiores em pacientes diabéticos, devido o controle inadequado da glicose. Desse modo, o objetivo do relato é descrever a experiência de acadêmicas com uma paciente diagnosticada com pé diabético, decorrente da ausência de controle da Diabetes Mellitus. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por docente e discentes do 5º semestre do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, Campus XII, por meio de observações e diálogos com a paciente e sua acompanhante ao longo das visitas na Clínica Cirúrgica, em um hospital público no Oeste do Pará, no período de junho de 2019 durante as aulas práticas da disciplina Enfermagem Clínica e Cirúrgica. Resultado: No decorrer da vivência na Clínica Cirúrgica (CC), foram realizados diálogos com a paciente, idosa, servidora pública federal, residente de Miritituba-PA e sua acompanhante que colaboraram dando informações de toda história pregressa até a internação decorrente do diagnóstico de pé diabético. A paciente relatou ter sentido os primeiros sintomas na manhã do dia 07/05/2019, como febre e dor no pé esquerdo, e ao final do dia o aparecimento de um calo na parte inferior do pé, que posteriormente evoluiu para um abcesso. Após o rompimento do abcesso, encaminharam a paciente para o hospital de Itaituba-PA, onde ficou internada por, aproximadamente, 4 semanas. Durante operíodo de internação foram administrados medicamentos para dor, antibioticoterapia, realizados curativos diários e drenagens no membro afetado, onde foram retirados 64 ml de secreção, SIC. No entanto, mesmo em tratamento, surgiram novas lesões na região plantar e no dorso do pé que seguiram até o terço médio da perna. Com o risco de evoluir para sepse, a paciente foi transferida de ambulância para o hospital de referência da região. No dia 31/05, a idosa deu entrada no Pronto Socorro Municipal de Santarém (PSM), com queixa de muita dor e febre devido a ferida infectada e presença de sinais flogísticos em MIE, recebendo, assim, o diagnóstico de “Pé Diabético”. Ainda no PSM, foi realizada medicação para dor, solicitado exames e avaliação do médico vascular o qual em sua avaliação evidenciou a necessidade de encaminhar a paciente para o Centro Cirúrgico com o intuito de realizar uma limpeza cirúrgica (desbridamento). Após alguns dias, a paciente deu entrada na Sala Operatória para realizar a limpeza cirúrgica em MIE, sendo usada anestesia raquidiana. Na Sala de Recuperação Pós Anestésica a paciente relata ter ficado bastante preocupada devido às lesões terem se agravado e com medo de resultar na perda de sua perna. Na madrugada do dia seguinte, devido ao quadro de anemia grave, a paciente foi submetida a sua primeira transfusão sanguínea e logo em seguida admitida na Clínica Cirúrgica, seguindo o tratamento prescrito pelo médico sob os cuidados da equipe de enfermagem. A servidora foi diagnosticada com DM há aproximadamente 15 anos, além de Hipertensão Arterial Sistêmica, mas nega qualquer doença crônica não transmissível em seu histórico familiar. A idosa participa do grupo Hiperdia em seu município de origem, onde segue seu tratamento com as medicações disponibilizadas pelo Posto de Saúde, porém diz não fazer reajuste das doses e não seguir a dieta corretamente. Ainda, relatou ter consumido bebida alcoólica e tabaco durante 59 e 45 anos respectivamente, ressaltando a continuidade do consumo mesmo com o diagnóstico de DM e relembrou as intervenções cirúrgicas de fundo de olho, catarata e amputação do hálux direito devido complicações da doença ao longo dos anos. Durante seu período de internação a paciente seguiu seu tratamento, sendo realizados novos exames para verificar se houve alteração na hemoglobina, o quais constataram uma baixa significativa da mesma, resultando em mais 4 transfusões; ao todo foram realizadas 5 transfusões. Foram também administrados medicamentos prescritos pelo médico, curativos diários e monitoração da glicemia que estava oscilante com média de 216 mg/dL. No dia 07/06 a paciente foi encaminhada para o Centro Cirúrgico para submeter-se a outra limpeza cirúrgica, porém sem aviso prévio. A paciente menciona sentir-se ansiosa pelo fato de não saber o dia que irá ficar de alta, ressalta, ainda, não conseguir dormir à noite e que chora sentindo saudade de casa e de seus filhos. Em todas as visitas foi mantido o diálogo com a concessão da paciente que se mostrou disposta a colaborar, aceitando todas as orientações feitas acerca da sua alimentação, estilo de vida e autocuidado, além de ter sido observado uma expressão mais esperançosa da paciente em relação ao seu estado de saúde após ser entregue a ela uma cartilha ilustrativa contendo informações acerca da alimentação adequada para pessoas que possuem DM. Foi elucidado à paciente e acompanhante os alimentos que devem ou não ser consumidos, a importância da ingestão hídrica, os horários corretos para realizar cada alimentação. Ainda, no o intuito de melhorar seu estado geral, foram realizadas conversas motivacionais, enfatizando a fé e o sentimento de resiliência, ficando explícito a importância de estímulos em relação a vida espiritual de uma pessoa que está internada, que poucas vezes tem uma conversa acolhedora e dificilmente é induzida a pensar positivo. Considerações finais: Foi possível observar que, apesar de todas as complicações, nos últimos dias de tratamento a paciente mostrou-se mais motivada quanto à melhora da sua saúde, resultado de vários diálogos acerca de sua situação onde foram expostas de forma respeitosa, porém realista, as consequências da ausência do controle da DM. Evidenciou-se que a falta de acesso a informações sobre cuidados básicos, e a não adesão ao tratamento contribuíram de forma significativa para o agravamento do quadro clínico da paciente. Logo, ficou explícita como a forma de tratamento, a disposição para dar informações e a empatia são fundamentais na relação com os pacientes, visto que o enfermeiro dispõe de conhecimentos técnico-científicos, possibilitando a orientação e esclarecimento acerca das principais dúvidas e questionamentos que o paciente possa ter sobre a doença. Considerou-se, portanto, após o estudo realizado, que o papel do enfermeiro no tratamento de pacientes com diabetes é fundamental, desde a orientação, ao acompanhamento e ao acolhimento, realizando o constante monitoramento das atividades realizadas pelos pacientes, em busca da recuperação de sua autoestima, bem como a aceitação e convivência com a doença. |
8391 | ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM AOS USUÁRIOS DO SUS PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER E SEUS FAMILIARES. Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes De Mesquita, Ana Lúcia Naves Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da Silva ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM AOS USUÁRIOS DO SUS PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER E SEUS FAMILIARES.Autores: Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes De Mesquita, Ana Lúcia Naves Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da Silva
