377: A Potência Interprofissional nas Ações de Promoção, Prevenção e Reabilitação no Cuidado em Saúde na APS | |
Debatedor: Moema Guimarães Motta | |
Data: 31/10/2020 Local: Sala 03 - Rodas de Conversa Horário: 08:00 - 10:00 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
5908 | INOVAÇÃO METODOLÓGICA NA EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NA CIDADE DE SÃO PAULO Luana Thereza Manzini, Maria Luiza De Barba, Tatiane Pereira Basilio, Beatriz Marques INOVAÇÃO METODOLÓGICA NA EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NA CIDADE DE SÃO PAULOAutores: Luana Thereza Manzini, Maria Luiza De Barba, Tatiane Pereira Basilio, Beatriz Marques
Apresentação: As novas tecnologias trouxeram para vários seguimentos da sociedade a necessidade de reinventar-se, e para a educação em saúde não foi diferente. As metodologias ativas quando passam a integrar a formação dos profissionais da saúde, trazem a inovação no ensino-aprendizagem dentro do campo da saúde. O presente trabalho é um relato de experiência do Curso Introdutório aos Profissionais da Saúde da Família, que possui caráter obrigatório pela Portaria GM/MS nº 2.527/ 2006, com carga horária de 40 horas, desenvolvido pelo Núcleo de Educação Permanente da O. S. S IABAS - Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde, para os profissionais das regiões Centro e Zona Norte da cidade de São Paulo, utilizando-se uma metodologia inovadora. Objetivo: Objetiva-se com esse trabalho, apresentar a metodologia empregada no curso, bem como, os resultados exitosos e transformadores da atividade dentro das unidades de saúde, no processo de trabalho e na comunicação dos profissionais. Desenvolvimento: As atividades formativas do Curso Introdutório para os Profissionais da Saúde da Família em que foram utilizadas metodologias ativas para seu desenvolvimento, foram realizadas nos meses de setembro, outubro e dezembro de 2019, com a participação de 124 profissionais que foram agentes ativos do processo de construção do conhecimento. Os profissionais foram divididos em grupos onde realizaram discussões, teatralizações e atividades das temáticas pré-estabelecidas por um cronograma, conforme as diretrizes da supracitada Portaria do Ministério da Saúde, como por exemplo: políticas públicas de saúde, trabalho em equipe, visita domiciliar, comunicação, entre outros. Resultado: Os resultados das atividades foram mensurados através dos indicadores que são gerados a partir de uma pesquisa de satisfação denominada, avaliação de reação, instrumento no qual, o profissional avalia sua satisfação quanto ao curso e como o mesmo é importante para aplicabilidade na prática, tendo uma satisfação de 99,9% dos profissionais quanto a metodologia utilizada. Considerações finais: Conclui-se que a empregabilidade das metodologias ativas nas atividades de formação para os profissionais da instituição, trouxe benefícios além dos didáticos, mas também pode-se observar baixo índice de absenteísmo e maior procura pelas atividades de educação permanente, tendo impacto direto na atuação profissional e nos serviços de saúde. |
5907 | ENFRENTAMENTO À HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE: EDUCAÇÃO PERMANENTE EM RODA Priscila Nogueira, Carolina Albuquerque, Camila De Brito, Natália Spinelli, Daniela De Magalhães, Tathiana Rocha, Clenio Guedes ENFRENTAMENTO À HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE: EDUCAÇÃO PERMANENTE EM RODAAutores: Priscila Nogueira, Carolina Albuquerque, Camila De Brito, Natália Spinelli, Daniela De Magalhães, Tathiana Rocha, Clenio Guedes
Apresentação: A hanseníase é considerada uma doença negligenciada e continua sendo uma doença prevalente no Brasil. No período de 2012 a 2016, foram diagnosticados 151.764 casos novos de hanseníase no país, o que equivale a uma taxa média de detecção de 14,97 casos novos para cada 100 mil habitantes. O Estado de Pernambuco ocupa a 10ª colocação no país quanto ao coeficiente de detecção geral e a 3ª em números absolutos de casos. O coeficiente de detecção de casos novos na população menor de 15 anos classifica o Estado como hiperendêmico, colocando-o na 6ª posição em coeficiente e na 3ª em número absoluto de casos. Compreendendo a educação em saúde como ferramenta indutora para repensar as práticas em saúde, se faz necessário estabelecer espaços formativos, no âmbito da atenção à saúde, com a potencialidade de construir novas práticas para o enfrentamento das doenças negligenciadas. Neste sentido, o objetivo da intervenção foi estimular as discussões e estratégias para o enfrentamento da hanseníase no contexto de saúde do município, junto às equipes de saúde da família. Partindo da concepção de que o trabalho na Atenção Primária se constrói em equipe, logo, qualquer estratégia que se propõe repensar o processo de trabalho de uma equipe de saúde precisa ser construído em equipe. Desenvolvimento: Após análise da situação de saúde da população residente no Jaboatão dos Guararapes, bem como a situação da hanseníase neste município, as sanitaristas que atuam nas regionais de saúde do município criaram a proposta das Rodadas da Vigilância Epidemiológica. Estas aconteceram nas unidades de saúde com as equipes de Saúde da Família que compõem a rede de Atenção Primária do município, tendo como primeira temática o enfrentamento à hanseníase, na perspectiva da pedagogia crítica, na Educação Popular em Saúde (EPS), tendo por referência Paulo Freire. Inicialmente, as sanitaristas de cada regional elaboraram material pedagógico como ferramenta para subsidiar o debate sobre a hanseníase com as equipes da estratégia Saúde da Família (eSF), estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (eACS) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), adotando como metodologia o Círculo de Cultura de Paulo Freire. O círculo usa o debate entre todos os atores envolvidos, como agentes comunitários de saúde, enfermeiras, médicos e técnicos de enfermagem, como forma de troca de experiências e saberes para construção do conhecimento. As rodas aconteceram entre os meses de dezembro de 2017 e março de 2018. Resultado: No total, 28 equipes e 251 profissionais participaram das rodadas de conversa (n = 19). As unidades de saúde que foram escolhidas para desenvolver os círculos de cultura tinham como características: baixa captação de casos novos de hanseníase em seu território; profissionais novatos no serviço; e, elevado número de contatos de pacientes com hanseníase do território sem exame dermatoneurológico. Todos os profissionais que fazem parte da equipe foram convidados a participar da rodada. A escolha por levar a discussão para a base territorial, por meio das Rodadas da Vigilância Epidemiológica, se deu na perspectiva de articular a teoria sobre a problemática da hanseníase com a prática do cuidado, ofertada pelas equipes da Atenção Primária. Tal escolha se justifica a partir da concepção freireana de que teoria sem prática é conversa fiada e prática sem teoria se resume a ativismo. Foram contempladas 28 equipes de saúde da rede de Atenção Primária, distribuídas nas 7 Regionais de Saúde. As “Rodadas” iniciavam com a problematização do que é a hanseníase e quais experiências de cuidado sobre o enfrentamento à doença. Esta atividade partia da intenção de compartilhar os conhecimentos que cada profissional trazia da sua prática no território, bem como sua experiência profissional com este agravo. Tal problematização se deu a partir do entendimento de que na prática pedagógica, que tem como referência a pedagogia crítica, todos os envolvidos são sujeitos da construção do conhecimento. Foram estabelecidas categorias para aprofundar a discussão sobre o processo de trabalho das equipes, a saber: clínica e diagnóstico da doença, situação epidemiológica, notificação e tratamento, exame de contatos e avaliação do grau de incapacidades. Tais categorias foram elencadas a partir da problemática do enfrentamento à hanseníase, tendo em vista que os esforços pela eliminação da doença concentram-se nos bolsões de alta endemicidade, dos quais o Brasil faz parte ocupando a segunda colocação em número de casos no mundo. Entre os encaminhamentos obtidos pelas discussões mediadas nas unidades de saúde foi a realização de 8 (oito) mutirões para busca ativa de casos novos nas comunidades, em parceria com a vigilância epidemiológica, acompanhados pela realização de rodas de conversa com a comunidade a fim de enfrentar a problemática do estigma sobre a hanseníase, na perspectiva da Educação Popular em Saúde. Foi avaliado como de grande valor a realização das rodas de conversa com a comunidade nos mutirões de busca ativa de casos novos. Estas, foram realizadas com as comunidades da área de cobertura das unidades que realizaram os mutirões de busca ativa de casos novos e abandonos de tratamento. Entre dezembro de 2017 e março de 2018, em decorrência da intensificação de ações para o enfrentamento da problemática de endemicidade da hanseníase no município, tais como busca ativa de casos novos e casos de abandono de tratamento, exame de contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase, notificados entre os anos de 2014 a 2017, e rodas de conversa com os usuários sobre a hanseníase, foi possível ampliar o exame dermatoneurológico de contatos de pacientes com hanseníase de 54% para aproximadamente 74%. Considerações finais: Foi de grande relevância a articulação da Vigilância em Saúde e a Atenção Primária para o planejamento e programação das ações, além da contribuição no acompanhamento e avaliação das ações para o enfrentamento à hanseníase e na organização do processo de trabalho, contribuindo para o maior envolvimento da população nas atividades desenvolvidas na comunidade. Acredita-se que os resultados podem favorecer debates e integrar referências a processos de educação permanente, a partir da provocação de reflexões acerca das percepções dos profissionais de saúde, com enfoque na necessidade de valorização da educação permanente dentro do escopo de atividades desenvolvidas pelas equipes de saúde. |
7046 | APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES: UMA EXPERIÊNCIA DIALÓGICA NO ENCONTRO DE TRABALHADORES DO NASF-AB Mariana Lisboa Costa, Ivone de Freitas Alcântara, Patricia Carvalho Andrade APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES: UMA EXPERIÊNCIA DIALÓGICA NO ENCONTRO DE TRABALHADORES DO NASF-ABAutores: Mariana Lisboa Costa, Ivone de Freitas Alcântara, Patricia Carvalho Andrade
