368: Cuidar de quem cuida: o olhar para saúde do cuidador e dos profissionais da saúde | |
Debatedor: Ana Paula Massadar Morel | |
Data: 29/10/2020 Local: Sala 03 - Rodas de Conversa Horário: 13:30 - 15:30 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
11327 | LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DOS TRABALHADORES DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE CONSOLAÇÃO – VITÓRIA/ES Syérlenn Veronez Muniz, Raíssa Olegário Aguiar Pavesi, Fernando Zanela da Silva Arêas, Mariana Ribeiro de Souza, Lívia Bollis Campagnato, Milena Siqueira Maia, Renan Mozer Grassi, Gabriela Vigorito Magalhães LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DOS TRABALHADORES DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE CONSOLAÇÃO – VITÓRIA/ESAutores: Syérlenn Veronez Muniz, Raíssa Olegário Aguiar Pavesi, Fernando Zanela da Silva Arêas, Mariana Ribeiro de Souza, Lívia Bollis Campagnato, Milena Siqueira Maia, Renan Mozer Grassi, Gabriela Vigorito Magalhães
Apresentação: O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. O fundamento de suas ações está voltado para analisar e intervir nas relações de trabalho que provocam doenças e agravos. Os trabalhadores, em função de sua inserção no processo de trabalho, estão expostos há diversos riscos ambientais e organizacionais. Dessa forma há uma necessidade de ampliar a assistência ofertada a esses indivíduos na medida em que passa a olhá-los como sujeitos a um adoecimento específico que exige estratégias - também específicas - de promoção, proteção e recuperação da saúde. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é investigar o perfil de saúde dos trabalhadores de uma unidade básica de saúde (UBS) a fim de futuramente criar propostas de prevenção de doença e de promoção de saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo realizado pelo Grupo Tutorial PET Interprofissionalidade (EIP) da UBS Consolação - Vitória (ES) com o servidores da mesma unidade, no período de junho à setembro de 2019. Foi realizada entrevista com os servidores que aceitaram em participar por um entrevistador, estudante do PET EIP, nas dependências da unidade, sem um local fixo. Os entrevistados responderam a 4 perguntas, relacionadas à profissão; à alguma condição de saúde que surgiu após o início do trabalho na unidade, e sobre suas percepções em relação à sua rotina de trabalho e alimentação. Após a coleta dos dados, estes foram tabulados com o auxílio do Microsoft Excel 2010. Resultado: No total foram entrevistados 64 dos 78 trabalhadores da UBS, compreendendo profissionais da área da saúde (51), da área administrativa (6), da equipe de segurança (4) e de limpeza (3). Dentre as queixas de saúde referidas pelos trabalhadores (68), a mais citada foi a dor (59; 87%). Em relação às condições de saúde relatadas, as lesões osteomioarticulares foram as mais mencionadas (45%), seguido pelos transtornos mentais (33%). Dentre as condições de saúde citadas pelos trabalhadores da UBS, a tendinite em ombro, hérnia de disco e estresse foram as mais prevalentes. Considerações finais: De acordo com os resultados obtidos identificamos que a existência das queixas associadas às condições de saúde dos trabalhadores são relevantes e necessitam de atenção a fim de promover melhor qualidade de vida para os servidores, podendo afetar positivamente no desempenho profissional dos mesmos. A abordagem em EIP permite um olhar diferenciado sobre a saúde do trabalho e surge como estratégia positiva de metodologia de trabalho em saúde. |
8121 | CUIDANDO DE QUEM CUIDA: O LAZER NA PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UMA UTI Martin Dharlle Oliveira Santana, Ana Paula Machado Silva, Bárbara Carvalho de Araújo, Bruno Costa Silva, Vitor Pachelle Lima Abreu, Alderise Pereira da Silva Quixabeira, Ruhena Kelber Abrão Ferreira CUIDANDO DE QUEM CUIDA: O LAZER NA PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UMA UTIAutores: Martin Dharlle Oliveira Santana, Ana Paula Machado Silva, Bárbara Carvalho de Araújo, Bruno Costa Silva, Vitor Pachelle Lima Abreu, Alderise Pereira da Silva Quixabeira, Ruhena Kelber Abrão Ferreira
Apresentação: Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é promovida uma assistência voltada para pacientes graves, porém recuperáveis, mas que necessitam de cuidados e intervenções especializadas, levando os profissionais de saúde, principalmente os da equipe de enfermagem, para uma jornada de trabalho prolongada, impedindo-os, muitas vezes, de buscarem o lazer como uma medida de descanso. O lazer atualmente é visto como uma característica individual da pessoa, apresentando assim, variações necessárias para proporcionar a construção de momentos atenuantes para um descanso físico, mental, social e espiritual. O uso adequado de atividades de lazer desencadeia a melhoria da utilização de processo de trabalho, convívio familiar e de atributos sociais. O profissional que realiza atividades de lazer consegue executar a assistência de forma prazerosa e com excelência fazendo com que o paciente melhore seu quadro clínico de forma mais célere, proporcionando estratégias eficazes no processo saúde e doença destes. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar o lazer na percepção da equipe de enfermagem da UTI no Hospital Geral de Palmas, Tocantins. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cunho descrito e explicativo. Serão pesquisados os Técnicos em Enfermagem e os Enfermeiros, lotados na Unidade de Terapia Intensiva Adulta e Pediátrica no Hospital Geral de Palmas. A amostra foi calculada por meio de uma margem de erro de 5% sobre o total de 35 profissionais da equipe de Enfermagem, delimitando assim, 31 atuantes nesse setor. Através da análise em bases de dados, nota-se que a equipe de Enfermagem na maioria dos casos, precisam de dois ou mais empregos para manter uma renda desejada, com a rotina de trabalho longa, as atividades de lazer ficam deixadas de lado, levando a um cansaço físico e emocional. Portanto, além da necessidade de se conhecer a percepção desses profissionais sobre o lazer, será importante também analisar como essa prática pode favorecer na assistência prestada aos pacientes. |
6565 | A ATIVIDADE FÍSICA COMO LAZER NA PROMOÇÃO DE SAÚDE DOS PROFISSIONAIS EM SAÚDE Alderise Pereira da Silva Quixabeira, Bárbara Carvalho de Araújo, Bruno Costa Silva, Ana Paula Machado Silva, Vitor Pachelle Lima Abreu, Martin Dharlle Oliveira Santana, Ruhena Kelber Abrão Ferreira A ATIVIDADE FÍSICA COMO LAZER NA PROMOÇÃO DE SAÚDE DOS PROFISSIONAIS EM SAÚDEAutores: Alderise Pereira da Silva Quixabeira, Bárbara Carvalho de Araújo, Bruno Costa Silva, Ana Paula Machado Silva, Vitor Pachelle Lima Abreu, Martin Dharlle Oliveira Santana, Ruhena Kelber Abrão Ferreira
Apresentação: Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados parciais da pesquisa de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciência e Saúde (PPGECS/UFT), insere-se na linha de pesquisa Educação em Saúde. Neste trabalho pesquisamos os profissionais em saúde do Hospital Regional de Miracema do Tocantins, TO. Diante de todo o contexto elucidado, apresenta-se como problema que norteia esta investigação. Quais as atividades físicas enquanto lazeres contribuem para melhoria do desempenho dos profissionais em saúde pesquisados. A partir desse questionamento o objetivo é verificar quais as contribuições da atividade física como lazer na promoção da saúde física dos profissionais em saúde, buscando entender as influências para o desenvolvimento profissional dos sujeitos pesquisados. Para atender os objetivos propostos, o trabalho esta sendo desenvolvido em uma linha crítica de investigação e abordagem, para tanto, adota-se a abordagem quantitativa e qualitativa, em que a realização da pesquisa utiliza-se a análise bibliográfica, documental e pesquisa de campo com aplicação de questionário. Para produção da dissertação temos como coleta de dados as respostas obtidas por meio da aplicação do questionário contendo cinco questões fechadas e cinco abertas. Ao que se refere a análise documental serão utilizados os dossiês dos servidores pesquisados além de documentos oficiais voltados para área da saúde, no âmbito nacional, estadual e regional. Ao que tange ao estudo bibliográfico, teremos como principais teóricos: Poliseni e Ribeiro (2014); Castellón e Pino (2003); Silva (2012), dentre outros. Por fim, acreditamos que a atividade física como lazer pode ser realizada com o intuito de melhorar o desempenho profissional dos sujeitos pesquisado. |