Apresentação: A Doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico. O objetivo dessa pesquisa é relatar a realidade dos profissionais enfermeiros nas unidades públicas de saúde frente aos portadores de DA e seus familiares, destacando as orientações corretas às famílias e cuidadores e as intervenções realizadas por toda a equipe de enfermagem. O presente estudo trata-se de revisão integrativa, identificando as produções sobre a vivência do enfermeiro em espaços ambulatoriais no tratamento da doença de Alzheimer e realizada pesquisa em ambiente virtual. A equipe multidisciplinar e principalmente a equipe de enfermagem tem um papel fundamental no diagnostico, tratamento e nas orientações corretas a serem dadas aos pacientes e aos familiares/cuidadores. A enfermagem deve atuar estimulando o autocuidado, o individualismo, o cuidado a partir das primícias de que cada idoso apresenta grau diferente de dependência, distinguindo dessa forma o modo de assistência. O trabalho é realizado em conjunto abordando o paciente, a família e a equipe de saúde. O paciente deve ser respeitado e ter liberdade de decisão. Por outro lado, o profissional de enfermagem deve motivar a mudança de comportamento e hábito para atitudes de vida saudável, propondo como meta a aderência ao esquema terapêutico. É necessário avaliar o nível de funcionamento fisiológico e psicológico, a capacidade do paciente quanto à percepção de sua doença, as barreiras, os recursos de que dispõe e as reações e variáveis que dificultam a adoção de comportamentos específicos e hábitos saudáveis. Cabe ainda aos profissionais de saúde repassar aos familiares e cuidadores informais orientações e esclarecimentos embasados em sua competência técnica, sem perder a ternura, os quais possam minimizar o medo de ser um cuidador e também ampliar o vínculo do paciente com sua família. Tal atitude trará conforto e tranquilidade para aquele que receberá ajuda, pois se sentirá seguro e, quanto maior for o grau de empatia, melhor será a resposta de um paciente com sequelas neurológicas. O cuidador é a ancora do idoso e, assim, sua segurança e sua tranquilidade vão depender da compreensão que o cuidador lhe transmite. |
9078 | FATOR COMPORTAMENTAL NAS QUEDAS EM IDOSO HOSPITALIZADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Joselia Braz dos Santos Ferreira, Selma Petra Chaves Sá, Vangelina Lins Melo, Margarete Tereza Machado Ulrichsen Sardinha FATOR COMPORTAMENTAL NAS QUEDAS EM IDOSO HOSPITALIZADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Joselia Braz dos Santos Ferreira, Selma Petra Chaves Sá, Vangelina Lins Melo, Margarete Tereza Machado Ulrichsen Sardinha
Apresentação: É de conhecimento que o Brasil é um dos países da América Latina com maior número de idosos. Relacionado a isto, o censo demográfico realizado em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE identificou o percentual de 67,73% de pessoas com deficiências auditiva, visual, mental, intelectual ou motora, que se encontravam no grupo etário de 65 anos ou mais. Corroborando esta informação em relação ao processo intrínseco ao envelhecimento, pode ocorrer redução da acuidade visual, diminuição de força muscular, entre outros, representando assim motivos de preocupação diante da necessidade de internação. Este fato retrata o cuidado que os profissionais de saúde devem ter com as pessoas idosas, quando hospitalizadas, visando sua segurança no ambiente hospitalar, em especial, as relacionadas ao risco de quedas, pois além deste ambiente ser estranho ao convívio do paciente, o mesmo se encontra em uma situação de vulnerabilidade, que é entendida como uma série de fatores: fragilidade, situação de ameaça ou possibilidade de sofrer dano. Entende-se, portanto, que as quedas são evitáveis e não são consequências comuns da idade, mas representam uma ameaça para a saúde, a independência e a vida dos idosos. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG afirma que as quedas são caracterizadas em fatores intrínsecos, extrínsecos e comportamentais, sendo necessárias condutas de prevenção abrangentes sobre cada um destes fatores com o mesmo critério de importância. O tema segurança do paciente tem motivado discussões com a finalidade de conquistar melhoria da assistência e promoção de maior segurança dos pacientes nos estabelecimentos de saúde. Conforme a estrutura conceitual da Classificação Internacional sobre Segurança do Doente – CISD, da Organização Mundial de Saúde - OMS, define-se por segurança do paciente, as intervenções que reduzem o risco de danos desnecessários associados ao cuidado de saúde, até um mínimo aceitável. Assim a equipe multiprofissional, necessita aperfeiçoar seu conhecimento em geriatria e gerontologia, para entender como abordar esta determinada clientela. Desta forma, esta produção científica apresenta como objetivo: relatar a experiência relacionada ao elemento comportamental de risco, no evento queda ocorrido em idoso hospitalizado e abordar as principais recomendações sugeridas na literatura e na experiência profissional para prevenção das mesmas. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, com abordagem descritiva, tipo relato de experiência acerca do fator comportamental de risco como elemento propício a causar quedas em paciente idoso com alto risco no ambiente hospitalar. Desenvolvimento: Este relato refere-se a quedas recorrentes em ambiente hospitalar, em paciente idoso, durante sua internação em um hospital universitário do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, no ano de 2015. O fator desencadeador da queda do paciente pode ter sido o elemento comportamental, pois o mesmo necessitava de auxílio da equipe de enfermagem em suas necessidades de cuidados, no entanto, o mesmo apresentava comportamento de recusa, julgando-se ser capaz de realizar o seu autocuidado, sem a interferência da equipe. Resultado: O paciente tendo um comportamento de risco ao não se reconhecer como dependente de cuidados se expõe a ocorrência de queda, que poderia ter tido consequências e danos mais sérios à sua saúde, envolvendo a equipe e a instituição. No caso em tela, durante a passagem de plantão de enfermagem houve relato de duas quedas subsequentes, em dias distintos, de um dos pacientes no momento do banho, quando o mesmo tentou pegar o sabonete que havia caído no piso. Assim, em decorrência deste fato, o paciente foi orientado sobre o risco que ele apresentava de novas quedas. Além disso, que não deveria ir desacompanhado ao banheiro e que a equipe de enfermagem se encarregaria de conduzi-lo e de prestar toda a assistência necessária aos seus cuidados. Alguns instantes depois, o mesmo paciente sofreu nova queda, motivada por fato semelhante, desta vez, no corredor, a caminho do banho, demonstrando ter ignorado as orientações recebidas, ou não entendidas adequadamente. Logo, foram realizados os procedimentos de cuidados, após a ocorrência da queda, e a conduta de encaminhá-lo de volta ao leito, com solicitação de avaliação médica do plantão, bem como a realização de uma nova abordagem de prevenção de quedas ao paciente, além de esclarecimentos de seus direitos, inclusive de ter acompanhamento familiar e de ser bem assistido pela equipe de saúde durante sua hospitalização. Procurou-se amenizar seu constrangimento com as devidas orientações de prevenção de quedas e o serviço social da instituição foi acionado e informado da necessidade da família acompanhar o idoso. Realizou-se a notificação via online, o preenchimento do indicador de quedas, o registro no livro de Ordens e Ocorrências e na passagem de plantão, intensificando-se os cuidados para prevenir novas quedas. Após as atitudes de segurança tomadas, não ocorreram mais episódios de quedas e sua internação transcorreu com tranquilidade, recebendo alta hospitalar em poucos dias. Na alta hospitalar, foi orientado de como