Apresentação: Os Apoiadores Institucionais da Atenção Básica em Saúde são trabalhadores de formação em diferentes áreas da saúde, que atuam na Diretoria de Atenção Básica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, no apoio à gestão municipal das 09 macrorregiões do Estado, em parceria com os Núcleos Regionais e Bases Operacionais em Saúde. Neste sentido, os apoiadores institucionais também desenvolvem ações de Educação Permanente para qualificação do processo de trabalho de profissionais da Atenção Básica, a exemplo do Encontro de Trabalhadores do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), no qual foi utilizada a metodologia da Aprendizagem Baseada em Equipes ou Team-Based Learning (TBL) método dinâmico e interativo que valoriza o conhecimento prévio e incentiva o trabalho em grupo entre participantes com distintos saberes e experiências na resolução de problemas. Objetivo Apresentar um relato de experiência de Apoiadores Institucionais da DAB-BA, no Encontro de Trabalhadores do NASF-AB realizado nos municípios de Senhor do Bonfim e Paulo Afonso, da Macrorregião de Saúde Norte da Bahia, utilizando o método TBL- Team-Based Learning. Metodologia Para estes Encontros de trabalhadores dos NASF-AB foi elaborada, pelas apoiadoras institucionais, uma situação-problema com 4 questões de múltipla escolha, para reflexão, que abordavam temáticas de processo de trabalho, apoio matricial, clínica ampliada, cogestão e desafios. Resultado: e Discussão Na Região de saúde de Senhor do Bonfim participaram 35 profissionais do NASF-AB e coordenadores da AB dos seus 9 municípios, em Paulo Afonso, 51 trabalhadores do NASF-AB e coordenadores da AB de 7 dos seus 9 municípios. Os participantes foram divididos em grupos de no máximo 10 integrantes, os quais receberam a situação-problema. Individualmente responderam as questões de aprendizagem, posteriormente discutiram suas respostas no coletivo. Deste modo, novos conhecimentos foram adquiridos conjuntamente. As respostas de cada questão de aprendizagem individuais e coletivas foram consolidadas em planilha Excel, depois apresentadas através de gráficos em barra. Foram percebidas mudanças das respostas individuais para as respostas coletivas, principalmente nas questões sobre clínica ampliada, cogestão e desafios para a próxima década, justificando que o compartilhamento possibilita o desenvolvimento de capacidades de argumentação. A partir da discussão das questões apresentadas, foram apresentados diferentes desenhos de processo de trabalho e pouco de ações de cogestão por parte das equipes de NASF-AB. Continuando os trabalhos, foram convidados 2 municípios de cada região a compartilharem suas experiências com os demais membros das equipes com quem trabalham no seu território, ampliando o conhecimento e busca de soluções coletivas. Considerações finais O uso de metodologias ativas na qualificação de trabalhadores da saúde é de extrema importância, pois pressupõe a formação de profissionais com análise crítica e reflexiva, de modo que desenvolvam uma tomada de decisão consciente a partir do trabalho colaborativo e efetivo das equipes. O compartilhamento dos saberes que cada participante das equipes trouxe possibilitou a construção coletiva de conhecimento e novos olhares do processo de trabalho do NASF-AB das duas regiões de saúde |
7675 | ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DE NÚCLEOS AMPLIADOS DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA, DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, NA PERSPECTIVA DE PARTICIPANTES Tissiane Paula Zem Igeski, Derivan Brito da Silva ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DE NÚCLEOS AMPLIADOS DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA, DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, NA PERSPECTIVA DE PARTICIPANTESAutores: Tissiane Paula Zem Igeski, Derivan Brito da Silva
Apresentação: O trabalho interprofissional é desafiador na Atenção Primária à Saúde (APS), sendo assim, surgiu o Encontro dos Profissionais de Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (EPNASF-AB), da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) em 2014 pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. Em 2017, profissionais do NASF- AB do município de Piraquara retomaram os EPNASF-AB e conseguiram adesão de nasfeanos de quinze municípios da RMC, que reúnem-se para trocar experiências e discutir temáticas relativas ao Sistema Único de Saúde, como estratégia de educação permanente em saúde (EPS). Os objetivos do EPNASF-AB são estimular a troca de experiências, discutir as práticas de cuidado, gestão e controle social e fortalecer a identidade dos profissionais, sendo a EPS o elo para alcançar esses objetivos. O propósito dessa experiência é apresentar a perspectiva de profissionais do NASF-AB acerca dos EPNASF-AB e refletir sobre seus processos de trabalho, os desafios enfrentados por seus componentes e as contribuições para a prática profissional no NASF-AB, mediante um questionário aplicado aos trabalhadores. Método: DO ESTUDO Para entender a perspectiva dos profissionais participantes do EPNASF-AB foi elaborado um questionário com quatro perguntas abertas, a saber: quais as potencialidades dos encontros, sua contribuição nos processos de trabalho, as fragilidades percebidas e como enfrentá-las. Durante o IX EPNASF-AB, realizado em São José dos Pinhais - PR, em fevereiro de 2019, os participantes foram convidados a colaborar com o estudo por meio da aplicação do questionário. Foi esclarecido sobre a importância do EPNASF-AB e de sua relevância para a educação permanente. Todos aceitaram participar e as perguntas foram respondidas em trio ou dupla. Na análise dos dados utilizou-se a proposta operativa de MINAYO: ordenação, classificação e análise. Resultado: A partir das respostas dos questionários, as categorias temáticas mais citadas pelos trabalhadores foram: a riqueza da troca de experiências, a colaboração dos encontros para o crescimento profissional e o avanço da educação permanente em saúde; as dificuldades enfrentadas pelo nasfeanos a partir do desconhecimento do gestor com relação ao trabalho das equipes NASF – AB; a necessidade de reorganização do tempo das atividades nos eventos; a necessidade do apoio das secretarias estaduais de saúde, das instituições de nível superior e dos conselhos profissionais para o avanço da educação permanente em saúde e a apresentação de resultados das ações das equipes NASF- AB para os gestores municipais. Considerações finais: Os espaços de educação com formação crítica são criados através da mobilização dos trabalhadores do SUS a partir dos EPNASF-AB mediante práticas e reflexões que fomentam a reordenação dos processos de trabalho e a partir das necessidades do território da APS. A experiência em EPS, mobilizada pelos participantes dos encontros, expressa a determinação, a dedicação e o empenho diante das dificuldades do cotidiano, em especial, às especificidades dos NASF-AB, sendo a EPS essencial em prol de quem atua pelo avanço do SUS. |
9736 | OS DESAFIOS DE ESTAR NUTRICIONISTA NA APS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE NUTRICIONISTAS RESIDENTES DE EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E BAIXADA FLUMINENSE Esther Beatrice da Silva Joaquim Pereira, Mariana Espíndola Robin, Camila Santos Robles, Bruna de Lima Ferreira, Debora Silva do Nascimento Lima OS DESAFIOS DE ESTAR NUTRICIONISTA NA APS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE NUTRICIONISTAS RESIDENTES DE EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E BAIXADA FLUMINENSEAutores: Esther Beatrice da Silva Joaquim Pereira, Mariana Espíndola Robin, Camila Santos Robles, Bruna de Lima Ferreira, Debora Silva do Nascimento Lima
Apresentação: Os desafios relacionados a alimentação e nutrição vêm desde o período anterior ao Sistema Único de Saúde (SUS) quando o acesso a saúde era atrelado ao vínculo empregatício formal e condições de renda que permitissem o pagamento pelo atendimento. As questões relacionadas a alimentação se expressão com maior intensidade a partir dos anos 30, quando a fome é tratada como uma questão social, contribuindo para o processo de desigualdade. A partir dos anos 90 através de políticas públicas, Conferências e dos Conselhos de Segurança Alimentar, ampliou-se a discussão sobre as inequidades e a relação dos determinantes social em saúde (DSS) com a falta de alimentos. Surgiram, então, programas de combate à fome, transferência de renda, e atuação multiprofissional. Hoje a nutricionista se insere na Estratégia Saúde da Família (ESF) através do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) e enfrenta como desafios questões de âmbito governamental, falta de estrutura e verbas para o cuidado integral à saúde. Este trabalho tem como objetivo apresentar a experiência de nutricionistas residentes em saúde da família em territórios violentados pelo Estado desde a falta de saneamento básico, violência policial, violência estrutural, racismo, dificuldade de acesso físico a unidade de saúde e equipamentos da rede, assim como insegurança alimentar no que tange o acesso à alimentos de qualidade e em quantidade suficientes. Entendendo o ambiente alimentar, segundo autores, como o contexto físico, econômico, político e sociocultural em que os consumidores interagem com o sistema alimentar para tomar suas decisões sobre a aquisição, preparação e consumo de alimentos, e que por sua vez influenciam o estado nutricional das pessoas, ser nutricionista em territórios negligenciados pelo Estado se torna fundamental repensar as estratégias de acolhimento e linhas de cuidado para atender as necessidades de saúde das usuárias e usuários assistidos. Entendendo, portanto, que tanto a fome como a obesidade são consequências coletivas e sociais dos ambientes alimentares no cenário microambiental e macroambiental. Nessa perspectiva, se faz necessário o trabalho multiprofissional como uma forma de galgar formas de cuidado integralmente. É esperado que atuação da nutricionista no Nasf seja focada na promoção de saúde, prevenção de doenças e agravos mais prevalentes das usuárias e usuários cadastrados em cada área, junto com os demais profissionais de saúde a fim de aumentar e qualificar seu diagnóstico sobre a situação alimentar e nutricional da população adscrita. No entanto, não se pode negligenciar o acesso ao alimento. Considerando as comunidades da zona Norte do município e da Baixada Fluminense, que são as que atualmente contemplam a residência multiprofissional em Saúde da Família da Escola Nacional de Saúde Pública, enquanto uma parcela da população encontra-se expressivamente em um ambiente obesogênico, outra está em situação de pobreza extrema tangente à fome. Observando esse cenário, é possível verificar na prática diária da residência a expressão da transição nutricional explorada pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) na última década. Nesse sentido, como pensar no cuidado em saúde, na prevenção acerca das doenças e agravos se para muitas usuárias e usuários não há o mínimo: a comida. Neste contexto, destacamos