7206 | CUIDAR DE QUEM CUIDA: UMA EXPERIÊNCIA COM TÉCNICOS EM ENFERMAGEM Ana Hirley Rodrigues Magalhães, Lorena Lima Paiva, Stephany dos Santos Nunes, Percy Antonio Galimbertti Catanio, Idia Nara de Sousa Veras, Luciana dos Santos Brandão de Carvalho, Ingrid Cavalcante Tavares Balreira, Raquel Xavier Guimarães CUIDAR DE QUEM CUIDA: UMA EXPERIÊNCIA COM TÉCNICOS EM ENFERMAGEMAutores: Ana Hirley Rodrigues Magalhães, Lorena Lima Paiva, Stephany dos Santos Nunes, Percy Antonio Galimbertti Catanio, Idia Nara de Sousa Veras, Luciana dos Santos Brandão de Carvalho, Ingrid Cavalcante Tavares Balreira, Raquel Xavier Guimarães
Apresentação: Considerando que o exercício da profissão de enfermagem requer um perfil técnico e psicológico adequado às atividades do cotidiano de trabalho, e por atuar de modo a melhorar a condição física e psicológica de pessoas, acarreta em alto nível de estresse, tornando-se necessário que os profissionais não esqueçam de si e saibam reconhecer sinais que alertem para a sobrecarga e indicar os que possam ajudá-lo. O presente relato tem por objetivo apresentar a experiência de um grupo de acadêmicos acerca de uma intervenção envolvendo a temática com um grupo de alunos do curso técnico de enfermagem de uma escola estadual do referido município. Desenvolvimento: Relato de experiência que emergiu de atividade desenvolvida na disciplina “Psicologia aplicada a Enfermagem” durante o 1° semestre do curso de graduação em Enfermagem de um Centro Universitário da rede privada de Sobral (CE), com a turma do 3° ano do curso técnico de enfermagem no ano de 2018. A priori foi analisada a perspectiva de conhecimento dos jovens acerca da sobrecarga do profissional de enfermagem. Em seguida, enfatizado a necessidade de atenção ao cuidador, que muitas vezes negligencia suas necessidades humanas básicas em prol do cuidar. Dando continuidade, os futuros técnicos pontuaram baseados em suas vivências práticas, as principais causas observadas da sobrecarga física e emocional dos profissionais e como estas podiam ser melhoradas no dia a dia do profissional de saúde. Para finalizar a ação, realizada a dinâmica do espelho, em que foi inserido um espelho dentro de uma caixa, e todos deveriam falar uma virtude e uma limitação da pessoa que estava na imagem do espelho, que na realidade era seu próprio reflexo. Resultado: Os alunos supracitados mesmo ainda não exercendo a profissão, já puderam observar em seus estágios os reflexos dessa falta de atenção com o cuidador. Pontuaram que as condições de trabalho assumem importância significativa no desempenho de suas funções e interferem diretamente no fazer profissional, contribuindo para o desgaste físico e emocional. Outro aspecto mencionado pelos alunos, diz respeito aos recursos disponíveis, tais como pessoal e material, para a realização das atividades que, na rede pública, são escassos contribuindo para a elevação da carga psíquica laboral. Relataram ainda que a maioria dos técnicos de enfermagem têm mais de um vínculo empregatício, muitas vezes por razões financeiras, o que faz com que estes disponham de pouco tempo para o lazer. Consideraram que uma boa alimentação, exercício físico e relaxamento são importantes para que o profissional tenha um bom desempenho e evita o adoecimento físico e mental no processo de cuidado. Considerações finais: A apresentação de dados epidemiológicos acerca da problemática e as discussões suscitadas na ação causaram muitos questionamentos pelos estudantes, favorecendo a reflexão da necessidade de identificação dos sinais de sobrecarga e busca de modificações em seu processo de trabalho e atividades terapêuticas. Infere-se então que o cuidado ao cuidador é um processo que deve ser realizado desde o início da formação do profissional de enfermagem, ressaltando que este precisa estar plenamente bem e saudável para cuidar de quem necessita. |
7343 | A SAÚDE DO TRABALHADOR EM UM MUNICÍPIO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Marcos André Lima Melo, Mayanne Pereira de Moura, Yane Laís Nogueira Cruz, Tamila Carolina Araújo Santos, Estela Fabrício da Silva, Vanderléia Dal Castel Sclindwein A SAÚDE DO TRABALHADOR EM UM MUNICÍPIO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Marcos André Lima Melo, Mayanne Pereira de Moura, Yane Laís Nogueira Cruz, Tamila Carolina Araújo Santos, Estela Fabrício da Silva, Vanderléia Dal Castel Sclindwein
Apresentação: Conhecer os determinantes de saúde e sua relação com os impactos relacionados às consequências do ambiente de trabalho é fator fundamental para que se elabore intervenções adequadas à população. Dessa forma, foi realizado um projeto multidisciplinar, por meio do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), com objetivo de desenvolver um campo de prática em Saúde do Trabalhador na Atenção Básica, agregando conhecimentos aos profissionais da saúde e aos acadêmicos, bem como contribuir para a notificação dos agravos relacionados ao trabalho na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada na Zona Sul de Porto Velho, Rondônia. As atividades foram realizadas no período de abril a novembro de 2019, com a supervisão da enfermeira do Núcleo de Educação Permanente (NEP) da unidade e com a participação de discentes de medicina, enfermagem e psicologia da Universidade Federal de Rondônia. Sendo assim, inicialmente, foi realizado, através de visitas semanais, uma análise situacional dos registros de agravos ao trabalhador (a) nas fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação das Doenças Relacionadas ao Trabalho (SINAN). Nesse cenário, constatou-se que ainda há uma fragilização na organização das redes de atenção de saúde no estado e que tal situação pode resultar na falha da referência aos outros níveis de cuidado aos pacientes atendido com queixas relacionadas a sua ocupação. Além disso, verificou-se também problemas nas fichas de notificações e registro, que vão desde ao preenchimento incorreto do formulário até a subnotificação desses eventos. Verificou-se também que dos 147 relatos de acidente de trabalho registrados na UPA/Sul, 123 eram de pacientes do sexo masculino e 24 do sexo feminino. Os eventos ocorreram em sua maioria em julho e outubro de 2019, com 39 notificações em cada mês, seguidas de setembro com 31 notificações. Logo, espera-se com isso poder alcançar melhorias voltadas ao aprimoramento das notificações por meio de um trabalho de educação permanente, junto aos técnicos e a comunidade, sobre os fatores determinantes do adoecimento relacionados ao trabalho, estimulando os trabalhadores no relato de problemas ou conhecimentos sobre o assunto. Por fim, será iniciada a construção de protocolos na UPA zona Sul sobre Saúde do Trabalhador para serem usados nos registros clínicos dos prontuários que auxilie o referenciamento dos pacientes atendidos com queixas laborais, para que assim se reduza a subnotificação dos agravos e proporcione uma atenção contínua e integral. Dessa maneira, as ações propostas tendem a serem executadas durante o período de 2020, na continuação das atividades do PET-Saúde. Portanto, espera-se por meio da implementação das propostas de intervenções elaboradas pelo grupo conseguir alcançar melhorias que agreguem benefícios não só para os técnicos da unidade, mas também para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) atendidos no local. |
8303 | SAÚDE DO TRABALHADOR: CUIDANDO DE QUEM CUIDA Gaby Maria Carvalho de Freitas Azevedo SAÚDE DO TRABALHADOR: CUIDANDO DE QUEM CUIDAAutores: Gaby Maria Carvalho de Freitas Azevedo