prevenir quedas: realizar atividades físicas com indicação médica; acompanhamento multiprofissional especializado, visando reduzir seu déficit neuromuscular afetado com o avançar da idade e evitar o sedentarismo. Aliado a isto, o paciente foi orientado a frequentar grupos de apoio destinados aos idosos, como no Centro de Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores – CASIC, da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – EEAAC, da Universidade Federal Fluminense – UFF, que realiza atendimento multiprofissional a esta clientela. Entretanto, observa-se que há uma lacuna no conhecimento de como os fatores comportamentais podem ocasionar o evento “quedas em idosos”, necessitando-se de mais estudos quanto aos fatores que estão sendo pouco abordados na literatura, bem como a divulgação das recomendações preconizadas para evitar tais ocorrências, visando sua prevenção. Considerações finais: O presente relato de experiência demonstrou a abordagem sobre a influência do comportamento imprudente do idoso em não aceitar auxílio em suas necessidades, o que pode ter ocasionado quedas recorrentes em pouco tempo durante sua hospitalização. Evidenciou-se que poucos estudos têm investigado a questão comportamental no risco de quedas, o que pode dificultar a elaboração de protocolos e ações dos profissionais de enfermagem. Sendo assim, a identificação dos fatores de riscos causadores de quedas é uma etapa relevante para estabelecer novas estratégias de prevenção no intuito de alcançar a segurança do paciente no ambiente hospitalar, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida e da compreensão da maneira de reduzir o risco de queda e as possíveis consequências evidentemente indesejáveis. |
9131 | A REALIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM COM IDOSA VÍTIMA DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Bianca Oliveira de Sousa, Helbened Miranda Ferreira, Carlyane Rodrigues Franco, Simione Cavalcante da Silva, Rayssa da Silva Sousa, Thatiane Cristina da Anunciação Athaide A REALIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM COM IDOSA VÍTIMA DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE): UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Bianca Oliveira de Sousa, Helbened Miranda Ferreira, Carlyane Rodrigues Franco, Simione Cavalcante da Silva, Rayssa da Silva Sousa, Thatiane Cristina da Anunciação Athaide
Apresentação: O acidente vascular cerebral (AVC) caracteriza-se pela diminuição ou interrupção do aporte sanguíneo cerebral. O AVE é classificado conforme a sua causa, pode ser do tipo isquêmico quando há presença de um trombo que interrompe a passagem do fluxo sanguíneo ou do tipo hemorrágico, quando ocorre o rompimento de vaso do encéfalo que provoca o extravasamento de sangue no parênquima cerebral (LIMA et al, 2016). O Processo de Enfermagem (PE) deve ser realizado de forma deliberada e sistemática, e se organiza em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, sendo elas: Coleta de dados de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento de Enfermagem, Implementação e a Avaliação de Enfermagem, este processo deve ser realizado exclusivamente pelo profissional enfermeiro. Este estudo objetiva descrever a realização do Processo de Enfermagem (PE) durante estágio supervisionado de enfermagem à uma paciente idosa com diagnóstico médico de Acidente Vascular Encefálico (AVE) em internação hospitalar. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, de vivência acadêmica realizada em um hospital público de urgência, localizado as margens da BR 316 no município de Marituba / PA, entre os meses de outubro a novembro de 2019. Para o desenvolvimento do relato, foi aplicado o PE, utilizando as taxonomias de enfermagem da NANDA – I: North American Nursing Diagnosis Association, para determinação dos Diagnósticos de Enfermagem (DE), o NIC – Classificação das Intervenções de Enfermagem, para realizar o planejamento a ser executado no caso clínico e o NOC – Classificação dos Resultado: de Enfermagem, para determinar os resultados esperados do planejamento executado. Resultado: A coleta de dados foi realizada por meio de exame físico e análise dos registros do prontuário para identificar as principais necessidades da paciente no propósito de elaborar um plano de cuidados baseado na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Antes do primeiro contato com a paciente, os acadêmicos coletaram informações sobre o seu histórico e motivo de internação, as quais foram: idosa, com 73 anos, natural de Barcarena/PA, reside com seu filho e nora no bairro do Centro em Marituba-PA, veio de uma unidade de pronto atendimento (UPA) em companhia de sua nora, apresentando hemiplegia direita associada a rebaixamento do nível de consciência, desorientação, incontinência fecal a 5 dias, Glasgow 14, PA 140x80, FR 20 irpm, SaO2 98%, Glóbulos vermelhos (GV) 3,44 x 103/uL, hemoglobina (Hb) 11. g/dL, hematócritos (Ht) 33.2%, leucócitos (GB) 7.8 x 103/uL, Plaquetas (PLT) 388x 103/uL ; sem edemas e Tc de Cranio; Foi admitida para tratamento clínico com diagnostico de acidente vascular encefálico (AVE). Viúva, tem quatro filhos, aposentada, hipertensa, ex-tabagista, sedentária, com história de CA de intestino e pulmão, segundo seu acompanhante a paciente havia feito uma lobectomia pulmonar a cerca de 1 mês e 15 dias. No primeiro contato com a paciente pode-se observar que ela estava consciente, não contactam-te, dificuldades na linguagem; respirando em ar ambiente; afrebril, normocardia, hipertensa, hipocorada, sua pele apresenta xerose ;aceita parcialmente a dieta ofertada tendo dificuldades de deglutição; queixa-se de cefaleia ; necessita de assistência de uma pessoas para se locomover-se devido a hemiplegia direita, sono e repouso prejudicados devido gemedeira, cefaleia ; nicturia e insônia ; segunda sua acompanhante a paciente passa a maioria do dia dormindo, funções fisiológicas: diurese presente e evacuações ausentes a 5 dias ; acesso venoso periférico funcionante em membro superior direito; edemas em membros inferiores. Após avaliar o processo saúde-doença em que se apresentava a paciente, foram determinados 14 DE para o caso, sendo 3 diagnósticos de risco e 11 diagnósticos reais, a partir disto, foram delineadas as implementações a serem realizadas na paciente, pela equipe de enfermagem, pela família e pela própria paciente, para realizar uma assistência participativa, promovendo o autocuidado e a participação familiar no processo de cuidado, a saber: 1) DE: Envolvimento em atividades de recreação diminuído, relacionado a Mobilidade prejudicada evidenciado por Cochilos frequentes durante o dia. Intervenções: assistência na automodificação, mobilização familiar. Resultado: impulso interno que leva ou predispõe um indivíduo a adir de forma positiva; 2) DE: Síndrome do idoso frágil relacionado a Mobilidade prejudicada, Idade gt; 70 anos evidenciado por Mobilidade física prejudicada. Intervenções: Ensino: Exercício Prescrito/ Terapia com Exercício: Mobilidade Articular. Resultado: movimento das articulações com assistência; 3) DE: Manutenção ineficaz da saúde, relacionado Alteração na função cognitiva, Redução nas habilidades motoras finas e grossas evidenciado por Incapacidade de assumir a responsabilidade de atender a práticas básicas de saúde. Intervenções: observar sinais de complicações mentais e cognitivas causadas pelo AVE, com avaliação neurológica contínua. Resultado: capacidade