369: Impacto do PET-Saúde na formação em saúde | |
Debatedor: Ana Karla Sousa de Oliveira | |
Data: 30/10/2020 Local: Sala 03 - Rodas de Conversa Horário: 08:00 - 10:00 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
6107 | O PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDAE NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM Willame Oliveira Ribeiro Junior, Eliza da Silva Paixão, Leilane Almeida de Morais, Hugo Vinícius Rodrigues da Silva, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Joici Carvalho Barata, Yury Gomes, Joeldo do Nascimento Lima O PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDAE NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEMAutores: Willame Oliveira Ribeiro Junior, Eliza da Silva Paixão, Leilane Almeida de Morais, Hugo Vinícius Rodrigues da Silva, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Joici Carvalho Barata, Yury Gomes, Joeldo do Nascimento Lima
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho (PET) Saúde, no biênio 2019-2020 traz tomo tema central a interprofissionalidade. O PET é um programa do Ministério da Saúde (MS) ao qual tem como objetivo incluir a academia nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da educação em serviço. No que tange a interprofissionalidade, ela é um conceito ao qual retrata a prática profissional envolvendo e juntando os diversos saberes das diversas áreas, neste caso, as da saúde, contribuindo para uma assistência de forma integral ao cliente como preconizado pelo SUS. E frente a isto, se encontra a enfermagem, a qual é a profissão entre tantas da área biológica e da saúde que é linha de frente da assistência dentro do SUS. Diante disso, o PET contribui diretamente na formação em enfermagem e este estudo tem como objetivo descrever a experiência da contribuição do PET Saúde Interprofissionalidade para a formação em Enfermagem no município de Belém na Atenção Primária em Saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, reportando a vivência acadêmica dentro do PET Saúde Interprofissionalidade. Os acadêmicos se dividem em grupos com suas precptoras, sendo o grupo citado composto por duas preceptoras enfermeiras e uma nutricionistas, dois acadêmicos de enfermagem, três de fisioterapia, dois de terapia ocupacional, dois de educação física, um de biomedicina e um de medicina. A equipe atua em uma UBS localizada em um bairro periférico no município de Belém, a realização das atividade semanais contam com no mínimo três áreas de conhecimento diferentes para realização de ações de educação em saúde, visitas domiciliares, acompanhamento de grupos de idosos do Núcleo Ampliado de Saúde da Família, produção de Planos Terapêuticos Singulares. As atividades de educação em saúde é realizado pelos acadêmicos de acordo com o calendário de datas comemorativas do Ministério da Saúde por meio de rodas de conversa, sala de espera e palestras com os usuários da UBS. Resultado: Por meio da vivência das atividades do projeto, pode-se observar que o desenvolvimento das atividades, desde o planejamento até a avaliações das ações, foram de grande relevância para uma formação diferenciada para um futuro profissional de enfermagem, pois a execução de forma conjunta, contribui para uma assistência com um olhar de forma integral para o usuário. Outrossim, são as possibilidades de trabalhar profissionais ao qual não se tem contato no cotidiano da enfermagem, assim observando e compreendendo a importância de cada profissão. Considerações finais: Por meio desta experiência, pode-se perceber a importância do PET Saúde Interprofissionalidade na formação diferenciada em enfermagem. Por mio dela, foi possível compreender o olhar de diferentes áreas da saúde para o cuidar de forma integral do usuário, assim prestando um serviço de qualidade para a população e formando enfermeiros com maior capacitação. |
6426 | O PROGRAMA PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE COMO POTENCIALIZADOR DA FORMAÇÃO ACADÊMICA E PRÁTICAS DE SAÚDE Maria Letícia Cardoso da Silva Barbosa, Maria Vívia Casado Marques, Marina Maria Adelino Ferreira, Sabrina Márcia Resende de Almeida Santos Cunha, Acácia Barros Fernandes Dutra, Cinthia Caroline Alves Marques, Gracielle Malheiros dos Santos O PROGRAMA PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE COMO POTENCIALIZADOR DA FORMAÇÃO ACADÊMICA E PRÁTICAS DE SAÚDEAutores: Maria Letícia Cardoso da Silva Barbosa, Maria Vívia Casado Marques, Marina Maria Adelino Ferreira, Sabrina Márcia Resende de Almeida Santos Cunha, Acácia Barros Fernandes Dutra, Cinthia Caroline Alves Marques, Gracielle Malheiros dos Santos
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) alinha-se as estratégias que visam à reorientação da formação a partir de experiências nos serviços públicos de saúde, apoiando e defendendo o Sistema Único de Saúde. E ainda pode aprimorar o cuidado e assistência em saúde de forma ampliada orientados pelas reais demandas/problemas dos indivíduos de acordo com seus contextos e de forma ética. Existiram diferentes edições e temas do programa, iniciadas através da Portaria Interministerial N° 421, de março de 2010. O PET-Saúde é uma das estratégias do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (PRÓ-Saúde). O tema Interprofissionalidade foi tomado como centralidade das ações para o PET-Saúde por meio do Edital Nº 10, de 23 de julho de 2018, do Ministério da Saúde e Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES). As ações foram iniciadas em abril de 2019 em diversas localidades do país tendo cada projeto especificidades e alinhamento teórico-conceitual com o trabalho e a formação interprofissional e colaborativo. De forma inédita o programa é realizado na região do Curimataú Ocidental do Estado da Paraíba a partir do envolvimento e trabalho da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 4º Gerência Regional de Saúde do Estado da Paraíba (4°GRS-PB), Secretarias de Saúde dos municípios de Cuité (SMS-CT) e de Nova Floresta (SMS-NF). Objetivo: O presente estudo é um relato de experiência que ter por finalidade expor a importância do PET-Saúde no interior da Paraíba, Brasil, na formação dos estudantes, bem como, descrever alguns elementos estruturais e das ações desenvolvidas durante o período de vigência de abril de 2019 até janeiro de 2020. Desenvolvimento: De forma particular e atendendo uma história de experiências com projetos de extensão e pesquisa, bem como proximidade física e a boa articulação interinstitucional o PET-Saúde ocorre distribuindo-se com dois grupos tutoriais em cada município. Cada Grupo Tutorial (GT) é composto por profissionais dos serviços de saúde (preceptores) ligados as Secretarias de Saúde, alunos dos cursos de Nutrição, Biologia-Licenciatura, Farmácia e Enfermagem e professores do Magistério Superior (tutores) vinculados ao Centro de Educação e Saúde da UFCG Campus de Cuité-PB. O projeto tem como locais de práticas: Cuité- PB- os Centro de Atenção Psicossocial I e o Infantil, Unidade Básica de Saúde da Família em área urbana e outra unidade em zona rural; na sede da 4°GRS-PB; Em Nova Floresta- PB temos a sede da Secretaria de Saúde; duas unidades de saúde da família em áreas urbanas. Os preceptores têm formações diversas, a maioria teve sua formação na UFCG no Campus de Cuité-PB, compreende-se, contudo, que essa diversificação era garantida de vida à própria estrutura dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, entre os componentes da equipe básica o enfermeiro é profissional que ocupa a preceptoria na maioria das vezes. Nunca houve nas seleções o profissional da medicina interessado no programa. O perfil do aluno de graduação é jovem com média de idade de 24 anos, com maioria sendo de origem de cidades do interior da Paraíba. Os professores que atuam como tutores e a coordenação do projeto têm formação em psicologia, nutrição, enfermagem, farmácia, antropologia, sociologia e biologia. A estrutura norteadora do projeto nessas localidades foi elaborada e sujeita a avaliação conforme o edital de seleção do MS/SGTES, todavia, este documento tem sido avaliado e discutido de forma regular a cada seis meses pelos integrantes. Houve ajustes quanto aos participantes, áreas/temas e funcionamento afim de melhor realizar as ações e fortalecer grupos tutoriais e os serviços de saúde. Um dos GT ao desenvolver ações na área rural de Cuité enfrentou dificuldades no transporte, conciliação de horários para deslocamento e as atividades diversas do grupo. Os integrantes foram remanejados, e um novo rearranjo disparou o que chamamos de “Vivências Rurais” em que todos os alunos independentes do seu GT participam em datas previamente programadas pela preceptora (enfermeira de unidade na zona rural) de atividade, reuniões de estudo, planejamento para adequação das demandas e as metas a serem alcançadas, desta forma, mantivesse as atividades em uma área distante a mais de uma hora do centro da cidade, foi possível conciliar a diversidade de horários e atividades que garantiu a continuidade das ações. Existe um Regimento Interno elaborado e aprovado pelo Colegiado Gestor (reúnem representantes estudantis de cada GT, Coordenação, todos os tutores, e existe um esforço para garantir representantes dos preceptores). Entre as maiores dificuldades percebidas estão: conciliar os horários dos participantes de todos os segmentos; a falta interlocução interinstitucional como parte da rotina das instituições de saúde e educação em um espaço permanente de construção; a compreensão de que para uma formação contextualizada é preciso reformulação das grades e mudanças nas rotinas dos cursos de graduação; e a sobrecarga de atividades e funções que todos os profissionais (universidade e atenção em saúde). A fim de sanar algumas dessas questões os momentos de formação e planejamento geralmente são no período noturno, porém, relata-se aumento do cansaço entre os participantes. Alguns eventos foram realizados em outros turnos visando agregar a comunidade acadêmica sobre os temas sobre o trabalho colaborativo e outros transversais que dialogavam com os problemas de saúde da região. De forma geral cada GT realiza: a participação em reuniões das equipes; ações noturnas de saúde tanto para homens, mas, também para mulheres, gestantes e crianças; ações de saúde nas escolas; formação e aperfeiçoamento dos alunos em temas diversos a saúde coletiva; prioriza-se o uso de metodologias ativas, arte, música, clínica ampliada, teatro, terapias alternativas e complementares; cuidados e assistência individual, coletiva com planejamento e intervenção; construção de conhecimentos e atividades que sejam colaborativas e interprofissionais de sua concepção até sua execução; atendimento clínico; ações envolvendo mais de um GT; grupos de estudo; presença constante ao serviço e produção de materiais de educação em saúde. A Coordenação Geral Local apoia e ocupa os espaços de representação interinstitucionais e tem tentado articular e promover a importância do Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES). Nesse item os desafios têm sido as mudanças recentes nas políticas públicas de saúde que não tem deixado claro a função desse documento, entretanto, o projeto reconhece a potencialidade de ter um espaço de diálogo em uma região e dentro da proposta de organização de saúde do Estado dentro da temática ensino-saúde criando diálogos mais amplos para além do próprio COAPES. Resultado: O programa no interior da Paraíba diversifica e provoca experiências interprofissionais e desenvolver a comunicação interinstitucional. Apesar das dificuldades o projeto é responsável por contribuir com os segmentos envolvidos (tutores, estudantes e profissionais de saúde) mas principalmente com os usuários do SUS. Considerações finais: Assim sendo, a diversificação dos cenários de aprendizagem, articulação da universidade com os serviços de saúde, dimensão ética, humana e tecnológica desenvolvem-se através dessas experiências prática e a produção de ações educativas em saúde junto à comunidade. Essa possibilidade pode provocar mudanças e alterações nas lacunas da formação em saúde no Brasil. Acredita-se que dessa forma, é possível construir uma nova concepção de formação acadêmica embasada na articulação entre universidade, serviço e comunidade capaz de oferecer uma melhor assistência e integralidade na oferta de saúde do SUS. |
6470 | AÇÕES POTENCIAIS PARA DESENVOLVER A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL: UMA EXPERIÊNCIA DO PET- SAÚDE\INTERPROFISSIONALIDADE DO INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COM A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO Carolinne Linhares Pinheiro, Juliana Veiga Cavalcanti, Michele Ramos Lourenço, Bruno Costa Poltronieri, Mauren Lopes de Carvalho AÇÕES POTENCIAIS PARA DESENVOLVER A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL: UMA EXPERIÊNCIA DO PET- SAÚDE\INTERPROFISSIONALIDADE DO INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COM A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIROAutores: Carolinne Linhares Pinheiro, Juliana Veiga Cavalcanti, Michele Ramos Lourenço, Bruno Costa Poltronieri, Mauren Lopes de Carvalho