Apresentação: O termo Saúde do trabalhador refere-se a um campo que visa compreender as relações entre trabalho e o processo saúde/doença, dessa forma considerando os mesmos como processos dinâmicos estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em determinado processo histórico. A estratégia de saúde do trabalhador tem como dever favorecer a prevenção de agravos e praticar promoção à saúde. Neste contexto, destaca-se a importância desta intervenção baseada nas principais dificuldades encontradas ao se trabalhar com profissionais da equipe que integram a UBS, como também aos próprios usuários do eixo de saúde mental desta unidade. Objetivo: Criação de um “grupo de saúde do trabalhador” onde serão trabalhados diversos temas com foco no trabalho em equipe, na mudança de estilo de vida e nas relações interpessoais. Realizar a avaliação cardiovascular e perfil de saúde/doença de cada profissional de saúde e esclarecer os direitos e deveres de cada profissional de saúde. Método: A primeira reunião teve como objetivo uma avaliação inicial desses indivíduos para se iniciar um plano de cuidados futuros. Foram iniciados prontuários individuais de cada membro da equipe para acompanhamento e monitorização. As abordagens dos temas trabalhados no grupo foram realizadas com dinâmicas interativas (discussões em roda, bambolê, jogos, balões de ar, vídeos ilustrativos, entre outros) em reuniões quinzenais no âmbito da unidade básica de saúde. O apoio de profissionais como educador físico para aulas de ergometria e alongamentos também fizeram parte das reuniões. Outro foco abordado no grupo é a capacitação e educação permanente da equipe, onde a todos se tornam multiplicadores de conhecimento e tem uma qualificação do cuidado da comunidade. Resultado: O grupo teve boa adesão pela equipe. O perfil de saúde realizado mostrou um grau de sobrepeso e obesidade em setenta e nove por cento da equipe. Houve melhora nos hábitos de vida dos participantes, muitos aderiram ao exercício físico regular. Os temas trabalhados trouxeram melhorias no fluxo de trabalho da equipe, inclusive nas reuniões de planejamento onde se tinha grande conflito, agora são realizadas de forma mais objetiva e concreta. As relações interpessoais vêm sendo trabalhada, apesar de ainda haver conflitos. Algo visto durante as reuniões foi a grande desmotivação de todos com seu trabalho. Grande parte é consequência de uma rede de saúde caótica associado a uma falta de estrutura o que leva a uma baixa resolutividade e pouca autonomia. Considerações finais: /OBSERVAÇÕES/CONSIDERAÇÕES: O trabalho realizado no grupo teve uma boa aderência, mas ainda não foi total. Uma parte dos funcionários se recusou a participar, quando o ideal seria a inclusão de todos para uma melhor resposta do trabalho em equipe. A valorização do profissional é algo que trouxe bastante motivação e que trouxe maiores resultados no trabalho diário da equipe. Desta forma, investir em saúde do trabalhador é de suma importância. A formação do grupo trouxe uma grande ferramenta para a melhoria do trabalho e do cuidado, não só da equipe, mas como da comunidade. Uma equipe bem cuidada vai trabalhar melhor sua comunidade. |
11688 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CUIDADORES E IDOSOS HOSPITALIZADOS: PLANEJANDO UMA AÇÃO DE EXTENSÃO DE ENFERMAGEM Lizandra Quintiliano de Carvalho, Aline Miranda da Fonseca Marins EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CUIDADORES E IDOSOS HOSPITALIZADOS: PLANEJANDO UMA AÇÃO DE EXTENSÃO DE ENFERMAGEMAutores: Lizandra Quintiliano de Carvalho, Aline Miranda da Fonseca Marins
Apresentação: Ao longo do desenvolvimento do projeto Cuidando do Idoso e de seu Cuidador (PROECIC – EEAN – UFRJ), foi percebida a dificuldade de adesão, captação e inserção dos cuidadores nas atividades, justamente por não sentirem-se confortáveis e/ou seguros em deixar seus idosos nas enfermarias e leitos para participarem das ações propostas. Com a finalidade de estreitarmos os laços e afetos com esses cuidadores, traçamos como objetivos: Confeccionar um mural itinerante, como estratégia de educação em saúde, para facilitar a discussão e/ou divulgação de informações a cerca da saúde do idoso; Desenvolver folder educativo a partir de demandas já identificadas durante o desenvolvimento do projeto; Possibilitar e facilitar a abordagem com os cuidadores a partir do levantamento de informações científicas seguras e de forma lúdica, sobre a saúde do idoso. Desenvolvimento: de forma lúdica e participativa está em fase de desenvolvimento e confecção o mural itinerante, no qual serão utilizados materiais como: isopor, cartolinas, cola, papéis coloridos e outros materiais de papelaria para a construção do mesmo. A escolha desse material (isopor) ocorreu pela praticidade, custo-benefício, leveza e facilidade de manipulação e transporte, além de ser facilmente encontrado no mercado e por atender a premissa principal: ser itinerante, estimulando o movimento de ideias, troca de saberes e interação entre os sujeitos da ação. Resultado: A partir de demandas levantadas ao longo do desenvolvimento do projeto, essa ação especificamente, ainda encontra-se em fase de construção e desenvolvimento, contudo esperamos que os resultados alcancem as reais necessidades de saúde dos cuidadores e que traduzam a integração e interdisciplinaridade da universidade e sociedade, representada nessa ação pela clientela idosa e cuidadores. Considerações finais: O cuidado a saúde da pessoa idosa e interdisciplinar, amplo, complexo e multidimensional. Para que haja efetiva ação humana / humana ação, todos os participantes envolvidos nesse processo precisam estar alinhados e engajados num mesmo propósito que é o de causar e/ou motivar uma ação eficiente, qualificada e resolutiva para o sujeito principal dessa ação: o ser-humano-idoso e sua rede de suporte social. |
7741 | A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS CUIDADORES DE PESSOAS COM ALZHEIMER Grayce Daynara Castro de Andrade, Letícia Santos do Monte, Joyce Taynara Sousa de Miranda, Victor Hugo Oliveira Brito, Viviane de Souza Bezerra, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Marlucilena Pinheiro da Silva A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS CUIDADORES DE PESSOAS COM ALZHEIMERAutores: Grayce Daynara Castro de Andrade, Letícia Santos do Monte, Joyce Taynara Sousa de Miranda, Victor Hugo Oliveira Brito, Viviane de Souza Bezerra, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Marlucilena Pinheiro da Silva
Apresentação: A doença de Alzheimer (DA) apresenta manifestações lentas e evolução deteriorante, prejudicando o paciente nas atividades de vida diária e no desempenho social, tornando cada vez mais dependente de cuidados. As demandas por cuidados nesta patologia comprometem não só a qualidade de vida do idoso doente como também a de seus cuidadores. O objetivo foi relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem sobre a importância da educação e saúde aos cuidadores de pessoas com Alzheimer. Desenvolvimento: realizou-se roda de conversa como recurso metodológico, com cuidadores participantes do projeto de extensão REVIVER, juntamente com acadêmicos e docentes de enfermagem da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, que são responsáveis pelo grupo de cuidadores. Resultado: O componente educativo procurou: a) dar informação sobre a doença (etiologia, sintomas, prevenção) e os cuidados a ter em casa, de forma a permitir à família antecipar mudanças na sua organização causadas pela doença e aumentar a sua capacidade para lidar funcionalmente com essas transições; fornecer conhecimento através de palestra e discussões em grupo sobre uma temática b) facilitar o enquadramento da doença, desenvolvendo sentimentos de competência e controle. Tal entendimento faz com que todos encontrem confiança e acolhimento entre si, externando e compartilhando a experiência vivida de cuidado. A partir das atividades de educação e saúde, observou-se que a maioria dos cuidadores não recebe atenção de saúde e é perceptível que os mesmos acabam doentes junto com o paciente, como bem foi relatado em diversas falas durante os encontros do grupo. Considerações finais: Cuidar de uma pessoa com DA não é algo simples nem imediato para os cuidadores que a escolhem, considerando os encargos dessa jornada. É necessário que se intensifique as realizações de programas de extensão a saúde voltados para a atenção do próprio cuidador. |
9585 | YOGA PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: CUIDADO E AUTONOMIA Veridiana Noronha Vaccarelli, Nelson Filice De Barros YOGA PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: CUIDADO E AUTONOMIAAutores: Veridiana Noronha Vaccarelli, Nelson Filice De Barros
