365: Pré natal, fase que a mulher necessita de cuidado multidisciplinar
Debatedor: Maria Júlia Lopes Cruz
Data: 30/10/2020    Local: Sala 09 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
6076 SAÚDE BUCAL NA GESTAÇÃO: O CONHECIMENTO DAS GESTANTES EM ATENDIMENTO NO PRÉ-NATAL EM UMA UNIDADE DE SAÚDE
ROSE MARI FERREIRA, marcia oliveira FERREIRA, Cristiane Silva Esteves, Priscila Silva Esteves

SAÚDE BUCAL NA GESTAÇÃO: O CONHECIMENTO DAS GESTANTES EM ATENDIMENTO NO PRÉ-NATAL EM UMA UNIDADE DE SAÚDE

Autores: ROSE MARI FERREIRA, marcia oliveira FERREIRA, Cristiane Silva Esteves, Priscila Silva Esteves

Apresentação: A Unidade Básica de Saúde (UBS) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no Sistema Único de Saúde-SUS. A Equipe de Saúde Bucal na ESF(Estratégia de Saúde da Família) representa a possibilidade de criar um espaço de práticas e relações a serem construídas para a reorientação do processo de trabalho e para a própria atuação da Saúde Bucal no âmbito dos serviços de saúde. Estudos evidenciam que há crenças e grande número de dúvidas acerca da saúde bucal da gestante que são perpetuadas de geração em geração. Diante disso, o principal objetivo do presente trabalho foi investigar o conhecimento das gestantes a respeito do tratamento odontológico durante a gestação. O estudo teve um delineamento quantitativo transversal e foi realizado UBS Aparecida, Alvorada (RS). Para a coleta de dados, foi realizada uma entrevista estruturada, com aplicação de um questionário de perguntas fechadas, duração média de 30 minutos. Enquanto aguardavam pela consulta, as gestantes que estavam fazendo o pré-natal na UBS foram convidadas a participar da pesquisa; foram recrutadas através da técnica de amostragem por conveniência e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a análise dos dados, foi utilizado o programa SPSS para Windows, versão 20.0. Foi feita análise descritiva dos dados. Na comparação entre os grupos em relação às variáveis idade, escolaridade foi utilizada a análise univariada One Way ANOVA e dos cruzamentos dos grupos etários e de escolaridade, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em relação às respostas dos grupos para todas as perguntas. Foram entrevistadas 44 gestantes entre 18 e 42 anos, com média de idade de 25,9 anos. Dessas gestantes, 79,5% não estavam na primeira gestação e 65,9% nunca realizaram consulta odontológica durante a gravidez. Metade das entrevistadas acredita que não podem realizar radiografias dentárias e 54,5% que não podem fazer tratamento dentário usando anestesia local. Quanto ao risco de perder os dentes durante a gestação, 81,8% não acha que tem maiores riscos de perder os dentes e 72,7% das gestantes acha que, durante a gravidez, os dentes ficam mais fracos e por isso podem aparecer cáries. Das entrevistadas 88,6% gostariam de ter mais informações sobre saúde bucal. No final da pesquisa, foi realizado material publicitário (Cartilha da Gestante) com informações sobre o tratamento odontológico durante a gravidez para ser entregue às gestantes. Considerações finais: resultados apontaram para conclusão de que as crenças e mitos relacionados ao atendimento odontológico durante a gestação estão ainda presentes no conhecimento das gestantes. De acordo com alguns relatos, na procura por atendimento odontológico durante a gestação, teriam sido desestimuladas por profissionais de saúde, a realizar o tratamento. Esse fato pode contribuir para que sejam realizadas ações em Educação Permanente principalmente com equipe da ESF. Importante que todos os profissionais de saúde estejam seguros para realizar atendimentos durante o pré-natal, contribuindo para o esclarecimento de mitos e crenças que poderiam afastar gestantes da realização do tratamento odontológico. Palavras-chave: gestantes, odontologia, tratamento odontológico;

7293 A PERCEPÇÃO DA GESTANTE SOBRE SAÚDE BUCAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Thais Cristina Fernandes Martins, Polyana Vivan Vieira Leite, Eduarda Conceição Matos Nuro

A PERCEPÇÃO DA GESTANTE SOBRE SAÚDE BUCAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: Thais Cristina Fernandes Martins, Polyana Vivan Vieira Leite, Eduarda Conceição Matos Nuro

Apresentação: A gravidez é o período ideal para que sejam colocadas em prática medidas preventivas e educativas em saúde, uma vez que as futuras mães se encontram mais receptivas em adquirir e trocar conhecimentos que assegurem o seu bem-estar e do bebê. Este trabalho objetiva realizar uma revisão de literatura sobre a percepção das gestantes sobre saúde bucal. Foi realizado um levantamento bibliográfico em novembro e dezembro de 2019 do período de 2008 a 2019 nas bases de dados Bireme e PubMed utilizando as palavras- chave “gestantes and saúde bucal  and percepção” e “pregnant and oral health and perception” respectivamente. Foram encontrados 27 artigos no PubMed e 32 artigos na Bireme e após a leitura foram selecionados 31 artigos nos idiomas inglês, português e espanhol, com o texto completo disponível. As publicações selecionadas foram agrupadas nas seguintes categorias: tratamento odontológico na gravidez, cuidados de saúde bucal na gestação, alterações bucais durante a gravidez e cuidados de saúde bucal do bebê. Os principais motivos que levaram as gestantes a procurar o tratamento odontológico durante a gravidez foram a dor, a cárie e sangramento gengival e a principal dificuldade encontrada para realizar o tratamento dentário foi o acesso, seguido dos medos e mitos do tratamento odontológico  na gestação. Em relação aos cuidados de saúde bucal do binômio mãe-bebê as gestantes confirmaram a importância das orientações para obter uma saúde bucal adequada. Os estudos sugerem a relevância do acesso à saúde bucal durante a gravidez para contribuir na saúde da gestante e do bebê.

7738 VINCULAÇÃO DA GESTANTE COMO GARANTIA DE ASSISTÊNCIA HUMANIZADA E SEGURA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Sanay Souza Pedrosa, Lucilene Farias Alves, Gilmara Rocha Oliveira, Circe Nóbrega Robeiro

VINCULAÇÃO DA GESTANTE COMO GARANTIA DE ASSISTÊNCIA HUMANIZADA E SEGURA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Sanay Souza Pedrosa, Lucilene Farias Alves, Gilmara Rocha Oliveira, Circe Nóbrega Robeiro

Apresentação: Os indicadores de mortalidade materna e infantil no Brasil ainda são elevados, principalmente em relação aos países mais desenvolvidos, neste sentido, é fundamental ampliar esforços para reduzir as altas taxas de morbi-mortalidade materna, perinatal e neonatal registradas no país. Com esse intuito, surge no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), uma estratégia em rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis denominada Rede Cegonha, que traz como uma de suas diretrizes a garantia de vinculação da gestante à maternidade na qual será realizado seu parto visando uma assistência digna e de qualidade e que esta seja realizada de forma humanizada e segura. O presente trabalho teve por objetivo relatar experiências de vinculação de gestantes às maternidades Balbina Mestrinho e Instituto da Mulher Dona Lindú, situadas na zona sul da cidade de Manaus – Amazonas. Trata-se de um estudo descritivo a partir do relato de experiência de gestantes e puérperas que fizeram o pré-natal nas unidades de saúde da família de Manaus no ano de 2019, onde foram coletados depoimentos para exposição das impressões que tiveram acerca do processo de vinculação, a partir da orientação que receberam pelo profissional nas consultas de pré-natal, evidenciando a compreensão e a valoração que atribuíram a esse processo. Buscou-se descrever essas experiências de maneira literal, estimuladas por perguntas norteadoras, como: Você visitou a maternidade onde será realizado seu parto? Como foi essa experiência? Como você foi acolhida pela equipe da maternidade? Como foi seu parto e pós-parto na maternidade que foi vinculada? As respostas nortearam em eixos comuns: a) o bom acolhimento pela equipe multiprofissional, b) a compreensão de vinculação e c) problemas de infraestrutura das maternidades. Os relatos foram organizados em textos e em vídeos e foram apresentados em um fórum distrital com profissionais e gestores, que teve como finalidade a construção de espaço coletivo para discussão sobre um novo modelo de atenção ao parto e nascimento, mediante o acompanhamento e contribuição na implementação da Rede Cegonha. Constatamos que a avaliação do grau de satisfação dos usuários do sistema de saúde é um importante indicador a ser considerado no planejamento das ações. Concluímos que o desafio de diminuir a mortalidade materna e infantil depende de políticas públicas, da participação da sociedade, melhoria no acesso aos serviços de saúde e da qualidade da assistência ao pré-natal, parto e recém nascido.