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), política indutora de formação e desenvolvimento de recursos humanos, viabiliza inserção de estudantes no Sistema Único de Saúde (SUS) e contribui para mudanças nos serviços de saúde. Em 2018, o Ministério da Saúde abriu edital para o PET-Saúde/Interprofissionalidade visando captar projetos, preferencialmente vinculados à Atenção Primária à Saúde (APS), para desenvolver mudanças curriculares nas graduações em saúde alinhadas à interprofissionalidade, intersetorialidade e práticas colaborativas (PC). A educação interprofissional (EIP) ocorre quando duas ou mais profissões aprendem com e sobre as outras, para melhorar a colaboração e aprimorar o cuidado. Estudos sugerem que estudantes respondem bem à EIP, com melhoras em atitudes interpessoais, habilidades de colaboração e aumento do conhecimento. Mencionam-se também benefícios para usuários e prática organizacional. O campus Realengo (CREAL) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) oferta cursos técnico e de graduação em saúde e busca garantir formação crítica, reflexiva e ações integradas entre os cursos no âmbito do SUS. Nesse sentido, tem sido desafiador para os docentes fomentar, no processo formativo, práticas colaborativas cujas intervenções sejam centradas no usuário. O objetivo deste trabalho é apresentar ações desenvolvidas pelo PET para debater e estimular a EIP entre seus integrantes e com a comunidade acadêmica como estratégias potenciais para fomentar a EIP na formação em saúde. Trata-se de relato de experiência do grupo PET-Saúde/Interprofissionalidade do IFRJ com a Secretaria Municipal de Saúde (RJ) e são apresentadas ações desenvolvidas, principalmente oficinas e rodas de conversa, entre abril e dezembro de 2019, para disparar discussões sobre a interprofissionalidade na formação e no trabalho em saúde. O grupo é composto por 10 docentes, 20 preceptores (trabalhadores da APS), 40 discentes dos cursos de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Farmácia e um coordenador da SMS, alocados em cinco subprojetos com temáticas relacionadas às linhas de cuidado à saúde da APS. Inicialmente, os docentes e coordenador do PET propuseram realização de oficina entre docentes e preceptores para estabelecer aproximação com a temática da EIP e das PC. Três docentes foram facilitadores utilizando metodologias ativas de ensino, proporcionando ambiente dinâmico de relacionamento e construção conjunta de significados para a proposta de trabalho que se iniciava. Esse espaço permitiu ao grupo se conhecer, ter dimensão da sua diversidade, tamanho e potência e disparar diálogo inicial sobre a temática. Houve também momento reservado para os subgrupos do PET trocarem primeiras informações sobre seus subprojetos e particularidades das unidades e território. Na Semana de Extensão do CREAL em maio de 2019, realizou-se a oficina Pensando Juntos - O Cuidado Interprofissional em Saúde, para possibilitar reflexão e discussão acerca da EIP na formação em saúde. A oficina, pautada em metodologias ativas de aprendizagem, enfatizou a necessidade de desenvolvimento de competências colaborativas no processo formativo em saúde, de modo que os estudantes possam aprender juntos para trabalharem juntos no cuidado em saúde. A atividade teve 17 participantes (docentes e estudantes), integrantes ou não do PET, envolveu acolhimento e apresentação dos participantes, divisão dos grupos de trabalho, leitura e discussão a partir de texto disparador e da pergunta norteadora: “Como podemos desenvolver estratégias curriculares no CREAL para que os alunos dos diferentes cursos desenvolvam as competências colaborativas necessárias para trabalharem de maneira interprofissional no cuidado em saúde?” Os produtos construídos subsidiaram debate profícuo sobre os facilitadores e desafios dos cursos para implementação da EIP nos currículos. Em julho de 2019 foi realizada a Oficina de Alinhamento Conceitual coordenada pelo professor Leonardo Sales de Lima da Universidade Estadual do Piauí. Essa ação reuniu todos integrantes do PET e possibilitou reflexão e aprofundamento dos conhecimentos sobre: conceito da EIP, dificuldades de desenvolver a interprofissionalidade na formação em saúde e impactos que a EIP pode ter no cuidado ofertado pelos profissionais e serviços de saúde. Em setembro de 2019, considerando realização do curso sobre Interprofissionalidade do AVASUS por todos integrantes do PET, em cada subgrupo desenvolveu-se roda de conversa entre docentes, preceptores e estudantes visando estimular reflexão crítica mais aprofundada sobre essa temática e a realidade vivenciada nas unidades e sugerir diagnóstico sobre a interprofissionalidade e as PC nos serviços. Utilizou-se questões disparadoras do material didático do curso como “Estamos sendo formados para trabalhar em equipe?”, “Será que a lógica da formação está ou não está legitimando esse trabalho esfacelado/fragmentado?” “E o usuário na lógica de trabalho fortemente fragmentada, tem prejuízo ao atendimento de suas necessidades?” para aproximar a discussão teórica à rotina dos serviços. No mesmo mês, durante a VII Semana da Saúde do CREAL, ocorreu a roda de conversa “Os percursos do PET-Saúde/Interprofissionalidade do IFRJ na Atenção Primária à Saúde do Rio de Janeiro”. Os subgrupos apresentaram brevemente as ações desenvolvidas desde o início do programa, fatores facilitadores e desafios encontrados. Posteriormente, foi aberta discussão ampliada, em que dúvidas, ideias, sugestões e possíveis soluções foram debatidas, construindo-se espaço de troca de experiências e aprendizagem. Este encontro aconteceu em uma Clínica da Família onde ocorrem atividades do PET, para descentralizar os espaços de discussão dos muros da academia. Em dezembro de 2019, a Coordenação de Extensão do CREAL promoveu roda de conversa para expor e compartilhar ações e experiências extensionistas do campus. Discentes do PET destacaram como a experiência da EIP está influenciando sua formação e que o aprendizado com o outro e sobre o outro tem desenvolvido competências importantes para o trabalho em saúde. Também foi apontado que a vivência com usuários/comunidade é relevante para compreensão da complexidade do trabalho em saúde e como este precisa ser articulado e colaborativo para buscar a resolutividade. Essa atividade produziu reflexões importantes entre participantes do programa e sensibilizou outros docentes e estudantes para o debate sobre a interprofissionalidade e como o PET e outras ações extensionistas despontam como caminho interessante para o desenvolvimento da EIP. As diferentes ações apresentadas vêm impactando nos integrantes do PET, tanto no aprofundamento do conhecimento sobre a EIP, quanto no desenvolvimento das competências colaborativas necessárias ao trabalho interprofissional, apesar desta ser ainda uma percepção subjetiva. Observou-se que atividades como essas, visando compartilhar e debater as reflexões e experiências relacionadas ao PET-Saúde/Interprofissionalidade com a comunidade acadêmica são interessantes para sensibilizar e motivar discentes e docentes em relação à riqueza que a EIP e o desenvolvimento de competências colaborativas pode ter para a formação em saúde, preparando o futuro profissional para lidar com a complexidade que esse trabalho envolve, mantendo a perspectiva na centralidade do sujeito e na resolutividade do cuidado. A despeito das ações estruturadas desde o início das atividades do PET para suscitar o debate e o estímulo à EIP entre seus integrantes e a comunidade acadêmica, percebe-se que há uma mudança comportamental bastante sutil que se revela pela simples aproximação de atores que antes nunca tiveram a oportunidade de trabalhar juntos. E apesar de sutil, trata-se de uma mudança profunda e necessária para que toda a proposta da EIP possa se erguer em uma base sólida e resistente. |
6473 | PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE E AVALIAÇÃO: VIVÊNCIAS DE UM PROCESSO PEDAGÓGICO, ORGÂNICO, PARTICIPATIVO, PRAZEROSO E ALIMENTADOR DA ATUAÇÃO INTERPROFISSIONAL Maria Lidiany Tributino Sousa, Bruno Klecius Andrade Teles, Márcia Regina de Oliveira Pedroso, Maria Carolina Martins Mussi PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE E AVALIAÇÃO: VIVÊNCIAS DE UM PROCESSO PEDAGÓGICO, ORGÂNICO, PARTICIPATIVO, PRAZEROSO E ALIMENTADOR DA ATUAÇÃO INTERPROFISSIONALAutores: Maria Lidiany Tributino Sousa, Bruno Klecius Andrade Teles, Márcia Regina de Oliveira Pedroso, Maria Carolina Martins Mussi
Apresentação: A avaliação é uma atividade norteadora do processo ensino-aprendizagem e este escrito procura relatar a experiência da proposta de avaliação do PET-Saúde Interprofissionalidade da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) que se configura em um momento contínuo de aprendizagem com foco na transformação pessoal e na atuação interprofissional. O sistema de avaliação do PET-Saúde Interprofissionalidade da UFOB constitui-se em um processo avaliativo pedagógico, orgânico, participativo, prazeroso e alimentador da atuação interprofissional. Este sistema baseia-se em pressupostos de inspiração e transformação dos sujeitos aprendentes que são a autonomia dos sujeitos participantes; o conhecimento que os petianos são os principais responsáveis por aquilo que aprendem, assim como, o caráter dinâmico, coletivo, dialógico e permanente. Neste sentido, ganha importância a questão da temporalidade dos momentos avaliativos, pois realiza-se de maneira contínua, em cada planejamento, atividade e encontro. A avaliação dos discentes faz uso de instrumentos semestrais, tendo como base as competências desenvolvidas: resolução de conflitos interpessoais, clareza dos papéis, comunicação interprofissional, trabalho em equipe, liderança colaborativa, atenção centrada no usuário e ética, além de aspectos que consideram sua visão acerca da sua participação e da participação da equipe no PET-Saúde em cada um dos ciclos de aprendizagem (Ciclo I das Diretrizes Curriculares e Projetos Pedagógicos, Ciclo II da Territorialização e Planejamento das ações e Ciclo III do Acolhimento Interprofissional). A avaliação é balizada em três eixos: diagnóstico, processo e produto. Nos primeiros seis meses, foi feito um reconhecimento das dificuldades de cada petiano e as medidas necessárias para supri-las, retroalimentando o eixo do processo que tem por objetivo acompanhar o processo de ensino-aprendizagem relacionado às competências. No eixo produto, o petiano é avaliado a partir de produções Artístico-Científicos coletivas. Esses instrumentos avaliativos são coerentes com o modelo do plano de ação do PET- Saúde Interprofissionalidade e o Projeto Pedagógico dos cursos. Os instrumentos são preenchidos dentro de uma concepção dialógica que possibilite a reflexão sobre as práticas e a identificação dos problemas de desempenho para garantir o alinhamento estratégico com os princípios do processo de formação. É importante destacar que a avaliação é de “mão dupla”, sendo considerado o desenvolvimento de instrumentos e sua aplicação para avaliação dos discentes, dos preceptores e tutores e de discussão conjunta dos produtos avaliativos. Estas maneiras de construir um sistema avaliativo participativo vêm sendo um desafio para os tutores e preceptores desde a criação dos instrumentos, aplicação dialógica ao acompanhamento processual, bem como por parte dos estudantes que esperam uma avaliação tradicional. Esse sistema tem produzido mudança na nossa forma de percepção e operacionalização da avaliação, oportunizando momentos democráticos, potentes no ensino-aprendizado, assim como readequação das atividade e transformações na nossa forma de atuação. Assume-se o compromisso de construir processualmente um sistema avaliativo que tome em consideração os fatores teórico-técnicooperacional, social e ético-político, cumprindo um dos objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS) que é aprimorar continuamente a formação, gestão do trabalho e a atenção em saúde. |
6763 | PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE: ATIVIDADES DIVERSIFICADAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO NORTE DO BRASIL leonardo de souza louzardo, Maira Silva da Costa, paula regina barbosa de almeida, livia sue toda, Jamila Johana Martins Gatinho, daiane de Souza Fernandes, daniele tupinambá emme, victoria menezes da costa PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE: ATIVIDADES DIVERSIFICADAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO NORTE DO BRASILAutores: leonardo de souza louzardo, Maira Silva da Costa, paula regina barbosa de almeida, livia sue toda, Jamila Johana Martins Gatinho, daiane de Souza Fernandes, daniele tupinambá emme, victoria menezes da costa
Apresentação: A vivência de alunos de graduação na atenção básica condiz com um aprendizado diversificado, que não se limita apenas ao conhecimento teórico de condutas e procedimentos, mas se baseia fundamentalmente no relacionamento com os usuários inseridos em uma realidade própria, com necessidades e condições especiais. As atividades multiprofissionais de promoção e humanização da saúde ocorrem em diversos âmbitos e formas, no qual os profissionais envolvidos trabalham em prol do bem comum. Nesse sentido, o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) Interprofissionalidade, objetiva o aprimoramento da educação e práticas interprofissionais (EIP e PIP), entre os agentes promotores de saúde, construindo um modelo de prevenção em saúde interdisciplinar. Este relato tem como objetivo trazer à luz a importância da atuação multiprofissional através de um programa de ensino-aprendizagem nas Unidades de saúde da Família (USF) do distrito d’água, em Belém do Pará. Desenvolvimento: A atuação de acadêmicos da área da saúde que participam do programa foi realizada juntamente com a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), sendo que as atividades realizadas possibilitaram o atendimento compartilhado entre os profissionais por meio de quizzes de perguntas e respostas, atividades lúdicas, atividades físicas funcionais, visita domiciliar, roda de conversa e palestras sobre assuntos pré-estabelecidos pelos usuários do serviço e posteriormente organizados pelos petianos; sendo todas as atividades feitas com os grupos assistidos pela unidade junto da equipe NASF, o que permitiu um trabalho terapêutico de forma que ampliasse e qualificasse as intervenções da comunidade local. Resultado: As práticas favoreceram o atendimento e a resolubilidade dos serviços de saúde com ênfase na qualidade da atenção à saúde, pois possibilitaram o reconhecimento das contribuições específicas de cada área de atuação com a flexibilização dos papéis profissionais, além de ampliar e melhorar a comunicação entre os envolvidos e provocar mudanças no perfil do acadêmico inserido num grupo multiprofissional. Além disso, as informações dadas aos usuários bem como a inserção do programa nas Unidades Básicas de Saúde têm permitido aos acadêmicos a possibilidade de identificar as necessidades de saúde do coletivo em conjunto com a equipe de saúde em que estão integrados, para identificar os problemas de saúde local, e, partindo desse raciocínio, executar e avaliar planos de intervenção, priorizando as ações de promoção e prevenção à saúde. Considerações finais: Portanto, é evidente a importância de garantir o acolhimento humanizado, por meio da educação em saúde, com o exercício de atividades de multiprofissionais, transmitindo medidas preventivas acerca das diversas doenças que acometem a população. Além de tais práticas estarem contribuindo para formação de profissionais promotores de saúde do país com base na educação. |