Apresentação: O sistema prático-filosófico do yoga tem sido usado como modo de autoconhecimento e autocuidado há milhares de anos. A prática de Hatha yoga aplicada como yogaterapia se caracteriza por perceber o individuo como um ser integral, considerando-o autor de seus processos de saúde-doença-cuidado. No entanto, apesar da crescente popularidade do yoga no ocidente, pouco se sabe sobre o seu uso no ambiente universitário, principalmente como estratégia de cuidado. Este trabalho analisa as experiências e os efeitos do yoga para estudantes universitários na literatura indexada nacional e internacional. Foi realizada revisão bibliográfica no PubMed e SciELO , no período de 2009 a 2019, com os as palavras-chave: yoga, meditação e distúrbio psicológico. Na busca foram identificados 170 artigos e entre eles selecionados 35, pela aproximação com o tema investigado. Os estudos mostraram que na cultura contemporânea os distúrbios emocionais e psicológicos são sintomas comuns e que as intervenções curtas e pontuais no ambiente acadêmico reduzem sintomas de sofrimento psicológico. Existe uma concordância ente os autores que após três meses de intervenção com yoga e meditação é possível verificar uma melhora significativa nos sintomas de estresse e ansiedade dos estudantes. Os artigos sugerem que a experiência com o yoga e outras práticas classificadas como mente-corpo, que atuam na totalidade formada pelas dimensões biológica, psicológica e social, pode ser eficaz para melhorar o rendimento cognitivo, autoestima, confiança e empatia, assim como aliviar os sintomas de depressão e doenças crônicas. Conclui-se, com base na literatura, que o yoga melhora o bem-estar psicológico e diminui os sintomas fisiológicos do estresse, por meio do desenvolvimento de habilidades psicossociais que estimulam autoconhecimento, autonomia e autocuidado entre estudantes universitários. |
10713 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CUIDADORES DE PESSOAS COM AFASIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Tainara Mafezolli EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CUIDADORES DE PESSOAS COM AFASIA: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Tainara Mafezolli
Apresentação: A afasia é um distúrbio de linguagem, que pode afetar ou não seus processos cognitivos subjacentes. Sua manifestação caracteriza-se por alterações no conteúdo, na forma e no uso da linguagem oral e escrita, nos aspectos expressivo e receptivo. Origina-se de lesão no sistema nervoso central, e tem como população de maior fator de risco para o distúrbio, as pessoas que sofreram um acidente vascular encefálico. A forma que a afasia surge na vida do sujeito que é acometido, abrupta e inesperada, também afeta seus familiares pelas mudanças que está gera. A dinâmica familiar pode ser afetada pelo distúrbio instalado, diante das alterações na linguagem que vão necessitar que o sujeito necessite de cuidados. A partir disso, gera-se mudanças nos projetos e o cotidiano do sujeito afásico atingido, e todos os membros da família, porém, um destes membros tende a participar das atividades de cuidado de forma ativa, este é então denominado o cuidador principal. Entende-se por cuidador a pessoa cuja função é auxiliar e realizar a atenção adequada às pessoas que apresentam limitações para as atividades básicas de vida diária, como alimentação, higiene pessoal, locomoção, bem como, estimular a independência e respeitar a autonomia desta relação à comunicação, cognição e emoção. Este profissional vive sob constante sobrecarga física e emociona e, por isso, também deve ser tomado como foco da atenção dos profissionais e serviços de saúde. A educação em saúde é uma estratégia que proporciona a participação do indivíduo em grupos, transforma a realidade social e o empodera para atuar na sua saúde, oportunidades de aprendizagem. Este relato objetiva relatar a experiência em uma Oficina de Cuidadores pertencente a um projeto de extensão universitária. A Oficina de Cuidadores ocorre semanalmente com encontros de noventa minutos de duração, é formada por um grupo médio de cinco cuidadoras, uma acadêmica de psicologia, uma acadêmica de fisioterapia, e é coordenado por uma professoras de fisioterapia. A oficina pertence ao projeto de extensão universitária Assessoria na construção de rede de apoio de sujeitos afásicos de Itajaí e região, que acolhe e orienta a pessoa com afasia e seus familiares. A oficina de cuidadores objetiva promover uma melhor qualidade de vida para as cuidadoras, troca de experiências e fortalecimento pessoal através de oficinas de educação em saúde. As oficinas são planejadas pelas acadêmicas, que recebem orientação daprofessora. Na condução do encontro estimulasse uma participação ativa dos cuidadores, através do pensamento reflexivo, trocas de saberes, através de roda de conversa, dinâmica grupal, atividades artesanais e material expositivo. Durante o semestre foram realizados doze encontros, nas quais tiveram as temáticas de saúde da mulher, qualidade de sono, cuidador informal, rede de apoio, escuta qualificada, auto relaxamento, facilitadores domésticos em casa após lesão neurológica, sexualidade, entre outros. A educação em saúde em um grupo de cuidadoras permitiu que as participantes através da aproximação do saber coletivo. |
8525 | LAZER E INTERAÇÃO SOCIAL: FERRAMENTAS NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE DE CUIDADORES FAMILIARES Victor Hugo Oliveira Brito, Darci Francisco dos Santos Junior, Grayce Daynara Castro de Andrade, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Marlucilena Pinheiro da Silva, Viviane de Souza Bezerra LAZER E INTERAÇÃO SOCIAL: FERRAMENTAS NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE DE CUIDADORES FAMILIARESAutores: Victor Hugo Oliveira Brito, Darci Francisco dos Santos Junior, Grayce Daynara Castro de Andrade, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Marlucilena Pinheiro da Silva, Viviane de Souza Bezerra
Apresentação: A família é uma das instituições sociais que desempenha papel fundamental em relação aos seus membros dependentes de cuidados diários. Realiza, por iniciativa própria ou por falta de opções, o zelar pela pessoa com as necessidades recentemente adquiridas. Ao assumir papel de cuidador, é comum que o familiar não esteja preparado para as novas obrigações, podendo sofrer estresse, sobrecarga e fadiga extremos. Em continuidade, a qualidade de vida diminui e para promover a manutenção da saúde, são necessários alguns mecanismos como a rotatividade do cuidado, práticas de lazer rotineiras e, principalmente, a interação social para formação de redes de apoio, tendo o compartilhamento de experiências e sentimento de solidariedade como objetivo. Diante disso, é de suma importância a participação de grupos de cuidadores como ferramenta de lazer e interação social. Dessa maneira o objetivo desse estudo é descrever a experiência de um grupo de extensão na interação com cuidadores familiares em momento de lazer e relacionar com a manutenção da sua saúde. Desenvolvimento: trata-se de um relato de experiência baseado em um momento de lazer do grupo REVIVER, registrado no Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 2.301.230, o qual tem enfoque nos cuidadores e pessoas com Parkinson e/ou Alzheimer. A comemoração natalina foi realizada no período noturno do dia 13 de dezembro de 2019, nas dependências cedidas do Serviço Social do Comércio (SESC-AP). Durante o encontro, acadêmicos, profissionais de saúde, cuidadores familiares e pessoas com Parkinson e/ou Alzheimer estavam reunidos para conversar, divertir-se, se distrair das obrigações e interagir, buscando um espaço de lazer. Foram realizadas brincadeiras, troca de presentes, momentos de fala e a ceia. Resultado: percebeu-se a empolgação e alegria dos envolvidos, principalmente dos cuidadores familiares. Falas de agradecimento, alegria e satisfação foram explanadas na noite da comemoração. Alguns dos cuidadores possuem quase, ou nenhuma, amizade fora do grupo e as comemorações do projeto se mostram como única forma de entretenimento para estes. É sabido que o ser humano é social, depende das suas relações sociais e, consequentemente, essa formação de redes de contato influenciam sua saúde como meios de escape da rotina, física e mentalmente, cansativa. Considerações finais: A experiência de vida dos cuidadores familiares é particular a cada um, dessa forma também são particulares seus mecanismos de resiliência. Entretanto, o lazer e a interação social mostram-se como importantes ferramentas na manutenção da saúde de cuidadores familiares, pois favorecem a diminuição da sobrecarga, a troca de experiência e a manutenção da qualidade de vida. |