7842 O IMPACTO DO USO DE TECNOLOGIA LEVE NA QUALIFICAÇÃO DO PRE NATAL EM UMA CLÍNICA DA FAMÍLIA
Mauricio Pereira

O IMPACTO DO USO DE TECNOLOGIA LEVE NA QUALIFICAÇÃO DO PRE NATAL EM UMA CLÍNICA DA FAMÍLIA

Autores: Mauricio Pereira

Este trabalho visa relatar a experiência exitosa em uma equipe de Estratégia de Saúde da Família. Localizada na comunidade do Complexo do Alemão, a equipe Itararé, da Clínica da Família Rodrigo Roig, tinha, sob seus cuidados, cerca de 32 gestantes, em média. Podemos dividir o território em três grandes micro áreas se levarmos em consideração as características locais: a primeira trata-se de um conjunto de apartamentos de mais de 30 anos cujas as famílias moradoras compraram os imóveis e hoje, ou são proprietárias ou são locatárias. É nessa micro área que se localiza o maior número de pacientes que possuem empregos com vínculo de carteira assinada. A segunda área também é localizada em um conjunto de apartamentos, porém com características diferentes. Foi um condomínio construído para abrigar famílias que moravam em área de risco, fazendo parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ali moram indivíduos de baixa escolaridade e com importante vulnerabilidade socioeconômica porém com uma boa rede de esgotos e acesso a demais serviços básicos. E, por último, pode-se levar em consideração a área localizada “no morro”. São moradores da comunidade do Complexo do Alemão, de fato, composta por, sua maioria, por pessoas também de baixa escolaridade, alguns com empregos informais, outros nem isso, porém com rede de esgoto e demais serviços básicos oferecidos de forma precária em um emaranhado de ruas mal asfaltadas, esburacadas e entrelaçadas a diversos becos com moradias em condições ruins. Durante o período de 18 meses dos anos de 2016 e 2017, a equipe Itararé manteve um contato diário e 24 horas com suas gestantes através de um grupo de WhatsApp, que abrange 72% das gestantes cadastradas na equipe. Por se tratar de um território com grande vulnerabilidade socioeconômica, diversas gestantes não possuíam um celular que possibilitasse o uso de aplicativos de trocas de mensagens instantâneas. Contudo, todas as gestantes que tinham tal possibilidade aderiram ao grupo. Assim, 100% das gestantes que possuam o pré requisito de obter um smartphone faziam parte dessa estratégia. Por meio desta tecnologia, as pacientes são capazes de tirar dúvidas sobre o período pré-natal, desde intercorrências obstétricas ou clínicas até a confirmação da data da sua consulta, passando por meio de busca ativa realizada pela enfermeira. É importante ressaltar, que somente profissionais da equipe técnica (enfermeira, médico e técnica de enfermagem) estavam presentes nesse grupo para poder preservar, da melhor maneira possível, o sigilo da gestante. Quando qualquer assunto corria o risco de expor a gestante perante os demais participantes, havia a orientação de procurar auxílio em uma conversa privada. Não tratava-se de consulta, somente de orientação Desta forma, houve a redução importante do absenteísmo (80%) evidenciado neste período e houve a manutenção da demanda espontânea. Este fato se dá pois antes da intervenção, as gestantes procuravam a Unidade diretamente para orientação. Atualmente, essa orientação é previamente feita no pelo grupo de WhatsApp e, caso necessário, a gestante dirige-se a unidade para avaliação. Assim, o fortalecimento do vínculo e o aumento da oferta dos serviços da APS diminuíram o número de complicações durante o período Pré Natal, reduzindo a Zero o número de mortalidade materno infantil durante o período descrito.

8097 O GRUPO EDUCATIVO COMO FORMA DE CUIDADO À SAÚDE DO CASAL GRÁVIDO, PUÉRPERA E FAMILIARES
Tatiane Roseli Alves Castro, Lilian Fernandes Arial Ayres

O GRUPO EDUCATIVO COMO FORMA DE CUIDADO À SAÚDE DO CASAL GRÁVIDO, PUÉRPERA E FAMILIARES

Autores: Tatiane Roseli Alves Castro, Lilian Fernandes Arial Ayres

Apresentação: O projeto de extensão, “O grupo educativo como forma de cuidado à saúde do casal grávido, puérpera e familiares”, utilizando cuidado para as mulheres no período gravídico–puerperal. Priorizamos as tecnologias participativas a fim de contribuir para o empoderamento dos participantes e também para a criação de vínculo entre população envolvida, equipe e membros do projeto. Realizamos ações educativas com base no dialogo-reflexivo, para possibilitar a valorização das gestantes e participação do casal e familiares em todas as atenções de saúde do município de Viçosa (MG). O trabalho tem como objetivo relatar as atividades vivenciadas pela bolsista Pibex do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa – UFV, na execução do projeto de extensão na cidade de Viçosa (MG). Desenvolvimento: A metodologia de trabalho é amparada no filósofo Paulo Freire, em sua teoria metodológica da educação dialógica. Os campos de atuação do projeto ultrapassam o campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV), transcorrendo também, para todas as atenções de saúde do município (atenção primária, secundária e terciária). Nas unidades de atenção primária foram executados 38 grupos educativos no período de janeiro a dezembro de 2019, abrangendo temas como: Alterações fisiológicas da gestação, Trabalho de parto, Cuidados no pós-parto, Amamentação, Banho com bebê, Cuidados com coto umbilical, Alimentação complementar após os 6 meses de idade, Parto vaginal e cesárea, Mitos e Verdades na gestação, Direitos da gestante, Planejamento reprodutivo e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Outras ações desenvolvidas pelo projeto incluem as visitas domiciliares às gestantes e puérperas, em que foram realizadas um total de 16 visitas. Durantes está prática oferecemos orientações gerais como: auxilio sobre técnicas de amamentação; cuidados com o banho e coto umbilical, cuidados com o puerpério (inclusive avaliação de depressão pós-parto ou alterações emocionais), atenção a quadro de infecções, avaliação de lóquios e/ou cicatriz cirúrgica, orientações alimentares, ingestão adequada de água e outras. Reforçamos a participação deles nos grupos educativo, assim também, quanto à adesão ao pré-natal, consultas puerperais e adesão as visitas puerperais. No segundo semestre de 2019, ocorreu a incorporação do pré-natal coletivo em algumas Unidades Básicas de Saúde e também, na Atenção Secundária. A ação se desenvolve a partir de uma consulta de pré-natal com algumas gestantes, seus parceiros e familiares, onde são atendidos no mesmo momento. É um momento de oportunidade para conhecer as outras gestantes da comunidade, troca de experiências, angustias, medos e a constituição de uma rede de apoio entre elas e os profissionais de saúde. Obtivemos um total de 07 pré-natais coletivos e com excelente adesão da unidade de saúde e das mulheres. Cabe ainda citar, a parceria nas atividades que ocorrem mensalmente junto ao Rotary Viçosa, denominada “Obra do Berço” que abrange gestantes de todas as regiões de Viçosa. Ocorreram um total de 06 grupos educativos. Neste, é realizado a dinâmica “Mitos e Verdades da Gestação” em que são abordados temas gerais a respeito de gestação, puerpério e saúde da mulher. Outra parceria foi com o Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE) onde participamos de 02 ações: Agosto Dourado, aleitamento é a base da vida e Outubro Rosa em uma unidade primária à saúde. Em ambos os eventos, realizamos educação em saúde, exame clinico das mamas e encaminhamentos para mamografia. Além disso, parcerias com o Projeto GRUPESC e Liga Acadêmica de Câncer Karkinos, onde em conjunto, realizamos palestras sobre o câncer de mama. E ainda, em novembro de 2019, os membros do projeto conduziram uma atividade no Campus da UFV sobre Planejamento Sexual e Reprodutivo. Outra atividade desenvolvida é assistência direta, sob supervisão da coordenadora do projeto, à gestante, parturiente e puérperas internadas na maternidade do município de Viçosa (MG). Essa atividade conta com alunos membros do projeto e os estudantes do curso de enfermagem. Em outro momento, foi realizado no hospital o treinamento sobre emergências obstétricas para todos os profissionais de saúde. Esta ação durou 4 horas e contou com a participação de 120 pessoas. Ademais, visando capacitar e atualizar os membros do projeto, ocorreram um total de 12 reuniões internas quinzenais com duração de 1 hora com finalidade de melhorar a comunicação dos membros, elucidado as intervenções realizadas, barreiras encontradas na implementação do projeto e também a exposição de novas ideias pra melhoramento das ações. Ocorreram também, as reuniões científicas com duração de 2 horas. Foram 9 encontros, todas abertas ao público, com emissão de 253 certificados. Os temas abordados foram: Pré-Natal Coletivo; O feminino e as planta medicinais; Benefícios e contra indicações do parto normal; Violência obstétrica e os direitos da gestante; Dimensões do trabalho de parto e o protagonismo da mulher; A atuação da doula durante o ciclo gravídico; Alimentação complementar após 6 meses; O cuidado ao parto centrado na mulher: avanços e desafios; Assistência durantes as visitas domiciliares as puérperas; Parto e paralisia cerebral; Nutrição comportamental para gestantes: da teoria a pratica. Todas as reuniões ocorreram sobre a responsabilidade dos membros do projeto e ministradas por Professores e também membros dos projetos convidados. Como produção de conhecimento, durante o ano de 2019, foram produzidos 9 resumos científicos para o II Congresso de Enfermagem da UFV e Simpósio de Integração Acadêmica da UFV e 4 trabalhos de conclusão de curso. Resultado: Promovemos maior adesão ao pré-natal nas atenções primárias e secundária; Reduzimos a vulnerabilidade informativa dos casais grávidos e familiares pela participação nas atividades grupais, a partir das dinâmicas e grupos educativos aplicados; Resgatamos a autonomia e o empoderamento da mulher sobre o seu corpo e principalmente durante o Trabalho de Parto; Contribuímos para o entendimento dos Direitos destinados a Gestante como: direito ao acompanhante, métodos não farmacológicos de alívio da dor, nutrição e outros; Cooperamos para a capacitação da equipe de enfermagem sobre a assistência as gestantes e recém nascidos; Proporcionamos aos acadêmicos de enfermagem envolvidos o olhar singular sobre a autonomia da mulher, ciclo gravídico-puerperal e importância da rede familiar, potencializando o cuidado em condições humanizadas. Conclusões finais: O projeto de extensão é uma estratégia de construção e produção de conhecimento para as gestantes, casais e familiares no que se remete a saúde da mulher e do bebê. Desse modo, as informações ofertadas favorecem a valorização das mulheres tornando-as mais confiantes e preparadas para essa fase, de tal forma, o projeto de extensão é um instrumento de retorno da universidade à população e também, para fortalecimento, construção ética e humanizadora para os integrantes do projeto.