a violência da fome. Por outro lado, o trabalho na Atenção Primária a Saúde (APS) nos moldes de saúde da família possui outros atravessamentos importantes que devem ser salientados. Tendo em vista que além de atendimentos compartilhados, atividades coletivas, articulação com os equipamentos do território, são previstas como atividades pertinentes à nutricionista as visitas domiciliares que muitas vezes são impossibilitados em virtude da violência armada expressivamente presente em todo o território do Rio de Janeiro, sobretudo nas regiões periféricas e nas favelas. Dessa forma, grupos e consultas, também, são esvaziados pelos confrontos nas comunidades, inviabilizando um cuidado integral à saúde. Nesse contexto, destacamos a violência armada do Estado. A dinamicidade do território em que se desenvolve as ações em saúde dita os caminhos a serem percorridos, seja em virtude de conflitos armados, como também da própria lógica de organização de dada comunidade e forma como esses compreendem o que é o cuidado, o que autocuidado e a leitura que fazem da própria vida. Outro obstáculo somado ao contexto violento, trata-se da disponibilidade da classe trabalhadora em acessar o serviço de saúde. Ainda que haja a cobertura de área desse serviço, a trabalhadora ou o trabalhador não o acessa, nota-se que há incompatibilidade, pois os mesmos passam a maior parte do seus dias entre a rotina de trabalho e a utilização do transporte público. Estas oscilações nos convidam a repensar nossas práticas diariamente para que faça sentido na amplitude do trabalho. Torna-se interessante perceber, nesse contexto, que a formação hegemônica da nutricionista não considera, na prática, os múltiplos fatores que influenciam nas escolhas, quando há escolha, alimentares e que certamente influencia o estado geral de saúde de um indivíduo ou coletividade. Acontece que a nutricionista pode desenvolver um papel fundamental em articular diversas áreas que integram o cuidado em saúde, já que a partir da comida é possível expandir para qualquer área de discussão a fim de estruturar estratégias de intervenção e planejamento em saúde. Na ESF é esperado, também que a nutricionista desenvolva junto a equipe mínima a função de matriciadora, um apoio especializado integrando a atenção em saúde, de forma que a APS seja capaz de ter maior resolutividade, eficácia e eficiência no que se refere as demandas em saúde de dada população. E retornando a temática do ambiente alimentar que tem expressado, de forma latente, a luz da discussão no escopo da saúde pública, mais uma vez é essencial destacar a importância da nutricionista compondo esta equipe multiprofissional que pretende trabalhar na ponta, isto é, diretamente com a população em seu território. Nesse sentido, a ênfase em uma equipe multiprofissional é dada em virtude de compreender a complexidade de que um indivíduo necessita de abordagem de diversos trabalhadores extrapolando os saberes do núcleo profissional, possibilitando atender as demandas postas. No entanto, é necessário salientar que entender a comida como ingrediente básico na receita do cuidado ainda não é explorado como poderia ser, inclusive nos espaços de formação em serviço, como a residência. Cabe destacar, também, que embora as discussões acerca da saúde sejam fundamentais, é importante não individualizar questões, tendo em vista que uma importante parcela das intervenções deve partir do Estado com investimento na saúde, pública, universal, de qualidade e equânime, respeitando as especificidades de cada área, bem como valorização de todos os trabalhadores da saúde. |
10944 | AGROECOLOGIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE EM ÁREAS RURAIS DO SERTÃO PERNAMBUCANO SOB UM OLHAR INTERDISCIPLINAR Juciany Medeiros Araujo, Ariandeny Silva de Souza Furtado, Tânia Sarmento, Gilmar Correia Dias, Ana Maria Dubeux Gervais, Paulo José de Santana AGROECOLOGIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE EM ÁREAS RURAIS DO SERTÃO PERNAMBUCANO SOB UM OLHAR INTERDISCIPLINARAutores: Juciany Medeiros Araujo, Ariandeny Silva de Souza Furtado, Tânia Sarmento, Gilmar Correia Dias, Ana Maria Dubeux Gervais, Paulo José de Santana
Apresentação: O presente estudo relata uma visita técnica realizada por Doutorandos em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da UFRPE, realizado na cidade de Ibimirim-PE, sertão pernambucano. O objetivo da visita era promover uma aproximação dos doutorandos da disciplina de Agroecologia e Políticas Públicas, e um dos espaços a ser visitado foi uma Unidade de Saúde da Família localizado num Distrito Rural da cidade. A visita foi recepcionada pela equipe de Saúde da Unidade e conduzida por Profissionais do Núcleo Ampliado da Saúde da Família-NASF que perdurou um turno de diálogo sobre a realidade local. A partir desse diálogo o resumo proposto irá trazer um pouco da contribuição desse momento enriquecedor e de compartilhamento de saberes. Trazendo um pouco da metodologia aplicada, a Roda de Conversa foi a possibilidade metodológica sugerida para o momento vivenciado, para uma comunicação dinâmica e produtiva entre doutorandos, professores, trabalhadores e moradores. Essa técnica apresentou-se como um rico instrumento para ser utilizado como prática metodológica de aproximação entre os vários sujeitos. As discussões na Roda de Conversa foram pautadas nas percepções de cada ator presente sobre seus relatos de vida no campo e sua relação com a condição de saúde que possuem. Nessa intenção, a Roda de conversa se mostrou um instrumento eficaz para o estabelecimento de um espaço de diálogo e interação. Partindo da proposta de dialogar com a Promoção da Saúde com a Agroecologia, foi proposto inicialmente que os profissionais de saúde trouxessem os dados sociodemográficos e epidemiológicos da comunidade que a Unidade de Saúde dá cobertura. Atualmente o Brasil está vivendo um nível de insegurança alimentar e Nutricional que já vem sendo alertado há algumas décadas, com o desafio de reduzir o percentual de quase 30% de desperdício de alimentos. De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009, possuímos 48% da população com sobrepeso e 15% já se classifica em estado de obesidade. “A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7%, já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%”. Esse dado foi relatado durante o desenho da realidade local que não diferencia da realidade nacional. Outra informação importante é que 86% da população consome mais gorduras saturadas do que o necessário 61% se excede no consumo de açúcar. A falta de vitaminas e nutrientes atinge 68% da população, e mais de 90% dos brasileiros não ingere as 400 gramas diárias recomendadas pelo Ministério da Saúde de frutas, legumes e verduras, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outras graves doenças crônicas. Por ser uma área rural, o acesso a alimentos produzidos localmente, deveria ser uma realidade, mas a escassez de água e a facilidade do acesso a alimentos industrializados que chega até por meio da merenda escolar, faz com que a mudança de hábitos e comportamentos alimentares reflita na sua condição de saúde. Entendendo os dados relatados pela equipe de saúde e o NASF, da atual condição de saúde da população rural, quando direcionamos a raiz do problema para maior compreensão de como solucionar, surge a Agroecologia como um campo do conhecimento interdisciplinar, fundado na aplicação da Ecologia ao estudo e manejo dos agroecossistemas, que objetiva o desenvolvimento de sistemas produtivos que garantam, simultaneamente, crescente autonomia na utilização de insumos externos, elevada capacidade de autorregeneração da fertilidade dos agroecossistemas e de auto regulação das populações de insetos-praga e organismos patogênicos, níveis de produtividade e renda satisfatórios para os produtores e produtoras e o atendimento da segurança alimentar e nutricional da população e como perspectiva de garantir a saúde do ambiente. Por se tratar do sertão do Moxotó, região onde está localizada a Unidade de Saúde, posso afirmar que esta é uma localidade com grande diversidade da agricultura familiar e dos povos e comunidades tradicionais e um enorme potencial para produção de alimentos saudáveis para a população. Possui também uma grande capacidade de resistência nos territórios e de responder a estímulos de políticas públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos, Programa de Alimentação Escolar, Feiras da Roça e da Agricultura Familiar. Mas no percurso do diálogo para conhecer melhor essa realidade, contamos com as falas de agricultores, pescadores e indígenas da região, que a produção de alimentos e segundo a Nutricionista e os Agentes comunitários, as famílias que possuem uma boa condição de saúde, são aquelas que conseguem desenvolver os sistemas agroalimentares por meio de iniciativas orientadas pelos princípios da agroecologia e fortalecimento de redes, como o apoio de Organizações Não Governamentais-ONG, com apoio de tecnologias agroecológicas para os jovens e suas famílias, trazendo um olhar com maior atenção a setores da população – saúde, qualidade da alimentação e conservação ambiental. No entanto, não é a realidade da grande maioria da população que vive no meio rural dessa cidade, por isso existe uma luta por Políticas públicas suficientes e pouco fragmentada, voltada para Agroecologia e Produção Orgânica no Município, por associações e famílias que compreende a importância de não utilizar agrotóxicos, por ter pessoas adoecidas, familiares, amigos, que utilizaram e ou consumiram alimentos e água contaminadas. Processos alérgicos, problemas respiratórios e o câncer são algumas das doenças que antes não eram vistas e hoje muito disseminada na comunidade. Como consequência disso, a forma de produzir alimentos na perspectiva agroecológica tem baixo impacto ambiental e promove a qualidade de vida. A implantação de um sistema produtivo sustentável nos âmbitos social, ambiental e econômico deve ser estimulado em comunidades rurais, por profissionais e gestores da saúde. Por fim, alguns estudos já demonstram que a agroecologia e a promoção da saúde são áreas contributivas e complementares, e que ao se aproximarem elas só vêm enriquecer a discussão em torno da saúde rural e a concepção das políticas públicas, estimulando intervenções e novas práticas intersetoriais. Assim, esta vivência é um diálogo freiriano, com obrigação de multiplicar o sentimento de mudança e de afirmação da agroecologia como base para a sustentabilidade e organização social e produtiva da agricultura familiar e camponesa, em oposição ao modelo atual que só traz prejuízo a terra e a quem vive nela, pois é o modo de produzir e se relacionar na agricultura, que preserva a biodiversidade, os ecossistemas e o patrimônio genético, que produz alimentos saudáveis, livre de transgênicos e agrotóxicos, dessa forma valorizando os saberes e culturas dos povos do campo, das águas e das florestas e defendendo a vida. |