8075 | QUEM CUIDA DE QUEM? O CUIDAR DO OUTRO COMO MOBILIZADOR DO CUIDAR DE SI DANIEL CASTRO SILVA, CRISTIAN WARLEY DE FREITAS PEREIRA, ANA BEATRIZ PANTOJA ROSA DE MORAIS, PATRICIA DO SOCORRO MAGALHÃES FRANCO DO ESPIRITO SANTO QUEM CUIDA DE QUEM? O CUIDAR DO OUTRO COMO MOBILIZADOR DO CUIDAR DE SIAutores: DANIEL CASTRO SILVA, CRISTIAN WARLEY DE FREITAS PEREIRA, ANA BEATRIZ PANTOJA ROSA DE MORAIS, PATRICIA DO SOCORRO MAGALHÃES FRANCO DO ESPIRITO SANTO
Apresentação: Em instituições hospitalares ações de cuidado a familiares de pacientes e profissionais tem reconhecida importância na medida em que o adoecimento psíquico, decorrente da sobrecarga de cuidados aos pacientes, impactam em todo o processo de recuperação da saúde do usuário. Destacamos a importância, em termos vivenciais, de se compreender o cuidado enquanto prática e nossa experiência de estágio nos leva a concordar com as publicações que advogam que práticas de cuidado contribuem para uma maior adesão dos pacientes assim como para o desenvolvimento do profissional enquanto ser humano, possibilitando o exercício de um olhar mais atento e cuidadoso e é a isso que se refere este relato de experiência. Relataremos o processo de cuidado vivido em nossa experiência de estágio supervisionado, na implantação de um serviço psicológico de apoio a cuidadores de crianças e adolescentes com desenvolvimento atípico no decorrer do ano de 2019, no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, utilizando como material empírico as Versões de Sentido das intervisões. Os resultados são agrupados em três categorias: A preparação – momento este antecedente ao período de atendimentos que a equipe, em conjunto com a supervisora, passou por um processo de aprofundamento e capacitação teórico-prática; O percurso, onde as problemáticas trazidas pelas pessoas atendidas eram discutidas pela equipe em intervisões, podemos destacar o conhecimento experiencial e identificação empática, características estas que foram as mais marcantes e as mais demandadas neste período, visto a necessidade de estar em contato consigo mesmo, uma sensibilidade ao se colocar no lugar do outro e manter a postura profissional durante a atuação; A finalização, onde as atuações profissionais passaram a apresentar consistência, as inseguranças e dúvidas pessoais, que se mostraram no início, haviam sido supridas pelas atuações e pelo suporte oferecido por toda equipe durante o processo. Com isso notamos que o cuidado para com os cuidadores e entre os profissionais da equipe foi o fator decisivo para a eficácia do processo de implantação do serviço, configurando um ambiente propício ao desenvolvimento e amadurecimento de cada membro como pessoa e profissional, sendo esta uma rica experiência vivida neste período, havendo reconhecimento de outros profissionais que atuam na instituição e pelos próprios usuários. Deste modo ao cuidar dos cuidadores também se cuidou do processo de formação profissional, pessoal e humano, nos tornando um grupo cada vez mais consciente e convicto da importância de nossa atuação realizada de forma atenta com cuidado e respeito ao outro. |
9106 | AUTONOMIA E FORMAÇÃO EM SAÚDE: RELATO SOBRE OS IMPACTOS DA GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃO (GAM) EM ALUNOS DE MEDICINA E PSICOLOGIA Eric Santos Oliveira, Carla Graziela Ladeira, André Miranda Oliveira, Márcio Loyola Araújo AUTONOMIA E FORMAÇÃO EM SAÚDE: RELATO SOBRE OS IMPACTOS DA GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃO (GAM) EM ALUNOS DE MEDICINA E PSICOLOGIAAutores: Eric Santos Oliveira, Carla Graziela Ladeira, André Miranda Oliveira, Márcio Loyola Araújo
Apresentação: O Guia da Gestão Autônoma da Medicação (GGAM) é um dispositivo grupal que tem como uma de suas diretrizes a produção de autonomia dos usuários da rede de saúde mental. Seu manejo pressupõe e produz a cogestão dos medicamentos entre os usuários, trabalhadores e familiares. Além disso, pesquisas mostram que a GAM também pode ser um eficaz instrumento de análise da formação de profissionais da saúde. Sustentada em uma perspectiva epistemológica que entende a produção de conhecimento intrinsecamente atrelada à produção e intervenção na realidade, nossa pesquisa-intervenção tem como objetivo estudar os efeitos da GAM na formação de acadêmicos de Medicina e Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) entre os anos de 2015 e 2019. Desenvolvimento: A pesquisa foi composta por dois campos de investigação: o Grupo de Intervenção GAM (GI-GAM), que aconteceu em um ambulatório de Saúde Mental em Niterói, e o Dispositivo de Intervenção na Formação Médica (DIFOME), grupo realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF). O primeiro foi formado por usuários e trabalhadores do serviço e pesquisadores, o segundo, pelos mesmos pesquisadores, mais alunos de graduação em Medicina e em Psicologia pela UFF. As discussões disparadas a partir do GI-GAM incitaram reflexões acerca dos processos de formação, tanto da graduação em medicina, foco do estudo, como da graduação em psicologia, a partir dos relatos destes estudantes. Resultado: Os pesquisadores integrantes do GI-GAM, através do compartilhamento das experiências produzidas em conjunto com usuários e trabalhadores, construíam, no DIFOME, um diálogo sobre o processo de produção de subjetividade e sobre os efeitos da medicalização nas práticas no cuidado. Os participantes do segundo grupo experimentavam o fenômeno do contágio, onde o saber partilhado pela experiência, além de disparar novas possibilidades de invenção, deslocava a temporalidade dos grupos. Ao promover o compartilhamento, intencionava-se que as vivências em cada grupo não se restringissem aos integrantes in loco, mas se formasse um continuum de acontecimentos, produções e experiências. Os processos de medicalização e seus efeitos nas práticas de cuidado constituíram importante atravessamento na presente pesquisa, pelos seus sentidos de dessubjetivação, identificados pelos estudantes, e pelas suas implicações à proposta de cuidado integral. As reflexões e os compartilhamentos entre o GI-GAM e o DIFOME, a partir da valorização da experiência, proporcionaram uma nova compreensão sobre o lugar do estudante. Os relatos dos integrantes revelavam os impactos desse processo na sua formação, na reconstrução de seus lugares de sujeito e na constituição de um ethos de cuidado enquanto estudante e futuro profissional. Considerações finais: As propostas de produção de conhecimento verificadas na pesquisa puderam reafirmar o valor da experiência nas relações com a formação. Os participantes integraram a experiêcia enquanto produziam novos caminhos para a produção de cuidado. E a estratégia do contágio, nos moldes cogestivos da GAM, consolidou a construção de cuidado pela experiêcia coletiva e a valorização dos processos e sujeitos. |
9423 | A IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMAS COMUNS À ANSIEDADE E SUA CORRELAÇÃO COM FATORES DESENCADEADORES EM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO Luan Cardoso e Cardoso, Davi Gabriel Barbosa, Gabriel De Sá Sastre, Vinicius De Paula Ueoka Do Anjo Barros, Débora Filgueira Machado, Patrícia Regina Bastos Neder, Rodrigo Alex De Souza Galdino A IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMAS COMUNS À ANSIEDADE E SUA CORRELAÇÃO COM FATORES DESENCADEADORES EM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIOAutores: Luan Cardoso e Cardoso, Davi Gabriel Barbosa, Gabriel De Sá Sastre, Vinicius De Paula Ueoka Do Anjo Barros, Débora Filgueira Machado, Patrícia Regina Bastos Neder, Rodrigo Alex De Souza Galdino