8197 MINDFULNESS: RELATO DE EXPERIÊNCIA REALIZADO COM GRUPO DE GESTANTES EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NA REGIÃO SERRANA (RJ)
Jaci José de Souza Junior, Alice Damasceno Abreu, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Geovana Gonçalves Rodrigues, Claudia Cristina Dias Granito, Isabela da Costa Monnerat, Érika Luci Pires de Vasconcelos, Gabriel Gama de Sousa

MINDFULNESS: RELATO DE EXPERIÊNCIA REALIZADO COM GRUPO DE GESTANTES EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NA REGIÃO SERRANA (RJ)

Autores: Jaci José de Souza Junior, Alice Damasceno Abreu, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Geovana Gonçalves Rodrigues, Claudia Cristina Dias Granito, Isabela da Costa Monnerat, Érika Luci Pires de Vasconcelos, Gabriel Gama de Sousa

Apresentação: A técnica do Mindfulness está baseada na meditação budista por sua relação com a meditação Zen e a Vipassana, representantes da doutrina filosófica do aqui e agora. Embora existam outras tradições budistas como Mahayana e Vajrayana, a Mindfulness é considerada a pedra angular do budismo Theravada, onde a Vipassana é uma técnica de meditação imprescindível para alcançarmos a auto-observação. Podemos recorrer à própria tradução da palavra “Vipassana”: a experiência de ver as coisas como elas são, não como parecem ser. Conseguimos, assim, a serenidade para desempenharmos nosso trabalho com atenção. Essa atividade tem sido realizada pelos profissionais de saúde com as gestantes após as consultas de pré-natal em uma unidade de saúde da Região Serrana do Rio de Janeiro. A pessoa deve controlar a mente concentrando-se em um único afazer, registrando de maneira clara o que acontece em relação àquela ação. Neste momento podemos utilizar da observação da respiração. A percepção do desenvolvimento da própria natureza é o ponto culminante do ensinamento de Buda: a autopurificação através da auto-observação. O estudo visa compreender a técnica de meditação como ferramenta facilitadora nos cenários de prática da saúde proporcionando a gestante um estado de consciência que gera um estilo de processamento mental, traduzido por atenção plena. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa, descritiva, justificada pelos significados propostos pelo título do trabalho, sendo usadas publicações encontradas nas bases de dados nacionais e internacionais no periódico de 2016 a 2019. Sendo consideradas apenas as publicações que se tratava da utilização da técnica em gestantes. Resultado: Em um processo de observação que não julga, mas ajuda a estarmos conscientes de tudo, influencia os nossos sentimentos e colabora para a melhora da percepção e atenção durante a gestação, pois a ferramenta trabalha a respiração e as posições do corpo. Além disso, este tipo de meditação onde os elementos fundamentais da atenção são: não julgar, ser paciente, ter confiança e responsabilidade por si mesma. Considerações finais: A técnica de Mindfulness  desenvolvida nessa unidade apresentou reduções significativas em sintomas de depressão, ansiedade e estresse em gestantes que passaram por treinamento em mindfulness, prevenindo então os sintomas e transtornos de ansiedade. A prática pode ajudou também no momento do parto, auxiliando no melhor manejo do estresse associado a esse período.

7632 A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA GESTANTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA TARDIA, EM UMA UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Neiva Maria dos Santos Soares, Larissa Ribeiro de Souza, Kamille Giovanna Gomes Henriques, Vitória Yasmin Sousa Correia, Emilly Canelas de Souza, Amanda Beatriz Gomes Furtado, Vanessa Lima Pimentel, Regiana Loureiro Medeiros

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA GESTANTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA TARDIA, EM UMA UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Neiva Maria dos Santos Soares, Larissa Ribeiro de Souza, Kamille Giovanna Gomes Henriques, Vitória Yasmin Sousa Correia, Emilly Canelas de Souza, Amanda Beatriz Gomes Furtado, Vanessa Lima Pimentel, Regiana Loureiro Medeiros

Apresentação: A pré-eclâmpsia é uma síndrome de etiologia desconhecida, cuja incidência encontra-se entre 5 a 7% das gestações em todo o mundo. Suas formas clínicas, tem o início do aparecimento de sintomas e a gravidade materno-fetal são variáveis, trata-se de um distúrbio multifatorial, que apresenta o surgimento da hipertensão arterial após a  20ª semana gestacional. Ela pode ser classificada em precoce ou tardia, a pré-eclâmpsia tardia tem início a partir da 34ª semana gestacional, o diagnóstico é baseado pelo momento do surgimento de suas manifestações, pois isoladamente, nem a pressão arterial ou a proteinúria são bons prognostico do resultado materno ou fetal adverso em gestações complicadas pela hipertensão. Na assistência pré-natal, o enfermeiro deve dar atenção para o ganho de peso, níveis pressóricos e para as queixas relacionadas a sinais ou sintomas de comprometimento dos órgãos-alvo. Com isso, o trabalho busca relatar as experiências vivenciadas na Unidade Municipal de Saúde, no setor de ginecologia e obstetrícia, descrevendo a vivência das acadêmicas neste setor, e pontuando a assistência de enfermagem, relacionando a importância ao pré-natal. Método: Trata-se de um estudo descritivo de natureza relato de experiência, realizado por acadêmicas do curso de enfermagem, do 4º, 5º E 6º semestre das instituições de ensino, Universidade Estadual do Pará (UEPA), Universidade da Amazônia (UNAMA), e Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), o estágio foi realizado em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS), em Belém (PA), compreendendo o período de 10 de setembro a 28 de setembro  de 2019, no turno da manhã, no setor de ginecologia e obstetrícia, acompanhado de uma preceptora, e funcionaria da unidade. Resultado: No decorrer do estágio dos acadêmicos de enfermagem, em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS), no setor de ginecologia e obstetrícia, foi muito observado a grande demanda de grávidas com hipertensão gestacional, foi feito o acolhimento de várias pacientes, uma em especial, que deu início no seu pré-natal, foi relatado pela gestante, que era   primigesta, puérpera (Tipo de parto: Cesárea data do parto:04/09/2019), com histórico de descolamento de placenta no início da gestação 12 semanas, com suspeita de pré-eclâmpsia tardia, foi admitida em 28/08/2019 na unidade municipal de saúde, devido à cefaleia e estafamento. Foi verificado a pressão arterial (PA) da paciente no valor: 140x90 mmHg, assim sendo foi encaminhada para a urgência e emergência da unidade, para que fosse administrado medicamentos para o pico hipertensivo. No dia 02/09/2019 a paciente retornou à unidade para continuar o pré-natal com a enfermagem, verificando a sua pressão arterial (PA): 140x100 mmHg às 08:00 pela primeira vez, após a entrada na sala de enfermagem foi verificado novamente:180x100 mmHg às 10:00. No dia 16/09/2019 a paciente retornou para unidade após o episódio de pré-eclâmpsia tardia. Resultado: A experiência desse estagio na Unidade Municipal de Saúde (UMS), foi de suma importância para nós discentes, tanto no âmbito acadêmico como no profissional. Pois, possibilitou para as acadêmicas de enfermagem uma grande aprendizagem sobre a assistência de enfermagem nos cuidados as gravídicas com pré-eclâmpsia tardia.  

8202 ACEITABILIDADE DA GESTAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR E REPRODUTIVO
Ana Luiza Dorneles, Sarah Cristine da Silva Alves, Luciana Rodrigues da Silva, Ana Letícia Monteiro Gomes, Maria Estela Diniz Machado, Marialda Moreira Christoffel, Ana Maria Linares

ACEITABILIDADE DA GESTAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR E REPRODUTIVO

Autores: Ana Luiza Dorneles, Sarah Cristine da Silva Alves, Luciana Rodrigues da Silva, Ana Letícia Monteiro Gomes, Maria Estela Diniz Machado, Marialda Moreira Christoffel, Ana Maria Linares

Apresentação: As mudanças que ocorrem na mulher durante uma gestação são umas das mais expressivas e importantes que um ser humano pode passar. Ao descobrir-se grávida, a mulher se depara com misturas de sentimentos como o de querer e o não querer ter filhos no determinado momento. O desejo e a intenção de engravidar são elementos que compõem o planejamento de uma gravidez, principalmente porque o desejo é considerado um sentimento que não necessariamente conduz a uma ação e, por sua vez, a intenção está intimamente relacionada ao contexto pessoal, como o apoio do parceiro e a inserção no trabalho, podendo desencadear uma ou mais iniciativas para engravidar. Já o planejamento situa-se no âmbito comportamental, pois inclui a adoção de medidas centradas na concepção e só pode existir na medida em que há o desejo e/ou a intenção, não importa em qual intensidade. O objetivo foi analisar os possíveis fatores relacionados a aceitabilidade da gestação pela gestante. Estudo descritivo em que 19 gestantes que realizaram o pré-natal de risco habitual em unidades básicas de saúde e programa médico de família no município de Niterói (RJ), foram entrevistadas com base em dois instrumentos, Informações Sociodemográficas e Aceitabilidade da Gestação. A análise foi feita por meio de estatística descritiva. O perfil das mulheres encontra-se em maior concentração entre 18 a 20 e 26 a 30 anos, com predominância da cor parda (57,9%), solteiras (78,9%), que moram com parceiros (73,7%), escolaridade entre ensino fundamental e médio, ambos com 26,3% e gravidez não planejada (78,9%). Concluiu-se que uma gravidez não planejada em geral, pode trazer principalmente sentimentos de rejeição, porém a reação inicial não perdura até o final da gestação, dando lugar a aceitação. O planejamento reprodutivo na atenção básica é uma ação que garante os direitos sexuais e reprodutivos de homens e mulheres, sendo assim de suma importância ter um olhar mais atento a esse dispositivo e principalmente aos usuários, para que haja uniformidade da assistência e maior eficiência da mesma

8326 OS IMPACTOS DE UMA GRAVIDEZ NÃO PLANEJADA NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Ana Eduarda Bastos da Costa, Bianca de Souza Vaz, Emilly Vasconcelos Goulart, Thamires Rosa Freitas do Nascimento, Yasmin Janaina Silva de Sousa, Layane Franciele Carvalho Delgado, Érika Marcilla de Sousa Couto

OS IMPACTOS DE UMA GRAVIDEZ NÃO PLANEJADA NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: Ana Eduarda Bastos da Costa, Bianca de Souza Vaz, Emilly Vasconcelos Goulart, Thamires Rosa Freitas do Nascimento, Yasmin Janaina Silva de Sousa, Layane Franciele Carvalho Delgado, Érika Marcilla de Sousa Couto