11959 | PRÁTICAS COLABORATIVAS INTERPROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE COMUNITÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Aline Fabricia Santos da Silva Bistene, Claudia Teresa Vieira de Souza PRÁTICAS COLABORATIVAS INTERPROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE COMUNITÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Aline Fabricia Santos da Silva Bistene, Claudia Teresa Vieira de Souza
Apresentação: Em consonância com o Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) adota como uma das estratégias o estabelecimento de práticas de cuidado humanizado, de modo que promovam o reconhecimento e o diálogo entre as diversas forma do saber (popular, tradicional e científico), construindo práticas pautadas na integralidade do cuidado e da saúde. A Educação em Saúde (ES) é uma prática social, cujo processo contribui para formação da consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de saúde, a partir de sua realidade, e estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e coletiva. As práticas baseadas no estabelecimento de parcerias entre profissionais de saúde, propicia o desenvolvimento de competências para o trabalho em equipe de forma integrada e colaborativa, além do compartilhamento de experiência interprofissional através do diálogo. Trata-se de um relato de experiência, que tem por objetivo descrever as contribuições das atividades de ES para o desenvolvimento profissional no cuidado integral do indivíduo e coletivo. A ES é uma das ferramentas de Promoção da Saúde (PS), que são desenvolvidas pelo projeto Plataforma de Saberes: envolvimento e participação da comunidade em práticas inovadoras de promoção da saúde e produção de conhecimento, promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde (LAP-EPIDSS) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz), onde contempla pacientes, seus amigos e familiares, integrantes de associações (por exemplo: Associação Lutando pra Viver Amigos do INI, Clube das Amigas da Mama, Comitê Comunitário Assessor do Centro de Pesquisa em DST/AIDS do Hospital Geral de Nova Iguaçu, entre outros) e comunidade local de Manguinhos. A experiência vivenciada propiciou a autora principal deste trabalho, a capacitação em atividades de pesquisa, como a participação em eventos científicos-sociais de PS direcionados à comunidade, colaboração no desenvolvimento de material educativo demandados ao laboratório pelos participantes do projeto, colaboração com a equipe no planejamento e organização dos eventos/atividades do LAP-EPIDSS, confecção de relatórios e apresentação de trabalhos em eventos científicos. Além disto, possibilitou o contato prático com o SUS e a melhor compreensão das atividades produzidas, as quais são motivadas a partir das necessidades dos pacientes e comunidade. A partir do envolvimento interprofissional, a prática colaborativa oportunizou troca de experiência e saberes, cooperação na construção das atividades, exercício do diálogo permanente e desenvolvimento de competências, contribuindo para o trabalho em equipe na promoção do cuidado. Esta experiência favoreceu a capacitação profissional, com foco na Epidemiologia Social e nos Determinantes Sociais da Saúde. Além de, qualificação nas atividades de PS a partir da ES, com o despertar para a inclusão social, integração e acolhimento do paciente. A produção e difusão do conhecimento de forma participativa, são essenciais para a PS, pois fortalece a participação social uma vez que a comunidade é corresponsável e protagonista na construção de conhecimentos em saúde, contribuindo para uma melhor qualidade de vida individual e coletivamente. |
7939 | ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO COMBATE AO TABAGISMO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Priscila Araujo Rocha, Emile Oliveira Batista, Lúcia Aparecida da Cruz, Niwton Geraldo Fernandes, Dayane de Castro Morais, Victor Kelles Tupy da Fonseca ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO COMBATE AO TABAGISMO: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Priscila Araujo Rocha, Emile Oliveira Batista, Lúcia Aparecida da Cruz, Niwton Geraldo Fernandes, Dayane de Castro Morais, Victor Kelles Tupy da Fonseca
Apresentação: O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina. É também uma das principais causas de câncer e fator de risco para outras doenças. O controle do tabagismo no país tem sido feito pelo Ministério da Saúde através do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em ações que compõem o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). O Programa tem como objetivo o tratamento contra o fumo e é realizada no Sistema Único de Saúde (SUS) na Estratégia Saúde da Família (ESF). O objetivo desse trabalho é relatar a experiência vivenciada pelos profissionais de duas unidades da ESF no grupo de combate ao tabagismo. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência dos profissionais de duas unidades da Estratégia Saúde da Família de um município do interior de Minas Gerais no grupo de combate ao tabagismo ocorrido em novembro e dezembro de 2019. Os profissionais da ESF participantes foram enfermeiras, médicos, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) foram nutricionista, farmacêutico, educador físico e psicólogo. Previamente os participantes do grupo passaram por consulta individual com médico e farmacêutico. Para seleção dos pacientes foi realizado o Teste de Fagerstrom que auxilia a estimar o grau de dependência do paciente à nicotina para posterior determinação do tratamento medicamentos, além de estimativa do grau de motivação do paciente para a cessação e o motivo pelo qual iniciou o uso do cigarro. O grupo teve a participação de 35 pessoas com 5 encontros semanais, de duração de 2 horas, no período noturno. Nos encontros era realizada a abordagem tendo por base o modelo cognitivo comportamental que é a técnica recomendada para o tratamento do tabagista. Resultado: No total, foram 35 usuários cadastrados, 19 pararam efetivamente de fumar, 7 não pararam de fumar e 8 abandonaram o grupo. Os conteúdos abordados nos encontros: dependência química no tabagismo, alimentação e tabagismo, inteligência emocional e comportamento no tabagismo; utilização e ervas medicinais no controle do tabagismo e dinâmica com relatos de experiência. Além disso, realizado a dispensação de medicamentos e práticas integrativas complementares (PIC) por meio da auriculoterapia. O tratamento objetiva, portanto, a aprendizagem de um novo comportamento, através da promoção de mudanças nas crenças e desconstrução de vinculações comportamentais ao ato de fumar, combinando intervenções cognitivas com treinamento de habilidades comportamentais. Percebeu-se que o grupo foi importante para os participantes quanto à motivação, escuta e auxilio na cessação do tabagismo. Considerações finais: Diante do exposto, pode-se perceber a importância da realização do grupo como estratégia no combate ao tabagismo na Atenção Primária à Saúde com a participação da equipe multiprofissional por meio da educação em saúde. |
8288 | A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NO PUERPÉRIO, COM INCENTIVO À DUPLA PROTEÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Rayssa Raquel Araújo Barbosa, Thatiane Cristina da Anunciação Athaide, Raphaella Monike Teixeira de Sousa, Leticia dos Santos Cruz, Samara Machado Castilho, Bianca Oliveira de Sousa, Renata Valentim Abreu, Carla Patrícia Santos dos Santos A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NO PUERPÉRIO, COM INCENTIVO À DUPLA PROTEÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Rayssa Raquel Araújo Barbosa, Thatiane Cristina da Anunciação Athaide, Raphaella Monike Teixeira de Sousa, Leticia dos Santos Cruz, Samara Machado Castilho, Bianca Oliveira de Sousa, Renata Valentim Abreu, Carla Patrícia Santos dos Santos
Apresentação: O planejamento reprodutivo, também chamado de planejamento familiar, designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual com ou sem parcerias estáveis, bem como aqueles e aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual. Em 12 de junho de 1996, foi publicada a Lei nº 9.263, que rege sobre o planejamento familiar. Segundo a legislação, o tema orienta-se por ações preventivas e educativas, bem como a garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade, sendo dever do Estado, através do Sistema Único de Saúde promover a capacitação dos profissionais envolvidos. Diante disso, torna-se importante a atenção qualificada durante a fase puerperal. A prestação de aconselhamento sobre planejamento familiar como parte de assistência ao parto aumenta a sensibilização acerca da importância do espaçamento dos nascimentos e das opções contraceptivas no pós-parto. Por estas razões, medidas de planejamento familiar representam uma estratégia de extrema importância para preservação do bem-estar materno-fetal, prevenindo uma gestação não planejada e suas consequentes complicações, ainda no puerpério. A partir disto, este estudo tem como objetivo principal descrever experiência acadêmica de uma roda de conversa que foi realizada para expor a importância do planejamento familiar e os benefícios da realização da dupla proteção e contracepção no puerpério para gestantes, como estratégia para promover a adesão ao planejamento familiar na atenção primária a saúde. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, para descrever atividade realizada em uma Estratégia Saúde da Família (ESF), localizada na rodovia Augusto Montenegro no município de Belém, no estado do Pará, realizada no auditório da unidade em 2019. Resultado: Analisando as demandas dos usuários, observamos que o número de mulheres que iniciam o pré-natal semanalmente é elevado e o número de gestantes atendidas já chega aproximadamente em 100 mulheres, em concomitância observou-se que durante as consultas de enfermagem no pré-natal, que o tempo mínimo de intervalo interpartal das usuárias na área de abrangência é baixo e demonstraram déficit elevado no que tange ao conhecimento sobre planejamento familiar no puerpério e métodos contraceptivos, em especial o método da dupla proteção. Diante do exposto, buscou-se com esta atividade contribuir para a promoção da saúde de famílias e provocar mudanças sociais e econômicas através do planejamento familiar, diminuindo o número de gravidez não planejada, abortos e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Para o desenvolvimento da ação foram envolvidas duas enfermeiras, sendo uma gerente da unidade e uma enfermeira que realiza o atendimento das consultas do pré-natal, para priorizar a familiaridade das gestantes com a atividade e poder manter uma relação mais estreita com as gestantes na atividade, além disto, participaram da atividade sete acadêmicas do curso de enfermagem. No que se refere ao público alvo da atividade, participaram mulheres gestantes matriculadas na unidade e que estavam realizando consultas de pré-natal na faixa etária entre 18 e 35 anos, sendo contatadas por contato telefônico e/ou através de convite pessoal realizado durante a consulta do pré-natal para participar de uma palestra educativa e informativa relacionada ao tema. Compareceram no local 30 mulheres, que foram convidadas a sentar-se em cadeiras que formavam um grande círculo, para realizarmos uma grande roda de conversa, para isto, foi iniciada a apresentação das enfermeiras e das estagiárias, e em seguida as gestantes, foram convidadas a se apresentarem individualmente para o grupo, proferindo seu nome, idade, idade gestacional, se a gestação foi ou não planejada, e explicar para o grupo um pouco sobre a sua história e de como está se sentindo no atual momento da gestação, neste momento, ficou evidenciado que muitas das gestantes presentes tinham pontos em comum, principalmente no que se refere a gravidez não planejada, outros pontos de destaque foi a sensação de inutilidade verbalizada pelas mulheres, visto que muitas pararam de estudar e/ou trabalhar para gerar e cuidar da prole, ainda neste momento, ficou evidenciado o desconhecimento sobre métodos contraceptivos acessíveis para evitar gestações indesejáveis, porém, houve disposição melhorada para a busca por conhecimento sobre métodos contraceptivos. Em seguida, foram apresentados os preservativos disponíveis para uso no coito, com enfoque nas orientações sobre o uso correto do preservativo feminino, e do uso responsável de anticoncepcionais injetáveis e orais, para promover a autonomia e o protagonismo da mulher no planejamento familiar, neste momento também foram orientadas ao reconhecimento das ISTs e o impacto de uma dessas infecções na vida do usuário, para estimular a adesão do uso do preservativo, enfatizando que tais produtos ficam disponíveis na unidade, assim como a realização de testes rápido para HIV, Sífilis, Hepatite B e C. Em seguida, foram orientadas no que se refere a dupla proteção, como é realizada, e a sua importância para o controle de ISTs, para o controle de natalidade, e ainda, para o planejamento familiar, respeitando direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal, neste momento foi utilizado tecnologia leve em forma de folheto para viabilizar o entendimento das gestantes, com imagens explicativas, pequenos textos que detalhavam de forma simples e sucinta os procedimentos da dupla proteção. Considerações finais: Diante do exposto, ficou evidenciado a necessidade de atividades educativas constantes para possibilitar a adesão de planejamento familiar estratégico e viabilizar a gestação planejada, além de diminuir a incidência de infecções sexualmente transmissíveis, visto que, quando em relacionamentos estáveis o casal habitualmente descarta o uso de preservativo, porém existe a possibilidades de relações extraconjugais eventuais desprotegidas, constituindo-se um importante fator de risco para estas infecções, para isto, ações para adesão de dupla proteção são indicadas pois contribuem para a proteção dos atores familiares. Destacamos ainda, o trabalho do profissional enfermeiro que atua como educador no âmbito da saúde, desempenhando papeis importantes em ações preventivas, em especial na atenção primária a saúde, pois neste nível de atenção proporciona uma autonomia elevada para a atuação deste profissional, principalmente no que diz respeito a prevenção de agravos a saúde. |
9200 | ALEITAMENTO MATERNO, ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE PACIENTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE PORTO VELHO, RONDÔNIA Arlindo Gonzaga Branco Junior, Anitha De Cássia Ribeiro Da Silva, Taiane Martins Da Silva, Danielly Castro De Bezerra Oliveira ALEITAMENTO MATERNO, ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE PACIENTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE PORTO VELHO, RONDÔNIAAutores: Arlindo Gonzaga Branco Junior, Anitha De Cássia Ribeiro Da Silva, Taiane Martins Da Silva, Danielly Castro De Bezerra Oliveira
Apresentação: O aleitamento materno é um componente essencial para o bebê na fase inicial da vida, é a primeira alimentação da criança, agindo de forma eficiente no desenvolvimento nutritivo infantil nos primeiros seis meses de idade. Desenvolvimento: Estudo de caráter descritivo e exploratório realizado com mulheres gestantes ou lactantes com idade entre 18 e 35 anos que amamentam crianças até os seis meses de idade, atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Osvaldo Piana, além dos profissionais de saúde que trabalham na mesma UBS, localizada no município de Porto Velho (RO). Foi aprovado pelo CEP – UniSL Sob o número do parecer 3.705.531 e CAAE 15656119.6.0000.0013 com a anuência dos participantes por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultado: Participaram do estudo 47 mulheres, no entanto apenas 39 se enquadraram nos critérios de inclusão. Resultado: A faixa etária prevalente no estudo foi de 24 a 28 anos, sendo representada por 35% do total, seguido por 25% com mulheres entre 18 a 23 anos. Em relação nível de escolaridade 39% das entrevistadas possuem o ensino superior, 38% ensino médio completo. Ao serem questionadas se a amamentação fortalece a saúde do recém nascido, previne desnutrição e mortalidade infantil, 100% das participantes afirmaram que sim. Ao serem questionadas se o uso de chupeta contribui para que o recém nascido pare de mamar, 61% indicaram que não e 38% sim. Quanto ao período de aleitamento materno exclusivo, 59% afirmaram que o ideal é até o sexto mês. Na avaliação se as usuárias receberam orientações acerca do aleitamento, 64% informaram que sim, 20% não receberam e 12 poucas vezes e 2% não respondeu a esssa pergunta. Quanto a qualidade 76% julgaram como boas, 20% não tiveram como avaliar, devido não terem recebido qualquer informação sobre aleitamento e 2% assinalaram como regular. O local que receberam essas informações, 33% foi na UBS, 20% nunca receberam informações, 18% foram orientadas na maternidade, 8% buscaram conhecer o tema por meio de pesquisa na internet, 5% através de conversa com amigos e familiares. Dos profissionais que passaram informações sobre aleitamento para as participantes, temos 36% os médicos, 23% enfermeiros, 26% não pode responder devido ou não ter recebido informações ou te-lá conseguido por outros meios, 10% tanto com médico quanto enfermeiro e 3% com agente de saúde ou com estudantes de medicina. Na avaliação dos profissionais de saúde, das respostas apresentadas, 100% indicaram como correto o sexto mês para o aleitamento materno exclusivo, iniciar a oferta de água e a introdução de papinhas. Considerações finais: Verifica-se que, a maioria das entrevistadas possuem grau de escolaridade que dá suporte ao conhecimento prévio acerca do aleitamento. Além de verificar que o papel dos profissionais de saúde nas orientações foi satisfatório, porém ainda é importante ampliar as orientações, uma vez que, houve uma significativa porcentagem de mulheres que não receberam orientações. |
9923 | A COLETA SELETIVA NA PERSPECTIVA DE USUÁRIOS E PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Rabrine da Silva Matos, Cinoélia Leal de Souza, Elaine Santos da Silva, Bruna Carvalho Botelho, Denise Lima Magalhães, Leandro da Silva Paudarco, Adson da Conceição Virgens, Anne Layse Araújo Lima A COLETA SELETIVA NA PERSPECTIVA DE USUÁRIOS E PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIAAutores: Rabrine da Silva Matos, Cinoélia Leal de Souza, Elaine Santos da Silva, Bruna Carvalho Botelho, Denise Lima Magalhães, Leandro da Silva Paudarco, Adson da Conceição Virgens, Anne Layse Araújo Lima
Apresentação: Os resíduos produzidos pela população impactam diretamente no ambiente, e oferecem ameaças para a saúde pública. Sabe-se que com o aumento do crescimento populacional e a expansão urbana, as práticas de consumo desencadearam um aumento da produção de resíduos e consequentemente no descarte de forma incorreta. Deste modo, a implementação da coleta seletiva é apresentada como uma alternativa eficaz e sustentável para minimizar tais problemas, uma vez que consiste na separação e preparo dos materiais que poderão ser reaproveitados pela indústria extrativa, colaborando para as práticas sustentáveis e preservação do meio ambiente. No entanto, percebe-se que, mesmo com a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, que prevê a realização de ações para a correta destinação dos rejeitos, cabendo à esfera municipal a responsabilidade de escolher e elaborar atividades voltadas ao direcionamento dos resíduos, a coleta seletiva ainda é um desafio para a população e gestores. Nessa perspectiva, o estudo objetivou discutir sobre os principais desafios relacionados à destinação e o gerenciamento dos resíduos no interior da Bahia, além de descrever a percepção dos indivíduos sobre a realização da coleta seletiva. Desenvolvimento: o estudo teve abordagem qualitativa exploratória, com o intuito de compreender a realidade e as experiências vivenciadas pelos indivíduos, e a população do estudo foi definida por conveniência após um corte que resultou em 35 entrevistados, sendo estes profissionais da saúde e usuários dos serviços de saúde. Os participantes da pesquisa eram moradores da cidade de Guanambi (BA), localizada a 796 km da capital Salvador, no período de julho a agosto de 2018. O instrumento de pesquisa escolhido foi o questionário semiestruturado que interrogava sobre as características da área onde residiam os entrevistados. A questão norteadora para o estudo abordava sobre a coleta seletiva de lixo e como era realizada. Cada entrevista teve duração em média de 20 minutos e teve início após ler e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que garantia o sigilo e anonimato dos dados coletados. Após a conclusão das entrevistas ocorreu a organização dos dados de acordo ao bairro onde foi efetivado. Na segunda etapa foi realizada a intitulação dos participantes por números, e na terceira e última fase houve a classificação dos dados para posterior análise, que sucedeu uma categoria para discussão: os desafios da implementação da coleta seletiva do lixo. A pesquisa foi realizada usando como base a resolução 466/2012, garantindo os direitos dos participantes do estudo. O presente projeto faz parte da pesquisa “As relações entre saúde e meio ambiente nas práticas de promoção à saúde”, e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste sob o protocolo CAAE 