Apresentação: A ansiedade é um dos transtornos mais prevalentes na sociedade contemporânea, o qual acomete principalmente adolescentes, sobretudo, estudantes do ensino médio. Nesse sentido, essa parcela da população torna-se propícia ao adoecimento devido às mudanças físicas e psíquicas relativas a essa fase, bem como as dificuldades escolares e o aumento da responsabilidade com o decorrer dos anos letivos, evidenciando, assim, a saúde mental dessa população como um problema atual de saúde pública. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo identificar a presença de sintomas comuns à ansiedade em estudantes do ensino médio e a relação deles com sua vida escolar. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo transversal quantitativo e qualitativo o qual foi realizado entre os meses de maio e junho de 2019 com alunos das três series do ensino médio de uma escola púbica no município de Belém (PA). Para isso, foram utilizados como instrumento de pesquisa dois questionários aplicados em 70 participantes. A princípio, aplicou-se o Inventário de Ansiedade Beck (BAI) com a finalidade de abordar os aspectos fisiológicos e a frequência dos sintomas comuns à ansiedade. Posteriormente, utilizou-se um segundo questionário elaborado pelos pesquisadores com o objetivo de identificar as relações entre o volume de conteúdos e suas complexidades com esses sintomas e com o nível de cobrança no âmbito pessoal, familiar e escolar. A análise de dados possibilitou-se, por meio da observação, identificar a correlação dos aspectos fisiológicos com o surgimento ou aumento da intensidade dos sintomas comuns à ansiedade e o nível de incomodo apresentado pelos participantes em relação a essa doença. Resultado: Dentre os sintomas dispostos no BAI e os analisados na população do estudo, destaca-se o “nervosismo” como predominante entre as series abordadas, seguido do sintoma “incapacidade de relaxar” presente em duas dessas series. Em contraponto, os sintomas “rosto afogueado” e “sensação de desmaio” demonstram uma menor intensidade quando comparado com os sintomas restantes. Esses achados corroboram com a obtenção da relação entre o surgimento ou aumento dos sintomas de ansiedade e o avançar das séries do ensino médio, haja vista que 50% dos participantes da primeira série não apresentavam sintomas como “Dormência e Formigamento”, enquanto apenas 12% não apresentam esse sintoma na terceira série. Relacionado a isso, destaca-se como fatores desencadeadores do surgimento de sintomas a cobrança familiar e o aumento do nível de complexidade dos assuntos abordados nessa fase escolar, corroborando, desse modo, para a correlação evidenciada na pesquisa. Considerações finais: No que concerne aos apontamentos do estudo, destaca-se que há veracidade entre a correlação dos sintomas associados com o nível de incomodo apresentado pelos participantes. Além disso, possibilitou-se identificar a relação do avanço da complexidade dos assuntos abordados e do aumento das cobranças pessoal, familiar e escolar com a aquisição desses sintomas entre estudantes do ensino médio. Não obstante, evidencia-se a relevância de identificar esta temática como uma problemática de saúde pública, objetivando auxiliar na elaboração e qualificação da assistência prestada nos serviços de saúde. |
9594 | A INFLUÊNCIA DAS PRÁTICAS MENTE E CORPO NA SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA Aline Virginia Rosa Piccinini, Nelson Filice de Barros A INFLUÊNCIA DAS PRÁTICAS MENTE E CORPO NA SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINAAutores: Aline Virginia Rosa Piccinini, Nelson Filice de Barros
Apresentação: A entrada no ensino superior é um período de grandes mudanças, marcado pela transição e adaptação dos os estudantes universitários a novos papeis sociais e ambientais, deixando-os vulneráveis ao estresse, podendo apresentar um sofrimento psíquico, que pode facilitar o desenvolvimento de quadros depressivos, ansiosos e, inclusive, transtornos mentais. Muitos estudos foram desenvolvidos em busca de melhores abordagens para o problema, porém há poucos registros sobre o cuidado do sofrimento psicossocial dos estudantes com práticas que relacionem mente-corpo. Essas práticas incluem uma gama de terapias que desenvolvem um olhar centrado no individuo, integrando corpo e mente sem dicotomias, através da adoção de um cuidado unicista, que favorece o autoconhecimento e estimula os praticantes a terem contato com o próprio corpo e as emoções. Este estudo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre o autocuidado de estudantes universitários através de práticas mente e corpo para redução dos níveis de estresse. Como Método, foi realizado levantamento bibliográfico dos últimos 10 anos, do período de 2019 a 2020 nas bases de dados Medline, Lilacs, Scielo, PubMed, utilizando as palavras-chave: “praticas mente e corpo” “saúde mental” “estudante de medicina” e as correspondentes em inglês, “Mind and Body Practices,” “mental health”, “medicine student” Foram encontrados 97 artigos e, após leitura dos resumos apenas 15 relacionava o sofrimento mental com estudantes universitários e práticas de cuidado. Os estudos demonstram que o cuidado da saúde mental dos estudantes de medicina, é influenciado por condutas dicotômicas como terapias medicamentosas, atividade física ou psicoterapia, a oferta de autocuidado com práticas corpo-mente é bastante escasso na sociedade contemporânea ocidental, sendo assim é necessário a implementação dessas terapias nas universidades e novas pesquisas sobre o tema para maior expansão das práticas de autocuidado, uma vez que possibilita ao indivíduo tomar consciência do corpo, reconhecendo suas alterações físicas como tensões, dores e atitudes que levam ao sofrimento mental, é um espaço que permite a expressão corporal, auxiliando no processo do autocuidado e na liberação de tensões. Sendo assim uma prática mente-corpo, possibilita o contato com o nível de consciência intelectual, emocional e corporal, e também favorece o equilíbrio energético. |
9597 | MEDICINA DE EMERGÊNCIA: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO MÉDICA Emanuela Carneiro, Larissa Rodrigues Ramos, mattheus guarilha chiapeta, Margarete Ribeiro, Julia Neves, Lucas Fabbri, Camila Gomes Pereira, Cláudia Miguel Souza MEDICINA DE EMERGÊNCIA: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO MÉDICAAutores: Emanuela Carneiro, Larissa Rodrigues Ramos, mattheus guarilha chiapeta, Margarete Ribeiro, Julia Neves, Lucas Fabbri, Camila Gomes Pereira, Cláudia Miguel Souza
Apresentação: No Brasil as discussões sobre o ensino de Urgência e Emergência começam a tomar fôlego com a implantação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de medicina, e também para ações na residência médica. Em 2015 a medicina de emergência foi reconhecida como especialidade médica, ampliando ainda mais as discussões sobre a forma como se organiza o ensino de emergência nas graduações. O objetivo do trabalho é promover uma discussão sobre o atual quadro de ensino de urgência e emergência no país, através de uma seleção das publicações mais relevantes sobre o ensino de urgência e emergência. O ensino de urgência e emergência na graduação médica não é diretamente abordado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de medicina como uma grande área do internato médico em 2001, como também não há qualquer especificação sobre seu ensino durante o curso. Mesmo assim, o médico recém formado, ingresso ou não em programa de residência médica, terá como uma das principais oportunidades de emprego, o trabalho em regime de plantões em Unidades de Pronto Atendimento ou de Pronto Socorro, além das Unidades Básicas de Saúde (UBS) na atenção primária e em Programas de Saúde da Família (PSF). Em todos estes cenários de atuação profissional estão expostos ao atendimento de pacientes em situações de urgência e emergência. Cria-se um paradoxo, pois numa área que deveria ter os médicos mais experientes e bem preparados, ocorre o contrário! Existe um maior risco ético-profissional e jurídico, pelo excesso de carga profissional, pela pouca valorização e estresse pessoal/profissional, os médicos mais experientes migram para outros tipos de atividades e, as vagas neste mercado de trabalho acabam sendo preenchidas por médicos recém formados. Em 20 e 21 de outubro de 2011 na sede do CFM em Brasília foi realizado o II Fórum Nacional de Urgência e Emergência, reunindo médicos e especialistas que atuam na área. A necessidade do reconhecimento imediato da especialidade “Emergência Médica” foi eleita uma das prioridades para o setor pelos participantes. Foi apresentado o resultado de um questionário sobre o ensino de urgência