Apresentação: Devido ao aumento gradativo de sua ocorrência nos últimos anos, a gravidez na adolescência é apontada como um problema social e de saúde pública, portanto, configura-se como uma condição de risco por implicar em consequências psicológicas e sociais negativas recorrentes entre os jovens que dão início a uma família não planejada. Esta condição decorre, primordialmente, da ausência do uso de métodos contraceptivos e, com menor frequência da utilização incorreta desses. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo identificar os principais impactos da gravidez não planejada na adolescência e a sua relação com a atuação dos profissionais de saúde no atendimento à paciente nesta condição. Desenvolvimento: Foi efetuada uma pesquisa exploratória construída a partir da análise crítica de literaturas científicas, pautadas em termos qualitativos e seletivos a partir das palavras-chave: Gravidez na adolescência; Relação enfermeiro- paciente; Promoção da saúde, nas plataformas SciELO e Google Acadêmico; tendo como precursores os princípios a respeito da gravidez na adolescência e promoção da saúde por especialistas. Resultado: Em 2017 foi divulgado pelo site das Nações Unidas dados de 2006 a 2015 referentes ao índice de gravidez na América do Sul, onde o Brasil ocupava a sétima maior incidência de gravidez na adolescência, empatando com o Peru e Suriname, com 65 gestações a cada mil meninas de 15 a 19 anos. Apesar de o Brasil estar com um índice inferior a países como Bolívia (88) e Venezuela (95), ainda mostra um número extremamente elevado em comparação a países desenvolvidos como Alemanha (8) e França (6), ou até mesmo em comparação a países que estão em desenvolvimento, como por exemplo, a Índia (28). De acordo com a ONU, um a cada cinco bebês nascidos no Brasil, é de uma mãe adolescente, e entre estas, a cada cinco, três não trabalham e nem estudam, sete em cada dez são afrodescendentes e quase metade mora na região Nordeste. Tendo como base os resultados apresentados entende-se que a grande prevalência de gestação durante a adolescência necessita de maior atuação do enfermeiro, e também da participação integral da equipe de saúde, os quais desenvolvem procedimentos intersetoriais, parcerias e redes de apoio, que proporcionam ao paciente auxílio qualificado, esclarecimento e elucidação de dúvidas, cooperando assim para tranquilizar medos e anseios, comuns na fase da juventude, tais ações são centradas na tríade promoção, prevenção e assistência, que são fundamentados com o desafio de constituir a integralidade e equidade, princípios do Sistema Único de Saúde. Considerações finais: Esse trabalho contribuiu para o reconhecimento de dados nacionais alarmantes sobre o tema proposto, ressalta ainda as preocupações e providências futuras que tomaremos quanto profissionais da enfermagem, nos dedicando ao auxílio a orientação para as adolescentes já grávidas, assim como também, na assistência preventiva em colaboração com a equipe de Estratégia Saúde da Família, para em conjunto revertermos os índices crescentes dos gráficos atuais além de cooperar para a promoção da saúde individual do adolescente.

8446 VISITAÇÃO DOMICILIAR NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO: ESTUDO DE CASO
Bruna Felisberto de Souza, Bruna de Souza Lima Marski, Maria Emília Pereira Lopes, Ana Izaura Basso de Oliveira, Maria Aparecida Bonelli, Gabriele Petruccelli, Patrícia Luciana Moreira Dias, Monika Wernet

VISITAÇÃO DOMICILIAR NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO: ESTUDO DE CASO

Autores: Bruna Felisberto de Souza, Bruna de Souza Lima Marski, Maria Emília Pereira Lopes, Ana Izaura Basso de Oliveira, Maria Aparecida Bonelli, Gabriele Petruccelli, Patrícia Luciana Moreira Dias, Monika Wernet

Apresentação: Inúmeros são os investimentos de programas de visitação domiciliar no cenário mundial. Baseado nas evidências bem-sucedidas da aplicação, a visita domiciliar vem sendo amplamente utilizada enquanto recurso assistencial e está caracterizada por ser estratégia de extrema importância à saúde e a promoção da saúde. Trata-se de um instrumento que minimamente garante o acesso igualitário e, desde o surgimento da profissão enfermagem, esta vem utilizando o recurso amplamente no desenvolvimento do seu objeto de trabalho, o cuidar. No contexto de gestar, parir e cuidar, a oferta de visita domiciliar está articulada com melhorias da saúde materno-infantil, com descrições de ampliação da autonomia e protagonismo da mulher, bem como do favorecimento da parentalidade. Devido à complexidade multifacetada da gestação de alto risco, a visita domiciliar destaca-se enquanto alternativa assistencial que tem potencial de alcances positivos essenciais ao desenvolvimento de uma gravidez de risco, com desdobramentos à saúde materna e infantil. A partir disso, a presente pesquisa toma enquanto questionamento se a visitação domiciliar no pré-natal de alto risco favorece o reconhecimento às mulheres que a receberam? E ainda, como ficaram as percepções de dominações no contexto da atenção pré-natal e o quanto contribuíram com a autonomia da mulher? Para atender as perguntas de pesquisa, adota como objetivo geral discutir os alcances de visitas domiciliares, desenvolvidas por enfermeiros em termos de reconhecimento e autonomia. O estudo em desenvolvimento trata-se de um estudo de caso do tipo múltiplo, caracterizado por ser uma investigação científica que busca em profundidade a compreensão de um fenômeno contemporâneo a partir da realidade, é de abordagem qualitativa, com desenho voltado à análise dos alcances em termos de lutas por reconhecimento e autonomia por parte de mulheres participantes e contempladas com a visitação domiciliar no pré-natal de alto risco. Visitas domiciliares desenvolvidas por duas enfermeiras visitadoras são realizadas às gestantes cadastradas em serviço especializado em gestação de alto risco e ocorrem de forma paralela ao pré-natal habitual ofertado no ambulatório. A presente pesquisa vem sendo realizada em cidade do interior do Estado de São Paulo. As visitas domiciliares ocorrem com frequência quinzenal, possuem duração média de 40 minutos e ocorrem a partir da captação da gestante até o primeiro mês de vida da(s) criança(s) nascidas. Ademais, são previamente agendadas e baseadas na construção prática do diálogo, sobretudo, por encontros que superam a orientação generalizante e coercitiva, valorizando a subjetividade e as necessidades reais e individuais das gestantes de alto risco. Um total de 15 mulheres integram o estudo de caso, sob diagnósticos de risco gestacional, a saber: Síndrome hipertensivas da gravidez, gestações múltiplas, aloimunização, trombose, epilepsia, entre outras. A idade gestacional de início da visitação domiciliar teve uma variação entre 17 semanas (o mais precoce) e 35 semanas (mais tardio). Dessa forma, a participação da mulher no estudo está sendo regulada a partir de sua entrada no atendimento especializado e segue os critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a 18 anos ou, quando adolescente, ser emancipada; ser gestante de alto risco diagnóstica e encaminhada pelas unidades de origem e, como de exclusão: condições que interfiram em habilidades da mulher para se envolver com a visitação, como por exemplo adoecimentos mentais, severos déficits cognitivos e sensoriais; além deste critério, mulheres residentes das microrregiões. Enquanto referencial teórico, o estudo apoia-se na teoria do Reconhecimento de Axel Honnet, filósofo representante da Teoria Crítica, vertente filosófica que toma a questão da dominação/emancipação na lógica da organização social. O estudo possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob nº 2.467.733 e CAAE 81715317.7.0000.5504 em janeiro de 2018 e está de acordo com pesquisas que envolvem seres humanos. Os resultados até então encontrados ilustram o quanto a visitação domiciliar é potente na produção dos alcances positivos e, como consequência, alcances na saúde materno infantil. No cenário dos direitos enquanto mulher e gestante, ter recebido informação durante as visitas domiciliares foi essencial para o reconhecimento e autonomia das mulheres, os resultados demonstram que o conhecimento empodera e as leva a um posicionamento político, indo na contramão do recolhimento, aspecto este evidenciado nas seguintes falas: “Muitas coisas que eu não sabia, aprendi [...], a gente tem muitos direitos e eu não sabia [...], então como a visitadora falou sobre alguns direitos, eu sempre batia o pé nos consultórios, eu sempre lembrava do que ela falou e eu falava também” (Gestante 5) e, ainda neste contexto, uma gestante se posicionou durante o trabalho de parto sobre o seu acompanhante e, enquanto justificativa, reconheceu o quanto a visitadora e a visitação domiciliar contribuíram para tal: “Eu me posicionei porque a visitadora me falou, é um direito ter acompanhante, independente se é homem ou se é mulher, porque até então, para mim, eu só poderia ter um acompanhante na maternidade, se fosse do sexo feminino” (Gestante 4). Outros alcances em termos de saúde materno-infantil são relatados, indo de encontro às evidências bem-sucedidas, cita-se aqui ainda, o quanto a visitação domiciliar contribui para a autonomia e o reconhecimento da mulher no que diz respeito o cuidar do filho. Nesse sentido, com relação à amamentação, uma mulher se empoderou com as visitações e deu continuidade ao aleitamento materno, demonstrando sua autonomia para tal, aspecto evidenciado na seguinte fala: “Olha, vou falar a verdade, se não fosse a visitadora, o incentivo dela, eu ia ter desistido ou eu nem iria dar o peito para esse menino” (Gestante 7). Conclui-se que o recurso de visitação domiciliar é potente em promover melhoras na saúde materno-infantil, pois seus alcances estão para além das questões biológicas da gravidez e articulam-se com o reconhecimento e autonomia das mulheres, pois promove a autoestima, o sentimento de valor, a confiança para um posicionamento político e de luta. No entanto, cabe ressaltar que por si só a visitação domiciliar não gera os alcances almejados, a interação e atitudinal do profissional, no caso deste trabalho o profissional enfermeiro, deve ser pautada na solicitude, na valorização e no sucesso prático, aspectos que vão de encontro ao princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde, não fragmentado a mulher, promovendo um cuidado respeitoso e humanizado.