79882217.8.0000.0055 em 05 de dezembro de 2017. Resultado: O grupo entrevistado foi composto por 35 participantes, sendo 25 usuários residentes em bairros distintos localizados no município de Guanambi-Ba e 10 profissionais da saúde. Desses, 64% eram do sexo feminino e 36% representam o sexo masculino, sendo que, a faixa etária variou de 20 a 60 anos. Após a análise dos dados foi possível notar que o conhecimento dos participantes da pesquisa sobre a existência da coleta seletiva na cidade em questão era incipiente, tanto por parte dos profissionais, quanto da comunidade, no qual a maioria afirmou desconhecer o processo. Os usuários dos serviços de saúde afirmaram desconhecer quais materiais podem fazer parte da coleta seletiva, além de afirmarem que não conhecem as implicações dos resíduos para a saúde das pessoas da comunidade, o que deixa visível a pouca percepção do tema e suas contribuições para a saúde e meio ambiente. Foi observado que a escassez de informação dificulta o processo de reciclagem de produtos, uma vez que tal deficiência gera pouca participação e mobilização da população. Já os profissionais de saúde destacaram que a temática em questão é pouco considerada como tema das atividades de educação em saúde, mesmo em áreas com demandas sanitárias e pouca infraestrutura socioambiental. Ao discutir e comparar os resultados obtidos no estudo com a realidade da coleta seletiva no país, também se observa a pouca participação e mobilização da população, sendo este o principal desafio a ser enfrentado. Compreende-se através desta investigação que sem a devida conscientização dos indivíduos não haverá cobrança da população às autoridades, e assim as práticas de reciclagem de materiais continuarão sendo realizadas de forma dispersa. Contudo, é necessário observar a importância da prática não somente voltada para a questão da preservação ambiental, mas também enxergá-la como oportunidade de contribuir com a melhoria da população, seja através de ações que potencializem a geração de renda, como a fundação de cooperativas ou associações com a inclusão de catadores para a realização da reciclagem, ou até mesmo para o aumento da qualidade da saúde pública, uma vez que as chances de contaminação por resíduos ou vetores relacionados estarão sendo minimizadas. Considerações finais: O gerenciamento e o controle da quantidade de resíduos produzidos pela população representam um grande desafio para a atualidade, tendo em vista a expansão populacional e o aumento do consumo. De forma geral, ao analisar a realidade da coleta seletiva através das considerações obtidas no estudo, torna-se perceptível que a falta das ações de coleta na maioria dos municípios, está diretamente relacionada com a ausência de conhecimento e informação dos indivíduos. Desse modo, ainda é necessário medidas que reforcem a responsabilidade da gestão municipal com a população, através da implementação de práticas voltadas ao reaproveitamento e reutilização de materiais recicláveis. A utilização dos indicadores de sustentabilidade também é de grande relevância neste processo, pois através deles é possível analisar a quantidade de materiais obtidos pela coleta seletiva, identificar os principais estabelecimentos geradores de resíduos e ajudar no gerenciamento das atividades, assim é possível estimular a participação da coletividade. Além disso, devem ser promovidas pelas esferas governamentais a capacitação dos profissionais de saúde, para que através da assistência oferecida por eles, possa ser compreendido a realidade social de cada comunidade e informá-las sobre a necessidade de contribuir com o descarte correto dos resíduos, evitando desta maneira a contaminação das comunidades através dos resíduos e garantindo a qualidade de vida e o controle de doenças. |
12141 | POLÍTICA DE EDUCAÇÃO POPULAR E AS PRÁTICAS DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA Maria Clara Henrique Moreira Geraldo, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Mary Ann Menezes Freire, Juliana Roza Dias, Alex Simões de Mello, Sonia Acioli POLÍTICA DE EDUCAÇÃO POPULAR E AS PRÁTICAS DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADAAutores: Maria Clara Henrique Moreira Geraldo, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Mary Ann Menezes Freire, Juliana Roza Dias, Alex Simões de Mello, Sonia Acioli
Apresentação: A Política Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema Único de Saúde - PNEPS-SUS ressalta o compromisso com a efetiva participação popular no sistema, concebendo a Educação Popular como práxis político-pedagógica inspiradora de formas participativas, críticas e integrativas de pensar e fazer saúde. Suas bases teóricas-metodológicas reafirmam os princípios do SUS e dão sentido e coerência a práxis de Educação Popular em Saúde (EPS). Entre os seus objetivos específicos, pretende-se contribuir com a Educação Permanente dos trabalhadores, gestores, conselheiros e atores dos movimentos sociais populares, incorporando aos seus processos os princípios e as práticas da EPS; reforçando a proposta de reorientar um cuidado que supere o modelo biomédico e que estabeleça novas relações entre profissionais e usuários dos serviços de saúde. A Atenção Básica, através da Estratégia em Saúde da Família (ESF) e seus princípios de cuidado integral, territorialização, priorizando família, vínculo e acolhimento, possuem uma dinâmica social territorial de potencialidades e desafios para um fazer sob a ótica da EPS. Trata-se de estudo qualitativo e descritivo. Realizou-se entrevistas semiestruturadas, entre setembro e outubro de 2018, com oito profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde no município do Rio de Janeiro (RJ). Foi feito um recorte de Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem, com objetivo de identificar a formação em EPS de profissionais de saúde bem como Educação Permanente sobre a temática. A análise das informações deu-se pela Análise de Conteúdo Temático-Categorial. Quanto capacitação em EPS, cinco dos entrevistados responderam não terem sido capacitados e três disseram terem participado, referindo o trabalho como provedor desta capacitação. Em relação a capacitação sobre PNEPS-SUS, os oito participantes afirmaram não terem sido capacitados sobre a política. Quanto ao conhecimento sobre a mesma, três dos entrevistados disseram conhecer e referenciaram a formação universitária como espaço de aprendizado. A não aproximação dos profissionais no que tange a Educação Popular em Saúde e a Política que pretende implementá-la no SUS esbarra nos discursos dos entrevistados, no que tange alguns princípios que a norteiam e o não reconhecimento desta como alicerce para a construção e reflexão destas práticas. As práticas referidas e desenvolvidas pelos profissionais de saúde possuem articulação com os princípios da PNEPS-SUS como diálogo, construção compartilhada do conhecimento e problematização. Todavia, os entrevistados não referiram a PNEPS-SUS como alicerce para suas práticas. Reconhece-se o desconhecimento sobre a PNEPS-SUS e seus princípios teórico-metodológicos. Assim, reconhecendo como um dos objetivos específicos da Política, reforça a necessidade de atualização na formação em saúde e, posteriormente, na Educação Permanente dos profissionais quanto ao ensino e à reflexão sobre a EPS, sua Política e seus princípios, gerando processos formativos tendenciosos à reflexão-ação-reflexão dos atores sociais envolvidos para com as iniquidades sociais e políticas presente no país. |
12290 | A IMPORTÂNCIA DA DIETA DASH PARA PACIENTES HIPERTENSOS EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Maryanna Santos Bezerra, Nayara Lourenço Rocha, Maria Caroline Silva Barreira, Larissa Rodrigues Silva, Lucas Silva Alves, Pedro Henrique do Vale Alves, Lidia Jamille da Costa Silva, Mayenne Myrcea Quintino Pereira Valente A IMPORTÂNCIA DA DIETA DASH PARA PACIENTES HIPERTENSOS EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Maryanna Santos Bezerra, Nayara Lourenço Rocha, Maria Caroline Silva Barreira, Larissa Rodrigues Silva, Lucas Silva Alves, Pedro Henrique do Vale Alves, Lidia Jamille da Costa Silva, Mayenne Myrcea Quintino Pereira Valente
Apresentação: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença caracterizada pelo aumento da pressão arterial. É uma das doenças crônicas não transmissíveis de maior prevalência no mundo e traz graves consequências a saúde da população. Sua etiologia é multifatorial podendo ter como causa fatores genéticos, obesidade, sedentarismo, o estresse, o consumo de álcool e do tabaco. De grande relevância no desencadeamento desta doença são os maus hábitos alimentares podendo ser destacado o alto consumo de alimentos ricos em gordura saturada e sódio. A dieta DASH - Dietary Aproaches to Stop Hipertension é uma dieta que visa diminuir os níveis de pressão sanguínea e minimizar os efeitos que a HAS pode ter na saúde dos indivíduos. Seu padrão dietético já é recomendado pelas organizações nacionais e internacionais para o tratamento de pacientes portadores de hipertensão. Este estudo teve como objetivo relatar a experiência de uma atividade educativa com pacientes hipertensos em uma Unidade de Atenção Primária a Saúde (UAPS). Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, com ênfase em demonstrar a importância da dieta DASH para pacientes hipertensos acompanhados em uma UAPS no município de Fortaleza-Ceará. O estudo foi desenvolvido no período de maio de 2019. Participaram 20 pacientes hipertensos. Utilizou-se como recursos para educação em saúde banner ilustrativo, papéis para elaboração das perguntas e distribuição de brindes. Resultado: A atividade foi desenvolvida em uma sala da UAPS com pacientes hipertensos. Inicialmente foi realizada uma palestra sobre o que é hipertensão e a importância da dieta DASH no controle da hipertensão. Incialmente foi abordado sobre o que é a dieta DASH, quais alimentos compões a dieta e em seguida realizou-se um jogo de perguntas sobre o conteúdo ministrado. Neste momento foram retiradas as dúvidas e realizado orientações, sempre de uma linguagem clara e de fácil entendimento para os participantes. Observou-se que a maioria dos participantes não conheciam e não realizavam a dieta DASH. Para motivar os participantes a se envolverem na atividade educativa, foram sorteados brindes com itens alusivos à dieta e no final foi oferecido um lanche saudável correlacionando a dieta abordada na palestra. Considerações finais: Após a atividade educativa, observou-se a grande valia de compartilharmos informações sobre a importância da prática da dieta DASH para o controle da hipertensão. Com a atividade, observou-se que os participantes se conscientizaram mais sobre o que é a hipertensão e a importância da manutenção eficaz da saúde com estratégias de minimizar os efeitos que a HAS pode ter na vida desses pacientes, como a utilização da dieta DASH. |