e emergência nos cursos de graduação de Medicina no Brasil, que foi encaminhado a 160 cursos e respondido por 39% destes. Dados interessantes foram observados, tais como: em algumas escolas, tais atividades não constam da matriz curricular; outras possuem programa com conteúdos bem definidos; a carga horária variou de menos de 200 horas a pouco mais de 2.000 horas; foram citados como cenários de prática o pronto-socorro hospitalar, unidade de urgência e emergência e laboratório de habilidades. As principais dificuldades elencadas para o ensino de urgência e emergência foram: inadequados cenários de prática; hospitais universitários sem pronto-socorro; dificuldade de parceria da escola/serviço; estrutura física inadequada para assistir e ensinar; falta de professores preparados e disponíveis; falta de preceptores e de equipes capacitadas, e alto custo de laboratório de habilidades e manequins. As DCNs para os Cursos de Medicina publicadas em 2001 estabeleceram os princípios gerais que devem nortear a formação de médicos no Brasil definindo competências, habilidades, atitudes e conteúdos programáticos a serem desenvolvidos com o objetivo de formar um profissional adequado às necessidades da sociedade. Mais recentemente, essas diretrizes foram revistas em 2014 com o objetivo de formar profissionais competentes nas áreas de: I – Atenção à Saúde; II – Gestão em Saúde; III – Educação na Saúde. Foi aprovado em 2012 através do financiamento da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), o “Projeto ABEM 50 anos – Dez anos das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina”. Uma das prioridades colocada pela ABEM foi o subprojeto “Situações do ensino de urgência e emergência nos cursos de graduação de Medicina”, que tinha como metas: conhecer as informações e dados do ensino de urgência e emergência dos cursos de medicina associados; analisar o conjunto das informações e dados com dirigentes escolares e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS); diagnosticar os aspectos situacionais e as expectativas; e discutir as proposições em consenso para que houvesse uma recomendação nacional para a estruturação deste ensino na matriz curricular das escolas médicas. O trabalho se destinou a conhecer as escolas e suas necessidades de conhecimentos, habilidades e atitudes para o atendimento das situações das situações de urgência e emergência, no contexto da atenção integral contínua à saúde, e elaborar recomendações para a estruturação deste ensino na matriz curricular para todos os cursos de medicina no Brasil. As escolas convidadas a participar do estudo foram as escolas associadas a ABEM que já tiveram ao menos uma turma de médicos formados. O questionário foi respondido por 54 das 156 escolas médicas associadas a ABEM. A partir de discussões realizadas em oficinas nacionais, juntamente com o resultado do Projeto 10 anos das Diretrizes Curriculares nacionais do curso de graduação em medicina foram criadas as Recomendações para o ensino de urgência e emergência do projeto ABEM/OPAS – 50 anos das DCNS. No Brasil, apesar do reconhecimento recente da especialidade de medicina de emergência, há uma crescente construção no campo dos saberes educacionais, isso ocorre através de investimentos de universidades e da própria Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE). Em nosso cenário atual, assim como ocorre em outros países, há um aumento na prevalência de casos de urgência e emergência nos hospitais, que ocorre devido a maior longevidade da população, maior sobrevida de pacientes com doenças crônicas, maior número de acidentes automobilísticos e maior violência civil. Juntamente com a expansão das escolas médicas brasileiras, e com um significativo aumento do número de médicos formados para os próximos anos, é muito importante que o egresso do curso de medicina tenha um conjunto de conhecimentos e habilidades e atitudes que o tornem apto para um bom atendimento nos cenários de urgência e emergência, tanto traumáticas quanto não traumáticas. Nesse intuito as recomendações apresentadas devem orientar a bases educacionais na formação médica para que o egresso de medicina tenha uma capacitação adequada para o mercado de trabalho. Pois no presente cenário estes profissionais estão expostos ao desgaste de excesso de trabalho, jornada de trabalho prolongada, multiemprego, baixa remuneração, más condições de trabalho e excesso de responsabilidade. |
9445 | REVISÃO CRÍTICA DO FILME “WIT UMA LIÇÃO DE VIDA”: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Thais Bitencourt Faria, Lara Lelis Dias, Ana Clara Reis Cruz, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Renata Oliveira Caetano, Laís Sousa da Silva REVISÃO CRÍTICA DO FILME “WIT UMA LIÇÃO DE VIDA”: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Thais Bitencourt Faria, Lara Lelis Dias, Ana Clara Reis Cruz, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Renata Oliveira Caetano, Laís Sousa da Silva
Apresentação: Sugestão de identificação dos sentimentos vividos pelo cuidador e pelo paciente em diferentes realidades ilustradas nos filmes. Inicialmente foi proposto pelo professor, aos alunos, alguns filmes que retratam o contexto da enfermagem, dentre eles, o filme “wit uma lição de vida”. Este, por sua vez, tem o papel da enfermagem ilustrado de forma humanista e empática por uma enfermeira de um hospital, enquanto que a paciente é uma renomada professora de língua inglesa que descobre ter câncer em estágio terminal, e se percebe sozinha em meio a tantos ocorridos repentinos em sua vida. O trabalho teve como objetivo, mostrar aos estudantes as diferentes formas de cuidado que podem ser oferecidas ao paciente, o que possibilitou aos futuros enfermeiros perceber que o cuidado vai muito além do âmbito técnico, podendo incluir o zelo e a integralidade pelo cliente. Diante disso, o grupo responsável pelo filme supracitado, desenvolveu uma encenação para apresentar os impactos sentidos ao assisti-lo. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de um trabalho realizado no primeiro semestre de 2019 por estudantes do primeiro período de Enfermagem em uma universidade federal da Zona da Mata Mineira. Nesse sentido, durante o trabalho realizado na disciplina Fundamentos Históricos da Enfermagem, os alunos foram chamados para encontrar nos filmes os vários significados que o cuidado representava nas pessoas que conviviam com a situação saúde-doença diariamente. Assim, o grupo encontrou na encenação teatral uma forma para demonstrar as várias percepções que a palavra cuidado tinha no contexto do filme wit uma lição de vida, e que marcaram os integrantes de forma impactante. Resultado: Na concepção do grupo, o filme demonstra que mesmo com as individualidades existentes na vida da paciente, a enfermeira sempre percebeu ela como um todo, a tratando de forma equânime e cuidando dela da melhor maneira possível, com a finalidade de garantir o conforto em meio a tantos tratamentos agressivos em que a paciente estava passando. O trabalho mostrou ao grupo que cuidar não é sempre realizar a melhor técnica, e sim conversar com o cliente, se envolver com os sentimentos e sensações que o rodeiam, e que a maneira humanizada de cuidar deve ser mantida a todo momento, para que assim, o cuidado seja válido para o cliente. Considerações finais: O filme retrata uma história impactante que envolve amizade, emoções e cuidado. E mesmo com a enfermeira conhecendo pouco da história de sua paciente, ela manteve um vínculo com ela, e até em seu leito de morte, a profissional possibilitou a ela um conforto maior, demonstrando zelo e cuidado pela paciente. Por fim, o significado de cuidado que o filme proporcionou ao grupo foi a imagem de um processo de cuidar, além de científico e tecnicista, mas também, humanizado e revigorador tanto para o profissional quanto para o cliente. |
12259 | AUXÍLIO FINANCEIRO PARA ALUNOS ASSISTIDOS NO CURSO DE ODONTOLOGIA/UFES: UMA CONQUISTA ESTUDANTIL Sabrina Oliveira Varela, Raquel Baroni de Carvalho, Ana Carolina de Moura da Silva, AMY BRIAN COSTA E SILVA, IZABELLA TORRENTE PEREIRA, DANIELLA FABRES IZOTON, ALANA CORRENTE LOUREIRO, AMANDA ASSUNCAO DA CUNHA AUXÍLIO FINANCEIRO PARA ALUNOS ASSISTIDOS NO CURSO DE ODONTOLOGIA/UFES: UMA CONQUISTA ESTUDANTILAutores: Sabrina Oliveira Varela, Raquel Baroni de Carvalho, Ana Carolina de Moura da Silva, AMY BRIAN COSTA E SILVA, IZABELLA TORRENTE PEREIRA, DANIELLA FABRES IZOTON, ALANA CORRENTE LOUREIRO, AMANDA ASSUNCAO DA CUNHA