6791 | A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE ODONTOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA ILHA RIBEIRINHA leonardo louzardo, Maira da Costa, suzanne camila ferreira, fernanda ruthyelly pereira, flavia alves, daiane fernandes A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE ODONTOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA ILHA RIBEIRINHAAutores: leonardo louzardo, Maira da Costa, suzanne camila ferreira, fernanda ruthyelly pereira, flavia alves, daiane fernandes
Apresentação: Em contato com a Atenção Primária de Saúde, os estudantes têm a chance de aprender na prática os conceitos de universalidade, acessibilidade e humanização, além de compreender a participação social e trabalho em equipe, que são as bases da Unidade Saúde da Família (USF). Nesse contexto, atividades de promoção e humanização da saúde; onde ocorrem vários fenômenos culturais, singulares e coletivos, no qual os profissionais envolvidos, de diversas áreas de atuação, e pacientes podem interagir produtivamente na construção de produtos e novos valores dentro da unidade de serviço. Com base nisso, o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) Interprofissionalidade, objetiva o aprimoramento da educação e prática interprofissional (EIP e PIP), entre os agentes promotores de saúde, desconstruindo o modelo tradicional de educação e prática uniprofissional. Assim, programas de extensão universitária desvelam a importância de sua existência na relação estabelecida entre instituição e sociedade, consolidando-se por meio da aproximação, troca de conhecimentos e experiências entre professores, alunos e população, pela possibilidade de desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem a partir de práticas cotidianas. A participação em atividades práticas tem como objetivo preparar o aluno para a formação profissional, sendo estas de suma importância para o seu desenvolvimento acadêmico. De acordo com Ikeda, Coelho e Spinelli, a participação dos acadêmicos em atividades práticas irá beneficiar não apenas o aluno, como também a instituição de ensino, as conveniadas que possibilitaram as atividades práticas e a sociedade em geral. Segundo Loch Neckel et al (2009), o saber interdisciplinar dá condições ao profissional de saúde de perceber o homem como um todo, necessitando, assim, de uma visão mais ampla, que ultrapasse a sua especificidade profissional, e que caminhe na direção da compreensão das implicações sociais decorrentes de sua prática. Logo, nas USF’s existem espaços que se estabelecem uma prática dinâmica em potencial para o desenvolvimento de atividades multiprofissionais de promoção e humanização da saúde; onde ocorrem vários fenômenos psíquicos, culturais, singulares e coletivos, nos quais os profissionais envolvidos, de diversas áreas de atuação, e pacientes podem interagir produtivamente na construção de novos valores dentro do Sistema único de Saúde (SUS). Este relato tem como objetivo apresentar as experiências por acadêmicos de odontologia da Universidade Federal do Pará que fazem parte do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Desenvolvimento: Primeiramente, as atividades extensionistas são realizadas dentro da Unidade Saúde da Família, da ilha do combu, região pertencente ao município de Belém do Pará. Diante disso, fez-se uso da educação em saúde para promover diálogos de prevenção acerca das morbidades que acometem a comunidade local. As atividades executadas tiveram como público alvo: idosos e pacientes do grupo de hiperdia, crianças, homens, mulheres grávidas ou não. Os quais são organizados em grupos e atendidos separadamente em cada dia da semana, viabilizando assim o cuidado integral e o princípio da equidade. Sendo assim, foram feitas atividades na sala de espera da unidade que abordaram doenças como: gengivite, câncer bucal, diabetes, hanseníase, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além de orientações de higiene bucal com instrumentos da própria unidade e utilizando folders do Ministério da Saúde (MS) para uma melhor dinâmica de entendimento da população, sendo todas as ações supervisionadas pela dentista e enfermeira da USF, com duração média de 10 minutos. No final da atividade, as cartilhas foram entregues ao público participante, sendo disponibilizadas para relembrarem as informações repassadas e também, para que pudessem compartilhar os saberes adquiridos com a família e demais conhecidos. Ademais, em grande parte das atividades foram notificadas dúvidas acerca dos temas abordados. Mediante isso, os usuários foram orientados e observaram-se as possíveis necessidades de saúde dos assistidos a partir do acolhimento e escuta ativa, proporcionando uma abordagem preventiva, por meio do diálogo e exame clínico, possibilitando evitar sérias consequências. É importante salientar que tais atividades também seguem o calendário criado pelo MS, ou seja, em cada mês do ano foi possível estar expondo conhecimento e orientando os usuários do serviço sobre temas, como: ansiedade, depressão, amamentação, câncer de mama e de próstata, doenças cardiovasculares, hepatites e HIV. Mediante tal inserção, os acadêmicos acompanharam as visitas domiciliares, experiência pouco comum da rotina de um profissional da área da odontologia, mas que permitiu apresentar para estes atuantes a realidade de acompanhar os pacientes da unidade, conhecendo sua vivência e moradia. Resultado: Com isso, percebeu-se que houve uma melhor sedimentação do conhecimento acerca do funcionamento do serviço de saúde para o acadêmico, bem como para a sua adequada atuação como profissional e o exercício da higiene bucal e cuidados com a higiene em geral, sendo meio de um processo dinâmico que necessita de aprendizado prático; promovendo enriquecimento tanto para o discente, como também para a unidade de saúde e os profissionais que nela estão inseridos. Para tanto, o esclarecimento de aspectos importantes acerca das doenças, dúvidas pertinentes e frequentes relacionadas à elas, obtivemos como conclusão, a concretização de efeito positivo na comunidade, trazendo maior facilidade para o reconhecimento dos sinais e sintomas de doenças, os quais auxiliam para um início mais rápido de tratamento para os pacientes dessa USF. De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, a equipe deve interagir com profissionais de outras áreas, além de suas funções específicas, de forma a ampliar seu conhecimento, permitindo a abordagem do indivíduo como um todo, sempre atento ao contexto socioeconômico-cultural no qual ele está inserido. Seguindo esse pensamento, o compartilhar de informações aos usuários bem como a inserção a termo nas Unidades Básicas de Saúde têm permitido aos acadêmicos a possibilidade de identificar as necessidades de saúde do coletivo em conjunto com a equipe de saúde em que estão integrados, para identificar os problemas de saúde local, e, partindo desse raciocínio, executar e avaliar planos de intervenção, priorizando as ações de promoção e prevenção à saúde. Considerações finais: As experiências de inserção inicial no campo da atenção básica de saúde possibilitaram um olhar mais refinado em relação ao funcionamento do sistema de saúde e principalmente na atuação da equipe multiprofissional. Além disso, o público envolvido foi beneficiado com as atividades, adquirindo informações para o autocuidado e à prevenção de diversas doenças. Para os alunos, pode-se destacar a importância do compartilhamento de saberes e a atuação como promotores de saúde, responsáveis no cuidado da população. As atividades realizadas estimularam a aprendizagem de trabalho com um grupo prioritário e com as discussões de temas variados, buscando a melhora da autoestima e qualidade de vida da população. Dessa forma, espera-se que haja uma formação de profissionais humanizados, com visão crítica em relação à atenção integral à saúde, e mais preparados para atuar no SUS. |
6968 | VIVÊNCIAS INTERPROFISSIONAL NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL Eléia de Macedo VIVÊNCIAS INTERPROFISSIONAL NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONALAutores: Eléia de Macedo
Apresentação: Os estágios de vivência na área da saúde constituem importantes dispositivos de metodologias ativas na formação do trabalho em saúde, que permitem aos estudantes experimentarem um novo espaço de aprendizagem, entendido como princípio educativo e espaço de desenvolvimento de processos de condutas interprofissionais, formadores de trabalhadores comprometidos ética e politicamente com as necessidades de saúde da população. Objetivo: Avaliar os impactos das vivências interprofissionais realizadas pelos estudantes do Programa Nacional de Reorientação para o Trabalho em Saúde desenvolvido na Universidade de Caxias do Sul, do ponto de vista da adequação da formação para atendimento das competências necessárias para o trabalho na rede de atenção à saúde do sistema público de saúde nacional. Desenvolvimento: Foi realizada uma análise dos impactos das vivências interdisciplinares realizadas pelos estudantes participantes do programa. Os acadêmicos de diversos cursos da área da saúde percorreram os diferentes cenários de prática profissional, como os serviços de: Urgência e Emergência, Atenção Básica, Atenção Psicossocial, Centros Ambulatoriais e de Reabilitação e Núcleos de Gestão. Em cada cenário de vivência os estudantes elaboram um portfólio crítico reflexivo a partir das execução das atividades previamente planejadas, tais como: a) identificação das características do local, equipe de trabalho e dos princípios do serviço; b) compreensão do processo do trabalho em saúde, a partir da aplicação das ferramentas de gestão (fluxograma analisador e rede de petição e compromisso); c) identificação das competências profissionais necessárias para atuar no serviço, a partir do estudo das Diretrizes Curriculares Nacionais e Projetos Pedagógicos do seu curso perante o perfil do usuário do serviço; d) mudança no perfil profissional, sob a ótica da educação interprofissional, a partir de discussões sobre a prática colaborativa do cuidado em saúde; e) proposição de ações em saúde interprofissionais para o enfrentamento dos nós críticos identificados no serviço. Resultado: As vivências de estágio possibilitaram o entendimento da rede de atenção à saúde, a identificação das características de cada serviço, bem como as legislações que regem o funcionamento dos mesmos de forma dinâmica contemplando as metodologias ativas, onde o estudante constrói aprendizagens por meio de situações reais de trabalho. A vivência permitiu ao estudante a aplicação das ferramentas de gestão em situações reais e a análise de forma crítico-reflexiva da sua formação, propondo possíveis melhorias no serviço e mudanças/ curriculares. Considerações finais: Destaca-se a interdisciplinaridade da vivência com fator responsável pela construção de aprendizagens significativas. As vivências permitiram a reflexão sobre as necessidades de mudanças na formação dos estudantes e a identificação da educação interprofissional como ferramenta de construção de conhecimento e característica/competência necessária para trabalhar na rede de atenção à saúde. |
7387 | EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE: ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DE UM GRUPO TUTORIAL DO PROJETO PET - SAÚDE. Gabryel Cordeiro de Lima, Adelyany Batista Dos Santos, Ana Carolina Lopes Ferreira, Débora Leite Dos Santos, Dina Laine Coutinho de Castro Azevedo, Jéssica Sá Furtado, Luiza de Marilac Meireles Barbosa, Clélia Maria De Sousa Ferreira Parreira EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE: ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DE UM GRUPO TUTORIAL DO PROJETO PET - SAÚDE.Autores: Gabryel Cordeiro de Lima, Adelyany Batista Dos Santos, Ana Carolina Lopes Ferreira, Débora Leite Dos Santos, Dina Laine Coutinho de Castro Azevedo, Jéssica Sá Furtado, Luiza de Marilac Meireles Barbosa, Clélia Maria De Sousa Ferreira Parreira