9494 | ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E SAÚDE DO IDOSO: EXPERIÊNCIA EM UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOS Cássio da Silva Sousa, Helena Márcia Dias Ripardo, Kássia Carvalho Araújo, Marília Aparecida de Araújo Holanda, Joana Clara Alves Dias, Simone Rodrigues Quirino, Letícia de Souza Tomaz, Andréa Carvalho Araújo Moreira ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E SAÚDE DO IDOSO: EXPERIÊNCIA EM UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOSAutores: Cássio da Silva Sousa, Helena Márcia Dias Ripardo, Kássia Carvalho Araújo, Marília Aparecida de Araújo Holanda, Joana Clara Alves Dias, Simone Rodrigues Quirino, Letícia de Souza Tomaz, Andréa Carvalho Araújo Moreira
Apresentação: O processo de envelhecimento surge na atualidade como um processo carregado de significações. Esta fase da vida pode ser caracterizada pela redução da capacidade cognitiva, física e mental que, de certa forma, geram incertezas e preocupações, atingindo potencialmente na satisfação com a vida. Frequentemente os idosos expressam sentimentos negativos e solitários nesta etapa da vida, reduzindo a participação na sociedade o que pode ocasionar em sentimentos de desvalorização e solidão perante a família e seu meio de convívio. As políticas de saúde, dentre seus objetivos, necessitam contribuir para a promoção da longevidade e para que as pessoas longevas desenvolvam e mantenham o seu processo de envelhecimento saudável possibilitando o melhor estado de saúde possível. Dessa forma, torna-se indispensável garantir melhores condições de vida, ambiente social e cultural apropriado à população idosa, para tanto, é importante observar a interação e as relações sociais dos sujeitos que desencadearão em comportamentos positivos e negativos em seu meio social. Nesse contexto, os grupos de convivência de idosos são espaços favoráveis para os profissionais desempenhar ações de promoção à saúde, haja vista que realizam orientações bem como o esclarecimento de possíveis dúvidas sobre práticas em saúde. Os grupos de convivência oportunizam a expressão dos sentimentos, vivências e experiências culturais e sociais, que envolvem a aquisição de novas habilidades e resgate de outras objetivando o aperfeiçoamento da autoconfiança do idoso aos quais são imprescindíveis para a concretização de um envelhecimento saudável, autônomo e independente, por meio da interação, inclusão social estimulando sua autoestima e modificando diretamente a sua qualidade de vida. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é descrever a experiência vivenciada por acadêmicos de Enfermagem na condução de atividades de educação em saúde, no âmbito psicossocial, junto a um grupo de convivência de idosos de um município do interior do Estado do Ceará. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência vivenciado por acadêmicos de Enfermagem no período de maio a agosto do ano de 2019 junto a um grupo de convivência de idosos em um município do interior do Ceará. O grupo de idosos contava com 30 participantes de faixa etária entre 62 a 98 anos. Foram desenvolvidas ações de educação em saúde com aplicação de metodologias ativas e atividades lúdicas, tais como jogos, dinâmicas e rodas de conversas. Os temas abordados foram selecionados a partir das necessidades identificadas do grupo, elencadas pelos participantes e pela coordenadora responsável pelo grupo, a partir disso, abordou-se as temáticas em torno da auto percepção da saúde, valorização da vida, depressão, expressão de sentimentos e cultura de paz. Resultado: Incentivar a promoção de saúde mental para idosos por meio de espaços de convivência, a exemplo dos grupos de idosos, que tenham como forma de abordagem a integração garantindo o convívio social para prevenir o adoecimento torna-se uma estratégia fortalecedora, suprindo a falta de convívio familiar que acarreta por muitas vezes sentimentos de solidão e abandono. As abordagens grupais e troca de conhecimentos ocorreram por meio de metodologias ativas que trouxeram como protagonistas os próprios idosos propiciando que os mesmo trabalhem a sua autonomia e independência. Foi perceptível se deparar com relatos de abandono, solidão e tristeza, situações que preocupavam os facilitadores que sempre buscavam dar mais atenção a estes relatos a fim de proporcionar métodos que visem resgatar o sentido da vida e o envolvimento social com a criação de vínculos. A solidão acompanhada do isolamento social, a ausência de suporte familiar e social bem como a ausência de perspectiva de futuro foram identificadas entre os participantes do grupo de convivência de idosos, podendo acarretar na fragilidade da saúde mental, uma vez que este público está mais sujeito ao desenvolvimento de depressão. Sentimentos de ansiedade e depressão tornaram-se presentes entre os participantes do grupo de convivência, por acreditarem que já chegou o fim da vida e não possuírem nenhum propósito pelo qual precisa ser trabalhado. A falta de contato diário com os filhos e com as pessoas próximos propicia momentos de isolamento. Assim, estimular por meio de atividades lúdicas reflexões sobre os sonhos, os planos e sobre ter um propósito é essencial para a promoção do envelhecimento saudável e para prevenir indícios de fragilidades no âmbito psicossocial, tais como ansiedade e depressão na terceira idade. Nota-se a importância das atividades produzidas para a preservação de um envelhecimento saudável no aspecto biopsicossocial por meio de metodologias com atividades que trabalham e incentivam o aprendizado sobre assuntos referentes à terceira idade, como no aspecto psicológico onde é propiciado um ambiente de lazer e integração com outros idosos, formação de vínculos e novas amizades. Os grupos de convivência propiciam aos idosos um momento de troca de conhecimentos e aprendizagens sobre assuntos pertinentes na terceira idade, além disso, as atividades propiciam uma melhora na perspectiva da saúde mental e na promoção de um envelhecimento saudável. Tais atividades trabalham a diminuição do sentimento de solidão, característico dessa fase da vida, a exemplo dos passeios, comemorações, relaxamento, tendo como embasamento a criação de novas amizades e o fortalecimento de vínculos já existentes. É necessária ressaltar a importância de oferecer aos idosos diversos meios de apoio de um envelhecimento saudável, como é de fundamental estimular a população idosa a participar e empoderar-se das oportunidades de participar dos grupos de convivências. Também, é essencial o incentivo aos idosos sobre a necessidade de ter um propósito de vida e refletir sobre as coisas boas que a vida tem a oferecer. Considerações finais: Evidenciamos as contribuições positivas das atividades desenvolvidas por estudantes de Enfermagem em um grupo de convivência de idosos para a efetivação de um processo de envelhecimento saudável. Dentre as principais contribuições apontamos às relacionadas à melhoria do bem-estar e sentido da vida para o idoso, uma vez que foi perceptível os sentimentos de solidão entre os participantes. As atividades educativas trabalhadas junto ao grupo de idosos oportunizaram a socialização e criação de vínculos, gerando, dessa maneira, a promoção do bem-estar psicológico e social. As atividades educativas desenvolvidas favoreceram ainda a troca de experiências e condições de aprendizagem para a busca de uma melhor qualidade de vida, de forma que possam exercer sua autonomia e independência. À vista disso, este estudo traz questões relevantes quanto à atuação de acadêmicos de Enfermagem mediante execução de atividades de educação em saúde, na criação de novas propostas de intervenção para a população idosa que vem crescendo consideravelmente sem que as políticas públicas estejam adequadas e organizadas para suprir as necessidades deste público em questão. |
10176 | A ENFERMAGEM FRENTE AS ISTs NA ADOLESCÊNCIA: UMA PROBLEMÁTICA DE SAÚDE PÚBLICA Carolina De Souza Silva, Leonardo Rodrigues dos Santos, Ana Patrícia Ferreira Magalhães, Sarah Kelley Ribeiro de Almeida, Izabela de Souza Clementino, Carla Oliveira Shubert A ENFERMAGEM FRENTE AS ISTs NA ADOLESCÊNCIA: UMA PROBLEMÁTICA DE SAÚDE PÚBLICAAutores: Carolina De Souza Silva, Leonardo Rodrigues dos Santos, Ana Patrícia Ferreira Magalhães, Sarah Kelley Ribeiro de Almeida, Izabela de Souza Clementino, Carla Oliveira Shubert
Apresentação: Segundo o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST) 2019, destaca-se que a prática sexual faz parte desta fase da vida e ela pode ser desejada e vivenciada sem culpas, salientando a importância do acesso à informação, comunicação e prevenção. As ISTs quando não identificadas e tratadas, podem trazer consequências severas que prejudicam a saúde sexual e reprodutiva das adolescentes; como infertilidade, doenças inflamatórias pélvicas, câncer de colo uterino, abortamento espontâneo, prematuridade, disfunção sexual, e nos casos mais graves pode levar a morte. Dados do IGBE revelam que 36% dos adolescentes na faixa de 13 a 17 anos de idade do sexo masculino declaram já ter se relacionado sexualmente alguma vez, enquanto no sexo feminino com essa mesma faixa etária o percentual gira em torno de 19,5%. Adolescentes e jovens abrangem um grupo populacional que exige um novo modo de se produzir saúde. Nesse sentido, valores, atitudes, hábitos e comportamentos estão em processo de formação e solidificação e, em determinadas conjunturas, podem tornar esse segmento populacional vulnerável. Este estudo objetivou identificar as ações destinadas a prevenção de ISTs na adolescência. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa, descritiva, exploratória e qualitativa que teve como base de dados a biblioteca virtual em saúde. A busca pelo material foi realizada com os seguintes descritores: Adolescentes; Enfermagem e Infecções sexualmente transmissíveis, foram incluídos na pesquisa textos completos em português e os artigos em concordância com a temática proposta, foram excluídos artigos em formato duplicado e fora do recorte temporal de (2014–2018). Resultado: Mediante a minuciosa leitura, os dados foram agrupados e 10 artigos foram selecionados para construção do resumo, sendo excluídos 2 artigos, um em formato duplicado e outro que não atendia a temática proposta, totalizando 8 artigos selecionados. Os estudos apontam para necessidade de se desenvolver ações educativas que promovam a saúde deste grupo populacional, a fim de que possam realizar escolhas mais seguras e conscientes, outro estudo também aponta a necessidade de envolver a família e as escolas neste cenário, visando minimizar as vulnerabilidades quanto a exposição, bem como os riscos de infecção pelo HIV, sífilis, HPV e outras ISTs. A enfermagem tem o dever de promover saúde, unir-se com as escolas é uma estratégia de educação para minimizar a falta de informação e esclarecer os riscos para estas infecções. Considerações finais: apesar da política pública de saúde atual orientar acerca da abstinência sexual como principal fator para a prevenção da gravidez indesejada e das ISTs, os estudos evidenciaram que o acesso à saúde, atenção integral e formação de vínculo com a equipe de saúde são fundamentais para a prevenção das mesmas. Diante do atual cenário, é necessário que o enfermeiro com base nas políticas públicas existentes identifique as vulnerabilidades, desenvolva estratégias, e intervenções, visando a promoção e prevenção da saúde sexual no processo do adolescer. No entanto apesar da complexidade de se lidar com essa clientela, esse cuidado de enfermagem precisa ser singular, sem julgamentos, e sem rotulações. |