de adquirir, organizar e usar informações 4) DE: Proteção ineficaz, relacionado ao Câncer evidenciado por Imobilidade e insônia. Resultado: Controle de Imunização, Melhora do Sono; monitorar vulnerabilidade a infecção. Resultado: resistência natura ou adquirida, adequadamente voltada a antígenos internos e externos 5) DE: Deglutição prejudicada, relacionado ao Prejuízo neuromuscular evidenciada por Dificuldade para deglutir. Intervenções: verifica risco para broncoaspiração, Controle da Nutrição; solicitar comida pastosa- liquida, ensinar ao acompanhante a posição certa para a alimenta, levantar cabeceira de 30º a 45º. Resultado: prevenir passagem de líquidos ou sólidos para os pulmões; 6) DE: Eliminação urinária prejudicada, relacionada Dano sensório-motor evidenciado por noctúria Controle Hídrico/ Supervisão da Pele/ Monitorar manifestações renais; 7) DE: Constipação, relacionado Motilidade gastrintestinal diminuída evidenciada por Redução na frequência das fezes Monitoração Hídrica. Intervenções: controle intestinal, Planejamento da Dieta, Controle de Medicamentos, ingesta hídrica. Resultado: formação e evacuação de fezes; 8) DE: Insônia, relacionado a Cochilos frequentes durante o dia, estressores evidenciado por Alteração no padrão de sono. Intervenções: Massagem/ Controle de Medicamentos, melhora do sono, evitar cochilos durante o dia, estimular a paciente para que ela não durma. Resultado: padronização do sono ao estado de normalidade; 10) DE: Mobilidade física prejudicada, relacionado a Prejuízo neuromuscular evidenciado por Redução na amplitude de movimentos. Intervenções: Assistência no Autocuidado: Atividades Essenciais da Vida Diária, Promoção do Exercício: Treino para Fortalecimento, Precauções Circulatórias. Resultado: melhora da mobilidade; 11) DE: Comunicação verbal prejudicada, relacionado a Prejuízo no sistema nervoso central evidenciado por Dificuldade para verbalizar. Intervenção: Comunicação com o paciente, com o intuito de promover a verbalização, orientar os cuidados a estimular o paciente a verbalizar. Resultado: melhora do paciente na comunicação; 12) DE: Risco de tromboembolismo venoso, relacionado a Acidente vascular encefálico evidenciado por Mobilidade prejudicada. Intervenções: elevação dos MMII (membros inferiores), exercícios de amplitude de movimento para os MMII, meias elásticas compressivas. Resultado: evitar tromboembolismo venoso; 13) DE: Risco de lesão por pressão, relacionado a História de acidente vascular encefálico evidenciado por Pele ressecada, Déficit no autocuidado, Pele ressecada. Intervenção: Realizar mudança de decúbito a fim de evitar lesão por pressão, hidratar a pele sempre quando necessário. Resultado: evitar o surgimento de lesão por pressão; 14) DE: Risco de integridade da pele prejudicada, relacionado a Hidratação evidenciado por Extremos de idade, Trauma vascular, Alterações no turgor da pele. Intervenções: Cuidados com a Tração, Controle Hidroeletrolítico, supervisão da pele. Resultado: Integridade estrutural e funções fisiológicas normal da pele e das mucosas. CONCLUSÃO: A experiência foi de grande relevância para o acadêmico, o AVE e um grande problema de saúde pública e seu acometimento trás várias incapacidades para o indivíduo. Ao se trabalhar a SAE o acadêmico colocar em prática essa ferramenta científica do enfermeiro além de prestar cuidados conforme a necessidade de cada um, esperando-se obter resultados positivos na melhora do quadro clínico do paciente. |
9592 | CUIDAR DE QUEM CUIDA: PROMOVENDO AUTOCUIDADO E BEM-ESTAR DE ACOMPANHANTES DE PACIENTES E COLABORADORES DA SANTA CASA DE CARIDADE DE DIAMANTINA (SCCD), MINAS GERAIS Márcia Maria de Sousa, Kaio Cesar Pinhal, Luana Otoni Costa Santos, Alvia Maria Tereza Alves, Paulo Henrique da Cruz Ferreira CUIDAR DE QUEM CUIDA: PROMOVENDO AUTOCUIDADO E BEM-ESTAR DE ACOMPANHANTES DE PACIENTES E COLABORADORES DA SANTA CASA DE CARIDADE DE DIAMANTINA (SCCD), MINAS GERAISAutores: Márcia Maria de Sousa, Kaio Cesar Pinhal, Luana Otoni Costa Santos, Alvia Maria Tereza Alves, Paulo Henrique da Cruz Ferreira
Apresentação: O projeto “CUIDAR DE QUEM CUIDA” é uma iniciativa da Santa Casa de Caridade de Diamantina (SCCD) em parceria com a Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e que tem por objetivos: promover práticas de autocuidado e saúde, incentivar a prática regular de atividade física e proporcionar momentos de lazer e bem-estar para acompanhantes de pacientes e colaboradores. As ações acontecem no jardim e anexos da instituição. Os acompanhantes e profissionais da Santa Casa são convidados pessoalmente pelos organizadores a participar do projeto e o convite é reforçado através do sistema de som, cartazes e panfletos. São desenvolvidas diversas atividades: massagem terapêutica, auriculoterapia, relaxamento, jogos, ginástica para o cérebro, curso de automaquiagem, exercícios físicos, sessões de alongamento e práticas integrativas e complementares (tai chi chuan, meditação e yoga). Palestras e rodas de conversa também são ofertadas, abordando temas como valorização da vida, prevenção de dores nas costas, adoção de hábitos de vida saudáveis e prevenção e manejo de doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão arterial, diabetes, depressão e ansiedade). A iniciativa reflete a importância do cuidado integral e humanizado com o indivíduo, além de ofertar práticas e ações de prevenção e promoção à saúde em um ambiente até então voltado para ações curativas. Cuidar do cuidador é promover um ambiente humanizado e acolhedor que, certamente, trará benefícios para a saúde e bem-estar de todos os envolvidos. |
9593 | CONHECIMENTO E PRÁTICA DE PROFISSIONAIS DE DIFERENTES NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS Daniela Arruda Soares Alves, Margarete Costa Santos, Maria Helena de Oliveira Santana, Danielle Judite Silva Santos Reis, Glória Luiza Ferreira Cavalcante, Shirley Batista Oliveira CONHECIMENTO E PRÁTICA DE PROFISSIONAIS DE DIFERENTES NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOSAutores: Daniela Arruda Soares Alves, Margarete Costa Santos, Maria Helena de Oliveira Santana, Danielle Judite Silva Santos Reis, Glória Luiza Ferreira Cavalcante, Shirley Batista Oliveira
Apresentação: Os cuidados paliativos oncológicos têm se destacado nos cenários globais e nacionais, frente às estimativas crescentes de câncer (CA). Eles compreendem cuidados prestados por múltiplos profissionais diante de uma doença que ameace a vida, com o objetivo de melhoria da qualidade de vida do usuário e família. O conhecimento insipiente e uma prática profissional permeada por inúmeras dificuldades estruturais, somado a uma fragilidade política institucional no que tange ao estabelecimento desses cuidados na prática dos serviços, concorrem para acirrar desafios intervenientes na consecução dos cuidados paliativos oncológicos. Assim, objetivou-se analisar o conhecimento e a prática dos profissionais de distintos níveis de atenção à saúde na produção de cuidados paliativos à usuários oncológicos, em Vitória da Conquista (BA). Método: Estudo qualitativo, descritivo-exploratório, desenvolvido no ano de 2018, com 11 profissionais atuantes em diferentes níveis de atenção à saúde (Atenção Primária-AP, Atenção Secundária-AS e Atenção Terciária-AT), dos serviços públicos municipais, que estavam ou estiveram em contato com pacientes oncológicos em cuidados paliativos. A entrevista semiestruturada seguiu um roteiro e foram gravadas e