Apresentação: O PET Saúde tem como pressuposto a educação pelo trabalho, caracterizando-se por instrumento de qualificação em serviço dos profissionais da saúde, iniciação ao trabalho dirigido aos estudantes em área da saúde, de acordo com as necessidades do SUS, inserindo-os em serviços como fonte de produção de conhecimento e de pesquisa nas instituições de ensino. O presente relato visa apresentar os resultados obtidos das atividades de um dos grupos tutoriais do projeto PET – Saúde, discriminado “PET Interprofissionalidade: produzindo saberes e saúde em Ceilândia/Distrito Federal”. Trata-se de uma iniciativa com coparticipação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), da Faculdade de Ceilândia (FCE) da Universidade de Brasília (UnB) e da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), envolvendo profissionais de saúde dos serviços, professores e estudantes de sete cursos de graduação (enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, terapia ocupacional e saúde coletiva) das instituições de ensino participantes. As atividades se iniciaram em janeiro de 2019 e continuam em andamento. O grupo tutorial em tela, denominado “A formação interprofissional de preceptores em saúde: o serviço como lócus privilegiado para o ensino e a aprendizagem de práticas colaborativas”, conta na sua composição com uma coordenadora, uma tutora, quatro preceptoras, sendo uma preceptora voluntária e 12 estudantes de seis cursos de graduação (enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, terapia ocupacional e saúde coletiva). Foram definidos como objetivos principais do grupo: 1) identificar necessidades de aprendizagem sobre educação interprofissional e práticas colaborativas em saúde na perspectiva dos preceptores que atuam na Região de Saúde Oeste do Distrito Federal; 2) instrumentalizar os profissionais de saúde para o desenvolvimento de competências relacionadas ao exercício da preceptoria e à educação interprofissional. Destacam-se três resultados esperados a partir dos objetivos estabelecidos: 1) levantamento, na literatura nacional e internacional, das habilidades que caracterizam a educação interprofissional e prática colaborativa em saúde; 2) identificação das necessidades de aprendizagem dos preceptores sobre educação interprofissional e trabalho colaborativo em saúde entre profissionais que atuam como preceptores na rede de saúde; 3) oferta e realização de Curso de Especialização em Preceptoria, focado na educação interprofissional e nas práticas colaborativas em saúde. Esclarece-se que a oferta do curso justifica-se diante da dificuldade técnica na função do preceptor devido à escassez de cursos em preceptoria, cenários subaproveitados, grande demanda de estudantes e falta de treinamento de equipes para recepcioná-los. Dessa maneira, a primeira ação do grupo consistiu no alinhamento do conhecimento dos partícipes quanto aos fundamentos teóricos e metodológicos da educação interprofissional, além da apropriação tanto das Diretrizes Curriculares Nacionais dos sete cursos abrangidos pelo projeto quanto dos instrumentos legais que regulamentam as políticas de atenção básica do DF. Foi promovida capacitação em pesquisa bibliográfica, conduzida por um bibliotecário da biblioteca setorial da FCE, para todos os integrantes do grupo tornarem-se aptos no uso de operadores bolleanos nas bases de dados. Inicialmente foi decidido recorrer-se à estratégia de busca de evidências conhecida como PICO, sendo necessária uma qualificação prévia. Em seguida, foi indicado utilizar a metodologia SPIDER, por ser mais apropriada às pesquisas qualitativas; enquanto, a primeira é mais indicada aos estudos experimentais. Estabeleceu-se a padronização de palavras-chave por meio dos vocabulários controlados MeSH (Medical Subject Headings) e do DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) em quatro idiomas: francês, português, inglês e espanhol; e dividiu-se a pesquisa em três campos: ensino e formação; experiências/relatos de caso; e conceitos e aspectos de atenção primária e de atenção especializada. A primeira busca de referências pelo grupo resultou na seleção de 17 referências bibliográficas sobre educação interprofissional, publicadas entre 2004 e 2019 com menção de 12 escalas de avaliação validadas. Atualmente o material coletado é estudado para definição de uma escala a ser aplicada aos estudantes do curso de especialização pretendido. Foi procedida leitura e discussão dos trabalhos levantados em forma de seminário por duplas de estudantes. Visando alcançar o resultado referente à identificação das necessidades de aprendizagem dos preceptores sobre educação interprofissional, foi convidada uma pesquisadora cujo objeto de estudo tem sido a construção, validação e uso de instrumentos de avaliação de habilidades de ensino em saúde, incluindo a avaliação desses tipos de necessidades. Seu trabalho, que também contempla a dimensão da interprofissionalidade, foi apresentado e discutido em grupo. Conta-se, atualmente, com um desenho do curso de especialização proposto por um grupo de pesquisadores, tendo na sua constituição seis unidades: 1) Saberes e práticas educativas; 2) Tecnologias de informação e comunicação; 3) Pesquisa e produção de conhecimento em saúde; 4) Formação docente; 5) Interprofissionalidade e ação colaborativa no trabalho em saúde; 6) Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). As propostas iniciais do curso estão sendo discutidas em oficinas para validação final. O grupo já levantou as informações administrativas necessárias para submissão, tramitação e aprovação do curso pela UnB. A observação em campo é mais uma ação estratégica do grupo com o propósito de verificar fortalezas e fragilidades das relações entre: 1) preceptores com estudantes; 2) preceptores com supervisores; 3) supervisores com estudantes. Os 12 estudantes do grupo tutorial foram divididos para atuar em unidades básicas em saúde com a supervisão de preceptores do grupo. Registram-se as observações em diários de bordo, relatos de experiências e portfólios, seguindo um guia de pesquisa pré-determinado. Ainda no cenário do serviço de saúde, o diálogo é estabelecido com os preceptores das unidades para levantar expectativas em relação ao curso de especialização e saber preferências para participação das aulas quanto ao dia da semana e quanto ao horário. Por fim, conclui-se que este grupo de elaboração conseguiu alcançar um bom entendimento acerca das propostas previstas no projeto, sendo necessária, antecipadamente, uma ambientação dos envolvidos acerca do tema de educação interprofissional, que é tratado de forma mais recente no contexto de saúde. Considera-se que o primeiro ano de atividades junto ao projeto foi produtivo e importante para o processo formativo de todos, propiciando a realização das próximas etapas que consistem em: 1) a produção do instrumento de avaliação das necessidades de aprendizagem por parte do preceptor, e; 2) a elaboração final da proposta do curso de especialização em preceptoria, com foco na educação interprofissional e nas práticas colaborativas em saúde. |
7461 | ESTUDO DE CASO COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA NAS PRÁTICAS INTERPROFISSIONAIS NO PET IP UFRJ MACAÉ Marcia Regina Viana, Mônica Feroni de Carvalho, Patricia Beraldi, Fabricia Costa Quintanilha Borges, Aracely Gomes Pessanha, Davidson Eduardo de Carvalho, Alicia de Souza Soares, Tainá Henrique Gomes da Silva ESTUDO DE CASO COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA NAS PRÁTICAS INTERPROFISSIONAIS NO PET IP UFRJ MACAÉAutores: Marcia Regina Viana, Mônica Feroni de Carvalho, Patricia Beraldi, Fabricia Costa Quintanilha Borges, Aracely Gomes Pessanha, Davidson Eduardo de Carvalho, Alicia de Souza Soares, Tainá Henrique Gomes da Silva
Apresentação: Os Estudos de Caso podem ser utilizados como recurso didático pedagógico de observação de fenômenos sociais. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde) tem o objetivo de fomentar a formação de grupos de aprendizagem tutorial em áreas estratégicas, convergentes com o Sistema Único de Saúde (SUS). O atual PET Interprofissionalidade na UFRJ Macaé pontuou a formação multiprofissional das equipes de saúde e, consequentemente, a aproximação dos estudantes de diferentes áreas de atuação nas práticas em saúde em diferentes ambientes do Serviço, desde a Atenção Básica à média e alta complexidade. A preocupação inicial é a gestão do trabalho interprofissional das equipes multidisciplinares da saúde e, como estratégia de atuação tutorial, elaborou-se estudos de casos baseados nas vivências em campos práticos como incentivo ao trabalho colaborativo. O processo de trabalho entre profissionais de diferentes formações e a lida com seus respectivos protocolos de resolução dos agravos, representa fenômeno social importante para efetivação da educação interprofissional. Tradicionalmente, o processo educativo do profissional de saúde é determinado por professores com formação profissional restrita àquela área de atuação, o que pode limitar a perspectiva de outros trabalhadores, oriundos de outras formações. Os estudos de caso, elaborados com base em interação multiprofissional, acaba por proporcionar maior abrangência na perspectiva de cuidado e proporciona aos estudantes a vivência da polissemia das diferentes visões profissionais. Desenvolvimento: os estudantes de diferentes formações e frequentando diferentes serviços integrantes da Rede Pública de Saúde de Macaé (RJ) – Núcleo de Atenção à Mulher e Criança, Centro de Referência ao Diabético e Polo de Oncologia, elaboraram estudos de casos, baseados em sua observação empírica, para posterior discussão e reflexão sobre a complementaridade da formação e atuação das diferentes formações em saúde. Resultado: esperados: Para a equipe de trabalho, as reflexões de diferentes estudos de caso servirão de matriz convergente para problematizar as frentes de cuidado e resolução que cada área do conhecimento em saúde pode oferecer ao caso. Para os demais estudantes estes estudos serão material didático importante para a promoção de conhecimentos estruturantes da formação profissional e permanente. Considerações finais: O Programa Educação pelo Trabalho, em especial o PET Interprofissionalidade, tem se mostrado como um significativo espaço de formação para os diferentes trabalhadores da saúde, por oferecer, além do convívio de experiências, a oportunidade de complementaridade da formação acadêmica, inseridos nos diferentes ambientes do serviço. |
7506 | PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE UNIFESP: EXPERIÊNCIAS DO GRUPO GUARUJÁ, SP Carla Cilene Baptista da Silva, Maria Teresa Pace Amaral, Vera Lidia Berreta, Rafael Garcia Morcillo Jr, Lidia Stalberg Machado, Luany Oliveira Costa, Juliana P. R. G. Silva, Rosangela Soares Chriguer PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE UNIFESP: EXPERIÊNCIAS DO GRUPO GUARUJÁ, SPAutores: Carla Cilene Baptista da Silva, Maria Teresa Pace Amaral, Vera Lidia Berreta, Rafael Garcia Morcillo Jr, Lidia Stalberg Machado, Luany Oliveira Costa, Juliana P. R. G. Silva, Rosangela Soares Chriguer
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho (PET) para saúde é uma política indutora dos Ministérios da Saúde e Educação que preconiza, entre outras questões, a reorientação na formação em saúde. O edital 2019-2020 PET-Saúde, com financiamento da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), tem como proposta a Interprofissionalidade como estratégia que contribui para a integração universidade-serviço para a formação de estudantes comprometidos com o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, favorece a educação permanente dos profissionais da rede, tendo como foco a Educação Interprofissional em Saúde (EPI) e as Práticas Colaborativas. Este trabalho tem por objetivo relatar as experiências realizadas no município do Guarujá, litoral de São Paulo, por uma equipe interprofissional constituída a partir do PET. As experiências aqui apresentadas referem-se aos primeiros 8 meses de execução do projeto, relativas ao período de abril a novembro de 2019. Descrição da Experiência O Projeto PET-Saúde Interprofissionalidade realizado pela Universidade Federal de São Paulo – campus Baixada Santista (UNIFESP/BS) e Centro Universitário Lusíada (UNILUS) é constituído por essas duas Instituições de Ensino Superior e quatro municípios do litoral paulista: Guarujá, Itanhaém, Santos e São Vicente. É composto por 5 Grupos que realizam atividades de acordo com as parcerias estabelecidas entre os territórios e as equipes executoras, sendo dois grupos em Santos e um grupo nos demais municípios. Cada Grupo é composto por seis estudantes de graduação dos seguintes cursos: Educação Física, Fisioterapia, Serviço Social e Terapia Ocupacional da UNIFESP e Medicina da UNILUS; quatro preceptores de diferentes serviços e dois docentes/tutores. Tendo em vista os objetivos gerais estabelecidos no projeto, o Grupo PET do Guarujá preocupou-se, inicialmente, em conhecer o local escolhido para as práticas do grupo, que é a Unidade Básica de Saúde (UBS) Pae Cará e mapear seu território. A unidade está localizada no Distrito Administrativo de Vicente de Carvalho, em Guarujá (SP), um dos nove municípios da Baixada Santista, com uma população estimada de 318.000 habitantes, sendo o distrito de Vicente de Carvalho a região mais populosa da cidade. Na micro região da UBS Pae Cará reside uma população estimada em 36.000 habitantes com prevalência de 25% de atendimentos aos idosos e pacientes crônicos e 75% de atendimento materno infantil. Por ser um equipamento que não conta com territorialização, tem aproximadamente 30% da população assistida proveniente de outras áreas do município. O território tem como principal característica de vulnerabilidade a pobreza associada às condições sanitárias precárias. Com relação aos dois objetivos específicos definidos no projeto para o período: a) aprofundar e ampliar a vivência interprofissional em saúde, dos estudantes e da equipe de saúde e b) promover articulação com os demais níveis de atenção à saúde da gestante, pode-se afirmar que ambos estão sendo alcançados à medida em que o trabalho vai sendo realizado. No período entre abril e novembro de 2019 foram desenvolvidas as seguintes atividades: Reconhecimento da Equipe PET Guarujá: inicialmente foram realizadas reuniões para que o grupo de estudantes, preceptores e docentes pudessem se conhecer, se aproximar e se interar das diferentes profissões e atuações dos participantes do grupo; Reuniões da Equipe PET Guarujá para estudo e discussões sobre EPI, sobre as características do município e do território da UBS e discussão sobre as demandas, a população e o território; Definição da temática a ser trabalhada na UBS e elaboração de práticas colaborativas a serem realizadas pelo Grupo PET Guarujá; Reconhecimento e Aproximação com a Rede de Serviços do Município que atende a população materno-infantil; Realização do Grupo de Cuidado Interprofissional às Gestantes que consistiu em encontros com propostas de atividades para estabelecimento e fortalecimento de vínculos, dinâmicas corporais e grupais para fomentar discussões sobre gestação, aleitamento e parto (sinais de trabalho de parto e discussão do plano de parto), bem como sobre expectativas, anseios e planos pós gestação;Visitas aos equipamentos de saúde do município;Visitas domiciliares; Acompanhamento de consultas das especialidades: Enfermagem, Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria; Reuniões com a equipe da UBS; Reunião com a Equipe Gestora da Secretaria de Saúde do Município; Reuniões mensais com todos os Grupos que compõem o PET Saúde Interprofissionalidade UNIFESP/UNILUS. Há alguns fatores facilitadores para a execução das atividades descritas acima que são: ter no Grupo PET do Guarujá preceptores em funções estratégicas que atuam em diferentes serviços da rede, inclusive na coordenação da UBS Pae Cará. Outro fator facilitador é o fato do campus da UNIFESP Baixada Santista ser referência para formação interprofissional na graduação em saúde e de possuir experiências anteriores em políticas indutoras na região. Por