Apresentação: O curso de graduação em odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) exige que o estudante desembolse uma grande quantia em dinheiro para a compra de instrumentais e materiais de consumo necessários para cursar as disciplinas obrigatórias laboratoriais e de atendimento clínico aos pacientes. Este relato visa compartilhar um avanço na política de assistência com uma nova modalidade de auxílio para os alunos assistidos que estão cursando o 5º período do curso. Desenvolvimento: A odontologia é uma área da saúde tradicionalmente elitizada que requer um alto investimento financeiro desde a graduação. Após a implementação da política de cotas e do Sistema de Seleção Unificada (SISU) foi perceptível um grupo mais heterogêneo de alunos no curso, resultando em diferentes perfis socioeconômicos. A UFES já possuía uma modalidade de auxílio material no valor de 50 reais para alunos assistidos porém o valor não contemplava as necessidades do curso de odontologia que exige muito mais financeiramente dos estudantes. Resultado: No primeiro semestre do ano de 2018, através da organização estudantil do Centro Acadêmico de Odontologia (CAO), foi homologado o edital intitulado Auxílio Material Didático de Alto Custo que concedia 2 mil e 500 reais aos alunos assistidos do 5º período, o qual exige uma lista de materiais no valor médio de 6 mil reais, sendo a mais cara de todos os períodos. Considerações finais: Este avanço é resultado de uma demanda imediata decorrente da, já citada, heterogenização do corpo discente do curso. Porém ainda é um projeto permeado de limites porque não supre diretamente a demanda total dos estudantes. O que não faz dele um avanço dispensável para os estudantes que necessitam do auxílio para seguir o curso. |
11622 | ADAPTAÇÃO À VIDA UNIVERSITÁRIA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS DE MEDICINA EM ANOS INICIAIS DE FORMAÇÃO Ana Beatriz Barbosa Piffer, Mônica Villela Gouvêa ADAPTAÇÃO À VIDA UNIVERSITÁRIA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS DE MEDICINA EM ANOS INICIAIS DE FORMAÇÃOAutores: Ana Beatriz Barbosa Piffer, Mônica Villela Gouvêa
Apresentação: O acesso ao ensino médico ocorre, geralmente, num clima de muita pressão e competitividade, mobilizando recursos intelectuais e emocionais dos alunos. São múltiplos os fatores que levam um estudante a buscar o curso de Medicina, o que envolve motivações de natureza consciente e inconsciente, que podem incluir prestígio social, atração pela responsabilidade e por retorno financeiro ou desejo de ajudar a outras pessoas. Uma vez ultrapassada a dificuldade de acesso a uma vaga no vestibular, os estudantes se deparam com um novo cenário nos anos iniciais da formação, que possui sua complexidade e desencadeia diferentes respostas adaptativas. Este estudo tem como objetivo descrever percepções de acadêmicos do primeiro ano de Medicina quanto a motivações na escolha do curso e questões ligadas ao período de inicial de adaptação à vida universitária. Desenvolvimento: Estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa. Participaram do estudo 15 alunos de primeiro ano de uma faculdade de Medicina situada no interior do Estado de São Paulo, que responderam a um questionário semiestruturado online contendo dados de identificação e perguntas sobre a motivação para a escolha do curso, adaptação e principais dificuldades nesse primeiro ano na graduação. Resultado: Fatores determinantes na escolha do curso são a afinidade pela profissão e o desejo de ajudar ou fazer a diferença na vida de outras pessoas por meio da Medicina. Nos anos iniciais da formação médica, constituem fontes de sofrimento para os graduandos: problemas de adaptação e decepção com a instituição de ensino diante da alta expectativa antes de ingressar no ensino superior. As principais dificuldades de adaptação estão relacionadas à exaustão física e emocional decorrente do excesso de disciplinas e atividades e à falta de organização pessoal com os estudos. É também marcante a saudade do convívio familiar, apesar da compreensão de que se trata de uma etapa necessária à sonhada formação em Medicina. As principais críticas nessa etapa da formação são dirigidas à falta de organização da coordenação na gestão do curso e recepção aos alunos, à má qualidade das relações estabelecidas entre professores e estudantes e à inadequada infra estrutura especialmente com relação à fragilidade de ambientes de estudo capazes de contribuir com o processo de ensino e formação. Considerações finais: Os anos iniciais de um estudante de Medicina envolvem grandes mudanças. A saudade do convívio familiar, a dificuldade de se organizar para enfrentar o volume de disciplinas/conteúdos/atividades, além de questões relacionadas à infraestrutura e à gestão da instituição de ensino afetam diretamente o bem estar e o rendimento dos alunos. Espera-se que os dados obtidos neste estudo contribuam para maior atenção às dificuldades e questões referentes à adaptação no ambiente de ensino de nível superior. Sugere-se maior atenção ao acolhimento durante esse período inicial e que sejam implantadas formas eficazes de apoio psicológico para apoiar os futuros médicos nessa etapa de sua formação. |
11334 | SEGUNDA SEMAFISIO (SEMANA DA FISIOTERAPIA): CONSTRUINDO A FISIOTERAPIA POPULAR- FISIOTERAPIA UNIVERSAL E IGUALITÁRIA Ariane De Jesus Pereira Lima, Tamildes Oliveira Mendes de Souza SEGUNDA SEMAFISIO (SEMANA DA FISIOTERAPIA): CONSTRUINDO A FISIOTERAPIA POPULAR- FISIOTERAPIA UNIVERSAL E IGUALITÁRIAAutores: Ariane De Jesus Pereira Lima, Tamildes Oliveira Mendes de Souza
Apresentação: O caminho para a formulação de uma educação em Saúde que seja próxima a população e que de fato seja Universal e Igualitária, se baseia no pressuposto que a mesma é construída por pessoas que compreendam as necessidades da Comunidade, e que se enxergue como agente transformador. O academicismo que permeia as relações universitárias promove o distanciamento dos estudantes da realidade dos usuários. A construção da Semana de fisioterapia possui como finalidade ampliar o olhar dos estudantes sobre a importância dos saberes populares na construção de Saúde mais ampla. Possui como objetivo instigar por meio de palestras, mesas redondas, apresentações artísticas, debates o tipo de fisioterapia que está sendo construída, sobretudo para quem e por quem está sendo realizada essa construção. A semana de fisioterapia foi idealizada e organizada pelo Diretório Acadêmico de Fisioterapia da Universidade Federal da Bahia, composto por estudantes de diversos semestres, ocorreu nos dias 05 a 08 de novembro de 2018. Se deu através do entendimento de que o aprendizado ultrapassa as barreiras físicas das salas de aula e das relações interpessoais entre professor e alunos. A metodologia dos espaços promovia discussões com compartilhamento de ideias, conhecimentos, proporcionando aos participantes um maior entendimento sobre que tipo de fisioterapia e que saúde estamos construindo durante a graduação. Este espaço, principalmente em momentos de ataques a saúde pública, promove a reflexão sobre a saúde popular instigando os graduandos a buscar alternativas para diversificar suas práticas para aproxima-las de uma saúde verdadeiramente para todos. Entendendo a necessidade de se debater as diversas especificidades de cada grupo que compõe a nossa sociedade, durante a semana foram debatidos temas como: Saúde da população Negra, População Ribeirinha, Capacitismo, Saúde da População LGBT. Após a realização da Semana, obtivemos como saldo o entendimento da importância da construção do movimento estudantil que se preocupe com a desmistificação de como é feita a saúde popular, sobretudo em um ambiente extremamente tecnicista como o que se encontram inseridos os profissionais da fisioterapia. Para além deste ponto, entendemos que a saúde enquanto popular se faz nas intercessões da vida do sujeito, que precisa ser ouvido. Os estudantes saíram da semana com um olhar diferenciado sobre o caminho para desenvolver uma saudade mais universal, Igualitária e que de fato se faça presente na vida das pessoas. |