analisadas através da técnica de análise de conteúdo temática. Emergiram quatro categorias empíricas: Conhecimento sobre cuidados paliativos; Percepção do papel profissional na produção de cuidados paliativos; Experiências na produção de cuidados paliativos e; Avaliação da produção de cuidados paliativos no município. Resultado: O conhecimento sobre cuidados paliativos dos profissionais demonstrou ser mais superficial entre profissionais da AP e AS, e entre todos houve externalização de uma atuação tecnicista. As experiências referidas em sua maioria pela AP foram negativas, e entre todos os níveis foi destaque as dificuldades e despreparo em lidar com as questões de morte e morrer e de consolidar o trabalho em rede. Quanto à avaliação dos cuidados paliativos direcionados a usuários oncológicos, foi evidenciado que a AP, apesar das suas potencialidades, não tem conseguido exercer seu papel de porta de entrada e longitudinalidade nos cuidados paliativos, em vista da grande demanda e da dificuldade de articulação com os demais níveis. A AS tem se limitado aos diagnósticos e ao encaminhamento de usuários aos outros níveis. Por conseguinte, a AT tem assumido a responsabilidade pela realização dos cuidados paliativos, entretanto, pouco interativa com a rede e sobrecarregada na produção dos mesmos. Considerações finais: A pesquisa revela a necessidade de maior investimento técnico-científico nos profissionais já atuantes, do fortalecimento do trabalho em rede, assim como da construção/efetivação de políticas públicas sobre cuidados paliativos e a institucionalização de serviços específicos para estes cuidados. |
9668 | CUIDADORAS COMUNITÁRIAS DE IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PESQUISA CLÍNICA E DE INTERVENÇÃO Daniel Groisman, Valéria Teresa Saraiva Lino, Soraya Athie, Zelia Pimentel Andrade, Ana Paula Menezes Bragança dos Santos CUIDADORAS COMUNITÁRIAS DE IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PESQUISA CLÍNICA E DE INTERVENÇÃOAutores: Daniel Groisman, Valéria Teresa Saraiva Lino, Soraya Athie, Zelia Pimentel Andrade, Ana Paula Menezes Bragança dos Santos
Apresentação: Neste trabalho relatamos a experiência desenvolvida durante uma pesquisa clínica e de intervenção realizada em 2019. O estudo teve como o objetivo verificar os impactos do recebimento de cuidados semanais, prestados por cuidadoras comunitárias de idosos, na diminuição da sobrecarga de familiares. Para que a pesquisa fosse realizada, foi constituída uma equipe de 8 cuidadoras comunitárias, que atendeu a cerca de 40 pessoas idosas, duas vezes por semana, durante 6 meses. A operacionalização do estudo envolveu o desenvolvimento de estratégias para lidar com desafios tais como o recrutamento, a qualificação e a supervisão das cuidadoras e articulações com os serviços da região abrangida. Além disso, foi necessário lidar com características do território em que foi realizado o estudo: uma comunidade pobre e conflagrada pela violência, com alta densidade demográfica e com um dos menores IDH do Estado do Rio de Janeiro. Desenvolvimento: As cuidadoras foram recrutadas a partir de dois critérios principais: serem moradoras do território e terem realizado um curso de qualificação profissional para cuidadores de pessoa idosa. Estando inseridas na comunidade, ajudaram a mapear as famílias que iriam participar do projeto, em articulação com as UBS da área. As famílias abrangidas possuíam idosos com dependência funcional, muitos deles domiciliados e em situação de grande vulnerabilidade social. Durante o período de atuação das cuidadoras, foi estabelecida uma reunião semanal para acompanhamento dos casos, a qual se constituiu como um espaço para trocas, educação continuada e definição de estratégias para lidar com situações difíceis. Este espaço foi empregado também para acolhimento e apoio emocional ao grupo de cuidadoras. Resultado: A experiência foi altamente positiva, tendo sido possível elaborar algumas soluções para lidar com um contexto de carências, obstáculos e adversidades. As cuidadoras foram capazes de estabelecerem relações éticas de cuidado, pautadas pela solidariedade e pela busca permanente por soluções criativas para situações desafiadoras. A partir da entrada nos lares e contato semanal com os idosos, foi possível acionar recursos da ESF nos casos necessários, ampliando o acesso aos serviços. Os impactos da realização da pesquisa, para os idosos e seus familiares, foi constatado nos dados do estudo. Considerações finais: O país não dispõe de políticas de estado que envolvam o emprego de cuidadoras comunitárias para pessoas em situação de dependência. No âmbito do SUS, o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), exige que a família disponha de uma cuidadora, remunerada ou não, como um de seus critérios de inclusão. Tal configuração faz com que exista uma propensão à sobrecarga, sobretudo das mulheres das famílias, além de uma crescente lacuna, na rede assistencial, no que tange à situação dos indivíduos que necessitam de cuidados continuados para as suas atividades da vida diária. A experiência aqui relatada demonstra como uma tecnologia social leve pode ser empregada para a diminuição de iniquidades, proteção à dignidade da pessoa idosa, promoção da saúde e prevenção da violência intrafamiliar e mortes prematuras. |
9864 | ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL COM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ASSOCIADO A TECNOLOGIAS LEVE-DURAS NO CUIDADO EM SAÚDE. Franciele Marins Calazans, Felipe Aguiar de Souza, Rafaela Perni dos Santos Leonardo, Brenda da Silva Pereira Cunha, Kelly Mariana Pimentel Queiroz ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL COM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ASSOCIADO A TECNOLOGIAS LEVE-DURAS NO CUIDADO EM SAÚDE.Autores: Franciele Marins Calazans, Felipe Aguiar de Souza, Rafaela Perni dos Santos Leonardo, Brenda da Silva Pereira Cunha, Kelly Mariana Pimentel Queiroz
Apresentação: O trabalho em tela é oriundo de atividades de saúde desenvolvidas numa instituição de longa permanência voltada para idosos, localizada em região norte fluminense do Estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro a fevereiro de 2020, com progressão de atuação durante todo o primeiro semestre do ano em curso. O cuidado em saúde centrado a este público, deve levar em consideração fatores como: comorbidades associadas, atuação multiprofissional, rotina institucional e a necessidade de garantir assistência de qualidade, permitindo maior qualidade de vida, mesmo diante das modificações fisiológicas, por vezes limitantes que emergem em decorrência do envelhecimento. Objetivo: Promover participação ativa dos idosos nas atividades, independente das limitações físicas; estimular atividade em grupo; desenvolver através de jogos a motricidade fina, lateralidade, equilíbrio postural, coordenação motora e memória. Método: Foram desenvolvidos três jogos lúdicos, utilizados um por vez a cada semana, tanto em grupo, como individualmente. Na quarta semana, os três jogos compuseram um circuito de atividades. Resultado: Foi possível observar boa aceitação por parte dos idosos diante das atividades propostas, com participação ativa da maioria deles dentro de suas possibilidades. Benefícios ao público-alvo foram perceptíveis, entre eles, maior interação social, melhora da autoestima, também foi observada a satisfação deles em realizar as atividades, além de ser um recurso terapêutico de baixo custo. O interesse pela atividade foi consideravelmente maior do que os exercícios convencionais realizados na instituição. Cabe destaque ao aumento do tempo de realização de atividades. A equipe sentiu-se desafiada a produzir novos jogos lúdicos tendo por base a demanda apresentada. Considerações finais: Com a vivência das atividades, pode-se perceber que o bem estar físico, social e emocional, proporcionou sentimentos de prazer e alegria para a população assistida. A assistência do cuidado requer da atuação multiprofissional maior comprometimento no desenvolvimento de suas atividades, sendo este perceptível através da adesão e avanços progressivos, em maior ou menor escala, mas existentes no grupo. O uso de jogos lúdicos mostrou-se forte aliado no cuidado em saúde, com resultados positivos para a qualidade de vida dos idosos, possibilitando variabilidade de uso conforme o grupo. |