fim, pelo interesse e engajamento da coordenação de Educação Permanente do município em avançar nas parcerias com as instituições de ensino superior da região. As barreiras encontradas até o momento dizem respeito à adesão das gestantes ao Grupo de Cuidado. Impacto do Trabalho Atualmente, a Equipe PET Guarujá prioriza 3 frentes de ação, que ocorrem todas as quintas-feiras pela manhã, sendo: 1) Grupo de Cuidado Interprofissional às Gestantes; 2) Espaço Lúdico na sala de Espera e 3) Visitas Domiciliares às gestantes que não comparecem nas consultas de pré-natal. Essas ações ocorrem. A Equipe é dividida em três pequenos grupos e conta com a participação de mais duas profissionais da unidade (uma psicóloga e uma assessora de saúde), além dos preceptores e tutores. Há um rodízio a cada semana para que toda a equipe possa participar de todas as frentes de trabalho. Ao final da manhã ocorre uma reunião com todos para a troca de experiências, saberes e discussões sobre as práticas realizadas. Além desse momento na UBS, o grupo se reúne também em outro período da semana para estudos teóricos, discussões e planejamento de ações futuras e realização de outras demandas que forem necessárias. A partir dos registros dos estudantes em diários de campo foi possível observar que essa dinâmica de trabalho permitiu a vivência de demandas do território que ainda necessitam de maior atenção, como a ampliação do diálogo intersetorial entre saúde e educação para o incentivo à continuidade do estudo nos períodos gestacional e puerperal no caso de adolescentes e jovens adultas. Também foi reconhecida pelos estudantes as especificidades de determinados profissionais no cuidado à gestante, como o papel do assistente social e psicólogo na rede de atenção à saúde. Considerações finais Ao longo desses primeiros 8 meses de vigência do projeto os objetivos propostos estão sendo alcançados, trazendo oportunidades aos estudantes para um melhor entendimento das relações estabelecidas no cotidiano dos serviços, permitindo um maior contato entre os usuários, profissionais e estudantes, o que fortalece a formação interprofissional. Entretanto, ainda existem desafios para avançar em sua execução, como potencializar o envolvimento de outros membros da equipe da UBS em ações interprofissionais; melhorar a adesão das gestantes nas atividades do Grupo, bem como ao pré-natal; compreender melhor as demandas relativas à primeiríssima infância; ampliar as ações do PET junto à equipe na atenção ao bebê e a criança para a promoção de saúde, do desenvolvimento infantil e do brincar; e intensificar as discussões junto a equipe da UBS sobre possibilidades de ações interprofissionais e práticas colaborativas na unidade. Palavras-Chave: Atenção Primária à Saúde; Educação Continuada; Formação Permanente; Educação Interprofissional; PET-Saúde. |
10637 | A TUTORIA E AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Joana Darc Fialho de Souza, Sabrina Ayd Pereira José, Amábela Avelar Cordeiro, Márcia Regina Viana, Patrícia Beraldi, Aracely Pessanha, Fabrícia Costa Quintanilha Borges, Mônica Feroni de Carvalho A TUTORIA E AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Joana Darc Fialho de Souza, Sabrina Ayd Pereira José, Amábela Avelar Cordeiro, Márcia Regina Viana, Patrícia Beraldi, Aracely Pessanha, Fabrícia Costa Quintanilha Borges, Mônica Feroni de Carvalho
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE) contempla projetos na área da saúde que se proponham a qualificação dos processos de integração ensino-serviço-comunidade de forma articulada entre o Sistema Único de Saúde e as Instituições de Ensino Superior. Neste contexto, o tutor na esfera do PET – SAÚDE tem em seu papel o desenvolvimento de ações de integração do ensino-serviço-comunidade de modo a contribuir para o fortalecimento da formação profissional, da interprofissionalidade, da prática humanizada e da integralidade da assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Tem como objetivo descrever as estratégicas utilizadas pela tutoria na educação interprofissional no PET-SAÚDE. Descrição de experiência: Trata-se do relato de experiência acerca das estratégias educativas utilizadas pela tutoria no desenvolvimento do PET- SAÚDE realizadas pelo subprojeto da UFRJ – Campus Macaé, “PET – SAÚDE Interprofissionalidade: Ações Extensionistas para o Fortalecimento do SUS”. O planejamento e desenvolvimento das ações educativas aconteceram entre maio e novembro do ano de 2019, contando com a participação de 04 docentes pertencentes ao PET-SAÚDE. Resultado: O desenvolvimento e articulação de ações foram idealizadas pelos tutores com a participação e execução das atividades dos preceptores, alunos bolsista e voluntários envolvidos no subprojeto, o qual proporcionou à comunidade ações educativas nos diversos cenários como Polo de Oncologia de Macaé, Núcleo de Atenção à Criança e a Mulher e o Centro de Referência ao Diabético, pertencentes à Rede de Atenção à Saúde de Macaé (RJ). Algumas estratégias da tutoria envolviam leituras de textos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e equipe interprofissional, realização de rodas de conversa e de oficina de extensão junto à comunidade sobre o conhecimentodo do SUS. As estratégias educativas transformaram o trabalho em saúde, com ênfase no desenvolvimento de práticas colaborativas na promoção da integração ensino-serviço-comunidade com foco no desenvolvimento do SUS, a partir da oficina como elemento metodológico da educação interprofissional. A educação para desempenhar papéis concomitantes de Educação Permanente para desenvolvimento do SUS e ferramenta de integração entre ensino- serviço- comunidade, viabilizando um espaço de educação permanente em saúde para gestores, trabalhadores, professores, estudantes e usuários do SUS contribuindo para o desenvolvimento do trabalho colaborativo. Considerações finais: A Tutoria do PET-SAÚDE na construção do conhecimento em um espaço de aprendizagem e assistencial, consistiu no processo de ação e reflexão das práticas assistenciais sobretudo preconizando o trabalho colaborativo e interprofissional fortalecendo a responsabilidade social da universidade junto à comunidade e a qualificação do futuro profissional. |
8621 | DISCIPLINA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA A FORMAÇÃO NO TRABALHO PARA O SUS PELA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E CUIDADO INTEGRAL EM SAÚDE Tissiane Paula Zem Igeski, Milene Zanoni da Silva DISCIPLINA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA A FORMAÇÃO NO TRABALHO PARA O SUS PELA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E CUIDADO INTEGRAL EM SAÚDEAutores: Tissiane Paula Zem Igeski, Milene Zanoni da Silva
Apresentação: A Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2019 ofertou pela primeira vez a disciplina optativa de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) com caráter interdisciplinar aos estudantes dos cursos de Medicina, Nutrição, Odontologia, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Medicina Veterinária, Educação Física, Biologia, Fisioterapia e Psicologia. Foi criada a partir da aprovação da UFPR no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET – Saúde/Interprofissionalidade), que desenvolve ações envolvendo diferentes atores do SUS e comunidade acadêmica, visando a interprofissionalidade, interdisciplinaridade, intersetorialidade e integração ensino-serviço. Neste resumo, os principais objetivos são compartilhar as vivências das PICS realizadas pelos discentes na disciplina; citar as atividades realizadas pelos discentes e preceptores nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) em um município da região metropolitana de Curitiba (RMC); refletir sobre a importância da disciplina para formação dos alunos e como educação permanente dos trabalhadores do SUS. Método: DO ESTUDO A disciplina de PICS é ministrada de forma optativa e abrange dez cursos de graduação na UFPR na modalidade presencial com carga horária total de 60 horas, totalizando 4 horas semanais. O recurso utilizado é a metodologia ativa de ensino-aprendizagem, permitindo que estudantes de diferentes formações em saúde e profissionais atuantes nos serviços aprendam e compartilhem experiências acadêmicas e do campo de trabalho contribuindo para a educação profissional no SUS. Resultado: A disciplina possibilita aos alunos participarem de aulas teórico/práticas sobre: a história de vida, a arte de cuidar, hipnose, medicina ayurvédica, meditação, terapia comunitária integrativa, religiosidade e espiritualidade na saúde, Política nacional de PICS, Política Nacional de Promoção da Saúde, Política Nacional de Educação Popular em Saúde, Política de Humanização entre outras PICS. Algumas atividades realizadas pelos discentes junto aos preceptores nos serviços da APS foram: participação em atividades coletivas que abordam várias linhas de cuidado por meio de observação e participação ativa junto aos profissionais de saúde qualificados para a prática das PICS, entre elas: hipnose, terapia comunitária integrativa, meditação, dança sênior, auriculoterapia, shantala, fitoterapia, yoga, entre outras. A reflexão acerca dessa disciplina para os alunos e preceptores dos serviços é relevante para o desenvolvimento da formação dos discentes, quanto ao autoconhecimento, ao olhar ampliado do cuidado, a vivência da realidade do SUS, construindo possibilidades para o enfrentamento das dificuldades e percebendo suas competências no cuidado com o usuário. Para os preceptores é nítida a oxigenação que o estudante traz ao serviço, às equipes e à população, fomentando a educação permanente em saúde para a melhoria da prática profissional. Considerações finais: A partir dos resultados da disciplina no âmbito da universidade pública e dos serviços da APS é evidente a sua importância para a formação dos discentes, oportunizando a reflexão dos participantes e sua ligação com o serviço/usuário e com o profissional/preceptor pela troca de experiências e pelo aprendizado horizontal e contínuo do discente e do trabalhador do SUS. |
8742 | A PRECEPTORIA NO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA silvia mello dos santos A PRECEPTORIA NO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: silvia mello dos santos
Apresentação: Este relato de experiência traz vivencias em preceptoria por uma médica da Estratégia Saúde da Família (ESF) para alunos do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFoa), vinculados ao Programa de Educação Pelo Trabalho em saúde (PET-Saúde) Interprofissional. O PET-Saúde tem como foco o desenvolvimento de suas atividades na educação interprofissional (EIP) que vincula diferentes áreas de cuidado em um mesmo cenário de ensino, desafiando os educadores na estrutura formativa até então voltada para as necessidades individuais de cada currículo. As competências do aluno no momento do estágio na Atenção Primária a Saúde (APS) envolvem habilidades de comunicação, trabalho em equipe de forma colaborativa, além da tomada de decisão compartilhada. Como preceptora no PET-Saúde Interprofissional oriento o trabalho de estagiários do curso de medicina, nutrição, educação física, enfermagem e odontologia que atuam juntos e integrados. O planejamento de atividades envolve ações desenvolvidas no projeto de pesquisa inicial, através de uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda e Pinheiral e do UniFoa. Nosso grupo tutorial realiza ações voltadas para o diagnostico situacional de saúde do território, a integração intersetorial com atividades no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), e nas escolas através do Programa Saúde na Escola (PSE), além de atividades de atendimento compartilhado em consultório e visitas domiciliares na ESF. Um verdadeiro desafio unir estudantes de diferentes cursos na área da saúde para um trabalho harmônico, simultâneo e com o mesmo objetivo. Para isso foi necessário um estudo prévio de conceitos pela autora, um planejamento conjunto com os alunos, coordenadores e tutores durante o estágio e a organização de cada atividade em base aos conhecimentos específicos de cada profissão, para que pudessem verdadeiramente aprender juntos e trabalhar juntos. Além disso, promover as competências que os estudantes de diferentes áreas tinham de bagagem e integrá-las a dinâmica do trabalho no SUS de forma participativa, uns com os outros, quebrando preconceitos e hierarquia, facilitando o diálogo e mediando as intervenções. Foram atendidos indivíduos e famílias, cada profissão usando sua expertise para determinado problema, complementando o limite do outro, aprendendo com o saber do outro. Foram realizadas atividades comunitárias e estão sendo desenvolvidos projetos para cuidar de forma integral das pessoas, utilizando espaços comunitários no território para ações em saúde. Concluindo, as doenças estão atreladas ao modo e ao estilo de vida das pessoas, a saúde precisa ser tratada de forma ampla utilizando diferentes olhares para um manejo completo e sistêmico. A preceptoria interprofissional está sendo desafiadora, sendo necessário espaço para a mediação do inesperado, improviso e da criatividade uma vez que cada evento ou consulta envolve relações humanas, e a aprendizagem na prática implica ação e reflexão dos alunos sobre problemas reais seja de uma pessoa, família ou comunidade. |
8946 | PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE (PET - SAÚDE INTEPROFISSIONALIDADE) CONTRIBUINDO PARA UMA PRÁTICA COLABORATIVA E TRANSFORMADORA NO SERVIÇO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Francine Ramos de Oliveira Moura Autonomo, Ana Paula Alves Gegório, Ândrea Cardoso de Souza, Raphaela Silva Tavares Lacerda, Ana Caroline Alves da Silva, Oziane Guimarães Braga, Felipe Lima PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE (PET - SAÚDE INTEPROFISSIONALIDADE) CONTRIBUINDO PARA UMA PRÁTICA COLABORATIVA E TRANSFORMADORA NO SERVIÇO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Francine Ramos de Oliveira Moura Autonomo, Ana Paula Alves Gegório, Ândrea Cardoso de Souza, Raphaela Silva Tavares Lacerda, Ana Caroline Alves da Silva, Oziane Guimarães Braga, Felipe Lima