10458 | A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE CONTINUIDADE DO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE PULMONAR Lucas Almeida Campos, Marcela de Barros Justino, Gabriel Moura Alves, Antonio da Silva Ribeiro A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE CONTINUIDADE DO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE PULMONARAutores: Lucas Almeida Campos, Marcela de Barros Justino, Gabriel Moura Alves, Antonio da Silva Ribeiro
Apresentação: Tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o Mycobacterium Tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch (BK). O termo tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos. A propagação do bacilo da tuberculose está associada principalmente às condições de vida da população, este prolifera-se em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestrutura urbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a doença será responsável por 35 milhões de mortes no período entre 2000 e 2020 e mostra que 22 países concentram cerca de 80% dos casos de TB no mundo. Objetivo: Conscientizar e orientar o profissional enfermeiro sobre a educação continuada em saúde para a promoção, prevenção e tratamento da Tuberculose Pulmonar na população. Método: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo revisão integrativa, que teve como base de dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram adotados os seguintes critérios de inclusão de artigos: materiais completos, em língua portuguesa, no formato de artigo e com recorte temporal de nove anos (2011 – 2019). Os critérios para 6exclusão foram: materiais duplicados e que não atendiam a temática. Ao fim da aplicação dos critérios anteriormente descritos, emergiram 10 artigos. Resultado: A partir da análise criteriosa dos artigos, percebe-se que um dos maiores desafios para o tratamento da TB está nos casos de retratamento, para isso dá-se a justificativa de que o tratamento torna-se mais complicado, não só devido a resistência às drogas. Portanto, para solucionar as questões de reinfecções e coinfecção (tuberculose /HIV e tuberculose/Diabetes), é preciso profissionais qualificados a ponto de saber instruir os portadores de tuberculose e seus familiares sobre como tratar a doença atendendo cada caso com sua particularidade afim de eliminar preconceitos e estigmas criados pelo próprio doente e por seus familiares bem como a sociedade em si, assim, diminuindo os casos de abandono do recurso terapêutico, as possíveis novas infecções na comunidade, extinguindo o sentimento de exclusão durante a intervenção e ampliando o acesso ao tratamento por meio das visitas com agente comunitários de saúde (ACS ) facilitando assim o processo de prevenção e cura da Tuberculose. Considerações finais: Um dos maiores desafios nos dias de hoje, para o controle da tuberculose no Brasil, são os casos de retratamento. Esse grupo, formado pelos casos de recidiva e reingressos, apresenta maior chance de desenvolver um desfecho desfavorável para a doença, como óbito, novo abandono e resistência às drogas de tratamento, representando uma ameaça adicional ao controle da tuberculose, implicando em tratamento mais oneroso e mais complicado. Os profissionais da saúde, especialmente os da atenção primária, possuem um papel fundamental na busca por ações de saúde que contemplem o manejo, estabelecendo, de forma multiprofissional, atividades educativas de orientação a pacientes e familiares, na realização de educação permanente, no rastreamento dos pacientes, oportunizando um diagnóstico prévio ou realizando intervenções imediatas. |
11430 | AÇÃO DE VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AMARELA PARA CONTACTANTES DE CASO SUSPEITO DO AGRAVO EM INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE MANAUS (AM) karla brandão de araújo, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Erika Oliveira Abinader, karem de Souza Brandão, Victor hugo da silva xisto, Karanna Loureiro caram menezes, Fulvia Bilby de Freitas, Glaucia Alvarenga de Araújo AÇÃO DE VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AMARELA PARA CONTACTANTES DE CASO SUSPEITO DO AGRAVO EM INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE MANAUS (AM)Autores: karla brandão de araújo, Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Erika Oliveira Abinader, karem de Souza Brandão, Victor hugo da silva xisto, Karanna Loureiro caram menezes, Fulvia Bilby de Freitas, Glaucia Alvarenga de Araújo
Apresentação: A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa, causada por um arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae. A forma grave caracteriza-se por lesão hepática importante, apresentando manifestações de insuficiência hepática e renal que podem levar a morte. A vacinação é a medida preventiva mais importante. Nos anos de 2019 e 2020, foram notificados 327 casos humanos suspeitos no Brasil, com confirmação de um óbito. Este manuscrito objetiva apresentar a experiência de uma Ação de Vacinação para a população do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), Campus Manaus Distrito Industrial, em agosto de 2018. Desenvolvimento: A atividade fora motivada após notificação da Vigilância Sanitária do Município à Direção Geral da Escola de um caso suspeito da doença na Instituição. Surgindo assim, necessidade de Intensificação de Bloqueio Vacinal para os contactantes do referido caso. Inicialmente, a equipe de enfermagem do local procedeu-se à triagem, por meio de entrevista e anamnese. Aos alunos menores de idade, foram distribuídos Termos de Autorização, que foram preenchidos e recolhidos assinados, com os devidos consentimentos para imunização desta população. A equipe de saúde analisou cada Termo e estratificou os indivíduos com critérios para o recebimento dos Imunobiológicos. Resultado: As atividades (entrevistas, anamneses, separação da população e imunização) contemplaram 266 participantes entre adolescentes, adultos e idosos. Evidenciou-se o Enfermeiro como supervisor, treinador da Equipe Executora e responsável pela indicação e contraindicação clínica da Vacina. Para manejo dos efeitos colaterais e das reações adversas, a Equipe contava com a Participação de uma Médica. Ressaltou-se a dedicação da Equipe Multiprofissional, envolvida como atores nas Práticas de Educacionais em Saúde que essa atividade envolveu. Considerações finais: Ações como essas são importantes, pois buscam evitar a disseminação de tal enfermidade, requerendo assim, mobilização de muitos agentes na captação e conscientização das pessoas expostas ao risco. |
10534 | REFLEXÕES ACERCA DO ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS): UMA EXPERIÊNCIA INTERPROFISSIONAL Erick Silva Vieira, Gean Mascaranhas Gomes, Dâmaris Ramos Oliveira, Mirella Giongo Galvão Silva, Tatiana Clarkson Mattos REFLEXÕES ACERCA DO ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS): UMA EXPERIÊNCIA INTERPROFISSIONALAutores: Erick Silva Vieira, Gean Mascaranhas Gomes, Dâmaris Ramos Oliveira, Mirella Giongo Galvão Silva, Tatiana Clarkson Mattos
Apresentação: O presente trabalho é um relato de experiência integrante das atividades do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/Interprofissionalidade), política indutora do Ministério da Saúde em que a Universidade Federal do Rio de Janeiro foi contemplada, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, para atuação em três clínicas de saúde da família na CAP 3.1 através do Edital PET/EIP de 2018. As atividades envolvem cinco cursos da área da saúde, com estudantes estagiários e extensionistas, docentes e profissionais que trabalham na Estratégia de Saúde da Família (ESF) que buscam a qualificação da formação e do trabalho em saúde. Enunciada desde a década de 90 como modelo de atenção para APS no Brasil, a ESF se apresentou como uma importante estratégia de ampliação do acesso aos serviços de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS); em 2006, ocorre sua formulação enquanto política nacional e, consequentemente, amplia-se seu desafio em contribuir para a implementação de um sistema de saúde universal, integral e equânime. Nesta discussão, o acolhimento assume papel importante, uma vez que se relaciona à humanização do atendimento, qualificação das relações e à otimização dos processos de trabalho em vistas de resolutividade das demandas dos usuários dos serviços. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo levantar reflexões acerca do acolhimento e acesso em uma Clínica da Família localizada no Complexo do Alemão a partir da experiência de seus autores enquanto bolsistas do PET-Interprofissionalidade. Para tanto, foram sugeridas propostas para melhor entendimento sobre o acesso à clínica, a realização de observações sobre o acolhimento na porta de entrada, reflexões sobre os relatos de experiência e partilhamento de diários de campo. Assim, após a análise dos dados relatados nos instrumentos usados foi possível observar mudança no acesso aos serviços de saúde com impacto na satisfação dos usuários e dos profissionais. Uma vez que as gerências das Unidades Básicas de Saúde estão tentando se adaptar às mudanças ocorridas no município do Rio — com corte de equipes, implantação de novo sistema, reterritorialização e proposta de reorganização das portas — criando mecanismos de manejo para cumprir e atender suas demandas, esse quadro tem afetado diretamente a população que é assistida naquela Clínica da Família. A partir disso, conclui-se que a efetividade desses serviços está diretamente relacionada à organização do acesso, e esta afeta diretamente a qualidade dos serviços de saúde prestados. Logo, é importante que a organização e a relevância que dão ao acesso seja ressignificada e mais estudada, haja vista que para manter a saúde básica é importante o acompanhamento do cuidado do usuário, garantindo-lhe pleno acesso. |