10157 | O TRABALHO DO FISIOTERAPEUTA EM ASSISTÊNCIA DOMICILIAR: O DESAFIO FRENTE ÀS DOENÇAS CRÔNICAS MICHELLE VAGO DAHER O TRABALHO DO FISIOTERAPEUTA EM ASSISTÊNCIA DOMICILIAR: O DESAFIO FRENTE ÀS DOENÇAS CRÔNICASAutores: MICHELLE VAGO DAHER
Apresentação: O campo denominado fisioterapia domiciliar se amplia cada vez mais apoiado em duas premissas: pelo envelhecimento populacional e as limitações vivenciadas pelos idosos que vivem com doenças crônicas e possuem sua capacidade físico-funcional comprometida de acessarem às unidades de saúde especializadas. No ambiente domiciliar, esse profissional faz, em sua primeira visita, uma avaliação global do paciente e, em seguida, elabora um plano de tratamento que toma como base as necessidades individuais emitindo um diagnóstico físico-funcional em nível domiciliar, cuja meta é propor maior conforto, praticidade para o paciente e maior efetividade ao tratamento proposto. A abordagem de cuidados domiciliários frente aos pacientes com doenças crônicas nos domicílios vem exigir desse profissional o desenvolvimento de um olhar mais integral sobre a saúde e os processos de adoecimento, que compreenda o contexto domiciliar e as interfaces de relações parentais para, assim, propor uma dinâmica de cuidados que englobe toda a rede familiar e não familiar apoiadora. Tal dinâmica representa um desafio para todos os envolvidos por serem às doenças crônicas de caráter multidimensional e de longa duração. Objetivo: Relatar o trabalho do fisioterapeuta frente ao manejo de pacientes que vivem com doenças crônicas no domicílio e que apresentam comprometimento físico-funcional. Método:A experiência é da atuação diária do fisioterapeuta junto a idosos residentes em domicílios no município de Niterói-RJ, que vivem com diferentes doenças crônicas. Experiência ocorrida no ano de 2019, compreendendo um protocolo de avaliação inicial composto por dados sociodemográficos, estilo de vida, histórico da doença, antecedentes de problemas crônicos, seguido de um plano terapêutico com base nos dados coletados na avaliação. Os tratamentos foram compostos pelo uso do ultrassom e infravermelho para redução do quadro álgico e exercícios dinâmicos com auxílio de bolas, faixas elásticas, caneleiras e halteres para melhora do equilíbrio e da marcha, dentre outros. Resultado: A assistência domiciliar mostrou a importância da atenção fisioterapêutica em pacientes com doenças crônicas na medida em que a avaliação possibilitou um diagnóstico integral e individualizado seguido da implementação de condutas que melhoraram o quadro físico-funcional como a marcha, o equilíbrio, a coordenação e a redução do quadro álgico; também ocorreu a redução do uso de medicamentos controlados, a ansiedade e o humor. Assim, ficou evidenciado a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Considerações finais: A experiência apresentou resultados positivos tanto para os pacientes assistidos, reforçando a importância desta forma de atendimento assim como para as famílias que tiveram suas relações sociais melhoradas. Destaca-se que essas ações domiciliares também contribuem para a geração do autocuidado dos pacientes que vivem com essas doenças. |
10620 | TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA PARA CUIDADORAS DE PESSOAS IDOSAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Zelia Pimentel Andrade, Soraya Atie, Daniel Groisman, Valeria Teresa Saraiva Lino TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA PARA CUIDADORAS DE PESSOAS IDOSAS: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Zelia Pimentel Andrade, Soraya Atie, Daniel Groisman, Valeria Teresa Saraiva Lino
Apresentação: A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma prática de intervenção nos grupos sociais e objetiva a criação e o fortalecimento de redes sociais solidárias. É um espaço de acolhimento do sofrimento psíquico, que favorece a troca de experiências entre as pessoas. A partilha de experiências objetiva a valorização das histórias pessoais, favorecendo assim, o resgate da identidade, a restauração da autoestima e da autoconfiança, a ampliação da percepção e da possibilidade de resolução dos problemas. Esse é um relato do uso de rodas de TCI no apoio terapeutico para cuidadoras comunitárias de idosos, que substituiam em algumas horas por semana os familiares que eram os cuidadores desses idosos. O objetivo foi usar a TCI como uma forma de acolher os sofrimentos das cuidadoras, harmonizar as relações entre elas e mitigar as ausências por adoecimento que poderiam refletir nos resultados dessa pesquisa. Fez parte de uma experiência desenvolvida numa pesquisa clínica e de intervenção realizada em 2019, num território com vulnerabilidades sociais e insegurança urbana. Essa experiência teve a duração de 06 meses. Foi desenvolvida com 08 cuidadoras comunitárias de saúde e atendeu cerca de 40 idosos. Desenvolvimento: "No decorrer das reuniões para supervisão dos atendimentos domiciliares, as cuidadoras relatavam frequentemente seus sentimentos frente ao cotidiano do trabalho, que se relacionavam a variados fatores, tais como a realidade social do território, vivências de situações difíceis com os idosos ou seus familiares, dentre outros. A partir dos adoecimentos que algumas cuidadoras começaram a apresentar foram realizadas 04 rodas de TCI, sendo 01 roda por semana. Foram incluídas dinâmicas para o autoconhecimento e para o equilíbrio nas relações interpessoais da equipe de cuidadoras. Resultado: Os resultados foram observados no aumento de confiança para o cuidado com os idosos e na melhoria das relações com os seus familiares. Também houve uma maior integração entre as cuidadoras, com redução dos ruídos de comunicação, ajuda mútua e valorização do trabalho realizado. As rodas de TCI impactaram na redução de episódios de adoecimentos das cuidadoras e em consequência nos resultados da pesquisa. Considerações finais: Essa experiência do uso da Terapia Comuitária Integrativa que faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares de 2017, para o SUS, em um projeto de pesquisa clínica e de intervenção na promoção da saúde demonstrou a efetividade dessa prática na facilitação da resolução de problemas de relacionamentos interpessoais e de grupos, com reflexos na melhoria das condições de saúde. |