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET- Saúde) foi instituído pelo Ministério da Saúde em 2008 pela Portaria Interministerial nº 1.802, de 26 de agosto de 2008, desde a sua criação já teve várias versões até o edital de 2018, em que foi intitulado “PET-Saúde/Interprofissionalidade” e faz parte do conjunto de ações do Plano para a Implementação da Educação Interprofissional (EIP) no Brasil, conforme chamado realizado pela Organização Pan Americana da Saúde (OPAS / OMS) no ano de 2016. Trata-se de um Programa que visa o desenvolvimento do SUS, por contribuir para qualificação dos profissionais da saúde, assim como com a formação de estudantes de graduação cursos da área; pressupõe a educação pelo trabalho e representa uma iniciativa importante para o fortalecimento das ações de integração ensino-serviço-comunidade, pois prevê atividades que envolvem ensino, pesquisa, serviço, extensão universitária e participação popular; aloca os alunos nas unidades de saúde e territórios pelo fato de oportunizar a interação dos profissionais da saúde com alunos da graduação e comunidade, por meio da inserção dos estudantes no Sistema único de Saúde – SUS. O objetivo do presente trabalho é descrever a experiência dos docentes, preceptoras e alunos de graduação no PET-Saúde Interprofissionalidade da Universidade Federal Fluminense (UFF) em uma unidade de saúde da família do município de Niterói. Trata-se de um de relato de experiência, a partir da vivência dos alunos de graduação, preceptores (profissionais de saúde) e docentes inseridos no PET-Saúde Interprofissionalidade- UFF/Niterói. Todos os integrantes do PET-UFF foram selecionados por meio de um processo seletivo, sendo que um dos critérios para a seleção dos preceptores é que fossem profissionais da Fundação Municipal de Saúde- Niterói que já recebessem alunos da UFF nas unidades, colaborando assim para a formação. Na primeira reunião, o programa e os elementos teóricos e metodológicos da Educação Interprofissional (EIP) foram apresentados para os alunos, docentes e preceptores; após foram formados grupos de preceptores, alunos e docentes de diferentes categorias profissionais e alocados em serviços em diferentes territórios do município, sendo estes preferencialmente unidades de atenção básica, policlínicas e um Centro de Atenção Psicossocial. O grupo que terá suas vivências descritas neste trabalho é composto por três preceptoras (profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família de categorias profissionais e cargos diversos-enfermeiras e dentista, que atuam na assistência e na gestão), três docentes (educador, psicólogo e enfermeira, professores da UFF) e quatro alunos das graduações de enfermagem, odontologia, farmácia e psicologia. O acompanhamento do trabalho acontece de diferentes maneiras: supervisão de preceptores junto aos alunos em serviço, encontros mensais entre os integrantes do grupo na universidade (para acompanhamento e planejamento do trabalho que vem sendo desenvolvido no campo), oficinas bimensais com todos os integrantes do PET, relatórios mensais, reuniões e grupos de WhatsApp. No início das atividades foi proposto aos alunos que conhecessem os demais profissionais e as atividades da unidade com mediação dos preceptores. Atividades sombra e de observação participante permitiram uma entrada que pudessem experimentar o serviço de dentro e que oportunizasse aos alunos conhecerem o processo de trabalho da unidade; as práticas profissionais; o território adscrito; o perfil da comunidade atendida na unidade, de forma a identificar nós que dificultavam o trabalho interprofissional e colaborativo nessa unidade de saúde. De forma concomitante, aconteciam os encontros para conversa sobre o trabalho cotidiano e as oficinais, organizadas por cada grupo no espaço da universidade, cuja temática principal girava em torno da Educação Interprofissional e Prática Colaborativa. Os conhecimentos produzidos a partir do encontro com o serviços e as oficinas forneceram subsídios teóricos para gerar estranhamentos sobre o processo de trabalho que interferem na assistência prestada à população, tais como: número reduzido de reuniões de equipe; fragmentação do cuidado diante ao enfrentamento de problemas de saúde complexos; dificuldade para implementação das ações discutidas no projeto terapêutico singular – PTS; dificuldade na identificação da adesão ao tratamento farmacoterapêutico dos pacientes portadores de Diabetes Mellitus, entre outras. Tal percepção resultou numa reflexão coletiva e impulsionou a implementação de estratégias que transformassem o trabalho em ato. O primeiro passo adotado pelo grupo seria discutir os problemas com os profissionais das equipes de saúde. O resultado de tal movimento deu-se no planejamento coletivo de estratégias para melhorar a prática, tais como: 1) conhecer a percepção dos trabalhadores sobre a importância das reuniões de equipe e seus efeitos práticos no cotidiano do serviço, o que evidenciou a necessidade de mudanças na forma de condução das reuniões, foi elencado um formato lúdico, que incluiu a problematização do processo de trabalho, o que estimulou o envolvimento e a participação efetiva dos profissionais e aumento do número de reuniões de equipe e com a comunidade, conforme registrado em atas; 2) integração com o Centro de Apoio Psicosocial álcool e outras drogas (CAPSad) para acompanhamento e matriciamento dos casos, por meio de visitas domiciliares, discussão de casos, interconsultas e construção conjunta dos PTS, o que permitiu o trabalho em Rede de Atenção a Saúde (RAS) com vistas ao cuidado integral; 3) levantamento dos pacientes diabéticos descompensados, e busca de fatores que estivessem impedindo esse controle, a fim de construirmos estratégias mais singulares para diminuirmos tal situação. Essas estratégias foram sistematizadas e submetidas à observação em pesquisas aplicadas pelos alunos, permitindo a reflexão e mudança na prática de trabalho, buscando a interprofissionalidade, contribuindo para a melhoria do processo de trabalho da equipe, tendo em vista que é na relação com o outro, na praxis, no encontro e aceite das suas singularidades que construimos formas colaborativas que estão para além do trabalho morto e engessado. A partir das experiências relatadas, conclui-se que o PET-saúde possibilita a integração ensino-serviço-comunidade, o repensar das práticas profissionais e contribui para construção de uma prática colaborativa e transformadora nos serviços de saúde, bem como na formação integral dos alunos da graduação sob a ótica da interprofissionalidade, já que pressupõe a produção do cuidado a partir de novas subjetividades e do trabalho coletivo. |
8948 | A RELEVÂNCIA DO PET-SAÚDE PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO INTERPROFISSIONAL Gabriel Gama de Sousa, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Joelma de Rezende Fernandes, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira, Leticia Lima Ferreira da Cunha, Eugenia Franco Rosa Gama, Giselle Móser Jorge Saad Ferreira, Alice Damasceno Abreu A RELEVÂNCIA DO PET-SAÚDE PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO INTERPROFISSIONALAutores: Gabriel Gama de Sousa, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Joelma de Rezende Fernandes, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira, Leticia Lima Ferreira da Cunha, Eugenia Franco Rosa Gama, Giselle Móser Jorge Saad Ferreira, Alice Damasceno Abreu
Apresentação: Em 2008, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação criaram por um decreto interministerial, o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde). Ele é baseado em um dos eixos do Pró-Saúde, o de orientação prática, tendo como foco a integração ensino-serviço-comunidade e como pressuposto a educação pelo trabalho. É formado por grupos de aprendizado tutorial, formado por Acadêmicos dos cursos de Graduação em Saúde, Tutores Acadêmicos (Docentes da Graduação) e Preceptores (Profissionais do Serviço Público de Saúde local). O PET-Saúde tem uma edição especial que trata do trabalho interprofissional, que é o PET-Saúde Interprofissionalidade. É uma ferramenta importante, pois tem como objetivo a educação interprofissional (EIP), como estratégia educacional para desenvolver a prática colaborativa. O PET-Saúde está sendo desenvolvido em parceria com o Centro Universitário Serra dos Órgãos e a Secretaria Municipal de Saúde de Teresópolis. Os trabalhos práticos desse Programa, tem como território a Fazenda Ermitage, o local onde atualmente moram os sobreviventes da catástrofe natural que atingiu Teresópolis no ano de 2011. Este trabalho visa relatar a importância do PET-Saúde na formação profissional para o Sistema Único de Saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de um grupo interprofissional inserido no programa PET-saúde. Os primeiros momentos do grupo foram reservados para o conhecimento do grupo interprofissional, processo de trabalho e o cenário de prática. As reuniões são marcadas semanalmente e as atividades propostas são discutidas em conjunto. As reuniões são momentos que a equipe pratica a interprofissionalidade, refletindo, observando, pesquisando, interrogando e participando. O início foi complexo, pois tudo era muito novo, então surgiam dúvidas, momentos de debates e até insegurança, mas durante as reuniões esses problemas eram resolvidos pela equipe. IMPACTO: A inserção de profissionais e acadêmicos, da área da saúde neste cenário de prática, busca a integração entre a educação e o trabalho em saúde. Essa integração proporciona uma formação mais completa, incorporando o estudo com o cenário do cuidado em saúde, com o objetivo de fazer todo o grupo aprender entre si, com os outros e sobre os outros, efetivando a educação interprofissional. Ao começar explorar o território que foi designado para a inserção, cada estudante e profissional começa a observar as fragilidades vividas pela população local e é confrontado a um dos princípios do SUS, o de integralidade, que considera as pessoas como um todo, atendendo a todas suas necessidades. A interprofissionalidade a todo tempo nos desafia a usar de empatia para aprender uns com os outros, sobre os outros e entre si; podendo assim, colaborar de forma eficaz para a melhoria nos resultados. Considerações finais: Essa experiência nos permitiu adquirir novos conhecimentos, produzir trabalhos científicos, agir de forma cooperativa e integrada com profissionais de outras especialidades, interagir com a comunidade na qual estamos inseridos, valorizar o trabalho em equipe e, sobretudo, reconhecer a importância da inserção do acadêmico no cenário de prática. |
9354 | PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE COM FOCO NA INTERPROFISSIONALIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Débora Leão Alves, Sarah de Oliveira Sousa, Bruno Ferreira Ribeiro, Stefanie Mauzolf Wetmann, Maria Alice Alves Pereira Farias, Maria Edna Vieira Santana, Erminiana Damiani de Mendonça Pereira, Juliana Bastoni da Silva PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE COM FOCO NA INTERPROFISSIONALIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Débora Leão Alves, Sarah de Oliveira Sousa, Bruno Ferreira Ribeiro, Stefanie Mauzolf Wetmann, Maria Alice Alves Pereira Farias, Maria Edna Vieira Santana, Erminiana Damiani de Mendonça Pereira, Juliana Bastoni da Silva
Apresentação: A inserção dos acadêmicos da área da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) torna-se possível através de iniciativas como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET – Saúde/ Interprofissionalidade), que contribui para a formação de acadêmicos mais comprometidos com a população e com o trabalho interprofissional. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência do grupo tutorial 5 (GT5) na condução de uma reunião com todos os cinco grupos tutoriais do PET – Saúde/ Interprofissionalidade, que reúne a Universidade Federal do Tocantins (UFT), a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e os Serviços de Saúde do município de Miracema do Tocantins. Desenvolvimento: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido a partir de uma reunião geral com os integrantes do PET- Saúde realizada em dezembro de 2019 e conduzida pelo GT5 que trabalha a ‘Formação docente’ e é composto por tutores, preceptores e alunos. A reunião iniciou com uma breve apresentação sobre os objetivos do GT5, ações realizadas com a comunidade, vivências na rede de saúde de Miracema do Tocantins, leituras e dos eventos, cujos integrantes participaram. Em um segundo momento foi feita uma dinâmica com um questionamento para todos: O que é ser professor/preceptor? Depois desta discussão, o grupo geral foi separado em quatro subgrupos de forma aleatória, cada subgrupo recebeu uma questão a ser respondida, a partir de discussões entre os integrantes. Foram feitas duas questões diferentes, uma para cada dois subgrupos, a saber: 1- Qual(is) o(s) desafio(s) para o ensino-aprendizagem na atualidade? 2- Qual(is) metodologia(s) pode(m) contribuir para o processo de ensino-aprendizagem? As respostas deveriam ser escritas em um cartaz distribuído por subgrupo e, posteriormente, apresentadas e debatidas com o grupo geral do PET. Para isso, em cada subgrupo, foram eleitos os relatores e os integrantes do GT5 eram coordenadores dos grupos e controladores do tempo. Resultado: A partir do questionamento sobre os desafios para o ensino-aprendizagem na atualidade foram obtidas respostas como – fomentar a interprofissionalidade, falta de integração do ensino/serviço, necessidade de romper com metodologias de ensino tradicionais, o preparo do professor e recepção dos alunos quanto às metodologias ativas, falta de tecnologias e recursos, precarização do ensino, formas de avaliação, lógica da produtividade e a falta de aproximação entre alunos e professores. Quanto às metodologias que podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem, destacaram-se algumas respostas: Metodologias ativas, aprendizagem baseada em problemas, estudo de caso, portfólio, seminários, estágios, monitorias, ações de extensão, ligas acadêmicas, tecnologias de educação, dinâmicas de grupo, debates, dramatizações, simulações, aulas e provas práticas, jogos educativos, visitas técnicas, matriz de STOW e plano de ação 5w2h. Considerações finais: A experiência possibilitou conhecer melhor a percepção dos integrantes do PET-Saúde sobre questões pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem e colaborou para futuras ações do GT5 quanto à formação docente. |