8466 ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA NO PRÉ-NATAL E OS LIMITES PARA ORIENTAÇÕES SOBRE O PARTO NORMAL
Joecio Cordeiro Cardoso, Adriele Almeida Santos de Jesus, Zannety Conceição Silva do Nascimento Souza, Ariane Cedraz Morais, Rita de Cássia Rocha Moreira, Marluce Alves Nunes Oliveira, Manuela Almeida Santos de Jesus

ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA NO PRÉ-NATAL E OS LIMITES PARA ORIENTAÇÕES SOBRE O PARTO NORMAL

Autores: Joecio Cordeiro Cardoso, Adriele Almeida Santos de Jesus, Zannety Conceição Silva do Nascimento Souza, Ariane Cedraz Morais, Rita de Cássia Rocha Moreira, Marluce Alves Nunes Oliveira, Manuela Almeida Santos de Jesus

Apresentação: A consulta de Enfermagem com a gestante tem por finalidade, o acompanhamento pré-natal com qualidade através de ações que possam prevenir doenças, promover a saúde da mulher e feto, com rastreio e diagnóstico de problemas. Representa um momento oportuno para formação de vínculo entre a mulher e a enfermeira, pois favorece esclarecimentos nesse período. Um dos principais anseios da gestante no pré-natal é saber se o parto ocorrerá de forma natural ou se haverá necessidade de parto cesáreo; a enfermeira no uso de suas competências e habilidades no pré-natal pode promover ações educativas que preparem a mulher para o parto. Sendo assim, objetivou-se discutir sobre os limites da atuação da enfermeira do pré-natal na orientação para o parto natural. Desenvolvimento: estudo exploratório e qualitativo, desenvolvido com doze enfermeiras de unidades de Atenção Primária à Saúde, na cidade de Feira de Santana, Bahia que tinham no mínimo um ano de experiência no programa de pré-natal, sendo que seis atuavam nas Unidades Básicas de Saúde e seis nas Unidades de Saúde da Família. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada e a análise pelo método de Bardin. A pesquisa que originou a monografia de conclusão de curso de graduação em Enfermagem intitulada “Pré-natal e o parto normal no olhar da Enfermeira” e este artigo, é recorte do projeto “Atenção à saúde da mulher nos serviços públicos do município de Feira de Santana (BA)”, vinculado ao Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher, o qual foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Feira de Santana, pelo parecer número 1.327.867. Resultado: As enfermeiras entrevistadas elencaram limites relacionados à gestante e ao serviço de saúde. Sobre as mulheres, os limites revelados foram: a não aceitação da gravidez, inexperiência das primigestas, vivências anteriores de cesárea ou relatos de pessoas próximas sobre os aspectos negativos do parto natural. Em relação aos aspectos organizacionais e funcionais emergiram: a incerteza quanto ao acesso à maternidade de escolha, no trabalho de parto ativo; ausência de serviços especializados no Sistema Único de Saúde, como fisioterapia ginecológica; sobrecarga de atividades atribuídas à enfermeira na Atenção Primária, o que implica na qualidade do atendimento. No entanto, apesar das dificuldades relatadas, as enfermeiras cumpriam os protocolos do Ministério da Saúde, utilizavam estratégias como busca ativa para que seu trabalho fosse satisfatório, buscando atender as necessidades das gestantes. Considerações finais: Percebeu-se que orientar a mulher para o parto natural inclui nuances, que exigem competências e habilidades da enfermeira da atenção primária nos aspectos clínicos, sociais, institucionais e gerenciais. Faz-se necessária a reflexão de como o processo de trabalho influencia nas estratégias de educação em saúde. Portanto, a enfermeira deve ser capacitada para lançar mão de estratégias no preparo feminino para o parto e pós-parto, pois a mulher bem informada pode buscar meios para suprir suas necessidades, e ao chegar à maternidade mais empoderada exercer o seu protagonismo no parto.

9072 PROMOÇÃO DA SAÚDE DA COMUNICAÇÃO HUMANA EM GRUPOS DE GESTANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Terezinha Paes Barreto Trindade, Julyane Feitoza Coêlho

PROMOÇÃO DA SAÚDE DA COMUNICAÇÃO HUMANA EM GRUPOS DE GESTANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Terezinha Paes Barreto Trindade, Julyane Feitoza Coêlho

Apresentação: O presente relato traz a experiência de práticas coletivas de educação em saúde realizadas por uma fonoaudióloga em grupos de gestantes, tendo como objetivo promover a saúde da comunicação humana, orientando e prevenindo agravos. Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados em 2008, buscando apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência, a resolutividade, a territorialização, a regionalização, bem como a ampliação das ações da Atenção Primária em Saúde no país. Passando a ser denominado Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) a partir da atualização da Política Nacional de Atenção Básica em 2017, assumindo a responsabilidade pelos diversos arranjos de equipes de Atenção Básica. Os NASF-AB fazem parte da Atenção Básica, sendo constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob sua responsabilidade, atuando diretamente no apoio matricial às equipes das unidades nas quais está vinculado. Desenvolvimento: No município de João Pessoa, o território é dividido em cinco Distritos Sanitários, sob a perspectiva da regionalização, com o objetivo de organizar a rede de cuidado progressivo do sistema e garantir à população acesso aos serviços básicos, como também aos especializados e a assistência hospitalar. A atenção primária é composta pela Estratégia Saúde da Família (representada pelas Unidades de Saúde da Família e Equipes de Saúde da Família), NASF-AB, Consultório na Rua e Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Os profissionais dos NASF-AB realizam o apoio matricial, que se caracteriza como a responsabilidade por uma clientela dentro de um território de abrangência, possuindo uma gerência em comum e prestando apoio à equipes de referência (Equipes de Saúde da Família), representando apoio assistencial e técnico-pedagógico, apoiando-as para que possam incrementar não só a integralidade, mas também a resolutividade, a qualidade do cuidado, as ações de promoção de saúde e o acompanhamento e monitoramento em seus diversos aspectos. O Fonoaudiólogo, nos NASF-AB, atua junto às Unidades de Saúde da Família de sua área de referência, de acordo com a equipe multiprofissional que compõe. São realizadas atividades específicas de núcleo profissional com atendimentos clínicos individuais em diversas áreas de especialidade profissional (Linguagem, Motricidade Orofacial, Voz e Disfagia), discussão de casos clínicos e construção de Projeto Terapêutico Singular (PTS). Como também realização de atividades coletivas, como participação em atividades das Academias de Saúde, atividades em grupos terapêuticos (grupos de HIPERDIA, de idosos, gestantes, saúde mental, de homens, dentre outros) e em diversos equipamentos sociais do território (como escolas, igrejas, dentre outras instituições). A experiência relatada aqui envolve atuação de uma fonoaudióloga do NASF-AB junto à grupos de gestante, que foi desenvolvida em três Unidades de Saúde da Família (USF), sendo uma integrada com três equipes e as outras duas com uma equipe cada, que abrangiam o território de atuação da profissional, lotada no Distrito Sanitário III do município de João Pessoa (PB). Os grupos de gestante nas três USF propostas surgiram a partir do interesse de profissionais das Equipes de Saúde da Família, particularmente enfermeiras e cirurgiãs-dentistas, juntamente com o apoio de profissionais das equipes NASF-AB, incluindo a fonoaudióloga. Diante da necessidade de trabalhar temáticas relativas à Fonoaudiologia que são de fundamental importância para um desenvolvimento saudável do bebê e observando que a presença da profissão junto a esse público e atuação nesse cenário ainda é bastante incipiente, a profissional decidiu se inserir ao grupo e propor atividades educativas. As gestantes eram convidadas com antecedência pelos profissionais das equipes, incluindo os agentes comunitários de saúde (ACS), por terem um papel fundamental de interligação da equipe com a comunidade através de um maior contato com o território nas visitas domiciliares. Foram trabalhados temas relativos à promoção do aleitamento materno, trazendo os benefícios a mulher e ao bebê, orientações sobre a pega, mitos e verdades; desenvolvimento da comunicação na primeira infância, explicando o modo como ocorre, como estimular a linguagem do bebê e sinais indicativos de alteração; como também exames básicos realizados pelo fonoaudiólogo junto ao bebê, sendo eles o teste da orelhinha e o teste da linguinha, fundamentais para o diagnóstico precoce de perdas auditivas e de alterações no frênulo lingual, respectivamente, que podem comprometer o desenvolvimento da comunicação da criança. As atividades eram realizadas de modo dinâmico, em formato de roda de conversa, na qual a profissional abordava os temas e promovia reflexões junto às gestantes, de um modo claro e acessível, com o apoio de vídeos e dinâmicas de interação, visando facilitar o entendimento e promover um espaço de discussão e troca de saberes. O número de participantes em cada grupo variava em torno de 5 a 10 gestantes por encontro. Os grupos eram realizados em parceria com enfermeiras, dentistas e também outros profissionais do NASF, como a assistente social da equipe, contribuindo para uma maior riqueza nas trocas e ampliando o conhecimento construído nos encontros. Ao final de cada grupo era realizado um lanche coletivo, criando um ambiente de descontração e possibilitando um espaço de interação e confraternização entre os profissionais e as usuárias. Resultado: A partir das experiências e vivências proporcionadas pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica, é possível perceber que a atuação fonoaudiológica tem contribuído para a realização das atividades coletivas de orientação, promoção de saúde e prevenção de agravos, a partir da realização dos grupos de gestantes, dando contribuição na educação em saúde da população usuária das Unidades de Saúde da Família, permitindo uma maior integralidade do cuidado aos usuários do Sistema Único de Saúde. Desse modo, as atividades realizadas na área de Fonoaudiologia têm contribuído positivamente e percebeu-se um impacto das temáticas trabalhadas junto as gestantes, promovendo nas mesmas uma reflexão e um melhor entendimento a respeito de aspectos fundamentais para um adequado desenvolvimento do bebê, o que pôde-se observar pela participação das gestante por meio de dúvidas e comentários que surgiam ao longo dos encontros. A experiência possibilitou orientar as gestantes a respeito de aspectos que possivelmente não seriam trabalhados com as usuárias durante os períodos do pré-natal ou puerpério, como por exemplo o desenvolvimento da comunicação da criança, que muitas vezes é negligenciado, não sendo priorizado e valorizado perante a outras temáticas consideradas mais importantes pelos profissionais das equipes. E considerando o restrito número de fonoaudiólogos inseridos na atenção primária, a utilização de práticas coletivas como os grupos potencializa a oferta do cuidado, possibilitando o alcance de um maior número de usuários, como também uma rica troca de saberes. Considerações finais: A experiência aqui relatada apresentou relevância na promoção de saúde e resultados satisfatórios junto as gestantes usuárias das equipes, demonstrando uma possibilidade de atuação para os fonoaudiólogos inseridos na atenção primária à saúde como membros das equipes de NASF-AB. Ressalta-se que além das temáticas aqui citadas, outras diversas poderiam ser trabalhadas considerando o saber fonoaudiológica, como saúde auditiva, hábitos orais deletérios, transição alimentar/recusa alimentar, estimulação de linguagem, cognição e motricidade orofacial dos bebês, dentre outros. Um aspecto importante a ser considerado também é a construção das atividades em parceria com outros profissionais das equipes, permitindo uma maior integração, ampliação de saberes e integralidade do cuidado, buscando a melhoria de serviços em saúde oferecidos à população.