11511 | RESUMO EXPANDIDO A IMPLANTAÇÃO DOS 10 (DEZ) PASSOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: EM BUSCA DO TÍTULO “HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA” Daniela Cristina da Silva, Maria Adriana Moreira, Aurelia Aldeanes Lopes Tomasco, Marivone Nunes Barroso, Ana Karla dos Santos, Fabiana Maria Ferreira RESUMO EXPANDIDO A IMPLANTAÇÃO DOS 10 (DEZ) PASSOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: EM BUSCA DO TÍTULO “HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA”Autores: Daniela Cristina da Silva, Maria Adriana Moreira, Aurelia Aldeanes Lopes Tomasco, Marivone Nunes Barroso, Ana Karla dos Santos, Fabiana Maria Ferreira
Apresentação: Está devidamente comprovada por estudos científicos a superioridade do leite materno sobre os leites de outras espécies. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, em torno de seis milhões de vidas de crianças estão sendo salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva ate o sexto mês. Após os 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos, ate os dois anos ou mais. Neste contexto se insere o presente estudo cujo objetivo é refletir sobre como se deu a implantação dos 10 (dez) passos do aleitamento materno exclusivo no Hospital Regional de Tefé (AM). Desenvolvimento: O hospital regional de Tefé atende em media 180 partos mensais e vem desenvolvendo atividades voltadas para o incentivo ao aleitamento materno exclusivo como preconizado pelo Ministério da Saúde, visando o título “Hospital amigo da criança”. Para tanto, desenvolve atividades como a criação do grupo de gestantes “Flor do dia”, fazendo durante o pré-natal uma parceria com a atenção básica. Além disso, incentiva quanto ao aleitamento materno exclusivo, dando orientações, dentre as quais destacamos a preparação das mamas para a amamentação, os benefícios para o bebê e mãe, mitos e verdades, amamentação cruzada, tendo também um grupo de apoio as gestantes e puérperas, que realiza orientações em grupos e visitas diárias nos leitos para avaliações e encorajamento das famílias frente às dificuldades relacionadas ao aleitamento materno exclusivo. Resultado: Os profissionais do hospital regional de Tefé, baseados na Iniciativa Hospital Amigo da Criança Critérios Globais – IHAC (Nova portaria n 1153/2014), são capacitados e orientados quanto às normas e rotinas a serem desenvolvidas. A seguir, apresentamos um paralelo do que preconiza o mencionado documento e como tem procedido o Hospital Regional de Tefé visando atendê-lo: 1 - Ter uma política de Aleitamento Materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidado de saúde - É disponibilizado nos setores pastas com orientações baseadas em portarias preconizados pelo ministério da saúde e informações nas paredes de formas adesivadas; 2 - Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para implementar está política - Há capacitações de 20 horas e 05horas para todos os profissionais do hospital incluindo serviços gerais, administrativos, recepção e equipe de saúde; 3 - Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno - Durante o pré-natal além do incentivo na atenção básica, grupo de gestantes, membros da equipe do hospital capacitados e aptos em amamentação, oferecem a todas as gestantes/mães, orientações e apoio para oferecer a todos os bebês o aleitamento materno exclusivo e amamentação na primeira meia hora de vida do RN. Isso se dáa través de palestras e orientações no Alojamento Conjunto. 4 - Ajudar a mãe a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento, conforme nova interpretação, e colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda se necessário - É rotina no pós-parto imediato contato pele a pele ser contínuo, prolongado por pelo menos uma hora entre toda a mãe e filho que estiverem bem clinicamente. O profissional já observa a presença de reflexo de sução e também encorajará as mães a reconhecerem quando seus bebês estiverem prontos para mamar, já colocando para mamar e observando a presença de colostro; 5 - Mostrar às mães como amamentar e como manter lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos seus filhos – Uma equipe capacitada e apta orienta, supervisiona e auxilia as mães para que a amamentação exclusiva seja possível. Oferece ainda apoio para a extração manual do leite do peito enquanto a mãe e/ou bebê estiverem impossibilitados de amamentar ou ser amamentado. Quando o bebê não tiver condição de sucção, uma explicação prévia, do uso do copinho, com leite cru da própria mãe ou leite do posto de coleta será oferecida pela equipe, para que a mãe fique tranquila quanto a alimentação do seu bebê. 6 - Não dar ao recém nascido bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que tenha indicação médica e/ou de nutricionista - Uma equipe capacidade e apta em Amamentação oferece orientação e apoio as mães, para que a amamentação exclusiva seja possível mesmo em RN com necessidades especiais cumprindo a solicitação da NBCAL. Os estoques de substitutos de leite materno são mantidos longe do alcance do olhar da gestantes e mães no hospital; 7 - Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães e recém - nascidos permaneçam juntos 24 (vinte e quatro )horas por dia - O hospital oferece como rotina a enfermaria pronta para receber Mãe/RN/Acompanhante são acolhidos juntos, vindos da sala de parto, diretamente ao alojamento conjunto, permanecendo a criança ao lado de sua mãe, durante as 24 horas do dia, supervisionada pela equipe da unidade. A equipe capacitada e apta em amamentação oferece apoio orientação às mães, para iniciar e manter a lactação bem-sucedida; 8 – Incentivar a mãe sobre livre demanda - Profissionais que auxiliam as mães no Alojamento Conjunto fornecem palavras de incentivo e apoio para que a amamentação exclusiva seja possível mesmo em RN com necessidade especiais, estando disponível sempre que solicitada para informar sobre amamentação, reflexo de descida do leite, mecanismo de lactação, técnicas de amamentação, cuidados coma mama e extração manual do leite quando necessário; 9 – Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a recém nascidos e lactentes – O uso, distribuição, propagandas e amostras de bicos, mamadeiras, de substitutos do leite materno são proibidos na unidade hospitalar. 10 – Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos quando a alta da maternidade - No momento da alta é realizado as orientações às mães pelo membro da equipe de enfermagem sobre a importância da manutenção da amamentação. No caso de alguma dificuldade na amamentação o posto de coleta oferece assistência na unidade hospitalar de segunda a segunda das 07 horas as 19 horas. Considerações finais: Ressalta-se que os 10 (dez) passos mencionados no decorrer desta produção, apresentam vantagens para o bebê, como: alimento completo, proteção contra infecção e alergias, fácil de ser digerido, provoca menos cólicas nos bebês, ajuda para o desenvolvimento da face, da fala, dentição e a ter boa respiração, ótimo para o desenvolvimento infantil (físico e intelectual). Apresentam vantagens para a mãe, como: aumenta os laços afetivos, sempre pronto e na temperatura certa, dar o peito logo que nasce, diminui o sangramento da mãe após o parto, faz o útero voltar mais rápido ao normal, ajuda a perder o peso adquirido durante a gravidez, é um método natural de planejamento familiar e diminui o risco de câncer de mama, de ovários e de útero. Além disso, apresentam vantagens para a família, como: É econômico e prático, Não precisa ser comprado, não terão gastos com aquisição de mamadeiras e bicos artificiais, não perderão tempo com limpeza e desinfecção desses matérias e economia com consultas médicas, medicamentos, exames laboratoriais e hospitalização. Nesse entendimento observa-se que o Hospital Regional de Tefé (AM), na busca pelo título de “Hospital amigo das Crianças”, tem tomado importantes iniciativas no incentivo e efetivação do aleitamento materno. |