6378 | A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE Sylvia Gois Santos, Letícia Lemos de Moraes, Mariana Rodrigues de Andrade, Leticia da Silva de Azevedo, Isabella Froés Capela, Michele Ramos Lourenço, Carolinne Linhares Pinheiro A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDEAutores: Sylvia Gois Santos, Letícia Lemos de Moraes, Mariana Rodrigues de Andrade, Leticia da Silva de Azevedo, Isabella Froés Capela, Michele Ramos Lourenço, Carolinne Linhares Pinheiro
Apresentação: Educação Interprofissional (EIP) em saúde ocorre quando estudantes de duas ou mais profissões aprendem sobre e com os outros visando a colaboração participativa e diminuição da fragmentação do cuidado prestado. O Conselho Nacional de Saúde, em resolução de 2017, prevê trabalho interprofissional, integralidade do cuidado e integração ensino-serviço-comunidade como princípios a serem incorporados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais das graduações em saúde. O PET-Saúde/Interprofissionalidade caracteriza-se como estratégia para transformação da formação profissional pela integração ensino-serviço-comunidade e busca induzir mudanças nas instituições de ensino e serviços de saúde para que princípios da EIP possam aprimorar a formação profissional em direção à prática mais colaborativa. O objetivo deste estudo é apresentar a percepção de estudantes sobre as contribuições do subprojeto “Vigilância do desenvolvimento de lactentes e pré-escolares: ações e intervenções para o desenvolvimento saudável” do PET-Saúde/Interprofissionalidade do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro para a formação profissional em saúde. Trata-se de estudo qualitativo, baseado na análise de conteúdo, temático-categorial, dos Diários Reflexivos de Campo e textos dissertativos de cinco estudantes, autoras deste trabalho, vinculadas ao referido subprojeto, que ocorre em uma Clínica da Família (CF) da rede de Atenção Primária à Saúde (APS) e conta atualmente com oito estudantes de graduação (Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional), quatro preceptoras da CF e duas docentes do IFRJ. Os diários reflexivos e textos dissertativos foram produzidos entre abril e agosto de 2019, mediante participação nas atividades do subprojeto, como observação do funcionamento da unidade e do trabalho das preceptoras pelas estudantes; avaliação interprofissional do desenvolvimento de lactentes; reuniões semanais para planejamento e discussão das ações; avaliação interprofissional do desenvolvimento de pré-escolares em creche do território, entre outras. Realizou-se leitura flutuante das produções, agrupamento dos trechos por conteúdos semelhantes, definição das unidades de registro e núcleos de sentido que se repetissem. Foram criadas categorias temáticas baseadas nos conteúdos recorrentes e trechos dos relatos são usados para exemplificá-las. A identidade das estudantes foi preservada pelo codinome de flores. A análise das 40 produções textuais culminou em cinco categorias temáticas: ‘Descobrindo a Atenção Primária à Saúde’; ‘Aprender com e sobre as profissões envolvidas no cuidado em saúde’; ‘O contato com a precarização do serviço de saúde’; ‘A carência da EIP na formação acadêmica’, ‘Ampliando o olhar sobre ser profissional de saúde: as contribuições do PET para a formação acadêmica’. A categoria ‘Descobrindo a Atenção Primária à Saúde’ apresentou duas subcategorias temáticas: ‘Desconstrução de conceitos prévios’ e ‘A teoria na prática e a potencialidade do acolhimento’. A primeira foi retratada pela surpresa das estudantes com a atenção à saúde oferecida pela unidade, desconstruindo a influência midiática negativa sobre os serviços do SUS, como observado em “(...) Porém na clínica, pude ver algo totalmente ao contrário: os usuários recebem um cuidado em saúde completo e integral, os profissionais buscam saber tudo o que dá de todos os usuários pelos quais são responsáveis. Os profissionais trabalham juntos em direção a um único objetivo, o bem estar completo do usuário” (Jasmim). Na segunda, identificou-se o acolhimento como realidade na unidade, evidenciando conteúdos teóricos relacionados a este dispositivo e ao vínculo observado na rotina do serviço conforme o trecho: “As profissionais fizeram exatamente o que a atenção básica precisa fazer: acolher, escutar, orientar, e fazer os devidos encaminhamentos, (...) a unidade é o lugar de referência para os usuários, de criação de vínculo e confiança.” (Iris). ‘Aprender com e sobre as profissões envolvidas no cuidado em saúde’ resultou dos relatos sobre o exercício da EIP e das PC durante as ações e à descoberta do papel de várias profissões no cuidado em saúde. Verificou-se que a experiência de acompanhar as preceptoras no serviço enriqueceu os horizontes das estudantes sobre a atuação de outras profissões e aumentou a compreensão da complexidade das demandas de saúde dos usuários, exemplificado em: “Com a implementação do PET, alguns alunos puderam ter a experiência de vivenciar de fato a EIP e as PC, (...) em CF inseridas no território do instituto. Foi como um salto que garantiu vivências que transformaram a perspectiva profissional, pessoal e coletiva, não só em relação ao trabalho em si, mas também em relação aos serviços de atenção básica, suas realidades e dificuldades enfrentadas.” (Iris). Em ‘O contato com a precarização do serviço de saúde’ constatou-se crítica das discentes e sentimento de impotência frente observação do sucateamento do SUS e da atenção básica e suas repercussões para a população, evidenciado em: “Ao mesmo tempo penso na precarização da saúde e no desmonte do SUS, que com escassez de profissionais, equipamentos e materiais não consegue atender a demanda total, que talvez a superlotação cause essas grandes falhas na assistência (...), mas penso o quanto a população perde com o sistema que alimenta essa dinâmica.” (Iris). Na categoria ‘A carência da EIP na formação acadêmica’ observou-se relatos apontando fragilidade de apoio institucional no IFRJ/campus Realengo, fragmentação do ensino dentro dos cursos, incompatibilidade das grades curriculares e insuficiente articulação ensino-serviço-comunidade. Identificou-se também reflexão das estudantes sobre demanda de ensino interprofissional que incentive o pensamento crítico e minimize dificuldades no trabalho em equipe, expostos por Jasmim “(...) temos uma organização e distribuição de turmas dos três cursos em algumas matérias que favorecem que ocorra a EIP, porém, infelizmente, não é isso que ocorre, pois não adianta somente ser colocado alunos dos 3 cursos numa sala, a EIP se baseia em atividades colaborativas e precisa de professores que saibam a importância desta e efetivamente coloquem em prática, além de ser necessário também uma infraestrutura adequada.”. ‘Ampliando o olhar sobre ser profissional de saúde: as contribuições do PET para a formação acadêmica’ foi originada pelas reflexões sobre mudanças positivas em relação à perspectiva de saúde proporcionadas pelo PET para formação profissional. Pode-se afirmar que as vivências do programa modificaram o “pensar em saúde” das discentes, tornando-o mais crítico, incentivando o respeito e a construção de novas práticas, como exemplificado em “As vivências do PET em PC e EIP estão contribuindo muito para minha formação profissional, pois tendo em vista que todos os profissionais da saúde têm o mesmo objetivo que é a centralidade no usuário, família e a comunidade, além de entender que todos são importantes para que haja a efetiva promoção e prevenção em saúde, é possível aprender mais sobre outras profissões, suas atuações e sua visão diferenciada para o paciente.” (Girassol). Além disso, verificou-se que conhecer a profissão do outro contribui para o reconhecimento dos próprios papéis dentro do cuidado de cada indivíduo, sinalizado por Lírio “Trabalhar com pessoas de profissões diferentes tem sido uma jornada no mínimo enriquecedora profissionalmente, pois ao entender a atuação dos outros podemos aprender a nos comunicar melhor, aprender a quando nossa atuação começa e termina e pessoalmente a lidar com as diferenças do próximo.”. Sendo assim, o PET-Saúde/Interprofissionalidade tem alcançado um de seus objetivos contribuindo para a formação das estudantes no sentido da reflexão e crítica sobre a realidade dos serviços de saúde, a prática e formação profissional em saúde, bem como para desenvolvimento de competências colaborativas como valorização dos envolvidos no cuidado e clareza do papel das profissões de saúde |
7478 | A TRANSFORMAÇÃO PROFISSIONAL E SOCIAL ATRAVÉS DO PET-SAÚDE Nathália Cantuária Rodrigues, Alessandra Silva Pantoja, Gabriel Paz de Lima, Anne Beatriz Duarde da Conceição, Willame Oliveira Ribeiro Junior, Victória Baía Pinto, Deizyane do Reis Galhardo, Andreya Araújo Gomes A TRANSFORMAÇÃO PROFISSIONAL E SOCIAL ATRAVÉS DO PET-SAÚDEAutores: Nathália Cantuária Rodrigues, Alessandra Silva Pantoja, Gabriel Paz de Lima, Anne Beatriz Duarde da Conceição, Willame Oliveira Ribeiro Junior, Victória Baía Pinto, Deizyane do Reis Galhardo, Andreya Araújo Gomes
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) é um programa instituído pelo Ministério da Saúde que consiste na realização da extensão universitária - um dentre os três eixos principais de uma universidade - por meio da inserção do acadêmico nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), efetivando a educação em serviço. Neste período, o programa se encontra na modalidade interprofissional, deste modo, busca integrar as diversas áreas da saúde para a realização das atividades de forma conjunta, assim, tornando a assistência prestada de maneira interprofissional e interdisciplinar. Diante disto, o PET-Saúde adentra o Sistema Único por meio da Atenção Básica, a qual, configura-se como a porta de entrada do serviço e possui um alto grau de relevância quando trata-se de prevenção e promoção de saúde. Nesse contexto, a educação em saúde é um dos instrumentos de maior importância para promoção e prevenção em saúde, a qual permite transformação da realidade por meio da conscientização crítica e empoderamento do cidadão, tornando-o um personagem mais envolvido, autônomo e responsável por sua saúde. Além disso, O PET também traz como um de seus princípios a prática de integração ensino-serviço-comunidade a qual aproxima o acadêmico à realidade dos serviços de saúde, ao território e à comunidade. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é relatar a experiência de acadêmicos e preceptoria do PET-Saúde em Belém (PA), durante o ano de 2019. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência acerca das vivências de acadêmicos da área da saúde da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e preceptoras integrantes do PET-Saúde, realizadas no período de abril a dezembro de 2019, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro do Telégrafo, em Belém (PA). A equipe é composta por discentes e preceptoras distribuídos nas áreas de Enfermagem, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Biomedicina, Educação Física, Nutrição e Medicina. Os serviços foram organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica (Bairro do Telégrafo), planejados a partir de critérios epidemiológicos com definição e conhecimento da população a ser atendida. A equipe buscou por embasamento teórico, metodologias ativas e alternativas para que atuassem de forma interprofissional no atendimento a esses usuários, garantido a inclusão no sistema, atendendo aos princípios doutrinários do SUS, sendo a universalidade, direito de saúde a todos os indivíduos; a equidade, redução das desigualdades; e, a integralidade, que considera as pessoas como um todo, conforme as suas necessidades. O grupo envolvido promove atividades de educação em saúde com temáticas que foram descritas previamente no planejamento anual, produzido no início do programa, de acordo com o calendário do ministério da saúde. A produção desse planejamento ocorreu de maneira que cada discente das diferentes áreas pudesse expressar suas ideias e contribuições conforme respectiva área da saúde, a fim de oferecer um trabalho biopsicossocial ao usuário, olhando-o como um todo. As tarefas de educação em saúde foram realizadas tanto na sala de espera quanto no auditório da unidade, com linguagem e materiais acessíveis e de fácil compreensão, além de dinâmicas interativas com placas, cartazes e outros materiais desenvolvidos pelos acadêmicos e supervisionados pelas preceptoras. Durante e/ou após as atividades decorre um momento em que a equipe esclarece dúvidas e conversa com os usuários, a respeito do tema discutido. Uma das dinâmicas que desperta bastante interesse dos usuários consiste em um quiz de afirmativas verdadeiras ou falsas, no qual são distribuídas, para cada indivíduo, uma placa com a sinalização em verde para verdadeiro e, no verso, vermelha para indicar que a assertiva está incorreta. Posteriormente, as afirmativas são lidas pelos acadêmicos e respondidas pelos usuários, abrindo um espaço para discussão, sobre um determinado tema, previamente escolhido pelos acadêmicos e preceptoras do grupo. Outra atividade de importante impacto é a roda de conversa de cuidados em saúde com temáticas abordadas sobre sexualidade, direitos da pessoa idosa, religiosidade e saúde mental. Nesse modo de educar em saúde, percebe-se uma certa liberdade da população em querer expor as suas vivências. Um fato importante que a equipe observou foi a motivação dos usuários em querer repassar as informações às pessoas que não tiveram acesso, levando para a comunidade os materiais produzidos pela própria equipe do PET-Saúde. É importante ressaltar que todas as atividades são orientadas pelas profissionais que nos acompanham, desde a elaboração do projeto de atividades até suas aplicações. Resultado: As preceptoras do grupo, que são profissionais de saúde da unidade, contribuem com o planejamento e execução do projeto de forma crítica e colaborativa nas etapas de todas as programações, muitas das