9127 RODAS DE GESTANTES E CASAIS GRÁVIDOS COMO FORMA DE CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CUIDADO
MARCELA LUZ SACRAMENTO, ALIANE GUIMARAES CUNHA, LAIS TEIXEIRA DA SILVA ALMEIDA, ANA PAULA ASSUNÇÃO MOREIRA

RODAS DE GESTANTES E CASAIS GRÁVIDOS COMO FORMA DE CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CUIDADO

Autores: MARCELA LUZ SACRAMENTO, ALIANE GUIMARAES CUNHA, LAIS TEIXEIRA DA SILVA ALMEIDA, ANA PAULA ASSUNÇÃO MOREIRA

Apresentação: O Águas de Parto é uma equipe de acompanhamento de casais grávidos que desejam ter seus partos com amor e respeito seja no hospital ou em casa, formado por três enfermeiras obstetras/parteiras urbanas, uma doula e uma psicóloga, tendo sua sede em parceria com um espaço de terapias holísticas em Salvador (BA). Nosso trabalho busca ter uma visão holística da gestação, trabalho de parto, parto e pós parto. É através de um cuidado respeitoso e amoroso que acreditamos que os bebês devem chegar ao mundo. Desenvolvimento: Realizamos rodas de gestantes e casais grávidos mensalmente, com temas abertos ou previamente estabelecidos, atendendo às curiosidades e questionamentos do público. O presente trabalho visa relatar a experiência da roda “Parto normal e cesárea: mitos e verdades”. Utilizou-se uma metodologia participativa, possibilitando aos presentes discussão, reflexão, troca de saberes e construção coletiva. Escrevemos em papéis situações que poderiam indicar ou não a cesárea. Cada participante lia uma afirmação em voz alta e dizia para a roda se achava que era ou não uma indicação de cesárea, explanando seu ponto de vista. Após abrir a discussão para reflexão da(o)s participantes, esclarecíamos com base em evidências científicas qual via de parto era indicada. Resultado: Foi possível perceber que as gestantes e seus companheiros apresentam muitas dúvidas quanto a via de parto correta para as situações apresentadas, e que por vezes estavam cercadas (os) por diversos mitos que permeiam o imaginário coletivo. Considerações finais: A avaliação final da atividade deixa claro a constante necessidade de se investir em educação em saúde, para que gestantes e casais grávidos estejam empoderados na escolha da via de parto desejada, não sendo levados erroneamente a um tipo de parto sob falso pretextos, participando ativamente do processo de tomada de decisão.

9886 A IMPORTÂNCIA DO FERRO E A FORTE RESISTÊNCIA DAS GESTANTES NA ADESÃO A SUPLEMENTAÇÃO FRENTE A QUESTÕES CULTURAIS E SOCIAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Adriana da Silva Zurra, Maria Adriana Moreira, Joel de Fátimo Chagas dos Santos

A IMPORTÂNCIA DO FERRO E A FORTE RESISTÊNCIA DAS GESTANTES NA ADESÃO A SUPLEMENTAÇÃO FRENTE A QUESTÕES CULTURAIS E SOCIAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Adriana da Silva Zurra, Maria Adriana Moreira, Joel de Fátimo Chagas dos Santos

Apresentação: A anemia por carência de ferro é a deficiência nutricional mais prevalente em  gestantes, principalmente nas localidades com vulnerabilidade socioeconômica, onde manter uma dieta rica deste mineral não é tarefa fácil. Sabe-se que durante a gravidez, ocorre um aumento significativo na demanda metabólica  pelo ferro,  decorrente  da necessidade de uma maior produção de hemácias nas gestantes, além de ser essencial para a formação do Sistema Nervoso Central (SNC), do feto, mediante síntese de enzimas envolvidas no metabolismo cerebral. Objetivo: O presente trabalho procura relatar a experiência de uma enfermeira que atua na Atenção Básica de Saúde (ABS), no município de Tefé, interior do Amazonas, frente a essa problemática e a dificuldade das gestantes em aderir a suplementação de ferro durante o período gestacional. Desenvolvimento: Estudos apontam que  gestantes  apresentam  queda na absorção do  ferro  no  primeiro trimestre. Visto isso, ao receber mulheres para inscrição de pré-natal nas primeiras doze semanas gestacional é comum os níveis de hemoglobina encontrar-se abaixo do referencial. Diante do exposto, de imediato é orientado que as mesmas procurem aumentar a ingestão de alimentos ricos em ferro, como: carne vermelha, vegetais verde-escuro e leguminosas e também iniciarem suplementação de 40 mg/dia mediante ingestão de medicamento alopático. Resultado: No entanto, é notável a forte resistência de grande maioria das gestantes em iniciar e dar continuidade a suplementação de ferro mesmo apresentando-lhes os resultados dos exames laboratoriais conferindo tal deficiência e acompanhado de sintomas, como: icterícia, fadiga, tontura e apatia. Apesar de buscar  explicar os benefícios para a mãe e para o feto, ainda existe culturalmente a ideia de que o medicamento deixará a criança "escurinha", que a boca fica amarga e "afeta" o fígado, principalmente quando o medicamento se apresenta na forma de soluções. Considerações finais: Buscando assim, maximizar a adesão a suplementação de ferro e diminuir os efeitos negativos dessa deficiência tanto para a mãe quanto para o feto, é importante intensificar os cuidados com o objetivo de sensibilizá-las sobre a importância desse mineral na dieta, realizando as orientações nas consultas de pré-natal e educação em saúde nas rodas de gestantes. Outra abordagem é orientar que as mesmas venham a ingerir o medicamento na forma farmacêutica de comprimidos revestidos, junto as principais refeições, afim de desmistificar a ideia cultural de que a suplementação venha interferir na cor da pele do bebê e também ocasionar problemas no fígado.

9943 O USO DO APLICATIVO WHATSAPP COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DURANTE O PRÉ-NATAL
Paula Andreza Viana Lima, Rodrigo Damasceno Costa, Mariana Paula da Silva, Tainan Fabrício da Silva, Natalie Kesle Costa Tavares, Vanessa de Oliveira Gomes, Abel Santiago Muri Gama, Valdenora Patricia Rodrigues Macedo

O USO DO APLICATIVO WHATSAPP COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DURANTE O PRÉ-NATAL

Autores: Paula Andreza Viana Lima, Rodrigo Damasceno Costa, Mariana Paula da Silva, Tainan Fabrício da Silva, Natalie Kesle Costa Tavares, Vanessa de Oliveira Gomes, Abel Santiago Muri Gama, Valdenora Patricia Rodrigues Macedo