11596 | O ABORTO EM UMA VISÃO MULTIFATORIAL: ANÁLISE INTEGRADORA DOS ASPECTOS FISIOLÓGICOS, SOCIAIS E PSICOLÓGICOS Débora Filgueira Machado, Davi Gabriel Barbosa, Luanna Moreira da Silva, Luan Cardoso e Cardoso, Bruna Angélica Soares Lopes, Ana Clara Schreder Santos, Aline Oliveira de Castro, Anna Carla Alves Lopes O ABORTO EM UMA VISÃO MULTIFATORIAL: ANÁLISE INTEGRADORA DOS ASPECTOS FISIOLÓGICOS, SOCIAIS E PSICOLÓGICOSAutores: Débora Filgueira Machado, Davi Gabriel Barbosa, Luanna Moreira da Silva, Luan Cardoso e Cardoso, Bruna Angélica Soares Lopes, Ana Clara Schreder Santos, Aline Oliveira de Castro, Anna Carla Alves Lopes
Apresentação: A gravidez é um processo complexo que causa modificações no corpo e mente da mulher gestante. Quando tais modificações não seguem a curso esperado, podem culminar em um aborto espontâneo. Diversos fatores podem alterar esse curso, como anomalias nos órgãos reprodutivos, diabetes gestacional, drogas, disfunções hormonais, abortos prévios e hipertensão gestacional. Dessa forma, objetivou-se analisar a relação dos fatores citados com a ocorrência dos abortos e a importância do acompanhamento na atenção primária por meio de programas como pré-natal, planejamento familiar e saúde da mulher. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo metodológico com abordagem qualitativa por meio de entrevista, análise de dados e pesquisa bibliográfica. A priori, realizou-se uma visitar domiciliar a uma família do território adstrito de uma Unidade Básica de Saúde, previamente selecionada por conter um caso índice de aborto, tendo como objetivo conhecer e estabelecer uma relação com a família, além de identificar os aspectos fisiológicos, sociais e psicológicos presentes relacionados ao aborto. Posteriormente, os dados coletados foram analisados, e direcionaram os pontos relevantes para a abordagem da temática, bem como subsidiaram a segunda visita que teve como objetivo de fortalecer o vínculo com a paciente do caso índice, e complementar as informações coletadas anteriormente. Por fim, realizou-se uma análise comparativa entre os resultados alcançados e as literaturas disponíveis. Resultado: A paciente relatou a ocorrência de quatro gestações, tendo abortos espontâneos nas duas primeiras. Além disso, as duas gestações posteriores manifestaram complicações ao longo de seu curso, como hipertensão gestacional, hipertireoidismo e dificuldades no serviços público de saúde. Diante disso, ressalta-se que essas complicações gestacionais podem estar diretamente relacionadas com os casos de aborto que sofreu anteriormente. Relacionado a isso, evidencia-se a possibilidade de o útero placentário provocar uma produção exagerada do hormônio renina que causa aumento da pressão arterial a qual está relacionada a complicações como hemorragias, óbito fetal ou perinatal, além de contribuir posteriormente para alterações histopatológicas na placenta que podem levar ao aborto. Destaca-se também, a importância do acompanhamento realizado no pré-natal, pois a negligência em não ofertar os recursos necessários para esse processo foi fator intensificador do problema em questão, impactando negativamente à saúde mental e física da mãe e dos demais envolvidos, tornando-se um processo doloroso que se tende a desenvolver problemas como a depressão. Apesar disso, a paciente relata melhoria no atual atendimento na unidade de saúde, evidenciando a adesão da equipe de Saúde Família, que apesar de já estar vigente na época em que sofreu o aborto, essa ainda não havia sido implementada na unidade no período em questão. Considerações finais: Observou-se a relação de complicações durante a gravidez e a ocorrência de abortos. Além disso, ressaltou-se a importância de um acompanhamento psicológico, sobretudo na atenção primária, para esses casos, devido a possibilidade de afetar os aspectos individuais físicos, mentais, familiares e sociais. Destacou-se também a importância de garantia dos direitos ofertados pelo sistema de saúde para as famílias, visando à melhoria na qualidade do atendimento prestado a esse público. |
6573 | SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM PACIENTE COM ESPINHA BÍFIDA Sabrina De Lucas Ramos Necy, Atilio Rodrigues Brito, Rosalia Cardoso da Silva, Luana Gomes de Lima, Ingrid Magali de Souza Pimentel, Rebeca Prata Meireles, Ana Júlia Goés Maues, Zayra Elizandra Santos Sena SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM PACIENTE COM ESPINHA BÍFIDAAutores: Sabrina De Lucas Ramos Necy, Atilio Rodrigues Brito, Rosalia Cardoso da Silva, Luana Gomes de Lima, Ingrid Magali de Souza Pimentel, Rebeca Prata Meireles, Ana Júlia Goés Maues, Zayra Elizandra Santos Sena
Apresentação: A espinha bífida é um dos defeitos mais notórios do tubo neural, sendo a mesma responsável por importantes sequelas do sistema neurológico. A espinha bífida oculta ou espinha bífida cística. A espinha bífida oculta é a mais forma branda da espinha bífida, já a cística ou aberta apresenta-se como protusão sacular externa. A espinha bífida cística pode ser dividia em duas; meningocele que é menos comum, usualmente os nervos não estão prejudicados e são capazes de funcionar, por isso causa pouca incapacidade. E a mielomeningocele é a mais frequente má formação congênita do sistema nervoso central, sendo caracterizada por uma falha na fusão dos elementos posteriores da coluna vertebral. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem frente a sistematização da assistência de enfermagem a paciente com mielomeningocele. Método: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem do terceiro ano, durante o estágio da disciplina Enfermagem Obstétrica em hospital de referência materno- infantil, durante o mês de setembro/2019. Utilizou-se para tanto da Sistematização da Assistência de Enfermagem para a elaboração de diagnósticos, resultados e prescrições de enfermagem. Resultado: Ao decorrer da visita realizada pelas acadêmicas de enfermagem, foi possível notar que a paciente lactente encontrava-se estável, ativa, traqueostomizada, apresentando taquipneia esporadicamente, normocardica, hidratada, afebril, acianótica, anictérica. Neurológico; pupilas fotoreagentes e fontanelas deprimidas. AP: MV presentes com roncos difusos bilateralmente. AC: BCNF em 2T sem sopros. Abdome globoso, flácido, depressível, RHA presentes. Genitália: presença de dermatite perianal em melhora e prolapso retal. Foi traçado um plano de cuidados com base na anamnese e exame físico, ressaltando os diagnósticos de enfermagem, um real e três de risco: Integridade da Pele Prejudicada, Risco de Aspiração, Risco de Queda, Risco de Infecção. Almejando assim, a integridade da pele e evitar os riscos. Resultado: A sistematização da assistência de enfermagem é um instrumento do exercício profissional do enfermeiro, bem como uma obrigatoriedade estabelecida através de resolução (RESOLUÇÃO COFEN-272/2002) das instituições de saúde, sendo estas públicas ou privatizadas. É conceituada como um método de organização, pautada em uma fundamentação teórica, onde se insere o processo de enfermagem, o qual visa compreender as necessidades biopsicossociais do paciente. Neste contexto visa-se o cuidado integrado, holístico, técnico - cientifico e ainda humanizado. |