vezes compartilhando informações importantes sobre a comunidade a partir da vivência que já possuem. Os acadêmicos vivenciam a atenção primária de forma diferente de como é estabelecido em atividade curricular: interprofissionalidade, interdisciplinaridade, vínculo com a comunidade, autonomia para pensar e desenvolver atividades e reflexões acerca do Sistema Único de Saúde, entre outras possibilidades que os inserem no trabalho que será desempenhado no futuro. A comunidade recebe os serviços prestados; a educação em saúde promove uma sensibilização e empoderamento dos usuários para que, a partir da informação recebida, possam desenvolver o senso de corresponsabilidade pela saúde própria e coletiva. Além disso, a troca de experiências com os usuários, bem como o feedback sobre as atividades, permite aos acadêmicos e preceptoras o fortalecendo do vínculo e troca saberes com a comunidade, principalmente, em dinâmicas as quais permitam um momento de fala por parte dos usuários. Como impacto para os estudantes, as atividades do PET-Saúde são bastante benéficas e enriquecedoras, visto que permitem um contato com a área desde a graduação, possibilitando o trabalho inter e multiprofissional, além do preparo para o mercado de trabalho futuramente. Considerações finais: O PET-Saúde promove a transformação profissional a partir da Educação Interprofissional e a integração ensino-serviço-comunidade em prol do desenvolvimento do SUS contribuindo para um atendimento de forma integral, sensível e humanizada ao usuário. Outrossim, o programa permite que profissionais, acadêmicos e usuários aprendam e ensinem, ou seja, compartilhem conhecimento entre si, valorizando o saber e a importância de personagem para construir um sistema de saúde que melhor atenda as necessidades de cada população. No quesito de transformação social, o programa contribui com o perfil de papel social que a extensão universitária proporciona à comunidade, pois com a inserção de acadêmicos de diversas áreas da saúde em atuação interprofissional contribui de forma direta em um melhor atendimento do usuário e traz novas percepções e atualizações que a academia os proporcionam, além de que, a participação social da comunidade nas atividades e feedbacks auxiliam em uma melhor estruturação do sistema de saúde. |
7545 | ATIVIDADE PARA RECONHECER AS COMPETÊNCIAS COLABORATIVAS PARA O TRABALHO INTERPROFISSIONAL: EXPERIÊNCIAS DO PET INTERPROFISSIONALIDADE UFRGS/SMS-POA (RS) Luciane Maria Pilotto, Adriane da Silva, Denise Bueno, Rafaela Adelina Esther Biton Rheinheimer, Julia Parente, Gabriel Brum ATIVIDADE PARA RECONHECER AS COMPETÊNCIAS COLABORATIVAS PARA O TRABALHO INTERPROFISSIONAL: EXPERIÊNCIAS DO PET INTERPROFISSIONALIDADE UFRGS/SMS-POA (RS)Autores: Luciane Maria Pilotto, Adriane da Silva, Denise Bueno, Rafaela Adelina Esther Biton Rheinheimer, Julia Parente, Gabriel Brum
Apresentação: O Projeto PET-Saúde Interprofissionalidade foi construído em parceria entre Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (RS) (SMS-POA) e tem como finalidade o desenvolvimento de competências para atuação em equipes de saúde, estimulando os processos de formação acadêmica baseados na educação interprofissional e nas práticas colaborativas de cuidado em saúde centrado nas necessidades e demandas do usuário, suas famílias, cuidadores e comunidades. O projeto, em sua fase inicial, ocorreu nos cenários de práticas da SMS-POA que fazem parte da integração entre serviço-ensino-comunidade nos territórios de atuação dos cursos da UFRGS e tem como referência prioritária as iniquidades em saúde, com foco na saúde das populações em situação de rua, idosa, negra e indígena. Dez pequenos grupos compostos por professores, estudantes e preceptores distribuídos em diferentes serviços compõem o projeto. Um dos cenários de prática onde ocorreram as vivências foi o GerAção POA - Oficina Saúde e Trabalho, que desde 1996 integra a Rede de Atenção Psicossocial da SMS/POA e acolhe pessoas com questões de sofrimento psíquico, encaminhadas através da rede de serviços de saúde do município. Este serviço tem foco na geração de renda através de diversas oficinas de trabalho como: serigrafia, produção de velas, costura, bordado, papel artesanal, mosaico, fotografia, entre outros. O GerAção POA busca, através do trabalho, potencializar a inclusão social dos usuários da rede de saúde mental e é desenvolvido dentro dos princípios da economia solidária e do trabalho colaborativo. Considerando a importância deste projeto e a riqueza deste cenário de prática na formação para a interprofissionalidade, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma atividade desenvolvida pelo grupo PET para identificar as competências colaborativas e sua necessidade para o trabalho em equipe na saúde através das vivências no Geração POA e de estudos do referencial teórico. O grupo PET é composto por duas docentes, uma do curso de Farmácia e outra da Odontologia, quatro discentes dos cursos de Psicologia, Serviço Social e Medicina Veterinária e uma preceptora psicóloga. O grupo participa semanalmente das oficinas desenvolvidas no serviço onde foi possível interagir com os oficineiros/usuários do GerAção POA, conhecendo sobre suas histórias e trajetórias de vida, aprender os diferentes trabalhos e vivenciar as formas de organização e decisões coletivas para a produção dos artesanatos, sempre partindo da orientação dos usuários. Além disso, o grupo PET realizou encontros de estudo para debater o cotidiano vivenciado de modo a aprofundar os referenciais teóricos da educação interprofissional. No entanto, o modelo de formação uniprofissional e tecnicista centrado nas doenças fez com que o grupo tivesse dificuldade na compreensão do processo de trabalho do serviço e na necessidade da inserção do grupo PET neste espaço. O grupo teve dificuldade de entender a função e a importância da sua profissão estar inserida neste segmento da rede da saúde mental uma vez que as competências de núcleo não eram vistas no local. Assim, para auxiliar o grupo no entendimento do seu papel, foi proposto uma atividade para reconhecer e compreender os diversos papéis profissionais, ou seja, elucidar a competência colaborativa da educação interprofissional “clareza dos papéis profissionais”. Entendendo que, a partir da clareza das competências de cada profissão seria possível reconhecer a importância das diferentes profissões naquele espaço. Então, cada componente ficou responsável para observar e entrevistar/perguntar para colegas formados da mesma profissão, “o que eles fazem ou poderiam fazer no exercício de sua profissão”. As respostas foram gravadas em áudios. Em outro momento, o grupo escutou e registrou num cartaz o que cada profissional respondeu, separando por área de atuação. Após, analisou-se os registros e destacou-se o que somente a profissão que respondeu podia fazer e o que poderia ser feito por outras profissões, separando assim as competências específicas de cada profissão, das competências profissionais comuns. O passo seguinte foi analisar os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) e identificar as competências ou objetivos descritos nos mesmos para completar o cartaz e registrar as habilidades e competências que não haviam sido mencionadas até o momento. Por fim, acrescentou-se no cartaz as competências colaborativas, incluindo a competência inicial que desencadeou esta atividade. Tendo como base as respostas dos profissionais entrevistados, foi possível identificar que a formação uniprofissional, centrada nas competências específicas, com foco em habilidades técnicas ainda prevalece atualmente e foi mais marcada nos cursos de Odontologia e Medicina Veterinária. Já na análise das competências comuns, identificou-se que os cursos de Serviço Social e Psicologia são os que mais conseguem desenvolver estas características nos profissionais. O grupo PET, em suas reflexões, entendeu que as competências comuns estão muito próximas das colaborativas. Ao analisar, por exemplo, a competência para o trabalho em equipe, entendeu-se que não há como realizar o trabalho em equipe sem conhecer/saber o que os profissionais fazem, ou seja, sem ter a clareza dos diversos papéis profissionais para respeitar e contribuir com as profissões e melhorar o cuidado em saúde dos usuários e comunidades. E analisando as vivências no GerAção POA, foi possível identificar que as competências colaborativas são visíveis no cotidiano de trabalho, uma vez que não é possível identificar um único líder, as decisões são coletivas, a dinâmica de funcionamento da equipe permite a participação de todos, os conflitos são mediados/resolvidos no coletivo, existe comunicação entre os membros e o cuidado é centrado nos usuários/famílias/coletivo. O Geração POA é um serviço importante que estimula o desenvolvimento destas competências entre os membros do grupo PET. Por fim, o grupo PET percebeu que é possível aprender e contribuir com o Geração PoA, desenvolvendo as diferentes competências, inclusive as específicas de cada curso. Através das experiências no PET Interprofissionalidade, percebe-se que estas são mobilizadoras para o trabalho interprofissional, pois induzem a novas formas de interação entre os cursos, docentes e discentes, bem como trabalhadores e usuários, integrando ensino/serviço/comunidade. Os momentos de convivência e de trabalho com usuários, profissionais do serviço e grupo PET mobilizaram diferentes saberes e propiciaram aprendizados sobre e com o outro, resultando em intervenções conjuntas e colaborativas, muito distintas do processo de formação que, na maioria das vezes, ocorre em sala de aula e se restringe ao núcleo específico da formação acadêmica. Estar nos cenários de prática do SUS durante o processo de formação profissional oportuniza o desenvolvimento de aprendizagens marcado pela interprofissionalidade e pela possibilidade de desenvolver práticas colaborativas em saúde, focadas nas necessidades dos usuários e comunidade que resultam em benefícios para a saúde e vida das pessoas. O PET Interprofissionalidade ainda tem como desafio ampliar os espaços de formação interprofissional dentro das instituições de ensino, tendo os princípios e fundamentos da Educação Interprofissional como guia, para fortalecer os princípios do SUS, reduzir as desigualdades em saúde e preparar os estudantes para o trabalho colaborativo resultando em melhora da qualidade da atenção em saúde. |
7986 | COMPONDO UM RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO PET- SAÚDE PARA A PRÁXIS DA INTERPROFISSIONALIDADE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA, EM MACAÉ (RJ) RAIANE OLIVEIRA ROSA, ANDRESSA AMBROSINO PINTO, KARLA SANTA CRUZ COMPONDO UM RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO PET- SAÚDE PARA A PRÁXIS DA INTERPROFISSIONALIDADE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA, EM MACAÉ (RJ)Autores: RAIANE OLIVEIRA ROSA, ANDRESSA AMBROSINO PINTO, KARLA SANTA CRUZ
Apresentação: A saúde pública no Brasil vem se constituindo desde 1988 com o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua regularização em 1990 pelas Leis nº 8.080 e 8.142. Desde então, ações entre diversos setores e níveis de atenção à saúde vem se constituindo, para o fortalecimento do SUS. Uma dessas ações se constitui no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) que foi instituído pelas Portarias n° 421 e n° 422, de 03 de março de 2010 e assim, esse Programa vem trabalhando com variadas temáticas nucleares, com o objetivo de promover uma formação para o trabalho na área da saúde, a partir dos seguintes atores-chave: coordenadores, graduandos, preceptores, tutores. O PET-Saúde de 2018 foi estruturado, a partir da temática Interprofissionalidade, e têm como objetivo despertar a práxis da Interprofissionalidade e de práticas colaborativas, para que futuramente, os acadêmicos bolsistas e voluntários do PET - Saúde, possam difundir, multiplicar essas práticas nos ambientes de trabalho. Com a premissa de promover o cuidado integral aos usuários e famílias, facilitando a promoção de saúde. Objetivo: Tem-se como objetivo apresentar algumas experiências vivenciadas no projeto PET- Saúde Interprofissionalidade, que vem colaborando ativamente para a formação acadêmica dos alunos coparticipantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Macaé (RJ). Desenvolvimento Desde a implementação do PET - Saúde na UFRJ-Macaé os acadêmicos puderam participar mais ativamente de atividades multiprofissionais, com perspectivas interprofissionais, dentro e fora do polo universitário. Nesse sentido, desenvolvem práticas entre si, trocando conhecimentos, saberes e práticas, entre as seguintes áreas da saúde, que estão em processo de formação: medicina, enfermagem, farmácia e nutrição. Método: Relato de experiência, que apresenta a importância do PET - Saúde, na formação acadêmica do alunadoco-participante. Resultado: Dentre o leque de ações e práticas já realizadas, pelo PET- Saúde, em parceria da UFRJ – Macaé e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS–Macaé), destaca-se: participação em campanhas (Sífilis e Hanseníase), peças teatrais, paródias, educação em saúde com a comunidade, visitas às unidades de saúde de Macaé, interconsultas com preceptores, participação e colaboração em um Curso de Extensão, apreensão de algumas fortalezas e fragilidades de se trabalhar em equipe. Além da feitura de relatórios e desenvolvimento de pesquisas. Logo, apreende-se a conexão de saberes e práticas, com perspectiva interprofissional. Foi realizado um curso de extensão sobre metodologias da pesquisa e interprofissionalidade com trabalhadores da saúde do município, usuários, docentes e discentes. Os membros do grupo do PET participaram de todas as etapas de elaboração do curso, com apoio técnico durante as aulas, além disso, as aulas foram gravadas e disponibilizadas no Youtube. Considerações finais: A integralidade se constitui como um dos princípios do SUS e os acadêmicos ao exercitarem as práticas interprofissionais e colaborativas em sua formação, podem vir a perpetuar esse princípio, pois os mesmos vêm exercitando o trabalho em equipe, a partir do PET Saúde, com o intuito de proporcionar a saúde aos usuários e famílias de modo integral e resolutivo. |