Apresentação: A gestação é um fenômeno fisiológico na mulher que consiste na geração de um novo ser para a perpetuação da espécie humana. Este fenômeno acarreta várias modificações fisiológicas, anatômicas e bioquímicas no organismo da gestante e ocorre geralmente durante três trimestres de gestação. Nesse processo certos cuidados devem ser realizados para que a gravidez ocorra sem intercorrências e complicações e com isso recomenda-se que a mulher inicie o pré-natal logo que descubra a gravidez. O pré-natal pode ser iniciado na unidade básica de saúde do bairro da gestante e consiste em um conjunto de consultas e assistências feitas por profissionais da saúde para garantir uma gestação saudável e um parto com um mínimo de riscos tanto para mãe quanto para o bebê. Dentre os profissionais que prestam assistência no pré-natal, destaca-se o enfermeiro que é um dos principais responsáveis pelo acolhimento e acompanhamento das gestantes, no qual este tem importante papel de orientar, diagnosticar e tratar problemas de saúde (de acordo com as normas institucionais) que podem surgir ou serem identificados durante o período gestacional. Sobre a orientação, a educação em saúde releva-se com uma das principais ferramentas da assistência de enfermagem para a manutenção e promoção da saúde das mulheres no período gravídico, onde muitos profissionais utilizam os recursos tecnológicos para realizar essas atividades e facilitar o aprendizado. Partindo desse contexto este trabalho apresenta as experiências e percepções de acadêmicos de enfermagem ao realizar atividades educativas de saúde através da rede social WhatsApp para as gestantes do município de Coari - Amazonas durante o pré-natal. Dessa forma este trabalho tem como objetivo descrever as vivências e percepções de estudantes de enfermagem sobre a realização de atividades de educação em saúde por meio do aplicativo WhatsApp para as gestantes de Coari – Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, na modalidade relato de experiência, vivenciado por alunos de enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), durante as atividades de educação em saúde, realizadas para gestantes do município de Coari-Amazonas. Estas vivências ocorreram no período de março a junho de 2019, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Chico Enfermeiro, localizada no bairro Chagas Aguiar da cidade de Coari, Estado do Amazonas. As educações em saúde foram realizadas para atender um dos componentes curriculares do curso de Enfermagem, intitulado: Estágio Curricular Supervisionado II, com carga horária total de 420 horas. As educações em saúde eram realizadas por meio do aplicativo WhatsApp, onde foi construído um grupo por meio dessa ferramenta que continha o contato das grávidas que estavam fazendo o pré-natal na unidade e diariamente textos, vídeos e imagens com temáticas direcionadas aos cuidados no período gestacional, puerperal e com o recém nascido eram enviados neste grupo. O relato foi baseado conforme as observações e anotações dos discentes de enfermagem feitas durante a aplicação dessa metodologia em sua assistência. O estudo não foi submetido à apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de um relato de experiência, porém foram assegurados e respeitados os preceitos éticos na apresentação dos dados. Resultado: Utilizar o aplicativo whatsaap para realizar as atividades de educação em saúde para as gestantes mostrou-se para os discentes de enfermagem como um método eficaz na assistência de enfermagem voltada para as gestantes, tendo em vista a facilidade de fornecer orientações a esse público no dia a dia, além de cumpri uma das principais competências de enfermagem na atenção básica de saúde que é a prevenção e a promoção da saúde. Os dados e os materiais digitais fornecidos no site e nas redes sociais do Ministério da Saúde, segundo os alunos foram fundamentais para realizar as atividades educativas no grupo WhatsApp e fornecer dados fidedignos sobre os cuidados para as gestantes. Para os discentes de enfermagem os vídeos e as imagens informativas com linguagem acessível ao público foram os recursos audiovisuais que mais facilitaram os aprendizados sobre os cuidados que devem ser feitos pela mãe e para o bebê. Os assuntos abordados no grupo foram a importância da consulta de pré-natal, alimentação saudável, prática de exercícios físicos, higiene bucal, sexualidade na gestação, amamentação, cuidados com o recém nascido e outros. O grupo de WhatsApp tornou-se um espaço de construção de saberes onde através da dúvida de uma gestante, as demais encorajavam-se a perguntar e partilhar experiências no grupo, momento este muito importante, pois esse tipo de atitude minimizava muita das dúvidas e mitos entre as gestantes, como também auxiliavam os discentes a identificarem as principais condutas ou pensamentos incorretos que precisavam ser trabalhadas durante o pré-natal. Essa metodologia de acordo com os discentes de enfermagem estreitou cada vez mais o vínculo entre eles e as grávidas, no qual as mais tímidas que não gostavam de expor suas dúvidas no grupo, enviavam as mensagens no privado para os estudantes, mostrando com isso a confiança que as mesmas tinham nas assistências prestadas pelos futuros enfermeiros. A implementação dessa metodologia para as gestantes obteve, conforme a percepção dos alunos obteve uma boa aceitabilidade por elas, no qual as mesmas permaneceram no grupo depois de adicionadas e participavam ativamente nas conversas de educação em saúde, no entanto, apesar desse  método ter seus pontos positivos, infelizmente nem todas as gestantes que realizavam o pré-natal na unidade participavam do grupo, haja vista que algumas gestantes não tinham aparelho celular para interagir pelo aplicativo, restringindo-se com isso apenas as orientações disponibilizadas nas consultas de pré-natal ou nas atividades de educação  realizadas nas dependências da USB. Dessa forma, a inserção de uma estratégia diferenciada na assistência de enfermagem para as gestantes segundo os alunos tornou-se uma experiência enriquecedora durante o período de aulas práticas, revelando a importância da realização atividades de educação em saúde para as gestantes e a possibilidade de inovar ao realizá-las. Considerações finais: Portanto as educações em saúde, realizadas por meio do grupo de WhatsApp mostraram-se viáveis para a orientação e o acompanhamento das gestantes, onde essas experiências para os alunos de enfermagem foram fundamentais na sua formação, tendo em vista que estes puderam participar ativamente na organização e realização dessas atividades via WhatsApp, onde fica como dica para outros enfermeiros a viabilidade de aplicar essa tática em outras unidades de saúde, tornando-se um diferencial na assistência voltada as mulheres no período gravídico.

10085 PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS PARA A RECOMENDAÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS DURANTE A GRAVIDEZ
Camila Miranda Ventura de Oliveira, Jaqueline Teresinha Ferreira, Mayara Cassimira de Souza

PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS PARA A RECOMENDAÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS DURANTE A GRAVIDEZ

Autores: Camila Miranda Ventura de Oliveira, Jaqueline Teresinha Ferreira, Mayara Cassimira de Souza

Apresentação: O incentivo às gestantes para iniciar uma prática regular de atividades físicas orientam as mesmas a adotar uma atividade ideal para seu estilo, perfil e condições clínicas determinando que a princípio as mesmas obtenham a autorização médica. Diversos profissionais vêm propondo atividades físicas direcionadas a este público a fim de popularizar e tornar a prática mais aceitável na rotina das gestantes. Contudo, esbarramos em uma questão: a representação da biomedicina sobre o corpo gravídico e seus pressupostos baseados em discursos de riscos que limitam ou impedem este acesso. Desenvolvimento: Foi realizada uma análise documental a respeito deste assunto, que orienta as recomendações médicas de atividades físicas às gestantes. Este estudo foi desenvolvido durante o Mestrado em Saúde Coletiva do IESC/UFRJ e faz parte de uma pesquisa socioantropológica sobre o universo da Ginecologia e Obstetrícia. A análise possui como fonte primária documentos médicos publicados no século XXI. O critério de escolha considerou o reconhecimento destes autores na área de Ginecologia e Obstetrícia. Resultado: A ideia central que orienta os nossos argumentos deriva de uma análise do livro-texto "Atividades Físicas na Gravidez e no Pós-parto", organizado por Zugaib e Lopes (2009). Identificamos no conteúdo do livro-texto uma percepção profissional que transforma a gestante em uma “paciente de risco” (Lupton), a partir de um intenso debate ao redor de sintomas, que devem ser tratados ou evitados durante a gestação. Isto acaba por limitar, impedir ou restringir o acesso desta mulher à prática de atividades físicas. Embora o conteúdo do livro-texto tenha sido produzido por profissionais que defendem a prática de atividades físicas durante a gestação, observamos que os critérios para autorização estão baseados em protocolos internacionais repletos de dissensos médicos. Alguns destes permitem a prática durante o primeiro trimestre gestacional e após avaliação médica, enquanto outros restringem e liberam somente a partir do segundo trimestre gestacional e após avaliação médica. Considerações finais: Identificamos que as recomendações médicas sobre a prática de atividades físicas durante a gestação fundamentam-se em percepções de risco para a grávida, desta maneira, interferem no direito de escolha de atividades físicas, de lazer e no uso do corpo como um todo. Os próprios representantes da área médica vêm reivindicando consensos mínimos e mais evidências científicas a fim de tornar o tema menos obscuro.

10743 OFICINA ACERCA DAS MODIFICAÇÕES GRAVÍDICAS: UM ESPAÇO DE TROCAS E APRENDIZADOS
MARCELA LUZ SACRAMENTO, Jaqueline Alves Pires, Daianne Teixeira Soares, Fanny Eichenberger Barral, Natalia Webler, Gleice de Oliveira Santos, Patricia Santos de Oliveira, Telmara Menezes Couto

OFICINA ACERCA DAS MODIFICAÇÕES GRAVÍDICAS: UM ESPAÇO DE TROCAS E APRENDIZADOS

Autores: MARCELA LUZ SACRAMENTO, Jaqueline Alves Pires, Daianne Teixeira Soares, Fanny Eichenberger Barral, Natalia Webler, Gleice de Oliveira Santos, Patricia Santos de Oliveira, Telmara Menezes Couto

Apresentação: O Grupo de Estudos sobre a Saúde da Mulher no Período Puerperal é um grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Federal da Bahia e conta como membros além de docentes, discentes da graduação, discentes voluntárias (os), pós-graduados, profissionais de saúde e egressos da Escola de Enfermagem. Além das atividades de pesquisa, o grupo realiza, atividades de ensino e extensão, dentre elas as oficinas na Casa da Gestante, da Maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Baia (MCO-UFBA). Desenvolvimento: Após uma breve apresentação individual e do grupo de estudantes que participaram e organizaram a oficina, houve a assinatura de termos de autorização do uso de imagens e uma dinâmica de relaxamento conduzida pelo educador físico da Maternidade. A dinâmica utilizada na oficina foi a da “caixa surpresa”. Uma participante entregou um rolo de lã para uma gestante e explicou que ela deveria entrega-lo para aquela que estivesse ao seu lado e aquela que o recebesse deveria fazer o mesmo com a gestante seguinte e assim, sucessivamente, enquanto estivesse tocando a música escolhida. No momento em que a música fosse pausada, a gestante, com os olhos fechados, deveria pegar um item da caixa e dizer para as demais a relação do mesmo com as modificações do corpo que ocorrem durante a gestação. Resultado: A primeira gestante pegou a imagem de um pulmão e o associou à falta de ar durante o período, sendo consenso entre as demais. Para complementar, as discentes informaram que a fadiga na gravidez é comum devido ao peso da barriga com o passar dos meses e à oxigenação do bebê, a qual também é dependente da respiração materna, demandando por mais trocas gasosas para suprir a demanda. A seguinte pegou um preservativo e o associou ao sexo na gestação, relatando o medo por conta de um aborto prévio. O item também foi associado à realização dos testes rápidos durante o pré-natal. Como complemento, as discentes ressaltaram os benefícios da prática sexual durante a gestação, de forma a desmistificar os tabus em torno da mesma. Associado a isso instruíram as mulheres quanto a importância da higienização da região genital após o sexo, evitando infecções urinárias. Em seguida, o item retirado foi um conjunto de imagens de frutas, legumes e verduras, o qual foi associado pelas gestantes à alimentação saudável na gestação. Quanto a isso a opinião das participantes se manteve superficial, sendo complementada pelas discentes, as quais ressaltaram os seus benefícios para prevenção da hipertensão e diabetes gestacional, bem como para evitar desconfortos gastrintestinais comuns na gestação, como náuseas, azia e constipação. Além disso, foram informadas sobre a importância de evitar bebidas gaseificadas e comidas oleosas/ gordurosas e industrializadas, bem como de alimentar-se em intervalos pequenos, evitando longos períodos sem comer e refeições em grandes porções. O quarto item foi a imagem de um coração, juntamente com um pacote de lenços, os quais foram associados à hipertensão, às preocupações e à sensibilidade da mulher durante o período gestacional. As discentes complementaram falando sobre a importância de uma alimentação balanceada e de exercícios físicos para prevenir a hipertensão durante a gestação. Foi compartilhada também informações acerca da influência dos hormônios nos sentimentos e emoções durante a gestação. A sexta gestante pegou a imagem de um útero e o canal vaginal, esta relatou as mudanças que ocorrem no tamanho, forma dos órgãos e às contrações do trabalho de parto. As discentes complementaram elucidando a anatomia e a fisiologia do útero. Foram também sanadas dúvidas sobre as contrações, sendo explicado como e por qual motivo as mesmas ocorrem e a sua importância para o parto. Em seguida, o item pego foi uma caixa de medicamento, o qual levou as mulheres a associa-la às restrições medicamentosas durante a gestação, assim como à infecção urinária. Às discentes reforçaram a importância de buscar orientação médica antes de automedicar-se, uma vez que existem restrições de medicamentos durante o período da gestação, sendo, inclusive, alguns fármacos de efeito teratogênico. Posteriormente, a gestante seguinte pegou na caixa o item que remetia à dor, o qual foi associado às dores nas costas, ao sedentarismo e às formas de sentar-se e deitar-se, buscando melhor acomodar a barriga à medida que aumentava de tamanho. As discentes reforçaram a importância dos exercícios físicos durante a gestação, os quais diminuem as chances da mulher sofrer com tais dores; indagaram quanto às dores nas pernas, sendo unanimidade entre as mulheres, as quais foram informadas em seguida quanto à importância de repousar com os membros inferiores elevados; e orientaram as mulheres sobre a importância de levantar-se com cautela, principalmente se estiver deitadas, ensinando que deve primeiro vira-se de lado, apoiar-se e, em seguida, se levantar. O oitavo item foi o desenho das mamas, sendo este associado à amamentação, além de ser relatada acentuação da dor, sensibilidade e coloração na região mamilar. As estudantes complementaram enfatizando a importância de preparar os seios para a amamentação. O item seguinte foi uma garrafa de água, associado pelas gestantes ao leite materno, ao líquido amniótico e à infecção urinária. As acadêmicas reforçaram a importância de hidratar-se sempre, principalmente durante a gestação, favorecendo a produção de leite e evitando a infecção urinária neste período gravídico. A décima gestante retirou uma pequena garrafa de licor, associando-a à proibição do consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação, sendo necessário apenas reforçar os prejuízos deste hábito para o bebê. O penúltimo item selecionado foi um calçado, sendo este associado aos edemas e inchados em membros inferiores. As discentes aproveitaram para sinalizar sobre os cuidados necessários para prevenir esse quadro, como a prática de exercícios físicos, a ingesta líquida e a elevação dos membros. As estudantes aproveitaram para fazer uma associação do objeto ao conforto, ressaltando a importância de escolher calçados e vestimentas que permitam que a gestante esteja confortável. O décimo segundo item foi um coletor de urina, o qual foi associado ao aumento da frequência urinária durante a gestação. Para complementar as discentes explicaram que o fenômeno é decorrente da compressão da bexiga pelo bebê e enfatizaram a importância de não adiar a ida ao banheiro, sendo necessário esvaziar por completo a bexiga sempre que houver necessidade, evitando a permaneça de resíduo de urina na cavidade do órgão, o que pode resultar em infecção urinária. Por fim, uma participante pegou uma pequena caixa que estava escondida, solicitou que uma das gestantes abrisse, mostrasse para as demais os objetos e dissesse a qual modificação gravídica eles estavam associados. Dentro da mesma havia itens de beleza como maquiagem e acessórios, os quais foram associados pelas mulheres à autoestima, sendo ressaltados por elas a importância de sentir-se bem e manter a autoestima elevada durante o período gravídico. Considerações finais: Como forma a encerrar a oficina, uma das acadêmicas solicitou que as gestantes resumissem a oficina em apenas uma palavra, emergiram as seguintes: “gratificante”, “aprendizado”, “relaxante”, “troca” e “experiência”. Assim, as gestantes, de forma geral, agradeceram pela atividade e relataram satisfação com a mesma, sendo esta vista como produtiva e proveitosa para todas. Diante disso, acreditamos que a realização de oficinas com mulheres que estão no período gravídico, constituem-se uma importante ferramenta que possibilita o compartilhamento de saberes, assim como de aprendizados

11554 AS RELAÇÕES ENTRE PROFISSIONAIS E GESTANTES DURANTE O PRÉ-NATAL: UM ESTUDO DE REDES SOCIAIS
Tatiana Cabral da Silva Ramos, Caroline Nascimento Leite, Bruna Lopes Saldanha, Helena Maria Scherlowski David, Cassia Batista

AS RELAÇÕES ENTRE PROFISSIONAIS E GESTANTES DURANTE O PRÉ-NATAL: UM ESTUDO DE REDES SOCIAIS

Autores: Tatiana Cabral da Silva Ramos, Caroline Nascimento Leite, Bruna Lopes Saldanha, Helena Maria Scherlowski David, Cassia Batista

Apresentação: O cuidado pré-natal inclui a prevenção, a promoção e o tratamento de problemas que possam ocorrer durante a gestação e após o parto nos quais a qualidade da assistência oferecida estão relacionadas à adesão do acompanhamento pela gestante. Este estudo teve como objetivo:  compreender a repercussão das relações estabelecidas nas redes sociais das gestantes acompanhadas na Estratégia de Saúde da Família e descrever as configurações das mesmas. O mesmo buscou apreender as relações sociais das gestantes por meio de uma abordagem qualitativa, com base na análise de conteúdo temático-categorial, articulada a recursos do método de Análise de Redes Sociais (ARS) para a construção das Redes. Foram entrevistadas 11 gestantes em acompanhamento na Estratégia de Saúde da Família, em duas unidades distintas de atenção primária à saúde de um município da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, tendo como critérios de inclusão ter no mínimo 18 anos, estar em acompanhamento pré-natal na unidade em qualquer idade gestacional e ter passado por pelo menos uma consulta, como critério de  exclusão ser gestante de alto risco. Utilizou-se a técnica de entrevista semiestruturada para coleta de informações. Foram utilizados os softwares UCINET, NETDRAW e GEPHI para a análise de redes sociais. Após análise das entrevistas foram geradas as seguintes categorias: acesso e disponibilidade de serviços; a rede primária das gestantes e as questões familiares; a configuração da rede secundária das gestantes. O estudo das redes sociais das gestantes possibilitou compreender que a rede primária demonstra potencial influência durante o processo do pré-natal, sendo mais acionadas figuras do sexo feminino, configurando uma baixa participação do companheiro no acompanhamento. As redes secundárias mostraram sua relevância a partir do vínculo de confiança estabelecido entre as gestantes e os profissionais das ESF, especificamente médicos e enfermeiros, com participação incipiente do agente comunitário de saúde. Conclui-se que estudar as redes sociais das gestantes permite vislumbrar o potencial da estrutura das redes para o cuidado pré-natal, assim como evidencia limites das equipes e do sistema de saúde para a efetivação do cuidado. 

6661 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À UMA PACIENTE GRAVÍDICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Rosália cardoso da Silva, Ana Júlia Góes Maués, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Clara Helena Corrêa Silva, Luana Gomes de Lima, Rebeca Prata Meireles, Fernanda Cristina Silva da Silva, Ingrid Magali Souza Pimentel

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À UMA PACIENTE GRAVÍDICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rosália cardoso da Silva, Ana Júlia Góes Maués, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Clara Helena Corrêa Silva, Luana Gomes de Lima, Rebeca Prata Meireles, Fernanda Cristina Silva da Silva, Ingrid Magali Souza Pimentel

Apresentação: Estudos recentes mostraram que o índice de massa corporal pré-concepcional materno elevado está associado a um aumento do risco de complicações maternas a curto e em longo prazo, fetais e neonatais. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na sistematização da assistência de enfermagem a uma paciente gravídica com obesidade. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo, relato de experiência, desenvolvido a partir de vivências durante as aulas práticas de obstetrícia, com uma paciente em uma enfermaria de um hospital de referência obstétrica de Belém. Utilizou-se da Sistematização da Assistência de Enfermagem para a elaboração de um plano de cuidados contendo diagnósticos, resultados e prescrições de enfermagem. Resultado: Durante a visita de enfermagem realizada pelas acadêmicas percebeu-se que a paciente encontrava-se consciente, orientada, calma, eupneica, normocárdica, normoesfígmica, normocorada. Relatava vômito, azia e sentir fome, mas não conseguia se alimentar. Relatava que seu padrão de sono e repouso estava preservado, nutrição alterada, diurese e evacuação presentes e espontâneas. Utilizando essas informações coletadas traçaram-se inicialmente dois diagnósticos de enfermagem, um real (Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais) e um de risco (Risco de desequilíbrio eletrolítico). Considerações finais: A sistematização da assistência de enfermagem a esta paciente auxiliou na melhora do cuidado, identificando suas demandas específicas para que assim fosse realizado intervenções eficazes e direcionadas. Nota-se que a paciente tinha uma comorbidade que impactava diretamente na sua gestação, e com a aplicação da SAE foi possível prestar um cuidado de qualidade, buscando nas bases científicas o conhecimento necessário para sua evolução de forma positiva, tornando o cuidado da enfermagem mais completo, garantindo também um cuidado integral.